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O ato a favor do governo Dilma Rousseff na orla do Rio foi encerrado com o hino nacional. Do carro de som, ouvia-se a mensagem: “Queriam que a praia fosse só dos coxinhas, e tomamos deles. Agora, vamos tomar o hino nacional também”.
— Já estava planejado terminar com o hino. A orla não é só deles (favoráveis ao impeachment), é de todos nós. Com o hino, a mesma coisa — afirmou Rômulo Costa da Furacão 2000. — Foi um ato muito bom. Tivemos mais de 50 mil pessoas. A mensagem é que o impeachment não vai passar.
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Manifestantes contra governo circulam na Câmara
Os representantes do Movimento Brasil Livre (MBL), que defende o impeachment, continuam transitando no Salão Verde da Câmara. Ontem, houve confusão pela presença, e deputados governistas pediram a retirada deles. Como eles receberam credenciais, porém, poderão ficar.
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Aliado de Temer faz romaria a gabinetes
Acompanhado pelo deputado André Moura (PSC-SE), um dos maiores aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-ministro Eliseu Padilha faz uma romaria, na manhã deste domingo, por lideranças de partidos que apoiam o impeachment. Além do PMDB, ele já foi ao PSDB, DEM e PTB. Padilha disse que há um entusiasmo grande com o “efeito dominó” de deputados que, segundo ele, vêm aderindo ao impedimento de Dilma Rousseff nesta reta final.
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Ato anti-impeachment tem Cunha como maior alvo
Eduardo Cunha é o principal alvo dos manifestantes que participam do ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff em Copacabana. Muitos dos cartazes exibidos na passeata pela orla exigiam a saída de Cunha da presidência da Câmara. No carro de som, artistas entoavam uma música dizendo que Cunha deixaria a Câmara “de camburão”.
— Cunha representa todas as forças reacionárias do país. É um bandido. O projeto do PMDB, em vez de passo para o futuro, é um passo para o abismo — criticou Mônica Lemos, professora do Colégio Pedro II.
Personagens folclóricos de manifestações, como o artista plástico Carlos Medeiros, o “Batman pobre”, também não pouparam críticas ao presidente da Câmara.
— Quem está julgando a presidente Dilma não tem cacife para isso — resumiu.
O ato chegou ao Leme por volta das 12h30m. A projeção dos organizadores é de cerca de 50 mil presentes. A polícia militar informou que não faria estimativa oficial.
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Manifestações contra e a favor do impeachment ocorrem em dez estados e no DF
A poucas horas do início da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, manifestações contra e a favor se espalham por todo o país. Segundo o site “G1”, dez estados e o Distrito Federal registram protestos neste momento.
No Rio de Janeiro, a manifestação contra o impeachment é embalada por sucessos como “Rap do Silva”, “Nosso Sonho” e “Rap do Salgueiro” na Praia de Copacabana. O protesto, que começou por volta das 10h30m, foi organizado pela Frente Brasil Popular e pela Furacão 2000. Em Brasília, os protestos estão tranquilos. Um corredor humano formado por policiais se posiciona em cada um dos lados do muro que separa os grupos. O número de manifestantes a favor do impeachment é maior no momento, com integrantes vestidos de verde e amarelo e tirando selfies.
Em São Paulo poucos manifestantes se reúnem na Avenida Paulista, favoráveis ao impeachment. Um grupo pequeno protesta contra o processo no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista. Polícias militares, no entanto, detiveram um homem acusado de cortar o pato gigante inflável da Fiesp usado como símbolo da campanha contra aumento de impostos intitulada “Não vou pagar o pato”.
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Em Brasília, Lula tenta conquistar votos contra o impeachment
O ex-presidente Lula voltou a Brasília na manhã deste domingo para tentar uma última ofensiva antes da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff: o petista está ligando para deputados para tentar conquistar votos contra o afastamento ou pelo menos para pedir a abstenção na sessão em plenário, de forma a evitar os 342 votos necessários ao impeachment. A estratégia foi confirmada ao GLOBO por deputados petistas próximos ao ex-presidente.
