Quem sobreviveu à tragédia precisa principalmente de água potável, alimentos, medicamentos e material sanitário, além de alojamento. Cerca de 4,5 milhões de pessoas de 36 províncias do país foram afetadas pelo tufão, das quais 330 mil estão em abrigos. As Filipinas vão necessitar de 300 milhões de dólares após a passagem do supertufão, segundo as agências humanitárias da ONU.
Ajuda pela internet
Várias ONGs se mobilizaram para pedir ajuda e enviar voluntários e suprimentos necessários para a população local.
A ONG All Hands, em sua página no Facebook, está recrutando voluntários para ajudar as vítimas do desastre no país asiático. Para fazer parte da equipe, não é preciso ter experiência, segundo a organização, mas vontade de trabalhar.
A organização também destinou uma página em seu site para doações em dinheiro de qualquer local do mundo para ajudar na compra de alimentos e medicamentos. O pagamento pode ser realizado no cartão de crédito pelo sistema PayPal.
A ONG filipina Ivolunteer que reunir voluntários tanto das Filipinas quanto de qualquer país do mundo para ajudar os necessitados Os voluntários podem escolher as atividades que querem participar no site da organização.
A Cruz Vermelha Filipina está ajudando no resgate às vítimas e também está aceitando doações em dinheiro por seu site. É possível fazer o donativo pelo cartão de crédito, usando meio do sistema PayPal.
Os Médicos Sem Fronteiras começaram a enviar cerca de 200 toneladas de material médico para tratar ferimentos, vacinas contra tétano, tendas de campanha e produtos de higiene, além de uma equipe de 30 médicos, psicólogos e pessoal logístico.
A organização também está recebendo doações em dinheiro para ajudar às vítimas. è possível fazer o pagamento por débito automático ou pelo cartão de crédito.
O NROC (National Resources Operations Center – Centro de Operações de Recursos Naturais) também está recrutando voluntários ao redor do mundo para ajudar o país asiático. O contato pode ser feito através da página do órgão no Facebook.
O Programa Alimentar Mundial, das Nações Unidas, está ajudando a fornecer alimentos às vítimas do supertufão. Para doar, basta entrar no site da organização e preencher uma ficha.
O Unicef também está recebendo doações online para ajudar a população das Filipinas. A doação pode ser feita pelo cartão de crédito no sistema PayPal.
Brasileiros no país
Muitos brasileiros que vivem nas Filipinas estão se mobilizando para levantar doações para os sobreviventes do tufão Haiyan.
A freira catarinense Terezinha Kuhnen é a líder do programa da Pastoral da Criança, da igreja católica, no país. Segundo ela, a Pastoral vai se concentrar em ajudar cem famílias na província de Bohol, que fica no centro do país.
“Temos cerca de 5 mil euros (aproximadamente R$ 15,4 mil) para uso emergencial e vamos dar prioridades às famílias mais prejudicadas nas áreas onde já trabalhamos, doando àquelas que estão totalmente sem nada”, explicou Teresa à BBC Brasil.
Jaciara Basso, que reside no país há um ano e meio, conta que um grupo de famílias expatriadas se organizou por meio do Facebook. De início, ela disse que a preocupação delas foi encontrar uma organização com credibilidade para doar, mas que encaminhou mantimentos e roupas ao NROC.
A Embaixada do Brasil em Manila, nas Filipinas, pediu na última sexta-feira (8) em comunicado em seu site que os brasileiros no país ficassem atentos à evolução do supertufão e obedecessem as recomendações das autoridades locais para a evacuação de áreas de risco. A embaixada também pediu que os brasileiros mantivessem contatos com familiares e amigos fora do país para que ninguém seja dado como desaparecido erroneamente. Por enquanto, não houve relatos de brasileiros desaparecidos no país.
Outras campanhas
O governo do Brasil disse que vai doar US$ 150 mil (cerca de R$ 345 mil) para o Unicef, direcionado às crianças afetadas pela tragédia nas Filipinas. O governo também informou que está em contato com a OMS (Organização Mundial de Saúde) para enviar remédios ao país.
O governo dos Estados Unidos, que enviou dezenas de marines às Filipinas, reforçará a ajuda com a chegada, a partir de Hong Kong do porta-aviões George Washington, com 5.000 marines a bordo, assim como 80 aviões e vários barcos de guerra. A Grã-Bretanha anunciou o envio de um avião de transporte e de um navio militar.
As Nações Unidas já liberaram US$ 25 milhões de um fundo de emergência para pagar os gastos mais urgentes nas Filipinas.
