Vai de Cabify, Uber, Easy ou 99?
App ajuda passageiros a pesquisar, em tempo real, opções mais econômicas para cada trajeto
Totalmente gratuito, o VAH recebe informações transmitidas em tempo real pelas operadoras de transporte. Após inserir origem e destino, o usuário visualiza as estimativas de preços cobrados por cada modalidade para aquele horário e trajeto, em ordem crescente. Além das tarifas regulares, o aplicativo mostra os descontos vigentes e alerta se há tarifa dinâmica.
“Daí é só clicar na tarifa escolhida que o VAH redireciona o usuário para o aplicativo correspondente. Caso a pessoa não tenha o app escolhido no celular, o VAH redireciona o usuário até a loja para baixá-lo”, explica Marcio Bern, CEO do VAH.
Disponível desde outubro, o aplicativo conta com 200 mil downloads e mais de 1 milhão de corridas geradas. O economista Bruno Schaffer, 34 anos, de São Paulo, conheceu o programa depois que vendeu seu carro para economizar e evitar estresse no trânsito. “É muito bom para mim, porque em 30 segundos decido qual serviço vou utilizar. Isso me gera economia de 25% a 30% por mês”, conta.
Segundo CEO, preço se sobrepõe ao serviço na escolha
Entre as corridas realizadas a partir do VAH nos primeiros dias de maio no Rio, 73% foram feitas com uberX, 99Taxi – tarifa promocional e Cabify. “O consumidor demonstra cada vez mais ser sensível a preços e, por isso, tende a não estabelecer fidelidade com os serviços”, diz Bern.
Na sexta-feira à noite, o DIA simulou uma viagem de 1,6 km entre a Rua dos Inválidos, na Lapa, e a Rua Senador Dantas, na Cinelândia. A modalidade ‘Cabify Lite’ com 30% de desconto era estimada como a opção mais vantajosa, de R$ 4 a R$ 5, seguida de ‘99Taxi 30% off’ e ‘EasyTaxi 30% off’, ambas orçadas entre R$ 5 e R$ 8.
Em outra simulação, da Cinelândia ao Aeroporto do Galeão (20,5 km), aparecia como primeira opção o ‘uberPool’, com valor entre R$ 23 e R$ 29. Em segundo lugar vinha o ‘Cabify Lite’ com 30% de desconto, calculado de R$ 35 a R$ 36. O VAH mostra também a previsão de tempo para chegada dos carros.
Exclusivo para taxistas e passageiras do sexo feminino, FemiTaxi evita assédio
O VAH estuda parcerias com outros serviços inovadores, como o FemiTaxi, que será lançado no Rio até o fim deste mês. O FemiTaxi opera com taxistas regulamentadas do sexo femino que só transportam mulheres e crianças. O aplicativo estreou em São Paulo em dezembro e também atua em Belo Horizonte.
“Várias amigas reclamavam que alguns motoristas do sexo masculino tinham comportamento inadequado, que olhavam para elas no espelho, pediam WhatsApp, e se sentiam desconfortáveis com isso. Pensei: ‘Imagina se a gente fizesse um app para conectar taxistas mulheres com passageiras mulheres’, conta o criador, Charles Calfat Salem.
A ideia está dando certo. O FemiTaxi tem 400 taxistas cadastradas nas três cidades (80 no Rio) e já foi baixado 20 mil vezes. Em São Paulo, o app oferece ainda o serviço ‘Crianças Desacompanhadas’. Com ele, pais de meninos e meninas maiores de 7 anos deixam a criança viajar sozinha e podem vigiá-la durante o trajeto em transmissão ao vivo pela câmera do celular da taxista. Essa modalidade custa R$ 10 a mais que a corrida comum e deve estrear em até quatro meses no Rio.
“Já passei por uma experiência muito ruim, quando um motorista me procurou no Facebook e enviou mensagens inconvenientes. Fica aquele medo de pegar um doido no volante”, comenta a designer gráfica Valentina Ribeiro, 21, que passou a usar o serviço em São Paulo. O bem-estar feminino é via de mão dupla.
