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Fonte: Youtube

A primeira viagem internacional do papa Francisco com intuito de participar da 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) movimentará milhões de católicos pelo Brasil e pelo exterior. O megaevento religioso, nunca antes sediado no país desde que foi criado pelo pontífice João Paulo II, em 1985, deve reunir em torno de 2,5 milhões de pessoas, dos quais 350 mil de peregrinos de 175 países. Na nação com o maior número de católicos do mundo — 120 milhões, segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2010 —, a jornada segue até 28/7/13. O evento tem o custo estimado em R$ 350 milhões. Como consequência da semana de atividades da JMJ, a expectativa dos organizadores é de que sejam movimentados R$ 500 milhões, e 20 mil empregos diretos sejam criados.

Em 22/7/13, o líder da Igreja Católica desembarca às 16h no Aeroporto do Galeão e dá início a uma série de compromissos. O pontífice deve desfilar em papamóvel pelo menos três vezes enquanto estiver no Brasil. Nos passeios por Copacabana, na sexta-feira, e em Guaratiba, no domingo, são esperadas 1 milhão de pessoas em cada ocasião. O Campus Fidei, palco da missa e vigília do pontífice, nos dois últimos dias da visita ao Brasil, tem um espaço equivalente a nada menos do que sete Maracanãs.

A última JMJ foi em 2011 em Madri, na Espanha, com o papa Bento XVI, e o evento já passou por vários outros países, como Argentina, Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Filipinas e Polônia. O papa João Paulo II anunciou a instituição da JMJ em 1985, ano em que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou como Ano Internacional da Juventude. Em março, houve um encontro internacional de jovens no Vaticano.

O que pensa a juventude sobre o futuro? A pergunta feita a 400 jovens de comunidades do Rio por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que terá parte da programação no Campus Fidei, em Guaratiba, zona oeste do Rio. Os depoimentos foram gravados e serão transmitidos durante a vigília que começa às 10h, no sábado ( 27) até a manhã de domingo (28), antes da missa que o papa Francisco vai celebrar no local. Os depoimentos poderão ser vistos a distância, porque serão exibidos em totens com lâmpadas de LED espalhados próximo ao altar, onde ficará o pontífice. “São os jovens ali falando. Eles falam como vai ser o futuro, sobre o que pensam e esperam do futuro”, contou o diretor artístico da programação do Campus Fidei, Edson Erdmann.

Às 10h30 do dia 27/7/13, começam os 13 shows que terão 50 atrações nacionais e internacionais, incluindo, segundo o diretor, 700 artistas. No mesmo dia, às 12h, está previsto o início dos shows do Futuro, que terminam à meia-noite. “São 12 horas de shows. O Show do Futuro Brasil será com artistas brasileiros. Depois tem o Duos, que são artistas cantando em duplas para mostrar a união. Tem ainda o Show do Futuro Stars, que terá grandes nomes como os dos padres cantores. O padre Fábio Melo estará lá. Depois tem o artista Tony Melendez, um artista mexicano que não tem os braços, mas toca violão e já se apresentou para o papa João Paulo II”, disse Erdmann.

Às 17h30,quando o papa chegar para uma visita ao Campus Fidei, haverá uma parada na programação. Depois da saída do pontífice, recomeçam as atrações. Edson Erdmann disse que serão feitos alguns ensaios do flash mob que será apresentado ao papa antes da missa do dia seguinte e que promete ter recorde no número de integrantes. “Não sei quantas pessoas estarão lá. Um milhão, 1,5 milhão, 2 milhões. Não tenho a menor ideia, mas com certeza nós vamos fazer uma coisa muito legal. Tenho certeza de que o papa vai ficar emocionado com a apresentação que os jovens estão preparando para ele”, comentou o diretor. Ele explicou que não é possível calcular quantas pessoas vão participar porque a coreografia e a música podem ser aprendidas por meio de um vídeo publicado na internet, e a adesão é livre.

Os shows de 27/7 serão retomados com o musical Streetlight do grupo italiano Gen Rosso, criado em 1966 para transmitir mensagens de paz e fraternidade universal. O diretor informou que o grupo vai se apresentar com 200 jovens brasileiros em tratamento de dependência química. “O grupo italiano tem um projeto social no mundo inteiro e ensaiou um musical especialmente para a JMJ”, contou.

Haverá ainda o Show do Futuro Mundo, com vários artistas internacionais e a apresentação do cantor e compositor da Costa Rica Martin Valverde. Ele é ligado ao movimento carismático da Igreja Católica.

