Palavra-chave: umbanda
Nome que significa Rainha do Fogo, Maria Padilha já teve várias encarnações na Terra, e a última delas foi em Ilhéus na Bahia. Nesta sua última encarnação, ela era uma espanhola que veio para o Brasil morar em Ilhéus na Bahia e foi morta na porta de um cabaré. Todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete, estão com ela na espiritualidade.
Entre mitos mais variantes que revelam alguma qualidade a característica especial desta mulher, o que servirá nos terreiros como apoio é o segundo nome que acompanhará o primeiro. Recebe outros apoios que alguns podem pensar que se trata de outra Pombagira, mas na realidade é ela: “Rainha dos Infernos”, “Rainha do Candomblé”, “Rainha das Marias”, “Rainha das Facas”, “Mulher de Lucifer”, “Rainha da Malandragem”, “Rainha dos Ciganos”, etc. Em cada lugar lhe dão diferentes sobrenomes, que na realidade busca elogiar a entidade e transmitir uma maior intimidade.
Pomba Gira Maria Padilha é conhecida por sua eficiência e rapidez, e está entre as mais populares das Pombagiras. Às vezes ela é chamada de “rainha sem coroa”, e isso certamente se refere à Maria histórica, que era a rainha do coração de D. Pedro, mas negou que as suas propostas repetidas para o casamento,preferindo a sua independência durante sua estada na corte. Este também descreve um certo tipo de mulher, aquele que exige respeito, e cujo comportamento é real, mesmo se ela é pobre ou da classe trabalhadora. Maria também é um exemplo perfeito de como “espíritos novos” nascem: lendas cresceram em torno da mulher real, que tinha uma reputação de feiticeira, e dentro de cem anos, as bruxas em Espanha e Portugal estavam usando seu nome e chamando seu espírito para ajudar los em suas magias.
Tem predileção – igual ao seu principal marido, Rei das 7 Liras (Lúcifer) – pelas navalhas e armas brancas em geral, especialmente aquelas que são afiadas e pequenas, onde se deve ter muita agilidade para não ser cortado. Como toda pomba gira, possui numerosos amantes ou parceiros, com os quais pode “adjuntar-se” ou “trabalhar”, sendo essa parceira que protegerá a determinada pessoa.
Cabe esclarecer que nem sempre se formam os mesmos parceiros, pois os mesmos dependeram da morada onde trabalhe a Pomba Gira e o que indique o ponto riscado ou firma espiritual. Apresenta-se sob a aparência de uma formosa mulher, de longos cabelos negros, pele morena (as vezes mais clara e as vezes mais escura), sua idade e físico variam também de acordo com o tipo de caminho ou passagem desta Pomba Gira, pois existem passagens jovens e velhas, sendo igualmente atrativas em qualquer de suas passagens, isto ocorre com todos os Exús de quimbanda, não importando a idade que apresentem, pois tem o dom da sedução.
Ela gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, das jóias, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e da música. É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento. Seu porte é altivo, orgulhoso, magestoso, possui características das mulheres que não tem medo de nada. É muito requisitada para atrair amantes, abrir os caminhos, amarrar parceiras, mas principalmente é muito temida por sua frieza e seu implacavel poder na questão de demandas. Algumas das principais Pomba Giras que estão dentro de sua falange, abaixo de sua ordem são:
- Maria Molambo
- Maria Quitéria
- Maria Lixeira
- Maria Mirongueira
- Maria das Almas
- Maria da Praia
- Maria Cigana
- Maria Tunica
- Maria Rosa
- Maria Colodina
- Maria Farrapos
- Maria Alagoana
- Maria Bahiana
- Maria Navalha
Todas com características bastante similares, as quais as vezes podem inclusive ser confundidas por quem não tem muita experiência.
- Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga
- Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas;
- Maria Padilha Rainha dos Infernos;
- Maria Padilha Rainha das Almas;
- Maria Padilha das Portas do Cabaré;
- Maria Padilha Rainha das 7 facas ( 7 navalhas);
- Maria Padilha Rainha da Figueira.
Características
Bebida |
Champanhe, Licor de aniz, Martini, Campari, Mel |
Ebôs |
Pata preta, pomba preta, cabra preta, levando fubá de milho e azeite de dendê. |
Fuma |
cigarros, cigarrilhas |
Guia |
Sua guia geralmente é contas pretas e vermelhas, O preto representando as trevas, o vermelho a guerra, algumas quando cruzadas nas almas, tem suas guias com contas brancas, sendo as mesmas enfiadas de três em três ou de sete em sete |
Lugar |
Recebe os presentes, despachos e feitiços na Calunga (Cruzeiro do Cemitério), nas encruzilhadas em formas de T, ou X( dependendo a escolha do lugar, a vontade da entidade) |
Ornamentos |
jóias, cosméticos, espelhos |
Rosas |
Rosas vermelhas abertas (nunca botões) em número impar, cravos e palmas vermelhas |
Simbolos |
pássaro, o tridente,a lua, o sol a chave e o coração. |
Vela |
de acordo com as cores de suas guias quando trabalham,podendo ser pretas e vermelhas, todas vermelhas e em certos casos, pretas e brancas, ou ainda, todas brancas |
Pontos Cantados
Abre essa tumba quero ver tremer,
Abre esse tumba quero ver balançar,
(bis)
Maria Padilha das Almas,
O cemitério é o seu lugar.
É na Calunga que a Maria Padilha mora
É no barranco que a Maria Padilha vai girar.
(bis)
Maria Padilha das Almas
O cemitério é o seu lugar.
Quem não me respeitar
Oh! Logo se afunda
Eu sou Maria Padilha
Dos 7 cruzeiros da Kalunga
Moço, você conhece aquela moça
Que trabalha no escuro
Olhando osso,
Osso por osso,
Dente por dente,
Dia trás dia,
Hora trás hora
Ela é Maria Padilha
Ela é Maria Mulher,
Ela trabalha na Figueira,
Por ordem de Lúcifer.
Caminhou por toda a Terra
Na kalunga ela ficou
Lá na Encruza ou lá na rua
Ela é …
Camarada sua,
Maria, Maria Padilha Ela é.
Maria Padilha já chegou
Trago pra Ela uma linda flor
Festa no Terreiro, festa no gongá,
Chegou Maria Padilha para todo o mal levá.
Maria Padilha,
Soberana da estrada,
Rainha da encruzilhada,
E também do candomblé,
Suprema é uma mulher,
de negro,
Alegria do Terreiro,
Seu feitiço tem axé,
Mas ela é, ela é,
Ela é…
A Rainha da Encruza,
A mulher de Lúcifer.
A Padilha não brinca,
Ela não é brincadeira não,
A quem mexe com ela fica maluco
Vira defunto e se torna caveira
E depois de caveira vira poeira
E vai morar com Exu Caveira.
Maria Padilha
Rainha do Candomblé
Firma Curimba
Que tá chegando mulher.
Maria Padilha é…
Rainha do Candomblé
Maria Padilha mora,
Nas portas de um cabaré.
Exu Maria Padilha
Trabalha na encruzilhada
Toma conta, presta conta…
No romper da madrugada.
Pomba-Gira minha comadre
Me proteja noite e dia
Trabalhando nas encruzilhadas
Com suas feitiçarias.
Maria, Maria Padilha Ela é…
Uma mulher faceira
Que trabalha á Meia Noite
E também a madrugada inteira.
Sete rosas encarnadas
Vou levar para essa Maria
Para afastar de mim,
Toda a feitiçaria.
Maria, Maria Padilha Ela é.
Ela é Maria Padilha
Da sandalinha de pau
Ela trabalha pró bem
Mais ela trabalha pró mal
Oia pombajiré, oia pombajirá, oia pombajirá
De onde é que Maria Padilha vem
Aonde é que Maria Padilha mora
Ela mora na mina de ouro
Onde o galo preto canta
Onde criança não chora.
O povo dos Infernos é quem vai levar
Levar o que não presta pró além mar
Exu Rei da Lira é Lúcifer!
Maria Padilha…
Rainha Exu mulher!
Moça me dá
Um cigarro do seu
pra eu fumar
Que nem dinheiro eu tenho pra comprar
(bis)
Vivo sozinho
Vivo na solidão
Maria Padilha me dê
A sus proteção
Cemitério é praça linda
É lugar pra passear
Cemitério é praça linda
É lugar pra passear
Numa catacumba branca
Maria Padilha mora lá
Mora lá, mora lá,
Maria Padilha mora lá,
Mora lá, mora lá,
Maria Padilha mora lá,
Com uma rosa e uma cigarrilha
Maria Padilha já chegou,
E na Kalunga
Ela é Rainha
Ela trabalha com muito amor
Sete cruzeiros da Kalunga
É a morada dessa mulher
Ela é!
Maria Padilha,
Rainha do Candomblé…
Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga
Biografia
França, final do século dezenove. Juliette estava desesperada. Aos dezessete anos, filha de nobres franceses estava prometida em casamento para o jovem Duque D”areaux. Por coisas que somente à vida cabe explicar, havia se apaixonado por um dos cavalariços de sua propriedade. Entregara-se a essa paixão de forma avassaladora o que culminou na gravidez que já atingira a oitava semana. Somente confiara o segredo à velha ama Marie, quase uma segunda mãe que a vira nascer e dela nunca se afastara, que a aconselhou a fugir com Jean, seu amado. Procurado, o rapaz não fugiu à sua obrigação e dispos-se a empreender a fuga. Sairiam a noite levando consigo apenas a ama que seria muito útil à moça e os cavalos necessários para os três. Perto da meia-noite, Juliette e Marie esgueiraram-se pelo jardim e dirigiram-se até o ponto em que o jovem as esperava. Rapidamente montaram e partiram. Não esperavam, contudo, que um par de olhos os espreitasse. Era Sophie a filha dos caseiros, extremamente apaixonada por Jean. Percebendo o que se passava correu até a grande propriedade e alertou aos pais da moça sobre a fuga iminente. Antoine, o pai de Juliette, imediatamente chamou por dois homens de confiança e partiu para a perseguição. Não precisaram procurar por muito tempo. A falta de experiência das mulheres fazia com que a marcha dos fugitivos fosse lenta. Antoine gritou para que parassem. Assustado Jean apressou o galope e o primeiro tiro acertou-o no meio das costas derrubando-o do cavalo. Juliette correu para o amado gritando de desespero quando ouviu o segundo tiro. Olhou para trás, a velha ama jazia caída sobre sua montaria. Sem raciocinar no que fazia puxou a arma de Jean e apontou-a para o próprio pai. – Minha filha, solte essa arma! – assim dizendo aproximava-se dela. Juliette apertou o gatilho e o projétil acertou Antoine em pleno coração. Os homens que o acompanhavam não sabiam o que fazer. Aproveitando esse momento de indecisão a moça correu chorando em total descontrole. Havia uma ponte à alguns metros dali e foi dela que Juliette despediu-se da vida atirando-se na água gelada. A morte foi rápida e nada se pode fazer. Responsável direta por três mortes (a dela, do pai e da criança que trazia no ventre) causou ainda, indiretamente mais duas, a de Jean e da ama. Triste destino aguardava o espírito atormentado da moça. Depois de muito vagar por terrenos negros como a noite e conhecer as mazelas de incontáveis almas perdidas encontrou um grupo de entidades que a encaminhou para a expiação dos males que causara. Tornou-se então uma das falangeiras de Maria Padilha. Hoje em nossos terreiros atende pelo nome de Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga, onde, demonstrando uma educação esmerada e um carinho constante atende seus consulentes sempre com uma palavra de conforto e fé exibindo um sorriso cativante. Salve minha mãe de esquerda!
