Centrais sindicais ameaçam greve de 2 dias e ‘invasão’ de Brasília
ATO CONVOCADO POR CENTRAIS SINDICAIS REUNE MILHARES DE MANIFESTANTES NA CINELÂNDIA, NO RIO
As principais centrais sindicais do país divulgaram nesta segunda-feira, Dia do Trabalhador, uma nota conjunta sinalizando com uma nova greve geral, desta vez de dois dias, e uma “invasão de trabalhadores” a Brasília para pressionar o Congresso a não aprovar as reformas trabalhista e previdenciária
Na sexta-feira, uma greve geral convocada contra as reformas propostas por Temer atingiu parcialmente todos os estados, deixou algumas capitais com “cara de feriado”, mas não registrou grandes concentrações de manifestantes nas ruas e terminou em confrontos violentos com a polícia no Rio e em São Paulo.
“O dia 28 de abril de 2017 entrará para a história do povo brasileiro como o dia em que a maioria esmagadora dos trabalhadores disse não à PEC [proposta de emenda constitucional] 287 [da reforma da Previdência], que destrói o direito à aposentadoria, não ao projeto de lei 6.787 [da reforma trabalhista], que rasga a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], e não à lei 4.302, que permite a terceirização de todas as atividades de uma empresa”, dizem as centrais no documento.
O documento, assinado pela CUT, CTB, CSB, UGT, Força Sindical e Nova Central, foi intitulado “A greve do 28 de abril continua” e foi lida em todos os eventos deste 1º de Maio. As centrais sindicais voltarão a se reunir nesta semana para discutir as próximas ações.
No dia da greve geral, Temer, em vídeo, disse que as manifestações “ocorreram livremente em todo o país”, mas que isso não o faria desistir das reformas e que a discussão deveria ser tratada na “arena adequada, que é o Congresso Nacional”.
“Não aceitamos a reforma trabalhista como está. E vamos para a Câmara. E vamos para o governo. Se o governo Temer quiser negociar a partir de amanhã, nós estamos dispostos a negociar. Agora, se não abrir negociação, se não discutir com centrais, se não mudar essa proposta, vamos parar o Brasil novamente”, disse Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical e deputado federal pelo Solidariedade-SP – ele integra a base do governo. “Quem sabe a gente consiga fazer com que Brasília ouça as vozes das ruas”, disse.
Atos
As declarações de Paulinho da Força foram dadas durante o ato de 1º de Maio da central que comanda, na praça Campo de Bagatelle, na zona norte paulistana. O evento, que durou das 11h40 às 12h30, teve discursos de políticos como os deputados Orlando Silva (PCdoB-SP), Roberto Lucena (PV-SP) e Major Olímpio (SD-SP) e líderes sindicais, além de shows musicais, entre eles os de Zezé di Camargo & Luciano, Fernando & Sorocaba e Maiara e Maraisa.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) fez o seu ato no início da tarde na Avenida Paulista, com discursos de políticos e sindicalistas – depois, os manifestantes se dirigiram à Praça da República, onde haveria shows musicais de artistas como o rapper Emicida e a sambista Leci Brandão.
A organização do ato na Avenida Paulista gerou um entrevero entre a CUT e Doria, que não autorizou o evento na via por ter shows musicais, o que contraria um termo de ajustamento de conduta firmado pela prefeitura com o Ministério Público Estadual, que prevê apenas três eventos por ano na via: a Parada Gay, a Corrida de São Silvestre e o Réveillon. Após disputa na Justiça, foi firmado um acordo: o ato político seria na Paulista e os shows, na Praça da República.
Em Brasília, onde as centrais querem promover uma “invasão de trabalhadores”, o ato foi modesto. Cerca de 200 trabalhadores participaram do evento, que teve entre os oradores a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que classificou as reformas como um “desmonte da Constituição”.
No Rio de Janeiro, o ato na Cinelândia, centro da cidade, teve uma confusão quando um homem segurando a bandeira do Brasil, foi hostilizado pelos manifestantes e teve de ser retirado do local.
Fonte: MSN
Dia do Trabalhador é marcado por shows, feira de empregos e manifestações pelo Brasil
SP tem shows de Zezé Di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone e MC Guimê. Veja como foram as comemorações do 1º de Maio em 12 estados.
Primeiro de Maio tem comemoração e manifestações contra reformas
O Dia do Trabalhado, comemorado neste 1º de maio, foi marcado por protestos contra as reformas trabalhista e da previdência, feiras de empregos, comemorações por conquistas e até churrasco pelo Brasil afora. Veja abaixo como foram a manifestações em 12 estados:
São Paulo
A dupla Zezé di Camargo e Luciano canta na festa de 1º de Maio da Força Sindical (Foto: Celso Tavares/G1)
Na capital paulista, atos de centrais sindicais ocorreram por toda a cidade. A Força Sindical reuniu-se no Campo de Bagatelle. A programação de shows tinha Zezé Di Camargo e Luciano, Michel Teló e Bruno e Marrone. A festa, segundo Paulinho da Força, presidente da associação, custa até R$ 3 milhões. A Central dos Sindicatos Brasileiros marcou outro ato no Sambódromo
Já a festa da Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizou um ato que começou na avenida Paulista de onde manifestantes seguiram para a Praça da República, onde ocorreram shows de Emicida, MC Guimê e Leci Brandão. A CUT teve de fechar um acordo com a prefeitura, que havia acionado a Justiça para impedir que a manifestação ocupasse o cartão postal paulistano. Em Campinas, os trabalhadores ficaram na região da Catedral Metropolitana
Todos os atores se posicionaram contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo federal. Em São José dos Campos, no entanto, moradores fizeram fila para saborear a tradicional macarronada da Festa do Trabalhador no bairro Novo Horizonte.
Rio de Janeiro
Centrais sindicais organizaram protesto na Cinelândia neste Dia do Trabalhador (Foto: Carlos Brito/G1)
Convocados por centrais sindicais, manifestantes voltaram à Cinelândia, no centro do Rio, para protestar contra as reformas. As pessoas reunidas no local também reclamaram da repressão policial aos protestos da sexta-feira (28). O policiamento foi reforçado na região para evitar as depredações. Um tumulto ocorreu quando um homem abriu uma bandeira do Brasil Império e foi forçado a sair do local pelos manifestantes.
Também no centro do Rio, teve gente que madrugou para ficar na fila da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), onde funciona um dos postos do Sistema Nacional de Empregos (Sine), que reúne ofertas de emprego e direciona a elas os trabalhadores. Já na Zona Portuária, houve shows de Michael Sullivan, David Deyr e Xande de Pilares.
Minas Gerais
Missa celebra o Dia do Trabalhador em Contagem, na Grande BH (Foto: Reprodução/TV Globo)
Em BH, houve protestos contra as reformas trabalhista e da previdência. Em Contagem, tradicional missa celebrou pela 41ª vez a data, na Praça da Cemig, na Avenida Cardeal Eugênio Pacelli, no bairro Cidade Industrial.
Trabalhadores reuniram-se em Uberaba, com cartazes que diziam “Nenhum direito a menos”.
Espírito Santo
Em Vitória, o Dia do Trabalhador foi lembrado com festa no bairro São Pedro e caminhada das centrais sindicais pelo Centro de Vitória. Neste ano, o tema do protesto foi “nenhum direito a menos”. Da Praça Oito, os manifestantes saíram em caminhada pela avenida Jerônimo Monteiro, em direção ao Sambão do Povo gritando palavras de ordem.
Paraná
Festa é tradição no Dia do Trabalho em Cascavel (Foto: Raquel Moraes/RPC)
Em Cascavel, no oeste do Paraná, o Dia do Trabalhador foi comemorado com churrasco. Foram assadas 16 toneladas de carne para servir 25 mil pessoas, segundo as expectativas dos organizadores.
Rio Grande do Sul
Protesto de trabalhadores em Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul (Foto: Josiane Pimentel/RBS TV)
Em Porto Alegre, manifestantes contra reformas trabalhista e da previdência que tramitam no Congresso ocuparam as ruas e bloquearam um túnel . Em outras cidades, algumas rodovias foram tomadas por passeatas. Foi o que aconteceu em Passo Fundo, onde a BR-285 foi parcialmente bloqueada, e, em Santa Maria, onde RS-287 teve bloqueios, com queima de pneus.
