Cumprir oito horas diárias de trabalho é indicador de produtividade? Numa época em que os empregadores buscam colaboradores mais criativos e comprometidos, esta mentalidade vem mudando e, a cada dia, é maior o número de organizações que vêm adotando um horário mais flexível. É o que mostra enquete realizada pelo Data UniCarioca, laboratório de prática de pesquisas da UniCarioca, segundo o qual aproximadamente 67% das empresas da cidade do Rio de Janeiro já optam pelo sistema e 54% possuem banco de horas.
Cerca de 15 anos após a implantação da Lei nº 9.601/98, que regulamenta a jornada de trabalho flexível, tal resultado mostra o quanto a gestão de pessoas ainda precisa se adaptar aos novos tempos e passar a considerar a qualidade de vida e uma relação mais madura como fatores importantes na relação de trabalho. É o que afirma o professor Jalme Pereira, coordenador da pesquisa.
— Fizemos questão de focar tanto na flexibilidade como no banco de horas. Durante a coleta de dados, ouvimos relatos em que os profissionais diziam aproveitar o benefício para desenvolver outras atividades, como estudar, praticar esportes ou levar filho ao médico, ou ainda realizar as tarefas de forma remota, dado que não foi considerado neste estudo.
Engenheiro de Processos da Radix, empresa de serviços de engenharia, Jonas Braz da Silva usufrui de horários flexíveis desde que chegou à empresa, há três anos. Ainda como estagiário, ter esta flexibilidade foi determinante para sua formação acadêmica e início do desenvolvimento da carreira.
— Hoje, sou aluno de mestrado da Escola de Química da UFRJ, curso realizado em período comercial, com aulas pela manhã e tarde. Assim, o benefício do horário flexível continua sendo fundamental para a minha qualificação — afirma o engenheiro.
Entre as empresas que adotam o horário flexível, a maioria (67%) permite elasticidade de uma ou duas horas no início ou no fim da jornada, garantindo a presença de todos no local de trabalho num determinado período, de aproximadamente seis horas. Pereira ressalta que, de certa forma, esta “liberdade” foi mais facilmente aceita pela maioria dos empregadores em razão do trânsito caótico na cidade e da imprevisibilidade de horário do transporte urbano.
Para driblar o trânsito
Fugir dos engarrafamentos é o que faz a analista de marketing Fernanda Castro madrugar na empresa. Moradora da Barra da Tijuca, numa área próxima ao Riocentro, ela percorre um longo trajeto até o Centro, onde fica o escritório da Wärtsilä, companhia do setor de energia e indústria naval para a qual trabalha há cinco anos.
— A possibilidade de ter horário flexível me ajuda 100%, já que saio de casa cedo e não pego trânsito. Começo a trabalhar às 7h e saio às 16h, antes do horário crítico do rush. E ainda concilio minhas atividades com o fuso horário da matriz da empresa, na Finlândia.
Para Fernanda, essa facilidade pesa, e muito, na decisão de continuar na companhia:
— E não basta ter horário flexível, mas também gestores flexíveis, que não deixem seus colaboradores constrangidos de desfrutar o benefício.
Respeito aos diferentes padrões
Apesar de a flexibilidade no trabalho estar crescendo, nem sempre ela é possível, ressalta Luiz Eduardo Rubião, CEO da Radix. Há casos, lembra ele, em que é preciso atender às demandas dos clientes, e o profissional precisa cumprir um horário padrão. Esta é uma preocupação constante da empresa, embora, desde a sua fundação, ela adote o horário mais flexível, especialmente por causa da natureza de seu trabalho, que exige um maior grau de criatividade e atenção.
— Reconhecemos que as pessoas têm padrões diferentes em relação a estes requisitos. Alguns gostam de madrugar e são muito mais do dia, enquanto outros preferem acordar mais tarde e são mais produtivos à noite. Dentro de um limite razoável, procuramos dar às pessoas a liberdade de aproveitar melhor o seu próprio ritmo de trabalho — afirma Rubião.
Na Chemtech, a flexibilidade é um importante pilar dentro da política de valorização do funcionário: a ideia é garantir mais qualidade de vida e um clima interno agradável e mais adequado ao ambiente de inovação, explica Bianca Bozon Moreira, coordenadora de comunicação e marketing.
Há cinco anos na empresa, o designer gráfico Tiago Salviano é um dos beneficiados. Como trabalha com processos de criação, a flexibilidade de horário permite que ele aproveite melhor o que chama de “relógio criativo”.
