Fugitivas que haviam sido sequestradas pelo grupo armado extremista Estado Islâmico em 2014 revelaram o estilo de vida abusivo a que eram submetias . Human Rights Watch,  organização não-governamental de direitos humanos que está dando apoio a essas mulheres,  divulgou na  terça-feira (5) , a situação de fugitivas que foram estupradas e negociadas entre os membros antes de fugirem.

 O Estado Islâmico impõe restrições abusivas para mulheres e meninas iraquianas e limita  sua liberdade de movimento e de acesso aos cuidados de saúde e educação em áreas sob seu controle, revelou a Human Rights.

 

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Em janeiro e fevereiro de 2016, a Human Rights Watch entrevistou 21 mulheres árabes sunitas da região de Hawija do Iraque e 15 mulheres e meninas do grupo Yezidi minoria étnica, que  haviam fugido de áreas controladas pelo ISIS, a maioria no final de 2015. Várias raptadas em 2014, passaram mais de um ano em cativeiro. Eles contam que forma convertidas à força ao Islã e mantidas como escravas sexuais negociadas em mercado. A Human Rights Watch documentou primeiro estupro sistemático de mulheres e meninas Yezidi no início de 2015.

As mulheres Yezidi, compradas e vendidas, eram brutalmente estupradas, e se engravidavam tiravam os filhos delas”, contou Skye Wheeler, membro da Human Rights Watch.

As mulheres sunitas, entrevistas pela Human Rights Watch relataram severas restrições em suas roupas e liberdade de movimento em áreas controladas pelo ISIS. Eles disseram que só foram autorizados a deixar suas casas vestidas em pleno rosto véu (niqab) e acompanhado por um parente masculino. Essas regras quando não cumpridas, eram espancadas e punidas por membros masculinos da família.

Famílias que vivem sob ISIS também sofrem com os  preços dos alimentos e escassez de dinheiro, especialmente desde que o governo do Iraque parou de enviar os salários da função pública para áreas controladas pelo ISIS e2015. Eles também vivem com medo de ataques aéreos pela coalizão liderada pelos Estados Unidos e as forças do governo iraquiano. Os entrevistados disseramque a combinação de escassez de alimentos, medo de ataques aéreos e abuso por parte de ISIS levou-os a fugir.

Onze dos entrevistados relataram acesso restrito aos cuidados de saúde ou de educação por causa das políticas discriminatórias do grupo extremista, incluindo regras que limitam médicos do sexo masculino de tocar, ver ou estar a sós com pacientes do sexo feminino. Nas áreas mais rurais, ISIS proibiu as meninas de frequentarem a escola.

Estima-se que 1.800 mulheres e meninas iáziges foram raptadas. A Human Rights Watch não foi capaz de confirmar estes números, mas as Nações Unidas alegam, com base em estimativas oficiais, que até 3.500 pessoas são mantidas em cativeiros desde outubro de 2015. Muitos dos abusos, incluindo tortura, escravidão sexual e detenção arbitrária, seria crimes de guerra, se cometidas no contexto do conflito armado, ou crimes contra a humanidade se fossem parte da política ISIS durante um ataque sistemático ou generalizado contra a população civil.

Fonte: Yahoo

Atentado mata governador do Iêmen; Estado Islâmico reivindica ataque

Carro-bomba atingiu comboio que levava político Jaafar Mohammed Saad.
Ao menos seis membros da comitiva do governador também morreram.

Jaafar Mohamed Saad, governador da cidade de Áden, no Iemên, morreu em um atentado terrorista neste domingo (6). O comboio que levava o político foi atingido por um homem-bomba. O Estado Islâmico reivindicou o ataque.

Uma autoridade local e moradores disseram que ao menos seis membros da comitiva do general Saad também morreram no atentado, que mirava o governador em sua ida para o trabalho. Diversas outras pessoas ficaram feridas.

O Estado Islâmico, em comunicado divulgado em seu serviço de mensagens, disse que detonou um carro cheio de explosivos sobre a comitiva de Saad no centro do distrito de Tawahi, em Áden, e prometeu mais operações contra “os chefes da apostasia” no Iêmen.

A filial local do grupo islâmico tem intensificado as operações desde a eclosão da guerra civil no Iêmen, surgindo como uma rival forte para a Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP), o principal grupo militante no país nos últimos anos.

O grupo lançou ataques espetaculares contra bases de segurança e mesquitas administradas por forças Houthi que controlam a capital, Sanaa. Os houthis, que seguem o ramo xiita Zaydi do Islã, têm enfrentado uma coalizão de forças, principalmente árabes do Golfo, que começou ataques aéreos contra eles em março.

O atentado acontece um dia após ataques matarem um oficial sênior do exército e um juiz que havia presidido o julgamento de militantes suspeitos de bombardear o navio de guerra norte-americano USS Cole em Aden em 2000, em dois ataques separados na cidade.

