Saiba quantos dias o brasileiro precisa trabalhar para comprar smartphones e outros produtos
Você sabe quantas horas precisa trabalhar para conseguir comprar um determinado produto? Já que a maioria dos brasileiros desconhece quanto gasta, o Instituto Akatu, uma ONG que atua pelo consumo consciente, calculou que para adquirir um smartphone de R$ 1.500, um brasileiro com uma renda média de R$ 1.266 precisa trabalhar cerca 193 horas, ou seja, 25 dias e meio.
O pior é que nem sempre o produto é realmente primordial. Um terço dos brasileiros (33%) compra bens que não são necessários, segundo uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Esses gastos por impulso são motivados principalmente pela publicidade e pelas promoções nas lojas.
— A gente costuma dizer que se você compra bem baratinho algo que você não precisa, essa coisa saiu bem cara. O comércio faz tudo para as pessoas gastarem, mas elas precisam lembrar que estão dando um pedaço da vida delas em troca, o tempo em que passaram trabalhando. Em vez disso, muitas desperdiçam esse recurso — explica Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu.
O representante da ONG lembra que o consumo exacerbado tem efeitos ruins para o meio ambiente e a sociedade:
— É preciso se perguntar “por que quero?” e “por que acho que preciso disso?”. Muitas vezes, é visível que a pessoa compra porque um amigo já fez o mesmo. É um consumo competitivo, para ter aquilo que o outro comprou. É confundir o ter com o ser.
De acordo com Helio, muitas pessoas usam o consumismo para aliviar frustrações:
— Ela diz “vou comprar porque mereço”, como se fosse uma compensação, mas essa satisfação acaba rapidamente. Isso acontece com quem troca sempre de celular, porque mesmo comprando o último lançamento, no dia seguinte haverá um novo aparelho nas lojas, com outras funções e novidades.
Ter equilíbrio é fundamental
Além das consequências ruins para o meio ambiente e a sociedade, o consumo exagerado pode ter efeitos muito negativos para o orçamento familiar. Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), ressalta que o cartão de crédito é a principal causa de inadimplência no país:
— O cartão deveria ser usado apenas em emergências.
Para a economista, o segredo para ter uma vida financeira equilibrada é definir prioridades:
— Ao receber o salário ou outra fonte de renda, é preciso separar em três partes. A primeira é para as contas fixas, como aluguel, luz, água e telefone. O próximo passo é, já no início do mês, guardar dinheiro. Essa reserva é para o futuro. O que sobra é a quantia destinada a curtir a vida, como passeios com a família e os amigos, além das compras.
Marcela explica que, nessa última faixa, é preciso separar um valor para as paixões, como futebol, sapatos, roupas, viagens ou maquiagem:
— Assim, quando a pessoa se deparar com uma novidade de que gosta, terá aquele orçamento separado. Mesmo assim, na hora da compra, é necessário respirar fundo. Uma dica é sair da loja para respirar, dar uma volta e pensar bem por uns 40 minutos. É preciso se dar um tempo para refletir antes de comprar. Todo mundo já passou por uma situação em que gostou do item no shopping, comprou por impulso e, depois, nunca usou.
Blogueira tenta viver a vida de forma sustentável
A designer Cristal Muniz, de 25 anos, criou o blog “Um ano sem lixo” em 2015 e busca ter uma vida mais sustentável, sem desperdício e produzindo o mínimo de lixo possível.
— Consegui reduzir em 75% o lixo produzido em minha casa. Esses 25% são de coisas que eu não tenho como evitar, como papel higiênico e embalagens de comidas. A maior parte dos alimentos eu compro a granel, e faço muitas compras na feira. Não compro quase nada industrializado. Até vinagre estou tentando fazer em casa — conta.
Para a blogueira, ser uma consumidora consciente significa evitar comprar e só adquirir o estritamente necessário:
— Isso é diferente do que querer uma coisa. É importante ter a consciência da origem do produto. Eu sempre tento optar por artigos orgânicos porque tenho certeza de que não foram usados agrotóxicos nocivos, respeitaram a cadeia natural e há uma cadeia justa de produção com trabalhadores. Esses produtos são normalmente mais caros. Se você não tem dinheiro para optar por alimentos, cosméticos e roupas orgânicos, você pode parar de comprar exageradamente esses artigos. Basta comprar menos para já fazer a diferença. O primeiro reflexo vai ser até em seu bolso, porque você vai economizar.
