Manifestantes fazem atos em defesa de Dilma em 25 estados e no DF

Protestos de 20/8/15 são reação organizada a atos pró-impeachment.
Centrais sindicais e movimentos sociais convocaram manifestações.

 

MANIFESTAÇÕES: 20/08
Atos são a favor do governo Dilma
Os manifestantes foram às ruas em 25 estados e no Distrito Federal com atos de apoio ao governo Dilma Rousseff. Os protestos são uma reação organizada por partidos e entidades civis às manifestações de 16/8/15, que pediram o impeachment da presidente.

No total, foram registrados atos em 39 cidades, com 73 mil participantes, segundo a PM, e 190 mil, segundo organizadores.

Ocorrem manifestações em AL, AM, AP, BA, CE, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RO, RR, RS, SC, SE, SP e TO e no DF. Os manifestantes também criticavam o presidente da Câmara dos Deputados, Cunha, e o ajuste fiscal.

São Paulo teve o maior número de manifestantes, tanto pelas contas da PM (40 mil) quanto dos organizadores (75 mil). Segundo o Instituto Datafolha (há uma diferença de metodologia entre PM e Datafolha), o total de manifestantes chegou a 37 mil entre 17h30 e 21h30. O protesto teve concentração no Largo da Batata, na Zona Oeste, e seguiu até a Avenida Paulista durante a noite.

No Rio de Janeiro, uma passeata saiu da Candelária com destino a Cinelândia, onde um palco foi montado para apresentações após o ato. Segundo a organização, foram 25 mil pessoas. A PM não fez uma estimativa de público.

Integrantes de centrais sindicais e movimentos sociais se concentram no Largo da Batata, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, para ato em defesa do mandato de Dilma Rousseff (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)Concentração de ato pró-Dilma no Largo da Batata, em SP (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)

Veja como foram os protestos em cada estado:

ALAGOAS
PARTICIPANTES: 500, segundo a PM; 1,2 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: Em Maceió, os atos foram em apoio ao governo Dilma e pelos direitos trabalhistas. A concentração foi na na Praça Sinimbu, no Centro, e houve caminhada com faixas e cartazes. O protesto começou por volta das 11h20 e acabou duas horas depois. As ruas bloqueadas para o protesto e a chuva deixaram o trânsito complicado na região.


Manifestação ocorreu na Praça da Bandeira, no Centro de Macapá (Foto: Jessica Alves/G1)Em Macapá, manifestação ocorreu na Praça da
Bandeira, no Centro (Foto: Jessica Alves/G1)
AMAPÁ

PARTICIPANTES: 200, segundo a organização; a PM não esteve no local.

COMO FOI: O protesto em Macapá teve concentração na Praça da Bandeira, no Centro da cidade, e previa uma caminhada que foi cancelada pela organização por causa do atraso no início do evento. A mobilização terminou por volta das 19h, quando os manifestantes cantaram o Hino Nacional.

Participaram do ato entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Levante Popular da Juventude (LPJ) e a União Brasileira dos Secundaristas (Ubes).


protesto amazonas manaus (Foto: G1 Amazonas)Protesto em Manaus pró-governo Dilma
(Foto: G1 Amazonas)

AMAZONAS
PARTICIPANTES: 4 mil, segundo a PM; 5 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: Membros de centrais sindicais e movimentos sociais participam de uma caminhada no Centro de Manaus na tarde desta quinta. A manifestação a favor da presidente Dilma começou por volta das 17h (18h em Brasília). Os participantes se concentraram na Praça Heliodoro Balbi e seguem em passeata até o Largo de São Sebastião, no Centro.


Movimentos sociais em novo ato pró-governo em Salvador (Foto: Henrique Mendes/G1 BA)Movimentos sociais em ato pró-governo em Salvador
(Foto: Henrique Mendes/G1 BA)

BAHIA
PARTICIPANTES: Em caminhada realizada pela manhã, organizadores estimam 150 participantes, e a PM, 100. No protesto da tarde, foram 8 mil participantes, segundo a PM; 10 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: Pela manhã, as centrais sindicais fizeram caminhada, em Salvador, partindo do no Shopping da Bahia, na Avenida ACM, de onde os manifestantes seguiram em direção à Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), no bairro do Stiep.

À tarde, pouco antes das 15h, uma passeata organizada por centrais sindicais e com a adesão de parte da sociedade em defesa do governo Dilma saiu da Praça do Campo Grande e seguiu em direção à Praça da Piedade. Houve discursos em cima de um trio elétrico e, com bandeiras e faixas, os manifestantes pedem a renúncia do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).


CEARÁ
PARTICIPANTES: Na manifestção da manhã, foram 1 mil participantes, segundo a organização; não há estimativa da PM. No ato da tarde, a organização estima 20 mil pessoas; e a PM, 2,5 mil. Em Juazeiro do Norte foram 2 mil, segundo organizadores; e 1 mil, segundo a PM.

COMO FOI: Centrais sindicais e movimentos sociais realizaram manifestação em Fortaleza, pela manhã, contra a direita, o ajuste fiscal, e a retirada de direitos trabalhista.

A concentração foi por volta das 8h na Praça Clóvis Beviláqua, conhecida como “Praça da Bandeira”. A caminhada seguiu, com faixas e carro de som, até a Reitoria da Universidade Federal do Ceará, no Bairro Benfica, onde se juntou, em ato, a professores em greve.

Nesta tarde, manifestantes ocuparam a Rua General Sampaio, ao lado da Praça da Bandeira, no Centro de Fortaleza.

Houve protesto também em Juazeiro do Norte, na região Sul. O ato ocorreu na Praça do Giradouro, ponto de convergência das cidades de Barbalha, Crato e Juazeiro.


Manifestantes ocupam a escadaria da rodoviária do Plano Piloto, em Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1)Manifestantes ocupam a escadaria da rodoviária do
Plano Piloto, em Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1)

DISTRITO FEDERAL
PARTICIPANTES: 500, segundo a PM; não há estimativa da organização.

COMO FOI: Manifestantes ocuparam a escadaria da rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, e fizeram panfletagem no terminal.

Os participantes do ato em defesa do governo Dilma Rousseff levavam bandeiras da CUT, do PT e do Brasil. Eles fizeram uma caminhada em volta do terminal tocando tambores e apitos.


Protesto pró-Dilma em Vitória (Foto: Naiara Arpini/ G1)Protesto pró-Dilma em Vitória (Foto: Naiara Arpini/G1)

ESPÍRITO SANTO
PARTICIPANTES: 1 mil, segundo a organização; 150, segundo a PM.

COMO FOI: Manifestantes pró-governo Dilma se reúnem nesta tarde na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória. As bandeiras do grupo são a defesa da democracia e contra um possível “golpe de estado”, e também pelos direitos dos trabalhadores.

Quase 30 entidades participam do ato, segundo os organizadores, entre elas o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, o MST, a UNE, a União dos Estudantes Secundaristas, a Federação dos Petroleiros e a União Brasileira das Mulheres.


Grupos fazem ato em defesa da democracia e apoio a Dilma, em Goiás (Foto: Vitor Santana/G1)Grupo faz ato em Goiânia (Foto: Vitor Santana/G1)

GOIÁS
PARTICIPANTES: 1 mil, segundo organizadores; 300, segundo a PM.

COMO FOI: O ato das centrais sindicais e movimentos sociais em apoio ao governo federal e em “defesa da democracia” ocorreram na tarde desta quinta-feira, na Praça do Bandeirante, Setor Central, em Goiânia.

Os manifestantes também protestaram contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e as medidas do ajuste fiscal.

A concentração começou por volta das 17h, e a passeata pela Avenida Goiás rumo à Praça Cívica teve início quase duas horas depois. O protesto terminou por volta de 19h35, após o grupo protestar em frente ao Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual.


Manifestação em São Luís (Foto: Clarissa Carramilo/G1 )Manifestação pró-Dilma em São Luís
(Foto: Clarissa Carramilo/G1 )

MARANHÃO
PARTICIPANTES: 1,5 mil, segundo organizadores; 400, segundo a PM.

COMO FOI: O ato em São Luís teve início às 17h na Praça João Lisboa, no Centro. De lá, os manifestantes percorreram a Rua Grande (principal ponto de comércio popular de São Luís) e seguiram até a Praça Deodoro, onde encerraram o protesto.

Entre as reivindicações estão a ampliação dos programas governo federal, mudança da política econômica e defesa da Petrobras. Os manifestantes também são contra a permanência do atual presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, no cargo.