Perto da meia-noite, a programação vai buscar o relaxamento de quem estiver no Campus Fidei para preparar quem quiser descansar e dormir até o recomeço da programação, às 7h do dia28/7/13. “Nesse momento haverá orações e serão entoados cantos gregorianos para que as pessoas que estiverem no Campus possam se preparar para dormir”, disse o diretor.

Já no domingo, está previsto um show com padres cantores às 8h30. O papa deve chegar de helicóptero por volta das 9h. De papamóvel, passará entre os jovens. Quarenta minutos depois deixa o veículo e vai para o palco assistir ao flash mob. Após a apresentação, vai se preparar para a missa marcada para as 10h. Acompanharão a missa uma orquestra formada por 200 músicos e um coral de 100 vozes.

Depois da missa e de o papa deixar o Campus Fidel, vão ocorrer outros shows para entreter e facilitar a dispersão dos participantes da jornada que estiverem no local. Para o diretor, cuidar da programação do encontro é um momento especial. “O papa vai passar uma semana inteira no Brasil, uma coisa que os outros papas nunca fizeram”, destacou.

Centenas de jovens que vieram ver o Papa escolheram as favelas do Rio de Janeiro como hospedagem e se surpreenderam com o fato de que seus moradores não andam armados e os tratam melhor do que em casa.

Muitos chegaram há apenas alguns dias à paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, no bairro de Inhaúma, não sabendo que ficariam no Complexo do Alemão, um grupo de 11 favelas que, antes de ser pacificado, era reduto do tráfico de drogas.

São peregrinos que vieram de todas as partes do Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), nos próximos 23 a 28 de julho, e que contará com a presença do papa Francisco. Eles receberam hospedagem em diferentes casas de família do Complexo, que vai acolher cerca de 700 jovens.

Uma centena também está alojada em outras regiões pobres, incluindo o Complexo de Manguinhos, onde se encontra a favela de Varginha – visitada pelo Papa na quinta-feira, 25 de julho.

Medo na favela

“Aqui não vou ficar”, disse Carol Schneider (21), de Gramado, Rio Grande do Sul, quando durante a missa de acolhida, o padre Julio se referiu ao lugar onde se encontravam, disse à AFP.

É que o local, presente durante anos em imagens de enfrentamentos entre policiais e traficantes nos noticiários, ainda é muito associado a palavras como tiroteio, tráfico de drogas e assassinato .

“Tínhamos outra visão do Alemão”, diz Eduardo Gonçalves, 36, que veio de Florianópolis e também se hospeda com moradores da comunidade.

Durante décadas o Complexo do Alemão esteve nas mãos traficantes de drogas. A polícia não entrava e os moradores eram proibidos de falar sobre o que acontecia, segundo contam à AFP, ainda com certo receio de sofrer represálias.

“O que sabíamos sobre este lugar antes de virmos não bate com a realidade que estamos vivendo”, diz a paranaense Flávia Pinheiro (27).

Em 2010, o Complexo foi ocupado pela polícia e pelo Exército, munidos de carros blindados e helicópteros, após uma semana de violência urbana que terminou com 37 mortos. Atualmente, a segurança do bairro fica por conta da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Dormir entre plantas e pássaros

“Mas as pessoas foram muito acolhedoras, é como se fossemos da família”, explica Schneider ao descrever a família que a hospeda, numa casa cheia de plantas, canarinhos que cantam e imagens religiosas.

Ela e Flávia dormem com outras nove jovens na laje da casa da família do Complexo. A dona da casa, Almarinda Bolzan, casada e mãe de quatro filhos, preparou um espaço de descanso para as meninas. “Meu marido fez um móvel para elas guardarem suas roupas”, conta com orgulho ao mostrar a estante de madeira.

O lugar está dividido em dois por um toldo cinza. De um lado os colchões infláveis e duas camas, e do outro uma mesa com café, pão e frutas.

“Não pagam nada, aqui elas têm cama e café da manhã”, diz Almarinda. E garante que as jovens já até disseram querer morar com ela.

“Melhor do que em casa”

“Melhor do que em casa”, diz, rindo, Rittha Igniz, 33, do Paraná, ao mostrar as maçãs e bananas que deixaram para ela em cima da mesa.

As jovens dizem não ter medo que alguém entre no quatro pulando uma das lajes desniveladas que as cercam e que, durante o dia, são tomadas por crianças que aproveitam a proximidade do céu para empinar pipas e papagaios.