— A criatividade, em alguns casos, pode até funcionar bem quando se segue horários fixos de trabalho. Mas nem sempre o ‘plim’ da melhor ideia surge no momento esperado. Quando é possível aproveitar as particularidades pessoais e os sinais do dia a dia, os resultados finais tendem a superar as expectativas — afirma o designer.
Na opinião de Luana Bernat, analista contábil da Rexam, fabricante mundial de embalagens, o grande desafio do horário flexível para o profissional é ajustar as suas horas trabalhadas com as das pessoas com as quais interage.
— Se o horário que você faz for muito diferente do de sua equipe ou de seu chefe, você pode perder algumas oportunidades decididas em uma reunião em que não estava presente, por exemplo. Por isso, na Rexam, o horário é acordado previamente com o gestor e seus colegas, de forma a atender a todas as expectativas, do profissional e da companhia — conta Luana.
No âmbito geral, há unanimidade em afirmar que as duas partes saem ganhando com a flexibilização da jornada de trabalho: a empresa, porque, além de ver o tempo de trabalho mais otimizado, tem um colaborador mais motivado, satisfeito e produtivo. E o funcionário porque consegue conciliar vida pessoal e profissional adequadamente. E dependendo da atividade, consegue obter ganhos expressivos de produtividade.
— Estratégias como trabalho remoto e flexibilidade de horário são grandes diferenciais para empresas com visão inovadora e que valorizam os profissionais. Acredito ser uma decisão acertada dos gestores que perceberam a necessidade de diversificar a forma de trabalho. Certamente, o retorno a curto e longo prazos compensam — completa o engenheiro Jonas da Silva, da Radix.
A liberdade de administrar a própria carga horária tem seus pontos positivos: as equipes trabalham ainda mais focadas em resultados, promove-se um ambiente com mais autonomia e confiança, e há o fortalecimento de uma cultura focada na responsabilidade e no comprometimento.
No entanto, é preciso ter cuidado para o tiro não sair pela culatra, ressalta Ylana Miller, sócia-diretora da Yluminarh e professora do Ibmec. Em algumas empresas que adotam o sistema, mas não conseguem administrá-lo de forma adequada, nota-se baixo desempenho de profissionais que não conseguem trabalhar com autonomia ou precisam de uma liderança bem próxima. E em alguns casos, há dificuldade dos líderes no desenvolvimento da equipe e comprometimento na qualidade da comunicação entre os profissionais.
— No mercado de trabalho, as práticas de horário flexível poderiam evoluir ainda mais. Para tal, estudos e redesenhos em relação à legislação trabalhista precisam ser priorizados — afirma.
Controle feito pela própria empresa
De acordo com os dados coletados pela Data UniCarioca, em 71% das empresas, o controle do horário flexível é feito pela própria companhia, através de ferramentas gerenciais, e em 28%, este controle fica a cargo do empregado. E em 65% dos casos, é a empresa que determina quando será a compensação do banco de horas. A pesquisa, no entanto, revela um dado preocupante, de acordo com o professor Jalme Pereira: 12% dos entrevistados sinalizam que nas empresas onde trabalham não são cumpridas as regras estabelecidas pela legislação, seja não pagando ou compensando o banco de horas.
Porém, também foi possível perceber durante a coleta de dados que onde há um desempenho ético quanto ao horário flexível e banco de horas, as pessoas trabalham mais satisfeitas e tendem a permanecer mais tempo na empresa.
Fonte: O Globo
Estagiário nos EUA ganha salário de até R$ 16,2 mil, diz pesquisa
Salário anual de estagiário em empresa de tecnologia supera a renda média de uma família americana
Um ranking produzido pela consultoria Glassdoor selecionou as 25 companhias que pagam as melhores bolsas de estágio dos Estados Unidos. Enquanto a renda média de uma família americana é de US$ 53 mil por ano, empresas de tecnologia chegam a pagar estagiários com “cheques” de até US$ 7 mil (cerca de R$ 16,2 mil) mensais, o que dá uma renda anual de US$ 84 mil.
Lideram a lista empresas da área de São Francisco, na Califórnia – do total, 18 são da região. O setor de tecnologia também domina o levantamento, 19 dos melhores salários estão no setor, seguido das áreas de petróleo, gás e energia.
Entre as considerações positivas dos jovens sobre essas oportunidades estão motivação e missões reais no trabalho, bons bônus, regalias, participação nas decisões tomadas pela empresa e a possibilidade de ter voz nos projetos.
