Justiça francesa investiga construtora por trabalho escravo no Catar

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O ministério público de Nanterre, no oeste de Paris, informou  à AFP que abriu uma investigação para “verificar alegações” de uma ONG que acusa a construtora francesa Vinci de recorrer a “trabalho forçado” de imigrantes para sua obras no Catar.

“O objetivo da investigação, que foi aberta há cerca de 15 dias, é verificar, através de audiências realizadas na França, das alegações da associação Sherpa”, explicou a procuradora de Nanterre, Catherine Denis. Dependendo os resultados da investigação na França, outra pode ser aberta no Catar, “depois do verão (europeu)”, avisou.

A associação Sherpa, que defende populações vítimas de crimes econômicos, apresentou uma denúncia no final de março, contra Vinci Construction Grands Projets (VCGP) por “trabalho forçado” e “redução à escravidão” de operários, em obras ligadas à Copa do Mundo de 2022, no Catar.

 

A queixa também tem como alvo seis executivos franceses, entre eles Yannick Garillon, diretor-geral de QDVC, filial do grupo Vinci, e Alain Bonnot, presidente da VCGP.

A ONG fez suas próprias investigações no Catar e constatou que trabalhadores imigrantes tiveram seus passaportes confiscados e foram vítimas de ameaças. A organização afirma que estas empresas recorreram a “diversas ameaças para reduzir uma população vulnerável a condições de trabalho e alojamento indignas, além de uma remuneração irrisória”.

A Vinci negou “totalmente” as acusações e convidou representantes de Sherpa e jornalistas a observar as condições de trabalho nos canteiros de obra do Catar. A construtura prestou queixa contra a associação por difamação e pediu 300.000 euros por danos morais.

A empresa francesa tem faturamento anual de 40 bilhões de euros e emprega 191.000 trabalhadores no mundo inteiro. Nos últimos anos, fechou vários contratos milionários no Catar, inclusive para a construção do metrô da cidade de Lusail.

 

Fonte: Yahoo

Caros amigos,

Milhares de operários estão aprisionados em condições de trabalho desumanas no Catar sem conseguir voltar para casa. Uma empresa norte-americana pode ajudar a libertá-los. Podemos fazer sua presidente agir ao levar o horror da escravidão para a cidade onde ela mora. Junte-se ao apelo:

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Forçados a trabalhar sob o sol escaldante do deserto, sem direito a comida ou água e proibidos de voltar para casa, milhares de homens estão no Catar como verdadeiros escravos modernos. Podemos ajudar a libertá-los.

No ano passado, uma pessoa morreu a cada dois dias na construção de um mega-projeto de um bilhão dólares para a Copa do Mundo de 2022 no Catar. A maior parte do projeto é administrada por uma empresa norte-americana, cuja presidente mora em uma cidade pacata no estado de Colorado, EUA. Se mais de 1 milhão de nós nos unirmos em prol da liberdade, podemos confrontá-la com nossas vozes toda vez que ela sair de casa até que ela faça alguma coisa.

Esta mesma tática forçou a rede de hotéis Hilton a proteger mulheres contra o tráfico sexual em questão de dias. Assine essa petição urgente para ajudar a libertar os escravos modernos do Catar:

O programa de trabalhadores convidados do Catar é a raiz do problema. Trabalhadores do Nepal e Sri Lanka são enganados com promessas de bons empregos, mas quando chegam no país os empregadores confiscam seus passaportes e os forçam a trabalhar longas horas, sob um calor de 50 graus, sem nenhuma possibilidade de fuga.

CH2M Hill, a empresa norte-americana, coloca a culpa em prestadores de serviços locais e nas leis do país, mas é o rosto público das obras da Copa. A presidente da empresa pode e deve assumir um papel para garantir que não teremos mais sete anos manchados pela morte de operários. Ela poderia até mesmo ameaçar a retirada de seus negócios do país se o sistema não mudar.

A CH2M Hill tem o dever de ajudar a acabar com essa escravidão moderna. Nossa petição pode persuadir CH2M Hill a vir a público, o que pode levar outras empresas a exigir que cada trabalhador seja livre para voltar para casa quando quiser. Clique abaixo para assinar a petição: quando alcançarmos 1 milhão de assinaturas, nossa mensagem será enviada diretamente à Jacqueline Hinman, CEO da CH2M Hill, quantas vezes forem necessárias.
Um clamor global na hora certa pode salvar milhares de vidas. Quando a rede de hotéis Hilton não estava seguindo regras para proteger mulheres e crianças contra o tráfico sexual em seus estabelecimentos, a equipe da Avaaz bateu na porta da casa do CEO com uma petição. Em questão de dias, a política da rede de hotéis mudou. Vamos fazer isso mais uma vez.

Com esperança,

Emma, Nell, Mais, Ricken, Alice e toda a equipe da Avaaz



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Fonte: Avaaz