Passeata dos manifestantes começou na Praça Ipiranga e seguiu pela Avenida Tenente Coronel Duarte, no centro de Cuiabá. (Foto: Carolina Holland / G1)Passeata no centro de Cuiabá
(Foto: Carolina Holland/G1)

MATO GROSSO
PARTICIPANTES: 350, segundo a PM; 1 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: Em Cuiabá, sindicatos e movimentos sociais realizaram, nesta tarde, protesto convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). A concentração começou às 16h [horário de Mato Grosso] na Praça Ipiranga, no Centro da cidade.

Com cartazes, faixas e dois carros de som, os manifestantes iniciaram a passeata por volta das 17h20 e, da praça pela Avenida Tenente Coronel Duarte (Avenida da Prainha), seguiram pela Avenida Getúlio Vargas e retornaram à Praça Ipiranga.


Manifestação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na manhã desta quinta-feira (20). (Foto: Claudia Gaigher/TV Morena)Manifestação da CUT em Campo Grande
(Foto: Claudia Gaigher/TV Morena)

MATO GROSSO DO SUL
PARTICIPANTES: Em Campo Grande, 600, segundo a organização; a PM não esteve no local. Em Dourados, 200, segundo a PM; 150, segundo organizadores.

COMO FOI: Manifestantes ligados à CUT e professores fizeram ato na área central de Campo Grande, na manhã desta quinta-feira. Segundo o presidente regional da entidade, Genilson Duarte, a manifestação era pela “liberdade, democracia e por mais direitos”.

Entre os sindicatos que aderiram ao protesto estão o dos Correios, da construção civil, além do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra. Havia faixas, cartazes e gritos de “fora Eduardo Cunha”, presidente da Câmara dos Deputados.

Em Dourados, o protesto durou cerca de uma hora e teve a participação, além da CUT, do MST e do Sindicato dos Bancários.


Manifestantes fazem ato em defesa da legitimidade do governo federal em BH (Foto: Igor Lage/G1)Manifestantes fazem ato em defesa do governo
federal em BH (Foto: Igor Lage/G1)

MINAS GERAIS
PARTICIPANTES: 6 mil, segundo a PM; 12 mil, segundo organizadores em BH. Em Juiz de Fora, 500, segundo a PM e organizadores. Em Uberlândia, 120, segundo a PM; e 500, segundo organizadores. Em Poços de Caldas, 50, segundo a PM; e 100, pela organização. Em Governador Valadares, 100, segundo a PM; 300, segundo organizadores.

COMO FOI: Manifestantes fazem um ato em Belo Horizonte nesta tarde em defesa do governo Dilma. A concentração começou por volta das 16h na Praça Afonso Arinos, na Região Centro-Sul da capital mineira.

Às 17h25, o ato ocupava o sentido centro da Avenida Afonso Pena, perto da prefeitura, de onde saiu a passeata por volta das 17h10 pela Avenida João Pinheiro. Os dois sentidos da via chegaram a ficar fechados. O protesto é realizado por integrantes de movimentos sindicais, sociais e estudantis.

Manifestação pró-Dilma em Juiz de Fora (Foto: Rafael Antunes/G1)Manifestação pró-Dilma em Juiz de Fora
(Foto: Rafael Antunes/G1)

Em Juiz de Fora, a concentração do protestos começou às 17h na Praça da Estação, no Centro da cidade. Em seguida, eles devem seguir com faixas e cartazes pela Rua Halfeld até a Câmara Municipal. Segundo os organizadores, o protesto intitulado “Não Vai Ter Golpe” tem como objetivo a “luta contra a oposição, que pretende abrir processo de impeachment da presidente Dilma”.

Em Poços de Caldas, o protesto pró-governo Dilma ocorreu durante a tarde. A concentração foi diante da sede do PT, no Centro da cidade, O protesto seguiu com bandeiras do partido, da CUT e da presidente até a Praça Pedro Sanches.

Em Uberlândia, os movimentos sociais se reuniram na Praça do Fórum Abelardo Penna, no Centro. Governador Valadares teve ato na Praça dos Pioneiros das 18h até as 19h30.


Movimentos sociais fazem protesto em defesa da presidente Dilma em Belém, no Pará (Foto: Gil Sóter/G1)Movimentos sociais fazem protesto em Belém
(Foto: Gil Sóter/G1)

PARÁ
PARTICIPANTES: 400 pessoas, segundo a organização; a PM não fez estimativa.

COMO FOI: Liderados pela Central Única dos Trabalhadores, movimentos sociais e centrais sindicais realizaram um protesto em Belém nesta quinta-feira. O ato foi em frente ao Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, fechado desde que a central de ar provocou um incêndio no bloco cirúrgico no dia 25 de junho.

Em seguida, os manifestantes marcharam pelas avenidas 14 de março, Bernaldo Couto, Nazaré e Magalhães Barata, onde se reuniram em frente à caixa d’água da Cosanpa no bairro de São Braz. O protesto ocorreu de forma pacífica e terminou por volta de 13h.


Manifestantes realizam ato em Campina Grande (Foto: Rammom Monte/ G1 PB)Manifestantes realizam ato em Campina Grande
(Foto: Rammom Monte/ G1 PB)

PARAÍBA
PARTICIPANTES: Em Campina Grande, 2 mil, segundo organizadores; 800, segundo a PM. Em João Pessoa, 400, segundo organizadores; não há estimativa da PM.

COMO FOI: Centrais sindicais e movimentos sociais fizeram ato pró-governo Dilma e pelos direitos trabalhistas em Campina Grande, no Agreste paraibano, na tarde desta quinta-feira. Um ônibus saiu de João Pessoa levando participantes para o protesto.

A concentração foi na Praça Clementino Procópio, no Centro, de onde os manifestantes saíram em caminhada por volta das 17h e percorreram ruas centrais da cidade, terminando o percurso no calçadão da Avenida Cardoso Vieira, por volta das 18h20.


Em Curitiba, manifestantes protestaram contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) (Foto:  Célio Borba / VC no G1)Manifestantes com cartaz contra Cunha (PMDB-RJ)
(Foto: Célio Borba / VC no G1)

PARANÁ
PARTICIPANTES: 5 mil, segundo a organização; 600, segundo a PM.

COMO FOI: A concentração ocorreu pela manhã em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, região central de Curitiba. Depois, em passeata, os manifestantes pró-governo Dilma seguiram para a Boca Maldita.

Trinta ônibus levaram manifestantes de Curitiba e Região Metropolitana para a Praça Santos Andrade, conforme a CUT. Além disso, outros dez ônibus conduziram pessoas do interior do estado participar do ato na capital.

As bandeiras levantadas pelos manifestantes eram em defesa da democracia, da Petrobras, dos empregos do HSBC (que foi vendido para o Bradesco), das moradias populares, de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), contra terceirizações e “fora Cunha”.


Ato Fora Cunha no Recife (Foto: Thays Estarque/G1)Ato no Recife também pediu saída de Cunha
(Foto: Thays Estarque/G1)

PERNAMBUCO
PARTICIPANTES: No Recife, 5 mil, segundo organizadores; a PM não deu estimativa. Em Petrolina, a organização estima 200 pessoas, e a PM, 100. Em Caruaru, a organização estima 200 pessoas, e a PM, 100.

COMO FOI: Manifestantes realizam um protesto, nesta tarde, na área central do Recife, em defesa do governo Dilma, dos direitos trabalhistas e da democracia. Representantes da CUT, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de partidos políticos e de movimentos sociais participam do ato.

Eles saíram em passeata da Praça do Derby, passam pela Avenida Conde da Boa Vista e seguem para o Pátio do Carmo.

Em Petrolina, movimentos sociais, organizações sindicais e militantes de partidos participaram de ato em apoio à presidente Dilma e pela democracia durante a manhã. A concentração começou por volta das 9h na Praça do Bambuzinho, percorreu a Rua Souza Filho e a Avenida Dom Vital e terminou no Mercado Turístico, no Centro da cidade, por volta das 11h40.

Em Caruaru, no Agreste pernambucano, o protesto ocorreu entre 14h e 18h no Marco Zero do município. Participaram membros dos partidos PT, PCdoB e PCR, e organizações sociais, como Movimento Sem Terra (MST), Levante Popular da Juventude e Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracon).


Manifestantes se reúnem em Teresina para protesto a favor do Governo Dilma  (Foto: Catarina Costa/G1 PI)Manifestantes se reúnem em Teresina
(Foto: Catarina Costa/G1 PI)

PIAUÍ
PARTICIPANTES: 3 mil, segundo organizadores; 1 mil, segundo a PM.

