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Fonte: Youtube

A Colômbia está apostando no emergente mercado mundial da maconha com fins medicinais, em função de seu clima tropical, uma oferta ilimitada de permissões e sua experiência no plantio.

Ao conceder no fim de junho a primeira permissão de produção de derivados desta planta à empresa colombiana-canadense PharmaCielo, o ministro da Saúde, Alejandro Gaviria, deixou claros os interesses do país.

“A Colômbia pode ser o ganhador deste mercado emergente de produtos de maconha medicinal”, disse, garantindo que o governo manterá aberta a concorrência no setor e entregará licenças a “todas as empresas que cumprirem com os requisitos”. A estas vantagens institucionais se somam os benefícios naturais que o país oferece para o cultivo de maconha, destacou.

O presidente da PharmaCielo, Federico Cock-Correa, entusiasmado com as perspectivas da licença obtida, disse à AFP que especialistas contratados pela companhia constataram que a Colômbia tem condições excepcionais para o cultivo da planta.

– De flores à maconha –

“A maconha precisa de 12 horas de luz diúrna e 12 horas de luz noturna, o que permite um excelente desenvolvimento da planta sob as condições dos trópicos, já que não requer as estufas utilizadas no norte”, afirmou o empresário, que incursiona neste negócio após mais de 30 anos de experiência no cultivo e exportação de flores, pelas quais a Colômbia é reconhecida mundialmente.

“No tema não apenas técnico-ambiental, mas também no de custos, a Colômbia é muito competitiva por já ter uma indústria estabelecida, trabalhadores com conhecimento, agrônomos etc. É preciso apenas mudar o tipo de flor e fazer a adaptação técnica para a maconha medicinal”, explicou Cock-Correa.

Na Colômbia, as licenças estão sendo concedidas seguindo um decreto do fim de 2015, que regula o cultivo, transformação, importação e exportação da maconha e seus derivados com fins terapêuticos, e uma recente resolução do ministério da Saúde.

Os dois instrumentos são anteriores à aprovação no Congresso, em maio, de uma lei que autoriza o cultivo e o uso de maconha com fins medicinais e científicos, que substitui uma lei de 1986 que nunca foi regulamentada.

“Exportar ao futuro”

Diante do vácuo local e aproveitando a autonomia dos povos indígenas colombianos, o empresário Juan Pablo Guzmán semeia há anos maconha para produzir óleos, cremes e até um spray íntimo para melhorar a resposta sexual feminina em Toez, a 200 km da cidade de Cali (oeste).

“Temos a empresa e estamos dentro da lei porque os conselhos indígenas são autônomos, sobretudo quando se trata de um cutivo com fim medicinal”, explicou Guzmán, que distribui seus produtos em todo o país e que com a nova lei espera ampliar seu negócio pela possibilidade de “cultivar em qualquer lugar” e inclusive “exportar no futuro”.

A PharmaCielo e a Sannabis, a empresa familiar de Guzmán, são modelos de negócios muito diferentes, mas ambos têm a intenção de chegar ao mercado internacional de maconha medicinal, que promete muitas vantagens.

“Há benefícios econômicos, há benefícios sociais para as comunidades (onde as indústrias se assentarem) e há um benefício em termos de saúde pela disponibilidade de produtos, já que existe uma demanda importante”, afirmou Gaviria.

Com esta diretriz, na semana passada o ministério concedeu outras duas licenças de produção à empresa colombiana Labfarve-Ecomedics e à canadense Cannavida.

– A segurança, um desafio –

Mas em um país atingido por mais de 50 anos de conflito armado, que busca firmar a paz com sua principal guerrilha, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e no qual também operam grupos de narcotraficantes, o cultivo da maconha representa um desafio em matéria de segurança.

“Apresentamos um plano onde o enfoque de segurança é realmente rigoroso, olhando os requerimentos da lei canadense, a lei norte-americana”, disse Cock-Correa.

Além disso, “como floricultores estivemos por muitos anos atentas ao tema da contaminação com drogas e montamos um esquema de confiança confiável”, acrescentou o empresário, que comercializará principalmente extratos de cannabis para o mercado interno e externo.

A Colômbia, principal produtor mundial de folha de coca e cocaína, segundo a ONU, também tem cultivos ilícitos de maconha com fins recreativos.

