Foram soltos em 19/10/13 30 manifestantes, todos maiores de idade, que estavam presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste da cidade. A informação é da Secretaria de Estado e Administração Penitenciária (Seap). Com isso, subiu para 52 o total de manifestantes presos no tumulto após um protesto de professores na terça-feira que já deixaram a cadeia. Três já haviam ganhado a liberdade na última quinta-feira e 19 foram soltos na sexta. Dos 10 que ainda se encontram em Bangu, três já receberam alvará de soltura e aguardam a liberação. Outros sete permanecerão presos. Os 18 menores levados pela PM também na terça permanecem detidos.
Nesta sexta-feira, a 21ª Vara Criminal do Rio, atendendo a um pedido do Ministério Público estadual, havia revogado a prisão de 31 manifestantes. A polícia havia indiciado 62 pessoas por participação em atos de vandalismo. Em seu despacho, a juíza ressalta, no entanto, que há um inquérito em curso. Entre os beneficiados pela medida, estão o professor e pesquisador da Fiocruz Paulo Roberto de Abreu Bruno e a produtora de cinema Elisa de Quadros Pinto Sanzi, a Sininho.
Na noite desta sexta-feira, 19 manifestantes deixaram o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste da cidade. Foram liberados Bernardo Magalhães Lopes Souza, Lucas Pestana Rabay, Luis Henrique da Silva Rodrigues, Diego Lucena Tavora, Jivago Barros Novaes, Helcio Ramos Moraes, Pedro Assis Costa Martins, Abadias Vitoriano Guajajara, Cleiton José Tomaes Alves, Ruy Ribeiro Barros, Claudevan Alves dos Santos, Adelson Luis Ferreira da Silva, Allan Manoel Mouteira, Bruno Vinicius Silva dos Santos, Francisco Wellington Lima Pereira, Luam Godinho Costa, Márcio Lopes da Rocha, Raphael da Cunha Lima, além do pesquisador da Fiocruz Paulo Roberto de Abreu
Um protesto realizado por professores de escolas públicas estaduais e municipais, em greve há dois meses, terminou, em 15/10/13, em confronto no centro da cidade entre a polícia e grupos de manifestantes violentos que se infiltraram na manifestação.
O enfrentamento, que deixou uma viatura incendiada e algumas agências bancárias depredadas, foi registrado meia hora depois de os professores encerrarem um protesto de três horas que reuniu cerca de 20 mil pessoas e que paralisou totalmente o centro da capital fluminense.
Os incidentes aconteceram apenas uma semana depois de outra manifestação de professores, que se opõem a um plano de cargos e salários proposto pela Prefeitura e aprovado pelo Conselho Municipal, terminasse também em caos no centro de Rio e deixasse um ônibus incendiado, várias lojas saqueadas e danos no consulado dos Estados Unidos, atacado com coquetéis molotov.
No momento em que professores e milhares de estudantes que apoiam a greve deixavam a Avenida Rio Branco, a principal do centro do Rio e onde marcharam cerca de 300 jovens que tinham se infiltrado no protesto e enfrentaram a polícia com pedras, morteiros e coquetéis molotov.
Os manifestantes mais exaltados, que se identificaram como membros dos “Black Blocs”, um grupo que defende o uso da violência nos protestos, utilizaram como escudos no confronto as placas de aço que os comerciantes instalaram como proteção.
Os professores tinham marchado pela Rio Branco entre a igreja da Candelária e a praça da Cinelândia, ponto tradicional de protestos.
Os “Black Blocs” se dirigiram para a sede da Assembleia Legislativa, menos resguardada pela polícia, e deixaram um rastro de vidraças destruídas e uma viatura policial incendiada pelas ruas que passaram.
A polícia utilizou gás lacrimogêneo para dispersar os grupos de manifestantes, o que expandiu os confrontos em direção a diferentes ruas do centro do Rio.
Os professores, que tinham convocado a passeata para hoje por causa do Dia dos Professores, decidiram em assembleia sindical poucas horas antes da manter a greve iniciada em 8 de agosto.
Fonte: Yahoo