As propostas de leis que pretendem mudar as relações trabalhistas e as regras dda aposentadora motivaram protestos nas cidades gaúchas Uguguaiana, Santa Rosa, Carazinho, Bagé, Santa Cruz do Sul, Caxias do Sul, Cruz Alta e Lagoa Vermelha.
Pernambuco
Movimentos sociais e centrais siondicais fazem ato público no Recife para marcar o Dia do Trabalhador (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Milhares de pessoas se concentraram na Praça Oswaldo Cruz, no centro do Recife, de onde partiram para a Praça do Derby. Eles foram convocados por centrais sindicais e movimentos sociais, que levaram até trio elétrico para o local para protestar contra as reformas “Esse 1º de maio é a continuidade da luta do dia 28. Nós teremos pessoas para ocupar Brasília de forma permanente durante todo o período da votação da Previdência”, declarou Carlos Veras, presidente estadual da CUT.
Bahia
Em Itabuna, sul da Bahia, uma manifestação das centrais sindicais fechou a BR-101, no km 509. Participaram trabalhadores do comércio, bancários, servidores municipais e funcionários do setor de construção civil.
Alagoas
Trabalhadores e movimentos sociais e sindicais ocuparam parte da avenida da orla durante manifestação em Maceió (Foto: Suely Melo/G1)
Milhares se trabalhadores reuniram-se na orla de Maceió para participar de um ato em celebração ao Dia do Trabalhador. Segundo a organização, eram 20 mil pessoas; De acorodo com a Polícia Militar, o ato tinha 6 mil participantes.
Sergipe
A CUT organizou panfletagem na região dos arcos da Orla da Atalaia, em Aracaju. Na pauta de reinvindicações, estava as reformas na previdência, trabalhista e do ensino médio, além da terceirização de serviços.
Amazonas
Dia do trabalhador belém CUT (Foto: Arthur Sobral/G1)
Centenas de trabalhadores se reuniram em Belém, em comemoração pelas conquistas dos trabalhadores e em protesto contra as reformas . Concentrados inicialmente na Praça Waldemar Henrique, no bairro do Reduto, eles caminharam pela avenida Presidente Vargas até a Praça da República. Levavam cartazes e instrumentos musicais, com que fizeram barulho pelas ruas.
Amapá
Milhares de macapaenses trocaram o descanso do feriado para ir ao estádio Zerão, em Macapá, onde a prefeitura promovia ações de saúde, emitia documentos, fornecia orientação jurídica e até oferecia recolocação profissional.
Fonte: G1
Brasil amanhece com manifestações e sem transportes públicos; siga
De Fortaleza a Porto Alegre, diversas manifestações em terminais rodoviários e principais vias de acesso
© Nacho Doce/Reuters
Onze anos após a última greve geral, o Brasil amanhece com manifestações contra as reformas trabalhista e da Previdência nesta sexta-feira (28). Em São Paulo, logo nas primeiras horas da madrugada, manifestantes bloquearam a Rodovia Hélio Schmidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos, em Cumbica, na madrugada desta sexta-feira (28). A rodovia foi liberada pela Polícia Militar, que entrou em conflito por integrantes de organizações como Povo Sem Medo, Sem-teto e Sindicato dos
O trânsito em toda a Avenida 9 de julho está comprometido. Há manifestantes em trechos da via. Em imagens divulgadas nas redes sociais, é possível ver muita fumaça. O Terminal João Dias, no Centro de São Paulo, está fechado. Apesar de nenhuma empresa de ônibus ter coletivos nas ruas, a assessoria SPTrans informou que os terminais estão abertos.
Todas as linhas do metrô na capital também estão bloqueadas, exceto a 4-Amarela, que é administrada pela empresa Via4. O mesmo ocorre com os trens da CPTM. Segundo a assessoria, todas as linhas estão paradas.
No ABC Paulista, a Avenida do Estado também está bloqueada no sentido São Paulo, nas proximidades do Carrefour. Manifestantes também tomaram a rodovia SP-59, principal ponte de ligação entre as avenidas Anchieta e a Imigrantes, no KM-1, em Cubatão.
Porta de entrada de Santos, a Avenida Martins Fontes foi bloqueada. Em Campinas, após assembleia, funcionários da garagem da Unicamp decidiram aderir à greve e não sair com a frota de ônibus nesta sexta-feira.
O secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Barbosa, disse nesta quinta-feira (27,) em entrevista coletiva, que a Polícia Militar não vai permitir bloqueio de vias importantes.
No Rio de Janeiro, as informações são de que a ponte Rio-Niterói foi bloqueada. Mais de 150 manifestantes do Movimento dos trabalhadores Sem-Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo bloqueiam agora o acesso nos dois sentidos e prometem não deixar o local durante o dia.
A RJ-104, em São Gonçalo, também está fechada. Manifestantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) bloquearam o terminal Alvorada, na Barra da Tijuca. Cerca de 200 manifestantes interrompem a Linha Vermelha, próximo a Ilha do Governador.
Em Fortaleza, no Ceará, o presidente do Sindicato dos Bancários, assim como alguns manifestantes, foram alvo de ação do Batalhão de Choque (Cotam), enquanto tentavam barrar a saída dos ônibus na garagem da empresa Dragão do Mar. Outra grande companhia de transporte coletivo, a Vegas, está fechada.
As principais vias de acesso à Vitória, capital do Espírito Santo, foram fechadas. Em Belo Horizonte, a garagem Mineirão, no bairro de Barreiro, foi fechada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários.
No Norte de Minas Gerais, a Frente Brasil Popular e movimentos sindicais bloquearam uma das principais avenidas que dá acesso ao Distrito Industrial de Montes Claros. A rodovia que interliga os municípios de Coronel Fabriciano e Timóteo, o chamado Vale do Aço, foi fechada por manifestantes.
Em Porto Alegre, os rodoviários aderiram à paralisação nacional e nenhum ônibus irá para a nesta sexta. As informações são de que oito garagens foram bloqueadas. O metrô também está completamente parado. Em Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul, a fábrica Transcal foi fechada. A empresa faz o transporte de trabalhadores para a capital. As manifestações também tomam as redes sociais. A hasthag #BrasilEmGreve é o assunto mias comentado do Twitter
São Paulo vive manhã de caos com greve geral
Acesso a aeroporto de Guarulhos, a Rodovia Hélio Schmidt foi fechada por manifestantes
© Nacho Doce/Reuters
Manifestantes bloquearam a Rodovia Hélio Schmidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos, em Cumbica, na madrugada desta sexta-feira (28). A rodovia foi liberada pela Polícia Militar, que entrou em conflito por integrantes de organizações como Povo Sem Medo, Sem-teto e aeroviários
O trânsito em toda a Avenida 9 de julho está comprometido. Há manifestantes em trechos da via. Em imagens divulgadas nas redes sociais, é possível ver muita fumaça.
O Terminal João Dias, no Centro de São Paulo, está fechado. Apesar de nenhuma empresa de ônibus ter coletivos nas ruas, a assessoria SPTrans informou que os terminais estão abertos. Nenhuma empresa de ônibus circula.
Todas as linhas do metrô na capital também estão bloqueadas, exceto a 4-Amarela, que é administrada pela empresa Via4. O mesmo ocorre com os trens da CPTM. Segundo a assessoria, todas as linhas estão paradas.
No ABC Paulista, a Avenida do Estado também está bloqueada no sentido São Paulo, nas proximidades do Carrefour. Manifestantes também tomaram a rodovia SP-59, principal ponte de ligação entre as avenidas Anchieta e a Imigrantes, no KM-1, em Cubatão.
Porta de entrada de Santos, a Avenida Martins Fontes foi bloqueada. Em Campinas, após assembleia, funcionários da garagem da Unicamp decidiram aderir à greve e não sair com a frota de ônibus nesta sexta-feira.
O secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Barbosa, disse nesta quinta-feira (27,) em entrevista coletiva, que a Polícia Militar não vai permitir bloqueio de vias importantes.
Manifestantes devem bloquear acesso de Doria ao trabalho
Ato é resposta às medidas do prefeito para impedir que servidores aderissem à greve geral desta sexta
© Cacalos Garrastazu / Fotos Públicas
Em resposta às medidas adotadas pelo prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) para evitar que os servidores da Prefeitura do município adiram à greve geral e faltem ao trabalho, nesta sexta-feira (28), manifestantes estão providenciando o bloqueio do caminho do próprio tucano para o trabalh
Segundo a jornalista Mônica Bergamo divulgou na Folha de S. Paulo, os sindicalistas e líderes de movimentos sociais devem bloquear a passagem de carros em pontos estratégicos da cidade, o que inclui a região onde fica a sede da Prefeitura.