Maria Padilha das Sete Catacumbas
Vativa ficou totalmente arrepiada quando ouviu o que a bruxa lhe disse: – Precisamos do sangue de um inocente! – Sua mente imediatamente focalizou a imagem de Yorg, seu pequeno filho de apenas três anos. Seus pensamentos vagaram por alguns instantes enquanto a mulher remexia em um pequeno caldeirão de ferro.
Estava ali por indicação de uma vizinha que conhecia o problema pelo qual estava passando. Era casada, não tinha queixas do marido, mas de repente parece que uma loucura apoderou-se dela. Apaixonara-se por um rapazote de dezessete anos, ela uma mulher de trinta, bela e fogosa não resistira aos encantos do adolescente e sua vida transformou-se em um inferno. Já traíra seu marido algumas vezes, mas desta vez era algo fora do comum, não conseguia conceber a vida longe do rapaz. Conversando com a vizinha, a quem contava tudo, esta aconselhou: – Vá falar com a bruxa Chiara ela resolve o assunto para você. – Pensou durante alguns dias e não resistiu, foi procurar pela feiticeira.
O ambiente era horrível e a aparência da mulher assustadora, alta, muito magra, com apenas dois dentes na boca, vestia-se inteiramente de preto e fora logo dando a solução: – Vamos matar seu marido, aí você fica livre e se muda para outro povoado, bem distante, levando seu amante! – Vativa ficou assustada, não era essa a idéia. Não tinha porque matar seu marido. Não havia um jeito mais fácil? – De forma alguma, se o deixarmos vivo, quem morre é você! Mas não se preocupe eu cuido de tudo. – Foi aí que ela falou do sangue inocente. – A senhora está tentando dizer que tenho que sacrificar meu filho? – Para fazer omelete, quebram-se ovos… Vativa não estava acreditando, a mulher dizia barbaridades e sorria cinicamente. Levantou-se e saiu correndo apavorada. A risada histérica dada por Chiara ainda ecoava em seus ouvidos quando chegou a casa.
Desse dia em diante suas noites tornaram-se um tormento, bastava fechar os olhos para ver aquele homem (Sete Catacumbas) todo de preto que a apontava com uma bengala: – Agora você tem que fazer! – Em outras ocasiões ele dizia: – Você não presta mesmo, nunca prestou! – Vativa abria os olhos horrorizados e não conseguia mais dormir.
Uma noite, já totalmente transtornada com a aparição freqüente, saiu gritando pela casa. Ouvindo os gritos da mãe o pequeno Yorg acordou e desatou a chorar. Sem saber como, a faca apareceu em sua mão. – Cale a boca garoto dos infernos! – A lâmina penetrou por três vezes no pequeno corpo. Retomando a consciência não suportou a visão do crime cometido e caiu desmaiada. Na queda, a vela que iluminava o pequeno ambiente caiu-lhe sobre as vestes e em pouco tempo o fogo consumia tudo.
Por muitos anos o espírito de Vativa vagou até conseguir a chance de evoluir junto a um grupo de trabalhadores de esquerda, mas se há uma coisa que ela odeia é relembrar o fato, por isso poucas vezes o comenta. Com posto garantido na falange do cemitério detesta ser lembrada para amarrações e perde a compostura quando há um pedido do gênero.
Hoje todos a conhecem pela grandeza dos trabalhos que pratica na linha da guardiã Maria Padilha das Sete Catacumbas ao lado do Senhor Exú das Sete Catacumbas, pois todo médium que recebe Seu Sete recebe também Maria Padilha das Sete Catacumbas em algumas ocasiões, caso contrário após muito tempo recebendo somente Seu Sete passa a sentir-se pesado.
Maria Padilha das Almas
Biografia
Tereza invadiu a igreja de uma forma como nunca havia feito antes. Não se benzeu e nem ao menos olhou para a imagem de Cristo, que de sua cruz, agonizante, parecia olhar diretamente para ela enquanto avançava pela nave. Precisava falar com o padre Olavo nesse instante, não havia tempo a perder. – Padre! – seu grito ecoou pelas paredes repletas de símbolos aos quais ela sempre dera imenso valor, mas que nesse momento nada mais eram que meras imagens que apontavam-lhe o dedo culpando-a pelo pecado gravíssimo que cometera. – Padreee! A voz subira de tom a ponto de atrair imediatamente o coroinha que estava a dormitar atrás do altar. – Dona Tereza! O padre Olavo foi atender um doente que precisa de extrema unção! A mulher sentou-se em uma cadeira da primeira fila e desatou em copioso pranto. O menino sem saber o que fazer correu para a rua e encontrou o padre que vinha já bem perto. – Dona Tereza está chorando como louca lá na igreja, o caso deve ser sério! – Olavo sentiu um baque no peito. – O que teria acontecido? Alguém teria descoberto? – Tudo bem Jonas, pode ir para casa que eu cuido disso. Apressou o passo e da porta ouviu o choro da mulher. – Tereza, o que houve? – Com um salto ela levantou-se e com o dedo estendido para ele gritou: – Eu estou grávida, cafajeste! Grávida de você! Como pode deixar isso acontecer? Você me jurou que isso não seria possível, que não podia ter filhos. O que faço agora? Meu nome será lançado na lama! E meu marido? Meus filhos? – Calma! – ele tentava ganhar tempo enquanto em sua cabeça as imagens passavam em turbilhão. – O que faria com essa louca? Fora ela quem o seduzira, enfiara-se em sua cama, nua, em uma tarde que gostaria de esquecer. Tentara-o com seu belo corpo e se entregara de forma avassaladora. Porque dizia que o filho era seu? Ele mesmo sabia de seus amantes, ditos em momentos de confissão muito antes da tarde fatídica. -Vamos sentar, respire fundo! Como sabe que é meu? – Falava pausadamente tentando inspirar confiança – Não pode ser de seu marido ou… de outro? – Só o que me faltava era isso – o tom subira novamente – me engravida e ainda me chama de vagabunda. Nunca mais dormi com homem algum depois de nosso encontro, meu marido viaja muito e nas poucas vezes que esteve em casa, não me entreguei a ele, por amor a você! – Depois de pensar um pouco falou: – Então não há alternativa além do aborto, procure uma dessas velhas rezadeiras e dê um jeito nisso, o que espera que eu faça? – Precisamos fugir, eu abandono tudo para ficar ao seu lado! – desesperada segurava a batina do padre com força – Teremos nosso filho longe daqui! – Tentando ganhar tempo Olavo tirou as mãos dela de sua roupa. dirigiu-se ao altar e tamborilou com os dedos sobre a branca toalha, virou-se com raiva: – Nunca! Vire-se! Você foi a culpada, me levou para a perdição agora quer acabar comigo? Como posso largar o sacerdócio e viver com uma prostituta que deita em qualquer cama com qualquer um? – Tereza deu um grito de ódio e partiu para cima do padre. Havia um punhal em sua mão. A lâmina afiada foi cravada no abdômen do rapaz que caiu de joelhos. Tereza continuava com a arma na mão manchada com o sangue do padre e foi com ela que cortou a própria jugular, tendo morte quase instantânea. Por muitos anos o espírito de Tereza foi torturado pelas visões dessa e de outras vidas em que sempre causara sofrimento e mortes. Ao atingir um nível de compreensão adequado ao caminho evolutivo, tornou-se Maria Padilha das Almas, e ainda hoje busca ajudar a todos que a procuram tentando fazer com que novas almas não se percam como ela se perdeu por diversas vezes. Somente quem já teve contato com essa grande pomba-gira, sabe dos conselhos firmes dados por ela e da tristeza que ainda deixa transparecer em suas incorporações. Laroiê a Padilha das Almas!
Poema
Vou contar uma lenda de uma pobre Maria,
Que conheceu o luxo e a agonia !
Vou contar a lenda de Maria Padilha ,
Que escondia a sedução sob a mantilha !
Ela viveu no século XIV , cheio de magia ,
Misticismo e fantasia !
Ela nasceu na Espanha valorosa ,
Formosa e maravilhosa !
Ainda criança , Maria Padilha foi abandonada …
Por sua mãe , que era uma coitada …
Ela era filha de mãe solteira …
E virou uma órfã verdadeira !
Ela nunca teve uma família inteira …
Assim , ela foi criada por uma feiticeira !
Ela gostava de dançar o “flamenco” sensual …
De uma forma especial !
Ela gostava de vestir preto e vermelho …
Para treinar a dança no espelho !
Na adolescência , ela virou uma cortesã elegante …
Conhecendo muita gente importante !
Ela foi apresentada à Dom Pedro I de Castela …
De uma forma elegante e bela …
Pelo primeiro ministro numa festa …
Ao som de uma linda orquestra !
Assim , os dois dançaram …
E se apaixonaram …
Mas , Pedro estava noivo de Branca de Bourbon ,
Que era frágil e sempre saia do tom !
Mas , Maria Padilha fez uma bruxaria ,
Que gerou uma grande agonia :
Ela jogou um feitiço no cinto em que Branca …
De uma forma ingênua e franca …
Presenteou o seu amado …
De um jeito calado !
Assim , depois do casamento …
Sem nenhum sentimento …
Aconteceu um tormento :
Branca , dois dias depois , foi abandonada …
Sem entender , absolutamente , nada !
Depois , os membros bastardos da família real …
Seqüestraram Pedro de um jeito sensacional !
Mas , com a ajuda de Maria Padilha …
Pedro escapou de toda aquela matilha !
Então , ele decidiu transferir sua corte para Alcazar de Sevilha …
Junto com sua amada Maria Padilha !
Depois , ele bolou uma vingança sem piedade …
E matou seus 9 irmãos traiçoeiros de verdade !
