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Anistia denuncia leis que reduzem mulheres iranianas a ‘máquinas de procriar- Dois projetos de lei para estimular a natalidade no Irã correm o risco de reduzir as mulheres a ‘máquinas de procriar’
Dois projetos de lei para estimular a natalidade no Irã correm o risco de reduzir as mulheres a “máquinas de procriar”, denunciou nesta quarta-feira a Anistia Internacional (AI).
O projeto de lei sobre a população e a exaltação da família, que será examinado pelo Parlamento, tornará mais difícil o acesso ao emprego para as mulheres que não podem ou não querem ter filhos, destaca um relatório da AI.
O texto prevê a obrigação para algumas empresas de priorizar a contratação, para alguns postos chave, dos pais de família, seguidos por homens casados sem filhos e apenas depois as mães de família.
Também complicaria os procedimentos de divórcio e limitaria a ação da polícia e da justiça nos conflitos familiares, com o risco de aumentar a violência doméstica.
Outro texto, com o objetivo de “impedir a queda da população”, pretende proibir a esterilização e bloquear o acesso à informação e aos métodos contraceptivos.
O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, pediu no ano passado medidas para aumentar a taxa de natalidade e dobrar a população, atualmente de 77 milhões, nos próximos 50 anos.
No Irã, as estudantes são maioria nas universidades, mas apenas 10% da população ativa feminina trabalha, segundo as estatísticas oficiais.
Hasiba Hadj Sahraui, diretora adjunta da AI para o Oriente Médio e a África do Norte, pediu a retirada dos projetos de lei e a alocação de recursos para “garantir um planejamento familiar de qualidade”.
A Justiça iraniana anunciou em 20/2/14 a proibição do jornal reformador “Aseman”, lançado há menos de uma semana, por ter publicado uma matéria considerada “insultante” em relação à lei islâmica em vigor no Irã.
Lançado no sábado, o jornal “Aseman” (“céu”, em português) “foi proibido de circular por ter publicado matérias insultantes em relação às crenças sagradas do Islã e matérias ofensivas às leis islâmicas”, declarou o procurador-geral de Teerã em sua página na Internet.
“Em uma matéria publicada na terça, ele qualificou de ‘desumana’ a ‘qisas’ (a lei do Talião inscrita na charia, a lei islâmica em vigor no Irã)”, de acordo com a nota divulgada.
O diretor-geral do jornal, Abbas Bozorgmehr, também foi acusado nesse caso, acrescentou o procurador.
Segundo a agência oficial de notícias Irna, Bozorgmehr foi detido nesta quinta e levado para a prisão de Evin, no norte de Teerã. O valor da fiança foi estabelecido em 3 milhões de rials (cerca de US$ 100 mil). Antes de ser preso, ele explicou à imprensa que a publicação da palavra “desumano” foi um “erro involuntário”.
“Eu retirei a palavra na versão relida, mas infelizmente a equipe técnica enviou para a gráfica a versão não relida” do artigo, disse ele, citado pela agência Isna, afirmando que “esse tipo de erro pode acontecer, considerando o lançamento recente do jornal e a falta de meios técnicos”.
Ele denunciou “os que querem usar esse incidente (…) para descartar um concorrente”.
Um membro de um centro de reflexão religioso, Mohammadreza Bagherzadeh, atribuiu ao governo do presidente moderado Hassan Rohani a responsabilidade desse “ataque” à lei islâmica.
“Esse tipo de comentário e de observação feitos pelos que não acreditam no ensino religioso é causado pela atmosfera cultural do novo governo”, denunciou o religioso à agência Fars.
Eleito em junho de 2013, o presidente Rohani disse desejar mais liberdade para os assuntos culturas e sociais no país.
Outro jornal reformador, o “Bahar” (“primavera”, em português) foi fechado em outubro pelo mesmo motivo.
Rouhani vai substituir Mahmoud Ahmadinejad no comando do
Irã
Hassan Fereydoon Rouhani, de 64 anos, foi eleito presidente do
Irã em junho deste ano ─ o único clérigo a concorrer à presidência. Seu slogan
de campanha era “moderação e sabedoria”.
Rohani recebe a posse das mãos do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali
Jamenei, neste sábado, e prestará seu juramento diante do Parlamento no domingo.
Segundo veículos estatais, mais de 100 chefes de Governo e de Estado já
confirmaram presença, como representantes do Paquistão, Afeganistão, Armênia,
Tajiquistão e de países latino-americanos.
Suas promessas de reforma, de trabalhar para aliviar sanções, de ajudar a
libertar prisioneiros políticos, de garantir os direitos civis e um retorno da
“dignidade para a nação” atraíram multidões enquanto ele realizava seus
comícios.
Os debates televisivos também lhe serviram como plataforma para criticar a
direção escolhida pelo Irã em assuntos polêmicos, como a indiferença em relação
a seu programa nuclear, as sanções internacionais, o estado precário da economia
e o extremo isolamento do Irã na comunidade internacional. Suas críticas
ressoaram em muitos eleitores.
O apoio dos ex-presidentes Mohammad Khatami e Hashemi Rafsanjani ajudaram a
assegurar a vitória de Rouhani e elevaram as expectativas sobre como será seu
governo.
No pleito, o reformista teve 50,7% dos votos, levando a eleição ainda no
primeiro turno.
A confirmação de Rouhani pelo Conselho dos Guardiães da Constituição, um
corpo formado por 12 membros que decide quais candidatos seriam elegíveis, foi
igualmente acirrada.
‘Sheik diplomata’
Hossein Mousavian, um ex-diplomata iraniano que atuou na equipe de negociação
nuclear comandada por Rouhani, acredita que ele faz jus a seu apelido – ‘sheik
diplomata’ – em alusão à sua reputação como chefe de negociação do programa
nuclear do Irã.
“Ele tem um ótimo senso de humor”, afirmou Mousavian à BBC. “Ele vem de uma
linha completamente moderada e centrista. Ele sempre tentou unificar o
país”.
Alguns, entretanto, ainda não se convenceram do projeto de poder de
Rouhani.
“Não acredito que ele seja um moderado; ele é
muito próximo dos chamados ‘linha-dura'”
Seyed Mojtaba Vahedi
Seyed Mojtaba Vahedi é um deles. Ele é um ex-conselheiro de Mehdi Karroubi,
um dos candidatos reformistas nas eleições de 2009 que cumpre pena em domicílio
por criticar o resultado do pleito.
“Não acredito que ele seja um moderado; ele é muito próximo dos chamados
‘linha-dura'”, afirmou Vahedi. “Ele é próximo do Khamenei (líder supremo do
Irã). Rouhani não conseguirá solucionar o problema relativo à questão nuclear.
Ninguém pode fazer nada sem a permissão do líder supremo.”
Negociador
Hassan Rouhani tornou-se uma figura importante na vida política do Irã desde
a revolução de 1979 que transformou o país em uma república islâmica.
Durante a Guerra Irã-Iraque, ele também teve um papel crucial.
Rouhani já ocupou vários cargos parlamentares, incluindo o de vice-porta-voz.
O novo presidente do Irã também já serviu o Conselho Supremo de Segurança
Nacional, cujo objetivo é preservar a Revolução Islâmica e assegurar a soberania
do país.
Até sua eleição, Rouhani passou por importantes postos de segurança e da
política, tornando-se uma figura influente no processo de tomada de decisão do
Irã em temas delicados, como a segurança nacional e a política externa.
O ex-chanceler britânico Jack Straw lembra-se de tê-lo encontrado quando
Rouhani ainda era negociador-chefe do programa nuclear iraniano e diz ter ficado
com uma boa impressão dele.
“Rouhani foi cortês, engajado, muito honesto e sempre sorrindo”, afirmou
Straw à BBC.
“Ele era muito bem informado e parecia ter a confiança da liderança
iraniana”, acrescentou o ex-chanceler.
O líder supremo do Irã demonstrou repetidamente insatisfação com o que ele
considerava ser uma abordagem conciliatória durante as negociações.
Naquela ocasião, o Irã estava negociando com os governos britânico, alemão e
francês e terminou concordando a suspender o programa de enriquecimento de
urânio e a permitir maiores inspeções da ONU em suas usinas nucleares.
“Rouhani estava claramente ansioso para chegar a um acordo sobre o longevo
conflito entre o Irã e o Ocidente”, afirmou Straw.
A interrupção durou até a primeira semana de Mahmoud Ahmadinejad no poder,
quando Rouhani foi substituído por um de seus maiores críticos, Ali Larijani,
que acabou se desentendo com o próprio Ahmadinejad dois anos depois.
Rouhani, por outro lado, era um crítico voraz de seu agora antecessor,
afirmando que as declarações pouco cuidadosas e calculadas de Ahmadinejad
custaram muito ao país.
Desafio
Líder supremo do país, o aiatolá Khamenei deu o aceite à
vitória de Rouhani.
Durante a campanha presidencial, Rouhani criticou duramente a reação policial
ante a uma manifestação de estudantes pró-reforma em 1999.
No entanto, tal atitude contrastava com a própria crítica que ele havia feito
dos mesmos estudantes naquela ocasião ─ o que levou muitos dissidentes a
permanecerem céticos em relação às suas credenciais reformistas.