Em outubro, quatro homens-bomba haviam detonado carros em quarteis-generais temporários do governo do Iêmen e dois postos da coalizão árabe, matando mais de 12 pessoas.

Fonte: G1

Estado Islâmico diz que atiradores da Califórnia são seguidores do grupo

Grupo terrorista fez afirmação durante transmissão online neste sábado (5).
Ataque na cidade de San Bernardino deixou 14 mortos e mais de 20 feridos.

 

O Estado Islâmico afirmou em uma transmissão online neste sábado (5) que seguidores do grupo terrorista foram os responsáveis pelo ataque de 2/12 que deixou 14 mortos e 21 feridos na cidade de San Bernardino, na Califórnia (EUA).

“Dois seguidores do Estado Islâmico atacaram dias atrás um centro em San Bernardino, na Califórnia, abrindo fogo dentro do local, matando 14 pessoas e ferindo mais de 20”, informou a transmissão diária do grupo.

Uma agência de notícias que apoia o Estado Islâmico, que controla grandes territórios na Síria e no Iraque, disse, em 4/12, que os suspeitos eram seguidores do grupo. Essa transmissão, porém, foi a primeira reivindicação feita pelo próprio EI.

Fontes do governo dos EUA afirmam que não há evidências de que o ataque foi direcionado pelo grupo militar, ou que até mesmo ele saiba quem são os atiradores.

Na sexta (4), o FBI disse que “um número de evidências” levaram à Polícia Federal americana a passar a investigar o caso como um ato de terrorismo. A organização diz, no entanto, que faltam evidências para afirmar que o casal encarregado do ataque, Syed Farook e Tashfeen Malik, pertencia a uma organização maior de extremistas.

O jornal “Los Angeles Times” cita uma fonte do cumprimento da lei federal que diz que o homem, Syed Farook, de 28 anos e nacionalidade norte-americana, fez contato com ao menos dois grupos militantes, incluindo a Nusra Front, da Síria, que é afiliada à Al-Qaeda.

Syed Farook, suspeito por promover tiroteio em San Bernardino, é visto em foto de sua carteira de motorista (Foto:  REUTERS/California Department of Motor Vehicles)Syed Farook, suspeito por promover tiroteio em San Bernardino, é visto em foto de sua carteira de motorista (Foto: REUTERS/California Department of Motor Vehicles)
Fonte: G1

EI captura quatro distritos no Afeganistão, apontam relatos

Cerca de 1.600 militantes estariam envolvidos na ofensiva. Milhares de pessoas fugiram de suas casas

Membros das forças de segurança afegãs deflagram operação contra o EI na província de Nangarhar – Noorullah Shirzada / AFP

 

Fotos postadas por membros da filial regional do EI Wilayat Khorasan mostram um campo de treinamento em Nangarhar. O local recebeu o nome do ex-mufti da filial Jalaluddin, morto em um ataque aéreo dos Estados Unidos em outubro.

O Exército afegão tenta conter o avanço jihadista, o que levou a morte de 500 soldados por mês em batalhas diárias. Dezenas de milhares de moradores fugiram de suas comunidades.

O crescimento do grupo estaria relacionado ao declínio do Talibã e à retirada de tropas ocidentais. Ao “The Times”, um porta-voz do Pentágono disse que o governo dos Estados Unidos está ciente da crescente presença do grupo no Afeganistão.

— Estamos cientes da presença de militantes afiliados do EI no Afeganistão, e estamos monitorando de perto para ver se terá um impacto significativo de ameaças na região.

Os Estados Unidos lideram uma coalizão internacional de combate ao Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Neste sábado, o Reino Unido realizou sua segunda leva de ataques aéreos contra jihadistas do grupo em território sírio, dois dias após aprovação da missão militar pelo Parlamento britânico.

Fonte: O Globo

Ataques aéreos matam dezenas de pessoas perto de Damasco, na Síria

Aviões sírios atacaram área controlada por rebeldes a nordeste de Damasco
Observatório Sírio de Direitos Humanos fala em 80 mortos e 200 feridos.

Aviões sírios atacaram uma área controlada por rebeldes a nordeste de Damasco, na Síria, em 16/8/15, matando pelo menos 80 pessoas e deixando mais de 200 feridos, disse o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Mais cedo, o observatório havia apontado 58 mortos.

O Observatório afirmou que o ataque atingiu um mercado em Duma, cerca de 15 km a nordeste de Damasco, um dos redutos dos rebeldes. Um outro grupo ativista na região disse nas redes sociais que o número de mortos era 67, atribuindo a informação a agentes do serviço de emergência.

Uma fonte militar síria declarou que a Força Aérea havia realizado ataques em Duma e em Harasta, uma área próxima, e que o alvo eram bases do grupo rebelde Exército Islã.

O presidente do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abdelrahman, informou em declarações à Agência EFE por telefone que quatro projéteis se chocaram contra o mercado, situado no centro de Duma.