Por causa desta vingança de fel …
Ele ficou conhecido como : Pedro , o cruel !
Com Maria Padilha , ele teve 4 crianças …
Carregadas de coragem e esperanças !
Porém , um dia …
Cheio de agonia …
A linda Maria …
Morreu vítima da peste negra com muita dor …
Mas , Pedro chorando com ardor …
Nomeou a amada morta como rainha original …
De uma forma especial !
Porém Pedro , o cruel …
Conheceu o próprio fel …
Morrendo nas mãos do único irmão bastardo que escapou a sua ira …
Mas , que conheceu a atrocidade e a mentira !
Esta é a história de Maria Padilha ,
Que escondia a sedução sob a mantilha …
E que de tanto fazer magias e de possuir um olhar de vampira …
Tem seitas que dizem que ela é a real pomba – gira .
Maria Padilha de Castella
Biografia
A verdadeira história desta entidade ainda não esta comprovada de fato! Porque devido a várias histórias contadas e publicadas sempre deixa um fecho para inúmeras controversas. Já faz um bom tempinho que venho lendo e pesquisando histórias de Maria Padilha ou ( Maria de Padilha) que vem a ser o verdadeiro nome da amante rainha do Rei de Castela.
A história conta que Maria de Padilha era uma jovem muito sedutora que foi viver no reinado de Castela como dama de companhia de D. Maria, mãe de D. Pedro I de Castela ( O cruel ) . Sendo que esta moça tinha um tutor e este responsável e tio da bela donzela, que também era herdeira de sangue nobre, devido a influencia de seu pai na corte espanhola.
A lenda conta que D.Pedro de Castela já estava noivo de D. Blanca de Bourbom, uma jovem pertencente a corte francesa, que foi enviada para Castela para casar-se com D. Pedro porque este estava já para assumir o Reinado do pai, no ano 1350.
D. Maria de Padilha e o Rei de Castela depois de apresentados, fulminaram-se de paixão um pelo outro e mesmo as escondidas começaram um grande caso de amor, onde sabiam que jamais seria aceito pela família e tampouco pela corte.
D.Pedro I de Castela, não queria casar-se com D. Blanca de Bourbom , mais este casamento traria excelentes benefícios políticos para a corte Espanhola e Portuguesa.
Dizem que Maria de Padilha, trabalhava na magia com um judeu cabalista e que este a ensinou muitas magias e através destas… conseguiu dominar o Rei de Castela completamente. Conta a história que ela foi uma das grandes responsáveis pelo o abandono ou morte de D. Blanca de Bourbom pelo rei, digo abandono ou morte porque ainda é uma história muito confusa… alguns livros indicam que D. Blanca foi decapitada ao mando do Rei… outros apenas citam que ela foi abandonada por ele e devolvida a sua família na França por ele ter assumido seu amor por Maria de Padilha.
Maria de Padilha de Castela, depois do sumiço de D. Blanca passou a viver com o Rei em seu castelo em Sevilha, palácio que foi construído e presenteado a Maria de Padilha pelo seu amado rei de Castela.
Maria Padilha deu quatro filhos ao rei de Castela sendo que o primogênito morreu em idade tenra.
Ao contrario do que conta muitas histórias publicadas desta grande personagem, Maria Padilha morreu antes do Rei de Castela e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha, fez com que seu súditos beijassem as mãos do corpo falecido por peste negra e a enterrou nos jardins de seu castelo.
O Rei anunciou ao sei reinado que havia casado com D. Maria Padilha as escondidas e que queria que seu filhos com ela fossem reconhecidos como herdeiros do trono e que a imagem de Maria Padilha diante do povo fosse de uma Grande Rainha.
Um ano mais tarde o rei veio a casar-se de novo, mais nunca escondeu que o grande amor de sua vida tinha sido D. Maria Padilha, os contadores contavam que o feitiço lançado ao rei pela poderosa Padilha seria eterno!
Alguns anos depois o Rei de Castela veio a falecer pelas mão de seu meio irmão bastardo que acabou assumindo o seu posto de Rei de Castela… o corpo do rei deposto foi enterrado a frente da sepultura de sua Amada Rainha Padilha, onde foram construídos duas estátuas uma em frente a outra, para que mesmo na eternidade os amados nunca deixassem de olhar um pelo outro.
Dizem que a entidade de Maria Padilha, na sua primeira aparição, foi em uma mulata no tempo da corte de D.Pedro II no Brasil , onde esta mulata em um sessão da Catimbó… recebeu uma entidade muito feiticeira e faceira que se apresentou com D. Rainha Maria Padilha de Castela e contou a sua história e que depois dela outras Padilhas viriam para fazer parte da sua quadrilha.
Dizem que depois desta anunciação de D. Maria Padilha, ela só voltou mais uma ou duas vezes e que não mais chegaria na terra por sua missão presente estar cumprida, mais que por castigo de Jesus e por mando do Rei das Encruzilhadas ela ainda permaneceria na terra e confins, comandando a sua quadrilha de mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos… Depois disto, nunca mais ninguém voltou a ver ou assistir a curimba desta poderosa entidade rainha das giras. Há muitos pais de santo e estudiosos que dizem que D. Rainha da Sete Encruzilhada é D. Maria Padilha de Castela, por ter sido ela eleita a Rainha de todas as giras, mais esta desconfiança, ainda não foi esclarecida, nem pelas próprias identidades que trabalham com D. Rainha das Sete Encruzilhadas. Esta desconfiança gerou porque D. Padilha de Castela se titulava Rainha e sempre saudava as sete encruzilhadas, onde morava o seu rei e de onde ela reinava.
“Sou guerreira, bonita e maliciosa… Minha coroa vem de Nazaré! Eu saúdo a Jesus Cristo pois ele é quem me deu o meu trono de fé! dizem que sou mulher de Belzebu, este nem mesmo sei quem é! Sou mulher de quem me de respeito e companheira de Exu Rei e Cipriano e também Exu Tararé!”
Maria Padilha das Sete Encruzilhadas
Uma breve história
Núbia estava satisfeita e feliz. Depois de uma misteriosa doença, sua prima, a rainha Velma, havia sucumbido. E ela sabia do que se tratava, fora ela quem, diariamente, pingara gotas de um poderoso veneno nas refeições da soberana.
O caso amoroso que mantinha com o rei Alberto finalmente teria um final feliz. Para ela, claro! Mal pode conter a alegria quando foi notificada da morte da prima. Fez um tremendo esforço para derramar algumas lágrimas durante o féretro, porém seus pensamentos fervilhavam, imaginava os detalhes de sua coroação. Havia o período de luto de no mínimo três meses, mas isso era de menos,
Alberto estava totalmente apaixonado e faria de tudo para casar-se com ela o mais rápido possível.
Aí sim, a glória e o poder que sempre foram daquela tonta seriam dela para frente. Várias vezes tivera que cobrir o rosto com seu lenço negro para que ninguém percebesse o sorriso de satisfação que aflorava em seus lábios.
Terminadas as exéquias, Núbia procurou pelo amante para dizer-lhe que estava pronta para ser sua nova mulher, esperariam o luto oficial e poderiam começar os preparativos para o casamento e coroação.
A reação de Alberto fez seu coração gelar:
– Núbia foi você que matou minha mulher?
Negou peremptoriamente.
Ela jamais teria coragem de fazer qualquer mal à sua prima, mesmo amando seu marido, pelo contrário, perdera noites de sono para permanecer à cabeceira da doente. Como podia ele pensar isso dela?
– Núbia!
– Alberto estava gritando
– A casa tem criados, será que você é tão imbecil que não percebe que eu descobriria?
O desespero tomou conta da mulher, sentiu que a situação havia fugido de seu controle. Jogou-se aos pés do homem implorando perdão:
– Eu te amo demais, não agüentava mais ficar longe de você!
As lágrimas corriam livremente.
– Ela não te amava, sou eu que o amo!
Sem pestanejar, Alberto chamou pelos guardas palacianos e mandou que a levassem a ferros para o porão do castelo onde ficaria até que ele decidisse o que fazer.
Durante três anos permaneceu presa. Chorava muito e amaldiçoava a todos. O pior, porém era o fantasma de Velma que todas as noites a visitava. A imagem da rainha surgia ricamente vestida e a olhava com piedade balançando a cabeça em sinal de desaprovação.
Nesses momentos os gritos que dava ecoavam pelos corredores do palácio. Da bela e arrogante mulher, nada mais restava. Tornara-se um trapo humano.
Um dia veio o golpe fatal. A criada que lhe trazia as refeições informou-lhe que o rei havia anunciado seu casamento com uma jovem duquesa.
As horas que se seguiram a essa descoberta foram de horror, a imagem da rainha falecida permaneceu sentada no fundo do cubículo e não desviava o olhar tristonho de acusação.
Num acesso de fúria avançou sobre o espectro.
Debilitada, tropeçou nas próprias vestes e caiu batendo a têmpora na pedra onde Velma estivera sentada.
Seu espírito vagou por anos. Aprendeu muito e descobriu que havia sido rainha em outras encarnações, mas que nunca fora exemplo de bondade ou compaixão.
Como Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, readquiriu o porte majestoso de antigas vivências e segue em busca de evolução. Sempre que está em terra lembra que há muito a aprender, mas que tem muito a ensinar.
Maria Padilha do Cabaré
Ela foi espanhola, foi Rainha dona de castelo e adorava bacalhau, queijos e vinhos, claro que hoje estando evoluída, não mais nessa matéria aceita as oferendas comuns, mas ela é muito fina, sabe bem o que é bom, gosta de jóias, roupas feitas de bons tecidos, adora saia com muitos babados, pois como disse foi espanhola, adora um leque.
Diz a sua história que quando passou pela terra foi dona de um cabaré muito famoso, onde se fez tornar uma mulher marcante na sociedade da época. Amar ? Amou sim, uma vez só e por ter sofrido por um grande amor resolveu não se entregar nunca mais a ninguém. Foi uma mulher bem sucedida e se tornou rica, muito rica… Ela tinha um dom que lhe acompanhava desde menina o dom das cartas o misterioso Futuro no qual ela o adivinhava, este dom vem dos seus antepassados, pois ela vem de uma família Espanhola…
Maria Padilha Rainha do Cabaré, é mais uma das Pombagiras que visam o zelo pelas coisas do coração e do dinheiro.