“Me sinto mais segura atendendo mulheres”, diz Maria Helena Rodrigues, taxista há mais de 20 anos na capital. No primeiro mês no Rio, todas as corridas terão 20% de desconto em relação à tarifa de táxi e terão de ser reservadas. Depois, as motoristas poderão oferecer ou não a promoção. As taxistas podem se cadastrar baixando o ‘FemiTaxi Motorista’.
Outro app em negociação com o VAH é o Bluclub, de São Paulo, que tem projeto para o Rio. Ele disponibiliza veículos blindados e os motoristas recebem treinamento para direção defensiva e evasiva.
Fonte: O Dia
Pesquisa do App 99 mostra que 53% dos usuários têm veículo próprio, mas só 25% o utilizam com frequência
Segundo o levantamento, 46% dos cariocas que têm carro usam o veículo próprio algumas vezes por semana e 28,5% só dirigem nos fins de semana. Ocarau seja, a minoria opta pelo automóvel diariamente. Os fatores citados como mais relevantes para a escolha pelos apps foram preço (48,5%), rapidez (45,4%) e segurança (31,9%).
Os dados foram coletados em fevereiro, antes de a 99, que era um aplicativo só de táxis, lançar motoristas particulares na cidade, como o Uber. “Acreditamos que a tendência de compartilhar veículos já existe. Cada vez mais as pessoas vão evitar tirar o carro de casa e gastar com estacionamento, por exemplo”, avalia a gerente de comunicação da 99 no Rio, Analu Rodrigues.
O mineiro Guilherme Leal, de Uberaba, mora no Rio há seis anos e desde então tinha carro. Neste fim de semana, viajou à sua cidade para vender o veículo. “Eu gastava com o carro quase R$ 1.000 por mês, somando manutenção, combustível, estacionamento, multas e o financiamento. Não valia a pena”, conta.
Guilherme, que mora em São Cristóvão e trabalha na Glória, começou a comparar os custos em dezembro. “Usando o app de táxi com desconto, o custo por mês caiu para algo em torno de R$ 500 a R$ 600”, acrescenta.
Dono de uma consultoria na Glória, Felipe Campos, morador de Botafogo, faz coro. Ele tem carro há muitos anos, mas não o usa mais nem para trabalhar nem aos fins de semana. Por causa das despesas, também colocou o bem à venda. “Para ir trabalhar, tinha que pagar estacionamento. Onde moro também pago garagem. Fora os custos com seguro, combustível, revisão… É uma despesa muito grande e não estou usufruindo o benefício”, diz. Durante a semana, Felipe anda de metrô, mas não abre mão dos aplicativos nos dias de folga e quando sai para beber. “Às vezes uso o Uber, às vezes o 99. Depende do preço de cada um na hora”, ensina.
Outra estatística extraída da pesquisa foi que 60% dos entrevistados disseram usar os aplicativos para o lazer, enquanto 30% chamam as corridas para fins de trabalho. Os outros 10% relacionaram o uso às demandas corporativas e a viagens. “Entendemos que o compartilhamento ajuda a tirar carros da rua a médio prazo. Você pode pedir uma corrida para chegar a uma estação de transporte público e seguir viagem. Vemos os modais como complementares”, defende Analu.
A Uber ressalta que também percebe que seus clientes substituem o carro próprio pelo aplicativo no dia a dia em complemento a outras formas de mobilidade.
Aplicativo compara os preços
Uma pesquisa do aplicativo de transporte particular Cabify, que chegou ao Rio ano passado, constatou que, para alguns trajetos, é mais vantajoso substituir o carro pelos apps. A empresa comparou versões de entrada dos três modelos mais vendidos em 2016 (Hyundai HB20, Chevrolet Onix e Ford Ka) e principais custos no ano.
Segundo os cálculos da empresa, para quem se desloca 20 quilômetros por dia em Belo Horizonte, o gasto mensal com a Cabify é de R$ 1.380. Para proprietários de um Hyundai HB20, o gasto mensal é de R$ 3.877,17. Com o Onix e o Ka, os valores são R$ 3.868,25 e R$ 2.800,78, respectivamente.
De acordo com a Fenabrave (federação dos distribuidores de veículos), as vendas de carros novos no Brasil caíram 20,1% em 2016 em comparação com o ano anterior. Foi o quarto ano seguido de baixa no setor.
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