Para Cristal, o essencial é parar com o desperdício.
— Não é necessário comprar comida para um batalhão se você mora sozinho. Não há motivos para jogar comida fora — afirma ela.
O descarte do lixo e de objetos que não são mais usados merece atenção:
— O lixo deve ser separado para a coleta seletiva. Se é um produto sem utilidade, você pode doar ou vender por um preço de usado. No caso de eletrônicos que não funcionam ou remédios, há descartes especiais, porque eles podem contaminar. Procure uma loja que aceite o descarte desses artigos.
Perguntas que o consumidor deve se fazer antes de qualquer compra
As questões
Segundo Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira, é necessário fazer umas perguntas antes de comprar qualquer item: “Eu realmente preciso deste produto?”, “O que ele vai trazer de benefício para minha vida?”, “Se eu não comprar isso hoje, o que acontecerá?”, “Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima?” e “Estou comprando por mim ou influenciado por outra pessoa ou por uma propaganda sedutora?”.
De olho no futuro
Se mesmo diante desse questionamento a pessoa concluir que realmente precisa comprar o produto, é recomendado fazer mais perguntas: “De quanto eu disponho efetivamente para gastar?”, “Tenho o dinheiro para comprar à vista?”, “Precisarei comprar a prazo e pagar juros?”, “Tenho o valor referente a uma parcela, mas o terei daqui a três ou 12 meses?” e “Preciso do modelo sofisticado, ou um básico, mais em conta, atenderia a minha necessidade?”.
Para cortar
Uma das maneiras de perceber os excessos nas contas é fazer um diagnóstico financeiro. Para isso, anote por 30 dias todas as despesas — mesmo as de menor valor, como um cafezinho. De acordo com Domingos, é preciso mudar o comportamento. “Se você passou anos comprando por impulso e a prazo, por exemplo, é hora de começar a se planejar mais, rever os gastos, economizar e comprar à vista e com desconto”. O educador financeiro destaca que é possível começar com coisas pequenas, como ter uma maior conscientização com despesas como energia, alimentação, água, celular e combustível.
Fonte: Extra
Porém, nesta semana, os consumidores são chamados a ter mais atenção com o consumo e, principalmente, o que ele pode causar ao meio ambiente, com o fim da distribuição gratuita de sacolas plásticas nos supermercados em São Paulo, já que a embalagem leva, em média, 300 anos para se decompor.
Compras
Mas como levar o consumo consciente para os produtos comprados no supermercado? Simples: basta seguir algumas dicas preparadas pelo Instituto Akatu e começar a praticá-las nesta Páscoa:
1. Faça uma lista antes de comprar: em média, um terço de todo alimento comprado vai para o lixo, pois tudo que é comprado a mais estraga. Em um ano, cada família brasileira acumula um desperdício de 255,5 quilos de comida. Se o desperdício de alimento fosse convertido em dinheiro, com o valor gasto com alimentos que vão para o lixo, cada família acumularia quase R$ 1 milhão ao longo da vida;
2. Não escolha os alimentos apenas pela aparência: um exemplo são os legumes. Aqueles que são vendidos com um pouco de terra duram mais e devem ser lavados apenas na hora de usar.
3. Páscoa farta, mas consciente: é importante comprar apenas a quantidade de alimentos e bebidas que realmente será consumida. Dê preferência a produtos regionais, que são mais baratos, pelo baixo custo de transporte.
4. Varie o cardápio e reduza a emissão de gás carbônico: cardápio variado, com frutas, verduras e legumes, além de ser mais saudável, cria mercados e, portanto, incentiva uma produção mais diversificada na agricultura, o que gera mais renda para o homem do campo, melhora a qualidade do solo e reduz as emissões de gás carbônico.
5. Evite excessos no consumo: segundo dados do “Estado do Mundo – 2010”, só os americanos, com 5% da população mundial, abocanham uma fatia de 32% do consumo global. Se todos vivessem como os americanos, o planeta só comportaria uma população de 1,4 bilhão de pessoas. As classes A e B+ brasileiras têm um padrão de consumo semelhante.
6. Leve seu filho às compras: decida com ele quanto gastar, o que comprar e, juntos, discutam os impactos sociais e ambientais que vocês devem levar em conta na escolha do produto e da empresa que o produziu. Com essa atitude, a ida às compras com o filho se tornará uma oportunidade de ensiná-lo que as escolhas têm impacto na saúde, no bolso e na natureza. Aproveite que ele está na fase inicial de compreensão do mundo e, quanto mais cedo, melhor para que ele comece a usar os atos de compra como oportunidades de contribuir para a preservação do meio ambiente e a melhoria da sociedade, tanto para ele próprio, como para os filhos que ele poderá ter.