Muitos feridos no bombardeio, que causou grandes destroços materiais, estão em estado grave, segundo a fonte, que não descartou um aumento do número final de vítimas mortais. Duma, situada na região de Ghouta Oriental, está controlada pela brigada insurgente islamita Exército do Islã e cercada pelas tropas leais ao presidente Bashar al Assad.

A zona de Ghouta Oriental, principal reduto da oposição nos arredores da capital, é alvo frequente dos ataques da aviação governamental.

Há quatro dias, pelo menos 37 pessoas perderam a vida, entre elas quatro menores, e 120 ficaram feridas por bombardeios similares nas povoações de Duma, Saqba, Hamuriya e Kafr Batna, todas em Ghouta Oriental.

A Síria é há mais de quatro anos palco de um conflito que causou mais de 240 mil mortes, segundo os últimos números do Observatório.

Duma, cidade situada a 13 km de Damasco e tomada pelos rebeldes há mais de dois anos, é regularmente visada pelos ataques da aeronáutica síria, principal arma do regime contra os insurgentes.

Fonte: G1

Estado Islâmico espalha o caos a caminho da desejada “guerra apocalíptica global”

Um ano chegou para confirmar que vinham ao que diziam. Os novos líderes da jihad global são eficientes e sabem que basta continuarem activos para vencerem. Agora, é mais difícil duvidar das suas ameaças.

 

 

 

 

Quando, a 29 de Junho de 2014, um grupo conhecido até então por diferentes siglas decidiu que passaria a chamar-se apenas Estado Islâmico e proclamou a criação de um califado, o seu porta-voz, Abu Mohammed al-Adnani, anunciou o nascimento de “uma nova era da jihad internacional”. Era o primeiro dia do Ramadão e o “califado” incluía províncias na Síria e no Iraque.

Um ano depois, os jihadistas já reclamam como parte do seu território zonas da Líbia, Iémen, Argélia, Nigéria, Afeganistão, Paquistão, Afeganistão, Egipto e Arábia Saudita. Entretanto, massacram dezenas de milhares de sírios e iraquianos, decapitados, queimados, afogados… Orquestraram ou inspiraram atentados de Paris a Sydney, da Líbia à Malásia. E somaram o apoio de grupos extremistas antes ligados à Al-Qaeda no Iémen, Afeganistão, Paquistão, no Egipto ou na Somália.

Agora, num só dia, uma semana depois do início do mês sagrado do jejum dos muçulmanos, três ataques em três continentes planeados para acontecerem em simultâneo (na tradição da Al-Qaeda) ou não, mostram até que ponto o grupo a que muitos demoraram a dar importância está decidido a “criar o caos no mundo, para assim poder expandir-se e tentar incitar uma guerra apocalíptica global”, diz ao New York Times Harleen Gambhir, do Institute for the Study of War.

Os líderes do Estado Islâmico são terroristas, criminosos, comandantes militares, governadores de cidades, directores de hospitais ou escolas; não são um bando de loucos que age por impulso. Mas tudo o que fazem se baseia na crença de que essa guerra, a que oporá os verdadeiros crentes a todos os outros, vai mesmo acontecer. Apressá-la ou não depende das circunstâncias.

Acossado dentro do seu território original, expulso de várias localidades por milícias curdas sírias, bombardeado por uma coligação anti-jihadista no Iraque, o grupo que se alimenta do choque provocado pelas suas acções sabe que tem de estar permanentemente a inovar. Nunca soma muitas derrotas sem ripostar, como fez na última semana em Kobani, no Norte da Síria. E nunca está muito tempo sem produzir uma barbaridade nova que obrigue o mundo a falar de si.

No início, a prioridade era conquistar território – quem oferece uma opção total de vida tem de ter onde receber os seus seguidores. Quando conseguiu que os Estados Unidos juntassem dezenas de países para bombardear as suas posições, passou a fazer sentido continuar a combater por território enquanto se incentivavam ataques a esses inimigos nos seus próprios países.

É a consciência de que não pode parar de chocar e a máquina de propaganda que criou para comunicar em permanência a sua mensagem na era das redes sociais que faz deste um movimento “formidável, mais eficaz do que qualquer outro grupo jihadista na história”, diz J.M. Berger, co-autor de Estado Islâmico – Estado de Terror (Vogais), numa entrevista recente ao PÚBLICO. Trata-se de “um grupo apocalíptico, fanático, e as pessoas que atrai e que nele se envolvem têm uma enorme tolerância à mensagem”, sublinha o investigador.

A seguir, têm de decidir se agem ou não em função da mensagem, se partem para a Síria, se atacam a redacção de um jornal satírico, um café onde se debate a liberdade de expressão, uma praia de um país muçulmano que tenta estabelecer-se como uma democracia depois de décadas de ditadura. Ou uma mesquita onde centenas de xiitas rezam num pequeno estado inimigo no Golfo, o Kuwait, um alvo fácil num país pouco habituado a atentados, e uma forma simples de atiçar mais ainda o conflito sectário entre sunitas e xiitas.

