O presidente interino do Egito, Adli Mansur, se reuniu com o comandante
das Forças Armadas e ministro da Defesa, Abdel Fatah Al Sissi, e com o ministro
do Interior, Mohamed Ibrahim, para discutir a situação de segurança nas
principais cidades do país.
Os confrontos iniciados desde o último dia 3, quando o presidente Mouhamed
Mursi foi deposto, deixaram 30 mortos e mais de mil feridos. Apenas em 5 de Julho
soldados do Exército egípcio dispararam contra partidários de Mursi que se
aproximavam da Guarda Republicana, no Cairo. Pelo menos 12 pessoas morreram
nessa sexta-feira.
Mansur, nomeado em 3 de Julho, horas depois do presidente Mursi
ser retirado do cargo pelas Forças Armadas, também se encontrou com
representantes da oposição a Mursi, como Mohamed El Baradei, oposicionista e
Nobel da Paz; o islamita moderado Abdel Moneim Abul Futuh; o secretário-geral do
partido salafista, Galal Morra; e integrantes do movimento Tamarrod (que
significa rebelião).
A deposição de Mursi, primeiro presidente democraticamente eleito, há um ano
no poder, foi rejeitada pela Irmandade Muçulmana. O líder da Irmandade
Muçulmana, Mohamed Badie, disse que os apoiadores de Mursi vão permanecer nas
ruas até que ele seja reconduzido ao poder.
Além da violência no Cairo, também ocorreram confrontos fora da capital. Na
cidade de Qina, no Sul do país, soldados dispararam contra manifestantes
partidários de Mursi que tentavam invadir um prédio. Pelo menos duas pessoas
ficaram feridas. A violência também tomou as ruas de Alexandria, a segunda maior
cidade do Egito, ao Norte do país.
Fonte: Yahoo