Formados em direito têm os maiores salários entre as 10 carreiras mais procuradas no Sisu, aponta levantamento
Comparação foi feita com base em dados fornecidos pelo MTE e pelo Inep.
Carteira de trabalho (Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas)
A expectativa
xpectativa de salário e a progressão do valor na carreira são aspectos visados por vestibulandos no momento de escolher uma profissão. A remuneração de pessoas formadas em direito disparam na frente das carreiras dos 10 cursos com maior número de matrículas e formados, de acordo com pesquisa feita pela empresa de ciência de dados IDados. O curso também apresenta maior progressão financeira: do salário inicial para o médio da carreira, o crescimento é de 195%.
A pedido do G1, o IDados se baseou em números fornecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para analisar as remunerações dos 10 cursos mais procurados por estudantes.
De acordo com o Inep, 48,3% das matrículas no ensino superior se concentram em 10 graduações: administração, ciências biológicas, ciências contábeis, direito, educação física, enfermagem, engenharia civil, medicina, pedagogia e psicologia. A parcela de formaturas nesses cursos é similar, com 48,7% dos concluintes sendo diplomados nessas áreas.
No Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do MTE, a pesquisadora responsável pelo levantamento, Thaís Barcellos pegou os dados de contratação e de criação de vagas nos últimos três anos. Ainda no MTE, ela consultou a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), para obter dados de remunerações nas carreiras.
A pesquisa analisou a remuneração média das 10 profissões em 2005, 2010 e em 2015. Nesse período, três carreiras apresentam os salários mais altos: direito, engenharia civil e medicina. Em 2015, elas eram remuneradas, em média, com R$ 10.763, R$ 8.963,31 e R$ 8.522,84, respectivamente.
A evolução dos salários ao longo dos anos, no entanto, foi melhor em outras carreiras. Os biólogos, que em 2005 ganhavam em média R$ 2.212,94, registravam salários de R$ 4.877,86 uma década depois. “Esse salto da biologia me surpreendeu muito. Em 2005, tinham mais biólogos empregados do que em 2010, quando foi estabelecido um piso salarial como o da engenharia. O salário aumentou bastante, mas a quantidade de biólogos estatutários é menor. Talvez a profissão seja melhor remunerada, mas se contrata menos”, avalia a pesquisadora.
Outros cursos, como educação física, pedagogia e psicologia apresentam salários com pouca variação ao longo dos anos. Oito das 10 carreiras tiveram aumentos variados, mas educação física e administração tiveram reduções salariais em relação a 2005. As contratações nas duas carreiras, no entanto, aumentaram, entre 2015 e 2017, em 168% e em 201%, respectivamente.
Empregabilidade
A promessa de um bom salário nem sempre é o que determina a escolha por uma profissão: o número de contratações por carreira também é um critério. O IDados analisou o número de vagas das 10 carreiras nos primeiros trimestres de 2015, 2016 e de 2017, cruzando as contratações com as demissões. Houve um aumento na criação de vagas neste ano, em relação ao período anterior, em oito profissões: apenas ciências contábeis e enfermagem demitiram mais do que contrataram no primeiro trimestre de 201 em relação ao mesmo período de 2016.
A carreira que mais emprega, disparando na frente das outras, é pedagogia: mesmo havendo redução ao longo dos três anos analisados, 16.228 novas pessoas foram contratadas no primeiro trimestre deste ano, contra 1.890 novos profissionais de educação física, o segundo número na lista. “Olhamos apenas para o início do ano, que é o período que tem maior movimentação de vagas na área de pedagogia. Ainda assim, dá para ver uma melhora no mercado. Os dados negativos estão ficando cada vez menos negativos. É um dado relativamente estável”, comenta a pesquisadora.
Em seguida, a pesquisadora cruzou os dados de salários iniciais com a média de admissões, de janeiro a maio de 2017. A média nacional para pessoas com ensino superior em início de carreira é de R$ 2.948,61. Os números mostram que, apesar do altíssimo índice de contratações em pedagogia, a média de salário inicial é das mais baixas, começando em R$ 1.822,46. Atrás da carreira, fica apenas educação física, com salário para recém-formados de, em média, R$ 1.642,21.