Brasil
O salário médio dos estagiários no Brasil foi de R$ 859,45 em 2013, segundo estudo do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube). Mesmo salários de profissionais com nível superior não chegam aos valores dos melhores estágios nos EUA. Conforme pesquisa da Page Personnel, os sete cargos mais requisitados para este ano no Brasil pagam renda média de até R$ 8 mil por mês para profissionais “sênior”.
Confira a lista completa dos melhores salários para estagiários nos EUA:
POSIÇÃO | COMPANHIA | SALÁRIO (MÊS) |
1 | Palantir Technologies | US$ 7.012 |
2 | VMWare | US$ 6.966 |
3 | US$ 6.791 | |
4 | Linked In | US$ 6.230 |
5 | US$ 6.213 | |
6 | Microsoft | US$ 6.138 |
7 | Ebay Inc | US$ 6.126 |
8 | Exxon Mobil | US$ 5.972 |
9 | US$ 5.969 | |
10 | Apple | US$ 5.723 |
11 | Amazon.com | US$ 5.631 |
12 | Nvidia | US$ 5.446 |
13 | Chevron | US$ 5.424 |
14 | Adobe | US$ 5.409 |
15 | ConocoPhillips | US$ 5.357 |
16 | Sales Force | US$ 5.158 |
17 | BlackRock | US$ 5.049 |
18 | Yahoo! | US$ 5.039 |
19 | Capital One | US$ 4.850 |
20 | Qualcomm | US$ 4.823 |
21 | NetApp | US$ 4.691 |
22 | AutoDesk | US$ 4.684 |
23 | Intel | US$ 4.648 |
24 | Juniper | US$ 4.648 |
25 | Shlumberger | US$ 4.634 |
Conheça as 7 carreiras mais promissoras e seus salários médios
Cargos estão em áreas como financeira, logística, de tecnologia de informação e engenharia
A companhia especializada em recrutamento Page Personnel realizou um levantamento com os sete cargos mais promissores para este ano. Segundo a pesquisa que envolveu análises de mercado, as disputas pelos melhores profissionais estão principalmente nas áreas financeira, logística, de tecnologia de informação, vendas, engenharia, marketing e recursos humanos.
Confira quais as funções que estarão em evidência até o fim de 2014:
1 – Analista Fiscal
Faltam profissionais com fluência em outros idiomas e com bom preparo técnico, o que pode resultar em promoções precoces. O aumento da demanda no setor foi de 10% a 20%. A média salarial é de R$ 3,3 mil (júnior), R$ 4,6 mil (pleno) e R$ 7,2 mil (sênior).
2 – Analista de Logística
Há necessidade de profissionais para projetos de malha logística e eficiência em armazenagem e distribuição. É necessário habilidade analítica e conhecimento da cadeia de processos logísticos, por isso, engenheiros podem ter destaque neste setor com acréscimo salarial de 20%. Os salários médios são de R$ 4 mil (júnior), R$ 5,2 mil (pleno) e R$ 7 mil (sênior).
3 – Desenvolvedor/Programador
A perspectiva é boa para desenvolvedores de linguagens Open Source (.NET, ABAP e PL/SQL). O crescimento da demanda por estes profissionais chega a 30% e os salários podem variar de acordo com cada nível: R$ 3 mil (júnior), R$ 5 mil (pleno) e R$ 7,5 (sênior).
4 – Executivo de Vendas Hunter (TI)
Segundo a consultoria, as companhias querem profissionais com networking e carteira de clientes, além de um bom perfil comportamental composto por energia, capacidade de lidar com problemas, boa apresentação e comunicação. A alta da demanda por esse cargo chega a 40%. As remunerações médias são de R$ 4 mil (júnior), R$ 6 mil (pleno) e R$ 8 mil (sênior).
5 – Engenheiro de Segurança do Trabalho
A procura por este profissional está ligada a demanda de multinacionais. Investimentos em projetos ambientais, segurança do trabalho e qualidade impactam diretamente na obtenção de mais certificações para a empresa e automaticamente favorecem o aumento dos negócios e contratações de profissionais, segundo a Page Personnel. Companhias automotiva, química, da construção civil e alimentícia têm feito investimentos nesse sentido, o que deixou os salários até 20% mais altos. Como diferenciais deste cargo, os entrevistados apontaram inglês avançado, experiência com implementação de certificados ISO, conhecimento de normas reguladoras e gestão de pessoas.