Falta de Compreensão
Maria Padilha – é uma entidade de luz que trabalha a serviço de Ogum. Viveu à muito tempo atrás na França segundo algumas lendas, e foi dona de uma casa de damas(Cabaré), todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete, estão com ela na espiritualidade. Isso tudo ao menos é o que dizem as lendas. O que entendo é que esses são nomes de guerra e estão longe de revelar os verdadeiros nomes dessas entidades. Além do mais, Maria Padilha é só uma entidade que tem uma falange em evolução. Há uma profecia que conta que no ano 2000, Maria Padilha, a rainha das rainhas vai pisar nos Orixás. Vê se pode! Os Orixás vão reverenciá-la pois a sua missão é de converter o homem que ela ama (Lúcifer, anjo das trevas) para a luz. Veja a que ponto chega a interferencia do sincretismo e bagunças religiosas na Umbanda! Eles vão entrar na casa de Deus ambos de branco. Ela sentará ao lado de Jesus Cristo e ele aos pés de Cristo. Maria Padilha salvará 7000 almas e entregará as chamas do inferno a 7000 almas. Além de irônica, mentirosa e ridícula, essa profecia não passa de engodo e falsas revelações. Seus “Trabalhos” prediletos são na área do amor. Ela adora crianças, adora animais, a vida. Vida é luz.Toda a consulta espiritual que é desenvolvida inicialmente e o andamento de todos os trabalhos são feitos através de Maria Padilha. Mas, essa é a orixa evoluida e tem muitas magas negras se passando por ela ai na Quiumba. Inclusive com pessoas como essas que fizeram essa ridícula profecia.
Livros
Maria Padilha
Maria Padilha
Fonte: Youtube
Maria Padilha é uma das principais entidades da umbanda e do candomblé traz consigo o dom do encantamento
de amor é muito procurada pelas pessoas que sofre de paixões não Correspondidas .
E suas oferendas são compostas geralmente de cigarros champanhe rosas vermelhas perfumes anéis e
gargantilhas batom pentes espelho farofa feita com azeite de dendê suas obrigações são geralmente arriadas
nas encruzilhadas de T aceita como sacrifício galinha vermelha cabra e pata preta.
Mulheres que trabalham com esta entidade são geralmente belas bonitas atraentes e sensuais são dominadoras
e de personalidade muito forte sabem amar como ninguém mas com a mesma facilidade sabem odiar seus
parceiros amorosos.
Maria Padilha é protetora das prostitutas gosta do luxo e do sexo adora a lua mas odeia o sol suas roupas são
geralmente vermelhas e pretas igualmente seus colares e sua coroa suas cantigas são muito alegres e cheias
de magia e segredos. E mulher de sete exu rainha dos cabarés e das encruzilhadas
–
Podemos também ver MARIA PADILHA como aquela pessoa alegre que passa pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”. Vem com brincadeiras e algazarras, mas faz um trabalho enorme em benefício da sociedade, que se diga de passagem é muito pouco reconhecido, mas ELA o exerce com presteza e determinação.
Assim como devemos ter um conceito mais respeitoso do ORIXÁ EXÚ, devemos também dedicar mais respeito ao trabalho de MARIA PADILHA. deixando de encará-la como uma mulher vulgar e da vida, que só vêm “para arranjar casamento” ou o que é pior, para desfazer casamentos…Isto é uma coisa absurda e vulgar… O trabalho de MARIA PADILHA é sério.
. É também um trabalho de descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas. De abertura dos caminhos da vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.
MARIA PADILHA é considerada a qualidade feminina de Exu. Na tradição dos candomblés de origem predominantemente Yorubá MARIA PADILHA faz parte do panteão de entidades que trabalham na “esquerda”, isto é, que podem ser invocadas para “trabalhar para o bem ou para o mal”, em contraste com aquelas entidades da “direita”, que só seriam invocadas em nome do “bem”.
Temos de entender que no ALTO CANDOMBLÉ não é feita distinção entre o “bem” e o “mal”, no sentido judaico-cristão, e sim na relação do “ORIXÁ” e o “homem”.
O culto à Maria Padilha, como entidade dotada de identidade própria, não é o mesmo culto dado a um ORIXÁ, mas é cultuada como um ser do mundo astral, guerreira e inteligente demais, que realiza diversos trabalhos e está sempre pronta a ajudar as pessoas a vencerem vários obstáculos da vida, a conseguir a felicidade no amor, vencer problemas de saúde de desarmonia conjugal e está muito próxima da nossa esfera humana.
.Seu poder é tão grande que é sempre invocada nas questões sentimentais uma vez que traz consigo os dons do encantamento de amor, sendo assim muito procurada pelas pessoas que sofrem de paixões não correspondidas
Suas oferendas são compostas geralmente de cigarros, champagne, rosas vermelhas, perfumes, anéis e gargantilhas de ouro ou dourados, batom, pentes, espelhos, farofa feita com azeite de dendê. Suas obrigações são geralmente arriadas nas encruzilhadas de T.
Maria Padilha adora a lua mas odeia o sol e as suas roupas são geralmente vermelhas e pretas igualmente seus colares e sua coroa. Suas cantigas são muito alegres e cheias de magia e segredos.
A sua força é guerreira, a sua vibração magnética é carregada de sensualidade e alegria, Uma coisa é muito certa, todo e qualquer problema que colocamos nas mãos de qualquer uma delas tem solução.
O importante ao invocá-la é lembrar sempre que, é uma entidade complexa, de personalidade forte, e que nunca perdoa uma falta de palavra dada. O importante também é não invocá-la para trazer prejuízo a outrem, porque ela o fará com certeza, mas a dívida kármica adquirida ficará por conta de quem pediu.
Quanto ao seu aspecto sensual, faz parte de sua polaridade, não querendo significar com isso depravação ou perversão.
Por isso devemos respeitar ao máximo o trabalho de Maria Padilha, levando-o muito à sério e JAMAIS o desrespeitando .
estamos reconhecendo seu poder e ao mesmo tempo estamos pedindo “àquele(a) que vive a noite, que nos livre das emboscada
Ponto de Maria Padilha
Uma rosa cor de sangue senti-la em suas mãos
Um sorriso que nas sombras não diz nem sim, nem não
Poe na boca a cigarrilha no mais inocente olhar de quem quiser amar.
De vermelho e negro vestido na noite um mistério traz,
De colar de perolas brincos dourados a promessa faz,
Se é preciso ir você pode ir, peça o que quiser,
Mas cuidado amigo ela é bonita, ela é mulher.
E no canto da rua oi zombando,oi zombando, oi zombando está. 2x
Ela moça bonita girando oi girando lá oiê, oi girando lá oiê . 2x
Fonte: Tudo sobre umbanda
Vitória da macumba: religiões afro-brasileiras ganham direito de resposta na Record e Rede Mulher
(Foto: Estadão Conteúdo)
Este blog acaba de receber a nota abaixo da Justiça Federal de São Paulo:
As emissoras de televisão Rede Record e Rede Mulher foram condenadas a produzir e exibir, cada uma, quatro programas de televisão, a título de direito de resposta às religiões de origem africana, em razão das ofensas proferidas contra elas em suas programações. Cada programa deverá ter a duração mínima de uma hora e as rés empregarão seus respectivos espaços físicos, equipamentos e pessoal técnico para produzi-los. A decisão é do juiz Djalma Moreira Gomes, da 25ª Vara Federal Cível em São Paulo/SP.
O Ministério Público Federal (MPF), o Instituto Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira (INTECAB) e o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e da Desigualdade (CEERT) ajuizaram a ação civil pública contra as emissoras, alegando que as religiões afro-brasileiras vêm sofrendo constantes agressões em programas por elas veiculados, o que é vedado pela Constituição Federal, que proíbe a demonização de religiões por outras.
Djalma Gomes explica que a um prestador de serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens é um “longa manus (executor de ordens) do Estado no desempenho dessa atividade, e como o próprio Estado deve se comportar no cumprimento das regras e princípios constitucionais legais”.
O juiz cita algumas passagens da Constituição Federal (CF) que tratam destes serviços que devem ser “prestados visando à consecução dos fins da República Federativa do Brasil, entre eles a promoção do bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” e que o Estado deve garantir a todos “o pleno exercício dos direitos culturais, protegendo as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras” e “em caso de ofensa, é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo”.
“Os fatos imputados na inicial estão comprovados e são, ademais, incontroversos”, afirma o juiz, acrescentando que as emissoras sequer os negaram, apenas procuraram extrair a “conotação de ofensivos”, atribuída pelos autores.
O magistrado transcreve um trecho da liminar proferida na ação, pela juíza federal Marisa Cláudia Gonçalves Cucio, que mostrou relatos de pessoas que se converteram à Igreja Universal, mas antes eram adeptas às religiões afro-brasileiras, eram tratadas como “ex-bruxa”, “ex-mãe de encosto” e acusadas de terem servido aos “espíritos do mal”.
“Este tipo de mensagem desrespeitosa, com cunho de preconceito […] tem impacto poderoso sobre a população, principalmente a de baixa escolaridade, porque é acessada por centenas de milhares de pessoas que podem recebe-la como uma verdade”, explicou, na ocasião, Marisa Cucio.
Tanto a Rede Record quanto a Rede Mulher deverão exibir cada um dos quatro programas em duas oportunidades (totalizando oito exibições por emissora), em horários correspondentes àqueles em que foram exibidos os programas que praticaram as ofensas. Além disso, deverão realizar três chamadas aos telespectadores na véspera ou no próprio dia da exibição.
Fonte: Yahoo
Os filhos de Oxum, a Rainha da Água doce, dona dos rios e das cachoeiras, carregam o tipo de Iemanjá . A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar, é à Oxum que se pede ajuda (pelo Amalá). A diferença maior é a vaidade.
Filhos de Oxum amam espelhos (a figura de Oxum carrega um espelho na mão), jóias caras, ouro, são impecáveis no trajar e não se exibem publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta e a mulher do cabelo e da pintura. Normalmente têm uma facilidade muito grande para o choro. São emotivos.
Talvez ninguém tenha sido tão feliz para definir os filhos de Oxum como o pesquisador da religião africana, o francês Pierre Verger, que escreveu: “o arquétipo de Oxum é das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que as de Iansã . Elas evitam chocar a opinião publica, á qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social”. Seu maior defeito é o ciúme.
Toda descrição acima é muito interessante por representar a realidade dos filhos de Oxum, mas isso fica por conta dos seus filhos que entendem como riqueza o Ouro, mas para o Orixá Oxum o ouro não tem valor no pregão comercial, mas sim na sua pureza. Ser puro como o ouro seria uma verdadeira representação de um filho de Oxum.
Sentar na beira de um rio e tentar harmonizar-se com a natureza é uma forma para nossa Mãe Oxum nos abençoar e nos proteger!
