Ao se aproximar do Caribe, Lee passa de tempestade para furacão

Previsão é que ele ganhe ainda mais intensidade até segunda-feira; já o Maria, que se aproxima dos Estados Unidos, perde força após devastar Porto Rico

Furacão Maria

A imagem de satélite feita pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), mostra o furacão Maria. A tempestade devastou áreas em Porto Rico, nas Ilhas Virgens americanas e em Guadalupe (Jose Romero/NOAA/RAMMB/AFP)

tempestade tropical Lee, que está a 1.408 quilômetros das Bermudas, no Caribe, ganhou força neste domingo e se transformou em um furacão de categoria 1, informou novo boletim do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, divulgado neste domingo.

Já o furacão Maria, que devastou áreas em Porto Rico, nas Ilhas Virgens Americanas e em Guadalupe, perdeu intensidade e foi rebaixado para a categoria 2 enquanto avança em direção ao norte, se aproximando da costa sudeste dos Estados Unidos. Apesar das mudanças, os dois furacões não representam atualmente ameaça para áreas povoadas.

Neste momento, Maria está a 495 quilômetros do norte das Bahamas e a 855 quilômetros do Cabo Hatteras, no estado americano da Carolina do Norte. O furacão se move a 15 quilômetros por hora, com ventos máximos sustentados de 110 quilômetros por hora. Apesar de ter perdido intensidade, o NHC indicou que a Carolina do Norte e a Carolina do Sul, além da parte central da costa leste dos Estados Unidos, devem monitorar o avanço do furacão Maria.

Quanto ao Lee, o NHC afirmou que o furacão se move a 2 quilômetros por hora, com ventos máximos sustentados de 140 quilômetros por hora – uma intensidade bem menor do que a do furacão Maria. No entanto, a expectativa do órgão americano é que Lee se fortaleça nas próximas horas e se torne um furacão mais intenso na segunda-feira.

Tempestade no México

No México, uma nova tempestade tropical, batizada de Pilar, se formou em frente à costa oeste do país e deve causar chuvas fortes em várias regiões, informou neste domingo o Serviço Meteorológico Nacional (SMN).

Segundo as previsões do órgão, Pilar não chegará a se tornar furacão, mas trará chuvas intensas durante sua passagem em paralelo à costa oeste do México. Atualmente, a tempestade tropical está a 95 quilômetros ao sul de Cabo Corrientes, em Jalisco.

O fenômeno se desloca para noroeste com velocidade de 10 quilômetros por hora, com ventos máximos sustentados de 75 quilômetros por hora. O SMN prevê tempestades intensas e torrenciais (de 150 a 250 milímetros de chuva) nos estados de Jalisco e Nayari. Também estão afetados os estados de Sinaloa, Colima e Michoacán.

Além disso, essas regiões serão afetadas com ventos superiores a 60 quilômetros por hora e por ondas que devem ultrapassar os três metros.

O órgão pediu que a população dos estados que podem ser atingidos sigam as recomendações da Proteção Civil e se prepare para a passagem da tempestade tropical. O SMN também estabeleceu uma zona de vigilância em coordenação com o centro americano de observações de furacões, NHC.

Errata: a primeira versão deste texto informava que o furacão era de categoria máxima, mas ele é de categoria 1 – o máximo é 5.

Fonte: Veja

Após devastar Dominica, Maria chega à Guadalupe e causa 1ª morte

Segundo Dennis Feltgen, porta-voz do NHC, o Maria mantiver sua força, poderá ser o maior furacão a atingir Porto Rico desde 1932

Após devastar Dominica, Maria chega à Guadalupe e causa 1ª morte

 

Ofuracão Maria atingiu na tarde desta terça-feira (19) à ilha de Guadalupe, um território francês no Caribe.

Autoridades locais confirmaram a morte de uma pessoa, mas o nome da vítima não foi divulgado. Pelo menos outras duas pessoas estão desaparecidas e cerca de 40% da população (o equivalente a 80 mil casas) está sem energia.

Outras 70 mil casas estão sem luz na ilha de Martinica, também território francês no Caribe.

O tempestade, que tinha sido rebaixado à categoria 4 no fim da segunda-feira (18), voltou a ser classificada como categoria 5 pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC).

Mais cedo, o furacão devastou a ilha de Dominica e a tendência é que chegue às Ilhas Virgens britânicas e americanas e a Porto Rico entre terça-feira à noite e quarta-feira (20).

Segundo o NHC, no atual estágio o furacão poderá causar inundações e enchentes e ameaçar vidas.

Cerca de 70% das casas da Dominica tiveram seus telhados arrancados pelo furacão.

O primeiro-ministro de Dominica, Roosevelt Skerrit, um dos afetados pelo fenômeno, afirmou nesta terça que os moradores da ilha perderam “tudo o que o dinheiro pode comprar e substituir”.

Sua casa foi destelhada pela tempestade e ele teve que ser resgatado pelos bombeiros.

Skerrit escreveu em uma rede social que “o vento levou o telhado das casas de quase todas as pessoas com as quais eu conversei ou fiz contato”. Ele também afirmou que o dano era “devastador (…), de fato incompreensível” e pediu “ajuda de todo tipo”.

Jacques Witkowski, diretor-geral de segurança civil da França, disse que em Martinica, operações de reconhecimento ainda estavam em curso, “mas já podemos atestar que não há danos significativos”.

No início do mês, 68 pessoas morreram com a passagem do furacão Irma, sendo 36 em ilhas do Caribe e 32 no território continental dos Estados Unidos, cujo Estado mais atingido foi a Flórida.