Fonte: Yahoo

Mãe luta na justiça para que Anvisa libere remédio de maconha para filha de 5 anos

Em nove semanas de uso do CBD, derivado de cannabis sativa sem princípio psicoativo, Any, que chegou a sofrer cerca de 60 convulsões semanais, teve esse número zerado.

Me luta na justia para que Anvisa libere remdio de maconha para filha de 5 anos

Katiele Fischer é uma mãe de 33 anos que mora em Brasília. Sua filha caçula, Any, hoje com 5 anos, nasceu com uma síndrome rara que provoca convulsões de duas em duas horas. Por causa das crises, Any não consegue falar e, ainda que tenha aprendido a andar aos três anos, regrediu à estaca zero quando as convulsões pioraram, no ano passado. Mas há poucos meses tudo mudou. Katiele descobriu um composto a base de maconha num fórum de pais na internet e decidiu usá-lo com a filha. Os resultados foram estupendos.

De sessenta convulsões semanais em outubro, Any passou por três semanas inteiras sem uma única crise, em janeiro

Fonte: Jusbrasil

Os 15 países-membros da Comunidade do Caribe (Caricom) começaram a estudar em 10/3/14 os efeitos da descriminalização da maconha com fins medicinais na delicada economia da região, entre outras possíveis estratégias para potencializar a reativação econômica.

Para isso contaram com um relatório elaborado por um grupo de analistas que apoia a ideia de descriminalizar seu consumo, pelo menos com fins medicinais, e argumenta que o Caribe tem uma “vantagem competitiva” em relação a outras regiões do planeta na hora de cultivar essa planta.

“A região deveria explorar qualquer benefício comercial de uma potencial indústria de bilhões de dólares, inclusive a pesquisa e o desenvolvimento, assim como a produção de produtos de maconha médica”, afirma o relatório divulgado hoje entre os presentes na cúpula.

O presidente da Caricom e primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, anfitrião da cúpula, propõe desde o ano passado que a organização territorial impulsione uma estratégia comum com relação à descriminalização da maconha e se ponha assim em uma posição avançada em relação a uma tendência que ganha cada vez mais força no continente.

Por enquanto a Jamaica já anunciou que neste ano descriminalizará a posse de pequenas quantidades de maconha para consumo recreativo e que legalizará sua distribuição com fins médicos.

“Embora a Jamaica não cumpra com esse objetivo, avançou rapidamente e não tenho nenhuma dúvida que todos estes eventos estão tendo um impacto na região”, disse Gonsalves em entrevista à imprensa durante a cúpula.

No entanto, reconheceu que em seu país não existe um clima claramente propício, da mesma forma que em Granada, cujo primeiro-ministro, Keith Mitchell, deixou claro que por enquanto “o cultivo e consumo de maconha é ilegal” em seu país. Barbados também mostrou sua oposição.

Em qualquer caso, e segundo o relatório que estudam os membros da Caricom (em maioria ex-colônias britânicas, e também francesas e holandesas) adverte que seria possível obter uma grande quantidade de dinheiro através da descriminalização e aponta que em Washington e Colorado sua legalização poderia representar US$ 2,1 bilhões em receita por impostos durante os próximos cinco anos.

“Um dos problemas que prevejo é que se não nos ocupamos disto, e inclusive se não nos ocupamos já disto, existe o perigo que nos próximos dez anos vamos estar comprando dos Estados Unidos produtos farmacêuticos relacionados com a maconha”, disse Gonsalves, a respeito de um “potencial comércio além da fronteira que nos situaria em desvantagem”.

O líder reconheceu que procura uma opinião comum na Caricom porque “é muito difícil fazê-lo sendo um só Estado, principalmente um Estado tão pequeno como São Vicente e Granadinas”.

“Se fizermos como Caricom, mesmo que nem todos façam ao mesmo tempo, tudo será mais fácil”, declarou, após recomendar que se siga a liderança que tomou a Jamaica, um dos países mais identificados em nível mundial com a maconha e que começou a dar os passos para relaxar sua proibição.

Outro dos temas mais controvertidos sobre a mesa desta cúpula de dois dias da qual participam 14 chefes de Estado e do governo dos 15 países que integram a Caricom é a reivindicação de indenizações pelos danos da escravidão.

A Caricom tem a intenção de reivindicar compensações às antigas potências coloniais pelos “danos” derivados da escravidão. Essas reivindicações poderiam ir contra Reino Unido, Holanda, França, Espanha, Portugal, Noruega, Suécia e Dinamarca.

