Trump rompe com OMS e acusa China de ser responsável por ‘sofrimento no mundo’
Presidente dos EUA disse que financiamento antes destinado à organização passará para outras iniciativas. O republicano também criticou a China pelo desempenho na pandemia e pelas leis de segurança de Hong Kong.
Fonte: G1
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante coletiva na Casa Branca nesta sexta-feira (29) — Foto: Jonathan Ernst/Reuters
O presidente Trump disse que está encerrando relações com a Organização Mundial da Saúde e que vai realocar financiamento antes destinado ao órgão a outras iniciativas.
Para Trump, a OMS foi “pressionada” pela China para dar “direcionamentos errados” ao mundo sobre o Caronga Vi, causador da Covid-19.
“O mundo está sofrendo agora como resultado dos malfeitos do governo chinês”, disse Trump.
Donald Trump diz que está encerrando as relações dos EUA com a OMS
O rompimento com a OMS vem em meio a uma série de desentendimentos entre o organismo e os EUA. Em abril, Trump suspendeu a verba à Entidade — mas ainda não havia terminado as relações, como ocorreu nesta sexta.
Trump também acusou a China de estar à frente das decisões da OMS mesmo que Pequim financiasse menos o organismo do que os EUA, algo que vem sido criticado pelo presidente desde o início da pandemia.
“O mundo precisa de respostas da China sobre o vírus. A gente precisa de transparência”, concluiu.
O governo dos EUA ainda estuda expulsar milhares de estudantes chineses de universidades norte-americanas. Segundo o presidente, a medida serviria para evitar espionagem.
As declarações foram dadas após o número de mortos passar os 100 mil nos EUA — o primeiro país a atingir esse total. Mesmo assim, Trump vem pedindo a reabertura da economia nos Estados Unidos.
Crise em Hong Kong
29 de maio – Manifestante gesticula com cinco dedos, significando as ‘Cinco demandas – nem uma a menos’, em um shopping durante protesto contra a legislação de segurança nacional da China, em Hong Kong — Foto: Kin Cheung/AP
Na coletiva, Trump também disse que tomaria medidas — incluindo sanções — à China e a apoiadores do governo chinês pelo avanço de Pequim sobre a autonomia de Hong Kong . Por isso, o presidente dos EUA disse que começaria a “eliminar isenções que dão a Hong Kong um tratamento especial”.
“A recente incursão da China […] deixa claro que Hong Kong não é mais autônoma o suficiente para receber o tratamento especial que demos ao território”, afirmou Trump.
Nesta semana, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, anunciou que is retirar de Hong Kong seu status especial dado pelos EUA em 1997, quando a China recebeu o controle parcial do território antes pertencente ao Reino Unido.
O endurecimento da China em Hong Kong gerou protestos — que já vinha passando por manifestações em 2019, quando Pequim apertou o cerco a dissidentes do regime.
Os mercados de ações da Ásia começaram a segunda-feira (4) em baixa, junto com a queda nos mercados futuros dos EUA e da Europa e a alta do dólar frente a outras moedas, segundo a agência Bloomberg.
Os contratos futuros do índice S&P 500 caíam mais de 1,5%, depois que as ações globais registraram uma queda de mais de 2% na sexta-feira (1º).
A moeda chinesa recua em meio a preocupações com as tensões com os EUA. Os volumes de negociação devem ser menores devido a feriados na China e no Japão.
Investidores ouvidos pela agência também citam a preocupação de que o mercado tenha exagerado no otimismo, ao apostar em uma solução para a crise de saúde com uma nova vacina ou o uso de alguns remédios, mas que a situação piore nas próximas semanas.
Na última sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o acordo comercial com a China agora é de importância secundária diante da pandemia de coronavírus e ameaçou impor novas tarifas sobre Pequim, de acordo com a agência Reuters.
Trump falou também que suas preocupações com o papel da China na origem e disseminação do coronavírus estavam ganhando prioridade em relação a seus esforços para construir um acordo comercial inicial com Pequim.
“Assinamos um acordo comercial onde eles deveriam comprar, e eles estão comprando muito, na verdade. Mas isso agora se torna secundário ao que ocorreu com o vírus”, disse Trump. “A situação do vírus simplesmente não é aceitável.”
Neste domingo (3), Trump também disse que os Estados Unidos terão uma vacina contra o coronavírus até o final deste ano, segundo a agência AFP. Ele também disse que pedirá a reabertura de escolas e universidades em setembro.
Também neste domingo, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, retomou a campanha para responsabilizar a China pela pandemia, ao afirmar que existe uma “quantidade enorme” de provas de que o surto teve origem em um laboratório de Wuhan.
O Instituto de Virologia de Wuhan afirma ser impossível que a pandemia tenha surgido a partir de uma falha em suas instalações. Apesar de ser um grande crítico da atuação da China no começo da pandemia, Pompeo não disse se acha que o vírus foi liberado intencionalmente.
“O presidente Trump é muito claro: faremos os responsáveis prestarem contas disso”, afirmou Pompeo.
Fonte: Notícias ao Minuto
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