“Já me sinto em casa”, disse Schneider ao admitir que, assim como suas companheiras peregrinas, agora anda tranquila entre as crianças, cães e gatos que, chova ou faça sol, jogam descalços nas inclinadas ruas do bairro.

“Cristo nos convida, venham meus amigos, Cristo nos convida, sejam missionários”, diz o hino da JMJ cantado pelas jovens, antes de irem dormir, sem medo de que os vizinhos reclamem do barulho.

Sorridente e bem-humorado, o papa Francisco, primeiro latino-americano no pontificado, conquistou, em quatro meses, católicos e não católicos. Ele demonstrou seu estilo, logo no primeiro dia, ao ter nome anunciado em 13 de março deste ano: abençoou os fiéis e abaixou a cabeça pedindo a bênção de todos. Foi assim que Francisco, de 76 anos, indicou como pretendia comandar a Igreja Católica Apostólica Romana.  “Rezem por mim”, pediu ele, na ocasião.

Os peregrinos que chegarem ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude, entre os dias 23 e 28 deste mês, não deverão encontrar dificuldades para se hospedar. Foram cadastradas pela organização do encontro 300 mil vagas, incluindo casas de famílias, paróquias, escolas, além de locais inusitados, como centros culturais e quadras de escolas de samba. Até esta semana, 155 mil peregrinos haviam feito inscrição com opção de hospedagem.

Os bairros com maior número de vagas estão localizados nas zonas norte e oeste da cidade, como Campo Grande, Santa Cruz, Bangu, Realengo, Taquara, Barra da Tijuca, Guaratiba e Paciência. Haverá vagas também no Centro e no bairro de Icaraí, em Niterói.

Na maior parte dos casos, para receber os visitantes basta oferecer um local limpo, com banheiro e cozinha, onde poderão ser preparadas algumas refeições. Os jovens, em sua maioria, trazem colchonetes ou sacos de dormir. Não é obrigatório oferecer refeição, pois no momento da inscrição, os peregrinos optam se querem receber almoço e jantar.

O município do Rio preparou 280 escolas públicas para atender a até 70 mil peregrinos. A logística está a cargo da Rio Eventos, que selecionou apenas colégios com capacidade de receber os visitantes com conforto – escolas com cozinha, banheiros e vestiário.

A Secretaria Estadual de Educação disponibilizou 87 escolas para a Semana Missionária, que antecede a JMJ, e 84 escolas no Rio, Grande Rio e municípios próximos, para abrigar os peregrinos durante o evento. Na escola que funciona dentro do Jockey Club Brasileiro, na zona sul da cidade, ficarão hospedados 300 estudantes.

Se o visitante preferir, poderá se hospedar em locais alternativos. Em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, 80 peregrinos portugueses e espanhóis ficarão abrigados na Instituição Afro-Cultural Ojuobá Axé. A coordenadora do espaço, Luana Guimarães, explica que o centro, onde ocorrem diversos cursos, incluindo temáticas africanas, é ecumênico e aceita todas as orientações religiosas. “Eu sou católica, mas acredito em todas as religiões.”

Hospedagem mais agitada terão os 60 peregrinos que ficarão na quadra da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, em Ramos, na zona norte. Já neste domingo, eles serão recepcionados por um show musical e festa julina. Mas sem gula ou excessos, tudo dentro dos preceitos cristãos.

Vaticano confirmou hoje (21) que Francisco sairá de Roma às 8h45 de amanhã (22) e chegará ao Rio por volta das 16h (Alessandro Bianchi/Reuters)Vaticano confirmou hoje (21) que Francisco sairá de Roma às 8h45 de amanhã (22) e chegará ao Rio por volta das 16h

Na sua primeira viagem ao exterior, desde sua eleição, Francisco demonstra que adotará a mesma postura que o caracteriza. Antes da viagem ao Brasil, o papa destacou a vontade de estar perto da população. Às vésperas de partir para o Rio de Janeiro, ele reiterou que, na chegada à cidade, faz questão de um passeio em carro aberto, no papamóvel.

O Vaticano confirmou hoje (21) que Francisco sairá de Roma às 8h45 de amanhã (22) e chegará ao Rio por volta das 16h. Após o desembarque, ele fará um passeio pelo centro da cidade.

Ao escolher o nome Francisco, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio decidiu também assumir para si a marca do santo de Assis: a simplicidade e a proximidade com as pessoas. Francisco dispensou o apartamento papal para ficar na Casa de Santa Marta, na qual ficam hospedados, em geral, os cardeais que vão ao Vaticano. Ele também substituiu o crucifixo de ouro pelo de prata e abriu mão do sapato vermelho para usar um comum, na cor preta.

