A polícia metropolitana de Londres confirmou que deteve o quinto suspeito de terrorismo islâmico, horas depois de prender outros quatro homens.
A Scotland Yard, que realizou várias batidas no norte e no oeste da capital britânica há dois dias, afirmou que não tinha tornado pública essa detenção até hoje por “motivos operacionais”.
A polícia acredita que pelo menos um dos suspeitos viajou para a Síria e tenta estabelecer se ele teria vínculos com a organização jihadista Estado Islâmico (EI).
A Scotland Yard obteve uma prorrogação da prisão, e todos os detidos, jovens entre 20 e 21 anos, continuarão sob custódia policial pelo menos até a próxima terça-feira.
As batidas em Londres permitiram uma “interrupção antecipada” do que poderia ter se tornado um “significativo plano” terrorista, afirmou a polícia.
Um dos detidos, de 21 anos, recebeu choques elétricos pelos agentes durante a detenção, mas a polícia garantiu que ele não ficou ferido e que não foi necessário tratamento médico.
Como parte da investigação, diversos veículos e domicílios em Londres foram revistados por agentes da unidade antiterrorista da polícia.
Agentes armados participaram da operação, mas não chegaram a utilizar munição real, assinalou a Scotland Yard em comunicado
Fonte: Exame
O grupo Estado Islâmico (EI) executou ao menos quatro mulheres no norte do Iraque, entre elas duas médicas e uma política, indicou neste sábado fontes médicas e humanitárias.
Os jihadistas mataram duas médicas e uma estudante de direito em Mossul, a segunda cidade do Iraque, que foi tomada pelo EI em junho, indicou Hanaa Edwar, uma militante dos direitos humanos que dirige a associação Al-Amal.
Os jihadistas executaram Imane Mohammed Yunos, ex-deputada sunita da Frente Turcomana do Iraque na cidade de Tal Afar, a oeste de Mossul, perto da fronteira síria, indicou Ali al-Bayati, que dirige uma fundação para a defesa dos direitos da minoria turcomana.
No dia 22 de setembro, o EI executou uma conhecida defensora dos direitos das mulheres, Samira Saleh al-Nuaimi, que teria denunciado nas redes sociais a destruição pelo EI de vestígios do patrimônio cultural iraquiano.
As forças curdas que defendem Kobani pediram à coalizão liderada pelos Estados Unidos que aumentem ataques aéreos contra combatentes do Estado Islâmico, que reforçaram seu controle sobre a cidade síria na fronteira com a Turquia, neste sábado.
A coalizão liderada pelos Estados Unidos intensificou os ataques aéreos no Estado Islâmico e em torno de Kobani, também conhecido como Ayn al-Arab, há cerca de quatro dias.
O principal grupo armado curdo, o YPG, disse em um comunicado que os ataques aéreos tinham infligido pesadas perdas ao Estado Islâmico, mas haviam sido menos eficazes nos últimos dois dias.
O enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) na Síria, Staffan de Mistura, alertou que centenas de civis que permanecem na cidade síria de Kobane podem ser “massacrados” pelo grupo extremista Estado Islâmico.
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De acordo com Mistura, há 12.000 civis na cidade.
Ele lembrou o genocídio de milhares de muçulmanos pelo Exército bósnio da Sérvia, em 1995, em Srebrenica e disse que um episódio similar é iminente.
“Existe uma lei humanitária. Existe Srebrenica. Existem imagens que nós não queremos ver, nós não conseguimos ver, de pessoas decapitadas, militantes ou civis”, afirmou Mistura, pedindo ação imediata e alertando que “não é por meio de resoluções da ONU que o Estado Islâmico vai parar de atacar Kobani”.
O Estado Islâmico invadiu a cidade de Kobane, na fronteira com a Turquia, em 6 de outubro. Eles tomaram o controle de diversos prédios e de uma colina estratégica na região. Os grupos curdos no controle da cidade e administradores locais aconselharam a população a deixar a região.
Mistura pediu que autoridades turcas autorizem o trafego de voluntários e equipamentos na cidade fronteiriça de Kobane e que ajudem os militantes sírios curdos a parar o avanço do grupo extremistas.
“Precisamos disso porque senão todos nós, incluindo a Turquia, vão se arrepender profundamente de ter perdido uma oportunidade”, afirmou.
A Turquia permitiu a implementação de tropas e tanques na fronteira, mas apesar da pressão dos EUA, Ancara afirmou que não vai se unir ao combate.
A guerra civil no país, que começou em março de 2011 causou mais de 150.000 mortes e mais de 680.000 feridas. Pelo menos 10,8 milhões de sírios precisam de assistência neste momento dentro do país, incluindo 6,5 milhões deslocados internamente.
O conflito também causou uma crise de refugiados, com cerca de 2,5 milhões de pessoas estão abrigadas em outros países.
O porta-voz do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Adrian Edwards, informou que os conflitos em Kobane levou 172.000 sírios curdos a migrarem para a Turquia.
Outros foram levados para os campos de refugiados de Gawilan e Newroz, sob controle da Acnur. Edwards citou relatos refugiados de atos de brutalidade cometidos pelo Estado Islâmico, incluindo sequestro de centenas de civis, torturas e decapitações.
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