Ladislau Dowbor: Crédito no Brasil não é estímulo, é extorsão
O mundo passa por uma crise civilizatória e já se fala em novo Bretton Woods. A afirmação, do economista Ladislau Dowbor, remete ao tratado firmado um ano antes do fim da Segunda Guerra Mundial, na cidade norte-americana de mesmo nome (estado de New Hampshire), por 44 países.
Dowbor: Quando Dilma tentou baixar os juros a 7,25%, teve guerra; a guerra do rentismo contra todo os processos produtivos
Na ocasião, as maiores economias do mundo estavam destroçadas pela guerra e buscavam mecanismos de recuperação por meio de uma nova ordem monetária que regulasse as relações comerciais entre as nações-membro. O desafio era reconstruir o bombardeado capitalismo.
A diferença, na análise de Dowbor, professor da PUC-SP, é que hoje o próprio capitalismo se põe em situação de derrocada por meio da financeirização das economias – um sistema que promove a riqueza de uma minoria.
“Hoje a crise civilizatória não se dá por falta de recursos. Se se dividir o PIB do planeta, de US$ 80 trilhões, pelos 7 bilhões de habitantes do mundo, chegaríamos a uma média mensal de R$ 9 mil reais para cada família de quatro pessoas. Ou seja, o que se produz hoje no mundo daria para todo mundo”, calcula Dowbor, citando estudo da Oxfam, organização especializada em estudos para o combate às desigualdades.
“Hoje há 62 bilionários que têm mais riqueza do que 3,6 bilhões de pessoas (metade da população global). Eles produziram tudo isso? Que nada. Eles se apropriaram através de um conjunto de mecanismos financeiros”, afirmou.
Ele participou, na manhã de ontem (29), ao lado do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Unicamp, de debate na abertura da conferência nacional dos bancários. O evento, na capital paulista, vai até este domingo e definirá rumos para a campanha nacional da categoria, que tem data-base para renovação da convenção coletiva de trabalho em 1º de setembro.
Dowbor reforçou a tese apresentada por Belluzzo, de que a globalização financeira desencadeada há quatro décadas compromete o funcionamento do próprio capitalismo e, no Brasil, tem impactos ainda mais perversos. Enquanto na maior parte dos países de economia desenvolvida a taxa básica de juros gira em torno do 0,5% a 1% ao ano, aqui esse índice está em 14,25%, o que inibe tanto o investimento do setor produtivo quanto taxas de crédito civilizadas.
“Banco antigamente fazia trabalho de identificar bons projetos produtivos. Agora, para que arriscar? É só aplicar na taxa Selic, que rende 14,25% sem riscos de perdas”, provoca Dowbor, que observa como o arranjo afeta também o setor produtivo empresarial. “Para que o empresário vai se matar com insegurança econômica e investir no setor produtivo se pode aplicar na Selic?”
Segundo o economista, a taxa básica de juros elevada acaba por encarecer o crédito na economia como um todo. Ele compara que os juros do cartão de crédito no Brasil giram em torno dos 471% ao ano, enquanto nos Estados Unidos esse índice é de 16%. Observa que a cada R$ 100 que consumidor paga com cartão de crédito, 5% fica com a operadora; se for no débito, são 2,5% que o vendedor deixa de receber. Na França é 0,36%
“O resultado prático é que em março de 2005, 19,3% da renda das famílias estava comprometida com o pagamento de dívidas, e passou para 46,5% em 2015. É um crédito que não facilita, mas extorque”, frisou, ao ressaltar que 19% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foram para os bancos em 2015. “Não tem economia que possa funcionar assim.”
Dowbor criticou também o sistema tributário, por aliviar a taxação o capital financeiro e incidir pesadamente sobre o consumo. “Termina o rico proporcionalmente pagando muitos menos impostos do que o pobre. Aí você fechou o caixão. E dizem que a culpa é do governo Dilma… Quando a Dilma tentou baixar os juros a 7,25%, começou guerra. Pode-se dizer a guerra do rentismo contra todo os processos produtivos.”
O professor da PUC afirmou que o a construção de uma alternativa econômica para o país passa pela regulação do setor financeiro e citou exemplo da Polônia, que acaba de se recuperar da crise, e onde o sistema financeiro é constituído majoritariamente por bancos cooperativos. “Temos de promover o resgate da dimensão cidadã do bancário, do trabalhador. É preciso discutir o papel do sistema”, defendeu.
Segundo ele, dos quatro motores da economia – as exportações, as demandas das famílias, as demandas das empresas e os investimentos do setor público –, os três últimos são fortemente abatidos pela financeirização, a especulação e a política de juros. “Estamos desviando para o capital financeiro recursos que deveriam servir para impulsionar a economia.”
Fonte: Vermelho
Ismael de Almeida
O dinheiro é uma praga que infelicita a humanidade, e deverá desaparecer com a NOVA CIVILIZAÇÃO DO AMOR. A atitude da humanidade para o dinheiro está matizado pela ambição, o ódio, a má conduta, a inveja, e a busca sem freio pelos bens terrenos. Todo o caos da vida moderna tem como origem a escravidão do homem pelo dinheiro.
As desastrosas condições econômicas que prevalecem no mundo são criadas pelo próprio homem, pela sua subordinação ao “deus dinheiro”; pela regeneração do dinheiro virá a liberação do mundo.
Se a humanidade não mudar seu conceito em relação ao uso do dinheiro de forma egoísta, condições terríveis afundarão o mundo no turbilhão do caos econômico; o dinheiro tal como o conhecemos desaparecerá da Terra com a vindoura NOVA CIVILIZAÇÃO DA FRATERNIDADE. — Djwhal Khul.
No passado o dinheiro serviu para atender as necessidades pessoais, no futuro deverá atender as necessidades grupais e mundiais, envolvido por um manto de amor. Quando verdadeiramente o amor florescer no coração humano, o bem prevalecer, o ser humano compreenderá que tudo é de Deus, e o Pai de Amor tudo dá para todos igualmente, sem privilégio para alguns, em detrimento de outros. Se assim não fosse, Deus seria um Pai Injusto outorgando mais para alguns, e menos para outros de seus filhos.
Quando cada ser humano servir o próximo como gostaria de ser servido, e trabalhar pelo bem comum, o dinheiro desaparecerá da Terra.
No futuro o dinheiro desaparecerá e será substituído pelo amor, e o homem cumprirá seu dever sem a escravidão do dinheiro.
A felicidade se logra perdendo de vista a ambição pelo dinheiro, sem o chicote da ambição do EU INFERIOR, vivendo-se unicamente pelo bem do próximo como ensinou Jesus.
AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO; e todos os problemas desaparecerão do mundo, e a Terra será um paraíso.
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Paz e Luz!
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