“A não ser que Doria vá trabalhar de helicóptero [ele chega no trabalho no horário]. Na sexta nós só não vamos travar o ar”, disse Raimundo Bonfim, membro da Central de Movimentos Populares.
Nesta quarta-feira (26), Doria chegou a afirmar que descontaria o dia de trabalho dos servidores que não comparecessem ao trabalho no dia da greve e disse ainda que havia fechado um acordo com a Uber e a 99 para que todos chegassem ao seu posto de trabalho. No entanto, desistiu da medida.
Por conta disso, um outro movimento também começou a surgir para que os funcionários da prefeitura impedidos a aderir à paralisação usassem o Uber e o 99 para irem ao Largo da Batata, onde haverá um protesto
Greve Geral: o que está em jogo com a paralisação de 28 de abril?
Perspectiva é que uma série de categorias cruzem os braços nesta sexta-feira em todo Brasil
Centrais sindicais, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, movimentos estudantis e outras organizações da sociedade civil de esquerda prometem fazer nnesta sexta-feira (28) a maior greve geral dos últimos 21 anos no país. O principal foco da paralisação é a crítica contra as reformas da Previdência e a Trabalhista.
Um ensaio do que os organizadores da greve pretendem foi demonstrado no último dia 15 de março, quando várias categorias de trabalhadores protestaram em vários pontos do Brasil – em alguns casos, chegando a cruzar os braços por algumas horas.
No mesmo dia, 200 mil pessoas (segundo os organizadores) se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, para criticar não só as reformas, mas o próprio governo do presidente Michel Temer (PMDB). Tal rejeição ainda possui ligação umbilical com o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), ainda latente na sociedade brasileira.
O aspecto político está intimamente ligado à greve geral, uma vez que setores ligados ao atual governo – muitos deles os mesmos que foram às ruas em 2016 para pedir o impeachment de Dilma – tendem a também estarem mobilizados, mas não para irem às ruas: a ideia seria participar com contrainformação, em busca de desmobilização.
Restam algumas horas para o início do movimento e a perspectiva é de que várias categorias cruzem os braços no País, desde os aeroviários, passando por professores, funcionários dos Correios, bancários, metroviários, motoristas e cobradores, chegando até aos servidores da Justiça do Trabalho.
A uniformidade da greve geral e os seus impactos ainda são incertos. Para os organizadores, a meta é superar a mobilização de 12 milhões de trabalhadores (de acordo com centrais sindicais) que pararam em junho de 1996, chegando ao patamar da greve geral de março de 1989, quando nada funcionou em 12 das 26 capitais do país, segundo levantamento à época do jornal Folha de S. Paulo.
Quem é a favor da greve
O fim de direitos arduamente conquistados pelos trabalhadores brasileiros e a imposição de regras controversas pavimentam as críticas às reformas da Previdência e a Trabalhista. A primeira é tida como a mais importante para o governo federal, que alega ter prejuízos anuais com o pagamento de pensões, aposentadorias e outros benefícios, tornando inviável a manutenção do sistema como hoje se encontra.
Já a segunda é vista como um ataque direto à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943, legislação esta que consolidou a iniciativa de Getúlio Vargas de garantir direitos e definir deveres nas relações entre empregadores e seus empregados no Brasil. Contudo, há anos o empresariado se queixa de que tal legislação está “obsoleta”, dificultado a geração de empregos. Sob esse mote, o Planalto tenta passar uma reforma no setor.
“É escandaloso. O Congresso mais desmoralizado da história brasileira quer aprovar o projeto da Reforma Trabalhista que retira direitos conquistados nos últimos 100 anos de luta dos trabalhadores e trabalhadoras no nosso país. Tudo está em risco”, afirma Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e uma das lideranças que organizam a greve geral.
“Nós temos que parar o país de norte a sul. Parar os locais de trabalho, para os transportes, parar rodovias e avenidas, enfim, dar o nosso recado a esse Congresso imoral e para esse governo ilegítimo”, continua Boulos. O tom é semelhante ao adotado por sindicatos e por movimentos sociais de esquerda, que são contrários às reformas da maneira que estão colocadas pelo governo Temer.
O forte discurso contra o atual presidente da República não é recente. Ele já data dos meses anteriores ao impeachment de Dilma Rousseff, da qual Temer era vice. A relação entre os dois se desmanchou ao longo do avanço da Operação Lava Jato e do aprofundamento das crises política e econômica no país. Temer é visto como um “usurpador” do cargo, alcunha que o próprio renega, afirmando que “as instituições são sólidas e seguem funcionando” no Brasil.
Quem vai às ruas e cruzará os braços neste 28 de abril não aceita alterações no regime de aposentadoria – em um esboço inicial, a aposentadoria integral só seria alcançada após 49 anos de contribuição com a Previdência –, tampouco concorda com o que chamam de “terceirização irrestrita” que a Reforma Trabalhista trará ao permitir que até mesmo as atividades-fim possam ser terceirizadas, o que a lei atual não autoriza.
“Não são apenas trabalhadores. Várias igrejas têm se manifestado a favor dos trabalhadores que, como nós, sabem que a saída para o Brasil não é a retirada dos direitos dos trabalhadores”, afirma a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que vê a paralisação como “um grande movimento de massa”.
Quem é contra a greve
Ciente das pressões populares, o governo federal e sua base aliada – dentro e fora do Congresso Nacional – deve se manter mobilizada não para buscar o confronto com quem é a favor da greve geral, mas sim para não permitir que algum parlamentar aliado se desgarre no momento que mais importa para a gestão Temer: a hora de votar.
Dados levantados pelo jornal O Estado de S.Paulo em março deste ano mostraram que Temer distribuiu R$ 5,8 bilhões em emendas parlamentares durante os sete meses do seu governo em 2016. O valor supera em muito o que a sua antecessora gastou com emendas a aliados durante todo o ano de 2015 (R$ 3,4 bilhões).
Ministros e o próprio Temer vêm batendo na tecla de que as reformas são essenciais para o futuro do país. Alegam que o sistema previdenciário brasileiro é deficitário e, com o envelhecimento da população, em breve não haverá como pagar a todos os beneficiários. Em recente propaganda veiculada pelo Planalto, as dificuldades de estados como o Rio de Janeiro é atribuída, por exemplo, ao problema da Previdência, o qual será sanado com a reforma.
Na seara trabalhista o tom é o mesmo: a legislação é antiga, da época de um Brasil que avançava para se industrializar, e que hoje está aquém do caráter tecnológico que envolve as operações executadas pelos trabalhadores. O resultado seria o aumento do desemprego e o excesso de ações judiciais trabalhistas, outro entrave para a retomada da economia. Daí o entendimento de que a Reforma Trabalhista também é essencial.
O governo acredita que conseguirá passar a Reforma Trabalhista sem tantos solavancos tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. Já a situação da Reforma da Previdência é um pouco mais espinhosa e inspira maiores cuidados, politicamente falando. A articulação política é vista como a maior evolução para aqueles contrários à greve geral em relação à gestão Dilma, que nos meses finais parecia incapaz de sair do lugar em qualquer direção.
Um dos aspectos a serem explorados por aqueles que não concordam com a paralisação é surfar na onda antipetista que permanece no ar perante a sociedade brasileira. “Um governo que caiu. E agora tenta buscar novamente sua predominância, seu lugar perdido com as rua”, declarou o senador José Medeiros (PSD-MT).
Na onda da contrainformação dos movimentos que foram favoráveis ao impeachment, o discurso corrente envolve ainda o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tal interpretação foi bem resumida pela advogada Janaína Paschoal, esta uma das protagonistas da denúncia apresentada à Câmara em 2015 que, meses depois, deflagrou o processo de impeachment.
Cuidado para não cair no canto da sereia. Essa tal greve do dia 28 é um movimento petista, disfarçado de “luta” por direitos sociais.
Saldos concretos e incertos
A história republicana brasileira apresenta uma certa tradição em mobilizações de rua. O ciclo mais recente se iniciou em 2013, na segunda metade do primeiro mandato de Dilma Rousseff, e pedia melhorias dos serviços públicos e o combate à corrupção. Os protestos voltaram a ganhar força em 2015, já com a Lava Jato em curso, e com um sentimento bastante contrário ao PT e à própria presidente.