Entre os membros da Caricom há 12 ex-colônias britânicas, portanto não é de estranhar que pretendam começar com o Reino Unido, precisamente o primeiro país do mundo a abolir o comércio de escravos.

Com a ajuda de uma companhia britânica preparam uma demanda que reivindicará “danos” derivados da escravidão como pobreza, analfabetismo e doenças. EFE

Fonte: Yahoo

Com a aprovação no Senado uruguaio do projeto que descriminaliza a produção de cannabis e a coloca sob controle do Estado, abre-se não só um novo capítulo da guerra contra o narcotráfico, como também um novo nicho de negócios que, no país sul-americano, já estão em andamento e só esperam o último sinal verde parlamentar para começar oficialmente. O Uruguai será o primeiro país do mundo a ter plantio, colheita, armazenamento, distribuição e venda de maconha geridos pelo Estado.

O governo uruguaio calcula que, com a lei, poderá retirar do narcotráfico entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões anuais, valor obtido com o consumo da droga no mercado ilegal e correspondente a cerca de 25 toneladas anuais. O principal consumidor de maconha do país tem entre 19 e 30 anos. De acordo com cálculos estatais, 25 mil uruguaios usam a droga diariamente e entre 120 mil e 150 mil pessoas a consomem em alguma vez durante o período de um ano. O preço de referência utilizado é de um dólar por grama.

O negócio mais óbvio que tem início com a sanção presidencial de José “Pepe” Mujica será o da pura produção de cannabis. De acordo com Julio Calzada, secretário geral da Junta Nacional de Drogas (órgão responsável pela coordenação das políticas vinculadas à implantação da lei neste momento), “pelo menos dez empresas” da América do Norte e da Europa se mostraram interessadas no fornecimento de sementes e no trabalho de plantio para o Estado. O critério de seleção das companhias produtoras, diz o secretário, é a experiência que cada um dos candidatos tem no assunto, e a escolha final está em processo.

Outro negócio que se ativará imediatamente é o da formação de clubes de cultivo. Segundo a lei, estes clubes terão licença para vender maconha em uma rede de 800 farmácias credenciadas, numa espécie de regime alternativo ao estatal. Os sistemas são excludentes entre si: quem fizer parte de um clube de cultivo não poderá ter acesso à droga oferecida em farmácias, e vice-versa. O mesmo acontece com quem se registrar como autocultivador: não poderá constar como usuário dos dois outros sistemas.

Calzada anunciou que o autocultivo será a primeira forma de consumir maconha a ser liberada no Uruguai. Assim, dez dias depois da aprovação da lei – ou seja, antes do Natal -, plantar cannabis em casa já não será crime. O máximo permitido é de seis plantas por residência. Os dispositivos gerais da lei, que permitem o cultivo em casa, a compra de maconha em clubes de cultivo ou sua aquisição em farmácias, não se aplicam a menores de 18 anos e estrangeiros.

Estima-se que no país existam 2,5 mil autocultivadores, mas os usuários calculam que o número seja muito maior. “Nem sequer há uma pesquisa séria e a maioria das pessoas que tem cannabis em casa não iria dizer que tem”, afirma ao Terra Alvaro Calistro, cultivador há 20 anos e que tem 60 plantas de cannabis no quintal da sua casa, na periferia de Montevidéu. “Para mim, a cannabis é uma planta medicinal a mais, nada além disso”, diz ele, que também tem uma goiabeira e plantas de tília, arruda, sálvia e bambu.

Julio Rey, líder da Movida Cannabica de Florida, o primeiro coletivo de defesa do uso da droga fora da capital uruguaia Foto: Denise Mota / Especial para Terra
Julio Rey, líder da Movida Cannabica de Florida, o primeiro coletivo de defesa do uso da droga fora da capital uruguaia

Foto: Denise Mota / Especial para Terra

Investimento médio: US$ 200 mil
Ainda que a maioria dos usuários não veja o clube de cultivo como um negócio, já há uma tabela de preços em circulação sobre quanto custaria ser integrante de algum deles. Um dos usuários que darão início a seu próprio clube é Julio Rey, um dos mais ativos militantes pela regularização da maconha e líder do movimento Movida Cannábica de Florida (cidade a 87 km da capital). Trata-se do primeiro coletivo de defesa da droga organizado fora de Montevidéu, criado há quatro anos. Outros oito grupos semelhantes estão espalhados pelo interior do país.