Antes de celebrar sua primeira missa, o papa desfilou em carro aberto entre os fiéis: beijou crianças, abençoou pessoas com deficiências e sorriu. Em 16 de março, ao receber jornalistas, Francisco falou em italiano e, pouco antes de se despedir, em espanhol, ele disse: “Sei que muitos de vocês aqui [referindo-se aos jornalistas] não são católicos. Mas isso não importa. Eu abençoo a todos”.

Francisco reitera que é assim que quer a Igreja: de portas abertas. No dia seguinte à sua eleição, ele foi rezar, na Basílica Santa Maria Maior, no centro de Roma, e proibiu que as portas ficassem fechadas porque ele estava lá. Na ocasião, o papa cumprimentou os presentes, sem cerimônia, e abençoou os que beijaram sua mão. Além disso, dispensou o carro oficial e seguiu em um veículo comum do Vaticano.

Em poucos dias, o estilo do papa se tornou conhecido. Sem cerimônia, Francisco procurou o antecessor, o papa Bento XVI, o primeiro na história recente a renunciar, para rezarem juntos. Vários encontros semelhantes ocorreram afastando as hipóteses de divergências. No passado, contou Francisco, foi Bento XVI que o impediu de se aposentar como ele deseja, segundo relato feito pelo porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

No período entre a primeira Jornada Mundial da Juventude (JMJ), criada em 1995 pelo papa João Paulo II, e a que começa na semana que vem no Rio de Janeiro, houve mudanças na Igreja Católica no Brasil, entre elas a redução no número de fiéis. A avaliação é do professor e pesquisador do Departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Ricardo Ismael.

“Hoje a Igreja Católica tem uma disputa maior. Outras opções religiosas avançaram no Brasil e essa diversidade religiosa é natural. A convivência entre as religiões é o que deve acontecer. A Igreja Católica, no Brasil, vive uma realidade diferente do que era há 20 anos, quando o número de adeptos era muito maior”, analisou.

Para o professor, vários fatos importantes marcaram o período, desde a eleição do presidente norte-americano Barack Obama, até a falta de solução para a pobreza extrema no mundo. “Há ainda milhares de pessoas que vivem com menos de US$ 1 por dia. É evidente que a agenda social que ainda não avançou é uma preocupação não só para a Igreja Católica como para os governantes do mundo. Neste momento em que o papa chega ao Brasil e, certamente, depois de suceder Bento XVI, que era de uma ala mais conservadora, a grande expectativa é que a Igreja abrace uma agenda mais voltada para as questões sociais”, explicou.

O cientista político acredita que a vinda do papa pode estabelecer uma nova agenda, com foco nas questões sociais. “Se ele fizer isso, vai contribuir muito não só para o que ainda precisa ser resolvido no Brasil, como em outras partes do mundo, que são muito esquecidas nos debates. A eleição do papa Francisco, que tinha um trabalho nas periferias da Argentina, aponta para a ideia de [a Igreja] se aproximar mais das populações e dos setores mais pobres da economia”, avaliou.

Para o pesquisador, há uma coincidência no período da vinda do papa Francisco para a JMJ e as manifestações populares que começaram em junho no Brasil, com forte presença de jovens que cobram dos governantes ações concretas para melhoria nos serviços públicos e combate à corrupção. “É evidente que essa é uma questão interna do Brasil e o papa não pode resolver este problema. O papa tem um trabalho na periferia de Buenos Aires, que faz com que ele possa dialogar com os setores mais progressistas e preocupados com a questão social no Brasil. Entendo que é uma primeira visita e que a principal razão da vinda dele é o encontro mundial da juventude, provavelmente, deve ter uma mensagem aos jovens. Em razão das manifestações no Brasil terem se iniciado com os jovens, que estão reivindicando um país melhor, não vejo dificuldade dele falar para esses jovens”, contou.

Para o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, a vinda do papa é um momento histórico para o Brasil e para o Rio de Janeiro. Segundo ele, as jornadas têm ajudado os jovens a se tornarem protagonistas em todos os lugares do mundo. “Tenho certeza que vai continuar ajudando muito os jovens a construírem um mundo melhor”, completou.

Tempesta também observa uma concordância entre os objetivos da JMJ e as manifestações no Brasil. “Dentro do plano de Deus podemos ver que também a Igreja quer construir um mundo mais justo, mais humano, mais fraterno, baseado em pessoas que amam o próximo e querem perdoar e não ter rancor. É um trabalho muito bonito que a jornada e o papa trazem.

