Os caminhos para unir um Rio desigual
Metade mais pobre dos cariocas detém só 10,7% da renda. Concentração aumentou em 40 anos
- A partir de 1º janeiro de 2017, o novo prefeito do Rio terá um desafio histórico: a crônica desigualdade da Cidade Maravilhosa, que faz os 10% mais ricos concentrarem 51,8% da renda, enquanto os 50% mais pobres ficam com 10,7%. Em 1970, essa apropriação da renda era de 43,9% para o topo da pirâmide e de 14,2% para a base. Há formas de avançar no caminho de um Rio mais igual, dizem especialistas, mudando a imagem da Cidade Partida, retratada pelo escritor Zuenir Ventura em 1994. Eles citam a vocação natural de saúde e esportes, o setor de óleo e gás, que, mesmo com a crise da Petrobras, é força econômica, e aproveitar o número menor de crianças para investir em estudo em tempo integral e nos jovens.O economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, que estudou o Rio de Janeiro ao longo de quatro décadas e constatou o aumento da desigualdade de 1970 a 2010, vê potencial na cidade, explorando o envelhecimento da população carioca. A proporção de idosos acima de 65 anos mais que dobrou no período, passando de 4,9% para 10,5%. Para o economista, o Rio poderia ser a Flórida brasileira, uma capital de saúde e esportes, aproveitando os investimentos em infraestrutura para as Olimpíadas
Entre as 27 capitais, o Rio tem a segunda maior parcela de renda da Previdência (25,4% da renda total). Segundo Neri, 92,1% dos benefícios são maiores que o mínimo.
— O Rio pode virar a capital da saúde, onde medicina, qualidade de vida e esportes, dada a infraestrutura olímpica recém-instalada, têm lugar privilegiado. Também podemos aproveitar que a parcela de crianças vem caindo para melhorar a educação.
Apesar da desigualdade, o Rio ostenta qualidade de vida maior que o Brasil. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) da cidade é de 0,799, maior que o do Brasil, que é de 0,727. Nesse indicador, quanto mais próximo de 1, melhor a qualidade de vida, medida por renda média, educação e expectativa de vida.
A economista Hildete Pereira de Melo, professora da UFF, diz que o petróleo ainda é uma força no Rio:
— O petróleo ainda é uma questão importante. Não é uma carta fora do baralho. Há um polo tecnológico importante que foi montado.
Pelo estudo exclusivo do economista, diferentemente do Brasil, onde a desigualdade aumentou entre 1960 e 1970, os primeiros anos da ditadura militar, no Rio esse movimento se deu mais nos anos 1970 e 1990. Os 10% mais ricos ganhavam, em 2010, 21,8 vezes mais que os 10% mais pobres. Em 1970, a relação era de 14,52 vezes.
A partir de 2011, o caminho na direção de uma sociedade mais justa começou a ser trilhado, e a desigualdade passou a recuar lentamente. No Brasil, a distribuição de renda melhorou a partir de 2001.
A boa notícia é que, apesar de a desigualdade permanecer alta, não está subindo como no Brasil, nos últimos trimestres. O país amarga dois anos de recessão forte, com aumento rápido do desemprego e piora na distribuição de renda:
— A desigualdade brasileira sobe nos últimos dois anos, e a do Rio fica estável.
Os eventos esportivos blindaram o Rio da crise brasileira. Enquanto o rendimento do trabalho no país caiu 5,54% no segundo trimestre de 2016, frente ao mesmo período do ano passado, no Rio, ainda permanecia subindo 7,4%, diz Neri.
O economista Manuel Thedim, do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (Iets), diz que, a curto prazo, o Rio vai sofrer:
— Não tem caminho bonito a curto prazo. Do mesmo jeito que as Olimpíadas foram um amortecedor para a crise, o fim dos Jogos vai corrigir essa direção. Mas o lado positivo é que o Brasil está parando de piorar, o que pode ajudar o Rio.