COMO FOI: O protesto que pede a permanência de Dilma Rousseff no governo ocorreu no centro de Teresina de forma pacífica.

A concentração ocorreu na Praça Pedro II, e os manifestantes seguiram a pé até a Avenida Frei Serafim, mas sem interditar a via.

Segundo a organização, vieram pessoas de 15 outros municípios para participarem do ato.


RIO DE JANEIRO
PARTICIPANTES: 25 mil, segundo a organização; a PM disse que não fará estimativa.

COMO FOI: O ato no Rio de Janeiro ocorreu nesta quinta-feira, no Centro. A manifestação, organizada pelas redes sociais, foi contra o pedido de impeachment da presidente Dilma e em defesa da democracia.

Camisas pró-Dilma e em defesa do ex-presidente Lula eram vendidas a R$ 20 na concentração do ato, na Candelária. A Avenida Rio Branco, uma das principais vias da cidade, foi interditada para a passeata por volta das 17h e liberada perto das 19h30. Cerca de 18h, os manifestantes chegaram na Cinelândia, onde foi montado um palco para apresentações.


Faixa com os dizeres 'Não vai ter golpe' é usada em protesto na capital potiguar (Foto: Bessie Cavalcanti/Inter TV Cabugi)Faixa com dizer ‘Não vai ter golpe’ em protesto em
Natal (Foto: Bessie Cavalcanti/Inter TV Cabugi)

RIO GRANDE DO NORTE
PARTICIPANTES: 1 mil pessoas, segundo a organização; 500, segundo a PM.

COMO FOI: Uma manifestação em defesa do governo federal e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff ocorre nesta tarde na Avenida Senador Salgado Filho, na Zona Sul de Natal. Participam do ato integrantes da CUT, do Movimento Sem Terra (MST), além de diversos sindicatos, além de militantes do PT e PCdoB.

Os manifestantes se concentram desde as 15h no cruzamento com a Avenida Amintas Barros nas imediações da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern).


RIO GRANDE DO SUL
PARTICIPANTES: 2 mil, segundo organizadores; 1,2 mil, segundo a Brigada Militar.

COMO FOI: O ato em Porto Alegra foi realizado no início da noite desta quinta-feira na Esquina Democrática. O grupo se reuniu na Paróquia da Pompéia, no Centro, de onde saiu em caminhada até o local da mobilização.

Nos discursos, os manifestantes defendiam que “o resultado das urnas deve ser respeitado”. Eles se manifestaram contra o ajuste fiscal e a redução de direitos trabalhistas. Também ocorreram pronunciamentos em defesa da presidente Dilma e do ex-presidente Lula.


Faixas pediam valorização da democracia (Foto: Mary Porfiro/G1)Faixas de ato realizado em praça de Porto Velho
(Foto: Mary Porfiro/G1)

RONDÔNIA
PARTICIPANTES: 100 pessoas, segundo organizadores; a PM não esteve no local.

COMO FOI: Em Porto Velho, a manifestação ocorreu em forma de “aula de democracia”, na praça do Complexo Estrada de Ferro Madeira Mamoré, na tarde desta quinta-feira. Participaram do ato filiados e simpatizantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), de sindicatos e de entidades diversas.

Os participantes espalharam faixas pelo local, estamparam camisas e distribuíram panfletos com as razões para o ato.


De acordo com a organização, movimento reuniu 1.200 pessoas na manifestação (Foto: Valéria Oliveira/G1)Ato em Boa Vista aconteceu no Centro Cívico
(Foto: Valéria Oliveira/G1)

RORAIMA
PARTICIPANTES: 1,2 mil, segundo organizadores; a PM não deu estimativa.

COMO FOI: O protesto na tarde desta quinta-feira em Boa Vista ocorreu no Centro Cívico da cidade.

Os manifestantes que apoiam o governo federal vestiam camisetas vermelhas e se dividiram em duas tendas, uma ao lado do Monumento do Garimpeiro e outra em frente à Assembleia Legislativa.

O movimento começou às 15h (horário local) e se encerrou por volta das 18h30.


Manifestantes se reuniram por volta das 16h no Largo da Alfândega (Foto: Osvaldo Sagaz/RBS TV)Manifestantes no Centro de Florianópolis
(Foto: Osvaldo Sagaz/RBS TV)

SANTA CATARINA
PARTICIPANTES: 1 mil, segundo a PM; 2 mil, segundo a organização.

COMO FOI: Sindicatos e movimentos sociais realizam protestos no Centro de Florianópolis. A intenção é sair em passeata pela cidade. A concentração ocorreu no Largo da Alfândega a partir das 16h.

Segundo Jacir Zimmer, da direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Santa Catarina, 25 entidades, entre movimentos sociais e sindicatos, participam da manifestação em Florianópolis.


SÃO PAULO
PARTICIPANTES:  Na capital, 75 mil, segundo a organização; 40 mil, segundo a PM. Segundo o Instituto Datafolha (há uma diferença de metodologia entre PM e Datafolha), o total de manifestantes chegou a 37 mil. Em Ribeirão Preto, 2 mil, segundo organização; 300, segundo a PM. Em Campinas, entre 3 mil, segundo organizadores; 1 mil, segundo a PM. Em São José do Rio Preto, 400, segundo a PM, e 300, segundo organizadores. Em Araçatuba, 200, segundoa PM, e 300, segundo organizadores.

COMO FOI: Manifestantes ligados a centrais sindicais e movimentos sociais se concentraram no fim da tarde no Largo da Batata, em Pinheiros, na Zona Oeste da cidade, para ato de apoio ao governo Dilma e contra as medidas de ajuste fiscal, que geram desemprego.

Os manifestantes seguiram em passeata pela Avenida Faria Lima em direção aos Jardins. O objetivo dos organizadores é chegar à Avenida Paulista, na região central.

Em Ribeirão Preto, o protesto reuniu entidades sindicais, estudantes e membros do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) na Esplanada do Theatro Pedro II a partir das 15h30. Durante o ato, quatro mil coxinhas foram distribuídas aos manifestantes.

Em Campinas, o protesto ocorreu no Centro da cidade, onde o grupo caminhou pela avenida Francisco Glicério e outras ruas do Centro. Em Araçatuba e São José do Rio Preto, também houve manifestações.


Protesto da CUT em Aracaju (Foto: Flávio Antunes / G1)Protesto da CUT no Centro de Aracaju
(Foto: Flávio Antunes/G1)

SERGIPE
PARTICIPANTES: 3,5 mil, segundo a organização; 500, segundo a PM.

COMO FOI: Cerca de 30 entidades que fazem parte da Frente Sergipana Brasil Popular realizam uma passeata em apoio à presidente Dilma Rousseff, ao PT e pela democracia no Centro de Aracaju nesta tarde.

O ato também é contra o Programa de Proteção ao Emprego, que prevê redução da jornada de trabalho e salário proporcional. Os manifestantes pedem ainda o fim do fator previdenciário e cobram redução dos juros.

A concentração começou por volta das 14h na Praça General Valadão e seguiu pelas principais avenidas do Centro até o Terminal do Distrito Industrial de Aracaju (DIA).


Manifestantes usam faixa com frase contra os pedidos de intervenção militar (Foto: Mariana Ferreira/G1)Faixa do ato realizado em Palmas
(Foto: Mariana Ferreira/G1)

TOCANTINS
PARTICIPANTES: 300, segundo organizadores; 200, segundo a PM.

COMO FOI: O ato em apoio ao governo federal em Palmas ocorreu no bairro Aureny III, na região Sul. Participaram pepresentantes da CUT, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), militantes do PT, movimentos populares e estudantis, que fizerma uma marcha pelo bairro.

A concentração foi no Parque João do Vale, de onde a marcha seguiu pela avenida principal do bairro e terminou concentrada na praça ao lado da estação Xerente. O protesto começou às 17h45 e terminou por volta das 19h20.

Fonte: G1

Todos os estados e o DF têm protestos contra o governo Dilma

Atos de 16/8/15 pediram a saída da presidente e fim da corrupção. Mais pessoas foram às ruas do que em abril, mas menos do que em março.

Brasileiros foram às ruas em 205 cidades em todos os estados e no Distrito Federal em protesto contra o governo da presidente Dilma (PT).

As manifestações levaram mais pessoas às ruas do que as de 12 abril, mas menos do que as de 15 março, segundo a polícia e os organizadores. A PM estimou em 879 mil o total de manifestantes deste domingo. Em abril, foram 701 mil e em março, 252 mil.