COR : Amarelo
AMALÁ: 7 velas brancas e 7 amarelo claro, água mineral canjica branca, fitas amarelo claro e branca
ENTREGA: Ao lado de uma cascaa
ERVAS: Erva Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica, Trevo Azedo ou grande, Chuva de Ouro. Manjericona, Erva Sta. Maria, Gengibre, Calendula
Fonte: Google
A UMBANDA SOB A VISÃO DA ESPIRITUALIDADE
Ramatis – Um dos beneméritos trabalhadores da Umbanda
Daremos agora, algumas explanações preciosas do nosso amado irmão, o Espírito de Ramatis, sobre a situação
atual da Umbanda, bem como as diretrizes da Administração Sideral, a fim de nos conscientizarmos, estudarmos,
deixarmos a egolatria e o egocentrismo de lado, arregaçarmos as mangas, e partirmos para uma coesão doutrinária
e litúrgica de nossa amada religião.
ESPIRITISMO E UMBANDA
Como é que os Mentores Espirituais encaram o movimento de Umbanda observado
do Espaço?
Ramatis: Evidentemente, sabeis que não há separatividade nem competição entre os Espíritos benfeitores,
responsáveis pela espiritualização da humanidade. As dissensões sectaristas, críticas comuns entre adeptos
espiritualistas, discussões estéreis e os conflitos religiosos, são frutos da ignorância, inquietude e instabilidade
espiritual dos encarnados. Os Mentores Espirituais não se preocupam com a ascendência do Protestantismo sobre o
Catolicismo, do Espiritismo sobre a Umbanda, dos Teosofistas sobre os Espíritas, mas lhes interessa desenvolver
nos homens o Amor que salva e o Bem que edifica!
Os primeiros bruxuleios de consciência espiritual liquidam as nossas tolas criticas contra os nossos irmãos de outras
seitas. Em primeiro lugar, verificamos que não existe qualquer “equívoco” na criação de Deus e, secundariamente, já
não temos absoluta certeza de que cultuamos a “melhor” Verdade! Ademais, todas as coisas são exercidas e
conhecidas no tempo certo do grau de maturidade espiritual de cada ser, porque o Espírito de Deus permanece
inalterável no seio das criaturas e as oriente sempre para objetivos superiores. As lições que o homem recebe
continuamente, acima do seu próprio grau espiritual, significam a “nova posição evolutiva”, que ele depois deverá
assumir, quando terminar a sua experiência religiosa em curso.
Obviamente, os Mentores Espirituais consideram o movimento de Umbanda uma seqüência ou aspiração religiosa
muitíssimo natural e destinada a atender uma fase da graduação espiritual do homem. A Administração Sideral não
pretende impor ao Universo uma religião ou doutrina exclusivista, porém, no esquema divino da vida do Espírito
eterno, só existe um objetivo irredutível e definitivo – a Amor!
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Em conseqüência, ser católico, espírita, protestante, umbandista, teosofista, muçulmano, budista, israelita, hinduísta,
iogue, rosacruciano, krisnamurtiano, esoterista ou ateu, não passa de uma experiência transitória em determinada
época do curso ascensional do Espírito eterno!
As polêmicas, os conflitos religiosos e doutrinários do mundo, não passam de verdadeira estultícia e ilusão, pois só a
ignorância do homem pode levá-lo a combater aquilo que ele “já foi” ou que ainda “há de ser”!
É tão desairoso para o católico combater o protestante, ou o espírita combater o umbandista, como em sentido
inverso, pois os homens devem auxiliar-se mutuamente no próprio culto religioso, embora respeitem-se na
preferência alheia, segundo o seu grau de entendimento espiritual.
É desonestidade e cabotinismo condenarmos a preferência alheia, em qualquer tributo espiritual da vida humana!
Pelo simples fato de um homem detestar limões, isto não lhe dá o direito de reclamar a destruição de todos os
limoeiros, nem mesmo exigir que seja feito o enxerto a seu gosto!
Nota do Autor: Tem uma frase significativa, dita pelo Espírito de Miranês, através do médium João Nunes Maia: “Se uma religião
combate o tipo de fé de outra é por não estar seguro da sua”.
E o que vós julgais da Umbanda?
Ramatis: Embora reconheçamos que o vocábulo trinário Umbanda, em sua vibração intrínseca e real, significa a
própria “Lei Maior Divina” regendo sob o ritmo septenário o desenvolvimento da Filosofia, Religião e a existência
humana pela atividade da magia em todas as latitudes do Universo, neste modesto capítulo referimo-nos à Umbanda,
apenas como doutrina de espiritualismo de “Terreiro”. Sabemos que a palavra Umbanda é síntese vibratória e divina,
abrangendo o conjunto de leis que disciplinam o intercâmbio do Espírito e a Forma, em vez de doutrina religiosa ou
fetichista. Ela é conhecida desde os Vedas e demais escolas iniciáticas do passado, mas foi olvidada na letargia das
línguas mortas e abastardada nos ritos africanos, passando a definir praticas fetichistas e atos de sortilégios. Em
certos casos, chegaram a confundi-la com a própria atividade do sacerdote negro!
Sem dúvida, ela deturpou-se na sua divina musicalidade e enfraqueceu a sua intimidade sonora na elevada
significação de um “mantram” cósmico! Mas devido à ancestralidade divina existente no Espírito humano, Umbanda
será novamente expressa e compreendida na sua elevada significação cósmica, mercê do trabalho perseverante dos
próprios umbandistas estudiosos e descondicionados do fetichismo escravizante de seita! No entanto, nós
prosseguiremos neste labor mediúnico, examinando Umbanda, somente em sua atual condição de sistema
doutrinário mediúnico religioso!
E que dizeis de Umbanda, como “espiritualismo de Terreiro”?
Ramatis: Em face de nosso longo aprendizado no curso redentor da vida humana, almejamos que a doutrina
espiritualista de Umbanda alcance os objetivos louváveis traçados pela Administração Sideral.
Indubitavelmente, a Umbanda, ainda não passa de uma aspiração religiosa algo entontecida, mas buscando
sinceramente uma forma de elevada representação no mundo. Não apresenta uma unidade doutrinária e ritualística
conveniente, porque todo “Terreiro” adora um modo particular de operar e cada chefe ou diretor ainda se preocupa
em monopolizar os ensinamentos pelo crivo de convicção ou preferência pessoal. Mas o que parece um mal
indesejável é conseqüência natural da própria multiplicidade de formas, labores e concepções que se acumulam
prodigamente no alicerce fundamental da Umbanda. Aqueles que censuram essa instabilidade muito própria da
riqueza e variedade de elementos formativos umbandisticos, são maus críticos, que devido à facilidade de colherem
frutos sazonados numa laranjeira crescida, não admitem a dificuldade do vizinho ainda no processo da semeadura.
Poderíeis usar de alguma imagem comparativa que nos sugerisse melhor
entendimento sobre a situação atual da Umbanda?
Ramatis: A Umbanda é como um grande edifício sem controle de condomínio, onde cada inquilino vive a seu modo e
faz o seu entulho! Em conseqüência, o edifício mostra em sua fachada a desorganização que ainda lhe vai por
dentro. As mais excêntricas cores decoram as janelas ao gosto pessoal de cada morador; ali existem roupas a secar,
enfeites exóticos, folhagens agressivas, bandeiras, cortinas, lixo, caixotes, flores, vasos, gatos, cães, papagaios e
gaiolas de pássaros numa desordem ostensiva. Debruçam-se nas janelas criaturas de toda cor, raça, índole, cultura,
moral, condição social e situação econômica. Enquanto ainda chega gente nova trazendo novo acervo de costumes,
gostos, temperamentos e preocupações, que em breve tentam impor aos demais.
Malgrado a barafunda existente, nem por isso é aconselhável dinamitar o edifício ou embargá-lo, impedindo-o de
servir a tanta gente em busca de um abrigo e consolo para viver a sua experiência humana.
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Evidentemente é bem mais lógico e sensato firmar as diretrizes que possam organizar a vivencia proveitosa de todos
os moradores em comum, através de leis e regulamentos formulados pela direção central do edifício e destinados a
manter a disciplina, o bom gosto e a harmonia desejável.
Quereis dizer que apesar da confusão atual reinante na Umbanda, ela tende para a
sua unidade doutrinária, não é assim?
Ramatis: Apesar dessa aparência doutrinária heterogênea, existe uma estrutura básica e fundamental que sustenta
a integridade da Umbanda, assim como um edifício sob a mais fragrante anarquia dos seus moradores, mentem-se
indestrutível pela garantia do arcabouço de aço.
Da mesma forma, o edifício da Umbanda, na Terra, continua indeformável em suas “linhas mestras”, bastando que os
seus lideres e estudiosos orientem-se através da diversidade de formas exteriores, para em breve identificar essa
unidade doutrinária iniciática. Os Terreiros ainda lutam entre si e atacam-se mutuamente, em nome de princípios
doutrinários e ritualísticos semelhantes, enquanto sacrificam a autenticidade da Umbanda pela obstinação e pelo
capricho da personalidade humana. É tempo dos seus lideres abdicarem do amor-próprio, da egolatria e interesses
pessoais, para pesquisarem sinceramente as “linhas mestras” da Umbanda e não as tendências próprias e que então
confundem à guiza de princípios doutrinários.
Considerando-se que a Umbanda é de orientação espiritual superior, qual é a
preocupação atual dos seus dirigentes, no Espaço?
Ramatis: Os Mentores da Umbanda, no momento, preocupam-se em eliminar as praticas obsoletas, ridículas,
dispersivas e até censuráveis, que ainda exercem os umbandistas alheios aos fundamentos e objetivo espiritual da
doutrina. Sem dúvida, uns adotam excrescências inúteis e abusivas no rito e características doutrinarias de
Umbanda, por ignorância, alguns por ingenuidade e outros até por vaidade ou interesse de impressionar o publico.
Inúmeras práticas que, de inicio, serviram para dar o colorido doutrinário, já podem ser abolidas em favor do
progresso e da higienização dos “Terreiros”.
Aliás, a Umbanda é um labor espiritual digno e proveitoso, mas também é necessário se proceder à seleção de
adeptos e médiuns, afastando os que negociam com a dor alheia e mercadejam com as dificuldades do próximo.
Raros umbandistas percebem o sentido especifico religioso da Umbanda, no sentido de confraternizar as mais
diversas raças sob o mesmo padrão de contato espiritual com o mundo oculto. Sem violentar os sentimentos
religiosos alheios, os Pretos-Velhos são o “denominador comum” capaz de agasalhar as angustias, suplicas e
desventuras dos tipos humanos mais diferentes. São eles os trabalhadores avançados, espécie de bandeirantes
desgalhando a mata virgem e abrindo clareiras para o entendimento sensato da vida espiritual, preparando os filhos e
os habituando a soletrar a cartilha da humildade para mais breve entenderem a própria mensagem iniciática (e
doutrinária) do Espiritismo.
