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Palavra-chave: onu

ONU cobra missão de resgate de imigrantes fugindo da Síria e Àfrica

17/02/2015

Ação humanitária na mira da violência em zonas de conflito

Escalada de ataques contra trabalhadores prejudica assistência

Mais de cem caminhões conseguiram entregar, na semana passada, suprimentos em três cidades sírias sitiadas: os cercos, tanto do governo quanto da oposição, estavam matando populações de fome – LOUAI BESHARA / AFP/11-1-2016

Eles são a última esperança de assistência médica ou de provisão de alimentos, água e itens básicos para milhões de pessoas em zonas conflagradas. Porém, estão sendo impedidos de cumprir esta missão — os últimos anos foram os mais violentos para trabalhadores humanitários, com a maior quantidade de mortos, feridos e sequestrados. Os motivos: além do agravamento dos quase cinco anos de guerra civil na Síria e uma escalada do conflito no Afeganistão, em 2013, a dinâmica dos ataques por todos os lados envolvidos foi alterada. Segundo lideranças de algumas das principais organizações de socorro do mundo, áreas civis têm sido alvejadas indiscriminadamente.

De acordo com a Base de Dados da Segurança do Trabalhador Humanitário (AWSD, na sigla em inglês), uma das principais fontes utilizadas pela ONU, por governos, ONGs e jornais, os anos de 2013 e 2014 foram os mais brutais (a série começa em 1997). A AWSD revela que houve mais mortes de funcionários de assistência apenas no biênio 2013/14 — 276 ao todo — do que de 1997 a 2002, quando, num período de seis anos, morreram 229 trabalhadores humanitários.

Ação humanitária na mira da violência em zonas de conflito

Número de vítimas dobra

A situação piora em relação aos feridos: 266 em 2013/14, contra 197 ao longo dos primeiros oito anos da série; e fica mais grave sobre sequestros: 261 casos, em 2013/14, contra 197 nos nove primeiros anos. Todos os tipos de ataques — tiros, explosões, agressão corporal e raptos — aumentaram nos últimos três anos do levantamento em comparação com a primeira década pesquisada. Diretores de organizações observam que, ao mesmo tempo, houve um aumento constante na assistência. Mas, segundo a AWSD, a partir de 2007, o número de vítimas praticamente dobra em relação aos anos anteriores, com picos registrados em 2013 e 2014.

— No Iêmen, alvos civis estão sendo bombardeados: não que seja deliberado, mas são ataques muito intensos — afirma o diretor da Oxfam no Reino Unido, Mark Goldring, que lidera o trabalho humanitário mundial da organização.

Homem iemenita é visto em meio aos escombros de um depósito depois de ter sido alvo de ataques aéreos realizados pela coalizão liderada Arábia na capital Sanaa – MOHAMMED HUWAIS / AFP

Afeganistão: o mais perigoso

Segundo a Organização Mundial da Saúde, apenas no Iêmen a escalada do conflito já provocou a destruição total ou parcial de cerca de 40 hospitais e dez policlínicas. Goldring explica que, em 2015, o objetivo da Oxfam era assistir um milhão de pessoas no país. Conseguiram alcançar cerca de 400 mil.

— Você pode até pensar que foram muitos atendimentos, mas 600 mil ficaram desassistidos — enfatiza. — É um dos piores momentos para trabalhadores humanitários. Hoje há mais lugares onde não se consegue chegar. Não há negociação com milícias ou governos. Trabalhar em áreas da Síria controladas pelo Estado Islâmico é impossível. A maior parte da comunidade internacional saiu do Iêmen.

Com 454 ataques no total, segundo a AWSD, o Afeganistão é o lugar mais perigoso para o trabalho humanitário, seguido de Sudão (236) e Somália (216). O levantamento faz ainda uma perversa constatação: antes da guerra civil, de 1997 a 2010, a Síria jamais registrou qualquer incidente com funcionários de assistência. Desde 2011, quando o conflito estourou, o país já conta 92 ataques e ocupa, agora, o quinto lugar entre os mais truculentos para os trabalhadores. Diretores das organizações são unânimes em dizer que a Convenção de Genebra e o direito internacional, que buscam mitigar incidentes com civis, estão sendo desrespeitados.

