Se não fosse o Custo Brasil, ou seja, os fatores que reduzem a competitividade internacional do País, como a infraestrutura precária e a alta carga tributária, o PIB per capita, ou seja, Produto Interno Bruto por habitante subiria de 10 para 21,6 mil dólares, chegando ao nível de países como a Coreia do Sul.
O Brasil é o campeão mundial em relação ao tempo gasto para as empresas cumprirem a burocracia relativa ao pagamento de tributos, 2600 horas, ante a média mundial de 284 horas, implicando redução de 8,1 mil dólares no PIB per capita. Estima-se, por exemplo, que saiam 9 novas leis por dia alterando a forma de pagamento dos tributos incidentes sobre a produção industrial, sobretudo, com o mecanismo da substituição tributária, por meio do qual o fabricante da mercadoria antecipa o pagamento do ICMS devido pelo cliente final. Outro exemplo é que a mesma informação sobre o IPI (Imposto sobre o Produto Industrializado) deve ser repassada à Receita Federal de 4 formas diferentes.
Outros quesitos em que o Brasil está atrasado são o prazo em que nele se conseguem as licenças em geral, como as ambientais, ou seja, 411 dias, contra só 210, nos demais, e o custo de exportação de um contâiner, 1790 dólares, enquanto, nos outros países, é de 465 dólares.
Para combater o Custo Brasil, o Governo Federal pretende investir R$922 bilhões até 2015, incluindo os gastos com a Copa do Mundo, Olimpíada e Pré-Sal, fora o Trem Bala.
Fonte: Estadão
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