Infiéis e seguidores
Para este Ramadão, o primeiro pós-califado, Adnani pedira aos seguidores “um mês de calamidades para os kuffar”, os infiéis, todos os que não partilham da sua visão do mundo e do islão.

Uma das grandes diferenças entre a Al-Qaeda e o Estado Islâmico, para além da preferência da primeira por ataques espectaculares que podiam levar anos a planear, é que os novos jihadistas são bem mais radicais na sua definição do que são infiéis. Não declararam só guerra aos cruzados e sionistas, querem apagar da face da terra o presente, o passado e o futuro de todos os que não cumpram exactamente o seu ideal de islão. Mesmo que isso signifique executar alguns dos seus próprios membros.

Outra, fruto da máquina de propaganda, é a capacidade de “procurar pessoas dispostas a morrer fazendo-o numa série de línguas em simultâneo”, escreve Jon B. Alterman, director do Programa para o Médio Oriente do think tank Center for Strategic and International Studies (CSIS), de Washington. “Ao contrário da Al-Qaeda, que operava quase exclusivamente em árabe, o Estado Islâmico integra forças que falam árabe, inglês, francês, tchetcheno, russo, turco, e mais”, nota Alterman.

Fonte: O público

Com um ano de vida, Estado Islâmico mantém luta por califado

Grupo extremista, oriundo da fusão do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, segue firme para dominar área entre rios Tigre e Eufrates

Um ano após o Estado Islâmico (EI) declarar um califado, os ataques da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra os jihadistas continuam sem destruir a ambição do grupo de formar uma nação governada por extremistas.

Em 29/6/14, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante anunciou que passaria a se chamar simplesmente Estado Islâmico, batizando assim a ideia de um califado que pretendia se estender desde às margens dos rios Tigre e Eufrates por todo o mundo muçulmano.

O autoproclamado califa Abu Bakr al Baghdadi demorou alguns dias para aparecer em uma mesquita de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, para pedir lealdade total a sua figura, algo que conseguiu dos mais sanguinários grupos terroristas de países como Nigéria, Líbia e Egito.

Poucos meses depois daquela declaração, os EUA reuniram vários aliados ocidentais e árabes para atacar posições do EI pelo ar e evitar seus avanços no Iraque e na Síria.

Atualmente, os EUA têm mais de 3,5 mil soldados no Iraque para ajudar as forças iraquianas a se tornarem forças profissionais e efetivas nas operações contra o EI.

Apesar do poderio aéreo dos Estados Unidos, o EI continua a controlar cidades importantes como Al Raqqa, na Síria, e Mossul, no Iraque, o que mantém vivo entre os fanáticos do grupo.

Nesta semana começaram a aparecer nas redes sociais imagens dos primeiros dinares do EI, a nova moeda califado, forjada em ouro e prata.

O aparelho de propaganda dos jihadistas já reúne vídeos de decapitações e assassinatos com folhetos sobre seu sistema de saúde e serviços sociais de ajuda a órfãos, com os quais o grupo tenta convencer os sunitas de que é a alternativa de governo que as pessoas tanto esperavam em algumas regiões.

“A estratégia da Casa Branca não está funcionando e não vai funcionar se não forem tomadas medidas mais contundentes”, explicou nesta semana Michael Douram, analista do Instituto Hudson, em um debate sobre o futuro do Oriente Médio.

Nascido da Al Qaeda no Iraque e com raízes que remetem à ocupação americana iniciada em 2003, o Estado Islâmico aproveitou o conflito entre sunitas e xiitas na Síria e no Iraque para expandir seu controle em regiões esquecidas e sem ordem ou governo.

Ao longo deste último ano, Washington chegou à conclusão de que acabar com o EI não será tão fácil em um mundo árabe onde a desconfiança entre sunitas e xiitas, as alianças tribais e a corrupção são a tônica dominante.

Na última sexta-feira, o general americano Daniel Allyn lamentou que os progressos para fazer com que o governo iraquiano se defenda sozinho do EI estão sendo atrasados por “‘amiguismos’, pela cultura tribal e outros fatores que não deveriam influenciar na hora de escolher os melhores líderes”.

O Pentágono afirmou recentemente que só conseguiu recrutar sete mil dos 24 mil novos soldados iraquianos que queriam treinar.

Brian Katulis, especialista do Center for American Progress, declarou em uma reportagem especial do site “Politico” que, para acabar com o EI, é necessário “um acordo político que atenda às demandas da comunidade sunita no Iraque e na Síria”.

Sem essa alternativa, o EI mantém vivo o sonho de estabelecer um grande califado muçulmano sunita dedicado a julgar todos os que não aderirem à sua interpretação do Islã.