Funcionários da Médicos Sem Fronteiras foram feridos no bombardeio de caças dos EUA ao hospital da ONG, em Kunduz, no Afeganistão – AP

— Onde antes éramos vistos como imparciais e neutros, agora somos considerados alvos “legítimos” — enfatiza o diretor internacional de ajuda humanitária da ActionAid, Richard Miller, que relata a perda de sete colegas, todos no Afeganistão.

Ele explica que, no Afeganistão, na Síria e no Sudão do Sul, a ajuda é impedida de chegar:

— Com guerras cada vez mais complexas, a questão da assistência, da entrega e de quem recebe suprimentos está cada vez mais politizada. Infelizmente, a ajuda tornou-se arma de guerra.

O médico Paulo Reis, de 44 anos, da ONG Médicos Sem Fronteiras, voltou há dois meses do Iêmen. Com 11 anos de trabalho em campo, conta que um dos momentos mais complicados foi um bombardeio contra um banco na cidade de Laskarka, no Afeganistão, na rota que a equipe dele usava:

— Funcionários nacionais ficaram feridos sem gravidade. Foi pouco depois do horário em que a gente costumava passar — lembra Reis. — Em geral, os alvos não são civis, mas se os objetivos militares estão numa área civil, tudo é bombardeado. Isso é o pior, pois atinge crianças e mulheres, que nada têm a ver com o conflito.

Com dez anos de trabalho em campo, o diretor adjunto de Operações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Regis Savioz, de 48 anos, já atuou no Afeganistão, no Sudão do Sul e na Faixa de Gaza, durante a Segunda Intifada:

— Em Gaza, eram confrontos intensos: sentia a pressão da guerra sobre os ombros. Ao mesmo tempo, éramos a esperança das pessoas — recorda Savioz. — Hoje, nada é mais frustrante do que saber que não conseguimos prestar assistência a quem precisa desesperadamente de ajuda.

‘Atacam tudo pela frente’

A presidente da MSF, Joane Liu, fala sobre hospital bombardeado pelos EUA e banalização de ataques a civis.

Dezenas de hospitais foram bombardeados na Síria, Iêmen e Afeganistão. Não há mais distinção entre alvos civis e militares?

Na Síria, em março, completam-se cinco anos da guerra, com indiscriminados e frequentes bombardeios a instalações civis. No Iêmen, o mesmo: ataques contra áreas civis densamente povoadas, incluindo hospitais. Em Kunduz (Afeganistão), o hospital da MSF foi repetidamente bombardeado por uma hora e meia, apesar de informarmos as coordenadas por GPS. Na Síria e no Iêmen, há um cenário de guerra total, onde tudo é alvejado: mercados, hospitais e até casamentos.

O hospital da Médicos Sem Fronteiras, em Kunduz, no Afegnistão, arde após bombardeio dos EUA – AP / 3-10-2015

As organizações humanitárias se tornaram alvos em potencial?

Parece haver um número crescente de conflitos em que hospitais estão sob ataque. Não são alvos específicos, mas parte de uma dinâmica de guerra total, onde se ataca tudo o que há pela frente. Acontece cada vez mais, regularmente, e parece haver uma espécie de aceitação disso. É a minha maior preocupação: que isso se torne o novo normal. Eventos que se repetem e acabam se banalizando. Como na Síria, no Iêmen e no Sudão do Sul. Parece ser a normalidade ter civis sob ataque. Existem regras para a guerra, que estão ancoradas na Convenção de Genebra.

O que espera do governo dos EUA sobre o ataque ao hospital da MSF em Kunduz?

Só tivemos acesso ao comunicado do general Campbell. Basicamente, afirma que foram erros em cascata: falhas humanas, técnicas e de procedimento. Disseram que foi um erro, mas não o que levou aos erros. As informações não são tranquilizadoras. Não há, hoje, garantias de que aqueles erros não vão se repetir.

Como permitir que trabalhadores humanitários sigam atuando em zonas de conflito?

É preciso uma reafirmação geral da proteção e das salvaguardas de acesso a cuidados médicos em zonas de guerra. Não vamos ter de volta a vida dos nossos colegas, dos nossos pacientes. Eles se foram, e nós estamos de luto. O que queremos é a certeza de que populações civis tenham acesso a cuidados de saúde em áreas de guerra. Não se pode atacar hospitais, pessoas feridas que buscam por cuidados médicos. Todos sabemos que, quando se está doente, ou seus pais estão doentes, quando se está convalescendo, a última coisa que você quer que aconteça é uma bomba caindo na sua cabeça.