6- Analista de Marketing Online
No rastro da internet, essa função tem se tornado mais popular com o uso das redes sociais, sites, e-commerce e blogs, com uma demanda 25% maior. Esses profissionais saem da área de suporte operacional para analisar indicadores e direcionar planejamentos estratégicos de marketing. Como principais características desse grupo foram apontados perfil analítico, boa comunicação e desenvoltura. Os salários vão de R$ 4,5 mil a R$ 6 mil.
7- Business Partner
A carreira desse profissional geralmente começa com a passagem por diferentes funções em recursos humanos, assim ele pode adquirir bagagem e entender o funcionamento do setor até assumir o papel de intermediador entre as outras partes da companhia e a área de RH. A procura por esse função cresceu 10%. O salário médio é de R$ 7 mil
Ministro: Brasil deve gerar 6 mi de postos de trabalho entre 2011 e 2014
Governo da presidente Dilma Rousseff deve abrir 1,5 milhão de vagas neste ano
O governo da presidente Dilma Rousseff deve abrir 1,5 milhão de vagas neste ano e encerrar o período de 2011 a 2014 com a geração de até 6 milhões de novos postos de trabalho, disse nesta quinta-feira Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Nos três primeiros anos de mandato de Dilma, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou que foram gerados 4,5 milhões de postos.
“Até o fim do seu governo vamos alcançar no mínimo 5 milhões meio de novos empregos. E esperamos chegar a 6 milhões de novos empregos no governo”, disse ele em evento no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro.
No ano passado, segundo o Ministério do Trabalho, a criação líquida de vagas formais no Caged somou 730.687 vagas, sem ajustes, e 1,117 milhão de postos com ajustes. Foi o pior desempenho anual desde 2003, quando o País criou 645.433 vagas formais sob o critério sem ajuste. Com ajuste, pelo menos por enquanto, também foi o pior desempenho em dez anos.
“O número de novos empregos e a melhoria real dos salários, acima da inflação, são conquistas importantes… temos um compromisso com a democracia e igualdade, por isso queremos incluir todos”, Dias.
Nesta quinta-feira, o IBGE divulgou que o desemprego brasileiro recuou a 4,3% em dezembro, fechando 2013 com taxa média de 5,4%, menores níveis históricos.
Taxa de desemprego recua para o menor nível desde março de 2002
Desemprego caiu para 4,3% em dezembro, o menor nível desde março de 2002
O desemprego brasileiro caiu para 4,3% em dezembro, ante 4,6% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. O valor é o menor desde o início da série histórica, em março de 2002. Contudo, a renda da população recuou no mês passado.
Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira, em novembro, o desemprego já havia recuado a 4,6%, quando igualou a mínima histórica até então registrada em dezembro de 2012. Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana das previsões, a taxa cairia a 4,3% no mês passado.
Ainda segundo o IBGE, em dezembro o rendimento foi a R$ 1.966,90, queda real de 0,7% sobre novembro mas, em comparação com dezembro de 2012, houve alta de 3,2%. Em 2013 fechado, a média anual do rendimento subiu 1,8%.
A população ocupada cresceu 0,2% em dezembro de 2013 na comparação com novembro e recuou 0,5% ante o mesmo período do ano anterior, totalizando 23,330 milhões de pessoas. Já a população desocupada chegou a 1,061 milhão de pessoas, queda de 6,2% ante novembro, e queda de 6,6% sobre um ano antes. Os desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho.
Baixos níveis de desemprego foram vistos ao longo do ano passado apesar da fraqueza da economia, favorecendo o desempenho do consumo no País e o setor de serviços.
A PME, que leva em consideração dados levantados em apenas seis regiões metropolitanas do país, está com os dias contados porque o IBGE passará a publicar uma pesquisa sobre emprego mais ampla, denominada Pnad Contínua e que terá periodicidade trimestral.
Por essa nova metodologia, a taxa média de desemprego do País estava em 7,4% no segundo trimestre de 2013, dado mais recente conhecido.
