Militância promete ‘vigília permanente’ após prisão de Lula
“[Lula] não é um preso comum, é um preso político com grande liderança nacional. É o primeiro preso político depois da reabertura democrática”, acrescentou Hoffmann.
O estudante Christopher Ferreira, de 21 anos, passou a noite no acampamento montado ao lado do cerco policial, equipado com barracas e colchões infláveis. Um cartaz indicava o local onde a imprensa seria atendida.
“Passamos a noite aqui em resistência junto com todos os companheiros que estão prestando solidariedade ao presidente Lula”, explicou Ferreira à AFP na manhã de domingo.
Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o movimento espera a chegada de dezenas de caravanas de todas as partes do Brasil.
A prisão de Lula se deu em clima de tensão e enfrentamento entre simpatizantes e opositores do ex-presidente.
Enquanto seus adversários lançavam fogos de artifício e estouravam garrafas de espumante para comemorar, os manifestantes a favor de Lula foram dispersados pela polícia com gás lacrimogênio e balas de borracha, a poucos metros de distância.
A origem do incidente foi confusa, segundo jornalistas da AFP no lugar.
A PF afirma que os militantes tentaram invadir sua sede, forçando o portão enquanto Lula aterrissava no heliporto localizado no telhado do edifício, mas os manifestantes afirmam que a agressão partiu da polícia e foi injustificada.
Pelo menos oito pessoas ficaram levemente feridas, informaram os bombeiros.
Fonte: MSN
A prisão de Lula em imagens: choro e raiva de um lado, fogos e panelas de outro
Dilma fará palestras no exterior para denunciar ‘perseguição a Lula’
Ex-presidente iniciará rodada de eventos na próxima segunda-feira (9)

Apresidente cassada Dilma Rousseff vai ministrar uma série de palestras em universidades e instituições acadêmicas da Europa e Estados Unidos a partir desta segunda-feira, 9.
Ela foi convidada a falar sobre o processo do impeachment de 2016. Segundo sua assessoria, a petista vai “denunciar a perseguição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
Mais cedo, em nota, a presidente cassada afirmou que Lula é “um preso político, vítima de uma perseguição implacável de adversários, que lançam mão do ‘lawfare’ para calá-lo e destruí-lo, no esforço de desqualificar seu papel perante a história e o povo brasileiro”.
Na Espanha, Dilma vai fazer conferências na Casa de América em Madri, na terça-feira, 10, e no Colégio de Advogados, em Barcelona, na quinta-feira, 12. Lá, ela deve receber uma investidura de honra e Medalha do Centenário da Real Academia Europeia de Doutores.
Nos Estados Unidos, a ex-presidente vai discursar em universidades da Califórnia. Dilma vai passar por Berkeley, no dia 16, por Stanford, no dia 17, e pela Universidade Estadual de San Diego, no dia 18.
Fonte: Notícias ao Minuto
Mais de 50 cidades têm a favor do ex-presidente Lula

