A corretora de imóveis Mary Vieira Knorr, 53 anos, que confessou ter matado suas duas filhas, as adolescentes Giovanna Knorr Victorazzo, 14 anos, e Paola Knorr Victorazzo, 13 anos, em 14/9/13, foi indiciada em três inquéritos pelo crime de estelionato e em outro por periclitação da vida e da saúde (pôr em risco a vida de alguém).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), apesar dos crimes, Mary não chegou a ser presa. A pasta não forneceu detalhes sobre os inquéritos em que a mãe das adolescentes foi indiciada. No caso com as filhas, a corretora de imóveis foi indiciada por homicídio.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) afirmou que Mary, que disse ser corretora de imóveis, não está registrada em seu banco de dados, “não tendo nenhuma ligação com este Conselho ou com a categoria de profissionais”.
Adolescentes foram sepultadas nesta segunda-feira
Paola e Giovanna foram sepultadas às 15h desta segunda-feira no cemitério Valle dos Reis, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.
A cerimônia foi restrita a familiares e amigos das vítimas. Segundo o advogado José Paulo Arruda, que representa o pai das meninas, o empresário Marco Antônio Victorazzo, a família paterna não se pronunciará até a conclusão do inquérito. De acordo com Arruda, Marco Antônio está “extremamente chocado” com o fato.
Morte em família
As adolescentes Giovanna Knorr Victorazzo, 14 anos, e Paola Knorr Victorazzo, 13 anos, foram encontradas mortas no sábado na casa onde moravam, no Butantã, na zona oeste da capital paulista. Segundo a Polícia Militar, a mãe das vítimas, a corretora de imóveis Mary Vieira Knorr, 53 anos, confessou o crime a policiais, que invadiram a residência na rua Doutor Romeu Ferro para impedir que ela cometesse suicídio. O cão da família também foi morto pela agressora.
De acordo com o tenente Santana, que atendeu a ocorrência, o filho mais velho de Mary acionou a Polícia Militar, relatando que não estava conseguindo entrar em contato com a mãe por algum tempo. “Ele relatou que ela estaria tentando se suicidar. A equipe entrou na residência com o apoio dos bombeiros, e encontramos a mulher muito perturbada. Falou algumas coisas das filhas, que passava por problemas financeiros, mas estava muito confusa”, relatou o PM.
Ao perguntar sobre as irmãs, o filho decidiu procurar no quarto das meninas, onde encontrou as vítimas mortas. Segundo o tenente Santana, uma das vítimas foi asfixiada pela mãe, e a outra, enforcada. “Ela estava muito perturbada, acabou confessando o crime, falou que tinha matado as filhas”, disse.
Em buscas pela residência, os policiais também encontraram o animal de estimação da família, que também foi morto pela mulher, asfixiado com uma sacola plástica. “Ela tomou muitos remédios antidepressivos e chegou a abrir o gás do fogão para se matar”, disse o tenente.
A mãe das jovens foi indiciada pela morte das filhas e continua internada no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), para onde foi levada após ser encontrada pela polícia. Assim que deixar o hospital, Mary deverá prestar depoimento
Fonte: Terra