Rouhani descreveu o resultado das eleições presidenciais como uma “vitória da
moderação sobre o extremismo”. Seu sucesso deveu-se parcialmente a outro
candidato reformista, Mohammad Reza Aref, que desistiu da corrida a favor de
Rouhani depois que correligionários pediram a ambos que formassem uma
coalizão.
Nos dias anteriores à sua posse, Rouhani ficou mergulhado em conversas
intensas com o líder supremo sobre as indicações para compor seus
ministérios.
Fontes reformistas dizem que Rouhani não pôde indicar alguns de seus próprios
nomes para postos-chave – um sinal de que dias duros virão para um presidente
que representa mudança e reforma.
Eles afirmam que membros da chamada “linha-dura” inicialmente deram as
boas-vindas à “escolha do público”, mas nas semanas anteriores à posse de
Rouhani, alertaram-no para evitar qualquer associação com os dissidentes
envolvidos nas manifestações de 2009, quando milhares de iranianos foram às ruas
protestar contra uma suposta fraude nas eleições.
Apesar de reformista, o moderado Rouhani vem se mantendo cuidadosamente
distante de tudo o que possa prejudicar o início do seu mandato.
Ele diz que não haverá “soluções do dia para noite” para o país, uma vez que
o Irã possui “muitos problemas
A cada 11 minutos, uma mulher é violentada no Brasil. E ainda há quem diga que a culpa é da vítima
O estupro coletivo de uma garota de 16 anos no Rio de Janeiro exige que o país enfrente sua face selvagem
Na noite de 24/5/16, um vídeo abjeto foi compartilhado na imensidão das redes sociais. Durante cerca de 30 segundos aparecem imagens de uma garota nua e desfalecida em uma cama, com a vagina sangrando, com ao menos duas vozes ao fundo, que zombam da vítima. Um dos carrascos diz: “Mais de 30 engravidou (sic)”. No dia seguinte, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro já havia recebido cerca de 800 denúncias referentes ao vídeo, e a polícia tentava checar a veracidade e localizar a vítima. Uma organização feminista avisou a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e convenceu a família a levar a garota à polícia. Na madrugada da quinta-feira (26), uma jovem de 16 anos, altura mediana, foi à Central de Delegacias da Zona Norte do Rio de Janeiro denunciar que havia sido vítima de um estupro coletivo. No encontro entre o relato de quem sofreu uma violência e a frieza necessária do registro, tem-se contato com uma bestialidade ocorrida no Rio de Janeiro em pleno ano de 2016
Na delegacia, a jovem contou o que aconteceu entre o sábado (21) e sua chegada ali. Ela disse que saiu de casa para encontrar o namorado, morador do Morro do Barão, em Jacarepaguá, na Zona Oeste. Lembra-se de ter acordado no dia seguinte “nua, dopada e cercada por 33 homens com fuzis e pistolas”. Ela então vestiu uma roupa masculina e voltou para casa – na verdade, chegou à residência com a ajuda de um agente comunitário, segundo sua família contou. Na terça-feira (dia 24), a jovem voltou ao morro para recuperar seu telefone celular, que havia sido roubado. No depoimento, ela dá a entender que, nessa segunda ida, relatou o que aconteceu ao chefe do tráfico local. Ainda em seu curto depoimento, a jovem disse ser consumidora de ecstasy e lança-perfume, mas que havia um mês não usava drogas.
Como é comum em episódios de estupro, o relato da jovem tem lacunas, compreensíveis pelas particularidades de um crime sexual. O chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, diz que “há indícios veementes de que ocorreu estupro”. Até o final da sexta-feira havia dúvidas sobre quantas pessoas participaram da ação. A jovem diz ter visto 33 homens; o narrador do vídeo sugere que “mais de 30” participaram do estupro. Ao menos quatro suspeitos são investigados. Lucas Perdomo Duarte Santos, o Petão, é citado no depoimento como o namorado da garota. Petão tem 20 anos e é jogador de futebol profissional, disputou o Campeonato Carioca deste ano pelo Boavista, clube de Saquarema. Os outros três citados são Raphael Assis Duarte Belo, Marcelo Miranda da Cruz Correa e Michel Brasil da Silva – os dois últimos são suspeitos de propalar o vídeo na internet. Até o início da tarde da sexta-feira, ninguém havia sido preso.
O essencial, no entanto, é inegável. A jovem foi estuprada, violentada, como acontece com uma mulher a cada 11 minutos no Brasil. A revolta é maior porque seus estupradores não só filmaram, como compartilharam a selvageria em redes sociais, com demonstrações de orgulho. “O que mais assusta nessa situação profundamente lamentável é que foi um estupro, coletivo e ainda por cima com um terceiro elemento: a forma fria como foi divulgado, como se fosse um fato a ser comemorado”, afirma a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da Universidade de São Paulo (USP). Não é um caso único. Em março, quatro homens suspeitos de integrar uma milícia foram presos, sob a acusação de terem estuprado uma menina de 13 anos também na Zona Oeste carioca. “O episódio de agora é revelador de uma cultura de violência contra a mulher, como se o corpo e a sexualidade da mulher não pertencessem a ela”, diz Silvia Chakian, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), do Ministério Público de São Paulo. “Não se trata de um desvio de um estuprador. Foram 30 homens que participaram e não fizeram nada para evitar um crime dessa natureza”, afirma a promotora. Não só não interferiram, como filmaram o episódio e fizeram questão de propagar a bestialidade por redes sociais, com o retuíte do vídeo, acompanhado de comentários jocosos, que fazem referência também a um chefe do tráfico local, preso em 2014. Alguns deles revelam seus rostos. “Ao apresentarem a prova do próprio crime, a mensagem que passam é que eles não acreditam na punição, não acreditam na Justiça”, diz Silvia. A junção de práticas abjetas com ferramentas contemporâneas não é inédita no mundo: terroristas do Estado Islâmico divulgam nas redes sociais vídeos com as decapitações de reféns, em nome de crenças da Antiguidade. Agora, sabe-se que o Brasil do século XXI também tem seus neandertais digitais, que estupram uma menina como selvagens e têm orgulho de usar a tecnologia para exibir seu ato em redes sociais.
Fonte: Época
A selvageria continua: bandidos fazem ofensiva para difamar vítima de estupro coletivo
Atacada e violentada por 33 homens, no Morro da Barão, na Praça Seca, em Jacarepaguá, a adolescente C.B. de 16 anos, sofre com nova selvageria: no esforço de difamá-la, bandidos passaram a espalhar nas redes sociais áudios e fotos que sugerem seu envolvimento com traficantes. Parte do material, tentativa grotesca de atribuir à própria vítima a culpa pelo crime que chocou o país, já está nas mãos da polícia. Numa gravação, um homem sai em defesa do bando de estupradores: “Sacanearam nada, mané. Ela que quis dar pra ‘tropa’. Tá maluco?! Senão o ‘Da Rússia’ já ia bater neurose, filho”. Da Rússia é Sergio Luiz da Silva Junior, gerente geral do Morro da Barão, que tem mandados de prisão por tráfico, e braço-direito de Luiz Cláudio Machado, o Marreta, preso no Paraguai em 2014 e que cumpre pena em presídio federal. O ‘trem bala do Marreta’, aliás, foi citado por um dos criminosos, no momento em que filmavam C. B. inconsciente, no dia seguinte ao estupro. Tudo isso também deverá ser investigado pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
Advogado de defesa – Em 27/5/16,, Eduardo Antunes, advogado do jogador Lucas Perdomo, que seria o namorado da adolescente estuprada por 33 homens, disse que a versão dada por C.B., de 16 anos, é fantasiosa. Segundo ele, Lucas sequer teve relações sexuais com a jovem, mas, sim, com outra menina. Os três e um outro rapaz, Raí de Souza, teriam ido para uma casa abandonada no Morro da Barão e, lá, fizeram sexo consensual.
Antunes não conseguiu explicar algumas questões importantes que desmentem a versão apresentada por seu cliente. Em primeiro lugar, no vídeo divulgado é possível ouvir as vozes de dois homens. Além disso, um terceiro rapaz, Raphael Assis Belo (que já foi reconhecido pela adolescente), aparece fazendo uma selfie com C.B. desacordada.
Outra tese sustentada pelos advogados de defesa é de que a versão de que 30 homens praticaram sexo com ela também foi inventada. “Isso eles falaram por causa de um funk que é cantado no baile da favela, de que um homem engravidou mais de 30 mulheres.”
Fonte: Veja
As mulheres de todo o mundo vivem mais e têm maior escolaridade do que nunca nos últimos 20 anos, mas mais de um terço são vítimas de violência – é o que mostra um relatório da ONU divulgado nesta terça-feira.
As informações aparecem no documento “The World’s Women” (as mulheres do mundo, em tradução literal), um estudo de cinco anos que fornece um quadro global atualizado sobre o progresso das mulheres e meninas em situações críticas.
O estudo abrangente, o sexto lançado pelas Nações Unidas, inclui novos dados sobre o trabalho não remunerado das mulheres e sobre a violência contra as mulheres – questão que há 20 anos não era alvo de monitoramento, explicou a pesquisadora Francesca Grum.
Dados de 102 países, maior número analisado até hoje, mostram que mais de um terço das mulheres do mundo foram vítimas de violência física ou sexual em algum ponto da vida.
“A violência contra a mulher está presente em todos os lugares. É uma preocupação global”, disse Grum.
Em todo o mundo, dois de cada três casos de homicídios praticado pela família têm como alvo mulheres – mostrou o estudo.
