Surgem suspeitas sobre paternidade de bebês de clínica de Abdelmassih
Fonte: R7 14 de Maio de 2011
Roger Abdelmassih (Da Internet)
Parte dos 8 mil bebês concebidos na clínica de fertilização do ex-médico Roger Abdelmassih, um dos mais famosos especialistas em reprodução assistida do país, não são filhos biológicos de quem fez o tratamento, segundo revelou uma revista neste sábado (14), citando dois inquéritos do Ministério Público e um ex-funcionário.
Segundo a reportagem da revista Época desta semana, a conclusão foi obtida depois de testes de DNA serem feitos em pacientes da clínica e em seus filhos. O texto não cita a quantidade exata de casais afetados pelo procedimento enganoso, mas confirma que ao menos três casais, de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, já descobriram que o DNA de um dos pais não é compatível com o filho.
A matéria diz que o procedimento ilegal pode ajudar a explicar a alta taxa de sucesso da clínica de Abdelmassih. Em 2003, de acordo com a revista, 47,1% dos procedimentos resultaram em bebês, acima da média de 31,7% de casos de sucesso da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida.
A reportagem do R7 não conseguiu contato com os advogados de Abdelmassih.
A suspeita fazer experiências genéticas ilegais era conhecida desde fevereiro. O médico é procurado por violência sexual contra dezenas de mulheres e está foragido da Justiça. A liminar em seu favor, o último recurso do médico para continuar solto, foi cancelado.
Se ele for encontrado, pode passar o resto da vida na prisão. Mesmo condenado, Roger Abdelmassih levava uma vida praticamente normal até o início deste ano.
Polícia diz que médico foragido pode estar no Líbano
Quatro meses depois da fuga, policiais que participaram das buscas pelo médico Roger Abdelmassih, de 67 anos, acreditam que ele pode estar no exterior. Para a Polícia de São Paulo, o foragido embarcou para o Líbano usando um passaporte falso conseguido no Uruguai. O problema, aponta, é que o Brasil não possui tratado de extradição em vigor com o país.
Caso Abdelmassih
Polícia diz que médico foragido pode estar no Líbano
Quatro meses depois da fuga, policiais que participaram das buscas pelo médico Roger Abdelmassih, de 67 anos, acreditam que ele pode estar no exterior. Para a Polícia de São Paulo, o foragido embarcou para o Líbano usando um passaporte falso conseguido no Uruguai. O problema, aponta, é que o Brasil não possui tratado de extradição em vigor com o país. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Na prática, a falta de um tratado nesse sentido dificulta uma eventual prisão de Abdelmassih. Ou seja, mesmo que venha a ser preso pela Interpol, por exemplo, o Líbano pode negar a entrega do foragido brasileiro. Apesar de um tratado ter sido assinado em 2002, apenas o lado brasileiro ratificou o acordo.
A prisão do médico havia sido decretada em 17 de agosto de 2009 pelo juiz Bruno Paes Stranforini, da 16ª Vara Criminal paulista. No mesmo ano, em 24 de dezembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, concedeu Habeas Corpus para revogar a prisão preventiva. Em fevereiro deste ano, a 2ª Turma do STF suspendeu a liminar dada por Gilmar Mendes, por 3 votos a 2.
A prisão do médico já tinha sido decretada novamente no final de 2010, pela juíza Kenarik Boujikian Felippe, da 16ª Vara Criminal paulista. Na época, a Polícia Federal informou que o médico tentava renovar seu passaporte. Segundo o advogado José Luís de Oliveira Lima, um dos defensores do médico, ele tentava apenas renovar o documento, o que é permitido por lei. Os policias fizeram busca em uma propriedade em Avaré, interior de São Paulo, e também em uma clínica da capital, mas não obtiveram sucesso.
Abdelmassih foi condenado a 278 anos de prisão por ter estuprado ou violentado 37 mulheres entre 1995 e 2008. Todas elas eram pacientes e funcionária de sua clínica de reprodução. O médico teve o registro profissional cassado
Fonte: Folha do Delegado
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