Rey tem um terreno de 25m x 30m reservado ao lado de sua casa. Em abril, começará a plantar cannabis para instalar um clube de cultivo. Para consumo próprio, possui plantas há três anos. “Há visões bem diferentes. Há agrupações que já estão pensando nisso como um clube de vinhos, com inscrições caras. Também há ameaças quanto à produção intensiva. Em conversas sobre a implantação da lei, já começamos a combater a instalação de monopólios quanto ao fornecimento da maconha para venda nas farmácias. Nós queremos uma implantação que não se contamine pela voracidade capitalista e que seja feita por coletivos vulneráveis ou pequenos grupos familiares”, diz ao Terra.

Segundo ele, em média, a inscrição em um clube de cultivo rondará os 2 mil pesos uruguaios (cerca de R$ 200), com uma mensalidade equivalente a R$ 150. O consumo mensal individual não poderá exceder 40 gramas. Rey começará a plantar em sistema de cooperativa com outros 15 interessados e pensa oferecer ao público em geral um sistema de adesão que custará entre 500 e 1.000 pesos (de R$ 50 a R$ 100, aproximadamente). A nova lei estabelece que os clubes de cultivo possam ter entre 15 e 45 sócios, com um máximo de 99 plantas.

O Uruguai será o primeiro país do mundo a ter plantio, colheita, armazenamento, distribuição e venda de maconha geridos pelo Estado Foto: Denise Mota / Especial para Terra
O Uruguai será o primeiro país do mundo a ter plantio, colheita, armazenamento, distribuição e venda de maconha geridos pelo Estado

Foto: Denise Mota / Especial para Terra

O preço de uma semente de cannabis pode variar entre R$ 10 e R$ 80, dependendo da variedade. Em sua maioria, vêm de bancos de semente europeus. Mas, entre cultivadores, existe a prática do intercâmbio de sementes – onde é comum presentear-se com variedades locais – e também a plantação por meio do uso de “plantas-mãe”, que possibilitam o aumento da plantação sem o uso de sementes compradas. Rey lançará mão dos dois métodos e também começará um sistema de cruzamento de variedades sul-americanas.

Para produção em escala, o governo planeja conceder 15 licenças, com um investimento médio de 200 mil dólares por instalação. “Ou seja, isso está concebido para empresários de poder aquisitivo médio e alto, e é a principal crítica que tenho sobre a lei”, diz Rey, que é um pequeno comerciante de alimentos. “Independentemente de qualquer coisa, é uma vitória. E, para mim, a principal vitória é ver minha mãe hoje em dia regando minhas plantas de cannabis”, diz, com bom humor.

Fabrizio Giamberini, empresário fundador da The Latin America Hemp Trading, que começará a plantar cânhamo em escala industrial no Uruguai Foto: Denise Mota / Especial para Terra
Fabrizio Giamberini, empresário fundador da The Latin America Hemp Trading, que começará a plantar cânhamo em escala industrial no Uruguai

Foto: Denise Mota / Especial para Terra

Roupas, óleo, creme
Apesar de não consumir maconha e de não estar de acordo com o formato final da lei – que une em uma só normativa cannabis de uso recreativo e outras espécies para outras finalidades -, o empresário uruguaio Fabrizio Giamberini também está entre os que comemoram a aprovação do projeto. Ele é fundador da The Latin America Hemp Trading, empresa criada em 2006 e especializada em assessoria de governos e empresas, pesquisa e promoção da agroindústria do cânhamo industrial.

“O cânhamo é da mesma família da cannabis, mas a diferença é que o cânhamo não produz princípio ativo”, afirma. O cânhamo possui baixos teores de THC, o principal psicoativo da maconha. “Nos EUA, no Canadá, na China, na Austrália, existe a indústria do cânhamo, de onde podem ser extraídos óleos, fibras e grãos. Na Europa, no Canadá, são feitas casas ecológicas a partir do que se chama de ‘hempcrete’, uma espécie de concreto formado pela parte lenhosa do cânhamo e cal.”

Rico em ômega 3 e 6, o óleo de cânhamo é apto para consumo humano. Da parte fibrosa da planta, explica Giamberini, podem ser produzidos papéis especiais, além de fibras têxteis e industriais, como as que compõem painéis automotores.