Já pela manhã, mais de 50 rodovias foram fechadas em atos do MST

Em mais de 50 cidades de todas as regiões do Brasil, centrais sindicais, movimentos sociais, estudantes e apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveram manifestações hoje (6) contra a ordem de prisão dele, decretada pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, de acordo Moro deu a Lula o prazo até as 17h de hoje para o político se entregar.
Já pela manhã, mais de 50 rodovias foram fechadas em atos promovidos principalmente pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Na Paraíba, uma jovem foi baleada na perna por uma pessoa que furou o bloqueio em uma das estradas.
Nas capitais, a Frente Brasil Popular (que reúne entidades como a CUT, o MST e a UNE e o PT) e a Frente Povo sem Medo (formada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e por diversas outras organizações) promoveram vigílias, atos e trancamentos de vias urbanas.
Nas manifestações, os ativistas criticaram a condenação de Lula e questionaram o juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso na 1ª instância e pelo pedido de prisão do ex-presidente, bem como outros membros de cortes onde o processo foi analisado, como o Supremo Tribunal Federal. A casa da presidente da Corte, ministra Carmen Lúcia, em Belo Horizonte, foi pichada e recebeu bombas de tintas.
Sindicato dos Metalúrgicos
O maior ato ocorre na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, para onde Lula se dirigiu após a ordem de prisão e onde passou o dia, em negociação com a Polícia Federal sobre sua apresentação. Além da vigília na sede do sindicato, ocorreram atividades na capital, São Paulo, e em Campinas.
No Rio, milhares de pessoas ocuparam a praça junto à Igreja da Candelária. Com o apoio de um carro de som, os militantes discursaram contra a ordem de prisão contra Lula. Militantes se revezaram ao microfone defendendo a liberdade para o ex-presidente. Após a concentração, os manifestantes seguiram em passeata pela Avenida Rio Branco rumo à Cinelândia, onde foi programado um grande ato político. A maior parte do comércio permaneceu aberta e o policiamento ostensivo praticamente não foi visto, com exceção de uma ou outra viatura da PM em algumas esquinas.
Em Minas Gerais, mais de dez cidades tiveram atos a favor de Lula, como Juiz de Fora, Governador Valadares, Viçosa, Uberlândia e Ouro Preto. Na capital, Belo Horizonte, houve manifestação na BR-381, na região metropolitana de Belo Horizonte. No Espírito Santo, um trecho da BR 101 foi bloqueado.
Norte e Nordeste
A Região Nordeste concentrou o maior número de protestos. Na Bahia, foram interditados 11 trechos das BRs 330, 101, 116, 235 e 001, além das estradas BAs 290 e 367. Em Salvador, cinco avenidas foram fechadas, incluindo o acesso ao aeroporto e a via da região da rodoviária, conhecida como Iguatemi. Também houve atividades em Feira de Santana e em Vitória da Conquista.
No Ceará, movimentos promoveram manifestações nas cidades de Caucaia, Cariri, Iguatu, Maracanaú e Tamboril. Na capital Fortaleza, estudantes fecharam a Avenida da Universidade e movimentos sociais se manifestaram na Praça da Gentilândia.
Na Paraíba, ocorreu bloqueio no acesso da BR-230, entre João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba. Uma militante foi baleada. Na capital, o ato ocorreu no Liceu Paraibano. Em Alagoas, as contenções pararam as BRs 316, 101 e 104. Em Sergipe, houve bloqueio na BR 235 e na SE 270. Ativistas fecharam uma ponte na cidade de Propriá. Na capital, Aracaju, houve um ato na Praça General Valadão.
Em Pernambuco, manifestantes fecharam a Avenida Dantas Barreto, no Recife. No Rio Grande do Norte, ativistas se reuniram em Natal em frente ao shopping Midway Mall. No Piauí, houve ato no Parque da Cidadania, em Teresina. Manifestantes trancaram a BR 316, que liga a capital ao sul do estado.
Norte, Sul e Centro-Oeste
No Paraná, militantes do MST trancaram as rodovias BR-158, BR-277, PR-476, PR-170. Em Curitiba, o ato ocorreu na Praça Santos Andrade.
Na capital paranaense, um grupo também protestou a favor da prisão do ex-presidente em frente à sede da Polícia Federal.
Em Londrina, a manifestação de apoio a Lula foi marcada para a sede do Sindicato dos professores da rede pública (APP). No Rio Grande do Sul, as manifestações foram organizadas na capital, Porto Alegre, e na cidade de Bagé.
Em Brasília, defensores do ex-presidente se concentraram na Praça Zumbi dos Palmares, próximo ao terminal rodoviário do centro da cidade. Em Goiás, a manifestação foi chamada para a Praça do Bandeirante, no cruzamento das duas avenidas mais importantes da cidade. Em Mato Grosso, a BR 364 foi bloqueada. Em Cuiabá, ativistas ocuparam a Praça Alencastro, em frente à prefeitura.
Já a Região Norte teve incidência menor de atividades em defesa de Lula. A exceção, foi o Pará. Na capital, Belém, a mobilização tomou conta do Mercado São Brás. Atividades semelhantes foram organizadas nas cidades de Santarém, Cametá, Santa Luzia, Marabá e Altamira. Em Rondônia, atividades também foram organizadas na capital, Porto Velho, e nas cidades de Jaru e Candeias do Jamary. Em Palmas, o ato teve como palco o Memorial Coluna Prestes. Com informações da Agência Brasil.
Fonte: Notícias ao Minuto
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