Sem bancos, cidade do Piauí cria moeda própria

 

Foto: Sebrae

Segundo dados do Banco Central, 233 cidade brasileiras não possuem agências bancárias e 68 delas estão no Piauí. Longe dos principais centros urbanos do Piauí, São João do Arraial sofria com a falta de agências bancárias. O banco mais próximo estava a 20 quilômetros da cidade, localizada a 256 quilômetros da capital Teresina. Para resolver o problema e dinamizar a economia local, a cidade criou uma moeda própria, o Cocal.


Criado em dezembro de 2007, o Cocal melhorou a situação econômica da cidade. Os moradores precisavam comprar em outra cidade produtos básicos como roupas e alimentos. Francisco Chagas Lima, prefeito da cidade recém-emancipada de Matias Olímpio percebeu a necessidade de aumentar a circulação monetária da cidade, mas o montante gerado pela cidade não interessava aos grandes bancos.

O Banco dos Cocais é gerido pela sociedade civil, mas a prefeitura e outros órgãos fazem parte do conselho da instituição. O banco funciona para arrecadar as taxas públicas, pagamentos de contas e recebimento de benefícios como o Bolsa-Família. Reconhecido pelo Banco Central, o Cocal tem apenas uma restrição: só pode circular dentro de São João do Arraial.

A medida funcionou: somente nos dois primeiros anos, a circulação de cocais representou 25% de toda a economia de São João do Arraial, cerca de C$ 3 milhões. Hoje são C$ 25 milhões circulando na economia local. Um C$ custa R$ 1, mas quem compra em cocal tem 10% de desconto no preço – com isso, o dinheiro gerado em São João do Arraial não é gato em outros municípios. Solução criativa né?

Para driblar crise, cidade grega usa moeda alternativa ao euro

Desde 2011, a Grécia vem sofrendo com a crise econômica. A economia do país não consegue crescer e as medidas de austeridade impostas pelo governo geraram enormes protestos nas ruas da capital Atenas. O desemprego supera os 30% e o país já pediu mais de 100 bilhões de euros emprestados à União Européia para saldar as dívidas.

A cidade de Volos achou uma maneira de driblar a crise: uma moeda alternativa ao euro. O TEM foi uma unidade criada para intermediar as trocas entre os moradores da cidade e é usado em paralelo à moeda oficial da UE.

Organizado via Internet, o sistema foi criado por Yiannis Grigoriou – ele passa os dias supervisionando as transações e saldos da “moeda” local. O sistema surgiu porque muitas pessoas não conseguiram comprar produtos usando euros por conta dos altos preços.

Além de compras, muitos usam a cotação do TEM para trocar serviços. Ou seja, sem a intermediação monetária. A situação não deixa de ter um quê de irônica: para fugir dos problemas causados pelas sofisticação financeira, os gregos resolveram apelar para o escambo, a forma de comércio mais primitiva

Fonte: Yahoo

As Bitcoins sofreram mais um duro golpe nessa segunda-feira (24). De acordo com documentos vazados, por um indivíduo ainda não identificado, um ataque hacker pode ter sido responsável pelo roubo de quase 750 mil moedas virtuais do MtGox, uma das maiores casas de câmbio virtual e responsável por milhares de transações todos os dias.
No momento em que essa reportagem é escrita, o site do MtGox está completamente fora do ar, exibindo apenas uma tela inteiramente branca e nenhum pronunciamento sobre o caso. O rombo seria de cerca de R$ 895 milhões, de acordo com a cotação da Bitcoin nesta terça-feira (25). Ainda há possibilidade da casa de câmbio enfrentar processos relacionados às perdas e ao custo de operação de cada uma dessas transações.
Segundo os documentos, o problema seria uma vulnerabilidade conhecida do sistema de Bitcoins e, inclusive, teria sido responsável por uma interrupção semelhante no funcionamento do MtGox no início do mês. A falha da vez, porém, teria passado despercebida por anos e, agora, seria a responsável pelo sumiço de milhões de moedas.
Por enquanto apenas um problema interno foi confirmado pelos responsáveis pelo serviço, que não responde às solicitações da imprensa nem de seus clientes. As mensagens publicadas pelo perfil da empresa no Twitter também foram deletadas, enquanto uma junta de investidores em Bitcoins liberou uma carta aberta conjunta solicitando uma resposta rápida do MtGox e alegando que a postura da empresa é uma “violação trágica da confiança de seus usuários”.
O caso, claro, motivou uma queda brusca na cotação das Bitcoins, que no momento opera em baixa de 11%, resultando em perdas de mais de US$ 1 bilhão. Com a continuidade dos problemas, a tendência é que o valor da cotação continue a cair.

Limpando a barra

Um aspecto, porém, levantou dúvidas sobre a veracidade do documento vazado. Segundo o texto, os responsáveis pelo MtGox já estariam pensando em um plano de contingência, que envolveria uma mudança de nome, para Gox.com, e uma possível venda a outras empresas. Para eles, isso seria suficiente para que o serviço renascesse como uma opção confiável novamente.
Para reparar o roubo das 750 mil Bitcoins, o MtGox espera o apoio da comunidade e de grandes investidores em moedas virtuais que estejam dispostos a ajudar a companhia e a reparar os danos. Especula-se que o fim da casa de câmbio virtual afetaria tanto esse segmento da economia que seus principais players e entusiastas fariam o possível para mantê-lo funcionando.

Fonte: Canaltech