A alta prevalência da violência é acompanhada por um silêncio igualmente difundido, com vítimas que ainda relutam em contar a alguém sobre o calvário.
A equipe de pesquisadores da ONU observou indicadores de 70 países e descobriu que menos de 40% das vítimas quebraram o silêncio – e quando o fazem, preferem falar com amigos e familiares a procurar a polícia ou os serviços de assistência social.
Menos de 10% das vítimas de violência de gênero procuram a polícia.
Em um aspecto mais otimista, o relatório descobriu que as atitudes de combate à violência estão começando a mudar em quase todos os países em que as informações sobre o problema estavam disponíveis.
O nível de aceitação de “bater na esposa” diminuiu ao longo do tempo com o aumento da conscientização pública, disse o relatório.
Pelo menos 119 países aprovaram leis sobre violência doméstica, 125 dispõem de leis abordando o assédio sexual e 52 têm leis sobre a violação conjugal.
Em março deste ano, o Brasil aprovou uma lei que define como crime hediondo a morte violenta de mulheres por razões de gênero, o feminicídio.
Mulheres trabalham mais
As mulheres de todo o mundo continuam aparecendo em empregos de baixa remuneração, ganhando, em média, entre 70 e 90 por cento do que ganham os homens – segundo o estudo.
Nos países em desenvolvimento, as mulheres gastam em média três horas a mais por dia do que os homens em tarefas domésticas e cuidados com os membros da família – número que cai para duas horas diárias entre as mulheres de países mais ricos.
O número de países adotando legislações garantindo auxílio maternidade e benefícios para a família aumentou.
Mais da metade de todos os países oferecem atualmente pelo menos 14 semanas de licença de maternidade, mas estas medidas muitas vezes excluem as trabalhadoras de setores como a agricultura ou do trabalho doméstico.
A expectativa de vida das mulheres em todo o mundo é de 72 anos, comparado a 68 para os homens.
Estudante morta pelo namorado fazia TCC sobre violência contra a mulher
Isabella Cazado foi morta pelo namorado e cunhado, segundo a polícia
Isabella Cazado foi morta após discussão
com o namorado (Foto: Reprodução)
A estudante de Direito Isabella Cazado, de 22 anos, assassinada a tiros durante uma discussão com o namorado em 31/5/15, fazia um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre violência contra a mulher.
Isabella estudava o 9º semestre do curso na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Segundo a Polícia Civil, a suspeita é de que o namorado dela, Roni Santos, de 23 anos, tenha tido a ajuda do irmão, Fernando Santos, de 21, para assassinar a estudante.
O professor que orientava Isabella no TCC, Alessandro de Almeida Santana Souza, disse, em entrevista ao G1 Mato Grosso, que a jovem era uma boa aluna. “O tema [do TCC] era relacionado ao estupro praticado pelo marido contra a mulher, especificamente a violência contra as mulheres. Ela estava fazendo o levantamento de dados nessas situações e uma pesquisa bibliográfica com casos reais”, contou.
Fernando, irmão do suspeito, está preso. Já o namorado de Isabella, que está com a prisão decretada pela Justiça, continua foragido.
Fonte: Yahoo
Uma adolescente indiana de 16 anos morreu ao cair do ônibus em que viajava, supostamente depois que o motorista e outros homens tentaram estuprá-la e a empurraram para fora do veículo, segundo a imprensa local.
A polícia informou que a menina viajava com sua mãe no ônibus, em um povoado do distrito de Moga, no estado de Punjab (norte), quando o motorista e dois passageiros a assediaram, informou a agência Press Trust of India (PTI).
“Depois foram empurradas e jogadas para fora do ônibus em movimento pelos acusados”, informou o superintendente da polícia do distrito de Moga, H.S. Pannu.
A agência informou que o motorista e um dos homens foram presos e o terceiro estava sendo procurado.
Este incidente é o último de uma série de ataques a mulheres que desatou a indignação no país e lembra outro episódio em que um grupo de homens estuprou uma estudante de fisioterapia em um ônibus em Nova Délhi.
A moça de 23 anos morreu por causa dos ferimentos, dando início a um intenso debate sobre crimes sexuais e semanas de protestos.
Neste último caso, a TV exibiu imagens da mãe da vítima recuperando-se na cama do hospital, enquanto que, no lado de fora, manifestantes exigiam ações contra os motoristas de ônibus.
“Eles ficaram abusando da gente. Ninguém ajudou. Depois nos jogaram para fora do ônibus”, explicou a mãe da vítima ao canal NDTV news.
Uma jovem e dois amigos foram presos em Nova Délhi por matar e arrancar o marca-passo do pai da moça para garantir que o mesmo tinha morrido, pois o homem abusava sexualmente de sua filha, informou nesta terça-feira a imprensa local.
O crime ocorreu na semana passada, mas a informação não foi divulgada até que a última das prisões aconteceu ontem, segundo o jornal local “Hindustan Times”, que citou fontes policiais.
Kulvinder Kaur, de 23 anos, e seus dois amigos foram acusados de matar o pai da moça com golpes de um taco de críquete quando ele dormia em sua casa na capital indiana. O motivo do crime foram os constantes abusos sexuais aos quais o homem submetia a jovem desde a morte da mãe da mesma há três anos.
Aparentemente, a moça deixou a porta de sua casa aberta no último dia 30 para que os dois amigos pudessem entrar sem fazer barulho e matar seu pai.
Para garantir que o homem, Daljeet Singh, um taxista de 56 anos, estava morto, uma janela foi quebrada e, com um caco de vidro da mesma, extraíram de seu peito o marca-passo, relatou um oficial de polícia.
O corpo do homem foi transportado em um carro e abandonado em uma área arborizada da cidade, em Uttam Nagar, a alguns quilômetros de sua casa, onde foi descoberto no dia seguinte e a polícia divulgou fotografias para que fosse identificado.
Alguns familiares reconheceram o homem e a polícia foi até sua residência, onde a menina declarou que seu pai, que trabalhava para uma agência de viagens, tinha transportado turistas em seu táxi no dia de sua morte, o que foi desmentido pela empresa.
Durante um interrogatório posterior, a menina confessou e seus cúmplices foram identificados como Prince Sandhu, um tatuador de 22 anos, que foi detido no último sábado, e Ashok Sharma, de 23, que trabalha em uma loja de roupas e foi preso ontem. EFE
Quatro dos seis acusados pelo estupro coletivo e morte de uma estudante em dezembro do ano passado em Nova Délhi, na Índia, foram condenados em 13/9/13 à pena de morte. O juiz Yogesh Khanna afirmou que o crime, que revoltou a Índia e provocou um debate sem precedentes sobre a situação das mulheres no país, “é um caso extraordinário entre os extraordinários” – o que justifica a condenação à morte. “O tribunal não poderia fazer vista grossa a este ato espantoso”, afirmou.
A vítima, uma estudante de fisioterapia, retornava com um amigo do cinema no dia 16 de dezembro do ano passado e foi estuprada e torturada pelos seis homens após entrar em um ônibus em Nova Délhi. A mulher morreu treze dias depois em um hospital de Singapura. O pai da vítima disse à imprensa que ficou satisfeito com a condenação. “Estamos felizes. A Justiça se pronunciou.”
Na terça-feira, a Justiça indiana já havia declarado culpado de 13 crimes os quatro acusados: Mukesh Singh, Vinay Sharma, Akshay Thakur e Pawan Gupta. As sentenças, contudo, só foram anunciadas nesta sexta-feira. Um forte esquema de segurança foi montado em torno do tribunal, onde se reuniram centenas de pessoas.
Um quinto envolvido no crime, que é menor de idade, foi condenado em outro julgamento a três anos de prisão em uma unidade correcional, uma decisão que causou indignação na família da vítima e em grupos de ativistas que reivindicaram que o rapaz fosse julgado como um adulto e condenado à morte. Um sexto acusado, maior de idade, se suicidou na prisão, segundo a versão oficial.
Repercussão – O estupro coletivo provocou uma onda de protestosno país asiático e levou a um profundo debate sobre a discriminação e a violência que as mulheres sofrem na Índia. Diante dos protestos, o governo foi forçado a modificar a legislação, endurecer as penas contra os crimes sexuais e criar cortes de via rápida para os casos de estupro, entre outras medidas.
Os manifestantes acusaram a polícia de omissão nos casos de violência sexual e os tribunais de não condenarem os estupradores. Desde o caso da jovem em dezembro, a Índia vive uma série de denúncias com contínuas acusações de violência sexual, que aparecem na imprensa local e internacional. As notícias afetaram o turismo no país, segundo dados oficiais e das agências de turismo.
Fonte: Yahoo
Um tribunal especial no Estado central indiano de Madhya Pradesh condenou seis homens à prisão perpétua pelo estupro de uma turista suíça em março, de acordo com a polícia. A mulher e o marido dela realizavam uma viagem de bicicleta e estavam acampados perto da popular cidade turística de Orcchha quando foram atacados por um grupo de homens, segundo o relato do casal à polícia. Os homens amarraram o marido, violentaram a mulher e fugiram após roubar dinheiro e alguns pertences do casal, entre eles um laptop.
Os seis homens foram condenados pelo estupro e pelo roubo, segundo N.S. Rawat, vice-superintendente da polícia do distrito de Datia, onde o crime foi registrado. Rawat acrescentou que os homens foram multados em US$ 336 cada um. O dinheiro e os objetos roubados foram recuperados.