A Umbanda tem fundamento e quando for conhecido todo o seu programa esquematizado no Espaço, os seus
próprios críticos verificarão a comprovação do velho aforismo de que “Deus escreveu certo por linhas tortas”…
Qual o motivo da aprovação da Umbanda pelo Alto, quando já se fazia o advento do
Espiritismo?
RAMATÍS: A Umbanda, no Brasil, é conseqüência de uma lei religiosa muito natural – a evolução moral! Prevendo a
decadência do Catolicismo pelos seus dogmas envelhecidos, o advento libertador e mentalista do Espiritismo e o
conseqüente progresso científico do mundo, os mestres espirituais elaboraram o esquema de uma doutrina religiosa
capaz de aproveitar as sementes boas da Igreja Católica, incluindo nos seus postulados o estudo da Reencarnação e
Lei do Carma! Assim, foi delineada a doutrina que se conhece por Umbanda, despida de preconceitos racistas pela
sua origem africana, no sentido de agrupar em sua atividade, escravos, senhores, pretos, brancos, nativos, exilados,
imigrantes descendentes de todos os povos do mundo, sediados no solo brasileiro.
Assim como não se tira de uma criança um objeto de sua adoração, antes de o substituirmos por outro equivalente, o
Alto também programou o crescimento da Umbanda à medida que o Catolicismo cede terreno por imposição dos
eventos modernos. No momento, a Umbanda vive a sua fase de instabilidade religiosa, assim como na fervura de
várias substâncias ainda não se distingue na panela o conteúdo definitivo e proveitoso.
Mas há de ser uma instituição louvável, no Brasil, porque também recebeu do Cristo a outorga para o serviço do
Bem; e corresponde à ansiedade religiosa do povo brasileiro, cada vez mais descrente da obstinação sacerdotal
católica, que ainda defende os seus dogmas seculares.
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Caso a Igreja Católica Romana admitisse francamente a Reencarnação e a Lei do
Carma e, também, o intercâmbio com os desencarnados, ela continuaria a atender
aos seus objetivos religiosos?
RAMATÍS: Sem dúvida, se o Clero Romano tivesse aderido incondicionalmente à fórmula sadia e racional da
reencarnação, ao estudo da Lei do Carma e ao intercâmbio com os espíritos, não haveria necessidade de outra
religião no Brasil. Mas o sacerdócio organizado ainda subestima as descobertas científicas do século atômico,
continuando a pregar a gênese infantil do mundo, as lendas e os milagres narrados pela Bíblia, embora o céu se
inunde de foguetes e aviões a jato.
Mas a Umbanda não poderia ser um movimento de competição religiosa à Igreja
Católica?
RAMATÍS: Inegavelmente, através da dignidade e do sentimento amoroso de muitos sacerdotes, o Catolicismo tem
prodigalizado imensos benefícios ao povo brasileiro e enaltecido a figura de Jesus no tempo e no espaço. Mas é Lei
criada por Deus que as religiões também nascem, crescem, envelhecem e desaparecem, como nos tem
demonstrado a própria história do mundo. A medida que elas vão perdendo a sua autonomia sobre os fiéis,
obstinadas em ensinar os mesmos postulados infantis e supersticiosos de vários séculos atrás, também vão sendo
substituídos por outros credos ou movimentos espiritualistas, que melhor se ajustam ao progresso científico do
mundo e da humanidade! E a Umbanda então progride, porque além de amparar o sentimento religioso do povo
brasileiro, proporcionando-lhe ensejos semelhantes aos já recebidos no seio da Igreja Católica, é doutrina atualizada,
que ensina a lógica das vidas sucessivas e a justiça do Carma!
A maioria dos espíritas assegura que na Umbanda só baixam Espíritos inferiores,
ainda presos às superstições e práticas pagãs. Que dizeis?
Ramatis: Inúmeras vezes temos advertido que a presença de Espíritos inferiores não depende do gênero de trabalho
mediúnico, nem do tipo da doutrina espiritualista, mas exclusivamente da conduta, do critério moral dos seus
componentes e adeptos.
Juntamente com as falanges de Espíritos primários ou pagãos, também operam na Linha Branca de Umbanda
Espíritos de elevada estirpe espiritual, confundidos entre Caboclos, Pretos-Velhos, Índios ou Negros, originários de
varias tribos africanas. Porventura, Jesus não prometeu: “Quando dois ou mais reunirem-se em meu nome, ali eu
também estarei”.
Ademais, em face da agressividade que atualmente impera no mundo pelo renascimento físico de Espíritos egressos
do astral inferior para a carne, os trabalhos mediúnicos de Umbanda ajudam a atenuar a violência dessas entidades
que se aglomeram sobre a crosta terráquea, tramando objetivos cruéis, satânicos e vingativos. As equipes de
Caboclos, Índios e Pretos experimentados à superfície da Terra, constituem-se na corajosa defensiva em torno dos
trabalhos mediúnicos de vários centros espíritas.
Sem duvida, conforme o pensamento dos kardecistas, o ideal seria doutrinar obsessores e esclarecer obsediados
sem o uso da violência que, às vezes, adotam as falanges de Umbanda. Em geral, tanto a vitima como os algozes
estão imantados pelo mesmo ódio do passado. E então é preciso segregar a entidade demasiadamente perversa,
que ultrapassa até o seu direito de desforra, assim como no mundo não se deixa a fera circular livremente entre as
criaturas humanas. Tanto aí na Terra como aqui no Espaço, o livre-arbítrio é tolhido, assim que o seu mau uso
principia a ferir os direitos alheios.
Quais as deficiências atuais da Umbanda para ela enquadrar-se definitivamente no
seu objetivo mediúnico e doutrinário?
Ramatis: Alhures, já explicarmos que a Umbanda ainda ressente-se de uma codificação ou seleção definitiva de
seus valores autênticos, dependendo de estudos, pesquisas, debates, teses e simpósios entre os principais
mentores, chefes e responsáveis por todos os Terreiros do Brasil. Também seria conveniente definir-se a posição da
Umbanda, cada vez mais ocidentalizada pela penetração incessante de brancos, em contraste com os trabalhos tipo
“Candomblé”, de culto deliberadamente primitivo e fetichista, fundamentado nas danças histéricas do mediunismo do
negro africano.
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Há de se fixar regras, cerimônias e métodos de trabalhos imprescindíveis à característica fundamental da Umbanda,
como ambiente simpático à livre manifestação dos Pretos e Caboclos, mas dispensando-se tanto quanto possível o
uso exagerado de apetrechos inúteis e até ridículos no serviço mediúnico e de magia. Justifica-se, também, a
padronização das vestimentas dos cavalos e cambonos em sua cor branca, mas visando principalmente a higiene, a
simplicidade, em vez da fascinação de paramentos eclesiásticos e que podem culminar na imprudência do luxo e do
fausto…
… Finalmente, Umbanda pode ser aspiração ou manifestação religiosa de um estado evolutivo do vosso povo, mas
perfeitamente compatível com o atual foro de civilização, sem as excentricidades dos batuques primitivos e da gritaria
histérica até de madrugada. Não é prova de fidelidade nem demonstração de Espírito sacrificial, o homem participar
de ritos e cantorias prolongadas que perturbam a vivencia comum dos demais seres, pois a Igreja Católica e o
Protestantismo também praticam suas liturgias em horas e dias que jamais despertam protestos ou censuras.
Os negros africanos atravessavam a madrugada adentro condicionado aos ritos intermináveis e às danças histéricas,
porque eles também dispunham totalmente do dia seguinte para a recuperação física através do sono prolongado.
Mas o cidadão atual é um escravo do cronômetro e de mil obrigações diárias, que lhe exigem o repouso adequado
para não malograr no sustento da família.
(Alguns trechos extraído do capítulo “Espiritismo e Umbanda”, do livro: “Missão do Espiritismo” – Psicografado por Hercílio Maes –
Editora Freitas Bastos – Pelo Espírito de Ramatis)
(Trecho extraído do livro: “Umbanda – A Manifestação do Espírito para a Caridade” – autoria de Pai Juruá)
Há uma guerra religiosa acontecendo no Brasil. Não é exagero, é uma guerra mesmo. E aconteceu nestes dias uma das suas batalhas mais bizarras: a primeira instância da Justiça Federal no Rio de Janeiro sentenciou que os “cultos afro-brasileiros não constituem religião” porque suas “manifestações religiosas não contêm traços necessários de uma religião”.
Na visão do juiz, uma religião tem que ter um texto base (ele cita a Bíblia e o Alcorão), uma estrutura hierárquica, e de um deus a ser venerado. Foi o Ministério Público Federal que provocou essa manifestação inesperada, ao apresentar uma ação em que pedia a retirada do Youtube de vídeos de cultos evangélicos que o MPF considerou intolerantes e discriminatórios contra as práticas religiosas de origem africana.
E foi para negar ao pedido de retirada que o tal juiz decidiu que umbanda e o candomblé são não-religiões. O MPF já recorreu, e é impossível que a decisão não seja revertida, por ser inconstitucional. Mas a sentença desse juiz é exemplar. Exemplar não no sentido de correta, mas de expor o centro, o coração da discussão, ao mencionar “deus único”, escritos religiosos e hierarquia constituída como “requisitos”.
Na verdade, se voltarmos à espiritualidade ancestral, veremos exatamente o contrário, ou quase. Mesmo onde há hierarquia (local) empossada em algum tipo de xamã, sacerdote ou pajé, ele é apenas um emissário ou facilitador entre o sagrado e a experiência espiritual individual.
E não o representante de algum monopólio metafísico-negocial, proprietário e gestor da distribuição do produto invisível que é a palavra divina. Os sistemas politeístas, ou que lidam com panteões de entidades intermediárias, como no caso os orixás da tradição africana, são uma descrição mais útil, sutil, variada e interessante da diversidade dos comportamentos humanos.
E em geral menos perigosos politicamente do que os sistemas onde há uma “moral única” que emana de uma fonte divina exterior à experiência dos indivíduos – moral que em geral serve para legitimar os interesses e preconceitos de seus “intérpretes” oficiais, sua hierarquia constituída.
Ao contrário, as religiões que se baseiam na transmissão oral da tradição são temperadas pela experiência viva, justa, dinâmica e amorosa. O griô da tradição africana é um sábio-andarilho, um sábio-da-rua, da vila, um misto de poeta, músico, árbitro e depositário e intérprete da tradição, não um leitor de gabinete, um bedel da palavra, um burocrata do espírito (como se isso não fosse um paradoxo e um impasse).