Com uma das taxas mais baixas de contratação, engenharia civil tem o salário inicial mais alto da pesquisa: R$ 6.533,24. Embora o número de formandos seja alto, a maioria não é contratada formalmente como engenheiros, mas como analistas. “Pode ser que o candidato decida por estudar alguma engenharia, que, apesar de contratar menos, tem salários maiores”, pondera Thaís.
Crescimento
Por fim, a análise de dados levou em conta a progressão salarial ao longo da carreira. Ao colocar os salários médios contra os iniciais do ano de 2015, a pesquisa mostra que muitas profissões bastante visadas não têm muita variação ao longo dos anos. É o caso de engenharia, que apesar de ter um salário inicial alto em comparação com os outros cursos, não tem uma progressão significativa: o valor médio da remuneração na profissão é de R$ 8.963,31, contra os R$ 6.481,79 iniciais, registrados naquele ano.
“Engenharia tem um salário inicial muito alto, mas a remuneração média não se altera muito. Acontece com medicina também, em que o profissional começa a carreira ganhando bastante, mas não tem muita alteração. Surpreendente é o direito, que tem um salário de admissão muito baixo, mas no decorrer da carreira aumenta consideravelmente”, avalia a pesquisadora. A média inicial de direito era, em 2015, de R$ 3.646,86, e a média total chega a R$ 10.763.
Com o mercado de trabalho desaquecido devido à crise, o jeito é olhar para o horizonte e mirar novas possibilidades. É isso que tripulantes de navios de cruzeiro estão fazendo. Nos últimos meses, o número de pessoas que se candidatam a vagas em alto-mar aumentou bastante. Dependendo da agência, quadruplicou.
Na Infinity Brazil, umas das principais recrutadoras para transatlânticos de luxo do país, a média diária de cadastros no site era de cem pessoas. De setembro para cá, o número de candidatos pulou para 400, chegando a bater a marca de 500 inscrições num único dia.
— É possível juntar dinheiro trabalhando num navio, já que a pessoa não paga aluguel, alimentação, luz, gás… E vale lembrar que os tripulantes recebem os salários em dólar — explica Marcelo Del Bel, recrutador da empresa.
Segundo ele, o gasto médio para realizar todo o processo seletivo pode chegar a R$ 2.500, com exames médicos e cursos de segurança obrigatórios, entre outros itens que variam de empresa para empresa. Mas ele afirma
— Praticamente o primeiro salário já paga esses gastos iniciais. Vale lembrar que alguns custos são reembolsados pela companhia marítima. Por isso, varia muito, e cada caso é um caso. Algumas empresas dão o STCW (curso básico obrigatório de segurança para navios) já na embarcação, por exemplo, sem taxar o tripulante.
O barista Wellington Rocha, de 27 anos, trabalha há oito anos em alto-mar e já passou por diferentes navios de cruzeiro. Formado em Turismo, ele decidiu pela carreira para poder viajar o mundo sem gastar quase nada.
— Descobri que era possível desbravar o mundo assim que pisei num cruzeiro, e hoje já conheço 60 países, cerca de 200 cidades ao redor do planeta — conta Tom, que explica: — Trabalhar embarcado não é um emprego qualquer, é um estilo de vida. É preciso gostar muito para aguentar, porque se trabalha bastante lá dentro. O contrato de um tripulante dura em torno de seis a oito meses e se resume a uma ou duas malas, já que as cabines em que ficamos são bem apertadas. É preciso ser desapegado.
Outra agência de recrutamento que também registrou aumento da procura foi a Portside. Há nove anos no mercado, a empresa notou um crescimento de 50% na busca por trabalhos a bordo nos últimos meses.
— Animação e bar são os setores mais procurados. Porém, a maioria não tem os pré-requisitos para essas funções. As vagas que mais abrem são de restaurante e housekeeping (serviços de limpeza), que são departamentos maiores em um navio de cruzeiros. Não significa que não existam outras vagas, é apenas uma questão de a demanda ser maior nos departamentos que têm mais pessoas. Além disso, o candidato pode fazer carreira e alcançar salários melhores com o tempo, tendo a possibilidade de viajar por todo o mundo — explica o CEO da empresa, Luiz Trindade.
A estudante de Odontologia Bianca Gummella, de 37 anos, fez quatro contratos em transatlânticos. No primeiro, conheceu o marido, um indiano, cozinheiro no navio. Ao desembarcarem, namoraram dez meses à distância. Até que se reencontraram:
— Nossos navios se cruzaram na Flórida (EUA), e nas seis horas em que estávamos no porto ficamos noivos. Seis meses se passaram, e nada de encontros, até que fizemos dois contratos juntos. No nosso último embarque, em 2012, nós nos casamos no Alaska. Teve festa no navio e dormimos numa cabine maravilhosa de passageiros.