Em dezembro de 2014, o general Michael K. Nagata, chefe de operações especiais do exército dos EUA no Oriente Médio, disse ao jornal “The New York Times” que “a ideia do EI ainda não foi derrotada”.

“Nem sequer entendemos a ideia”, acrescentou o general Nagata.

As forças curdo-sírias expulsaram de Kobane, no norte da Síria, os jihadistas do Estado Islâmico, dois dias após eles invadirem a estratégica cidade fronteiriça com a Turquia, indicaram uma ONG e militantes.

“Os combatentes curdos retomaram o controle de alguns pontos dos quais o EI havia se apoderado em Kobane”, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos. O militante curdo Rudi Mohamad disse que toda a cidade foi recuperada, informando sobre muitas mortes entre as fileiras do EI.

Ataque a hotel deixa mortos na Tunísia

Ao menos 37 pessoas teriam morrido em resort da cidade de Sousse.
País está sob alerta de segurança desde atentado de março em museu.

Um hotel foi atacado na cidade de Sousse, na Tunísia, em 26/6/15, segundo informaram autoridades locais. Tiros foram ouvidos no local e o atirador teria morrido. Segundo o ministério da Saúde, 37 pessoas morreram – a maioria turistas, entre eles cidadãos britânicos, belgas e alemães. Ao menos 36 pessoas ficaram feridas.


Ataque tunísia - arte (Foto: Arte/G1)

Uma fonte de segurança disse que o corpo do atirador, armado com um fuzil Kalashnikov, estava no local onde a polícia o matou. Não há informações sobre se havia outro atirador.

A polícia restringiu o acesso ao hotel Imperial Marhaba.

Os hóspedes eram em sua maioria britânicos e da Europa central, indicou o estabelecimento sem precisar a nacionalidade das vítimas.

No momento do ataque “havia 565 clientes no hotel. Os clientes são majoritariamente do Reino Unido e da Europa central”, indicou o grupo em um comunicado. Segundo uma autoridade tunisiana, uma irlandesa também estaria entre os mortos.

Um vídeo amador feito por uma janela perto do local do ataque mostra pessoas fugindo enquanto soam disparos de tiros (assista abaixo).
O Ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, afirmou que pelo menos cinco britânicos estavam entre os 37 mortos. “Podemos confirmar que pelo menos cinco britânicos foram mortos nesse incidente, mas devo avisar que devemos esperar mais relatos de fatalidades”, afirmou. Inicialmente foram reportadas 28 mortes.

Sousse é um dos mais conhecidos balneários do norte da África, atraindo turistas da Europa e de países vizinhos. A Tunísia tem estado sob forte alerta de segurança desde março, quando militantes em aliança com o grupo Estado Islâmico atacaram o museu do Bardo, em Tunis, matando um grupo de 20 turistas estrangeiros em um dos piores ataques do tipo no país africano.

Policiais escoltam um homem suspeito de estar envolvido no atentado a um hotel em Sousse, na Tunísia. Pelo menos 27 pessoas , incluindo turistas estrangeiros, foram mortos quando pelo menos um atirador abriu fogo no hotel (Foto: Amine Ben Aziza/Reuters)Policiais escoltam um homem suspeito de estar envolvido no atentado a um hotel em Sousse, na Tunísia (Foto: Amine Ben Aziza/Reuters)

Depois do atentado ao museu, o setor estratégico do turismo teve resultados muito ruins em abril, com uma queda de 25,7% do número de turistas e do 26,3% das rndas em relação ao ano anterior.

O presidente francês, François Hollande, e o presidente tunisiano, Béji Caïd Essebsi, expressaram “solidariedade frente ao terrorismo”, após os atentados

Corpo de turista é coberto após ataquem em praia de Sousse, na Tunísia, nesta sexta (26) (Foto: Amine Ben Aziza/Reuters)
O hotel Imperial Marhaba em Sousse, na Tunísia (Foto: Reprodução/Pinterest/Riu Hotels and Resorts)O hotel Imperial Marhaba em Sousse, na Tunísia (Foto: Reprodução/Pinterest/Riu Hotels and Resorts)

Atentado terrorista deixa um morto e feridos em usina na França

Homem com bandeira islamita invadiu local e detonou cilindros de gás.
Cabeça decapitada com inscrições em árabe foi encontrada.

Um atentado terrorista cometido em 26/6/15 contra uma usina de gás em Saint-Quentin Fallavier, perto da cidade francesa de Lyon, deixou ao menos um morto, cuja cabeça decapitada foi encontrada em uma grade no local do ataque, coberta de inscrições em árabe. Outras duas pessoas ficaram feridas.

O homem decapitado foi identificado como um empresário de Lyon, centro-leste da França, informaram fontes ligadas à investigação. Ele seria o empregador do suposto autor do atentado, que foi preso, de acordo com uma fonte próxima ao caso.