Essas tradições também costumam ter uma visão mais equilibrada da relação do homem com a natureza, já que o mundo não é um “brinquedo” que deus deu aos seus filhos para usarmos até gastar ou quebrar. Mas um campo de experiências éticas e estéticas no limiar do visível e do invisível, da natureza e do idealizado, do feminino e do masculino. Um mundo horizontal, e não vertical, como essas alucinações brancas monoteístas e repressivas pretendem.
O procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jaime Mitropoulos, autor da ação inicial, comenta nesse mesmo sentido. “A decisão causa perplexidade, pois ao invés de conceder a tutela jurisdicional pretendida, optou-se pela definição do que seria religião, negando os diversos diplomas internacionais que tratam da matéria (Pacto Internacional Sobre os Direitos Civis e Políticos, Pacto de São José da Costa Rica, etc.), a Constituição Federal, bem como a Lei 12.288/10. Além disso, o ato nega a história e os fatos sociais acerca da existência das religiões e das perseguições que elas sofreram ao longo da história, desconsiderando por completo a noção de que as religiões de matizes africanas estão ancoradas nos princípios da oralidade, temporalidade, senioridade, na ancestralidade, não necessitando de um texto básico para defini-las”, disse ele.
É por isso que não me espanta um “juiz”, na pior tradição branca, falar em livro, hierarquia e deus únicos. Esse juiz representa o invasor, o capitão do mato, o neto do dono da capitania hereditária. Eu gosto de dizer que os brancos invadiram a terra dos índios e a encheram de pretos, e agora reclamam que o resultado não está suficientemente branco.
Não está, e não é pra estar, e jamais vai estar. A guerra religiosa não se dá “no” Brasil. Ela se dá contra o Brasil, pois o Brasil só existe como esse laboratório onde as tradições se equivalem e se misturam – e não num delírio nazi de pureza e limpeza européias.
O título “O Brasil é macumbeiro” é uma provocação. Mas quer contemplar três fatos: primeiro, o de que o país, mesmo quando era “a maior nação católica do mundo” (assim dizia a igreja até recentemente, até começar a perder a parada para os neopentecostais), também já era a maior nação espírita e a maior nação de religiões das tradições africanas. Segundo, de que o termo “macumbeiro”, pejorativo, tem que ser hackeado e invertido, como o foram outros termos pejorativos – a trinca punk, funk e junk é um bom exemplo.
E terceiro, e o mais irônico, é que a experiência neopentecostal é um macumbão dos bons, com rituais simpáticos (feitiçariazinhas envolvendo líquidos, escritas, objetos energizados etc), sessões de transe e possessão (como o “falar em línguas”), e todo um jargão não-cristão consolidado, como o uso do termo e da idéia de “encostos”.
Ou seja, um macumbão em nome de quem o nega. Se essa pegadinha é deus quem manda, esse deus é meu inimigo, e não meu pai.
Depois que o juizão jogou pra torcida e considerou plenamente aceitável oferecer banana para um negro dentro de um “contexto humorístico”, um novo episódio do racismo à brasileira deu as caras nos tribunais. Dessa vez, o juiz Eugênio de Araújo polemizou ao negar o caráter religioso dos cultos afro-brasileiros.
A leitura desse trecho da sentença faria sucesso na Marcha da Família:
“ambas manifestações de religiosidade (umbanda e candomblé) não contêm os traços necessários de uma religião a saber, um texto base (corão, bíblia etc), ausência de estrutura hierárquica e ausência de um Deus a ser venerado. (…)
As manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem em religiões”
A decisão foi em resposta a uma ação do Ministério Público Federal, que solicitou a retirada de vídeos do Youtube que reproduzem o preconceito contra as religiões afro-brasileiras. Nas imagens, pastores neopentecostais aparecem associando os cultos de origem africana ao “diabo”, a “demônios” e a todo o mal que eles possam representar. Para o magistrado, a umbanda e o candomblé devem ser encarados apenas como folclore, já que não possuem um “texto base”, uma “estrutura hierárquica” e um “Deus a ser venerado”.
Segundo critérios inventados pelo juiz, é condição fundamental a existência de um livro para determinar a legitimidade de uma religião. Esqueça a tradição oral que dá base para diversas outras religiões espalhadas pelo mundo. Esqueça a tradição oral cristã que precedeu a bíblia. Esqueça tudo o que você já leu sobre o assunto. As definições de religião foram atualizadas pelo juizão.
Já o neopentecostalismo brasileiro não tem com que se preocupar. Institucionalmente reconhecidas, suas igrejas desfrutam de suntuosos templos e estão fortemente representadas na política nacional. Além de possuírem um “livro base” e uma eficiente estrutura hierárquica, contam com um incrível sistema de captação de recursos, que movimenta milhões e enriquece os que estão no topo da hierarquia.
Para reforçar o caráter religioso dos neopentecostais, seus líderes costumam comprar espaços na TV (alguns compram uma emissora inteira) para disseminar suas livres interpretações do livro sagrado.Todo esse império religioso, construído com a ajuda de isenção de impostos garantida por lei, continuará livre para produzir vídeos difamatórios contra seus concorrentes dentro do mercado religioso. O juizão mandou seguir o jogo!
Umbanda e candomblé não têm programas na TV, não possuem uma rede eficiente de captação de recursos, não têm partido próprio, não elegem pencas de políticos em todas as eleições e não demonizam outras crenças. Mesmo assim, segundo estudo recente, houve um enorme aumento de casos de violência contra essas religiões nos últimos 20 anos. Coincidentemente ou não, este foi também o período de maior crescimento do neopentecostalismo.
A intolerância se multiplicou de tal maneira, que até traficantes evangélicos têm expulsado terreiros dos morros, muito provavelmente motivados por discursos fanáticos como esse:
“Profetizo o sepultamento dos pais de santo! Profetizo o fechamento de terreiros de macumba!” -FELICIANO, Marco.
Esses últimos casos mostram que grande parte da Justiça brasileira está em perfeita harmonia com o preconceito dos setores mais reacionários da sociedade. Nessas batalhas entre Davi x Golias, está claro que a tendência é que as instituições atuem a favor de Golias.
Então, ficamos assim: está liberado oferecer bananas para negros dentro de um contexto humorístico, assim como ficam autorizadas as igrejas neopentecostais a utilizar uma concessão pública para atacar as religiões de raiz africana.
E viva o Estado laico e a democracia racial brasileira!
PS: após a repercussão do caso, o juiz voltou atrás da afirmação e confirmou que umbanda e candomblé são religiões. A sentença foi mantida e os vídeos continuam no ar.
Fonte: Yahoo
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[yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=96FEMsG0ZUM’]
Fonte: youtube
[yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=HS6SEnJfqPk’]
Fonte: Youtube
Por Wagner Borges
(Texto Postado
Originalmente na Lista do Grupo de Estudos e Assistência Espiritual do
IPPB)
Nesse mundo de ilusão tem muita coisa que brilha e parece ouro, mas
é latão!
Tem gente que parece gente, mas é pior que cão danado!
Enganam a
todo mundo, mas o Céu sabe quem eles são!
Tem muitas feras dirigindo por
aí…
Seus carros são bons, mas, eles, não!
Tem até gente enterrada
viva!
Sim, isso mesmo.
Estão no caixão de si mesmas, enterradas no ódio e
na estupidez!
Quem faz o mal, se ferra!
Isso é da Lei!
Tem gente do
Astral de olho – e eles sabem quem é quem.
Tem gente no fio da navalha, louca
para cortar-se e cair.
Os exus não são demônios nem são arquétipos.
E
queremos que os intelectuais que dizem isso se danem!
Tem muita gente
diplomada falando besteira e fazendo tranqueira…
Como tem, também, gente
boa e cheia de Luz – e os exus sabem quem elas são.
Tem lugar para todo
mundo na vida.
Não é preciso empurrar os outros.
Nem é preciso magia
alguma para acertar as coisas.
O que é preciso é ter vergonha na
cara!
Quem é da Luz, não faz besteira – nem flerta com o mal.
Quem é
da cura, não se deixa apagar – nem se esquece de limpar as mãos!
Quem sabe da
Luz, jamais se aproxima das trevas.
Pois quem trai o próprio espírito, perde
a credibilidade.
Quem renega a Luz, renega a si mesmo.
Quem vacila,
apanha mesmo!
A peia come solta para quem merece.
E tem muita gente
roubando o próprio coração.
E isso tem um preço altíssimo… E cada um
receberá o que procurar.
Tem gente nadando na grana, mas pobre de
espírito.
Tem gente fominha demais, que, depois, irá comer carma*.
Tem
gente de roupa limpa, mas de espírito sujo.
Por fora, parece bom, contudo,
por dentro, está podre.
Tem gente que se acomoda e acaba sentada na
inércia de si mesma.
Estão sentados na boca do inferno… E o rabo vai
queimar!
Portanto, quem é da Luz, que se cuide.
Que ore mais; que tenha
garra!
Todos erram! Mas, quem reconhece o erro e se ajusta, tem a
simpatia dos exus.
Quem não dá o braço a torcer, vira rango do carma!
E
isso é assim! Não tem choro nem vela.
Quem é da Luz, não janta com as
trevas.
E os exus conhecem a todos!
Quem é protegido, fez por
merecer!
Quem faz tranqueira, merece um tranco.
Quem anda no esgoto,
tropeça nos ratos.
E quem tem honra, é amado.
Exa,
Exu!**
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges.)
– Nota de
Wagner Borges:
Esses escritos foram feitos no quadro de aula, durante uma
aula do curso Om Sattva (sobre os ensinamentos dos Upanisahds e da cosmogonia
hinduísta), realizado no IPPB. Os toques são de um grupo de exus-amparadores que
tem aparecido para mim.
Trata-se de uma equipe espiritual de amparadores***
de proteção e que tem me ajudado em vários casos de desobsessão e assistência
extrafísica. São espíritos densos, em regeneração, mas são muito honrados e dão
uma segurada legal nas coisas trevosas que rondam os homens.
E eles não
suportam estudantes espirituais que fogem da raia e renegam a espiritualidade. E
nem pessoas que se enfiam em coisas de aborto.
Eles ajudam a todos, desde que
as pessoas se abram com humildade e respeito.
E eles sabem tudo que se passa
na intimidade das pessoas.
E não têm papas na língua; falam diretamente, sem
rodeios.
Eu admiro muito essas entidades, pelo seu valor e honra.
E me
sinto honrado por eles estarem dando aquela força em nossos trabalhos.
Bom, é
isso aí.
