Manifestações a favor do governo ocorreram em 55 cidades e no DF
Atos tiveram a participação de 1,3 milhão de pessoas, segundos os organizadores, e 275 mil, nos cálculos da Polícia Militar.
O G1, portal de notícias da Globo na internet, fechou o balanço com os números das manifestações de ontem a favor do governo Dilma. Elas ocorreram em 55 cidades de todos os estados e no Distrito Federal. E tiveram a participação de 1,3 milhão pessoas, segundos os organizadores, e 275 mil, nos cálculos da Polícia Militar.
Pelo levantamento do G1, é possível dizer que os atos de sexta-feira (18) a favor do PT foram os maiores desde 2015. Mas também se conclui que os atos de sexta foram menores do que os de domingo (13), contra Dilma e Lula, quando manifestações foram realizadas em 337 cidades de todos os estados e no Distrito Federal e reuniram 6,9 milhões de pessoas, segundo os organizadores, e 3,6 mil, segundo a Polícia Militar.
Manifestantes foram às ruas de Natal. Para os organizadores, o protesto reuniu 30 mil pessoas e, para a PM, 17 mil.
Em Cuiabá, a concentração de grupos a favor do governo foi em uma praça. Segundo os organizadores, mil pessoas participaram. Para a PM, foram 250.
Em Brasília, os manifestantes se concentraram em frente ao Museu da República. Eles gritaram palavras de ordem e estenderam faixas em defesa da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Para a Polícia Militar, foram 6 mil pessoas. Os organizadores disseram que eram 50 mil.
Em Belo Horizonte, uma passeata percorreu o centro da cidade. Para os organizadores, foram cem mil participantes. A PM estimou em 18 mil pessoas.
No Rio, o ato foi organizado pela Frente Brasil Popular e por movimentos sociais. Manifestantes se concentraram na Praça XV, no centro da cidade, e cantaram músicas em apoio ao PT. Os organizadores disseram que 70 mil pessoas participaram do protesto. A Polícia Militar não divulgou números.
Em Curitiba uma grande bandeira, faixas e cartazes. Cerca de 30 mil pessoas se reuniram, segundo os organizadores e 5 mil para a PM. Duas pessoas atiraram rojões e foram presas.
Em São Paulo, mais de 60 entidades – entre elas a CUT, MST, PT e UNE – organizaram um ato na Avenida Paulista em defesa da democracia, dos direitos sociais e contra o golpe. Manifestantes carregaram cartazes de apoio a presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula, e contra a Operação Lava Jato.
O ex-presidente Lula discursou: “Eu, na verdade, vim pra cá pensando como falar sem ficar nervoso. Porque tem muita gente que acha que eu vou atacar. Eu, na hora que a companheira Dilma me chamou, eu relutei muito, desde agosto do ano passado, pra aceitar ir pro governo. E ao aceitar ir pro governo, veja o que aconteceu comigo: eu virei, outra vez, ‘Lulinha paz e amor’. Eu não vou lá para brigar. Porque eu acho que nós precisamos restabelecer a paz, a esperança e provar que este país é maior do que qualquer crise do planeta Terra e que este país vai sobreviver e vai crescer”.
De acordo com os organizadores, 380 mil pessoas participaram nesta sexta (18) do ato na Avenida Paulista. O Instituto Datafolha afirmou que foram 95 mil pessoas, a Polícia Militar, 80 mil.
No ato na mesma avenida contra o governo Dilma e contra o PT, no último domingo (13), os organizadores calcularam 2,5 milhões de pessoas, o Instituto Datafolha 500 mil e a Polícia Militar disse que eram 1,4 milhão de pessoas.
No domingo passado, o protesto ocupou 23 quarteirões na Avenida Paulista. Na sexta, foram 11.
Políticos da oposição e do governo comentaram as manifestações de sexta-feira (18).
“As manifestações foram enormes. Surpreendeu a gente. Não tinha lá só militante de partido, tinha muito professor, muito estudante, muito advogado. Era um pessoal que não estava ali necessariamente para defender o governo da presidenta Dilma. Mas estava em defesa da democracia, contra o golpe. Porque nós achamos que impeachment sem base jurídica é golpe”, afirmou o senador Lindbergh Farias do PT-RJ.
“Embora 13 vezes menor do que a de domingo, foi uma manifestação significativa. Teve o exato tamanho do aparelhamento do Estado. O que vimos ontem é a fotografia do aparelhamento do Estado custeado com o dinheiro público, aliás, nesses últimos 14 anos. Uma das causas dos escândalos de corrupção”, declarou o senador Álvaro Dias do PV-PR.