Apesar de ser grata ao trabalho em alto-mar, ela não pensa mais em retomar a carreira:
— Comecei a trabalhar na limpeza dos restaurantes em 2009 e fiquei nessa vida até 2012, passando por diversas áreas. No primeiro contrato, tomava remédios diariamente para dor no corpo. No último, fui promovida para oficial, um cargo mais alto. Tinha regalias, uma cabine melhor e restaurante com o cardápio de passageiro. Aí, sim, a vida vale a pena no navio.
Bianca se casou no navio em que trabalhava Foto: Arquivo pessoal
Bianca se casou e passou a lua de mel no navio em que trabalhava Foto: Arquivo pessoal
Vantagens
Além de poder conhecer boa parte do mundo, o tripulante ganha em dólar.
Desvantagens
A saudade aperta em alto-mar. E no navio a comunicação com o continente é restrita, já que a internet é cara lá dentro.
Folgas
Não existe dia de folga, mas, horas de folga. Trabalha-se todos os dias da semana no período do contrato (6 a 8 meses). Os tripulantes têm de quatro a cinco horas para visitar o local em que o navio está ancorado. Após o período, é necessário voltar para trabalhar no próximo turno.
Algumas vagas
O responsável pela limpeza e pela arrumação das áreas públicas do navio tem salário entre R$ 1.250 e R$ 2.700. É exigido inglês intermediário. Para ser recepcionista, é necessário ter mais de 21 anos e fluência em inglês e também em um dos idiomas a seguir: francês, alemão, italiano ou japonês. O salário varia entre R$ 3.100 e R$ 4.332. Um cozinheiro ganha entre R$ 1.480 e R$ 2.560 e precisa ter inglês intermediário e experiência na área.
Legislação
Segundo o texto do Ministério Público do Trabalho e da Coordenadoria Nacional do Trabalho Portuário e Aquaviário de 2016, a legislação trabalhista brasileira não se aplica a tripulantes brasileiros contratados por intermédio de convenções internacionais de trabalho, firmados para desempenharem funções em embarcações que realizam exclusivamente temporadas internacionais de cruzeiros.
Onde se candidatar
Veja os sites de agências, como Portside, Rosa dos Ventos e Infinity Brasil
Fonte: Extra
Profissões que envolvam internet, agronegócio e idosos estão em alta
Os profissionais da geração X são tidos como especialistas em assuntos específicos, mas não têm a necessidade de buscar informações em outras áreas. Esse cenário mudou. Além da ampliação de vagas que exijam troca de experiências de áreas diferentes, também aumenta a demanda por profissões que envolvam o mundo digital, a população idosa e a preocupação com o meio ambiente, em crescimento no país.
A constatação faz parte de um estudo feito pela CEO Leiza Oliveira, da rede Minds Idiomas, que elaborou um ranking das cinco carreiras mais cobiçadas em 2017. “Estamos falando de nichos que envolvem toda a sociedade: tecnologia, aumento da população idosa, preocupação com o meio ambiente e com uma alimentação saudável”, comentou, em entrevista por e-mail.
Segundo a especialista, o estudo também é apontado como tendência no mercado de trabalho para os próximos cinco anos. “Há uma crescente de agências especializadas em marketing digital, consultores financeiros e procura pelo curso de Gerontologia”.
São profissões com boa remuneração, que pode variar de R$ 5 mil a R$ 15 mil no Brasil. As vagas que exigem conhecimento tecnológico estão nas grandes cidades, com maior concentração no Rio e em São Paulo. As profissões que visam o atendimento à terceira idade estão distribuídos, também, por cidades de pequeno e médio porte.
Confira!
Essa nova geração de trabalhadores já nasce online. Logo, ter um profissional que consiga ‘ler’ dados, quantificá-los e entender o comportamento do consumo é o diferencial de muitas empresas. O analista de Business Inteligent (BI), além de ter que dominar a matemática, precisa falar inglês. Assim como o gerente de SEO, o salário desse profissional varia de R$ 8 mil a R$ 10 mil.