O Governo do Japão anunciou na segunda o envio de equipamentos médicos às Filipinas para ajudar os afetados pelo devastador tufão. A equipe será formada por cerca de 25 especialistas, médicos e enfermeiras pertencentes à Equipe Japonesa de Ajuda em caso de Desastres.
A Austrália anunciou que dará cerca de US$ 9,3 milhões em ajuda humanitária às Filipinas.
A ministra das Relações Exteriores, Julie Bishop, disse em entrevista coletiva em Canberra que o pacote de ajuda foi aprovado em resposta ao “desastre de grande escala” registrado este fim de semana.
O Papa Francisco decidiu também na segunda-feira fazer uma primeira contribuição de US$ 150 mil de ajuda à população filipina, por meio do Pontifício Conselho Cor Unum.
Tufão Haiyan chega ao Vietnã
Governo vientnamita informou que cinco pessoas morreram enquanto se preparavam para a chegada da tempestade
Um oficial confirmou nesta quinta-feira o número de mortos em 2.357. Não ficou claro na sexta-feira (horário local), ainda muito cedo em Manila, se o governo atualizou publicamente esse número durante a madrugada.
Os sobreviventes estão cada vez mais desesperados e irritados com o ritmo da distribuição de ajuda que tem sido dificultado pela paralisação dos governos locais, saques generalizados, falta de combustível e estradas interditadas por destroços.
Os mortos estão sendo enterrados uma semana depois da passagem da tempestade e de algo semelhante a um tsunami que atingiram cidades costeiras. Muitos corpos permanecem descobertos em estradas ou sob casas desmoronadas em Tacloban, a cidade mais afetada.
Agentes humanitários estrangeiros disseram que se trata de um desastre sem precedentes nas Filipinas.
“Há devastação. Pessoas estão desesperadas por comida, água, abrigo, suprimentos e informações sobre seus entes queridos”, disse a jornalistas o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante uma visita à Letônia nesta quinta-feira.
“Estamos fazendo todo o possível para apressar a assistência àqueles que dela necessitam. Agora é a hora de a comunidade internacional ficar com o povo das Filipinas.”
O porta-aviões norte-americano USS George Washington e outros navios chegaram na noite desta quinta-feira à costa da duramente afetada província oriental de Samar com 5.000 tripulantes e mais de 80 aeronaves.
China
A China decidiu em 14/11/13 aumentar a ajuda às vítimas do tufão Haiyan nas Filipinasx, depois de receber críticas por doar apenas US$ 200 mil.
A China decidiu “há poucos dias prestar uma assistência adicional equivalente a 10 milhões de yuans (US$ 1,6 milhão) em cobertores, barracas e outros materiais”, anunciou Qin Gang, porta-voz do ministério das Relações Exteriores.
“Haverá milhares de tendas e dezenas de milhares de cobertores. Esperamos poder transportar este material para as áreas afetadas o mais rápido possível”, disse Qin Gang.
Até o momento, a China havia anunciado a entrega de US$ 100 mil para o governo filipino e uma quantidade equivalente à Cruz Vermelha chinesa, quantias muito abaixo da assistência prestada por outros países, o que desencadeou uma onda de críticas no exterior.
“A segunda economia do mundo jogas moedas em um arquipélago devastado”, escreveu a revista “Time”, que chamou a ajuda de “insultante” e criticou a “mesquinharia” da China.
Já o jornal “Global Times” lembrou por sua parte que é de interesse da China ajudar as Filipinas.
“A China, como potência responsável, deve participar das operações de socorro em um país vizinho atingido por uma catástrofe, seja o país amigo ou não”.
A China e as Filipinas disputam a soberania do atol de Scarborough, a 200 km da costa filipina, ocupado desde o ano passado pelos chineses.
Há informações sobre troca de tiros entre forças de segurança e homens armados perto de uma vala com corpos em Tacloban, a cidade mais afetada, na província de Leyte, mas o prefeito local, Tecson John Lim, negou o confronto, com base em informes que recebeu do Exército.
Oito pessoas morreram esmagadas quando saqueadores investiram contra um depósito de arroz em um armazém governamental na cidade de Alangalang, provocando a queda de um muro, segundo autoridades locais.
Ainda assim, outros saqueadores conseguiram levar 33 mil sacos de arroz de 50 quilos cada, disse Orlan Calayang, administrador do órgão estatal de grãos, a Autoridade Nacional da Alimentação.
Depósitos de propriedade da empresa de alimentos e bebidas Universal Robina Corp e a indústria farmacêutica United Laboratories foram pilhados na cidade de Palo, em Leyte, bem como uma processadora de arroz em Jaro, de acordo com o diretor da Câmara de Comércio e Indústria de Leyte, Alfred Li.