Tais manifestações tiveram a sua parcela de contribuição na pressão sobre deputados federais e senadores, estes por sua vez responsáveis pelas votações que acabaram por destituir Dilma. Grandes parcelas destes mesmos parlamentares integram a base do governo Temer, o que significa dizer que há uma maioria significativa ao lado da gestão atual na hora do voto.
A manutenção desses votos é a maior preocupação do governo.
Do outro lado, os organizadores da greve geral apostam no “aglutinar para pressionar”, tanto que a ideia é conseguir paralisações não só nas capitais, o que preconiza capitalizar a paralisação e os protestos deste 28 de abril para outros municípios. Fugir da tese política de que estão “a serviço do PT e de Lula” é um dos desafios que estarão postos aos manifestantes.
Diante da polarização ainda vigente no país, o eventual caos prometido pela greve pode atingir novos públicos e aumentar o alcance do movimento, como pode atiçar o mau humor e fazer crescer o descrédito pelas pautas. A única garantia é que prejuízos serão sentidos, sobretudo no campo econômico.
A título de comparação, o prejuízo causa pela paralisação geral de 1996 foi de US$ 150 milhões (em valores da época). Sete anos antes, a greve geral teve um impacto financeiro ainda maior: US$ 1,6 bilhão de prejuízos com os protestos e paralizações, também em valores daquele ano.
Todavia, se a tese dos manifestantes estiver correta, o prejuízo de longo prazo para o cidadão poderá ser incalculável
Tropa de Choque lança bombas contra estudantes no centro de SP
Cem estudantes de escolas particulares fizeram manifestação nesta sexta
© Nacho Doce/Reuters
Cerca de 100 estudantes de escolas particulares fizeram manifestação por volta das 8h40 desta sexta-feira, 28 na Rua da Consolação, na região central de São Paulo. Depois de cerca de 15 minutos, a Tropa de Choque da Polícia Militar lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o grupo. Os adolescentes são estudantes das escolas Oswald Andrade, Equipe, São Domingos e Escola da Vila
Por volta das 9h, cerca de 20 estudantes bloqueavam parcialmente, a Avenida Rebouças, em Pinheiros, zona oeste da capital. Eles permaneciam reunidos próximos ao shopping Eldorado e seguiam no sentido do Largo da Batata. O trânsito estava bastante carregado na região neste horário, mas não estava parado.
Metrô
Passageiros continuavam na manhã desta sexta na Estação Corinthians-Itaquera, na zona leste de São Paulo, aguardando a abertura do metrô. Muitos dizem que vão permanecer no local porque acreditam que o metrô voltará a funcionar. Na região, apenas micro-ônibus circulam normalmente.
Nas proximidades de Itaquera, é possível observar pontos de ônibus lotados. A auxiliar de produção Rosely Oliveira trabalha no Brás e lamenta a paralisação. “É muito ruim acordar cedo, chegar ao metrô e não ter como trabalhar”, disse
Pelo menos dois feridos durante greve geral em Salvador
Em Ilhéus, explosão de uma bomba assustou manifestantes
Pelo menos duas pessoas ficaram feridas em protesto na Estrada do Coco, em Salvador, na manhã desta sexta-feira (28). Manifestantes tentavam fechar a pista de saída do aeroporto Internacional de Salvador, no sentido Linha Verde, mas foi impedido pela Polícia Militar. As denúncias são de que PMs teriam usado balas de borrach
“Estamos de forma pacífica tentando lutar por um direito que é de todos, inclusive dos policiais. Estava de costas quando fui baleado”, disse, ao Correio da Bahia, o manifestante Rosalvindo Queiroz, ex-diretor do sindicato dos químicos, que ficou ferido nas costas. Uma mulher também foi alvejada, com um tiro nas nádegas.
A PM negou, em nota, que tenha efetuado disparos de bala de borracha. “Equipes da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT)/Rondesp RMS negociaram para que pessoas não perdessem o voo, mas como os manifestantes não respeitaram os argumentos e resistiram em liberar, a PM desobstruiu a via. Não houve disparo de elastômero (bala de borracha)”, diz o documento.
Ainda durante a manhã, o protesto contra as reformas trabalhista e da previdência causou o bloqueio do trânsito na região do Iguatemi. Veículos voltaram na contramão pra evitar o congestionamento. Em Ilhéus, no litoral da Bahia, uma bomba explodiu na Avenida Marquês de Paranaguá, enquanto manifestantes tentavam fechar lanchonetes e outros estabelecimentos comerciais.
Greve geral: morte é registrada em Pernambuco
Ao desviar de bloqueio em Complexo Portuário de Suape, homem atropela e mata motociclista
Um motorista de uma Kombi atropelou e matou um motociclista ao desviar de um bloqueio realizado por manifestantes que participam da greve geral na manhã desta sexta-feira (28), na BR-101 Sul, em Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco
O protesto tenta impedir o acesso ao Complexo Portuário de Suape e faz parte dos atos convocados por centrais sindicais contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). As manifestações contra as reformas ocorrem em todo o Brasil. Com informações do Estadão.
Bombas de gás disparadas contra manifestantes no Rio
Protestos contra reformas da Previdência e trabalhista atingem todo o país nesta sexta-feira
Um grupo de manifestantes entrou em confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro no terminal Novo Rio, o mais importante da cidade. Protestos contra reformas da Previdência e trabalhista atingem todo o país nesta sexta-feira.
Os primeiros relatos dão conta de que funcionários do terminal Novo Rio protestavam na avenida Francisco Bicalho, quando o Batalhão de Choque agiu para liberar a via, uma das principais da cidade.
As manifestações acontecem na região portuária da cidade, renovada para os Jogos Olímpicos do ano passado.
Fonte: Notícias ao Minuto
Adesão à greve geral contra reformas cresce e fura a bolha “Fora Temer
Enquanto em Brasília o Governo de Michel Temer e os deputados da sua base deixam clara a pressa para aprovar as reformas trabalhista e previdenciária, setores da sociedade civil se preparam para uma greve geral na sexta-feira, 28 de abril. Bancários, metroviários e motoristas de ônibus de São Paulo, professores da rede pública, petroleiros e servidores de várias regiões do Brasil já anunciaram sua adesão à paralisação nacional. Aeronautas decidirão sua participação na greve nesta quinta – mas não devem parar totalmente. Para além das participações de categorias esperadas, professores de algumas escolas particulares, em São Paulo, no Rio e Fortaleza, se somaram ao protesto, com apoio de parte das diretorias. “Sabemos que na convocação feita para a paralisação da próxima sexta existem diferentes motivações políticas e ideológicas. A pluralidade de opiniões, no entanto, é fundamental para o processo democrático”, escreveu, numa longa carta aos pais, a direção do colégio jesuíta São Luís, instalado em plena avenida Paulista, cuja mensalidade supera os 2.000 reais. A escola afirma que a greve deve ser tratada como um “fato educativo”, “refletindo sobre o momento histórico pelo qual passamos”.
Outras escolas católicas aderiram, apoiadas na orientação da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Várias lideranças da Igreja decidiram se manifestar abertamente. O bispo da diocése de Santarém, no Pará, convocando os fieis a se unirem ao protesto. “Convido todos a participar [da greve], com ordem e sem bagunça, pois se se quer um Brasil de paz, é preciso manifestações pacíficas, mas também manifestando com firmeza qual é a nossa posição especialmente em relação à reforma da Previdência e trabalhista”.
Esta será a primeira manifestação contra o Governo desde que as delações da Odebrecht vieram à tona e implicaram ainda mais integrantes do primeiro escalão de Temer e o próprio presidente. Organizada pelas maiores centrais sindicais do país, como a CUT e a Força Sindical, o ato se voltará contra o combo das reformas da Previdência e trabalhista proposto pelo Planalto. Em São Paulo, a concentração está prevista para as 16h no Largo da Batata, zona oeste, e deve seguir em passeata até a residência do presidente, no bairro de Pinheiros. No Rio de Janeiro o ato começará às 17h, na Cinelândia, região central. As manifestações contam com o apoio de movimentos de oposição ao Planalto, como a Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. No final de março, movimentos de esquerda já haviam ido às ruas contra as reformas em todo o país, em atos que tiveram grande adesão, e que tiveram como foco as reformas e o grito de “Fora Temer”.