Lula deixou Brasília no meio da tarde de ontem, depois de participar de encontro com movimentos sociais e de articular votos anti-impeachment. Ele voltou para São Paulo, mas decidiu retornar à capital no dia da votação.
O Salão Verde da Câmara, que fica em frente à entrada central do plenário, é ocupado principalmente por deputados da oposição, eufóricos com o discurso de que já há mais de 360 votos a favor do impeachment. Os governistas são minoria e estão contidos.
– Existe um movimento para convencer os deputados a votarem contra. Lula voltou para isso – diz o deputado Wadih Damous (PT-RJ), um dos interlocutores do ex-presidente.
Os petistas dizem que ainda há deputados que “não se sentem à vontade” para votar pelo impeachment e que estariam sendo cobrados a fazer isso por conta do apelo de suas bases eleitorais. Junto a esse grupo, Lula tenta incentivar pelo menos a abstenção. Segundo parlamentares, o ex-presidente está ligando e se encontrando com deputados em Brasília.
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Manifestantes contra impeachment se reúnem no Anhagabaú
Centenas de manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff se reúnem na manhã deste domingo no Vale do Anhagabaú, no centro de São Paulo. Vestidos em sua maioria com camisas vermelhas, integrantes de movimento sociais, como a Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), e da Central de Movimentos Populares (CMP), aguardam o início das apresentações musicais e dos discursos políticos.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é o principal alvo dos manifestantes. Uma grande faixa com a frase “Fora Cunha” foi estendida no local. Há também bandeiras de partidos políticos como o PCdoB e o PCO.
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PM divulga imagens aéreas de Brasília pronta para a decisão
Câmera percorre os principais palcos da capital federal às vésperas do dia decisivo na Câmara dos Deputados.
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Guerra de versões no PP
O PP trava uma batalha interna para ter o máximo de votos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), ligou nesta madrugada para o ex-ministro Eliseu Padilha, um dos mais fiéis escudeiros do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), para garantir que 100% da bancada votará a favor do impeachment.
O grupo que defende a saída de Dilma Rousseff na legenda garante que reconquistou o voto inclusive do deputado Waldir Maranhão (MA), que mudou sua posição na sexta-feira e foi destituído do comando do PP no Maranhão, e Eduardo da Fonte (PE), que vem negociando com o Palácio do Planalto.
O grupo de Maranhão, no entanto, está reunido na manhã deste domingo no apartamento do vice-presidente da Câmara — entre os presentes estão os deputados Macedo (CE), Roberto Britto (BA) e Adail Carneiro (BA) — e garante que votará contra o impeachment, contrariando a decisão do PP, que fechou questão a favor do impedimento.
O deputado Jerônimo Goergen (RS), um dos maiores defensores do impeachment, garantiu que o presidente virou os votos de Maranhão e da bancada da Bahia, além do voto de Eduardo da Fonte.
— Entre o deputado ser expulso e perder diretório ou votar com unidade e fortalecer o partido, é melhor vir conosco para um novo governo. Eles entenderam, estamos 100% fechados a favor do impeachment. Quando chegar na Bahia e em Pernambuco, a votação já vai estar decidida. Além disso, o Maranhão sofreu muita pressão no estado — disse Goergen.
A negociação maior é com os deputados da Bahia, porque o vice-governador João Leão, que é do partido, quer que votem contra o impeachment. A pressão do governador da Bahia, o petista Rui Costa, é grande. Mas a Bahia é um dos últimos estados a ser chamado para votação. Por isso, se até lá os 342 a favor do impeachment já tiverem sido alcançados, a tendência é que os deputados mudem e votem com o partido. É a chamada onda da votação.