Esse caso ocorreu apenas três meses após o brutal estupro e agressão a uma estudante de 23 anos em Nova Délhi em dezembro, que resultaram na morte dela. Os quatro homens estão sendo julgados pelo crime, o qual negam. Fonte: Dow Jones Newswires.
Policial uniformizada sofre estupro coletivo na África do Sul
Três homens foram detidos nesta quarta-feira suspeitos de conexão com o estupro coletivo de uma policial, de 36 anos, na cidade de Khayelitsha, na África do Sul. As informações são do site Eyetimes News.
De acordo com o relato da vítima, ela estava voltando do serviço para casa, ainda uniformizada, quando foi abordada por três homens que a obrigaram a abrir a porta. Já dentro da casa, ela conta que foi roubada e sofreu um estupro coletivo.
Os suspeitos detidos têm idades entre 17 e 20 anos e estavam armados na ocasião. Não foi divulgado se a policial portava alguma munição.
A África do Sul tem uma das taxas de estupro mais altas do mundo e, no começo do ano, o governo lançou uma campanha para que o assunto seja mais debatido nas escolas. Segundo estatísticas, uma pessoa é estuprada a cada quatro minutos no país.
A morte de uma adolescente de 17 anos após sofrer um estupro coletivo provocou indignação na África do Sul, informou nesta quarta-feira a imprensa local. O crime ocorreu no fim de semana mas só se tornou de conhecimento público hoje. O fato se passou na cidade de Bredasdorp, na província do Cabo Ocidental.
A jovem sul-africana Anene Booysen foi levada por um grupo de homens da festa em que estava para um local em obras, onde foi brutalmente estuprada por vários indivíduos. A adolescente conseguiu identificar um dos envolvidos antes de morrer no hospital em função dos ferimentos sofridos durante a agressão. A polícia localizou e prendeu este suposto autor do crime e mais quatro homens que podem estar envolvidos no estupro. Outros três suspeitos estão sendo procurados.
Em dezembro, uma jovem indiana, de 23 anos, morreu após sofrer um estupro coletivo dentro de um ônibus em seu país, o que gerou violentas manifestações para pedir pena de morte para os autores do crime.
“Capital mundial do estupro”
A Liga de Mulheres do Congresso Nacional Africano (CNA), partido que governa o país, classificou hoje os “crimes sexuais contra mulheres e crianças” de “vergonha nacional” e frisou que os estupros não são exclusivamente um problema das mulheres. “Os estupradores devem saber que ninguém em uma sociedade moral os protegerá uma vez tenham cometido um crime atroz”, afirmou a seção feminina do CNA por meio de um comunicado.
O psicólogo Ilse Ahrend, do Centro Saartjie Baartman para a Mulher e a Infância na Cidade do Cabo, disse à emissora de rádio “Eyewitness News” que este tipo de ataque deveria provocar indignação generalizada.
Episódios similares ao ocorrido em Bredasdorp provocaram consternação na África do Sul nos últimos meses. Segundo dados de organizações em defesa das mulheres, a cada ano ocorrem na África do Sul milhares de estupros e a maioria não é denunciada para a polícia.
A Interpol chegou a qualificar a África do Sul como a “capital mundial do estupro”. Segundo a emissora estatal SABC, uma mulher é estuprada no país a cada 17 segundos.
A turista norte-americana de 21 anos estuprada dentro de uma van quando tentava seguir de Copacabana, na zona sul do Rio, para a Lapa, no centro, em 30/3/13, também foi oferecida pelos criminosos a um homem, que a recusou alegando que ela estava “muito estragada”. O homem, ainda não identificado, seria um criminoso morador de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, a quem o grupo entregou um envelope, enquanto mantinha o casal de estrangeiros refém. Ao ver a moça, já abusada pelo grupo, o homem teria feito cara de nojo. Depois que ele reclamou do estado da vítima, o grupo riu.
O episódio foi contado nesta segunda-feira pelo delegado Gilbert Stivanello, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). No sábado à noite, uma equipe liderada por Gilbert deteve um adolescente de 14 anos que atuava como cobrador na van onde a menina foi estuprada. Ele foi localizado em um abrigo municipal no centro do Rio. Em depoimento, segundo a polícia, o adolescente negou ter participado dos estupros, mas admitiu ter agredido com uma barra de ferro o namorado da norte-americana, um francês de 22 anos, para evitar que ele reagisse enquanto a namorada era estuprada pelos comparsas.
Três adultos que participaram do estupro estão presos e foram denunciados nesta segunda pelo Ministério Público à Justiça do Rio por estupro, roubo e corrupção de menor. Até a noite desta segunda, o juiz da 32ª Vara Criminal não havia decidido se aceita ou não a denúncia.
Segundo a polícia, o adolescente contou que, quando começou a trabalhar com o grupo, já sabia dos crimes que eles cometiam. Na noite do 30, quando chegou para trabalhar, ele teria ouvido dos colegas que iriam “caçar gringos”. O grupo passou várias vezes pela avenida Nossa Senhora de Copacabana enquanto procurava suas vítimas. O casal de turistas, que morava no Rio devido a um intercâmbio para estudar, embarcou na van na altura da rua Miguel Lemos. Ao longo do trajeto, outros passageiros embarcaram, mas tiveram que sair da van depois que um comparsa, que se passava por passageiro, anunciou um assalto. O casal de estrangeiros foi obrigado a permanecer e a moça passou a ser estuprada. A van foi até São Gonçalo, onde a moça foi oferecida. O adolescente teria desembarcado antes.
No Paraná, em 24/1/13, a polícia prendeu seis pessoas. Três delas são suspeitas de terem violentado uma mulher. O crime covarde e brutal foi tornado público quando a vítima encontrou forças para falar sobre o caso.
A enfermeira, de 38 anos, não quis mostrar o rosto, mas fez questão de denunciar a violência que sofreu. “Quero poder não ter medo mais. Medo de ser atacada a qualquer momento, medo de morrer”, ela disse.
Ela contou que, há exatamente dois meses, três rapazes bateram na casa dela e a chamaram pelo apelido. A mulher abriu a porta. Eles invadiram a casa e anunciaram um assalto, armados com uma faca.
O que se seguiu foi uma sessão de tortura. A enfermeira contou que foi atingida por golpes de martelo e estuprada pelos três rapazes; dois deles, menores. E que o namorado dela, que também estava na casa, foi amarrado e agredido. Segundo a polícia, uma hora depois, os três foram embora achando que a enfermeira estava morta. A mulher e o namorado pediram socorro a um vizinho e foram levados para o hospital.
A suspeita inicial da polícia era de tentativa de latrocínio. Mas a linha de investigação mudou quando a vítima disse que tinha um ex-marido violento, que não se conformava com o fim do casamento de 17 anos. Seis suspeitos de envolvimento no crime foram presos. Entre eles, o ex-marido da enfermeira, Anésio Costa Júnior, de 39 anos, e o melhor amigo dele, Misael Andrade dos Santos, de 42 anos.
“Eu fico muito triste em saber que uma pessoa que eu convivi por 17 anos, que imaginava que era ciúme ou alguma coisa, fosse capaz de chegar a uma atitude extrema dessas”, comentou a mulher.
Segundo a polícia, cinco dos presos confessaram o crime e disseram que o ex-marido da enfermeira ficou do lado de fora da casa enquanto a mulher era agredida. No depoimento, contaram ainda que receberam, cada um, R$ 600 do ex-marido, que declarou que só vai falar sobre a acusação em juízo.
A polícia lembrou que vítimas de abusos domésticos devem sempre denunciar os casos.
“Ela já vinha sofrendo atentados há vários anos. Nesse caso, procure a autoridade policial, faça boletim de ocorrência, denuncie para não chegar nesse ponto”, afirmou o delegado Amarildo Antunes.
A polícia indiana informou que prendeu seis homens de uma outra gangue de estupradores de ônibus na Índia, após a morte de uma estudante em Nova Délhi ter chocado a população e desencadeado pedidos de leis mais severas.
Raj Jeet Singh, autoridade policial, disse que uma mulher de 29 anos era a única passageira do ônibus na noite de sexta-feira, quando retornava para seu vilarejo em Punjab. O motorista se recusou a parar no ponto indicado e a levou para um local isolado. Lá, ele, o cobrador e outros cinco amigos a estupraram a noite toda, de acordo com Singh. O motorista largou a mulher no vilarejo no sábado de manhã, informou a autoridade policial. A polícia prendeu os seis suspeitos naquele dia, mas ainda estava à procura de outro.
O brutal estupro de uma estudante de 23 anos em um ônibus em Nova Délhi em dezembro alimentou um acalorado debate sobre o que a Índia precisa fazer para impedir tais tragédias.
Manifestantes e políticos pediram por leis de estupro mais rigorosas, reformas na polícia e uma transformação do modo como o país trata as mulheres. “É um mal-estar muito grave. Esse aspecto de justiça de gênero não foi tratado em nossa tarefa de construir uma nação”, afirmou Seema Mustafa, escritora sobre assuntos sociais, que dirige o Centro para Análises Políticas.
“A polícia não lidou com o problema severamente no passado. A mensagem que fica é de que a punição não é compatível com o crime. Os criminosos pensam que conseguem se safar”, afirmou ela.