O prefeito de Tacloban, Tecson John Lim, declarou que 90% dessa cidade litorânea, de 220 mil habitantes, foi destruída, e somente 20% dos moradores estão recebendo ajuda. As casas estão agora sendo saqueadas porque os depósitos ficaram vazios, disse ele.
“A pilhagem não é criminalidade. É autopreservação”, declarou ele à Reuters.
Alguns sobreviventes em Tacloban cavavam até chegarem ao encanamento, no desespero de encontrar água.
“Não sabemos se é seguro. Nós precisamos fervê-la. Mas pelo menos temos alguma coisa”, disse Christopher Dorano, 38 anos. “Muita gente morreu aqui.”
A moradora Rachel Garduce afirmou que a ajuda –3 quilos de arroz e 1 litro de água por domicílio por dia- não era suficiente em seu bairro devastado. Sua tia em Manila, a 580 quilômetros de distância, mais ao norte, estava viajando de trem e balsa para lhe trazer mantimentos. “Esperamos que ela não seja sequestrada”, disse.
O secretário Mar Roxas negou que a lei e a ordem tenham entrado em colapso. “É errado dizer que aqui é uma cidade sem lei”, disse ele a jornalistas. O governo foi sobrepujado pela força do tufão, que destruiu amplas áreas da província de Leyte, onde as autoridades locais dizem temer que 10 mil pessoas tenham morrido, muitas afogadas na imensa avalanche de água do mar, semelhante a um tsunami.
Na defensiva pelo modo como reagiu ao desastre, Aquino declarou que o governo ainda está recolhendo informações de várias áreas atingidas pela tempestade, e a cifra de mortos pode subir. “Dez mil acho que é um exagero”, disse Aquino à CNN em uma entrevista. “Houve drama emocional por causa dessa estimativa específica.”
Nesta quarta-feira as autoridades confirmaram 2.275 mortes e somente 84 desaparecidos, um número que trabalhadores nos esforços de ajuda consideram incorreto. “Neste momento, definitivamente não são 10 mil”, disse o secretário do gabinete, René Almendras, em entrevista à imprensa. “Há uma contagem com base nos corpos nas ruas, mas não podemos ser precisos porque ainda há, dizem algumas pessoas, gente soterrada em algumas áreas.”
Alguns integrantes das equipes de ajuda demonstraram ceticismo quanto à estimativa de Aquino.
A tempestade, que perdeu força significativamente desde que devastou as Filipinas no fim de semana, chegou ao Vietnã com ventos sustentados de 120 km/h, acrescentou o JTWC, força-tarefa conjunta da Marinha e da Força Aérea americanas sediada em Pearl Harbor, no Havaí. As previsões são de que o tufão passe pelo Vietnã com a força equivalente à de um furacão de categoria 1 – a mais fraca da escala de velocidade de ventos, que vai até cinco – ou como tempestade tropical.
O governo vientnamita informou em seu site na internet que cinco pessoas haviam morrido enquanto se preparavam para a chegada da tempestade. Na China, mais ao norte, seis membros de um navio cargueiro foram reportados como desaparecidos na província de Hainan, noticiou a imprensa oficial chinesa.
Mais de 600 mil pessoas foram evacuadas durante o fim de semana preventivamente no Vietnã. Fortes chuvas e inundações castigaram os moradores de Hanói, enquanto dezenas de milhares de pessoas de regiões costeiras foram aconselhadas a buscar abrigo. “Evacuamos mais de 174 mil domicílios, o equivalente a mais de 600 mil pessoas”, informou um relatório oficial do departamento vietnamita de controle de enchentes e tempestades.
A tempestade mudou seu curso no domingo, forçando evacuações em massa de cerca de 52 mil pessoas nas províncias do norte à beira-mar. Segundo a Cruz Vermelha, a mudança de curso do tufão significa que “a área de desastre poderia ser ampliada pde nove para até 15 províncias”.
Haiyan “foi localizado na direção norte-nordeste a 28 km/h nas últimas seis horas”, informou a JTWC em seu site na internet. A tempestade deve continuar se movendo na direção norte antes de virar para nordeste e se dissipar rapidamente.
Durante o fim de semana, em sua passagem pelas Filipinas, Haiyan deixou pelo menos 10 mil mortos e 2 mil desaparecidos, cifras que fazem dele o desastre natural mais mortal já registrado no país, segundo estimativas das autoridades divulgadas neste domingo. Duas ilhas do centro do arquipélago filipino, Leyte e Samar, que estavam em plena trajetória do Haiyan quando ele atingiu o país, na madrugada de sexta-feira, foram especialmente afetadas.