A cabeça da vítima foi encontrada presa às grades da fábrica do grupo Air Products em Saint-Quentin-Fallavier. Ela estava cercada por duas bandeiras islâmicas, o que seria um sinal de uma encenação.

Arte ataque frança - vale este (Foto: Arte/G1)

Três pessoas foram detidas – entre elas o principal suspeito do crime,  identificado como Yassim Salhi, de 35 anos e original de Saint-Priest, na periferia de Lyon, segundo o governo francês.

De acordo com o Ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, o preso foi acompanhado pelas autoridades entre 2006 e 2008 por supostas atividades radicais, mas a partir desta data deixou de ser visto como uma ameaça.

Nesse tempo, o suspeito teve vínculo com movimentos salafistas, mas “não foi identificado que participasse de atividades de caráter terrorista”, disse.

“Esta pessoa era tema de um arquivo “S” (“segurança”) por radicalização em 2006, que não foi renovado em 2008. Ele não possui registros criminais”, disse Cazeneuve a jornalistas no local do ataque.

Uma segunda pessoa foi detida horas depois. “Um veículo foi visto dando voltas suspeitas nos arredores do complexo, o número da placa foi investigado e seu proprietário identificado. Ele foi detido na localidade de Saint-Quentin-Fallavier”, afirmou uma fonte ligada ao caso.

A esposa do suposto autor do ataque foi a terceira pessoa detida, segundo uma fonte judicial.

O presidente francês, François Hollande, afirmou que o atentado é de “natureza terrorista, já que foi encontrado um cadáver decapitado com inscrições” no local do crime. “A intenção era, sem dúvida, causar uma explosão. Foi um ataque terrorista”, declarou Hollande a repórteres em Bruxelas, onde participava de uma cúpula de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE).

Ele aumentou o alerta de segurança no local do ataque para o mais alto existente.

O presidente explicou que o ataque foi lançado por meio de “um veículo conduzido por uma pessoa, talvez acompanhada de outra, e que a grande velocidade, e com cilindros de gás, se lançou sobre este centro, considerado sensível”. “Não há dúvidas quanto à intenção, que é provocar uma explosão”, acrescentou.

O veículo com o qual o suposto terrorista atacou a fábrica, era autorizado para entrar na empresa, por isso que não levantou suspeitas, informou o prefeito de Isère, Jean-Paul Bonnetain.

Em declarações a um grupo de jornalistas, o prefeito explicou que o veículo “não precisou entrar de surpresa” na fábrica, já que contava com a permissão necessária para fazê-lo nesta instalação classificada de “baixo risco industrial”.

Fora da usina atacada foi encontrada uma bandeira com inscrições em árabe, disseram as autoridades. Elas ainda são analisadas. Além disso, ainda não se sabe se o corpo decapitado de uma pessoa que foi achado nas imediações da usina, foi transportado para lá ou não.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, ordenou o reforço das medidas de segurança nas zonas sensíveis perto da usina.

Valls, que está em uma viagem oficial à América do Sul, solicitou que o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, se dirija a Saint-Quentin Fallavier, o local do ataque, informou a comitiva do primeiro-ministro.

Hollande, que participa nesta sexta de uma cúpula europeia em Bruxelas, voltará no início da tarde a Paris, indicou a presidência.

“Voltará no início da tarde e está em contato permanente com o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, e com os serviços do Estado”, indicou uma fonte próxima. O ministro da Defesa francês anunciou que às 13h GMT (10h de Brasília) um Conselho de Defesa se reunirá na presidência.


A seção antiterrorista da Promotoria de Paris anunciou que abriu uma investigação por “assassinato e tentativas de assassinato em grupo organizado e em relação a um ato terrorista”.

Também investiga as acusações de “destruição e degradação através de uma substância explosiva em grupo organizado e em relação a um ato terrorista” e de “associação terrorista para cometer atentados contra as pessoas”.

O ataque desta sexta ocorre depois que em janeiro vários atentados jihadistas em Paris deixaram 17 mortos. O principal deles foi contra o Charlie Hebdo, no qual 12 pessoas foram mortas, entre elas os cartunistas Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, e o lendário Georges Wolinski.

A França conta com uma alta proporção de cidadãos lutando nas fileiras dos islamitas no Iraque e na Síria e está em alerta ante possíveis ataques em seu território desde os atentados na redação da Charlie Hebdo.

Ataque suicida do Estado Islâmico mata ao menos 10 no Kuwait

Declaração em rede social identificou o homem-bomba e informou que o alvo era um “templo dos rejeicionistas”


Pelo menos 10 pessoas foram mortas em um ataque a uma mesquita xiita no Kuwait nesta em 26/6/15, disse o governador da cidade à Reuters

O grupo militante Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pelo ataque suicida, de acordo com uma declaração postada nas redes sociais.