– Notas do Texto:
* Carma – do sânscrito – ação; causa.
**
Para melhor compreensão sobre esses escritos, sugiro aos leitores que vejam
esses dois textos postados no site do IPPB, nos seguintes endereços
específicos:
“Um Esclarecimento Espiritual dos Exus-Amparadores”
–
http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=654&catid=31:periodicos&Itemid=57
“Clarinadas Espirituais dos Exus – Os Guardiões do Astral”
–
http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10097:clarinadas-espirituais-dos-exus-os-guardioes-do-astral&catid=138:ultimos-textos-postados&Itemid=271
*** Amparadores – mentores espirituais; protetores astrais; guias
espirituais; benfeitores extrafísicos; tarefeiros espirituais.
[yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=mJ1v1Opy1_M&feature=related’]
[yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=_ixVdV24k9g’]
[yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=Ug4f7sYHUZU&feature=relmfu’]
Fonte: Youtube
Salve irmãos!
Queridos leitores, tristemente temos visto pelos templos em todos os cantos, médiuns e seguidores tementes aos sacerdotes da casa. Confunde-se liderança e respeito por uma condição hierárquica imposta com rigores e ameaças muitas vezes.
Ao que se entende a essência dos ensinamentos superiores se perdem em atitudes egoístas e mesquinhas.
O sacerdote de Umbanda, antes de tudo foi um médium em comum que sofreu as etapas naturais do desenvolvimento mediúnico e aprendizado espiritual, tendo na reta guarda um sacerdote que lhe deu amparo. No entanto, cada ser é individual, de um destino único e particular, os mestres e amigos que encontramos no longo do caminho servem para hora nos amparar, hora nos ensinar, enfim, servem para no ajudar no longo da nossa trajetória individual.
Por isso todos devem ter o bom senso e a consciência de quando devem parar e quando é o momento de partir, sem medo, siga seu coração sempre.
O fato de um sacerdote desenvolver, batizar, ensinar, etc… Não lhe dá o direito de propriedade sobre ninguém e muito menos exigir submissão. O respeito e até a submissão são sentimentos que nascem naturalmente no coração de cada um, assim como o amor.
Basta lembrarmos que João Batista batizou Jesus Cristo, e isto não lhe fez proprietário de Jesus. Mas serviu como um ponta pé inicial para Jesus iniciar sua missão individual e particular. Entende? João Batista foi importante na vida de Jesus, mas não foi indispensável e nem muito menos foi dono de Jesus.
Todos nós enquanto irmãos perante o Criador temos a obrigação de acolher e estender as mãos sempre aos irmãos mais necessitados, tanto de alimento, quanto sabedoria, etc.
Devemos DOAR um pouco do que temos aos que procuram, e não exigir uma série de obrigações aos mais necessitados…
Não podemos esquecer que o aluno uma hora supera o professor.
Bem, espero que você leitor tenha entendido o que pretendo passar que ninguém é dono de ninguém e sim irmãos eternos.
Um forte abraço a todos eu um saravá fraterno deste seu irmão.
POR RODRIGO QUEIROZ – Teologia de Umbanda Sagrada
Fonte: Anjo de Luz
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[yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=WlO8FmW0Njs’]
[yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=U5KW0EZRvfo’]
Fonte: Youtube
IANSÃ, O RAIO QUE ILUMINA AS TREVAS DO EGO!
Vós surgiu, minha Mãe,
Como uma tempestade.
E nos seus olhos eu vi,
A bela face da verdade.
Rainha de encantadores Jacutás,
Senhora de todos os Congás.
Chuva que acaricia o Ser,
Ventania que traz o poder.
Ouço vossa voz melodiosa,
E de minha alma mil canções florescem.
Entre as brumas, percebo-te esplendorosa,
Dançando entre estrelas que descem.
És a beleza da tormenta,
E o brilho do anoitecer.
És o raio que acalenta,
E o fulgor do amanhecer.
És o som do trovão,
E a Justiça de Xangô.
És o amor em turbilhão,
E o canto de Agô.
És a força da guerra,
Que conduz ao campo da paz.
És a semeadura da terra,
Com os ventos que a semente traz.
És o caminho reto,
Que a todos vigia.
Vitória, contigo é certo,
És a estrela que guia.
Sopro de luz e axé,
Rainha de todo Orixá.
Flecha veloz na mata de Odé,
Menina dos olhos de Oxalá…
És o ritmo do barravento,
Que ensina a dançar na guerra.
És a fúria dos elementos,
Que dissipam toda treva.
És a chama da coragem,
Início, busca e determinação.
És o começo da grande viagem,
Pelos longos caminhos da evolução.
És a faísca que brilha no bambuzal,
E o corisco que açoita o ego.
És o sangue, a força vital,
E a direção que conduz o cego.
És a espada que degola o vício,
Guerreando ao lado de Ogum.
És a linda canção que desabrocha,
Dos lábios de papai Olorum.
És luta, suor e trabalho,
Que enobrece o coração.
És honra, força e amparo,
No jardim da compaixão…
Por ti, Oh! Mãe, o raio estoura,
E do alto até o embaixo,
A voz de Xangô ecoa…
Luz que a Vida ampara,
Em uma de suas faces vejo,
O semblante de Santa Bárbara…
Vento que afasta os males,
O seu uivo reverenciamos,
Nas pedreiras e nos vales…
Ventarola que sopra no mar,
É por ti que as ondas quebram,
No reino de Iemanjá…
Almas santas, venham todas me valer!
Toco o solo e te saúdo,
Rainha do Balê…
Infinito é seu esplendor,
E nem mesmo com mil versos,
Cantaríamos todo seu valor…
Mãe Divina, em ti vejo o amor,
E em seu cálice apanho,
A mais tenra flor…
Eparrei Iansã, Eparrei bela Oyá!
Nos guie, hoje e sempre,
Pelas voltas que o mundo dá…
POR: FERNANDO SEPE – 24 de novembro de 2006, inspirado pelo sopro de luz dessa Mãe…
NOTAS
Iansã é uma das Mães Orixás mais cultuadas dentro da Umbanda e do Candomblé. Seu nome vem do yorubá – Iyá Mesan (a mãe de nove filhos). Iansã simboliza o aspecto guerreiro e protetor da Mãe Divina. É o arquétipo da mulher determinada, que vai a luta e não espera as coisas acontecerem.
Como vibração divina, Iansã é o próprio axé que movimenta toda Criação. É também força direcionadora dentro da vida dos seres humanos. Senhora da Lei, és aplicadora e desencadeadora dos processos cármicos ligados a justiça divina. Mas é também, amparadora e guardiã dos trabalhos dármicos (missão) desempenhados por diversas consciências encarnadas aqui na Terra.
Seu elemento é o ar na sua forma mais revolta. Muito comum também associá-la as tempestades e a qualquer tipo de evento climático. Na Umbanda está ligada as pedreiras, devido a sua forte ligação com Xangô.
Tem como símbolos principais o raio e a espada. O raio é o símbolo da Justiça Divina atuando no plano físico. A espada é o instrumento da Lei, que zela, protege e ampara a todos. Em um nível mais profundo e romântico, o raio é a força que ilumina as trevas do ego, iluminando assim, toda nossa sombra psíquica e mostrando-nos o caminho verdadeiro para a auto-realização espiritual. A espada é o símbolo da luta pessoal, do melhoramento, da morte dos próprios vícios e viciações.
Seu sincretismo acontece com Santa Bárbara, santa católica, que tem como símbolos o cálice e a espada, além de ser evocada durante as tempestades. O sincretismo afro-católico sempre foi e ainda é muito importante dentro dos rituais afro-brasileiros, especialmente dentro da Umbanda. Entendemos e vemos Santa Bárbara como uma manifestadora das qualidades de Iansã.
Santa Bárbara é Iansã, Iansã não é “apenas” Santa Bárbara, mas através dela, percebemos uma manifestação humana dessa força. Santa Bárbara é, na linguagem própria do culto, uma filha iluminada de Iansã, que reflete em todos os sentidos as qualidades desse Orixá. Uma “alma-partícula de Iansã”, enviada pela Mãe a Terra…
Além disso, aqui o conceito de egrégora torna-se extremamente importante, pois quando alguém ora e eleva-se através de Santa Bárbara, acessa mentalmente uma egrégora (somatório coletivo de pensamentos e sentimentos elevados) construídos através dos muitos anos que existe o culto a essa santa. Mais do que isso, também acessa e entra em sintonia com os espíritos socorristas que atuam dentro dessa egrégora de Santa Bárbara. A isso, soma-se dentro da Umbanda a egrégora/vibração de Iansã e o trabalho de seus muitos falangeiros, em uma síntese bem universalista e ecumênica, tão própria da religião.
Lembrando sempre aos mais “tradicionalistas”, que os Orixás não são africanos, mas sim, são universais, estão em todos os povos, etnias e culturas. Como divindades amorosas que são, por todos velam, independente de raça, cor, língua, etc…
Lembrando também, que talvez a única e verdadeira egrégora que exista seja a do AMOR INCONDICIONAL, e é por ela que Iansã e Santa Bárbara trabalham juntas, pois estão muito além das tolas convenções ou preconceitos dos seres humanos, pois é o amor, o amparo e o zelo pela humanidade, o que verdadeiramente importa a essas queridas Mães.
Sua saudação é o Eparrei! (entoado de forma vibrante), som que faz referência ao barulho das trovoadas, além de ser uma saudação a força dos raios e tempestades. É um poderoso mantra de defesa espiritual que pode ser vibrado mentalmente dentro do chacra frontal em situações de assédios e demandas espirituais.
Seu toque dentro da Umbanda é o barravento, ritmo vindo da cultura bantu, percutido de forma veloz, que potencializa o axé movimentador da mãe, além de ser o toque ideal para que suas falangeiras dancem e girem pelo terreiro, “horizontalizando” e trazendo para o campo físico toda vibração e energia de Iansã.
Iansã também é considerada a senhora dos eguns (espíritos desencarnados). É ela que, depois da partida do cordão de prata, direciona os espíritos para o plano espiritual, depositando todos nas mãos amorosas de papai Obaluayê, Orixá responsável pelas passagens de um plano para o outro. Quando cultuada dessa forma, ganha o nome de Iansã das Almas ou Iansã do Balê. Balê é um nome africano para “casa dos mortos” ou cemitério.
Suas festas e homenagens acontecem no dia 4 de dezembro, devido ao sincretismo católico. Sua cor é o amarelo e o vermelho. Seu número o nove. Nos cultos de nação é também chamada de Oyá, um epíteto para Iansã, nome que também faz referências a seus domínios em relação ao tempo climático.
Fonte: Anjo de Luz
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