Na perspectiva histórica, Hildete diz que o Rio perdeu muito economicamente nesses 40 anos, com as indústrias indo para São Paulo, levando o centro financeiro a reboque:
— Perdemos indústria para São Paulo e para a Zona Franca de Manaus. Tínhamos aqui um polo eletroeletrônico que migrou para a Zona Franca, criada em 1967, levando os bons empregos. Isso sem falar no setor naval. Com a crise, veio um desemprego enorme.
Thedim oferece outra explicação para a desigualdade na cidade. Ao analisar os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), do IBGE, observou a dificuldade dos cariocas menos escolarizados em manter sua renda, enquanto aqueles que têm mais de 12 anos de estudo conseguem proteger os ganhos ou perder menos em momentos de recessão. Um dos motivos para essa disparidade é a alta concentração, na capital, de servidores públicos e aposentados, que conseguem preservar a renda.
— O Rio tem escolaridade maior que a do resto do Brasil. E os mais ricos conseguiram proteger a renda diante da crise extraordinária na década de 1980. Os mais pobres sofreram mais.
TRANSFERÊNCIA DE RENDA MAIOR A PARTIR DE 2011
Neri constatou que o avanço educacional foi menor para os cariocas pobres do que para a média brasileira entre 2001 e 2011, o que também ajuda a explicar por que o Brasil distribuiu melhor a renda desde 2001. No país, a escolaridade cresceu 2,32% ao ano de 2001 a 2011, contra 1,3% no Rio.
Os programas de transferência de renda também só começaram a vir com força para a cidade a partir de 2011, afirma o diretor da FGV Social:
— Um dos fatores por trás da redução da desigualdade brasileira foi a implementação de programas como Bolsa Escola e, depois, Bolsa Família, a partir de 2000. O Rio ficou fora desse movimento inicialmente, pela sua renda mais alta e, depois, por afastamento entre níveis de governo. Houve um esforço de cadastramento local no Bolsa Família, e, a partir de 2011, foi adotado o Cartão Família Carioca. A renda dos mais pobres, que não aumentou no período de 2001 a 2011, passou a crescer com as transferências.
Neri lembra a frase do economista André Urani, um estudioso das questões do Rio, morto em 2011, que traduz a distância social em terras cariocas:
— Ele dizia que, no Rio, bastava atravessar uma rua para o IDH mudar.
Pobreza crônica: Zona Portuária tem 18,2% dos moradores vivendo com até R$ 206
Região é a mais pobre da cidade, considerando-se os bairros que já existiam em 1970
A Zona Portuária do Rio sofre de uma pobreza crônica e é a mais pobre entre os bairros que já existiam em 1970. Botafogo aparece com a menor parcela de lares onde a renda domiciliar per capita é de até R$ 206, com 2,7%. Reunindo os bairros de Caju, Gamboa, Saúde e Santo Cristo, a Zona Portuária já teve parte da região revitalizada, com o VLT, o Boulevard Olímpico e a reurbanização do entorno. mas, até 2010, pouco avançou no combate a uma das chagas brasileiras, que tem caído muito nas últimas décadas no Brasil: a pobreza. A região somava 18,2% de pobres em 2010. Há 40 anos, eram 23,4%.
O diretor da FGV Social, Marcelo Neri, fez um recorte para analisar historicamente os diferentes bairros do Rio. Estudou os que já existiam em 1970 e viu como avançaram os indicadores sociais, isolando fatores como migração.
REVITALIZAÇÃO RECENTE
Naquela época, em 1970, Santa Cruz, Anchieta, Penha, Ramos, Campo Grande, Bangu e Jacarepaguá tinham renda mais baixa que a Zona Portuária. Em 2010, ela passou a ser a mais pobre. Era um período em que o Complexo do Alemão praticamente não existia, e a Rocinha estava incluída no bairro da Lagoa. A Barra da Tijuca tinha pouco mais de cinco mil moradores.