Desta vez, tem a participação do deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), presidente da Força Sindical. Seu partido integra a base do Governo Temer. Paulinho afirmou que a greve “tem tudo para tornar-se um marco histórico na resistência da classe trabalhadora contra as frequentes ameaças do Governo de, sob a alegação de sanar os cofres públicos, suprimir direitos de todos os brasileiros”. A posição do parlamentar, que defendeu o impeachment da ex-presidenta Dilma, e é alvo de inquéritos da Operação Lava Jato, é influenciada por um dos pontos da reforma trabalhista: o fim do imposto sindical obrgatório. “Sem dinheiro o sindicato não tem como se manter e negociar”, afirma Paulinho. O relator da proposta na Câmara, Rogério Marinho (PSDB-RN), propôs em seu texto o fim da contribuição sindical obrigatória, uma das maiores fontes de renda da Força. Atualmente o pagamento corresponde a um dia de trabalho, e vale para trabalhadores sindicalizados e os não associados.
O deputado também destaca que “a reforma trabalhista tem uma série de probleminhas menores, mas o maior para nós é a criação de uma comissão de fábrica sem participação do sindicato. Será como um sindicato da empresa”, diz. Ele também dispara contra as mudanças na Previdência (“deixa muita gente de fora”), e diz não temer represálias do Planalto: “Se tiver que sair do Governo nós sairemos, isso não é problema”.
Já a CUT defende o fim da contribuição, mas critica a maneira como o Governo está tratando o tema. “Queremos é que essa contribuição seja decidida por meio de assembleia, democraticamente. E isso não está claro no projeto do relator”, afirmou Quintino Severo, secretário de Finanças da entidade à repórter Heloísa Mendonça.
A nova paralisação massiva ocorrerá quase 100 anos após a primeira greve geral da história do país, ocorrida em julho de 1917 e capitaneada por organizações operárias de inspiração anarquista. Em 1996, uma greve geral contra as privatizações propostas pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso mobilizou cerca de 12 milhões de pessoas. Além dos sindicatos que confirmaram adesão existe a expectativa que outras organizações engrossem o ato, uma vez que assembleias de classe ainda irão ocorrer até o dia da greve.
Alheios à mobilização popular, deputados federais aprovaram em comissão especial nesta terça o relatório sobre a reforma trabalhista, e voltam nesta quarta-feira ao plenário da Casa para votar o projeto de lei, cujo detalhamento, de 140 páginas, foi divulgado poucas horas antes dele entrar em Comissão. A nova legislação prevê mudanças que terminam com interpretações dúbias de alguns processos – a mesma causa trabalhista pode ter vitória ou derrota dependendo do juiz que analisa – e ao mesmo tempo cria obstáculos no acesso de empregados à Justiça, solicitando que ele arque com custos de peritos se necessários, por exemplo. A gratuidade dos processos, segundo o projeto do Governo, leva a abusos que multiplicam as ações trabalhistas nos tribunais.
Veja algumas entidades que irão participar da greve
Nesta sexta-feira, setores da Igreja Católica também devem aderir ao ato. Dom Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife, divulgou vídeo em sua página da rede social Facebook convocando a população a participar da greve. “A classe trabalhadora não pode permitir que direitos arduamente conquistados com participação democrática, sejam retirados”, afirmou.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil não declarou apoio oficial à greve, mas divulgou nota criticando as mudanças no sistema de Previdência. “O sistema da Previdência Social possui uma intrínseca matriz ética. Ele é criado para a proteção social de pessoas (…) na justificativa da PEC 287/2016 não existe nenhuma referência a esses valores, reduzindo a Previdência a uma questão econômica”, diz o texto.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo afirmou que irá aderir, e que as atividades nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás serão paralisadas por 24 horas. A linha 4-Amarela, administrada pela ViaQuatro deve operar normalmente. O Sindicato dos Ferroviários convocou assembleia-geral para decidir se adere ou não ao movimento. Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo também aprovaram a adesão à greve.
O Sindicato dos Professores de São Paulo aderiu à paralisação, o que deve atingir grande parte das escolas particulares do Estado. “Temer quer acabar com os direitos e garantias dos trabalhadores de todas as categorias”, afirma a organização em nota. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado, que engloba a rede pública, também irá participar.
Já o Sindicato Nacional dos Aeronautas, entidade representativa de pilotos e comissários de voo, decidiu na segunda-feira decretar estado de greve. Na quinta-feira a categoria deve realizar nova reunião para deliberar sobre a paralisação, mas dificilmente deve decretar greve, uma vez que a categoria precisa avisar a paralisação com 72 horas de antecedência. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligado à CUT, também declarou apoio à greve, e anunciou ações e, várias fábricas de automóveis da região.
O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, também anunciou que vai aderir à paralisação.
Funcionários dos Correios irão deliberar em assembleia nesta quarta-feira se participarão ou não da greve, mas o sindicato já sinalizou que a categoria deve aderir.
Outros Estados
A greve geral deve ter reflexo em outros estados do Brasil. Rodoviários, metroviários, metalúrgicos, petroleiros professores, servidores públicos e até policiais prometem ser os mais engajados.
No Rio, fiscais, motoristas e cobradores de transporte público decidiram aderir à greve. Se a convocatória vingar, a cidade terá os serviços de ônibus, BRT e VLT interrompidos. Os metroviários devem decidir nesta quarta, às 18h, a posição da categoria. Os funcionários dos Correios também decidirão sobre sua adesão nesta quarta. Por decisão unânime, os bancários também cruzarão os braços. Participarão também da greve servidores públicos do Estado como os funcionários do Poder Judiciário que apenas atenderão demandas urgentes. Os agentes penitenciários não engrossarão a paralisação, mas convocaram os servidores de folga em uma caminhada para reivindicar questões específicas da categoria. Outros servidores públicos participarão de um ato, no centro da cidade às 17h, contra as medidas de austeridade do Governo do Estado, em grave dificuldade financeira para pagar até os salários.
Em Belo Horizonte, como no Rio, motoristas de ônibus paralisarão suas atividades em garagens e terminais, assim como o resto de trabalhadores rodoviários e os bancários. Os rodoviários e metroviários, uma das categorias mais combatentes, vão parar juntos, pelo menos, no Distrito Federal, no Recife, em Porto Alegre.
Em Pernambuco, a lista de categorias que aderiram à paralisação, segundo a CUT, é ampla e vai dos metroviários à Polícia Civil. Entre os grevistas encontram-se também os petroleiros, guardas municipais do Recife, enfermeiros, condutores de ambulância e até o sindicato dos porteiros.
Na Bahia, espera-se a adesão dos servidores públicos de saúde, rodoviários de Salvador, da Polícia Civil, dos petroleiros, professores da rede pública, metalúrgicos, bancários e servidores públicos estaduais. No Ceará, deve parar o transporte e até o comércio, assim como petroleiros, professores e servidores públicos.
Em Mato Grosso, policiais civis, agentes penitenciários, servidores de saúde e professores da rede estadual devem aderir à greve. Na Capital, além da paralisação dos serviços, as categorias marcaram um grande ato na Praça Ipiranga, centro, a partir das 15 horas, convocado pela CUT.
No Maranhão, a lista é extensa. Espera-se a adesão de professores, trabalhadores rurais, servidores municipais e federais, funcionários dos Correios, profissionais da saúde e dos rodoviários.
Em Alagoas, aderiram à greve professores do ensino público e particular, bancários, servidores federais e funcionários de transporte público de Maceió.
No Amazonas, não haverá atividades na construção civil e espera-se o apoio à greve da Polícia Civil aos petroleiros, com a adesão de outras categorias como os professores universitários, rodoviários e bancários.
EmPernambuco, além de rodoviários e metroviários, servidores e professores de universidades públicas já anunciaram a adesão.
Fonte: msn
Saiba quais serviços vão parar durante a greve geral
Greve geral: As categorias que vão parar em cada estado do Brasil
A greve geral desta sexta-feira (28) é contra as reformas da previdência e trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB)
Protesto contra a reforma da Previdência em Brasília (José Cruz/Agência Brasil)
São Paulo – Grandes categorias dos 27 estados brasileiros já aderiram à greve geral desta sexta-feira, dia 28, contra as reformas previdenciária e trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB). Metroviários, ferroviários, bancários, professores, metalúrgicos, correios, químicos, e funcionários de outros setores devem paralisar suas atividades por 24 horas.