Em Tacloban, capital da província de Leyte, o tufão deixou imagens apocalípticas, com filas de homens, mulheres e crianças andando pelas estradas com o nariz coberto para se proteger do cheiro dos corpos sem vida. “Tacloban está totalmente destruída. Algumas pessoas estão perdendo o juízo pela fome ou pela perda de suas famílias”, contou este domingo à AFP o professor do ensino médio Andrew Pomeda, de 36 anos, alertando para o desespero crescente dos sobreviventes.
Socorristas pareciam sobrecarregados em seus esforços para tentar ajudar os incontáveis sobreviventes. Centenas de policiais e soldados foram mobilizados para conter os saques na cidade costeira, enquanto os Estados Unidos anunciaram que irão enviar ajuda militar, atendendo a um apelo do governo filipino.
“As pessoas estão ficando violentas. Estão saqueando estabelecimentos comerciais, shoppings, apenas para encontrar comida, arroz e leite. Estou com medo de que em uma semana as pessoas possam matar por causa da fome”, acrescentou o professor Pomeda.
Um homem, Edward Guialbert, perambulava entre os cadáveres para recuperar alimentos em conserva sob os escombros de uma casa. Mais adiante, um açougue que por milagre permaneceu intacto foi saqueado por uma multidão. Um comboio de ajuda da Cruz Vermelha também foi saqueado.
Momentos após a passagem do tufão, as forças de segurança estavam praticamente ausentes. “Nós nos reunimos com o governador (da província de Leyte) na noite passada e, baseando-nos nas estimativas do governo, há 10 mil vítimas (fatais)”, declarou à imprensa Elmer Soria, funcionário de alto escalão da polícia de Tacloban, a capital da província de Leyte, na ilha de mesmo nome.
Em Samar, porta de entrada do tufão no país na sexta-feira, foi confirmada a morte de ao menos 300 pessoas na pequena cidade de Basey, e outras 2 mil estão desaparecidas em toda a ilha, indicou Leo Dacaynos, membro do conselho de gestão de catástrofes, à rádio DZBB. Também foi confirmada a morte de dezenas de pessoas em outras cidades e províncias devastadas pelo super tufão.
Muitas localidades permaneciam incomunicáveis e as autoridades enfrentavam muitas dificuldades para agir devido à magnitude da catástrofe e ao número de vítimas a serem resgatadas. Casas destruídas, postes elétricos derrubados, carros virados e sobreviventes atordoados percorrendo as ruas: a paisagem deixada pela passagem do Haiyan, acompanhado por ventos de até 315 km/h, lembrava a destruição provocada pelo tsunami de 2004 na Ásia.
“Ocorreram grandes destruições (…) A última vez que vi algo parecido foi durante o tsunami no oceano Índico” que deixou 220.000 mortos em 2004, afirmou Sebastian Rhodes Stampa, chefe da equipe da ONU encarregada da gestão de desastres que se encontrava em Tacloban.
No Ângelus deste domingo, o papa Francisco, que já havia enviado uma mensagem de apoio às vítimas pelo Twitter, fez uma oração em silêncio com os mais de 60.000 fiéis reunidos na Praça de São Pedro. “Vamos tentar fazer nossa ajuda concreta chegar a eles”, acrescentou.
Vários países ofereceram ajuda às Filipinas. Os Estados Unidos fornecerão helicópteros, aviões, barcos e equipamentos destinados à busca e ao resgate, após um pedido feito por Manila, indicou o secretário americano da Defesa, Chuck Hagel. Austrália e Nova Zelândia entregaram neste domingo quase meio milhão de dólares (370.000 euros) à Cruz Vermelha das Filipinas e indicaram que podem fornecer ajuda adicional.
A Unicef preparou 60 toneladas de ajuda sanitária, que deve chegar ao país na terça-feira, e o Programa Mundial de Alimentos da ONU (PAM) está organizando o envio de 40 toneladas de alimentos. Todos os anos, as Filipinas são atingidas por cerca de vinte tempestades e tufões entre os meses de junho e outubro.
Além dos tufões, o país sofre regularmente com a ira da natureza, em forma de terremotos ou erupções vulcânicas, com um balanço de vítimas fatais cada vez maior. Se o balanço de 10 mil mortos se confirmar, o Haiyan será a pior catástrofe natural já registrada na história recente do país.