Considerando os números dos organizadores, participaram 2 milhões neste domingo, 1,5 milhão em abril e 2,4 milhões em março.

Grande parte dos manifestantes pedia a renúncia ou o impeachment da presidente e cobrava o fim da corrupção. Pela primeira vez, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi fortemente criticado. Muitos participantes vestiam verde amarelo e levavam bandeiras do Brasil. Também foram vistas faixas com referência à Operação Lava Jato e elogiando o juiz Sérgio Moro.

COMPARE AS MANIFESTAÇÕES
16/8 12/4 15/3
Participantes, segundo PM 879 mil 701 mil 2,4  milhões
Segundo
organizadores
2 milhões 1,5 milhão 3 milhões
Nº de cidades 205 224 252

Na noite deste domingo, o Instituto Lula divulgou nota na qual afirmou que o ex-presidente jamais cometeu ilegalidades antes, durante ou depois de seus dois mandatos.

“Lula foi preso na ditadura porque defendia a liberdade de expressão e organização política. O povo brasileiro sabe que ele só pode ser acusado de ter promovido a melhora das condições de vida e acabado com a fome de milhões de brasileiros, o que para alguns parece ser um crime político intolerável. Lula jamais cometeu qualquer ilegalidade antes, durante ou depois de seus dois governos”, afirmou o instituto na nota.

Pela primeira vez, o senador Aecio Neves discursou. “O Brasil despertou. É o povo na rua que vai permitir a superação da crise. Não é este governo, que não tem mais autoridade, nem credibilidade”, disse o senador e candidato derrotado na campanha presidencial de 2014. Falando em cima de um trio elétrico em Belo Horizonte, Aécio evitou responder questões sobre o impeachment.

Algumas manifestações isoladas defendiam a intervenção militar no Brasil (o pedido de intervenção militar é uma atitude ilegal e frontalmente contrária à Constituição; em seu artigo 5º, a Constituição diz que “constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático”).

SÃO PAULO - Multidão participa de protesto contra a presidente Dilma Rousseff na Avenida Paulista (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)Protesto na Avenida Paulista em São Paulo reuniu 350 mil, segundo a PM, 1 milhão, segundo organizadores e 135, segundo o Datafolha (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

Fora do Brasil, cerca de 50 pessoas protestaram em Lisboa, capital de Portugal, relatou André Luis Azevedo, correspondente da TV Globo. O protesto foi na Praça Camões, no Chiado, tradicional local de manifestações e ponto turístico. Os manifestantes levaram bandeiras e muitos cartazes de “Fora PT”, “Fora Dilma” e “Fora Lula”. No fim, cantaram o hino nacional.

Ato pró-PT
Em contraponto aos atos contra Dilma, militantes, centrais sindicais e movimentos sociais fizeram um protesto em frente do Instituto Lula, na Zona Sul de São Paulo. Vestidos com camisas vermelhas, manifestantes gritavam palavras de ordem: “Não vai ter golpe”, “o Lula é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo” e “o povo na rua/ coxinha recua”. Eles foram recebidos com um churrasco.

Veja como foram os protestos em cada estado:

PM considera manifestação pacífica em Rio Branco  (Foto: Iryá Rodrigues/G1)PM considera manifestação pacífica em Rio Branco
(Foto: Iryá Rodrigues/G1)

ACRE

PARTICIPANTES: 1,5 mil, segundo a PM; 3 mil segundo organizadores.

COMO FOI: Em Rio Branco, centenas de pessoas se reuniram na tarde deste domingo em frente ao Palácio, no Centro da cidade. O movimento pediu a renúncia ou impeachment da presidente Dilma Rousseff. Além disso, protestou contra o governo estadual, devido à greve dos professores, que se estende desde 17 de junho. A concentração começou por volta das 14h50 (16h50, horário de Brasília).

Às 16h (18h, horário de Brasília|), os manifestantes começaram uma passeata passando pela Prefeitura da cidade e também pela Casa Rosada.

Cerca de 50 pessoas, de acordo com a organização, se reuniram nesta manhã na Avenida Rodrigues Alves, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, para protestar contra o PT e a corrupção. A Polícia Militar não chegou a acompanhar a manifestação.


Manifestantes seguem em caminhada pela Jatiúca (Foto: Roberta Cólen/G1)Manifestantes fizeram caminhada em Maceió
(Foto: Roberta Cólen/G1)

ALAGOAS

PARTICIPANTES: em Maceió, 12 mil pessoas, segundo a PM. A organização do evento calculou 15 mil.

COMO FOI: em Maceió, a concentração começou por volta das 9h no Corredor Vera Arruda, onde os manifestantes cantaram o hino nacional. Eles saíram em caminhada até o bairro da a Ponta Verde, próximo ao Alagoinha, onde realizaram um apitaço. O ato durou cerca de duas horas e meia.

Os manifestantes pediram o fim da corrupção e pedindo a prisão de todos os envolvidos nos crimes investigados pela Operação Lava Jato.

Houve ato também em Arapiraca, na região Agreste do estado. Cerca de 100 pessoas participaram de uma caminhada nas ruas da cidade, segundo a PM. Organizadores falaram em 250.


Manifestantes caminham pelas principais vias do Centro de Macapá (Foto: Abinoan Santiago/G1)Manifestantes caminham pelas principais vias
do Centro de Macapá (Foto: Abinoan Santiago/G1)

AMAPÁ

PARTICIPANTES: 150, segundo a PM; 300, segundo organizadores.

COMO FOI: A concentração para o protesto em Macapá começou por volta de 15h, na Praça da Bandeira. Desde as 16h20 os manifestantes percorrem de forma pacífica as principais ruas do Centro de Macapá, com destino à Praça do Coco.

Poucos manifestantes vestem as cores da bandeira do Brasil. Alguns levam faixas e cartazes. Antes de começar a caminhada, o hino nacional brasileiro foi entoado por um carro de som estacionado na Praça da Bandeira.


Manifestante durante caminhada em Manaus (Foto: Diego Toledano/G1 AM)Manifestante em Manaus
(Foto: Diego Toledano/G1 AM)

AMAZONAS

PARTICIPANTES: 7 mil em Manaus, segundo a PM; 20 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: A concentração de manifestantes em Manaus começou por volta das 13h30, na Praça do Congresso. Por volta das 15h20, eles deram início a uma caminhada em direção à Avenida Djalma Batista, Zona Centro-Sul da cidade.

Carros de som deram apoio à manifestação na capital. O protesto foi organizado nas redes sociais por movimentos como Vem Pra Rua, Movimento Amazonas em Ação e Movimento Fora Dilma – AM.

Durante a caminhada, os grupos carregavam faixas com frases de ordem, além de pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), como “Minha Bandeira não é vermelha”, “Brasil Feliz, é Brasil sem PT” e “Intervenção Militar”.


Protesto contra o governo federal em Salvador (Foto: Giana Mattiazzi/TV Bahia)Protesto contra o governo federal em Salvador
(Foto: Giana Mattiazzi/TV Bahia)

BAHIA

PARTICIPANTES: 5 mil, segundo a PM; 15 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: o grupo se concentrou no Porto da Barra, em Salvador, e por volta das 9h45, iniciou uma caminhada de cerca de 700 metros em direção ao Farol da Barra, ponto turístico conhecido da capital baiana.

Os manifestantes cantaram o hino nacional e vestiam verde e amarelo. Grande parte das pessoas levava faixas e cartazes pedindo a saída de Dilma e protestando contra o PT e a corrupção.

Houve protestos também em cidades do interior e litoral: Ilhéus, Feira de Santana, Itabuna, Vitória da Conquista e Juazeiro.


CEARÁ

PARTICIPANTES: 15 mil em Fortaleza, segundo a PM; 50 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: Em Fortaleza, o protesto começou por volta das 15h com pronunciamentos dos organizadores na Praça Portugal, zona nobre da cidade. Os manifestantes caminharam até a Praia de Iracema, acompanhados por dois trios elétricos. O ato terminou com fogos de artifício por volta das 19h30.

Durante a passeata, um grupo repetiu a dança coreografada contra o PT que virou hit na web na semana passada. Eles fazem parte do grupo Consciência Patriótica, que se articula pelas redes sociais.

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) chegou ao local do protesto por volta das 15h. Participantes disputaram para fazer fotos selfie com ele.