Dívidas, dívidas e mais dívidas. As pendências financeiras mensais, como parcelas do cartão de crédito e os pagamentos dos financiamentos, estão entre os principais problemas dos consumidores, quando o assunto é orçamento. A grande questão é: por que as pessoas fazem tantas dívidas?
Os dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio) mostraram, por exemplo, que no mês de fevereiro deste ano, de todos os endividados brasileiros, mais de 70% tinham dívidas no cartão de crédito e outros 20% tinham dívidas no carnê. Pensando nessa realidade, a equipe InfoMoney conversou com especialistas financeiros para entender por que os consumidores não conseguem evitar as dívidas.
Razão versus emoção – os educadores começam explicando que a emoção é o principal problema que leva as pessoas a consumirem irresponsavelmente e, como consequência, acumularem mais e mais dívidas. “Na maioria das vezes, as decisões que tomamos são decisões emocionais e não racionais. A gente usa a razão apenas depois, quando tentamos justificar o porquê de tomarmos tais decisões”, analisa Valter Police.
A lógica é simples: tomada pelo desejo de adquirir certo bem, boa parte dos consumidores simplesmente não espera até ter o dinheiro suficiente e acaba parcelando no cartão, sem ponderar o quanto aquelas parcelas vão comprometer sua renda futura.
Falta de planejamento – o problema se torna ainda mais grave sem o planejamento financeiro, ou seja, sem ter claro tudo o que vai entrar e tudo que vai sair ao final do mês. Falando em planejamento, a educadora financeira e diretora do The Money Camp, Silvia Alambert, ainda diz que esse é um processo que precisa se tornar um hábito.
“As pessoas precisam criar o hábito de fazer um planejamento financeiro. Num primeiro momento vai ser difícil mudar o comportamento em relação ao dinheiro, mas depois fica mais fácil”, avalia.
A instabilidade futura – outro fator que colabora para o acúmulo de dívidas e que também decorre da falta de planejamento é a instabilidade futura. Se hoje você está empregado e a economia está aquecida, amanhã o País pode entrar em uma forte crise e você se juntar ao grupo dos desempregados.
Dentro de um planejamento financeiro, o consumidor deve poupar para enfrentar os momentos de crise, explica a educadora financeira. Além dos altos e baixos da economia, vários imprevistos podem acontecer, como um problema grave de saúde, um conserto mais caro do carro, que levam a pessoa a recorrer ao crédito mais caro, já que não possui reserva financeira própria para lidar com isso.
Vivendo fora da realidade – mais um fator que estimula as dívidas é querer viver fora da sua realidade financeira. Isso acontece por diversos motivos. Os jovens, por exemplo, ao estudarem em escolas em que o perfil médio é de uma classe social acima da deles, acabaram querendo se encaixar nesse perfil e vão entrando nas dívidas.
Na prática, ele vai tentar se igualar comprando produtos com o dinheiro que não tem, ou seja, parcelando. O problema é que isso vai ser impossível de sustentar a longo prazo, explica o educador.
Os adultos também têm esse tipo de comportamento, financiando carros com valores que não fazem parte da sua realidade financeira ou mesmo comprando imóveis acima do seu padrão de vida.
Crédito fácil – se os consumidores só quisessem comprar, mas fosse limitados por conta da falta de crédito, a situação talvez não seria tão preocupante. O problema é que os bancos e as instituições financeiras cada vez mais facilitam esse crédito, oferecendo, inclusive, os créditos pré-aprovados do cartão de crédito.
Toda essa facilidade em obter crédito, somada ao comportamento irresponsável e à falta de planejamento financeiro, inevitavelmente leva às dívidas.