Pena de morte
Em seus primeiros comentários, publicados neste domingo, a mãe da estudante morta em Nova Délhi afirmou que os seis suspeitos do caso, sendo um deles supostamente menor de idade, merecem morrer. Citada pelo jornal The Times of India, ela afirmou que sua filha teria dito que o suspeito mais jovem tinha participado dos aspectos mais brutais do estupro.
Cinco homens foram acusados de estuprar e matar a estudante. Se condenados, eles podem ser sentenciados à pena de morte. O sexto suspeito, que diz ter 17 anos de idade, deve ser julgado em uma corte juvenil, caso os exames médicos confirmem que ele é menor de idade. Se este for o caso, a sentença máxima seria três anos em um reformatório.
“Agora a única coisa que nos satisfará é vê-los punidos. Pelo que eles fizeram com ela, eles merecem morrer”, afirmou a mãe da estudante ao jornal. Alguns ativistas pediram uma mudança nas leis indianas, de modo que os indivíduos menores de idade que tenham cometido crimes hediondos possam enfrentar a pena de morte.
Os nomes da vítima do ataque de 16 de dezembro e da família não foram divulgados. A estudante de fisioterapia morreu em decorrência de graves ferimentos internos em um hospital em Cingapura, para o qual foi encaminhada para tratamento emergencial. As informações são da Associated Press.
Muitos a chamaram de “coração valente” ou “filha da Índia”. Mais do que motivar uma onda de orações e protestos em todo o país, a estudante de 23 anos morta no sábado após ser estuprada por seis homens em um ônibus em Nova Déli fez o país se perguntar: “Por que a Índia trata tão mal as suas mulheres?”.
No país, não são raros os casos de aborto de fetos femininos, assim como os de assassinato de meninas recém-nascidas. A prática levou a um assombroso desequilíbrio númerico entre gêneros no país.
As que sobrevivem enfrentam discriminação, preconceito, violência e negligência ao longo da vida, sejam solteiras ou casadas. TrustLaw, uma organização vinculada à fundação Thomson Reuters, qualificou a Índia como o pior lugar para se nascer mulher em todo o mundo. E isso se dá em um país no qual a líder do partido do governo, a presidente da Câmara de Deputados, três importantes ministras e muitos ícones dos esportes e dos negócios são mulheres.
Crimes em alta
Apesar do papel mais importante desempenhado pelas mulheres no país, crimes de gênero estão em alta na Índia. Em 2011 foram registrados 24 mil casos de estrupo – 17% só na capital, Nova Déli. O número é 9,2% maior do que no ano anterior.
Segundo os registros policiais, em 94% dos casos os agressores conheciam as vítimas. Um terço desses eram vizinhos. Parte considerável era de familiares.
E não se tratam apenas de estupros. Segundo a policía, o número de sequestros de mulheres aumentou 19,4% em 2011 (em relação ao ano anterior). O aumento dos casos assassinato foi de 2,7%, nos de torturas, 5,4%, nos de assédio sexual, 5,8%, e nos de violência física, 122%.
Discriminação mortal
Segundo Amartya Sen, prêmio Nobel de Economia de 1998, mais de 100 milhões de mulheres desapareceram ou foram mortas em todo o mundo vítimas da discriminação. De acordo com os cálculos dos economistas Siwan Anderson e Debraj Ray, mais de dois milhões de indianas morrem a cada ano: cerca de 12% ao nascer, 25% na infancia, 18% em idade reprodutiva e 45% já adultas.
O estudo mostrou que mais mulheres morrem na Índia por ferimentos do que por complicações no parto. E esses ferimentos seriam um indicador da violência de gênero.
Outro dado estarrecedor é o de 100 mil mulheres mortas por queimaduras. Segundo os dois economistas, boa parte delas são vítimas de violência relacionada ao pagamento de dotes matrimoniais. Não raro, os agressores queimam as mulheres.
Sociedade patriarcal
Para os analistas, é preciso uma mudança estrutural nas atitudes da sociedade para que as mulheres sejam mais aceitas e tenham mais segurança na Índia. O preconceito de gênero é reflexo de uma sociedade de tradição patriarcal, ainda mais forte no norte do país.
Para os manifestantes que saíram às ruas após o estupro da jovem estudante de medicina, os políticos, inclusive o primeiro-ministro Manmohan Singh, não são sinceros quando prometem leis mais duras contra a violência de gênero.
Eles ainda questionam o fato de que 27 candidatos nas últimas eleições regionais eram acusados de estupro. Além disso, seis deputados respondem pelas mesmas acusações.
A culpa é delas
Apesar dos pedidos de justiça e de mudanças na sociedade que
aconteceram na Índia, um guru espiritual chamado Bapu ganhou o papel
de vilão nessa história, por mais que isso possa ser assustador. De
acordo com a imprensa indiana, ele disse que a vítima deveria ter sido
mais gentil com os violentadores, se quisesse preservar sua vida.
“Apenas cinco ou seis pessoas não são réus. A vítima é tão culpada
quanto os seus estupradores. Ela deveria ter chamado os agressores de
irmãos e ter implorado para que eles parassem. Isto teria salvado a
sua dignidade e a sua vida. Uma mão pode aplaudir? Acho que não”.
Culpar a mulher por ser vítima de violência não acontece apenas entre
religiões orientais. O padre Don Piero Corsi, da cidade de San
Terenzo, na Itália, afixou na porta da igreja um comunicado dizendo
que a culpa é das mulheres. De acordo com ele, “as mulheres com roupas
justas se afastam da vida virtuosa e da família e provocam os piores
instintos dos homens”. Além disso, disse que o homem fica louco porque
as mulheres são arrogantes e autossuficientes.
Mas esse pensamento não é novo. Ele foi o principal impulso para a
Marcha das Vadias, que acontece anualmente em diversos países, e pede
respeito, mostrando que a mulher pode ter a vida sexual que quiser e
vestir a roupa que escolher sem precisar ter medo de ser violentada.
Relatos recentes de estupros coletivos praticados por gangues no Irã estão
causando preocupação entre as mulheres e levantando questionamentos sobre
valores sociais no país, informa Mohammad Manzarpour, do serviço persa da BBC.
Em uma aldeia religiosa e conservadora perto da cidade de Isfahan, mulheres que
participavam de uma festa privada foram sequestradas no ano passado e foram
vítimas de estupros coletivos perpetrados por criminosos que as ameaçaram com
facas. Uma semana depois, uma estudante universitária foi atacada e violentada
por desconhecidos em um campus fortemente protegido na cidade sagrada de
Mashhad. Em ambos os casos, autoridades acusaram as vítimas de não usarem véus
ou hijabs e de comportamento “não islâmico”. Os casos recentes ganharam
repercussão, e os subsequentes comentários pejorativos feitos pelas autoridades
despertaram indignação entre grupos de defesa das mulheres, que há tempos se
queixam do crescente número de casos de assédio sexual no país. À medida que os
estupros dominam as manchetes dos jornais iranianos, um debate público e
político começa a se formar, a respeito das possíveis razões para o aparente
aumento no número de crimes sexuais. O Estado islâmico iraniano também debate a
maneira de prevenie e punir esse tipo de crime.
Festa Na noite de 24 de
maio, duas famílias do subúrbio de Khomeinishahr convidaram amigos para uma
festa. No total, 14 pessoas se reuniram no evento, realizado em um jardim
cercado de muros. Relatos da imprensa dão conta de que um grupo com mais de 12
homens armados com facas entraram no jardim, trancaram alguns homens dentro de
um quarto e amarraram outros a árvores. As mulheres – incluindo uma em estágio
avançado de gravidez, segundo os relatos – foram levadas a uma propriedade
adjacente e estupradas. Um convidado usou um celular para chamar a polícia. A
maioria dos agressores havia fugido quando os policiais chegaram, mas quatro
foram presos posteriormente. Na cidade de porte médio, a notícia do estupro se
espalhou rapidamente. Mas o episódio não foi coberto pela imprensa estatal,
altamente controlada pelo governo, e nenhum comentário oficial sobre o caso foi
feito por mais de uma semana. O silêncio despertou preocupação e ira entre a
população, que organizou um amplo protesto diante da corte judicial local. Foi
quando os comentários oficiais aumentaram ainda mais a polêmica. “As que foram
estupradas não eram dignas de elogio”, disse o imã de Khomeinishahr, Musa
Salemi, em seu sermão. “Elas vieram para nossa cidade para festejar e provocaram
os demais (os estupradores) ao beber vinho e dançar.” O comandante da polícia
local, Hossein Yardoosti, fez crítica semelhante. “Acho que a culpa é das
famílias das mulheres violentadas, porque, se elas tivessem (usando) roupas
apropriadas e se a música que ouviam não estivesse tão alta, os estupradores não
teriam imaginado que (a festa) era um encontro depravado”, ele teria dito à
imprensa. Há relatos de que o comandante estaria cogitando abrir um processo
legal contra as vítimas dos estupros, por conta de seu “comportamento”.