“O protesto é mais a favor do que contra. É a favor de um país ético, um estado menor, menos intervencionista, liberdade, livre mercado e governo decente. Isso é a negação do governo que está aí”, disse Gustavo Menescal, representante do Instituto Democracia e Ética (IDE), que organiza a manifestação em Fortaleza.

Houve protesto também em Juazeiro do Norte.


BRASÍLIA - Boneco inflávio do ex-presidente Lula com uniforme de presidiário é visto durante manifestação em frente ao Congresso Nacional, em Brasília (Foto: Evaristo Sa/AFP)Boneco inflável do ex-presidente Lula com uniforme
de presidiário é visto na Esplanada, em Brasília
(Foto: Evaristo Sa/AFP)

DISTRITO FEDERAL

PARTICIPANTES: em Brasília, 25 mil pessoas, segundo a PM; e 55 mil pessoas, segundo a organização.

COMO FOI: os manifestantes ocuparam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, durante a manhã. Os policiais fizeram quatro barreiras para revistar manifestantes com mochilas.

A PM vetou o uso de máscaras, bandeiras com hastes de madeira ou plástico, garrafas de vidro e objetos que podiam ser transformados em armas em caso de confusão. Nenhum incidente havia sido registrado até o fim do protesto.

Um boneco inflável representando Lula vestindo roupa listrada de presidiário foi levado para a Esplanada. Os manifestantes pediam que Lula fosse colocado em uma cela com presos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Representantes do Movimento Brasil Livre usaram carros de som para convocar mais pessoas para a marcha. Alguns manifestantes levavam faixas pedindo intervenção militar no país e outros pediam a prisão do ex-presidente Lula, junto com outros detidos na Operação Lava Jato.


Protesto contra o governo federal reúne manifestantes em Cachoeiro de Itapemirim (Foto: Emily Maitan/ TV Gazeta)Protesto em Cachoeiro de Itapemirim (ES)
(Foto: Emily Maitan/ TV Gazeta)

ESPÍRITO SANTO

PARTICIPANTES: 40 mil em Vitória e Vila Velha, segundo a PM; 70 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: Na Grande Vitória, manifestantes se concentraram às 14h, em Vila Velha, na cabeceira da Terceira Ponte, e em Vitória, na Praça do Papa, na capital.

Os manifestantes de Vila Velha atravessam a Terceira Ponte para se encontrar com o grupo na Praça do Papa. O ato terminou às 17h10. No local, havia quatro carros de som, barracas de venda de comida e bebidas, ambulantes e foodtrucks.

Mais cedo, moradores de Cachoeiro do Itapemirim se reuniram em frente à Praça Jerônimo Monteiro, no Centro da cidade. O protesto acabou por volta das 11h30, sem nenhuma ocorrência registrada. Segundo a PM, 100 pessoas participaram; 200 pessoas, segundo organizadores.

Também houve protesto em Linhares e Colatina.


Estudante Gabriela Czepak leva para o protesto a vira-lata Lady, pintada de verde e amarelo, em Goiânia, Goiás (Foto: Sílvio Túlio/ G1)Estudante Gabriela Czepak leva para o protesto a
vira-lata Lady, pintada de verde e amarelo,
em Goiânia (Foto: Sílvio Túlio/ G1)

GOIÁS

PARTICIPANTES: 10 mil em Goiânia, segundo a PM; 70 mil segundo organizadores.

COMO FOI: Manifestantes começaram a se concentrar na Praça Tamandaré, no Setor Oeste de Goiânia, às 14h. Eles saíram às 15h20 em caminhada, seguindo em direção à sede da PF, no Setor Pedro Ludovico.

Manifestantes fizeram um ato em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Eles passaram por 12 bairros, percorrendo cerca de 25 km. O ato foi pacífico. Segundo a Polícia Militar, a carreata contou com 96 carros. Já para a organização do movimento, foram 120 veículos. A maioria deles contava com cinco passageiros, que vestiam roupas nas cores verde e amarelo.

Houve atos ainda em Jataí e Anápolis.


Protesto foi organizado pelos movimentos “Eu Te Amo, Meu Brasil” e “Vem Pra Rua” (Foto: Márcia Carlile/G1 MA)Protesto em São Luís (Foto: Márcia Carlile/G1 MA)

MARANHÃO

PARTICIPANTES: 2,5 mil, segundo a PM; 7 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: Começou por volta das 16h um protesto na Avenida Litorânea, em São Luís. Manifestantes ainda estão concentrados na barreira eletrônica e vão seguir em direção à Praça do Pescador. O percurso terá 1,8 km.

O ato foi convocado pelos movimentos “Eu Te Amo, Meu Brasil” e “Vem Pra Rua”.


Na praça Alencastro, manifestantes fizeram enterro simbólico  (Foto: Eunice Ramos/ TVCA)Em Cuiabá, manifestantes fizeram enterro simbólico
(Foto: Eunice Ramos/ TVCA)

MATO GROSSO

PARTICIPANTES: 14 mil em Cuiabá, segundo a PM; 20 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: Em Cuiabá, manifestantes saíram em passeata contra o governo a partir da Praça Alencastro, em direção à Praça Oito de Abril, passando pela Avenida Getúlio Vargas. A maioria deles vestia roupa verde e amarela.

Aos gritos de “Fora Dilma” e empunhando cartazes com frases de protesto, os manifestantes deixaram a praça mais de 30 minutos acima do horário previsto. Antes da saída, eles cantaram o hino nacional.


Manifestantes protestam contra o governo Dilma em MS (Foto: Adriel Mattos/ G1 MS)Manifestantes protestam em Campo Grande
(Foto: Adriel Mattos/ G1 MS)

MATO GROSSO DO SUL

PARTICIPANTES: 3 mil em Campo Grande, segundo a PM e os organizadores.

COMO FOI: Manifestantes protestam na praça do Rádio Clube, no Centro de Campo Grande. A concentração começou às 13h e a previsão da organização é que o protesto fique apenas na praça, sem passeata pelas ruas.

No local, foram colocadas jaulas com bonecos da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, simulando a prisão. Em outro ponto da praça, uma forca foi instalada, para simular o enforcamento da população. Na praça serão feitas discussões de temas como inflação e comunismo, além de exibição de vídeos.

Também houve ato em Dourados, Corumbá e Três Lagoas.


MINAS GERAIS

PARTICIPANTES: 6 mil em Belo Horizonte, segundo a PM; 20 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: a concentração começou no início da manhã em BH. Em menos de uma hora, das 10h às 11h, a Praça da Liberdade foi tomada por manifestantes. Além da saída do PT do governo federal, manifestantes elogiam a Operação Lava-Jato, o juiz Sério Moro, e o senador Aécio Neves (PSDB), que participou do protesto.

Ele chegou por volta das 11h20 e subiu em um trio-elétrico. “Chega de tanta corrupção, o meu partido é o Brasil”, disse. Aécio cantou o hino nacional com os manifestantes e foi ovacionado pela multidão, que gritou seu nome.

Após a concentração na Praça da Liberdade, os manifestantes saíram na Avenida Cristóvão Colombo em passeata até a Praça da Savassi, onde o protesto começou a se dispersar.

Além de Belo Horizonte, manifestantes se reuniram também em Pouso Alegre, Poços de Caldas, Varginha, Juiz de Fora, Uberaba, Uberlândia, Governador Valadares,  Coronel Fabriciano, Montes Claros, Timóteo, Ipatinga, Divinópolis, Santa Rita do Sapucaí, Ouro Fino, Passos, Itajubá, São Lourenço, Lavras e São Gonçalo do Sapucaí e Patos de Minas


Manifestação em Belém (Foto: G1)Manifestação em Belém (Foto: G1)

PARÁ

PARTICIPANTES: em Belém, a PM calculou 5 mil pessoas; os organizadores, aproximadamente 10 mil.

COMO FOI: a concentração começou por volta de 8h, com distribuição de adesivos na escadinha da Estação das Docas, um dos principais pontos turísticos de Belém. A marcha começou por volta de 9h15.

Acompanhados de 7 trios elétricos, os manifestantes percorreram as avenidas Presidente Vargas, Nazaré, Quintino Bocaiúva e Visconde de Souza Franco, encerrando a caminhada no ponto de origem. Eles criticaram os escândalos de corrupção e a crise econômica.

Também houve protesto em Santarém. Os manifestantes se concentraram na praça Barão de Santarém, no centro da cidade, a partir das 16h30. O ato terminou às 19h. A Polícia Militar e o movimento Vem Pra Rua Santarém não souberam informar quantas pessoas participaram.