Mesmo incluindo regiões que não existiam naquela época, a Zona Portuária aparece com o maior índice de pobreza. Só perde para Jacarezinho, que tem 19,3% de pobres. Nesse recorte, o conjunto de bairros ao longo do Porto divide o segundo lugar com o Complexo do Alemão, em mais um desafio que se apresenta para o próximo prefeito do Rio.
— É uma pobreza crônica, mudou muito pouco em 40 anos — afirma Neri.
O estudo, feito com dados do Censo Demográfico de 2010, o mais recente, ainda não incorporou os efeitos do processo de revitalização da Praça Mauá.
A região recebeu VLT e museus, e os moradores deixaram de conviver com a Perimetral. Mas a violência urbana ainda preocupa. Nos morros da Providência, têm acontecido tiroteios, mesmo com a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que chegou em 2010.
— Meu pai tem bar aqui no Santo Cristo há 50 anos. Pela primeira vez, fomos assaltados — contou Cláudio Leonardo Lopes Mendes, que tem a lanchonete na via por onde passa o VLT.
Ele vê muitos avanços no bairro onde cresceu ajudando o pai no bar, mas diz que a recessão atual está freando as melhorias:
— As pessoas conseguiram comprar carro, casa, mas agora está difícil manter isso.
Mendes ressalta que, para a revitalização se concretizar de verdade naquela região da Zona Portuária, é preciso atrair mais comércio para o local, como bancos e supermercados:
— Os preços dos aluguéis subiram muito, e está ficando inviável vir para cá.
FALTA DE SERVIÇOS
A costureira aposentada Maria Carvalho de Almeida, de 78 anos, mora no bairro desde o fim dos anos 1970. Juntamente com a irmã Erotilde, viveu as mudanças na região. Aprova o VLT e o Teleférico da Providência, inaugurado em julho de 2014, mas reclama, assim como sua irmã, da falta de de comércio variado no bairro::
— O único supermercado que existia na região fechou recentemente. Para ir ao banco, precisamos nos deslocar para a Rodoviária.
Tamara Correia da Silva, que tem cinco filhos — Isaac, de 10 anos, Larissa, de 8, Miguel, de 5, Thales, de 3, e Agatha, de 8 meses —, diz que a vida está melhor do que na sua infância. Ela, que tem 26 anos, sempre morou no Santo Cristo. Atualmente, ela mora na casa da mãe, de dois quartos, junto com as crianças, o marido e uma irmã. O marido de Tamara perdeu o emprego de segurança e vive de pequenos serviços de limpeza e de eletricista. Os R$ 240 do Bolsa Família ajudam. Tamara teve que parar de estudar quando engravidou de Isaac, mas pretende voltar. Sobre os planos para o futuro, ela responde:
— Já passei muita dificuldade, o que mais quero é que meus filhos possam estudar e ser alguém na vida.
Estudo registra avanço social em Botafogo
Total de pobres encolhe a 2,7% com presença de classe média e menor desigualdade
A região, que inclui Botafogo, Catete, Cosme Velho, Flamengo, Glória, Humaitá e Laranjeiras, é a que tem menos pobres na cidade. Eram 2,7% em 2010. Quarenta anos antes, houve um avanço social importante. Em 1970, os pobres correspondiam a 7% da região. Mesmo quando se inclui os bairros mais novos, que nasceram depois de 1970, Botafogo permanece com menos pobres. Dentro da Zona Sul, exibiu o melhor desempenho social. Segundo Marcelo Neri, da FGV Social, a menor desigualdade explica o resultado da região:
— É um dado consistente. Vem desde o Censo 2000, pelo menos. O resultado não se deve à renda, onde Lagoa e Barra apresentam níveis maiores, mas à menor desigualdade. Botafogo é mais homogênea, lugar mais de classe média que Lagoa e Barra.