Brasil terá desemprego acima de média global até 2016, diz OIT
OIT acredita que a taxa de desemprego atingiu 6,7% em 2013, cairá levemente neste ano para 6,6%, e chegará a 6,5% em 2015 e também em 201
No Brasil, a OIT acredita que a taxa de desemprego atingiu 6,7% em 2013, cairá levemente neste ano para 6,6%, e chegará a 6,5% em 2015 e também em 2016. Já o índice global de desemprego deverá ser em média de 6,1% entre 2014 e 2016, nas previsões da organização. Caso a projeção da OIT se confirme, o Brasil será o único país entre os integrantes do Bric (grupo formado por Brasil China, Índia e Rússia) a ter taxas de desemprego acima da média mundial pelos próximos dois anos. Na China, o índice deve totalizar 4,6% em 2013 (e 4,7% neste ano). Na Índia, a taxa preliminar estimada é de 3,7% no ano passado (e de 3,8% em 2014), e, na Rússia, segundo os cálculos da OIT, o desemprego afetou 5,8% da população ativa em 2013.
Jovens
Segundo os últimos números oficiais disponíveis, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,4% no segundo trimestre de 2013. Até novembro, o desemprego acumulava alta de 4,6%. Para este ano e o próximo, o FMI já havia divulgado estimativas mais otimistas do que as da OIT. Para o Fundo Monetário Internacional, o índice deve fechar este ano em 5,8% (portanto, abaixo da média global da OIT) e, em 2014, em 6% (exatamente a média de 2013).
Por sua vez, consultorias como a LCA e a Tendências prevêem uma taxa de desemprego neste ano de no máximo 5,7% neste ano. O estudo da OIT afirma que o Brasil possui um alto índice de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam ou fazem cursos profissionalizantes e, ao mesmo tempo, também não estão empregados: 18,4% das pessoas nessa faixa etária. Em todo o mundo, 74,5 milhões de jovens com menos de 25 estariam desempregados. A taxa mundial nessa faixa etária atingiu 13% no ano passado, mais do que o dobro da média global de 6%, que inclui todas as idades.
Segundo a OIT, o número de novos desempregados aumentou em 5 milhões no mundo no ano passado, totalizando 202 milhões de pessoas sem emprego. O leste e o sul da Ásia representam mais de 45% dos novos desempregados no mundo em 2013, seguidos pelo África subsaariana e pela Europa. Na América Latina, o número de novos desempregados em 2013 ficou pouco abaixo de 50 mil, o que representa apenas cerca de 1% da alta mundial.
“A fraca retomada econômica mundial não suscitou a melhora dos mercados de trabalho. O crescimento do emprego permanece fraco e o desemprego continua aumentando, sobretudo entre os jovens”, diz o relatório. “Vários setores registraram lucros, mas eles foram investidos nas bolsas e não na economia real, prejudicando as perspectivas de emprego no longo prazo”, afirma a OIT. Outro aspecto importante destacado pelo relatório é o número de quase 23 milhões de pessoas que “abandonaram” o mercado de trabalho desde o início da crise financeira mundial, em 2008, “desencorajados” pela falta de propostas.
A OIT afirma que o “déficit mundial” de empregos ligado à crise continua aumentando desde 2008 e já totalizava, no ano passado, 62 milhões (32 milhões de novos desempregados, 23 milhões de “desencorajados” que desistiram de procurar um emprego e 7 milhões de inativos – que nem chegaram a procurar um trabalho. “Segundo as tendências atuais, o desemprego mundial deverá se agravar, ainda que progressivamente, e ultrapassar 215 milhões de desempregados em 2018”, diz o estudo. Ou seja, 13 milhões de novos desempregados nos próximos quatro anos.
“Nesse período, cerca de 40 milhões de novos empregos vão ser criados a cada ano, o que é inferior aos 42,6 milhões de pessoas que deveriam ingressar, anualmente, no mercado de trabalho”, afirma a OIT.
Taxa de desemprego dos EUA tem mínima em 5 anos
Os empregadores dos Estados Unidos contrataram mais funcionários que o esperado em novembro e a taxa de desemprego caiu para mínima em cinco anos de 7%, o que pode alimentar a especulação de que o banco central do país (FED) começará a reduzir suas compras de ativos neste mês.
Foram criadas 203 mil novas vagas fora do setor agrícola no mês passado, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. A taxa de desemprego diminuiu em 0,3 ponto percentual, para o patamar mais baixo desde novembro de 2008, já que alguns funcionários públicos que haviam sido contados como desempregados em outubro voltaram ao trabalho depois da paralisação parcial de 16 dias do governo.
Economistas consultados pela Reuters esperavam criação de 180 mil postos de trabalho no mês passado e que a taxa de desemprego caísse a 7,2%, ante 7,3%.
fonte: Terra