A organização do protesto foi convocada por nove centrais sindicais. São elas: CUT, CTB, Intersindical, CSP-Conlutas, UGT, Força Sindical, Nova Central, CSB e CG
Veja na lista abaixo as categorias profissionais das CUT que vão participar da greve geral em cada estado brasileiro. Vale lembrar que categorias ligadas a outras centrais e sindicatos independentes também aderiram à greve:
ACRE | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Rodoviários | Rio Branco | 10h – Ocupação do Terminal Rodoviário Urbano |
Cruzeiro do Sul | ||
Manoel Urbano | 16h – Ato em Frente ao Palácio Rio Branco | |
Feijó | ||
Brasiléia | ||
ALAGOAS | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Professores da educação pública e particular | Maceió | 17h – Ato na Praça do Centenário |
Bancários | ||
Funcionalismo Público Federal | ||
Trabalhadores de empresas de transporte público de Maceió | ||
AMAZONAS | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Professores universitários | Manaus | |
Petroleiro | ||
Rodoviários | ||
Bancários (bancos públicos) | ||
Vigilantes | ||
Polícia Civil | ||
Construção civil | ||
AMAPÁ | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Urbanitários | Macapá | 08h – Concentração na Praça da Bandeira |
Bancários | ||
Educação | 16h – Ato na Praça Veiga Cabral | |
Rodoviários | ||
Técnicos da Universidade, Servidores Federais | ||
Professores da Universidade | ||
Servidores da Justiça | ||
Polícia Civil | ||
Servidores do MP | ||
Servidores do Grupo Administrativo | ||
BAHIA | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Petroleiros | Salvador | Petroleiros Fazem ato em frente ao EDIBA das 07h às 18h |
Policiais civis | ||
Professores da rede pública de ensino | 18h – Concentração no Largo de Santana – Rio Vermelho | |
Trabalhadores em saúde da rede pública | ||
Rodoviários de Salvador e Região Metropolitana | ||
Comerciários de Salvador, Irecê, Itabuna e Ilhéus | ||
Bancários de todas as bases sindicais da Bahia | ||
Metalúrgicos | ||
Servidores do Judiciário estadual e Federal | ||
Trabalhadores da construção civil | ||
Técnicos administrativos das universidades federais | ||
Servidores públicos municipais de Itabuna | ||
Servidores públicos estaduais | ||
CEARÁ | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Transportes | 20 cidades, além da capital Fortaleza | Concentração na praça da Bandeira – Fortaleza |
Petroleiros | ||
Educação | ||
Metalúrgicos | ||
Comércio | ||
Construção Civil | ||
Serviço Público | ||
Saúde | ||
DISTRITO FEDERAL | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Rodoviários | Brasília | |
Bancários | Cidades Satélites | |
Limpeza Urbana | ||
Jornalistas | ||
Sindicato dos Odontologistas | ||
Professores da rede pública | ||
Professores e técnicos da Universidade de Brasília, | ||
Limpeza urbana | ||
Correios | ||
Telecomunicações Departamento de Trânsito | ||
Servidores municipais de várias cidades do entorno | ||
Trabalhadores do Ramo Financeiro | ||
ESPIRITO SANTO | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Petroleiros | Vitória | |
Saúde | ||
Comercio | ||
Professores | ||
Portuários | ||
Comerciários | ||
Bancários | ||
Metalúrgicos | ||
Servidores públicos | ||
Construção civil | ||
Rodoviários | ||
Enfermeiros(as) e Psicólogos(as) | ||
GOIÁS | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Professores municipais de Anápolis | Goiânia | 8h – Ato em frente a Assembleia Legislativa |
Trabalhadores em Empresas de crematório e | ||
Cemitérios SINEF | ||
Limpeza Urbana Stilurbs | ||
Servidores Públicos | ||
Técnicos e trabalhadores nas Universidades e Institutos Federais | ||
MARANHÃO | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Rurais | São Luís, Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa, Rosário, Bacabeira, Morros, Presidente Juscelino, Cachoeira Grande, Icatu, Humberto de Campos, Barreirinhas, Santo Amaro, Santa Rita, Anajatuba, Miranda do Norte, Cantanhede, Pirapemas, Itapecuru Mirim, Presidente Vargas, Vargem Grande, Nina Rodrigues, São Mateus, Bacabal, Pedreiras, Lago da Pedra, Lago do Junco, Lago dos Rodrigues, Santa Inês, Imperatriz, Açailândia, Presidente Dutra, Pinheiro, Caxias, Pastos Bons, São dos Patos, Colinas e São Domingos do Maranhão | 15 h – Ato na Praça São Teodoro |
Municipais | ||
Servidores Público Federal | ||
Urbanitários | ||
Comerciários | ||
Previdenciários | ||
Bancários | ||
Metalúrgicos | ||
Professores | ||
Correios | ||
Rodoviários | ||
Saúde | ||
Professores | ||
Universitários, Técnicos da Universidade | ||
MATO GROSSO | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Servidores públicos estaduais | Cuiabá | 15h – Ato na Praça Ipiranga |
Servidores da Educação Pública | Rondonópolis | |
Bancários | ||
Trabalhadores dos transportes públicos | ||
Servidores de diferentes esferas do Judiciário | ||
MATO GROSSO DO SUL | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Educação | 8h – Praça Ari Coelho/ Campo Grande | |
Construção civil | ||
Transporte coletivo | ||
Servidores públicos | ||
Transporte de cargas | ||
Bancários | ||
MINAS GERAIS | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Correios | Belo Horizonte | 9h – Concentração na Praça da Estação |
Petroleiros | Juiz de Fora | |
Metroviários | Extrema | |
Rodoviários | Contagem | |
Professores (Privados) | ||
Bancários | ||
Construção Civil | ||
Municipais (BH) | ||
Vestuários | ||
Rurais | ||
Metalúrgicos | ||
PARÁ | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Portuários | Belém, Marabá, Santarém, Altamira,,Limoeiro do Ajuru e Abaetetuba | |
Bancários | ||
Construção Civil | ||
Comércio | ||
Servidores | ||
Educação | ||
Urbanitários | ||
PARAÍBA | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Petroleiros | 14h – Ponto do Cem Reis | |
PARANÁ | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Educação | Curitiba | 09h – Praça Nossa Senhora de Salete – Centro Cívico |
Rodoviários | Cascavel | |
Petroleiros | Londrina | |
Construção Civil | Maringá | |
Bancários | ||
Vigilantes | ||
PERNAMBUCO | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Aeroportuários | ||
Aeronautas | ||
Rodoviários | ||
Petroleiros | ||
Judiciário | ||
Metalúrgicos | ||
Professores da Federal | ||
Bancários | ||
Metroviários | ||
Policiais civis | ||
Servidores da Assembleia Legislativa de Pernambuco | ||
Guardas municipais | ||
Professores do setor público | ||
Professores da rede privada | ||
Enfermeiros | ||
Técnicos de enfermagem | ||
Agentes comunitários de saúde | ||
Odontólogos | ||
Fisioterapeutas | ||
Trabalhadores em saúde bucal | ||
Farmacêuticos | ||
Psicólogos | ||
Vigilância sanitária | ||
PIAUÍ | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Professores do setor público | Ato na Praça Rio Branco | |
Professores do setor privado | ||
Petroleiros | ||
Servidores da saúde pública | ||
Correios | ||
Rodoviários | ||
Metroviários | ||
Comerciários | ||
Servidores públicos municipais | ||
Servidores judiciários federais | ||
RIO DE JANEIRO | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (SinproRio) | 15h – Ato na Cinelândia | |
Radialistas | ||
Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sinergia) | ||
Bancários Rio | ||
Teresópolis, Baixada, Campos | ||
Petroleiros Norte Fluminense (Sindipetro-NF) | ||
Educadores Municipais | ||
Educadores Estaduais (Sepe-RJ) | ||
Professores, técnicos e funcionários da UFRRJ (Adur-RJ) | ||
Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Sintur-RJ) | ||
Docentes do Cefet (Adcefet-RJ) | ||
Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc SN) | ||
Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ) | ||
Correios (Sintect-RJ) | ||
Servidores Técnico-Administrativos CEFET-RJ (Sintecefetrj) | ||
Docentes e servidores da UFF | ||
Docentes da UERJ (Asduerj) | ||
Petroleiros Rio de Janeiro, Volta Redonda, Duque de Caxias | ||