Copacabana viu a pobreza cair de 6,3% para 5,4%, um resultado pequeno para um período de 40 anos:
— Copacabana, que era o bairro dos jovens em 1970, envelheceu. Tinha 28% da população entre 15 a 29 anos, e agora essa parcela caiu para 16%. A população está envelhecendo, e isso tende a gerar uma certa estagnação, principalmente nos últimos anos, de economia ruim.
Na Lagoa, que no século passado incluía a Rocinha, também não houve um recuo grande na pobreza. Atualmente, são 8,8%. Em 1970, eram 8,1%. Essa região engloba também outros bairros, como Ipanema, Leblon, Gávea, Jardim Botânico, São Conrado e Vidigal.
PACIFICADO, MAS AINDA COM ESGOTO A CÉU ABERTO
Segundo Salete, a situação começou a melhorar no Santa Marta a partir de 2003, com a urbanização e melhoria dos becos e vielas e o colorido dado às casas, numa parceria com uma fábrica de tintas:
— Mas ainda há esgoto a céu aberto ao lado do Plano Inclinado.
O bondinho chegou em 2008, um pouco antes da instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Suavizou a subida íngreme do morro. A comunidade, que é modelo de pacificação, viu os preços dos imóveis dispararem. Uma casa que poderia custar R$ 15 mil já é vendida por R$ 140 mil, diz José Mário Hilário dos Santos, no quarto mandato à frente da Associação de Moradores do Santa Marta, onde vivem mais de cinco mil pessoas.
— A favela é modelo de pacificação, porque há outras secretarias atuando na comunidade. Fizemos a regularização fundiária de mais de 400 imóveis. Conseguimos água encanada com tarifa social de R$ 25.
O maior problema, segundo Santos, é o pagamento da energia. Não há tarifa social para o serviço, o que onera igualmente a todos, do barraco de madeira à casa de dois andares. O local recebe cerca de dez mil turistas por mês, diz Santos, mas a insegurança começou a voltar. Em março, houve tiroteio no local.
A empresária Elaine Cruz mora em Botafogo há oito anos com o marido, Leonardo Bottino, a filha Maria Eduarda, de 4 anos, e o enteado Breno, de 22 anos. Procurou o bairro para comprar um imóvel maior e com mais conforto. O marido, engenheiro da Petrobras, é nascido e criado na região, o que também atraiu a família.
— Vimos uma mudança significativa no comércio, com mais lojas, restaurantes e consumo de maneira geral. O número de edifícios novos triplicou, e muitos são de luxo — conta Elaine.
A desigualdade marcante do Rio também é vista a olho nu no bairro, diz Elaine. Vilas humildes ficam lado a lado com os novos prédios de luxo, com piscinas e áreas de lazer, que invadiram Botafogo nos últimos anos.
— Ainda há vilas de casas tão humildes, que, visivelmente, vivem com dificuldade — afirma Elaine, acrescentando que se considera uma privilegiada. — Faz muita diferença ter água encanada e não ficar sem luz quando há conflito no morro. Ou ficar sem lâmpadas e geladeira no calor do Rio de Janeiro. E isso tudo acontece bem próximo da gente.
POBREZA CAIU MAIS NA ZONA OESTE
No estudo, Neri verificou que a pobreza só diminuiu com força nos bairros da Zona Oeste. Em Santa Cruz, que tinha quase a metade da população na pobreza em 1970 (45,2%), agora tem 17,8%. Ainda entre as maiores taxas da cidade, mas o avanço foi inegável. Campo Grande também deu um salto. Saiu de 39,3% de pobres para 11,5%. O mesmo aconteceu com Jacarepaguá: reduziu a pobreza de 30,3% para 7,1%.
A nova orla do Centro ganha vida
— A ideia da derrubada da Perimetral e da reurbanização do Porto já me acompanhava desde os tempos de faculdade. Meu trabalho final de curso, em 1994, foi sobre a Zona Portuária. O urbanista muitas vezes vem na frente, acredita e sonha — diz ele, que confessa ter ficado preocupado com a multidão que invadiu “sua obra”, mas ficou satisfeito ao ver que ela resistiu.