A declaração identificou o homem-bomba como Abu Suleiman al-Muwahed e informou que o alvo era um “templo dos rejeicionistas” – termo usado pelo grupo militante para se referir ao muçulmanos xiitas, a quem considera hereges.

Os jihadistas do EI entraram em 25/6/15 em Kobane, apoderando-se de vários pontos e edifícios da cidade, da qual haviam sido expulsos em janeiro após 4 meses de combates, sofrendo na época seu primeiro revés desde o início da expansão deste grupo jihadista na Síria

A recuperação dos edifícios ocupados pelos jihadistas foi possível depois que os combatentes curdos enviaram reforços.

O Observatório acrescentou que pelo menos 174 civis, entre eles dezenas de crianças e mulheres, morreram nestes três dias de combates.

Kobani se transformou em símbolo da resistência curda contra o EI, ao suportar entre setembro e janeiro a ofensiva dos radicais, que no final foram expulsos.

Crianças grávidas e crucificadas: conheça a “capital” do EI

Raqqa é o epicentro do grupo terrorista, um lugar onde o barbarismo do EI e suas ideologias acontecem diariamente

O corpo de um adolescente de 17 anos está exposto em praça pública, crucificado. Uma placa em seu pescoço indica que tirou fotografias da sede do Estado Islâmico e, por isso, foi morto pelos membros do grupo terrorista. Meninas de 15 anos grávidas andam pelas ruas, casadas e escravizadas pelos “maridos” extremistas. Pode parecer ficção, mas esta é Raqqa, a cidade síria considerada como “capital” do califado, que teve sua rotina transformada pela presença do EI. As informações são do Daily Mail.

 Foto: Daily Mail / Reprodução

 

Raqqa é o epicentro do grupo terrorista, um lugar onde o barbarismo do EI e suas ideologias acontecem diariamente

Foto: Daily Mail / Reprodução

 

 

Raqqa é o epicentro do grupo terrorista, um lugar onde o barbarismo do EI e suas ideologias acontecem diariamente. Na cidade, meninas de nove anos são escravizadas, tornando-se objetos sexuais dos extremistas islâmicos, como aconteceu com as três irmãs Dawood, que foram sequestradas de suas famílias durante uma peregrinação para a Arábia Saudita.

As atrocidades cometidas contra as crianças são apontadas como sendo consequência de uma “lavagem cerebral” do EI, que leva as crianças sequestradas nas ruas de Raqqa para três acampamentos islâmicos ‘reeducação’. Quando eles retornam a casa, crianças denunciam seus pais caso não obedeçam às regras, condenando-os à prisão e tortura. “Eles estão envenenando a mente de nossos filhos”, afirmou um ativista sírio.

“Eles os levam para um lugar chamado Acampamento Sharia. Eles acusam os pais de serem inimigos de Deus se eles são contra o Estado islâmico”, afirmou.

Nas ruas, meninos de cinco anos fazem parte de execuções de “infiéis”, como em um vídeo publicado pelo grupo, que mostra quatro crianças brincando com reféns ocidentais, recitando acusações em árabe antes de disparar todos eles na cabeça com uma arma de brinquedo.

Estas crianças também têm sido fotografadas ao lado cabeças decepadas.

Raqqa antes do EI
Anteriormente ao EI, a cidade tinha cidadãos cristãos e muçulmanos convivendo em harmonia. Homens e mulheres também compartilhavam espaços públicos e tinham direitos respeitados, muito diferente do que é visto hoje, quando as mulheres não podem se misturar, gays são mortos como “heréticos”, atirados de prédios e apedrejados, e crianças respondem e morrem por crimes absurdos como o caso descrito anteriormente.

É nesta cidade também onde estão muitos reféns do Estado Islâmicos, capturados como animais. Os vídeos das decapitações, por exemplo, nos quais aparece o Jihadista John, podem ser gravados na “capital” do califado, como revelou o jornalista espanhol Javier Espinoza, libertado ano passado, após ficar um ano como refém no local. Em Raqqa, ele encontrou o britânico convertido que chegou a ameaçá-lo com uma faca.

Ao Daily Mail, o jornalista conta a descrição de terror de John. “Você pode imaginar a dor que você vai se sentir quando te cortar? É uma dor inimaginável; o primeiro corte vai rasgar suas veias. O sangue se mistura com sua saliva. O segundo golpe abrirá seu pescoço. Você não seria capaz de respirar pelo nariz, apenas pela garganta. Você poderia fazer alguns sons guturais divertidos. Eu já vi isso antes: todos vocês se contorcem como animais, como porcos. O terceiro golpe vai degolar sua cabeça”, disse.

Muitas das atrocidades foram documentadas pelos terroristas e publicadas na internet.

Em suposta gravação, Estado Islâmico assume ataque na Tunísia

O grupo radical Estado Islâmico assumiu, em 19/3/15, a autoria do ataque que deixou 23 mortos – 20 turistas estrangeiros – em Túnis, capital da Tunísia, segundo uma gravação em áudio distribuída online, informou a agência de notícias Reuters.