Consequências nefastas Agora, grupos de defesa das mulheres estão chamando
atenção para os episódios. Em entrevista ao serviço persa da BBC, a ativista e
advogada iraniana Shadi Sadr advertiu que os comentários das autoridades – que
deram a entender que o estupro seria justificado pelo comportamento das vítimas
– poderiam ter “consequências nefastas” para a sociedade. Alguns comentaristas
argumentam que a onda de crimes sexuais está relacionada à extraordinária tensão
sexual latente entre a crescente população jovem do Irã, que passa a maior parte
da sua vida separada por gêneros e com pouca interação social entre homens e
mulheres. A oposição cita outras causas possíveis: sugere que os supostos
ataques sexuais perpetrados por forças de segurança iranianas durante a onda
repressiva pós-eleitoral, em 2009, podem ter legitimado atos semelhantes em
certos segmentos da população. Em meio às discussões sobre o assunto, três
homens foram enforcados – dois deles publicamente – no último dia 9, condenados
por estupro, numa tentativa das autoridades de desestimular a prática de abusos.
Mas os principais suspeitos dos estupros cometidos em Khomeinishahr e Mashhad
continuam à solta.
Como podem ver, os últimos meses foram especialmente difíceis para as mulheres. E
qualquer pessoa que sinta amor pelo próximo, compaixão e acredite num
mundo melhor, ficou chocada com os crimes bárbaros dos quais vou falar
agora.
No Ocidente, temos o costume de nos acharmos civilizados e
intelectualizados, mas nem sempre a maneira como nos enxergamos
reflete o que realmente somos. Os dados abaixo são de diversas partes
do mundo e nos deixa claro que, apesar do problema ser o mesmo, a
reação das pessoas não é. Aceitar o que acontece é, sempre, uma opção.
Vamos falar aqui sobre o corpo feminino e todas as reações que ele
desperta, as relações de poder, de desejo, o respeito e os abusos que
permeiam nossa experiência de sair de casa todos os dias. Vamos falar
basicamente da violência sofrida por um único motivo: ser mulher.
Homens da lei Viviane Alves Guimarães Wahbe foi a uma festa do trabalho. A
estagiária do escritório Machado Meyer, um dos maiores do país, que
estudava direito na PUC, escreveu um relato sobre aquele dia. Ela
conta que bebeu duas taças de champanhe e não lembra das coisas, o que
tinha na cabeça eram flashs. Esses flashs a mostram sendo estuprada. Nos
relatos, ela escreveu que havia sido drogada e estuprada.
A festa aconteceu no dia 24 de novembro, a família disse ter notado
sua mudança de comportamento já no dia seguinte e, em 3 de dezembro, a
jovem se matou atirando-se do 7º andar do prédio em que morava.
No Brasil, o caso não repercutiu. A morte só foi divulgada no dia 30 de
dezembro, apesar de ouvir-se entre jornalistas que a informação já
estava correndo nas redações dos maiores jornais de SP. Por aqui não
houve manifestações, ninguém pediu justiça e o caso corre em segredo
de justiça, como tantos outros que envolvem ricos e poderosos.
Eugenia* moderna
Uma juíza decidiu que, levando em conta os dados socioeconômicos de
uma mulher de 27 anos de Amparo (SP), que sofre retardamento mental
moderado – o que significa uma pequena regressão intelectual –, o
melhor, para a sociedade, seria que ela passasse por uma laqueadura e
se tornasse estéril
Durante todo o julgamento, a mulher, que não tem filhos e não tem
nenhum aborto ou problemas relacionados a gravidez informados, deixou
clara sua vontade de, no momento certo e com o companheiro certo, ter
filhos.
Ainda assim o julgamento ocorreu, a obrigaram a usar o DIU como método
contraceptivo e, no último mês, quando o dispositivo precisaria ser
trocado, a paciente fugiu alegando medo de que a laqueadura fosse
feita contra sua vontade.
A Defensoria Pública trabalha, agora, para que a decisão seja
revertida e os direitos constitucionais da mulher sejam respeitados.
* Eugenia é um controle para que só se reproduzam pessoas com certas
características físicas e mentais. A ideia é que assim seriam evitados
todos os tipos de deficiência. Esse foi um artifício usado por Hitler
durante o Nazismo.
Dados nacionais
Uma pesquisa divulgada ontem pelo jornal Correio da Paraiba aponta que
nos estados da Paraíba, Rio de Janeiro e Tocantins, 67% das pessoas
acreditam que a violência contra a mulher é culpa dela mesma, e 64%
acreditam que esse tipo de violência não deve ser combatida.
Essa violência citada no estudo não fala apenas sobre a questão
sexual. Ela é também a violência doméstica, os maus tratos conjugais e
a humilhação praticada pelo parceiro. Segundo dados da Fundação Perseu
Abramo, a violência conjugal atinge um terço das mulheres em áreas de
SP e PE. A cada 15 segundos uma mulher é espancada por um homem no
Brasil.
Em relação a violência sexual, 1 bilhão de mulheres, ou uma em cada
três do planeta, já foram espancadas, forçadas a ter relações sexuais
ou submetidas a algum outro tipo de abuso.
E como isso mexe com a sua vida?
Mexe em todas as relações que você trata diariamente, seja comprando o
café da manhã na padaria, dentro do transporte público lotado, ao
voltar para casa de noite, quando sai do trabalho, ou quando você
começa um novo relacionamento amoroso.
O problema do abuso é tão presente na nossa sociedade, tão aceito e
cheio de desculpas, que não é percebido com facilidade. Existe estupro
dentro de um casamento. Existe abuso sexual quando um homem acredita
que pode “encoxar” uma muher no metrô. Existe abuso emocional quando o
homem humilha sua parceira. E nós não podemos simplesmente aceitar.
O corpo da mulher não é dela. O corpo da mulher, na nossa sociedade, é
visto como um meio de satisfazer desejos e expectativas. Ele é feito
para dar satisfação sexual, trazer filhos ao mundo e servir a classe
dominante.
Os reflexos disso na sociedade são como o caso acima em que a mulher
não tem o direito a ter filhos, assim como as mulheres não têm
direitos a não quererem ter filhos. Na Índia, meninas são mortas ao
nascer. No Brasil, elas morrem diariamente pelos abusos sofridos.
Nossos mundos não estão tão distantes como muita gente acha.
É obrigação de cada pessoa lutar por uma sociedade respeitosa, que
garanta dignidade a todas as pessoas, independentemente do seu gênero.
A violência não é culpa da vítima e essa mentalidade precisa ser
combatida.
Para fechar, deixo aqui um e-mail que recebi por causa da coluna e que
me deixou com lágrimas nos olhos. Misoginia é o ódio e o desprezo pela
mulher apenas por ela ser mulher. Não é uma doença ou um problema
psicológio e emocional, é uma escolha, uma maneira de ver o mundo e
lidar com as pessoas a sua volta. E talvez seja um dos maiores males
modernos e culpados pela sociedade agressiva em que vivemos.
“Olá Carol. Gostaria que você escrevesse sobre misoginia. Como vivem
mulheres que são casada com misóginos; se elas apresentam quadros de
depressão, ansiedade, síndrome do pânico, causados pela alta pressão
em que vivem, e com o pouco afeto que recebem, principalmente as que
não têm filhos. Também poderia ser pesquisado se este tipo de
personalidade tem cura. Seria possível ele se reconhecer como doente,
que precisa de ajuda. Se não qual a melhor forma de lidar com os
misóginos para não adoecer com ou por causa do seu comportamento, ou
se só resta o divórcio como solução. Obrigada pela atenção”.
A única saída para essa e tantas outras mulheres é a mudança da
sociedade inteira. E essa mudança começa nas suas mãos. De que mundo
você quer fazer parte?
Fonte: Yahoo
Índia: Meninas de 2 e 5 anos são vítimas de estupros coletivos
Protestos contra estupros de duas meninas em Nova Délhi, Índia(Chandan Khanna/AFP)
Duas meninas de 2 anos e 5 anos foram violentadas por mais de um agressor em dois ataques separados em Nova Délhi, nos últimos casos de violência sexual que provocaram uma onda de protestos na Índia.
Um bebê de dois anos foi levada de um evento religioso, estuprada por dois homens e abandonada em um parque no oeste da capital indiana na sexta-feira. No outro caso, uma menina de cinco anos foi violentada por três homens, um deles seu vizinho, também na sexta-feira. De acordo com o porta-voz da polícia de Nova Délhi, Rajan Bhagat, os três foram presos.
Em 17/10/15, mais de 100 pessoas se reúniram em frente à casa de vítima de 2 anos para protestar contra o fato de que nenhum suspeito deste caso foi preso. “A Polícia não está fazendo nada para prender os estupradores. Não nos sentimos seguros nesta cidade”, disse uma parente da criança.
As notícias sobre estupros na Índia aparecem diariamente nos meios de comunicação, fruto da consciência criada pelo estupro coletivo e consequente morte de uma estudante universitária em Nova Délhi em 16 de dezembro de 2012.
Esse ataque gerou múltiplos protestos e abriu um debate sem precedentes sobre a situação da mulher no país, o que levou o governo a endurecer as leis contra os agressores sexuais.
De lá para cá, as denúncias por delitos contra mulheres não pararam de aumentar (18,3% durante o ano passado) devido à conscientização sobre este tipo de violência.
Por que acontecem tantos estupros na Índia?