Fonte: Yahoo
VEJA AS DICAS:
1. Anote todas as suas despesas em um caderninho;
2. Livre-se das dívidas com cheque especial e cartão de crédito, fazendo empréstimo consignado com seu banco, com débito no contra-cheque. Quite aqueles débitos, ficando, apenas, com as parcelas do empréstimo;
3. Troque passeios ao shopping por caminhadas em áreas verdes;
4. Só compre itens de que esteja realmente precisando;
5. Não use cartões de crédito para pagamento parcelado de contas;ç
6. No supermercado, faça lista de compras, evitando os supérfluos, horários de pico e fazer compras com fome ou pressa;
7. Nos restaurantes com refeições por peso, só coloque no prato a quantidade de comida que consiga comer;
8. Cadastre seus cartões de crédito nos programas de pontuação (ex.: Smiles) para trocar seus pontos por passagens aéreas;
9. Redução dos desperdícios
Dados do desperdício no Brasil: 25% da energia elétrica; 30% da água potável; 30% dos alimentos e 20% do material de construção. É muita fonte de economia, não acha? Vamos começar pela água: você sabia que uma torneira aberta desperdiça cerca de 40 litros de água por dia? Isso dá mais de mil litros de água por mês.
Então o que poderíamos fazer para não desperdiçar tanta água? Sabe quando escovamos os dentes e deixamos a torneira aberta? Então, está na hora de fechá-la, caso contrário, la estarão indo embora milhares de litros de água. Ah, e quando lavamos a louça e deixamos a torneira ligada, isso é outro desperdício e, como tal, está a prejudicar não somente nosso bolso, mas também o planeta.
Então para economizar nos gastos com água, é simples: evite torneiras e chuveiros abertos se não estiver usando.
Energia elétrica: Economizar na energia elétrica pode parecer uma tarefa bem díficil para muitos não é mesmo? As dicas para economizar na energia elétrica são as seguintes:
Utilizar lâmpadas fluorescentes consome cerca de 80% menos energia;
Controlar o uso do chuveiro elétrico. Evitar usar a posição “inverno” do seu chuveiro reduz bastante o gasto de energia;
Evitar deixar acesa a luz de um quarto onde ninguém se encontra é também uma boa maneira de reduzir o gasto de energia;
Desligar a televisão quando não estiver assistindo.
Bem, vamos agora para o telefone?
Telefone: Controlar o uso do telefone é um tarefa que também não é muito fácil para muitas pessoas, principalmente aquelas que gostam bastante de falar mas existem algumas dicas a serem utilizadas para reduzir o gasto com o telefone:
Aproveitar os horário de tarifas menores para fazer as ligações interurbanas;
Usar o telefone somente quando for necessário;
Informar-se sobre os gastos de seu telefone, e controlar o uso do mesmo, é uma ótima maneira de reduzir os gastos com o telefone.
10– Não rasgue dinheiro
O pior gasto é aquele que não gera benefício algum. Organize-se. Pague suas contas em dia. Concentre o vencimento das suas contas mensais para o mesmo período, de preferência na data do recebimento da sua principal fonte de receita. Sempre que possível use a opção de débito e pagamento automático diretamente com seu banco.
11 – Pague apenas pelo consumo
Cancele ou negocie redução de valor pelos serviços adicionais que você não utiliza no telefone fixo ou celular, na tv a cabo, na internet e similares. Evite manter-se associado em clubes que você pouco freqüenta. Contrate seguros apenas de acordo com suas necessidades e hábitos de vida.
12– Programe-se para viajar
Quem planeja melhor e com mais antecedência as viagens, geralmente consegue obter melhores tarifas e condições. Sempre que possível, viaje em baixa temporada. É mais fácil encontrar passagens aéreas baratas no meio da semana do que nas segundas e sextas-feiras, e no meio do dia ou da noite do que no início ou final do horário comercial.
13– Mantenha o controle
Saber o quanto se gasta e em que se gasta é meio caminho para evitar problemas financeiros. Não se descuide das pequenas contas. Muitas vezes é na soma dos pequenos gastos que se descobrem os grandes rombos – e as grandes oportunidades para economizar. Faça um orçamento pessoal e doméstico e procure acompanhá-lo com regularidade.
14– Peça, solicite e exija descontos
Não há vergonha alguma em pedir descontos. Se você for um bom cliente, peça desconto. Se você deseja economizar e melhorar de situação financeira, solicite descontos. Se você for mal-atendido, exija desconto.Há muitas lojas e empresas que estão dispostas a dar descontos, só falta o cliente pedir. O comércio disputa ferozmente a preferência dos clientes. É comum a existência de convênios com empresas, cartões de crédito, associações, clubes, condomínios e vários tipos de entidades para ter o privilégio da sua presença como consumidor. Descubra se você é beneficiário de algum convênio antes de pagar qualquer conta.
Com agradecimento ao Colaborador do Site GTM