Aqui no Ocidente, temos dificuldade de compreender os muçulmanos, cujo Livro Sagrado é o Alcorão.

O Islamismo surgiu por volta de 600 A. C. Diz a mitologia que o Anjo Gabriel revelou ao Profeta Mohammad a existência de Deus, quando, então, ele se tornou mensageiro deste, transmitindo ao povo regras de conduta.

Os pilares do Alcorão são que não há divindade além de Deus, que se deve rezar 5 vezes todo dia em direção a Meca, que se deve jejuar uma vez por ano, durante o Ramadan, que se deve pagar esmola de 2,5% do rendimento, e, se o peregrino puder, ir a Meca uma vez na vida. 

O Ramadan dura de 29 a 30 dias, entre 5h10 e 18h30, durante os quais não se pode comer, beber nem fazer sexo. O símbolo do período são fanos, lâmpadas que se acendem em casa. A partir das 18h40, é servido o “eftair”, fonema da palavra café da manhã em árabe, e a última refeição servida é o “sohor”, às 3h45. O comércio reabre às 20h

O jejum é visto pelo muçulmano como oportunidade de purificação, já que se consegue eliminar gordura e toxinas, além de, espiritualmente, favorecer a força de vontade, solidariedade, compaixão e gratidão, estas últimas, porque a fome humaniza a pessoa, levando-a a dar valor ao que tem e a compreender a dor de quem passa fome involuntária, ou seja, por carência material. Estão dispensados do jejum os idosos, crianças, doentes, gestantes e mulheres menstruadas, doando, em compensação, um dia de alimentação aos pobres (“eftair”). A carne de porco e o álcool já são proibidos em qualquer época, e o fumo, só durante o Ramadan. Se se quebra o jejum, deve-se retomá-lo durante 60 dias, ou oferecer alimentos aos pobres durante o mesmo lapso.

Para o Islã, lutar pela terra invadida não é pecado, e, historicamente, ele é seguido por países bastante atacados, devido, inclusive, à ânsia pelo petróleo. As exceções em que se proíbem ataques são os alvos civis indefesos, plantações, edifícios e soldados desarmados.

Em relação à situação da mulher perante o Islã, tão criticada no Ocidente, cabe destacar que o sexo é encarado, além da reprodução, como forma de prazer para ambos os sexos. Só que a sensualidade só é permitida entre marido e mulher, durante o casamento, considerando que o sexo é visto como gesto de amor e a intimidade máxima entre o casal, de modo, então, que a fidelidade é considerada essencial, pois, sem ela, quebra-se a relação de confiança e o coração do traído sofre.

Quanto à dança do ventre, só se admite entre o casal, pois se considera que ela estimula a atração entre os sexos, e, sendo permitido que uma mulher dançasse para um homem que não é seu marido, aquele pode querer trair sua mulher com a bailarina e até substituir aquela por esta, ainda que a artista não esteja pensando em sexo ao apresentar-se.

Fonte: Revista Oriente, Encanto e Magia