RIO GRANDE DO NORTE | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Têxteis | Natal | |
Bancários | ||
Vigilantes | ||
Professores | ||
Construção Civil | ||
Rodoviários | ||
Ferroviários | ||
RIO GRANDE DO SUL | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Bancários | Porto Alegre | 12h – Ato no Centro de Porto Alegre |
Municipais | Passo Fundo | |
Empregados em empresas de Assessoramento pericia | Caxias do Sul | |
Fundações Estaduais | Santa Maria | |
Metroviários | Cruz Alta | |
Professores | Ijui | |
Pelotas | ||
Erechim | ||
Santa Rosa | ||
Vale dos Sinos | ||
Rio Grande | ||
Santo Augusto | ||
Lagoa Vermelha | ||
São Lourenço do Sul | ||
Fontoura Xavier | ||
RONDÔNIA | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Servidores da educação pública do estado | 09h – Praça das Três Caixas – FBP | |
Servidores públicos federais | ||
Bancários | ||
RORAIMA | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Saúde | ||
Enfermeiros | ||
Correios | ||
Urbanitários | ||
Bancários | ||
Servidores do Estado | ||
SANTA CATARINA | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Professores Estaduais | 17h – Ato em Florianópolis | |
Bancários | ||
SÃO PAULO | Veja a lista de todas as categorias que vão parar em São Paulo | |
Categorias | Cidades | Atos |
Metroviários de São Paulo | 17h – Ato chamado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, no Largo da Batata | |
Rodoviários de São Paulo, Guarulhos (paralisação de 24 horas com contingente de 30% das frotas), Santos, Campinas, Sorocaba e região) | ||
Ferroviários linhas 7, 8, 9, 10, 11 e 12 da CPTM | ||
Portuários de Santos | ||
Professores da Apeoesp (rede Estadual) | ||
Professores do Sinpeem (rede municipal) – Assembleia em frente à Prefeitura, às 15h | ||
Professores da rede particular (Sinpros) | ||
Professores Poá | ||
Professores Francisco Morato | ||
Professores Jundiaí | ||
Professores estaduais, municipais e universitários de Sorocaba | ||
Sintusp – trabalhadores da USP | ||
Químicos da Zona sul da capital, Cotia, Barueri, Osasco, São Bernardo do Campo | ||
Metalúrgicos do ABC, Jundiaí, Sorocaba, São Carlos e Vale do Paraíba | ||
Bancários de São Paulo, Osasco e região; Mogi das Cruzes; Campinas; Sorocaba | ||
Petroleiros das Refinarias de Paulínia (Replan), Capuava (Recap) de São José dos Campos e Cubatão; e terminais de Guarulhos, Guararema, Barueri , São Caetano, Ribeirão Preto, São Sebastião e Caraguatatuba | ||
Comerciários de Osasco e Sorocaba | ||
Municipais de São Paulo | ||
Guarda Civil e UBS’s de Jundiaí | ||
Empresa Brasil de Comunicação (EBC) – aprovaram estado de greve com indicativo de paralisação no próximo 28 de abril | ||
Construção Civil de Bauru e Botucatu | ||
Eletricitários de Campinas | ||
Correios de São Paulo | ||
Trabalhadores da Saúde e Previdência do Estado de São Paulo | ||
Trabalhadores de Asseio em Conservação e Limpeza Urbana da Baixada Santista | ||
Trabalhadores em entidades de assistência à criança e ao adolescente | ||
SERGIPE | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Professores | 14h – Praça General Valadão | |
Servidores do INSS, do Min. Público, do TJSE, Frei Paulo, Divina Pastora, Estância, Monte Alegre, Glória e Poço Verde | ||
Assistentes Sociais | ||
Psicólogos | ||
Nutricionistas | ||
Bancários | ||
Construção civil | ||
TOCANTINS | ||
Categorias | Cidades | Atos |
Educação | Palmas | 09h – Ato Avenida JK – Centro de Palmas |
Comerciários | Gurupi | |
Rurais | Araguaiana | 16h – Ato Avenida Tocantins – Taquaralto |
Vigilantes | Porto Nacional | |
Telecomunicação | Tocantinópolis | |
Eletricitários | Guaraí | |
Farmacêuticos | ||
Trabalhadores de Bares, Restaurantes e Hoteis | ||
Técnicos e Auxiliares de Enfermagem | ||
Saúde | ||
Construção Civil | ||
Correios | ||
Bancários | ||
Servidores do MP Estadual | ||
Servidores Estaduais | ||
Servidores Municipais |
Centrais sindicais de todo o país convocaram para esta sexta (28) a uma greve nacional contra a aprovação da reforma da Previdência e das leis trabalhistas pelo governo Michel Temer (PMDB).
Saiba quais serviços deixarão de funcionar na data prevista
Pilotos e comissários de voo
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) declarou estado greve ( podem deixar de trabalhar a qualquer momento) em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Campinas. Uma nova reunião deve acontecer na quinta (27).
Metrô, ônibus e CPTM
O sindicato dos Metroviários, responsável pelas Azul, Vermelha, Verde e Lilás do Metrô, decidiu em assembleia que vai paralisar as atividades. Apenas a Linha 4-Amarela funcionará normalmente. Os representantes da CPTM comunicaram estado de greve. Linhas de ônibus também serão paralisadas.
Bancos
Agências bancárias de todo o estado estarão de portas fechadas no dia da greve.
Professores
Contrários às mudanças na Previdência Social, professores da rede estadual de ensino vão aderir à paralisação. Na última sexta (22), representantes dos professores, auxiliares e técnicos da rede particular anunciaram que também irão parar nesta sexta (28).
Servidores municipais
A participação está confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep) desde o dia 11 deste mês. Em entrevista à Super Rádio AM, nesta terça (25), Doria afirmou que os funcionário que aderirem à greve terão o dia descontado.
Fonte: MSN
Frente Povo sem Medo realiza 20 assembleias para organizar dia 28
As assembleias acontecerão entre este sábado (22) e terça-feira (25)
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente Povo sem Medo promovem a partir deste final de semana assembleias nas periferias da Grande São Paulo com objetivo de organizar a participação da população na greve geral convocada pelos movimentos sindical e sociais para o próximo dia 28 de abril.
Entre este sábado (22) e a próxima terça-feira (25), a organização prevê a realização de 20 assembleias em diversos pontos da capital e cidades da região, como Embu, Guarulhos e Santo André.
Os preparativos se somam aos de diversas categorias, sobre nos setores de transportes, cuja adesão é tida como estratégia para o sucesso das paralisações. Os movimentos reivindicam a retirada do projeto de reforma trabalhista (PL 6.787) e da proposta de emenda à Constituição (PEC 287, que dificulta ou inviabiliza o acesso à aposentadoria). Ambos estão programados para ir à votação na Câmara dos Deputados na próxima semana e na semana seguinte, respectivamente.
Fonte: Portal Vermelho
Greve geral: o mapa das paralisações e protestos amanhã no país
Sindicatos e movimentos sociais prometem fazer paralisação em 25 estados e no DF em protesto contra a reforma da previdência e do trabalho
Greve geral: paralisações estão confirmadas em 25 estados e no DF amanhã (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Centrais sindicais, movimentos sociais e categorias trabalhistas vão realizar uma greve geral amanhã em 25 estados e no Distrito Federal contra a reforma trabalhista e previdenciária, propostas do governo Temer que tramitam no Congresso.
Protestos coordenados pela CUT nacional e outros movimentos sindicais devem acontecer desde as 7 horas da manhã de amanhã no país.
Os protestos estão sendo chamados pelos manifestantes como o Dia Nacional de Paralisação e Mobilização e devem envolver categorias dos setores de transportes, educação, estudantes, bancários, trabalhadores dos Correios, entre outros.
Em São Paulo, a Justiça do Trabalho determinou em decisão liminar que os metroviários terão de manter efetivo de 100% durante o horário de pico e 70% no resto do dia nesta quarta-feira (15) sob a pena de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento. Segundo a assessoria de imprensa da categoria, a paralisação de 5 linhas do Metrô está mantida, mas os metroviários estão reunidos em assembleia para decidir como isso será feito.