O negócio mais óbvio que tem início com a sanção presidencial de José Pepe Mujica será o da pura produção de cannabis; outro negócio que se ativará imediatamente é o da formação de clubes de cultivo Foto: Denise Mota / Especial para Terra
O negócio mais óbvio que tem início com a sanção presidencial de José Pepe Mujica será o da pura produção de cannabis; outro negócio que se ativará imediatamente é o da formação de clubes de cultivo

Foto: Denise Mota / Especial para Terra

Desde 2010, a empresa faz experimentos com cânhamo no Uruguai em parceria com o Instituto Nacional de Investigação Agropecuária. A legislação do continente, explica o empresário, reconhece a diferença entre cânhamo industrial e cannabis para pesquisa científica e aplicação médica, mas não para uso industrial. Eis porque a lei em votação hoje é tão importante também para os empresários desse ramo.

Já no ano que vem, Giamberini começará a plantar cânhamo em escala comercial com o objetivo de oferecer a países onde essa indústria é permitida produtos como óleos, compostos alimentares para atletas, sementes (que podem ser consumidas cruas, por exemplo em saladas) e farinha com os grãos, utilizados para a recuperação de massa muscular. Também no ano que vem, a empresa lança uma coleção de roupas feitas em fibra de cânhamo. A marca Cañamama venderá de vestimentas desenhadas por estilistas uruguaios a alimentos e cremes para o corpo: o cânhamo possui propriedades cicatrizantes e antiinflamatórias.

O governo uruguaio calcula que, com a lei, poderá retirar do narcotráfico entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões anuais, valor obtido com o consumo da droga no mercado ilegal e correspondente a cerca de 25 toneladas anuais Foto: Denise Mota / Especial para Terra
O governo uruguaio calcula que, com a lei, poderá retirar do narcotráfico entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões anuais, valor obtido com o consumo da droga no mercado ilegal e correspondente a cerca de 25 toneladas anuais

Foto: Denise Mota / Especial para Terra

A empresa possui sócios norte-americanos e canadenses. Giamberini não fala em números para o seu negócio, mas considera que este “é um mercado crescente” e dá como um exemplo as cifras registradas pelo mercado de cânhamo nos Estados Unidos, que movimenta US$ 500 milhões anuais. “Com a lei aprovada, aumenta a possibilidade de negócios estratégicos com empresas do Hemisfério Norte. Além disso, será possível produzir em contraste com elas”, comenta, sobre o fato de poder colher na América do Sul quando parceiros como norte-americanos e europeus estão na entressafra.

Sobre a lei de regulação estatal, diz: “Estou do outro lado da calçada. O cânhamo industrial não tem nada a ver com isso. Precisaremos ensinar ao mercado que esse é um produto voltado para a alimentação saudável, um cultivo como o do milho, ou da soja, ou do girassol. Não fumo maconha

O objetivo da lei é “proteger, promover e melhorar a saúde pública da população, através de uma política que visa a minimizar os riscos e reduzir os danos do consumo da maconha”, provendo educação, prevenção, tratamento e reabilitação dos usuários delinquentes de drogas;

– A iniciativa diferencia a utilização da maconha para a pesquisa científica e fins medicinais, os processos industriais e o consumo recreativo;

– A lei prevê a criação do Instituto de Regulação e Controle da Maconha, que irá funcionar dentro da estrutura do Ministério da Saúde Pública e controlará as plantações, o cultivo, a colheita, a produção, o armazenamento e a venda da droga.

– A lei permite o cultivo para uso pessoal (com o limite de seis plantas ou a produção máxima de 480 gramas por indivíduo) e a plantação em clubes (com 15 a 45 parceiros e um número de plantas proporcional, com o limite de 99). Depois da aprovação da lei, aqueles que já possuem plantas terão 180 dias para se registrar como autocultivadores.

– A lei prevê a concessão de licenças de comercialização da maconha nas farmácias. Porém, quem comprar nesses estabelecimentos deverá se registrar em um cadastro de usuários e poderá comprar um máximo de 40 gramas por mês.

– Os usuários deverão escolher uma das três opções de registro (pesquisa científica e fins medicinais, processos industriais e consumo recreativo).

– Quem cultivar maconha sem autorização legal será punido com uma pena de 20 meses a 10 anos de detenção.

– Os consumidores inscritos e habilitados para o consumo recreativo deverão ser maiores de 18 anos e terão que provar que residem no país.

– A lei proíbe todas as formas de publicidade da substância psicoativa, que será vendida sem marcas. Além disso, serão promovidas campanhas de prevenção do uso delinquente de drogas em todos os níveis da educação, com políticas para a promoção da saúde.

Fonte: Terra