Em João Pessoa, na Paraíba, às 13h40 os primeiros manifestantes começavam a se concentrar em frente ao Grupamento de Engenharia, na avenida Epitácio Pessoa (Foto: Diogo Almeida/G1)Manifestação em João Pessoa, na Paraíba
(Foto: Diogo Almeida/G1)

PARAÍBA

PARTICIPANTES: 800 em João Pessoa, em PM; 2,5 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: Em João Pessoa, os primeiros manifestantes começaram a se concentrar por volta das 13h40 em frente ao Grupamento de Engenharia, na Avenida Epitácio Pessoa. Os manifestantes começaram a caminhar às 14h55.

Numa parte do trajeto, os manifestantes rezaram uma Ave Maria, considerada por eles um exemplo contra o comunismo. O protesto terminou às 18h10.

Houve um ato também em Campina Grande.


Ato em Umuarama, no noroeste do PR, reunia 200 pessoas na manhã deste domingo (16) (Foto: Camila Valderrama Simões/RPC)Ato em Umuarama (PR) (Foto: Camila Valderrama
Simões/RPC)

PARANÁ

PARTICIPANTES: 60 mil em Curitiba, segundo a PM e os organizadores.

COMO FOI: Começou por volta das 14h, o protesto em Curitiba. A concentração ocorreu na Praça Santos Andrade, no Centro, e os manifestantes seguiram para a Boca Maldita. Por volta das 16h, eles começaram a se dispersar. Não houve tumultos, de acordo com a PM.

Também houve protestos em cidades do interior: Foz do Iguaçu, Cascavel, Francisco Beltrão, Umuarama, Guarapuava, Maringá, Cianorte, Ponta Grossa, Londrina e Paranavaí.


Manifestação contra o governo de Dilma Roussef e em favor do Impeachment na Avenida Boa Viagem, zona sul do Recife, neste domingo, dia 16 (Foto:  Peu Ricardo/Estadão Conteúdo)Manifestação no Recife
(Foto: Peu Ricardo/Estadão Conteúdo)

PERNAMBUCO

PARTICIPANTES:  a organização calculou 50 mil pessoas no protesto da manhã no Recife pela manhã. À tarde, os organizadores falaram em 500 pessos reunidas. O Comando Geral da Polícia Militar de Pernambuco decidiu não divulgar o número de participantes.

COMO FOI: os manifestantes se reuniram na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e por volta das 11h30 saíram em caminhada. A cantora Nena Queiroga cantou o hino nacional em cima de um trio elétrico, para dar início à marcha. As pessoas pediam a saída de Dilma e algumas levaram um boneco gigante em referência ao juiz Sérgio Moro e à Operação Lava Jato.

À tarde, outra manifestação ocorreu nas ruas do Recife. Um grupo se reuniu na Avenida Boa Viagem, na orla da Zona Sul. A caminhada saiu por volta das 14h30 e seguiu até o Terceiro Jardim, onde dispersou por volta das 15h30. Os organizadores foram o Estado de Direito e o Direita Pernambuco.

Além de Recife, um grupo de 40 pessoas, segundo os organizadores, protestou também em Caruaru. Houve outro ato em Petrolina.


Carro-pipa em protesto em Teresina, no Piauí (Foto: G1)Carro-pipa em protesto em Teresina (Foto: G1)

PIAUÍ

PARTICIPANTES: 900 em Teresina, segundo a PM; 1 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: A manifestação em Teresina começou por volta das 16h30 e terminou às 19h, quando o público começou a dispersar na Avenida Marechal Castelo Branco, na Zona Norte. A PM não registrou nenhuma ocorrência durante o ato.

Manifestantes usaram um carro-pipa e fizeram um ato simbólico para representar a lavagem de dinheiro. “O ato simboliza o dinheiro público jogado pelo ralo. Pais de família, trabalhadores pagam caro para não ter esse dinheiro investido em prol da sociedade”, falou André Santos, também um dos organizadores do movimento Vem pra Rua em Teresina.


Manifestação na Praia de Copacabana contra o governo (Foto: Rodrigo Gorosito / G1)Manifestação na Praia de Copacabana contra o
governo (Foto: Rodrigo Gorosito / G1)

RIO DE JANEIRO

PARTICIPANTES: a PM não divulgou os números e os organizadores não chegaram a um consenso sobre quantas pessoas participaram.

COMO FOI: O protesto na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, começou por volta das 10h, na altura do Posto 5. Por volta das 13h30, os manifestantes começaram a se dispersar e, pouco depois das 14h40, o protesto havia chegado ao fim.

Seis carros de som deram apoio à manifestação. O protesto foi organizado nas redes sociais por movimentos como Vem Pra Rua, Brasil Livre, Revoltados Online e União Contra a Corrupção. Em alguns dos carros podiam ser vistas faixas contra o governo e, no alto deles, manifestantes gritam palavras de ordem como: “PT roubou” e o “Brasil não é Venezuela”.

Um homem com roupa de gari foi muito hostilizado pelos manifestantes. Ele teve de ser retirado pela PM

Comerciantes aproveitaram o movimento na orla para vender bandeiras do Brasil. Um deles levou cerca de 400 peças, que eram vendidas entre R$ 5 e R$ 10. “O movimento está fraco”, reclamou o vendedor Marcos Alberto Neves. Alguns moradores da Avenida Atlântica colocaram bandeiras do Brasil nas janelas de seus apartamentos.

Além do Rio, houve protestos também em Cabo Frio, Niterói, Petrópolis, Macaé, Campos dos Goytacazes, Barra Mansa, Resende, Friburgo e Volta Redonda.


Manifestação em Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)Manifestação em Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)

RIO GRANDE DO NORTE

PARTICIPANTES: 5 mil em Natal, segundo a PM; 10 mil, segundo os organizadores.

COMO FOI: Manifestantes se reuniram em frente ao shopping Midway Mall, no Tirol, bairro da Zona Leste de Natal, para protestar contra o governo.

A concentração começou por volta das 15h. Às 16h10, foi iniciada uma caminhada por ruas das Zonas Leste e Sul da cidade. A passeata foi encerrada às 17h50, quando os manifestantes se dispersaram.

Carros de som deram apoio ao evento. O local estava cheio de faixas e cartazes. Bonecos representando a presidente Dilma e o ex-presidente Lula estavam dentro de uma cela em um carro e foram levados pelas ruas. Um homem vestiu terno e gravata e usou uma máscara para representar o juiz federal Sérgio Moro, responsável por julgar ações da Lava Jato.


Manifestação em Porto Alegre (Foto: Mari Polo/G1)Manifestação em Porto Alegre (Foto: Mari Polo/G1)

RIO GRANDE DO SUL

PARTICIPANTES: 30 mil em Porto Alegre, segundo a PM; 65 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: Em Porto Alegre , a concentração no Parque Moinhos de Vento (Parcão) começou às 14h. O ato seguiu em uma caminhada que passou por duas grandes avenidas da capital gaúcha, a Goethe e a Ipiranga, e retornou ao local de origem por volta das 17h40.

Carros de som acompanharam o grupo e carregaram faixas contra a presidente Dilma Rousseff. Os manifestantes estenderam uma faixa nas cores da bandeira do Brasil, com a frase “impeachment já” em preto.

Também houve atos em Alegrete, Bagé, Bento Gonçalves, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Imbé, Lajeado, Novo Hamburgo,Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santo Ângelo, São Borja, Uruguaiana e Vacaria.


Protesto em Roraima  (Foto: Emily Costa/G1)Protesto em Roraima (Foto: Emily Costa/G1)

RORAIMA

PARTICIPANTES: 500 pessoas em Boa Vista, segundo a PM; 1 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: Em Boa Vista, o ato foi iniciado por volta das 16h45 (horário local). Os manifestantes começaram a se reunir por volta das 16h, com cartazes e um carro de som. Até as 17h30, eles caminharam ao entorno do Centro Cívico.

Conforme o representante do Vem Pra Rua em Roraima, Alex Ladislau, a expectativa do protesto era reunir ao menos 5 mil pessoas no ato. “O melhor caminho é a renúncia da Dilma, ao invés do impeachment. Desta forma, iremos resolver o atual problema do país e poupar o desgaste das instituições brasileiras”, disse.


Em Vilhena, cidade do Cone Sul de Rondônia, um grupo de aproximadamente 40 pessoas se reuniu para protestar contra a corrupção no Brasil e no município, na Praça Nossa Senhora Aparecida (Foto: G1)Ato em Vilhena, cidade do Cone Sul de Rondônia
(Foto: G1)

RONDÔNIA

PARTICIPANTES: 500 em Porto Velho, segundo a PM; 1 mil, segundo organizadores.