Manifestantes foram às ruas em 25 estados contra impeachment de Dilma
Também houve protestos no Distrito Federal. Organizadores falam em 292 mil manifestantes, no total, e PM afirma que foram 51 mil.
Manifestantes foram às ruas nesta quarta-feira (16) em 25 estados e no DF para protestar contra o impeachment da presidente Dilma. Os organizadores disseram que 292 mil pessoas participaram dos atos. Já para a PM foram 51 mil pessoas.
Brasília
Em Brasília, os manifestantes só começaram a caminhar em direção ao Congresso nacional à noite. Representantes da CUT, MST e outros movimentos sociais carregavam faixas com as expressões “não ao golpe” e “fora Cunha”. A PM informou que 2,5 mil pessoas participaram do protesto. Já os organizadores, contaram 3 mil pessoas.
Mato Grosso do Sul
Em Campo Grande, os manifestantes saíram em passeata no fim da tarde. Organizadores dizem que cerca de 5 mil pessoas participaram do protesto. Já a Guarda Civil estimou em 2,8 mil pessoas.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, a organização do movimento disse que 12 mil pessoas se concentraram na Cinelândia, no Centro da cidade, para apoiar a presidente Dilma. A Polícia Militar não deu estimativa do número de pessoas.
Minas Gerais
Em BH, os manifestantes chegaram a queimar dois caixões durante o protesto contra qualquer tipo de golpe e a favor do governo da presidente. A PM disse que 5 mil pessoas participaram do ato. Já a organização do movimento disse que foram 20 mil pessoas.
“A gente tem que lutar, a gente não pode permitir porque é muita coisa, não é simplesmente um ‘fica dilma, fora cunha’, mas tudo o que as duas questões representam”, disse uma manifestante.
São Paulo
Em São Paulo, foram dois pontos de concentração na Avenida Paulista. Um em frente ao Masp e outro na Praça do Ciclista. O ato foi organizado pela CUT, Central Única dos Trabalhadores e movimentos sociais e estudantis, como o MST, MTST e UNE.
Além de faixas e cartazes, os manifestantes também soltaram balões vermelhos para pedir respeito à Constituição, a saída do presidente da Câmara e contra o impeachment.
“A manifestação é uma prova que o povo não quer golpe, o povo quer a manutenção da presidenta Dilma no poder”, afirmou o engenheiro eletrônico Rubens Donati.
Depois que os dois grupos se encontraram na Avenida Paulista, começaram uma caminhada de mais ou menos quatro quilômetros até a Praça da República.
A Polícia Militar calcula que 3 mil pessoas participaram do protesto. Na manifestação anterior, em agosto, foram 41 mil, para a PM. Já os números estimados pelos organizadores variaram: a CUT calcula que havia cem mil manifestantes. O MTST, 70 mil. Em agosto, eles estimaram a presença de 75 mil pessoas no ato em São Paulo.
E o Instituto Datafolha fez um cálculo de 55 mil pessoas na manifestaçao desta quarta-feira (16). Em agosto, a contagem foi de 37 mil.
Bahia
Em Salvador, os manifestantes caminharam até a Praça Castro Alves e levaram bandeiras do PT, da CUT e da CTB – Central de Trabalhadores do Brasil.
“A presidenta Dilma venceu as eleições e esperamos que esse governo vá até o final”, afirmou Cedro Silva, presidente da CUT-BA.
Os organizadores dizem que 20 mil pessoas participaram da manifestação. Já para a PM, eram 10 mil pessoas.
Sergipe
Os manifestantes em Aracaju levaram faixas e cartazes com inscrições “contra o golpe”, “fora Cunha” e com pedidos de reforma política. Quatro mil pessoas caminharam pelas ruas do Centro, de acordo com a organização. A Polícia Militar não fez estimativa.
No norte do país também teve protesto. Em Belém, a chuva atrasou o início da manifestação a favor da presidente Dilma. A Frente Brasil Popular, que organizou o movimento, disse que 10 mil pessoas participaram. A PM contou 1,7 mil.
Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, os manifestantes começaram uma vigília, às 17h, em frente à prefeitura de Porto Alegre. Os organizadores disseram que 5 mil pessoas participaram do ato. Segundo a Policia Militar eram duas mil.
Números
De acordo com o Datafolha, a manifestação desta quarta-feira (16) em São Paulo a favor da presidente Dilma foi maior do que a que aconteceu no domingo (13) para pedir o impeachment. Na quarta (16), o Datafolha registrou 55 mil pessoas na capital paulista. No domingo (13), eram mais de 40 mil.
Já contando todo o Brasil, segundo as conta do G1, o protesto foi maior no domingo, contra o governo.
Fonte: G1
You have to Login