A Cruz Vermelha das Filipinas estima que ao menos 1.200 pessoas morreram devido a passagem do tufão Haiyan pelo centro do arquipélago ontem, informou neste sábado a emissora local “ABS-CBN” em seu site.
O tufão, que castigou as Filipinas com rajadas de vento de até 315 km/h, arrasou a cidade de Tacloban, no litoral leste do país, onde a destruição, segundo as autoridades do país, é “inimaginável”.
Após a cidade ter passado várias horas incomunicável, as imagem de destruição em Tacloban começaram a ser divulgadas: casas destruídas por completo e estradas intransitáveis pelo grande número de postes de luz e todo tipo de objetos que foram arrastados.
“A devastação é total. Se estiveste em Tacloban antes, não conseguiria reconhecer a cidade agora”, afirmou à agência de notícias filipinas “PNA” um alto cargo do exercito, o tenente Jim Alagao.
Tanto a ministra de Bem-estar Social e Desenvolvimento, Dinky Soliman, como o diretor-executivo de Conselho de Gestão e Redução de Desastres, Eduardo do Rosario, se encontram a caminho da cidade, que, além disso, sofreu inundações com uma forte alta das marés.
Apesar dos cálculos da Cruz Vermelha, o número de mortos oficial é de 138, enquanto outras 14 pessoas ficaram feridas e pelo menos quatro estão desaparecidas, segundo indicou o Conselho para a Gestão e Redução de Desastres do país em seu último relatório.
A agência “PNA” também assinalou que uns 4 milhões de pessoas, de 36 províncias das Filipinas, foram afetadas pela passagem do Haiyan, qualificado pelos serviços meteorológicos como um “supertufão”, já que seus ventos superaram amplamente os 240 km/h.
Por sua parte, o Ministério de Bem-estar Social e Desenvolvimento apontou que mais de 487 mil pessoas já estão abrigadas em 2.467 centros de evacuação, enquanto voluntários já trabalham na ajuda humanitária que será distribuída entre os desabrigados.
Reynaldo Balido, porta-voz do organismo governamental, indicou que o número de vítimas deve aumentar nas próximas horas, principalmente após a chegada dos relatórios das zonas devastadas.
Antes da chegada deste último tufão às Filipinas, o 24º do ano, os meteorologistas tinham advertido que este poderia ter um efeito mais devastador que o tufão Bopha, que, em 2012, deixou cerca de mil de mortos no país.
Após arrasar o centro e o sul das Filipinas, o Haiyan se encontra no Mar do Sul da China em direção ao Vietnã, onde as autoridades já iniciaram a evacuação de cerca de 100 mil pessoas.
O serviço meteorológico das Filipinas, PAGASA, informou hoje que outras quatro fortes tempestades passarão pelo país antes do final
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou com categoria três, o nível mais elevado, o desastre provocado pelo tufão Haiyan na região central das Filipinas, onde centenas de milhares de pessoas têm dificuldades de acesso a alimentos e água.
Hospitais de campanha, médicos, remédios e equipamentos de saúde foram enviados às Filipinas, informou a instituição em comunicado emitido ontem à noite. A OMS equiparou a devastação causada pelo Haiyan ao tsunami no Oceano Índico em 2004 e ao terremoto que assolou o Haiti em 2010.
“(A OMS) está coordenando todos os aspectos relacionados com a saúde nesta emergência para garantir que as provisões sejam enviadas com rapidez para os lugares mais atingidos pelo tufão, como Tacloban, Cebu e a costa leste de Leyte”, disse a OMS, na nota.
A organização disse que hospitais de campanha e equipamentos médicos de Bélgica, Israel, Noruega e Japão já se encontram na região de Visayas, no centro do arquipélago, e que mais equipes de Austrália e Alemanha se dirigem ao local.
“Além de oferecer atendimento aos feridos e traumatizados, a assistência vai ocorrer em circunstâncias muito difíceis”, acrescentou a OMS.
A ONU pediu ontem que a comunidade internacional enviasse ajuda no valor de US$ 301 milhões às Filipinas para desenvolver os trabalhos de emergência no país durante seis meses.
O número de mortos confirmados pelo tufão foi elevado hoje para 1.833, indicou em seu último relatório o Conselho para a Gestão e Redução de Desastres das Filipinas que também informou que há 2.623 feridos e 84 desaparecidos.
O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, descartou ontem à noite que o número de mortes alcance os 10 mil, como estimaram as Nações Unidas, e indicou que o número deve ficar entre 2 mil e 2,5 mil, durante uma entrevista à emissora americana CNN.
Fonte: Yahoo