1 de 4(Foto: AFP/VEJA)
A impunidade
O estupro especialmente hediondo de uma universitária de 23 anos que voltava do cinema com um amigo e foi atacada por seis homens dentro de um ônibus na capital Nova Délhi chocou a população indiana. Todos os criminosos se revezaram no ataque sexual e no espancamento da vítima, em violências que incluíram uma barra de ferro e provocaram ruptura intestinal. A estudante de fisioterapia não resistiu aos ferimentos. A indignação com as autoridades forçou mudanças na legislação, que foi reforçada e passou a prever a pena de morte para casos brutais – sentença que foi aplicada contra os agressores da universitária. No entanto, o endurecimento das leis não se mostrou suficiente para intimidar os criminosos.
Entre 2010 e 2012, as condenações por estupro no país caíram de 17,1% para 14,3%. De acordo com o último relatório do Escritório Nacional de Registros de Crimes, dos mais 200.000 casos de estupro em 2012, menos de 15% foram a julgamento. Destes, apenas 26% resultaram em condenações. Outro dado alarmante é que em mais de 94% dos casos de estupro as vítimas eram conhecidas dos agressores, que geralmente são familiares, vizinhos, amigos da família. Com isso, em muitos casos, a própria família da vítima protege os agressores da Justiça, testemunhando em favor deles.
Roop Rekha Verma, representante de uma organização de defesa das mulheres, afirmou à rede BBC que as leis mais rígidas podem até ter tornado as mulheres mais vulneráveis, diante do temor de condenações. Sua ONG está baseada em Lucknow, capital do estado de Uttar Pradesh, norte do país, onde casos de mulheres enforcadas depois de serem estupradas têm sido registrados.
2 de 4(Foto: AFP)
O preconceito machista
O machismo comportamental é manifestado na Índia pela má vontade de policiais em ouvir as vítimas de abuso, de juízes e promotores em julgar com rigor os abusos sexuais contra mulheres, e também em situações comuns em muitos lares onde os homens fazem as refeições antes das mulheres, por exemplo. Em janeiro, uma política indiana declarou que “estupros também ocorrem por causa das roupas que as mulheres usam, do seu comportamento e da sua presença em lugares inapropriados”.
Nos casamentos também é fácil ver a distinção que a sociedade faz entre homens e mulheres – elas muitas vezes não têm chance de opinar sobre seus destinos em uniões arranjadas pelas famílias. Na Índia ainda resiste uma crença de que ter uma filha é algo ruim. Isso acontece porque, quando uma mulher se casa, a família tem de pagar um dote (em dinheiro ou em presentes caros) à família do noivo. Visto como uma forma de ascensão social, o casamento é algo mercantil e as mulheres fazem parte da negociação como moeda de troca. Os dotes persistem também nos centros urbanos e muitas vezes são exorbitantes, com os pais das mulheres presenteando as famílias dos noivos com carros importados e até imóveis.
A Índia ocupa a posição 132 no ranking de desigualdade de gêneros elaborado pela ONU, atrás de países como o Paquistão.
3 de 4(Foto: Narinder Nanu/AFP/VEJA)
As questões religiosas
As duas maiores religiões do país, o hinduísmo (com mais de 80% da população) e o islamismo (mais de 13%), são patriarcais e priorizam os homens em seus ritos e dogmas. Profundamente religiosa, a sociedade indiana foi fortemente influenciada pelo preconceito machista das religiões. A influência foi tanta que se enraizou nas famílias e chegou até nas instituições políticas e jurídicas da Índia. Até o ano passado, por exemplo, perseguir uma mulher não era considerado um ato criminoso. Com isso, ex-namorados e ex-maridos tinham liberdade total para perseguirem e constrangerem suas ex-companheiras.
Textos que influenciaram códigos legais, como as Leis de Manu, afirmam que uma mulher não está apta a ser independente em nenhum momento de sua vida. Quando criança, deve viver sob a custódia do pai, quando adulta, sob a custódia do marido, e quando viúva, sob os cuidados do filho homem
4 de 4(Foto: Biswaranjan Rout/AP/VEJA)
O sistema de castas
Mesmo oficialmente rejeitado pela Constituição, o sistema de castas ainda é presente na sociedade indiana, principalmente nas áreas menos desenvolvidas e na zona rural. Esse rígido sistema propicia uma forte segregação social, com as castas consideradas mais nobres subjugando as pessoas consideradas inferiores. Com isso, os homens de castas superiores se sentem livres para abusaram das mulheres ‘inferiores’. No final de maio de 2015, duas adolescentes dalits (a casta mais baixa de todas) foram estupradas e enforcadas em um pequeno município do estado de Uttar Pradesh.Fonte: Veja
Em mensagem ao Irã transmitida por mediadores europeus, o governo dos Estados Unidos anunciou que não apoia e nem pretende participar de um eventual ataque por parte de Israel contra as bases nucleares iranianas. A notícia, divulgada nesta segunda-feira pelo jornal israelense Yedioth Ahronoth, aponta ainda que a Casa Branca espera que, no caso de uma ofensiva israelense, o exército iraniano não ataque alvos estratégicos dos EUA no Golfo Pérsico, como bases militares, embarcações e porta-aviões estabelecidos na região.
Leia também: ‘Israel vai desaparecer do mapa’, diz chefe supremo do Irã
De acordo com a publicação, a clara mensagem foi enviada a Teerã nos últimos dias, através de dois países europeus não mencionados. O porta-voz dos Estados Unidos em Israel não quis comentar a questão, mas o “recado” coincide com uma declaração feita recentemente pelo chefe do Estado-Maior americano, general Martin Dempsey, de que “não seria cúmplice” de um ataque ao Irã por parte de Israel. Ainda segundo ele, um ataque israelense iria provavelmente atrasar o programa nuclear iraniano, mas não destruí-lo.
As tentativas da gestão Barack Obama de evitar um ataque israelense também foram abordadas pelo jornal americano The New York Times na edição deste domingo. A publicação explica que, ao mesmo tempo que adota medidas preventivas, a gestão Obama se empenha em fazer Teerã esclarecer seu programa nuclear.
França – Em outra frente para evitar um ataque israelense, o chanceler francês, Laurent Fabius, afirmou nesta segunda-feira que um eventual bombardeio contra o Irã poderia se voltar contra Israel. Ele defendeu um reforço das sanções contra Teerã por esconder o alcance de seu programa nuclear. “Sou absolutamente contrário a que o Irã tenha a arma nuclear, mas penso que se acontecesse um ataque israelense, lamentavelmente isto se voltaria contra Israel e colocaria o Irã em situação de vítima”, afirmou Fabius, em entrevista ao canal BFM-TV.
Fabius disse temer que, com um bombardeio, os iranianos “recuperem uma legitimidade ante as populações da região” ao serem atacados. Para ele, é necessário aumentar as sanções e, ao mesmo tempo, seguir negociando com o Irã para que seu programa possa ser averiguado por agentes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)
Histórico – Israel considera o programa nuclear iraniano uma ameaça e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, insiste que as sanções internacionais impostas ao país não estão funcionando. Esta postura ampliou a distância entre o governo israelense e a administração de Barack Obama, que acredita que ainda há tempo para que o Irã modifique sua atitude e decida esperar para ver os efeitos das sanções.
A AIEA investiga há cerca de uma década as atividades nucleares do país, que durante 18 anos manteve em segredo seus avanços atômicos, o que causou grande desconfiança na comunidade internacional. O Irã é acusado de tentar desenvolver uma arma atômica, versão negada pelas autoridades iranianas, que garantem que seu programa nuclear é civil, com finalidades pacíficas.
O Irã acusou o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, de passar informação confidencial sobre o programa nuclear iraniano a Israel, inimigo declarado da República Islâmica. As informações são da agência oficial de notícias Irna. “A AIEA é obrigada a proteger a informação das atividades nucleares de seus membros e não cumpriu sua responsabilidade neste sentido em relação ao Irã, pois transferiu informação nuclear aos inimigos do país”, disse o deputado Yavad Yahanguirzade à agência.
Integrante da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa e da Junta Diretiva do Parlamento, Yahanguirzade acusou Amano de fazer “várias viagens a Tel Aviv para perguntar o ponto de vista dos funcionários israelenses sobre as atividades nucleares do Irã”.
Para Yahanguirzade, isso demonstra que o regime de Israel e de outros países hostis à República Islâmica têm acesso à informação nuclear do Irã, o que vai contra as normas da AIEA. “Se a conduta da AIEA fizer com que o Irã corte sua relação com a agência, toda a responsabilidade será do diretor-geral”, afirmou Yahanguirzade.
O chefe da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento iraniano, Alaedin Boruyerdi, acusou a multinacional alemã Siemens de ter colocado explosivos em uma peça para sabotar instalações nucleares do Irã.
Segundo informou neste domingo a rádio oficial iraniana, Boruyerdi declarou: “Essa bomba devia explodir e sabotar todo um sistema, mas o complô foi neutralizado devido à vigilância dos especialistas iranianos”.
Na sexta-feira passada, o embaixador do Irã na AIEA, Ali-Asghar Sultaniyé, acusou o Conselho de Segurança da ONU de “décadas de indiferença” perante o programa nuclear de Israel, destinado à fabricação de armas atômicas.
ENTENDA O CASO: A questão nuclear iraniana
Bombas nucleares- De acordo com organismos internacionais de estudos estratégicos, Israel – que não é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e não está submetido a inspeções internacionais – desenvolveu seu programa atômico com ajuda da França e com o consentimento dos Estados Unidos. A estimativa é de que Israel tenha entre 200 e 500 bombas nucleares.