Integrante da direção, o deputado Ricardo Barros disse que há a busca pela unidade:
— Está caminhando bem. Aumenta a adesão à decisão do partido de fechar questão pelo impeachment — disse Ricardo Barros.
O PP tem a quarta maior bancada da Câmara, com 45 deputados. Eles podem ter papel decisivo na decisão, junto com parlamentares do PR e PSD, todos cortejados pelo governo e pelo grupo de Temer.
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Homem é preso na Paulista após cortar pato inflável da Fiesp
Um homem foi detido por policiais militares na Avenida Paulista, neste domingo, acusado de cortar o pato gigante inflável da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O pato é usado como símbolo da campanha contra aumento de impostos intitulada “Não vou pagar o pato”.
Segundo a Polícia Militar, o acusado portava uma faca e teria cortado o pato inflável por volta das 8h30m. Ele foi levado, algemado, ao 78º DP (Jardins).
A Fiesp disse que a entidade tem quatro patos e confirmou que um deles foi atacado pelo acusado. O principal pato tem 112 metros de altura e já está colocado na Avenida Paulista, em frente à sede da FIESP
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Depois de cerca de 2h de concentração em frente ao Posto 3, em Copacabana, o carro de som da Furacão 2000 começou a se mover no trajeto combinado com a PM até o Posto 1, no Leme, com término marcado para as 13h. Por conta do horário apertado e do tempo gasto na concentração, os organizadores convocaram os manifestantes a se dirigirem à Lapa após o fim do ato, onde haverá telão para acompanhar a votação do impeachment.
No deslocamento, um morador de um prédio na orla, entre as ruas Paula Freitas e República do Peru, balançou bandeira da União Soviética ao lado da bandeira do Brasil em sua janela. Manifestantes aplaudiram e gritaram “não vai ter golpe.
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Hóspedes do Copacabana Palace se opõem a protesto pró-Dilma
Enquanto a manifestação a favor do governo Dilma Rousseff passava em frente ao hotel Copacabana Palace, alguns hóspedes saíram na janela para protestar contra os manifestates pró-Dilma na Avenida Atlântica. Em reposta, os participantes da manifestação vaiaram e gritaram “Não vai ter golpe”.
— Não vamos provocar ninguém e nem aceitar provocações. Esse é um ato de paz — disse um dos organizadores.
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Já há 3 mil manifestantes pró-impeachment na Esplanada
Boletim da Secretaria de Segurança do Distrito Federal informou que, no momento, existem 3 mil pessoas já na Esplanada dos Ministérios no lado Sul, destinado aos defensores do impeachment. No lado Norte, dos que apoiam o governo Dilma Rousseff, segundo a PM, não há movimentação. A informação é que o grupo ainda está se preparando para deslocamento do Estádio Mané Garrincha até a Esplanada.
“A Polícia Militar está na Esplanada dos Ministérios e imediações com 1 mil homens e mulheres neste momento. A Polícia Civil trabalha desde sexta-feira com reforço de agentes e delegados nos plantões das delegacias da área central e do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Mantém ainda 300 agentes nas ruas das Asas Sul e Norte, Cruzeiro e Sudoeste reforçando o policiamento ordinário. O Corpo de Bombeiros mantém na Esplanada e arredores 150 militares e 19 viaturas neste instante, podendo chegar a 1 mil, caso seja necessário”, informou a secretaria.
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Manifestações em sete estados e no DF
Além de Rio, Brasília e São Paulo, manifestantes saíram às ruas em cinco outros estados na manhã deste domingo. Em Belém, a Polícia Militar estimou em 350 o número de manifestantes que apoiam o pedido de abertura de impeachment. Em Blumenau, cerca de 200 pessoas se reúnem na Praça Doutor Blumenau, no Centro.
Grupos contrários e favoráveis ao impeachment da presidente da República Dilma Rousseff fazem atos em Belo Horizonte. Já em São Luís, há manifestação em favor da permanência da petista no centro histórico.
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Fonte: O Globo
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