Um terremoto de 6,1 graus de magnitude atingiu, em 4/2/14, os mares do leste da Indonésia, sem que as autoridades tenham informado sobre vítimas e danos materiais.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos, que mede a atividade sísmica no mundo tudo, localizou o epicentro do terremoto a 18 quilômetros de profundidade do leito marinho, a 318 quilômetros de Díli, no Timor Leste, e a 383 de Ambon, no arquipélago indonésio das Molucas.
O Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico não emitiu nenhum aviso de ondas gigantes.
A Indonésia se encontra dentro do chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, uma área onde ocorre grande parte dos terremotos registrados no planeta, a maioria deles de baixa magnitude.
Um vulcão de cerca de 1784 m, o Soputan, entrou em erupção na Ilha de Célebes, na Indonésia, erguendo nuvem de fumaça e cinza de 5,5 km de altura, que, porém, não obrigou as populações dos povoados locais a desocuparem-nos. Desde 1970, isto já ocorreu 14 vezes, sendo a última, em 2008, quando destruiu as plantações de arroz e cravo da região. Além disso, estima-se que haja 400 vulcões no País, sendo 129 deles ativos.
Fonte: Terra
‘Se ficamos nus juntos, acham que é orgia’: como é ser nudista em um país muçulmano
Comunidade nudista da Indonésia desafia a lei para seguir seu estilo de vida, apesar da forte discriminação.
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Sempre que pode, Aditya anda nu (Foto: BBC)
Aditya está nu. Enquanto conversa e frita ovos com caranguejos e repolho, gotas de azeite fervido salpicam na sua barriga.
“Eu adoro fazer as coisas do dia a dia pelado, inclusive cozinhar”, diz. “Me agrada muito ficar o tempo todo pelado. Me sinto mais feliz e mais confortável sem roupa.”
Mas Aditya assume riscos ao andar nu – por isso, não quer revelar seu nome completo. Com base na lei contra pornografia na Indonésia, país de maioria muçulmana, é ilegal andar pelado em público.
Apesar disso, ele se encontra frequentemente com outros nudistas. “Podemos enfrentar pena de prisão se aparecermos pelados em público. Por isso, nos encontramos reservadamente”, explica.
Grupo pequeno, mas unido
Adityia é nudista desde 2007. “Estava navegando na internet, lendo artigos sobre nudismo e me interessei muito pelo tema. Era a forma de vida que eu estava buscando”, recorda.
Então, entrou em contato com outros nudistas do país – uma comunidade pequena, mas muito unida. O grupo nudista de Jacarta tem entre 10 e 15 membros, homens e mulheres.
Aditya sente que a nudez promove um vínculo especial, uma conexão forte e duradoura entre eles. “Podemos ser nós mesmos. Ninguém te humilha, não importa o quão gordo ou barrigudo, o tamanho dos seus peitos ou suas marcas de nascimento. Está pelado.”
Aditya diz que se arrisca ao praticar o nudismo – uma lei contra a pornografia proíbe pessoas de andarem peladas na Indonésia (Foto: BBC)
Ele sonha em viajar para países como a França, onde seu estilo de vida seria aceito. Mas embora a legislação da Indonésia não permita o nudismo, isso não significa que não haja algumas oportunidades para andar pelado.
O grupo se reúne de vez em quando em povoados que podem ser alugados em períodos de férias. Recentemente, se encontraram em uma área montanhosa, nos arredores da capital Jacarta.
“A gente fica pelado em questão de segundos”, conta Aditya. Eles simplesmente passam os dias juntos, relata, conversando sobre todo tipo de tema – de política a trabalho. Sempre nus.
O homem conta que acaba de voltar de uma viagem à praia, em um dos melhores destinos secretos, longe da discriminação que enfrentaria em outras partes do país. “Não é um lugar nudista, mas fica bem escondido por uma folhagem densa”, explica.
Mesmo assim, ele toma algumas precauções. “Escolho os momentos de forma cuidadosa e saio para caminhar bem cedo de manhã.”
Ousados?
Apesar dos riscos, Aditya se expressa de maneira aberta sobre sua forma de vida na internet.
Entre suas diversas contas de Instagram, havia uma de acesso restrito em que publicava fotos nu. Em uma delas, ele aparece totalmente pelado dentro de uma igreja.
Ele decidiu apagar a conta depois, por medo de ser condenado com base na lei contra a pornografia. Mas acredita que as publicações eram necessárias para esclarecer os numerosos “mal-entendidos” sobre sua forma de vida.
“As pessoas aqui da Indonésia pensam que o nudismo está relacionado com sexo”, lamenta, destacando que a prática não é igual ao exibicionismo.
“Se nos despimos juntos, assumem que é uma orgia. A verdade é que não tem nada de sexual nisso. As pessoas são hipócritas quando pensam que é mais educado estar vestido do que agir de forma aberta.”
Uma forma ‘complicada’ de vida
Outro nudista que vive na cidade de Bornéu e que prefere não revelar seu nome concorda que levar esta forma de vida na Indonésia é uma “decisão difícil”.
Ele olha com certa inveja para países como França e Alemanha, onde o nudismo é mais aceito, e pondera que as empresas indonésias poderiam se dedicar mais em atender ao mercado nudista.
A melhor alternativa para ele está na ilha de Bali, onde as restrições são menores, mas diz que os complexos turísticos abertos a essa prática só aceitam estrangeiros.
Há 40 anos, o nudismo era algo comum ali: as mulheres passeavam de topless e tomavam banho nuas. Agora não há mais praias nudistas públicas na ilha, de maioria hindu, embora algumas áreas costeiras continuem sendo populares entre os adeptos da prática, pois ficam protegidas por rochas.
O gerente de um complexo turístico em Bali diz que possui duas propriedades onde o uso de roupas é “opcional”, e que só no centro turístico de Seminyak existe uma dezena de locais semelhantes.
Além disso, “alguns complexos não divulgam que são abertos ao nudismo, mas muitos estrangeiros andam nus lá”. “O nudismo é comum na classe alta”, diz.
O gerente esclarece que só são aceitos clientes estrangeiros, mas acredita que outros complexos hoteleiros podem também receber cidadãos locais.
‘Nos chamam de animais’
Aditya quer esclarecer à sociedade que ele e seus colegas nudistas são seres humanos como qualquer outro.
“A maioria das pessoas tende a ter reações fortes quando se deparam com algo que não é usual. Veja, por exemplo, a forma agressiva como agem com as pessoas transgênero, as agridem.”
“O que eu faço não é pornografia”, critica. “Fico triste quando me julgam e pensam que sou imoral. Nos chamam de animais, inclusive. Só estou sendo eu mesmo, não é nada de grotesco. Não estou fazendo mal a ninguém.”
Às vezes, ele sente a necessidade de desconstruir ideias equivocadas que circulam nas redes sociais. Mas diz que em muitas ocasiões não tem a “energia necessária” para abordar o que classifica como longas e inúteis discussões na internet.
“Muita gente ainda não consegue abordar o tema do nudismo.”
Fonte: G1
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