O novo furacão deve passar ao sul das costas de Saint Martin e Saint-Barthélemy, ambas devastadas pelo furacão Irma, segundo o ministério da Defesa da Holanda.

“Na trajetória prevista, o olho de Maria se movimentará para o nordeste do Mar do Caribe hoje, com uma aproximação das Ilhas Virgens e de Porto Rico esta noite e na quarta-feira”, informou o NHC.

Segundo Dennis Feltgen, porta-voz do NHC, o Maria mantiver sua força, poderá ser o maior furacão a atingir Porto Rico desde 1932, quando uma tempestade de categoria 4 devastou a ilha. Com informações da Folhapress.

Fonte: G1

Autoridades estimam que furacão Irma destruiu 25% das casas nas ilhas de Florida Keys

Região fica ao sul da ponta da península da Flórida e foi varrida pelos ventos.


 

Uma área de casas-trailer na região de Florida Keys, na Flórida, após a passagem do Irma (Foto: AP/Matt McClain)Uma área de casas-trailer na região de Florida Keys, na Flórida, após a passagem do Irma (Foto: AP/Matt McClain)

Uma área de casas-trailer na região de Florida Keys, na Flórida, após a passagem do Irma (Foto: AP/Matt McClain)

A Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema) dos Estados Unidos informou nesta terça-feira (12) que o arquipélago Florida Keys, por onde o furacão Irma passou com categoria 4 no domingo, teve parte substancial de suas contruções destruídas.

“Estimativas iniciais – e foi por esta razão que pedimos às pessoas que evacuassem a área por causa da maré – apontam que 25% das casas de Florida Keys foram destruídas e 60% foram danificadas”, afirmou Brock Long, administrador da Fema.

Imagens aéreas mostram destruição nas ilhas de Florida Keys nos EUA

Imagens aéreas mostram destruição nas ilhas de Florida Keys nos EUA

“No geral, todas as casas de Florida Keys foram afetadas de uma maneira ou de outra”, acrescentou.

O olho do furacão Irma tocou terra no arquipélago com ventos de 215 km/h no domingo, segundo dados do Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA. Pelo menos dez mortes no país são atribuídas ao Irma e diversas cidades ficaram parcialmente inundadas, como Miami Beach e Jacksonville.

Após sobrevoar a área de Florida Keys, o governador Rick Scott disse que a zona tinha ficado “devastada” e os estacionamentos de trailers destruídos.

“Há devastação. Só espero que todos tenham sobrevivido, o que vimos foi horrível. (…) Há muitos danos”, contou Scott.

Moradores andam por parque de trailers destruído em Plantation Key, ilha ao sul da Flórida (Foto: Carlos Barria/Reuters)Moradores andam por parque de trailers destruído em Plantation Key, ilha ao sul da Flórida (Foto: Carlos Barria/Reuters)

Moradores andam por parque de trailers destruído em Plantation Key, ilha ao sul da Flórida (Foto: Carlos Barria/Reuters)

Após chegar a Florida Keys, Irma se deslocou para o norte e impactou o litoral sudoeste da península da Flórida na tarde do domingo e prosseguiu pelo interior para o norte do estado, o que o debilitou.

Após passar para o estado da Geórgia, já como tempestade tropical, Irma continuou a enfraquecer e agora é um ciclone pós-tropical e já se situa sobre o Alabama.

A Fema enviou cerca de 2,4 milhões de rações de comida e 1,4 milhão de litros de água à Flórida para atender as emergências causadas pelo Irma, enquanto 628 mil rações e 900 mil litros de água foram encaminhados ao estado da Geórgia.

Parque de trailers na ilha de Plantation Key, na região de Florida Keys (Foto: Carlos Barria/Reuters)Parque de trailers na ilha de Plantation Key, na região de Florida Keys (Foto: Carlos Barria/Reuters)

Parque de trailers na ilha de Plantation Key, na região de Florida Keys (Foto: Carlos Barria/Reuters)

Homem sentado em porta de loja após a passagem do Irma em Islamorada Key, em Florida Keys, nesta terça (12) (Foto: Carlos Barria/Reuters)Homem sentado em porta de loja após a passagem do Irma em Islamorada Key, em Florida Keys, nesta terça (12) (Foto: Carlos Barria/Reuters)

Homem sentado em porta de loja após a passagem do Irma em Islamorada Key, em Florida Keys, nesta terça (12) (Foto: Carlos Barria/Reuters)

Placa proíbe a entrada de moradores a área de Islamorada, em Florida Keys, nesta terça (12) (Foto: Reuters/Carlos Barria)Placa proíbe a entrada de moradores a área de Islamorada, em Florida Keys, nesta terça (12) (Foto: Reuters/Carlos Barria)

Placa proíbe a entrada de moradores a área de Islamorada, em Florida Keys, nesta terça (12) (Foto: Reuters/Carlos Barria)

Imagens de satélite mostram Key West, uma das cidades de Florida Keys, em janeiro (à esquerda), e na segunda feira (11) (Foto: Digital Globe Via AP)Imagens de satélite mostram Key West, uma das cidades de Florida Keys, em janeiro (à esquerda), e na segunda feira (11) (Foto: Digital Globe Via AP)

Imagens de satélite mostram Key West, uma das cidades de Florida Keys, em janeiro (à esquerda), e na segunda feira (11) (Foto: Digital Globe Via AP)

Trajeto Irma (Foto: Arte/G1)Trajeto Irma (Foto: Arte/G1)

Trajeto Irma (Foto: Arte/G1)