Estava conversando com o Coringa a respeito dessas datas, como 1999, 11/11/11 ou 21/12/2012, e como elas ativam, na cabeça das pessoas, pelo menos, portais pra outros estados mentais. Não sei até onde isso é uma questão de QUERER ou se algo muda no inconsciente coletivo da humanidade. O fato é que não podemos ignorar que o mundo mudou de forma abrupta na última década. Não podemos estabelecer relações com essas DATAS em particular, mas podemos perceber que elas são como que marcos indicativos de um estado mental que leva a grandes acontecimentos. O 1999, pra mim, foi o despertar da Matrix, a percepção de estar dentro de um jogo onde se finge que o mundo é normal (e isso, óbvio, tem relação direta não só com o filme The Matrix – que estreou em 99 – como com a descoberta dos UFOs sobrevoando minha cidade e ninguém dando a mínima). Para os Maias, 1999 foi a época em que “a Humanidade entrará no grande salão dos espelhos, uma época de mudanças para que o homem enfrente a si mesmo (…) para que ele veja e analise seu comportamento com ele mesmo, com os demais, com a natureza e com o planeta onde vive”. O fato é que nos deparamos, em 2001, com o inimigo interno, que foi o próprio governo dos EUA conduzindo o ataque às Torres gêmeas, e isso, pra quem despertou pro fato (muitos norte-americanos já o fizeram), é o tal salão de espelhos, onde a falta de escrúpulos do cidadão acaba dramaticamente representada na falta de escrúpulos de seu governo (como é o caso do Brasil, também).

Ficamos cientes do que estamos fazendo com o planeta, sentimos o efeito do aquecimento global nas nossas próprias peles, mas pro cidadão médio -materialista, mais preocupado com o que comer e comprar- essas questões não são muito pertinentes. Até que veio a crise econômica. Jogar Napalm em garotinhas vietnamitas pode não ser uma coisa muito bem vista pela opinião pública, mas é sempre O OUTRO. Até mesmo os jovens morrendo na guerra são o outro pra grande maioria das famílias. Mas tirar do próprio bolso pra pagar a farra dos banqueiros -muitas vezes com o próprio emprego- é um pouco demais pra população global. Acredito que isso ainda faça parte da energia 1999, mas já rumando pra energia 2012. Talvez o tal “Portal 11/11” represente esse momento (que não é uma data, já sentimos isso desde a “Primavera Árabe”) de transição pra uma nova consciência, onde saímos da inércia que nos caracteriza como “povo gado” e partimos pra reivindicação de uma mudança profunda no sistema. Uma revolução sem líderes, sem rosto, sem “gado”. Não é à toa que a face escolhida pra representar esses movimentos acabe sendo a do personagem do filme “V de Vingança“. São pessoas acima de uma bandeira, de uma ideologia; são os “anônimos”.

Talvez um dia atinjamos uma massa crítica pra mudar realmente as coisas, mas o fato é que essa onda se iniciou e não tem mais volta. Em algum ponto nossos governos ocidentais talvez ajam como os líbios ou egípcios, que endureceram e reprimiram – quando se vêem diante da reação do povo – mas que acabam por cair.

Um outro cenário especulado por nós que poderia mudar as regras do jogo seria uma aparição maciça e inacobertável de naves no céu. Não um Contato, mas um aviso para as massas: vocês não estão sós. Isso desencadearia um processo de ruptura natural com nossas lideranças políticas, religiosas, culturais, filosóficas. Tudo o que conhecemos teria de ser revisto à luz de uma perspectiva menos heliocêntrica (da mesma forma que houve a ruptura com o geocentrismo). Os “sistemas” como o conhecemos cairão ou ficarão abalados, e isso é uma ótima oportunidade de renovação. Mas o problema com um contato direto (e eu tenho certeza de que “eles”, seja lá quem forem, estão cientes disso) é que isso, ao invés de ajudar a raça humana a evoluir, nos tornaria servis, acomodados. Nós os encararíamos naturalmente como deuses, como nossos irmãos mais velhos -ou mesmo pais- e apenas trocaríamos um Mestre humano por outro, uma filosofia terráquea por outra, uma tecnologia obsoleta por outra. Uma aparição maciça, por outro lado, nos faria pensar, questionar, nos UNIR, porque já não seríamos mais brasileiros ou chineses, e sim terráqueos. Sim, isso seria motivado principalmente pelo medo do desconhecido, mas convém lembrar o quanto somos atrasados e dependentes de “empurrões” pra crescer (invasões bárbaras, cruzadas, 2ª guerra, corrida à Lua, projeto Genoma, etc.).

Ironicamente, talvez o povo que menos mudaria com a idéia de um contato direto com civilizações alienígenas seja um dos mais antigos: os hindus. Isso porque toda a estrutura religosa e cultural está estabelecida em seres divinos que voavam em discos voadores e ensinaram todos os valores morais, culturais e tecnológicos ao povo que habitava a Índia. Tanto é que o sânscrito é uma língua sagrada, a língua dos deuses. Os “deuses” hindus, apesar do status, conviviam harmoniosamente com o povo daqui. Se seres de outro planeta (ou dimensão) aparecerem por lá, serão saudados como os deuses que voltaram (mesmo que eles digam que não, serão sempre reverenciados como tal), afinal o povo indiano é muito bom em agregar uma cultura de fora à sua própria.

A religião católica e a islâmica já vêm falando abertamente da possibilidade de existir civilizações extraterrestres. Será uma preparação? E vocês, como vêem a sociedade, filosofia e religiões em face de uma aparição em massa ou mesmo de um Contato oficial?

Acid

Fonte: Site Vidanova