No caso dos motoristas de ônibus da capital paulista, a Justiça determinou que pelo menos 70% da frota de ônibus da capital paulista circule na cidade durante a paralisação. Nas linhas que atendem escolas e hospitais, a frota mínima deve ser de 85%, segundo a decisão. A pena para o descumprimento oscila de 300 mil reais, fixados pela Justiça do Trabalho, a 5 milhões de reais, pelo Tribunal de Justiça do Estado. De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato dos motoristas de ônibus, a greve está mantida
Já os ferroviários afirmaram que a CPTM funcionará normalmente.
Protestos
Em Brasília, o ato terá início na frente da Catedral, na Esplanada dos Ministérios, com concentração às 8h. Já em São Paulo, o protesto está marcado para as 16 horas, na frente do Masp, na Avenida Paulista. Apenas o estado do Mato Grosso do Sul não possui manifestações agendadas, segundo informações divulgadas pela CUT até as 16 horas desta terça-feira, 14. Veja abaixo o mapa com todos os protestos marcados para amanhã no país.
Os protestos estão sendo chamados pelos manifestantes como o Dia Nacional de Paralisação e Mobilização e devem envolver categorias dos setores de transportes, educação, estudantes, bancários, trabalhadores dos Correios, entre outros.
Em todo o país, os manifestantes questionam o aumento da idade mínima de aposentadoria para 65 anos e a definição de tempo de contribuição de 49 anos para o resgate integral do valor da previdência.
Além disso, eles protestam contra as mudanças na legislação trabalhista. “O povo também irá às ruas para dizer que não aceitará mudanças na legislação que vão transformar o atual contrato de trabalho em ‘contrato de bico’, inseguro, intermitente, precário e mal remunerado”, publicou a assessoria de imprensa da CUT no site da instituição.
Veja abaixo o mapa com o local e horário dos protestos, além da lista completa de entidades que aderiram à greve geral:
Lista de estados:
ACRE
8h – Ato em Rio Branco com concentração no Palácio Rio Branco, sede do governo estadual do Acre
ALAGOAS
9h – Ato em Maceió na Praça dos Martírios
AMAPÁ
15h – Ato em Macapá começa em frente à Cia de Água e Esgoto do Amapá num protesto contra a privatização de empresas públicas. No itinerário, manifestantes passarão pela Caixa Econômica, Correios e Banco do Brasil, depois seguirão em caminhada para uma mobilização unificada com demais movimentos na Praça Veiga Cabral, no centro da capital, Macapá.
AMAZONAS
15h – Concentração na praça do Congresso, em Manaus, com passeata até a Avenida 7 de Setembro, no centro.
BAHIA
7h – Manifestação em Salvador no Iguatemi
15h – Passeata na Praça do Campo Grande, em Salvador
CEARÁ
8h – Passeata no centro de Fortaleza, com concentração na Praça da Bandeira.
Grupos confirmados: CUT, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Conlutas, Intersindical, Frente Brasil Popular (FBP), Povo sem Medo, Marcha Mundial de Mulheres, Levante Popular da Juventude, União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento Organizado dos Trabalhadores/as Urbanos do Estado do Ceará, entre outros.
DISTRITO FEDERAL
8h – Ato Público na Catedral de Brasília, na Esplanada dos Ministérios
ESPÍRITO SANTO
7h – Concentração na Praça de Goiabeiras com caminhada até o aeroporto, em Vitória.
GOIÁS
9h – Ato em frente à Assembleia Legislativa em Goiânia
Segundo a CUT, está prevista a paralisação dos professores e trabalhadores da educação estadual e federal, além de outras categorias de servidores municipais.
MARANHÃO
7h30 – Ato com início na Praça Deodoro, em São Luis, com participação de centrais sindicais junto com os sindicatos do setor da educação e de outras categorias. Haverá também ato em frente ao prédio da Previdência no Parque Bom Menino.
MATO GROSSO
15h – Ato Publico na Praça Ipiranga, no centro de Cuiabá
Paralisação: Educação, Servidores Federais e a Rede Municipal do Estado Bancários farão atos nas principais agencias
MINAS GERAIS
10h – Ato na Praça da Estação, em Belo Horizonte
Segundo a CUT, haverá paralisação dos Metroviários e de trabalhadores da Educação
PARÁ
9h – Ato Publico na Praça da Republica, me Belém
Confirmada a paralisação dos Correios, manifestação dos bancários nas maiores agências e manutenção do acampamento no Aeroporto de Belém até dia 15
PARAÍBA
9h – Ato em frente ao escritório do Ministério da Previdência com passeata pelo centro de João Pessoa
PARANÁ
10h – Ato na Praça Tiradentes, em Curitiba
Categorias confirmadas: Educação, Servidores Federais e Municipais de Curitiba. Além disso, a CUT informou que há previsão de greve do transporte em Curitiba e ocupação em sedes do INSS
PERNAMBUCO
9h – Ato político da educação com demais categorias, na praça Oswaldo Cruz, em Recife.
PIAUÍ
9h – Ato Público em frente à Assembleia, em Teresina, seguido de Audiência Pública que discutirá as Reformas da Previdência
RIO DE JANEIRO
1) SINPRO Rio aprovou paralisação e fará ato nas regionais de manhã.
2) SINTUFRJ aprovou a greve de 24h e fará ato na Ilha do Fundão pela manhã.
3) SINTRAMICO fará assembleia em algumas bases de manhã
4) SINTSAUDE estará em greve e vai participar do ato unificado
5) Radialistas estão se propondo a organizar de manhã manifestação na EBC e MultiRio
6) Moedeiros terá uma atividade de manhã
7) SISEJUFE aprovou a greve de 24h
8) SEPE greve de 24h tanto na rede estadual como nas municipais
9) Saúde estadual já está em greve
10) Sindscoppe fará paralisação no dia 15;
9h – Debate: Reforma da Previdência e Criminalização dos Movimentos Sociais e Políticos. Local: campus Centro
13h – Ato em frente à Justiça Federal, contra a criminalização dos movimentos sociais e políticos e contra a perseguição de militantes por parte do MPF-RJ. Local: Cinelândia.
16h – Ida para o ato unificado na Candelária, no centro do Rio de Janeiro
RIO GRANDE DO NORTE
14h – Ato na Praça Gentil Ferreira – Caminhada até a Praça Kennedy, em Natal
16h – Cidade Alta, em Natal
RIO GRANDE DO SUL
17h – Ato Publico na Esquina Democrática – Caminhada até o Largo do Zumbi dos Palmares, em Porto Alegre
Também acontecerão atos, assembleias ou caminhadas conta a reforma nas seguintes cidades: Erechin, Passo Fundo, Carazinho, Ijuí, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria, São Leopoldo, Canoas, Novo Hamburgo, Cruz Alta, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Santa Rosa, Taquara, Torres, Gravataí, Serafina Correa, Sapiranga, Dois Irmãos
RONDÔNIA
Ato e Passeata em Porto Velho e 51 cidades do estado
9h – Concentração no centro das cidades do interior e, na capital, ato começa na Praça Estrada de Ferro Madeira Mamoré
Segundo a CUT, haverá fechamento das principais agencias do INSS no estado.
RORAIMA
8h – Ato Público na Praça do Centro Cívico, em Boa Vista
SANTA CATARINA
16h – Ato na Praça Miramar, em Florianópolis
SÃO PAULO
16h – Grande ato com os movimentos sociais na Paulista, na frente do Masp, na capital
Previsão de Paralisação dos metroviários, dos condutores e cobradores de ônibus, dos Correios, das agências bancárias da Avenida Paulista, dos trabalhadores de educação estaduais e municipais, dos eletricitários, dos metalúrgicos, químicos e servidores municipais.
Em Ribeirão Preto: Ato na frente do Teatro Pedro II
SERGIPE
15h – Ato na Praça General Valadão, em Aracajú
TOCANTINS
08h – Ato em Palmas, com concentração na Rotatória do Colégio São Francisco
Grupos confirmados: Coletivo Estadual Frente Brasil Popular, MAB, Marcha Mundial de Mulheres – MMM, CTB, SINTRAS, CDHP, FETAET, CUT, SINTET, SINTSEP-TO, COEQTO, MTST, SEET, CIMI, SINTEC, UBES, UGT, UNE, Coletivo Kizomba, SISEPE, ENEGRECER, Marcha das Mulheres Negras, STEET, MST, Consulta Popular, NOVA CENTRAL SINDICAL, Levante Popular da Juventude, COOPTER, Associação de Mulheres Pinheirinho VIVE.
Fonte: MSN
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