Para chegar ao traçado que hoje é percorrido pelo pedestre, conta Backheuser, o grupo de trabalho partiu do conceito de que uma cidade deve ser feita para pessoas, não para carros. Depois de derrubar o Elevado da Perimetral, era preciso criar uma via que convidasse o público a caminhar, às vezes sentar, e, principalmente, contemplar a paisagem da Baía. Não é à toa que em vários pontos o piso forma um caminho rumo ao mar.
— O lugar inaugura uma nova convivência da cidade com o pedestre. Foi criado um espaço público multifuncional, que serve para caminhar e usar outros meios de transportes como VLT e bicicleta — explica o urbanista, que também teve o escritório selecionado num concurso para desenhar a Vila de Mídia, junto à rodoviária, espaço que acabou não saindo do papel.
No projeto da Orla Conde, a Praça Mauá é o ponto de equilíbrio. Por isso, a localização da estátua do Barão de Mauá foi repensada.
— Havia preocupação com a estátua, que colocamos no eixo de visão dos três principais pontos de acesso à praça: a Avenida Rio Branco, o Boulevard e o caminho do 1º Distrito Naval. Fazer este caminho também foi um momento tenso do projeto — conta Backheuser, que precisou negociar com a Marinha a liberação da área que conecta os dois lados da orla. — Seriam 20 metros, depois 5 metros, e conseguimos fechar num calçadão de dez metros de largura, com aquela ponte passando por baixo da ponte da Marinha.
UM LUGAR PARA MORAR
Passada a fase inicial da paixão, na qual a beleza física da região é o que atrai os visitantes, João Pedro acredita que a relação entre os moradores do Rio e a nova orla vai se aprofundar.
— O Centro passou a ser visto pelos cariocas como um lugar de estar, de se divertir. As crianças, que hoje vão aos museus da Praça Mauá, no futuro terão uma relação diferente da que a minha geração teve com a região, que era um local de trabalho, de coisas burocráticas. Eles vão ter uma memória afetiva. Ao poucos, o Centro vai virar um lugar onde as pessoas vão pensar em morar — planeja ele, que também participou da criação do Velódromo para a Olimpíada e de praças para a Zona Portuária e assinou o projeto de um hotel cinco estrelas no silo do Moinho Fluminense.
Um dos próximos recantos que deve conquistar a cidade, aposta o urbanista, é a praça perto do AquaRio, da igrejinha da Saúde e da Fábrica de Espetáculos do Teatro Municipal:
—É uma praça com vista para a Baía. Quando o aquário abrir, ela vai ganhar vida.
Morador da Gávea, Backheuser também pensa em transformações para a Zona Sul. Na sua lista de projetos e sonhos, estão a reurbanização da orla do Jardim de Alah e a instalação de um sistema de transporte com barcos na Lagoa Rodrigo de Freitas. Também repousa em uma de suas pranchetas virtuais a ideia que transformaria em parques as margens de vários rios da Baixada Fluminense. A proposta acabou abortada por causa da crise do estado.
— Há áreas enormes ao longo dos rios da Baixada que devem servir de bolsões de armazenamento de água na época de chuvas. Só que elas vão sendo ocupadas e reocupadas informalmente, e o que acontece são as catástrofes. Passamos três anos trabalhando ao longo dos rios, numa proposta do governo estadual, que previa a limpeza e a despoluição das águas. Nossa parte era pensar as margens e criar parques lineares, um projeto em conjunto com a Coppe/UFRJ, que delimitasse essas regiões e, ao mesmo tempo, oferecesse áreas de lazer para a população — conta Backheuser, que é mestre em arquitetura e desenho urbano pela Universidade Columbia.
Fonte: O Globo e Extra
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