Essa não é uma notícia boa para muita gente, mas cientistas entrevistaram mais de 15 mil pessoas entre 16 e 74 anos, nos meses de setembro de 2010 a agosto de 2012, sobre sua vida sexual. A Pesquisa Nacional da Grã-Bretanha de Atitudes Sexuais e Estilos de Vida teve um resultado estranho: a frequência sexual vem caindo.

E não é pouco! Entre 1990 e 2012 essa queda foi de 40%, o que indica aos cientistas um futuro ainda mais diferente do que o mundo em que conhecemos. Em 1990, os participantes afirmaram ter tido relações sexual cinco vezes no mês anterior e, na nova pesquisa, esse número caiu para 3 vezes. Pode ser que o sexo seja deixado de lado com ainda mais intensidade.

Ao mesmo tempo que a frequência caiu, a qualidade aumentou. As pessoas ampliaram seu repertório sexual e incluíram partes do corpo que não entravam antes na brincadeira. A liberdade sexual também permitiu experiências com pessoas do mesmo gênero – 16% das mulheres e 7% dos homens disse já ter provado.

O número de parceiros também mudou, assim como a presença do sexo oral e anal nas relações. Se antes, as mulheres tinham experiências sexuais com apenas quatro parceiros por toda a vida, hoje esse número subiu para oito. Mas os homens também aumentaram seu número de parceiras: de 9 para 12.

Para os estudiosos, a culpa é da tecnologia, já que 23% dos entrevistados disse usar laptops, smartphones e outros gadgets na cama, antes de dormir. Porém, não olhar para a pessoa que está ao seu lado é, ao meu ver, o verdadeiro problema.

É claro que é mais fácil lidar com um mundo virtual em que ninguém reclama ou diz que está com dor de cabeça, mas olhar para quem você escolheu para ter ao lado, tocar essa pessoa e manter a ligação com ela é fundamental para uma vida sexual e afetiva de qualidade.

Os números podem cair e a quantidade de sexo também, mas está nas nossas mãos – literalmente – mudar isso!

Em tempos de semanas de moda pelo país, nada mais justo do que falar sobre tendências, certo? Mas é claro que, por aqui, as tendências tem tudo a ver com sexo!

O Instituto Kinsey para Estudos sobre Sexo, Gênero e Reprodução, dos EUA, em parceria com a Universidade de Indiana, também na “América”, realizou um estudo bem interessante sobre a influência brasileira sobre as mulheres americanas. Mais especificamente sobre a depilação de suas vaginas.

Os estudiosos — bem espertinhos na escolha do tema, né? — falaram com 2.451 mulheres sobre seus hábitos de depilação. E se você acha que a “depilação brasileira” é o sucesso do momento, está muito enganada!

Na tipo de procedimento que nossas depiladoras levaram aos EUA, um pouquinho de pelo é deixado na parte que o biquíni cobre, certo? Pois é, agora a onda é tirar tudo, não deixar nada. Ficar peladinha mesmo.

E olha só, entre 18 a 24 anos, 87,7% das entrevistadas tira tudo ou quase tudo. Foi constatado que essas mesmas mulheres tiveram maior probabilidade de observar seu próprio corpo por conta da técnica. E ainda são as que se dizem mais contentes com a vida sexual. E isso não fica apenas com as héteros, 86% das bissexuais e 74% das lésbicas fazem a mesma coisa!

A pesquisa ainda traça uma relação direta entre depilação e sexo oral. Das totalmente depiladas, 81,6% dizem ter recebido sexo oral nas quatro semanas anteriores à pesquisa, seguido por 70,8% das que deixaram apenas uma faixinha de pelos.

No Brasil a moda também pegou. Em conversa com as amigas, leitura de revistas e sites femininos, vemos que as opções são diversas. Desde tirar tudo até fazer um desenho engraçadinho, colocar glitter e até tingir os pelos.

Moldes de depilação artística

Mas o que isso tem a ver com a qualidade do sexo? Dizem que a mulher se sente mais segura sem os pelos, que sente-se mais limpa e cheirosa. Alguns médicos acham prejudicial esse tipo de depilação e alegam que o pelo é uma proteção da mulher. Outros acreditam que, com o advento dos sabonetes íntimos, não há mais problema, desde que a higiene seja feita cuidadosamente, segundo uma reportagem do jornal Folha de São Paulo.

Há ainda uma discussão de que a depilação total deixa a vagina da mulher parecida com a de uma garotinha. É, isso é bastante nojento, afinal, estamos falando de fantasia sexual ligada a pedofilia. E preferimos, nesse momento, nem aprofundar nesse assunto.

Por aqui, acreditamos que o sexo é uma das realizações pessoais de cada um, que a mulher deve se sentir a vontade e se depilar como tem vontade — e não apenas porque o parceiro prefere de um certo jeito.

Agradar a pessoa com quem você faz sexo fazendo de vez em quando uma depilação diferente, do jeito que ele sonha, pode ser muito legal. Desde que isso não a agrida.

Muitas mulheres não se sentem bem depilando-se completamente — principalmente aquelas acima dos 30 anos, aponta o estudo — e não é necessário se render à moda.

Como todas as tendências, pode ser que em pouco tempo tudo mude e a falta de depilação passe a ser um sucesso. Nunca se sabe. O importante é, com ou sem pelos, que a mulher conheça seu corpo, observe sua genitália, tenha um espelhinho para ver onde não conseguiria. Só assim a mulher conseguirá ter prazer pleno. Conhecendo-se.

Fiz ainda uma pesquisa informal, no Facebook, com alguns amigos e leitores de ambos os sexos, e o resultado foi o seguinte:


A preferência bate com a apontada pelas pesquisas, mas não deixa de mostrar que um bom número não se importa com a existência de pelos.

Se você não gosta de depilação, apare os pelos. Não precisa sofrer com a dor da cera ou a alergia da lâmina, mas também não precisa ser totalmente selvagem — se bem que há muita gente por aí que gosta das coisas ao natural.

Se você gosta de depilação, aproveite a onda. Tire tudo que quiser, mas lembre-se de reforçar a higiene. Na hora de apostar em desenhos divertidos, tome cuidado para que seu parceiro não ache tudo hilário e acabe com o clima.

E lembre-se que pelos não são sujos, não são fedidos, não são um problema. Pelos são parte do nosso corpo e se render a todas as tendências da moda pode nos deixar sem personalidade. E tem coisa mais broxante do que sexo sem personalidade?

A dica final que posso dar, por aqui, é: cuide da sua higiene. Não importa quanto pelo você tem ou qual o tipo de sexo que você curte: uma vagina limpa e cheirosa é o melhor que você pode oferecer. A você mesma!

O Boston Consulting Group fez a seguinte pergunta a pessoas por todo o mundo: “O que você trocaria por acesso à internet?”. E o resultado mais assustador do mundo foi o americano.

Por lá, 21% das pessoas disseram que dispensariam o sexo para manter o acesso à internet. Chocante, não é?

As outras coisas que seriam deixadas de lado para poder dar uma olhadinha no Facebook são, em ordem de resposta, GPS, fast food, chocolate, happy hour, exercícios físicos, carro e, por fim, mas muito revelador, 7% das pessoas parariam de tomar banho para ter acesso à internet.

E você, o que deixaria de lado pela querida rede mundial de computadores?


Fonte:Yahoo