COMO FOI: Em Porto Velho, o protesto saiu da Praça das Três Caixas D’água, por volta das 17h (horário local).

Em Vilhena, cidade do Cone Sul de Rondônia, cerca de 40 pessoas protestaram na Praça Nossa Senhora Aparecida contra a corrupção no Brasil e no município. A Polícia Federal investiga fraudes na prefeitura da cidade e efetuou prisões nesta semana de servidores públicos supostamente envolvidos em esquema de corrupção. Os manifestantes agradeceram as investigações da PF.

Também houve protesto em Ariquemes. De acordo com a organização, cerca de 100 pessoas protestaram na Praça da Vitória. A PM não estimou o número de pessoas presentes. Os atos foram organizados por uma ONG local.


Manifestantes pedem por intervenção militar em Chapecó, no Oeste de SC (Foto: Caroline Toni)Manifestantes pedem por intervenção militar em
Chapecó, no Oeste de SC (Foto: Caroline Toni)

SANTA CATARINA

PARTICIPANTES: 26 mil em Florianópolis, segundo a PM; 30 mil, segundo os organizadores.

COMO FOI: manifestantes se reuniram em pelo menos 25 cidades do Estado. Em Florianópolis, manifestantes saíram pouco depois das 15h30 do trapiche da Beira-Mar Norte em direção ao prédio da Polícia Federal.

Na maior cidade do estado, Joinville, a organização divulgava um número aproximado de 2 mil pessoas pouco antes das 15h30 na Praça da Bandeira. A PM estimava 500 pessoas pouco antes das 16h.

Houve atos em Concórdia, Chapecó, Timbó, Brusque, Pomerode, Caçador, Rio do Sul, Mafra, Araranguá, Lages, Blumenau, Joinville, Videira, Xanxerê, Tubarão, B. Camboriú, São Domingos, Campos Novos, Jaraguá do Sul, Criciúma, Itajaí, Joaçaba, São Bento do Sul, Gaspar, Canoinhas e Itapema.


SÃO PAULO: Um grupo de manifestantes exibe faixa pedindo intervenção constitucional na Avenida Paulista (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)Grupo de manifestantes exibe faixa pedindo
intervenção constitucional na Avenida Paulista
(Foto: Gabriela Gonçalves/G1)

SÃO PAULO

PARTICIPANTES: 135 mil na Avenida Paulista, em São Paulo, segundo o Datafolha; 350 mil, segundo a PM; e 1 milhão, segundo o movimento Vem pra Rua.

COMO FOI: a manifestação fechou a Av Paulista por volta das 11h30. As primeiras faixas bloqueadas foram as sentido Consolação. Quinze minutos depois também foi fechado o sentido Paraíso.

A avenida ficou completamente tomada pela manifestação por volta de 14h, quando as pessoas circulavam a partir da Consolação até a Praça Oswaldo Cruz. Perto das 15h30, 10 quarteirões estavam totalmente tomados por manifestantes. Havia nove carros de som ao longo da via. Com bandeiras, faixas e cartazes, muitos pediam a saída da presidente Dilma Rousseff. Um grupo pedia intervenção militar.

SÃO PAULO: Manifestantes e curiosos interrompem os protestos para observar o ato da modelo Ju Isen na Avenida Paulista (Foto: Isabela Leite/G1)Modelo Ju Isen tirou a camisa na Avenida Paulista
(Foto: Isabela Leite/G1)

Manifestantes e curiosos interromperam os protestos por volta das 15h15 para observar o topless da modelo e socialite Ju Isen em frente ao Masp. “É melhor tirar a blusa do que tirar o dinheiro do povo”, disse Ju. A modelo já havia tirado a roupa nas manifestações anteriores. “Estou aqui hoje porque foi aqui que tudo começou. Foi aqui que protestei pela primeira vez”, afirmou Ju Isen.

A dispersão começou por volta das 17h e, às 18h30, os agentes de trânsito iniciaram a liberação da avenida para os veículos.

SÃO PAULO - Sindicalistas e manifestantes a favor do Partido dos Trabalhadores (PT) fazem ato em frente ao Instituto Lula (Foto: Miguel Schincariol/AFP)Sindicalistas e manifestantes a favor do PT
fazem ato em frente ao Instituto Lula
(Foto: Miguel Schincariol/AFP)

No bairro do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, manifestantes pró-governo fizeram nesta tarde um ato de apoio a Dilma e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em frente à sede do Instituto Lula. Os manifestantes foram recebidos com churrasco, e um grupo de professores e intelectuais de esquerda discutiram o “conservadorismo”.

Os manifestantes contra Dilma se reuniram também no interior e litoral de São Paulo: em Adamantina, Amparo, Araçatuba, Araraquara, Araras, Assis, Atibaia, Barretos, Bauru, Botucatu, Bragança Paulista, Campinas, Capivari, Catanduva, Dracena, Fernandópolis, Franca, Friburgo, Guaratinguetá, Ilhabela, Indaiatuba, Itapetininga, Itu, Jaboticabal, Jacareí, Jaú, Jundiaí, Lençóis Paulista, Limeira, Lins, Macapá, Marília, Mogi das Cruzes, Osvaldo Cruz, Ourinhos, Presidente Epitácio, Preside, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Paulínia, Pindamonhamgaba, Piracicaba, Pirassununga, Praia Grande, Presidente Epitácio, Regente Feijó, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santa Bárbara d’Oeste, Santa Fé do Sul, Santa Rita do Passa Quatro, Santos, São Carlos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba, Tatuí, Taubaté, Teodoro Sampaio, Tupã, Ubatutba e Votuporanga.


Manifestantes se reúnem no Bairro 13 de Jullho (Foto: Tassio Andrade/G1)Manifestantes se reúnem no Bairro 13 de Jullho
(Foto: Tassio Andrade/G1)

SERGIPE

PARTICIPANTES: 3 mil pessoas, segundo a PM; a organização do evento contabiliza 5 mil pessoas.

COMO FOI: Um protesto ocorre no Bairro 13 de Julho, em Aracaju, contra a corrupção. A concentração começou por volta das 15h em um mirante na Avenida Beira Mar.

Usando roupas nas cores verde e amarelo, os manifestantes pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a prisão de todos os envolvidos nos crimes investigados pela Operação Lava Jato. A Polícia Militar informou que o protesto começou com cerca de 5 mil pessoas.


Manifestantes se reuniram na Praça dos Girassóis, em Palmas (Foto: Gabriela Lago/G1)Manifestantes se reuniram em Palmas
(Foto: Gabriela Lago/G1)

TOCANTINS

PARTICIPANTES: 600, segundo a polícia; 1 mil, segundo os organizadores.

COMO FOI: Em Palmas, o ato começou na Praça dos Girassóis, centro da capital, por volta das 16h. Segundo a organizadora da manifestação na capital, Eliz Thomaz, a população deve ir para as ruas mostrar a insatisfação com o governo. “Estamos manifestando contra a corrupção, contra o governo da Dilma e o PT”, explica.

O estado também registrou atos em Gurupi e Araguaína.

Fonte: O Globo

Dilma e Cunha duelam em campo minado

Ela se mostra perdida no labirinto do próprio legado e ele usa a pauta de votações da Câmara como arma

A crise cultivada nesta temporada de seca em Brasília tem nome, Dilma, e sobrenome, Cunha.

Ela completou sete meses no Palácio do Planalto perdida no labirinto do próprio legado, construído em parceria com Lula.

Do outro lado da rua, no Congresso, ele escolheu atirar com a arma de maior calibre que um presidente da Câmara dispõe: o controle da pauta de votações.

A presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que rompeu com o governo e agora é oposição – Jorge William / Jorge William/19/05/2015

Atingido por denúncias de “crimes infamantes” — aqueles que desonram, rebaixam, aviltam e causam repulsa, segundo os manuais de Direito —, o deputado fluminense mostrou-se acuado. E apostou no confronto institucional como método para ofuscar seu protagonismo nas investigações sobre corrupção na Petrobras.

Cunha passou a liderar a organização de uma nova maioria legislativa, a dos adversários de Dilma. Até agora, a alquimia parlamentar permitiu-lhe catalisar sentimentos antigoverno em todos os partidos, inclusive no PT de Lula e Dilma.

Foi assim que numa simbólica votação, quarta-feira, surpreendeu a presidente. Ela ficou com apenas 16 dos 400 votos governistas na Câmara.