O Irã foi acusado por diversos países, entre eles Israel, de tentar fabricar bombas atômicas dentro de seu programa nuclear. Teerã negou e assegurou que suas atividades neste campo são exclusivamente civis e pacíficas.
Israel e EUA ameaçaram atacar o Irã se o país não freasse seu programa nuclear, ao que Teerã respondeu que não interromperá suas atividades atômicas e que, caso seja agredido, dará uma resposta arrasadora.
As equipes de resgate iranianas encerraram em 12/8/12 as operações de resgate nas áreas devastadas pelos dois terremotos de sábado, que deixaram pelo menos 227 mortos e 1.380 feridos no noroeste do país, segundo um balanço revisado.
“Infelizmente, temos 227 mortos e 1.380 feridos”, declarou o ministro do Interior, Mostapha Najar, ao canal estatal.
“Os feridos estão sendo transferidos para os hospitais de Tabriz e da região”, disse.
Algumas horas antes, as autoridades iranianas haviam divulgado um balanço de 250 mortos e 2.000 feridos.
“As operações de resgate terminaram. Não há ninguém entre os escombros”, afirmou Hasan Ghadami, diretor da célula de crise do ministério do Interior.
Os terremotos de sábado aconteceram com apenas 10 minutos de intervalo na região de Varzeghan, a 60 km de Tabriz, noroeste do Irã.
O primeiro terremoto, de 6,2 graus e com epicentro em Ahar, aconteceu às 16H53 (9H23 de Brasília). O segundo aconteceu pouco depois em Varzeghan, às 17H04 (9H34 de Brasília), com 6 graus de intensidade. De acordo com o Centro Geológico dos Estados Unidos, os tremores tiveram intensidade de 6,3 e 6,4.
Os dois tremores tiveram epicentros a 10 quilômetros de profundidade.
Desde então, mais de 80 tremores secundários foram registrados na região, que tem mais de 16.000 desabrigados.
A área da catástrofe tem uma população de 128.500 pessoas, a grande maioria vivendo em pouco mais de 530 vilarejos.
Em Bajeh-Bakh, com pouco mais de 400 habitantes, 33 pessoas morreram, a maioria crianças e mulheres.
Os moradores procuravam sobreviventes em meio ao desespero.
No vilarejo de Mirza Ali Ghandi, Zeynab, uma adolescente de 13 anos conta que perdeu a irmã mais velha de 16 anos e o irmão de 8 anos.
O ministro do Interior, Mohamad Najar, visitou a área devastada neste domingo com a ministra da Saúde e o diretor do Crescente Vermelho por ordem do presidente Mahmud Ahmadinejad “para avaliar a situação e organizar as operações”, segundo a agência Mehr.
As equipes de resgate e o Crescente Vermelho distribuíram barracas, cobertores, roupas, alimentos e água aos afetados.
A maioria dos homens trabalhava no campo no momento da catástrofe, mas as mulheres e crianças estavam dentro de casa e foram as grandes vítimas da tragédia.
Em Tabriz, uma cidade de 1,5 milhão de habitantes, os danos foram apenas materiais, de acordo com as autoridades.
O Irã está situado sobre falhas geológicas importantes e sofreu terremotos devastadores ao longo de sua história. O mais importante dos últimos anos, em dezembro de 2003, matou 31.000 pessoas em Bam (sul), 25% da população da cidade
Inspetores da Organização das Nações Unidas chegaram em 20 de Fevereiro ao Irã na expectativa de que a República Islâmica torne mais transparente o seu controverso programa nuclear, um dia depois que Teerã respondeu em tom desafiador às sanções da União Europeia.
O Irã, que limitou no domingo a venda de petróleo às companhias britânicas e francesas, nega as acusações do Ocidente de que está buscando secretamente meios para construir armas nucleares e expressou sua disposição para retomar as negociações com as potências mundiais sem condições prévias.
A equipe de cinco membros da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), um órgão da ONU, manterá dois dias de diálogo em uma nova tentativa de obter explicações sobre os relatórios de inteligência que apontam para uma dimensão militar no que o Irã qualificou de programa nuclear civil.
Antes de deixar Viena, o chefe dos inspetores mundiais, Herman Nackaerts, disse que queria “resultados concretos” das conversações. Sua delegação espera, entre outras coisas, interrogar cientistas nucleares iranianos e visitar a base militar de Parchin, que pode ter sido usada para provas de ogivas nucleares de alto poder explosivo.
Contudo, o chanceler iraniano, Ali Akbar Salehi, levantou dúvidas sobre essas visitas quando disse à agência de notícias estudantil ISNA que os funcionários da AIEA não irão às instalações nucleares.
TEMA DE HOJE: o Irã e a Coreia ameaçam o mundo com seus testes nucleares, contra os quais os Estados Unidos e outros países preparam reações. Você acredita que existe o risco de guerra entre ambos os grupos de países, podendo afetar o eixo da Terra e, consequentemente, toda a vida no planeta?
O Presidente do Irã, porém, nega a acusação, como lemos na notícia abaixo:
Ahmadinejad: acusações sobre bombas nucleares são dignas de riso
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, indicou nesta segunda-feira que as acusações sobre os supostos planos de seu país para construir bombas são dignas de riso e escondem a intenção de evitar o desenvolvimento de seu país.
“Dizem que nós estamos fazendo bombas. Todos sabem que estas palavras são uma piada, é algo para rir, para zombar”, disse Ahmadinejad durante a assinatura de acordos junto ao líder venezuelano, Hugo Chávez.
“Há uma verdade por trás de todas essas pretensões: é claro que eles têm medo de nosso desenvolvimento, de nosso avanço”, acrescentou. Ahmadinejad assinalou que Venezuela e Irã são os povos que resistem “à avareza dos prepotentes e arrogantes”, em alusão ao governo dos Estados Unidos.
“Eles não querem que nossa economia se desenvolva, não querem a eliminação da pobreza em nossos países, não querem nossa industrialização, nosso desenvolvimento”, avaliou o líder iraniano.
Ahmadinejad disse que os EUA veem na pobreza dos povos a chance de “impor sua vontade” para dominá-los e usurpar sua riqueza. “Nossos povos não irão renunciar a esse esforço. As colaborações de nossos dois países vão aprofundar-se até alcançar todos os objetivos com a ajuda de Deus”, afirmou.
Parte da comunidade internacional intensificou sua pressão sobre o Irã por sua recusa em colaborar em relação a seu programa nuclear. Os EUA e vários países europeus acreditam que o programa nuclear iraniano tem uma vertente militar destinada a fabricar bombas atômicas, algo que Teerã nega veementemente, assegurando que é um projeto exclusivamente civil e com fins pacíficos.
E o Presidente da Venezuela defende o Irã:
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, saiu nesta segunda-feira em defesa do Irã diante das acusações de que Teerã estaria desenvolvendo energia nuclear com fins militaristas, e acusou os Estados Unidos de inventarem mentiras como o fim de invadir outros países.
“Acusam o Irã de estar desenvolvendo energia nuclear com fins militaristas, o que ninguém pode provar”, ressaltou Chávez em uma cerimônia junto a seu colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. “Isto é uma falsidade, assim como utilizaram a desculpa de armas de destruição em massa para fazer o que fizeram no Iraque, como utilizaram a desculpa da falsa agressão com bombas da aviação de Kadafi na Líbia”, alertou.
Chávez aludiu assim à preocupação expressada pela comunidade internacional, sob a liderança dos EUA, de que o programa nuclear iraniano teria uma vertente militar destinada a fabricar bombas atômicas, algo que Teerã nega veementemente.
O presidente venezuelano exigiu respeito à soberania de “todos os povos da Terra” e assegurou que os EUA são “a ameaça, e não hipotética, mas real, comprovada”.
Chávez citou como “outra das causas” para a permanente agressão americana as questões energéticas. “As reservas de petróleo do Irã são das maiores do mundo, assim como as da Venezuela. Somos dos grandes países produtores e exportadores de petróleo deste planeta”, acrescentou.
O líder venezuelano aproveitou para qualificar de “arbitrária” e “injustificada” a expulsão da cônsul venezuelana em Miami, Livia Acosta Noguera, e indicou que a diplomata se encontra no país desde dezembro.
“Esta é mais uma demonstração da prepotência do império ridículo. Avaliaremos com nossa Chancelaria a resposta que daremos a esse atropelo contra nosso povo, contra nosso país, contra nossa revolução”, declarou Chávez.
As novas sanções ocidentais contra o Irã por seu controverso programa nuclear fazem com que as negociações internacionais sobre o tema sejam “mais difíceis”, declarou neste sábado o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad.
“Elas fazem com que fique mais difícil negociar conosco”, declarou o presidente em entrevista ao canal público Jam. “Votam resoluções, impõem sanções, utilizam todas as ferramentas contra nós e querem que negociemos”, disse, referindo-se aos Estados Unidos e às potências ocidentais.
“Sempre dissemos que estamos dispostos a negociar e a cooperar. As negociações valem mais que a confrontação, mas parece que não têm a menor ideia e retornam sempre para a confrontação”, disse.
Na segunda-feira, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá adotaram novas sanções contra os setores bancário, petroleiro e petroquímico do Irã por seu programa nuclear.
A França propôs a Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Japão e Grã-Bretanha “congelar os bens do banco central do Irã e interromper as compras de petróleo iraniano”.
Ahmadinejad afirmou que estas posições complicam as negociações com as grandes potências (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha).
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