Diz o Alcorão, na 24a. surata: “Dize às fiéis que recatem seus olhares, conservem seus pudores, não mostrem seus atrativos além dos que normalmente aparecem e cubram o colo com seus véus”. E “Dize a tuas esposas, filhas e às mulheres dos fiéis que, quando saírem, cubram-se com suas mantas. Isto é mais conveneniente, para que se distingam das demais e não sejam molestadas”.  Resumindo: o Islã quer que a mulher seja discreta, ou seja, não chame a atenção, evitando, assim, roupas que moldem o corpo.

A partir desses textos, na Arábia Saudita, por exemplo, as mulheres vestem por cima da roupa comum o niqab (preto, na rua, ou colorido, em casa), isto é, véu que cobre o rosto e só deixa espaço para os olhos, no Afeganistão e parte do Paquistão, usam a burca, que cobre o corpo inteiro, e, na Síria, Egito, Líbano e comunidades muçulmanas vivendo na Europa e Brasil, aqui, estimada em 1,5 milhão de pessoas, usa-se o hijab, que só cobre o pescoço e cabelos e existe em grande variedade de cores e tipos, além do abaya, vestido que vai até os pés.  Na Turquia, também se usam túnica e calças, enquanto, na Malásia, há as gami, ou seja, vestidos longos florais e coloridos. Além disso, há os chadors, lenços de seda ou chiffon lisos ou coloridos.  

Em casa, porém, diante de mulheres e do marido, a mulher pode usar roupas mais chamativas, perfume, maquiagem e cabelos soltos. E, No Brasil, a Polícia Federal, por exemplo, permite que a muçulmana tire o documento de véu. Aqui também já há casos de grifes lançando peças de suas coleções em estilo islâmico, compridas e largas, como Maria Bonita e Cantão. No exterior, Prada e Ralph Lauren, por exemplo, também seguem essa tendência.

Ainda assim, em 12 de Abril, entrou em vigor, na França, lei proibindo o uso do véu islâmico nas vias públicas, o que  está causando stress lá, pois as mulheres infratoras são levadas à delagacia e intimadas a recolherem multas de 150 euros, após retirarem o véu, para serem identificadas

E a pena para as mulheres até é branda, se comparada à cominada aos homens que as obrigarem a saírem de véu, que, além da multa, abarca até 2 anos de prisão.

Os franceses, instigados pelos princípios da liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa, entendem que o uso do vèu, além de obstar o convívio social da mulher, coloca-as em uma posição discriminatória e de inferioridade em relação ao homem.

Os mulçumanos e alguns ativistas repudiam a lei em questão, inclusive as mulheres, pois, em geral, elas encontram graça na moda do Islã, em que se sentem protegidas, além de orgulho de sua religião. Mesmo assim, há mulheres que se cobrem por pressão de parentes.  

Não deixe de participar do abaixo-assinado on-line “Abaixo o véu muçulmano no Brasil”, clicando em nosso ícone “petição pública”. Lembramos que nosso site tem grande respeito pelo Islã e que nosso abaixo-assinado não ataca seus fundamentos, pois apenas propõe que aqui o uso do véu pelas muçulmanas seja facultativo.

Fonte: Estadão