A gravação elogia os homens que cometeram o ataque e diz que eles eram “cavaleiros do Estado Islâmico” armados com bombas e metralhadoras.

O grupo jihadista, que atua na Síria, Iraque e Líbia, ameaçou a Tunísia com novos ataques.

Descrevendo o atentado contra o museu com um “ataque abençoado contra um dos lares infiéis na Tunísia muçulmana”, a voz que lê o comunicado diz que a operação sangrenta foi realizada por “dois cavaleiros do califado, Abu Zakaria al-Tunsi e Abu Anas al-Tunsi. “

Eles estavam “armados com armas automáticas e bombas” e “conseguiram cercar um grupo de cidadãos de países cruzados, semeando o terror nos corações dos infiéis”.

“O que vocês viram é apenas o começo. Vocês não vão desfrutar de segurança nem paz”, continua a gravação.

Prisões
A polícia da Tunísia prendeu dois familiares de Hatem Al-Khashnaoui, militante islâmico suspeito de ter cometido o ataque. Além disso, as forças de segurança do país prenderam quatro pessoas suspeitas de terem ligação direta com o ataque no Museu Bardo, no complexo do Parlamento do país. Outras cinco pessoas que poderiam estar relacionadas à célula que cometeu o ataque também foram detidas, segundo a agência de notícias France Presse.

“O chefe de governo indicou que as forças de segurança conseguiram perder quatro elementos com relação direta com a operação e outros cinco suspeitos de estar relacionado com essa célula”, indicou a presidência em um comunicado, sem detalhar a identidade ou o papel dos suspeitos.

Além disso, as autoridades anunciaram que o Exército será mobilizado para proteger as maiores cidades do país, aumentando a segurança após o ataque, de acordo com a Reuters.

“Após uma reunião com as forças armadas, o presidente decidiu que as cidades maiores terão sua segurança feita pelo Exército”, afirmou um comunicado do gabinete do presidente.

O número de turistas estrangeiros que morreram no ataque cresceu para 20, informou o governo do país nesta quinta. Três cidadãos tunisianos também morreram no ataque.

Nesta quarta, as autoridades haviam contabilizado 17 estrangeiros e dois tunisianos mortos, além dos dois suspeitos. As novas vítimas haviam ficado feridas na ação.

Dois homens armados abriram fogo contra um ônibus de turistas no Museu Bardo, que fica no mesmo complexo que o Parlamento, e fizeram reféns no local. Eles foram mortos após horas de operação. O ataque foi o pior realizado no país em mais de uma década.

Os dois homens foram identificados pelo governo como Yassine Abidi e Hatem Khachnaoui, dois nomes tipicamente tunisianos. O porta-voz do ministério do Interior afirmou que “provavelmente” os responsáveis pelo ataque são tunisianos. Um deles seria conhecido das forças de segurança. As autoridades destacaram a possibilidade de que eles teriam dois ou três cúmplices.

Entre os estrangeiros mortos, segundo informações da Tunísia e dos países de origem das vítmas, estão quatro italianos, dois franceses, dois colombianos (um deles com dupla nacionalidade australiana), três japoneses, dois poloneses, dois espanhóis e um britânico. A nacionalidade de quatro pessoas ainda é desconhecida. Eles estavam em um tour de um cruzeiro que havia feito escala no país.

Também morreram três tunisianos, sendo um policial, um motorista de ônibus e o terceiro ainda não identificado. As autoridades locais trabalhavam na identificação das vítimas.

A agência Efe afirma que um brasileiro estaria entre as vítimas, de acordo com fontes consulares latino-americanas. No entanto, a informação não é confirmada oficialmente. Procurado pelo G1, o Itamaraty disse que “não há brasileiros entre as vítimas fatais nem entre os feridos que portavam alguma documentação”, segundo averiguou o Encarregado de Negócios do Brasil em Túnis, mas observou que ainda há corpos que não foram identificados. O funcionário também verificou que “não há brasileiros ausentes nos dois cruzeiros de onde procedem as vítimas estrangeiras identificadas”, segundo nota.

O premiê tunisiano informou que os atacantes, vestindo uniforme militar, abriram fogo contra os turistas, enquanto estes desciam de ônibus, antes de persegui-los dentro do prédio. Uma centena de turistas estava no museu quando “dois homens ou mais, armados com kalashnikov” lançaram o ataque.

As autoridades informaram que os dois atacantes morreram durante o ataque, no qual 44 pessoas ficaram feridas.

Este ataque terrorista, segundo o ministério do Interior, afeta o país pioneiro da Primavera Árabe que, ao contrário dos demais Estados que viveram movimentos contestatórios em 2011, conseguiu escapar até então da onda de violência ou de repressão

Fonte: G1