O governo perdeu a bússola do Legislativo. No plenário na Câmara estavam 59 deputados petistas. Desses, 56 votaram contra Dilma. Somaram-se ocasionalmente à oposição dispersa, cuja melhor proposta se resume à convocação de “novas eleições” — como pregam os líderes do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, e no Senado, Cássio Cunha Lima, alinhados ao senador Aécio Neves.

Essa exortação às eleições presidenciais antecipadas pode até ser útil para incentivar protestos, como os previstos para o próximo domingo. No entanto, soa delirante num país cuja Constituição impõe o regime presidencialista, com mandato de quatro anos e só passível de interrupção por morte, renúncia ou impeachment. Se o governante exerce as funções, a Carta reserva aos descontentes a alternativa de uma longa, tortuosa e imprevisível rota processual para o impeachment, na qual o Congresso submete-se ao império do Supremo.

Dilma e Cunha escolheram se confrontar em campo minado.

O governo tem sido reprovado por sete em cada dez eleitores, nas pesquisas, porque ela prometeu na campanha, faz o contrário no Planalto e, diante das consequências, refugia-se no imobilismo.

Quando decide se mover, produz lances de nonsense, como o elogio à mandioca ou a autorização ao vice, Michel Temer, para clamar em público por “alguém” com “capacidade” de pacificar a política e recuperar a economia.

A mensagem atrapalhada foi decodificada no Congresso de duas formas. Na versão benigna, o vice começou a dança de despedida da coordenação política. Na outra, exibiu-se com o compasso e o esquadro do moderado constitucionalista de 74 anos de idade, com meio século de parlamento, três vezes presidente da Câmara e segundo na linha sucessória republicana.

Desmentidos, na quinta e sexta-feira, só contribuíram para realçar o óbvio. Ou seja, a presidente perdeu a liderança no Legislativo. Em consequência, encurtou a margem de manobra para desfazer a trama em que ajudou a enredar a economia.

Dilma criou uma situação inédita. Em todas as crises recentes, o fator externo foi preponderante. Agora, ele está neutralizado por reservas razoáveis (mais de US$ 300 bilhões). Porém, o desarranjo nas contas públicas domésticas aumentou a inflação e o desemprego industrial.

A desordem resulta de uma década de gastos acima da receita, e com pagamentos adiados. As despesas realizadas e não pagas cresceram 45% no primeiro governo Dilma. Somam R$ 227 bilhões — seis vezes mais que a poupança governamental prevista em 2015 para pagar os juros da dívida pública (o chamado superávit primário).

Nas capitais e cidades médias, onde está a maior parte do eleitorado, prevalece a percepção da escalada inflacionária e do desemprego industrial. As demissões nas fábricas traduzem a decadência da indústria brasileira, a despeito do samba-exaltação governamental sobre sua regeneração na década que passou. Ela fica mais visível quando se observa a participação do setor na composição do Produto Interno Bruto (conjunto dos bens e serviços produzidos no país).

A fatia da indústria no PIB encolheu para pouco mais de 12%, conforme dados da Federação das Indústrias de São Paulo.

Significa, proporcionalmente, retrocesso ao estágio de desenvolvimento que o Brasil possuía há 60 anos, quando o governo Juscelino Kubitschek lançou um plano para industrialização do Sudeste. Na década anterior a JK, quando o país era essencialmente rural, a embrionária indústria já contribuía com 11,3% do PIB.

Entre Lula e Dilma (2004 a 2012), a participação do setor industrial no PIB caiu 30,8%, diz a Fiesp: “Se o cenário não se alterar, em 2029 a indústria vai representar apenas 9,3% do PIB.”

Foi sobre esse terreno instável que o deputado Cunha escolheu assentar baterias contra o governo, acelerando votações de contas, de pedidos de impeachment e de aumentos de gastos.

Ele culpa Dilma por suas agruras no inquérito sobre corrupção na Petrobras, tanto quanto se diz perseguido pelo procurador Rodrigo Janot e pelo juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba.

Queixou-se do juiz ao Supremo, mês passado, porque foi citado por Júlio Camargo, agente de subornos a políticos. Depondo em Curitiba, Camargo disse que deu uma propina de US$ 5 milhões ao deputado Cunha para garantir a contratação de dois navios-sonda pela Petrobras.

O juiz respondeu, segunda-feira: “A mera referência ao nome do titular do foro (em Brasília) não o torna acusado do processo (em Curitiba).” Complementou: “Aliás, o acusado Júlio Camargo declarou que, previamente à audiência (em Curitiba), teria prestado depoimento (em Brasília) relatando em detalhes o envolvimento do deputado”.

O destino de Cunha começa a ser definido nos próximos dias quando a Procuradoria Geral decide se vai denunciá-lo. Havendo denúncia, o Supremo julga se abre processo. Se processado, o presidente da Câmara estará prisioneiro de duas batalhas simultâneas: uma contra a presidente, outra pela própria sobrevivência na política.

Dilma convoca ministros, que cobram cargos e corte de pastas

Encontro é tratado como ‘hora da verdade’ por aliados da presidente


Momento crítico: Dilma Rousseff antecipou reunião com o núcleo de coordenação política do governo – Ailton de Freitas
A presidente Dilma Rousseff reúne  a coordenação política do governo para discutir o esfacelamento da base e o agravamento da crise política na última semana. O tom da discussão foi antecipado no sábado por integrantes do núcleo da coordenação política do governo, que classificam o encontro como “a hora da verdade” para a presidente. Ela convocou o vice, Michel Temer, e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Nelson Barbosa (Planejamento), Jaques Wagner (Defesa) e Edinho Silva (Comunicação Social), para encontro no Palácio da Alvorada a partir das 19h. A reforma e a redução do número de ministérios também serão discutidos.

— Há como fazer uma recomposição, mas o governo tem que cumprir o que promete aos aliados. Chegou a hora da verdade. Não dá mais para fingir que dá o que promete, mas no fim das contas, não dá. Não pode prometer mais nada se não vai cumprir — disse um ministro da coordenação política ao GLOBO.

O encontro foi antecipado porque a presidente tem compromisso no Maranhão, segunda-feira: uma cerimônia de entrega de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida.

Dilma vem recebendo sugestões de cortar pastas, como forma de sinalizar que está empenhada na contenção de gastos, e de fazer mudanças na estrutura dos ministérios, para melhor representar aliados. Na última quinta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniu com Dilma e voltou a pedir o enxugamento do número de pastas. Uma mudança vista como importante para a melhora das relações seria a saída de Mercadante da Casa Civil. Apesar de peemedebistas, petistas e o ex-presidente Lula defenderem seu afastamento, dentro do governo a saída é considerada praticamente impossível neste momento.

— Mercadante não sai — disse ao GLOBO um ministro.

A explicação é que, além de Dilma não abrir mão do auxiliar, Mercadante se tornou imprescindível por, na definição de integrantes do núcleo político, dominar muitas informações da administração.

Segundo um auxiliar presidencial, apesar da redução de ministérios ter pouco impacto nas finanças, a medida seria importante para fora do governo, um aceno à sociedade. Por outro lado, disse o assessor, uma reforma que desse mais poder aos aliados somada à troca de ministros não políticos e sem padrinhos por nomes mais expressivos dos partidos poderia aproximar a base.

— O problema do PDT (por exemplo) não é que ele saiu do governo. Ele nunca entrou. O partido tem apenas o ministro do Trabalho (Manoel Dias) nomeado. As demais secretarias são do PT. O mesmo ocorre com o PRB no Ministério do Esporte. Há muita reclamação dos aliados quanto a isso. Desta forma, fica realmente difícil — exemplificou um ministro.

Apesar do diagnóstico e dos recorrentes pedidos de mudança, há ceticismo entre ministros de que essas trocas ocorram imediatamente. A equação de reforma e redução de ministérios não é fácil de ser feita. Com o governo fragilizado e a relação com os partidos aliados deteriorada, cada mudança poderá gerar um novo conflito.

— Há mais clima para reforma do que para redução de ministérios. E assim mesmo tem que ser feita de maneira cirúrgica para evitar ainda mais problemas com os aliados — disse um integrante do governo.

Além do debate sobre a redução de ministérios, há apelo de petistas e peemedebistas para que Lula assuma algum cargo no governo. Uma pessoa próxima ao ex-presidente descartou a ideia. Segundo a fonte, após deixar o governo, Lula nunca quis voltar como auxiliar.

Fonte: O Globo