O papa Francisco pode ter um encontro exclusivo com jovens argentinos, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que começa na terça-feira (23), na capital fluminense. A informação foi dada hoje (21) pelo prefeito Eduardo Paes, que estuda um local para a reunião. Uma das possibilidades é o Terreirão do Samba, um galpão que fica no centro.

“Fui informado hoje pela Igreja Católica do desejo do papa de encontrar um lugar para fazer esse encontro com os jovens argentinos”, revelou Paes. “Afinal de contas, o papa é argentino e lá estava sua paróquia”. Para tentar atender ao pedido, o prefeito quer que o encontro com os argentinos seja na quinta-feira (25) ou sexta-feira (26), dias de feriado, ou no final de semana.

Esta é a primeira viagem internacional de Francisco e, apesar de estar sendo preparada há dois anos, sofre alterações de última hora. Na sexta-feira (19), foi incluído trajeto em carro aberto pelas ruas do centro, saindo da Catedral, antes de o papa seguir para recepção, no Palácio Guanabara, onde estarão o governador Sérgio Cabral e a presidenta Dilma Rousseff. A cerimônia custará R$ 850 mil.

Segundo Paes, o pedido de alteração na agenda mostra “o lado positivo e uma certa imprevisibilidade do papa Francisco”, que a prefeitura não restringirá. Por enquanto, não foram confirmadas mais alterações. “Acho que devemos nos preparar [para mudanças de última hora]”, reforçou o prefeito. “Pelo estilo do papa Francisco – que acho muito legal –, a chance de [vê-lo] sair por aí, andando de carro aberto, parando nos lugares e falando com as pessoas é grande.”

Já para a recepção oficial do pontífice no Palácio da Cidade, na quinta-feira, o prefeito contou que convidou atletas como Pelé, Oscar Schmidt e Neymar – que ainda não confirmou a participação. O evento, onde a bandeira olímpica será abençoada, custará cerca de R$ 200 mil para a prefeitura. “Não terá pronunciamento nenhum, será rápido e simples ”, justificou Paes.

Amanhã (22), para facilitar o deslocamento do pontífice pela cidade e o contato dele com o público, a orientação é que as pessoas evitem vir ao centro de carro particular, não estacionem  nas ruas e tenham paciência com eventuais transtornos e congestionamentos no trânsito.

O papa Francisco assumiu o pontificado com vários desafios a enfrentar: os escândalos envolvendo a Igreja Católica Apostólica Romana, com desvios de recursos e pedofilia, a conquista de fiéis e a aproximação da religião com os dias atuais. Ele sinalizou que pretende vencer os obstáculos. Francisco nomeou, há dois dias, uma comissão de laicos (não religiosos), exceto um padre que será o coordenador, para avaliar a situação econômica e administrativa do Vaticano.

Desde o ano passado, há denúncias de desvios de recursos do Banco do Vaticano e dúvidas sobre a aplicação do orçamento da Santa Fé. Francisco quer um diagnóstico preciso da situação. Ele disse que o relatório será submetido a cardeais para, assim, definir as mudanças. A ideia é impedir irregularidades financeiras e econômicas envolvendo os recursos da Igreja.

No último dia 11, em meio às denúncias de pedofilia envolvendo padres, o papa modificou o Código Penal da Igreja Católica, o Motu Proprio, fixando penas mais duras para crimes contra crianças e adolescentes, assim como lavagem de dinheiro. A legislação é válida para a Santa Sé e como regulamento do Vaticano.

O papa também aumentou o rigor sobre os crimes contra a humanidade, como genocídios, denunciados com frequência em países em conflito armado, e medidas de segregação racial. Modificado conforme as orientações de Francisco, o Motu Proprio passará a valer a partir de 1º de setembro.

Com a preocupação crescente sobre a redução de católicos, inclusive no Brasil, Francisco apelou aos cardeais para que conquistem as pessoas usando “sabedoria” e “maturidade”. Mas também ressaltou que o exemplo em atitudes é que atrai. Para ele, a igreja deve ser para todos, inclusive, para os pobres. “Como eu gostaria de ter uma igreja pobre para os pobres”, disse ele, no primeiro encontro com jornalistas, em 16 de março deste ano.

O papa lembrou que a escolha do nome Francisco, inspirado no “santo dos pobres”, foi uma sugestão do cardeal brasileiro dom Cláudio Hummes, que é arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação de Bispos. “Não se esqueça dos pobres”, contou o papa, ao lembrar a recomendação feita por dom Cláudio Hummes.

Fonte: Correioweb