Vocês se lembram dos acontecimentos no Planalto no início de 2015, quando toda esta crise econômica, política e de governabilidade se instalou?

Astrologicamente, isso se deu em razão de um trânsito de Saturno no Meio-Céu do mapa da Independência do Brasil. Bem… ainda pode piorar, pois Marte estará transitando esta mesma região percorrida por Saturno, entre o início do Signo de Sagitário e o final de Escorpião, direto, depois retrógrado e novamente direto, entre os meses de março a maio e, definia itivamente, em agosto.

Mas se Saturno traz toda sorte de restrições (as tais das crises…), com Marte, podemos esperar situações muito mais severas, como cortes e conflitos de todos os tipos. Se fosse em outros tempos, seria o caso de uma intervenção militar. De qualquer modo, tratam-se de períodos conturbados para o governo da Presidente Dilma e com boas chances dela renunciar ao longo da 2ª e 3ª semana de maio. É de se esperar que outros ministros e políticos em postos-chave também deixem as suas funções neste caso. Este é o cenário mais provável.

Num segundo cenário, o processo de impedimento segue adiante tendo o seu clímax em torno de 24 de agosto, com a conjunção entre Marte e Saturno, quando a Presidente terá de deixar o seu cargo.

De qualquer maneira, instaura-se uma forte crise de governabilidade que deve se estender ainda até a 2ª quinzena de julho, época que gradualmente a vida política se organiza, mas ainda não a economia. Esta deve se encaminhar para uma situação de equilíbrio a partir de setembro. Porém, alguma situação de estabilidade será alcançada apenas a partir do início de 2019.

A batalha jurídica deve começar ainda em janeiro, com algumas idas e vindas. Eduardo Cunha deve permanecer no cargo no máximo até os primeiros dias de abril. Deixando de existir o escudo da Presidente, o processo de impedimento torna-se uma realidade mais palpável.

Abril assinala novas manifestações populares, várias delas até violentas. A quadratura de Saturno ao Sol demonstra a falta de confiabilidade do povo, especialmente dos trabalhadores, na autoridade executiva do país. Abril e maio correspondem a uma época de um país acéfalo, mergulhado no auge da crise econômica e política. Os escândalos de corrupção envolvendo cada vez mais personalidades próximas à cúpula do partido do governo o torna a cada dia mais insustentável.

Não disponho de um mapa confiável do nascimento da Presidente Dilma. Refiro-me apenas às indicações existentes no Mapa do Brasil. E neste, a razão da renúncia da Presidente se dá, em parte para não perder seus direitos políticos. Entretanto, encontrar-se-á sem sustentação ou apoio não apenas do povo e dos congressistas, mas também de seu próprio partido. Isolada, terá de ceder à sua teimosia e admitir a sua incompetência de gestão. Sua teimosia, entretanto, pode também levá-la, mesmo isolada, ao impedimento.

Em caso de impedimento, poderemos ter surpresas: um juiz ou alguém oriundo do Judiciário pode assumir temporariamente o comando do país.

Nas Progressões Secundárias (Placidus), encontramos o clímax da oposição entre Júpiter e o Meio-Céu em maio de 2016, indicando a insatisfação e a interferência do povo na condução do atual governo. Aponta para o desejo de mudanças na economia popular. Mercúrio estará conjunto ao Ascendente em janeiro de 2017. Ao longo do 2º semestre de 2016, há maior participação e interesse popular, através das mídias sociais, nos destinos da nação, embora de maneira superficial.

No Arco Solar, é Vênus que se encontra no Ascendente, apontando para o envolvimento dos jovens, dos trabalhadores em geral e das mulheres (embora também de estudantes) em movimentos através das mídias sociais. Pelos dois métodos de Progressões acima citados, o dinheiro volta a circular (primeiramente na indústria) a partir de setembro de 2017. Portanto, cabe citar que os juros permanecerão elevados ainda por um bom período ao longo de 2016, ao menos até agosto. Com os juros elevados, os bancos receberão poucos e limitados pedidos de empréstimos. Como diria o meu avô (Henrique Oscar), o dinheiro permanecerá caro.

Sem investimentos, seja na indústria como em infra-estrutura, o Brasil permanecerá economicamente estagnado e até em recessão no 1º semestre de 2016. Sim, a saída é a exportação, é vender aos blocos comerciais continentais… Mas se não houver produção, não há o que vender… A inadimplência será ainda maior, estendendo-se a outros setores de atividades. O binômio “dinheiro caro – sem produção” destrói a economia de Estados e Municípios, que deixam de receber impostos ou os recolhem em valores menores…

Há ainda a questão da dívida pública… Não é preciso ser guru para saber que ela chegará a níveis insustentáveis até o final do ano.

Ah!!! Mas teremos as Olimpíadas no Rio!!! Estas serão um sucesso, em termos de organização e segurança!!!

Mas as epidemias provocadas pelo tal do aedes aegypti devem continuar aumentando até o final de março, embora seja prematuro falar em controle. Talvez, se Oswaldo Cruz se levantasse do caixão… Por sinal, a tendência é que tanto a saúde como a educação públicas não tenham um de seus melhores anos.

Acredito que o ponto forte de 2016 será a maior participação das mulheres nas atividades que lidam diretamente com as pessoas, nas comunidades, centros de assistência, creches, escolas e hospitais. Seu papel será humanizador, quebrando um pouco o perfil “business” pelo qual o mundo está atualmente passando.

Todas estas dificuldades em 2016 fazem com que, no âmbito das famílias, o valor e a importância dos filhos seja repensada, em casa como junto às escolas. É um nuance que provavelmente passará desapercebido ao longo de 2016 e 2017, mas que trará consequências benéficas para esta geração de crianças que hoje se encontram em idade escolar.

Conclusão:

A crise econômica é a fonte da instabilidade política e será a principal causa da mudança de governo no 2º semestre. O período mais difícil será entre os meses de abril e maio.

O reerguimento da atividade econômica se dá de cima para baixo, a partir de investimentos públicos ocorrendo a partir de outubro. Contudo, ainda há risco de calotes por parte do governo.

Os setores de serviços e construção civil serão os mais prejudicados em 2016. Grandes redes de lojas fecharão algumas de suas unidades para reduzir suas despesas.

As commodities seguem com valores baixos e a agricultura se mantém em níveis estáveis.

Porém, as Olimpíadas do Rio serão um sucesso!

Notas:

Emprego a hora de 16:53 para o Mapa da Independência do Brasil. Como Astrólogo Tradicional, uso apenas os Astros visíveis na interpretação.

Datas e épocas em 2016 (trânsitos):

  • 10/01/2016, +/- 2 dias: Marte em conjunção com Marte.
  • Março a início de junho: quadratura de Júpiter com Saturno.
  • Março a junho: conjunção de Júpiter com o Sol.
  • 10/03, 16/05 e 11/08/2016, +/- 2 dias: Marte em conjunção ao Meio-Céu, direto, retrógrado e direto, respectivamente.
  • 24/08/2016, +/- 2 dias: conjunção de Marte com Saturno.
  • Setembro: Júpiter sextil com o Meio-Céu.
  • 2ª quinzena de setembro à 1ª quinzena de outubro: Júpiter em trígono com Júpiter e Lua.
  • Outubro e novembro: Saturno em quadratura com o Sol.
  • 22/12/2016, +/- 2 dias: conjunção de Marte ao Ascendente.

mapa1

mapa2

Com agradecimento a Medium Coeli