O tufão “Wipha”, considerado o maior dos últimos dez anos no Japão, causou na madrugada do dia 16/10 a morte de mais de 10 pessoas e dezenas de desaparecidos devido às fortes chuvas e ventanias que derrubaram casas e transbordaram rios.

O balanço ainda não é preciso, segundo as agências internacionais de notícias. Enquanto a Efe notícia a morte de 13 pessoas e o desaparecimento de mais 20, a France Presse (AFP) informa que 14 foram mortos após passagem do fenômeno. O número de vítimas, porém, não é definitivo e pode aumentar ao longo do dia.

Segundo a agência meteorológica do Japão, o tufão provocou fortes ventos de até 180 km/h em seu centro e até 400 milímetros de chuva em diversas partes do país. A tormenta agora segue em direção à usina nuclear de Fukushima.

Na península de Izu, ao sul de Tóquio, foram encontrados três corpos depois que a área registrou uma quantidade de chuva recorde de 122,5 milímetros por hora. Vinte pessoas permanecem desaparecidas depois que várias casas desabaram, informou a agência “Kyodo”.

Por sua parte, no bairro de Machida, na capital japonesa, uma mulher de 40 anos morreu após ser arrastada por um rio, segundo a polícia local.

As autoridades decretaram alerta vermelho na maioria das províncias japonesas e pediram aos cidadãos estarem atentos aos fortes ventos e a possibilidade de inundações.

A atividade dos aeroportos também foi afetada e 189 voos nacionais e 211 internacionais foram cancelados.

Após passar pela capital japonesa no começo da manhã, o tufão se dirige a 65 km/h ao noroeste do país e espera-se que perca sua intensidade e se transforme em tempestade tropical nesta quarta, ao chegar ao Oceano Pacífico, ao leste da região de Tohoku.

O poderoso tufão levou a central atômica de Fukushima a colocar em andamento medidas de prevenção, como cobrir a maquinaria ou ferramentas utilizadas para proteger a usina. A operadora da usina também cobriu parcialmente os edifícios dos reatores atômicos, com o objetivo de evitar o aumento da quantidade de água contaminada que se acumula nos porões.

Fonte: Terra