GERENTE DE SEO
Supervisiona atividades da área de Search Engine Optimization (SEO) para garantir que a arquitetura de navegação, estrutura de links, código HTML e conteúdo de páginas do site gerem primeiras posições de busca da internet. São cada vez mais procurados pelas empresas, principalmente por agências de marketing digital. Precisam falar inglês, pois conteúdos e plataformas são nesse idioma. Salário varia de R$ 8 mil a R$ 10 mil.
AGROECÓLOGO
O agronegócio é um dos ramos mais importantes do PIB brasileiro, representando 20% da receita. A profissão possibilita unir o aprendizado na sustentabilidade e aplicá-lo na indústria do campo. O profissional precisa conversar com o entorno da indústria rural, pensando no aspecto social. O salário varia de R$ 7,5 mil a R$ 15 mil.
GERONTÓLOGO
No Brasil, há mais de 22 milhões de idosos. A estimativa do IBGE é que esse número triplique em 20 anos, já que as pessoas estão vivendo mais. Logo, há perspectivas na área. Existem poucas universidades gratuitas de Gerontologia, mas a concorrência não é tão acirrada quanto Medicina e Enfermagem. Recebe entre R$ 9 mil e R$ 15 mil.
CONSELHEIRO DE APOSENTADORIA
Em meio a medidas governamentais em torno da Previdência, cresce
o número de pessoas interessadas em planejar a aposentadoria. O profissional precisa entender do mercado financeiro e aplicações. Recebe de R$ 5 mil a R$ 10 mil.
Fonte: O Dia
De volta ao futebol, Bruno vai ganhar seis vezes mais do que um professor
O goleiro Bruno deixou a relação de 12,1 milhões de pessoas desempregadas, que equivalem a 11,9% da população, poucos dias após sair da prisão, onde esteve por seis anos e meio, acusado de mandar matar a mãe de seu filho. E, apesar de ter cumprido menos de um terço de sua pena, o novo goleiro do Boa Esporte já terá salário superior a média de todas as profissões no Brasil, incluindo médicos, advogados, administradores de empresa…
O Boa Esporte não confirma, mas o Blog apurou que Bruno receberá R$ 15 mil por mês enquanto estiver apto a jogar – somente Radamés, volante revelado na base do Fluminense, ganha mais do que o goleiro no clube mineiro.
Os ganhos de Bruno correspondem a 16 salários mínimos, cujo valor é de R$ 937. O ex-detento, que não tem diploma universitário, vai receber, por exemplo, quase seis vezes mais do que o salário base de um professor com licenciatura que trabalha 40 horas semanais em Minas Gerais.
Mas as comparações assustadoras não terminam por aí. A média salarial do brasileiro gira em torno dos R$ 1.725, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ou seja, o camisa 1 do Boa Esporte vai faturar em um mês o que o trabalhador comum leva quase nove meses.
Até os médicos, com a responsabilidade de salvar vidas, têm em geral rendimento menor do que o pai de Bruninho, menino de sete anos fruto de sua relação extra-conjugal com Eliza Samúdio. Os profissionais com mestrado ou doutorado ganham em média R$ 8.966,07.
Bruno foi preso em 2010, após ser condenado a 22 anos e três meses de prisão, sob a acusação de mandar dois amigos matarem a então amante. O goleiro recorreu da sentença em 2013 e, como o recurso não foi julgado, sua prisão continua sendo preventiva. Baseado nisso, o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, deu a Bruno o direito de aguardar o julgamento do recurso em liberdade.
O goleiro, com passagens por Flamengo e Atlético-MG, também tinha ofertas de Ceará, Brasiliense, Olaria e Tricordiano. A opção pelo Boa Esporte teve a ver com o salário oferecido e com a possibilidade de ficar mais próximo da família, que é de Minas Gerais.
COMPARAÇÃO SALARIAL MENSAL DESLEAL:
– Bruno (Boa Esporte): R$ 15.000,00
– Médico: R$ 8.966,07
– Administração: R$ 8.012,10
– Direito: R$ 7.540,79
– Ciências Contábeis: R$ 7.085,24
– Engenharia Mecânica: R$ 5.576,49
– Engenharia Civil R$ 5.476,85
– Motorista de Uber: R$ 4.300,00
– Professor: R$ 2.425,50
– Gari: R$ 1.259,00
– Empregada Doméstica: R$ 1.357,00
Fonte: Yahoo e G1
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