A União Europeia deve montar uma operação de busca e resgate de larga escala para evitar maiores tragédias com imigrantes no Mediterrâneo, disse o chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) nesta quinta-feira.

António Guterres se pronunciou depois que 300 pessoas morreram tentando cruzar o mar que separa a África da Itália em Fevereiro de 2015, aumentando a pressão para que a Europa amplie uma operação de fronteira que carece de um mandato claro para salvar vidas.

“Não pode haver dúvida, depois dos acontecimentos desta semana, que a Operação Triton (da Europa) é um substituto assombrosamente inadequado à italiana Mare Nostrum”, disse Guterres em um comunicado.

A operação italiana foi abandonada depois da acusação de que a campanha intensa de busca e resgate incentiva a imigração. A Triton se concentra mais na proteção das fronteiras.

“O foco deve ser o salvamento de vidas. Precisamos de uma operação de busca e resgate robusta no Mediterrâneo Central, não só uma patrulha de fronteira”, disse.

Imigrantes e pessoas à procura de asilo oriundas da Síria e da África Subsaariana vêm cruzando o Mediterrâneo, muitas vezes a partir da Líbia, a bordo de botes infláveis em plena severidade do inverno, e suas mortes representam um início precoce para a temporada de imigração , disseram agências humanitárias.

Se a Europa não implementar uma operação mais ampla, “é inevitável que muitas pessoas mais morram tentando alcançar a segurança na Europa”, afirmou Guterres.

Fonte: Gazeta do Povo e O Globo

Agradecimento pelo grande número de visitas de leitores da Palestina

18/11/2012

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Fonte: Youtube

Milhares de palestinos recebem neste domingo em Ramala o presidente Mahmoud Abbas em sua chegada de Nova York, onde na quinta-feira obteve o reconhecimento da Palestina como Estado observador da ONU.

O líder palestino foi recebido em um ambiente de festa e com centenas de bandeiras palestinas, em uma praça repleta de militantes de todas as facções, muitos deles com cartazes com sua imagem e a do presidente Yasser Arafat.

Abbas, que há tempos se via eclipsado pelas conquistas do movimento islamita Hamas em relação a Israel, defendeu em seu discurso a união nacional, que descreveu como o “passo a seguir” de suas gestões para obter a independência. O político também lembrou o apoio majoritário da comunidade internacional à causa palestina e às “pressões” que precederam a votação na ONU para que mudasse o texto da resolução.

Abbas foi recebido com um tapete vermelho na entrada para o Muqataa, sede do governo palestino, e toda a área foi cercada por dezenas de milhares de palestinos em festa, agitando bandeiras e cantando. “Agora temos um Estado”, disse Abbas aos palestinos em Ramala.

Mulheres vestidas com o traje tradicional palestino de bordados vermelhos e uma ou outra com uma recriação da bandeira nacional, completavam um cenário com o qual o movimento Fatah fez sua demonstração de força. Ahla, uma jovem vinda de Belém, qualificou o momento como “muito importante”, e que com sua presença queria “agradecer” a Abbas pelo reconhecimento da Palestina.

Por sua vez, Jaafar Abdallah, funcionário do Ministério do Interior da Autoridade Nacional Palestina, disse que este “é um momento histórico” para os palestinos. “Embora chegue tarde, o fato de que após 65 anos o mundo tenha reconhecido nossos direitos é uma questão de justiça”, acrescentou, com a esperança de que “a ONU funcione agora de forma diferente e interrompa todas as ações de guerra de Israel contra o povo palestino”, defendeu.

Em 29/11/12, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que concedeu à Palestina o status de Estado observador não-membro, apesar da oposição dos Estados Unidos e de Israel, que respondeu anunciando o projeto de construir 3 mil novas casas nos assentamentos da Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Em novembro de 2011, Israel já havia acelerado a construção de assentamentos na Cisjordânia, ocupada após a adesão da Palestina como membro pleno da Unesco.

Com a participação de 300 entidades de toda a parte do mundo, que realizaram cerca de 160 atividades, o Fórum Social Mundial Palestina Livre, terminou, em 1/12/12, em Porto Alegre, com um documento que pouco difere da carta de referência elaborada antes do evento, na qual, de forma generalizada e pouco específica, rejeitam a ocupação, defendem os diretos de palestinos voltarem a territórios ocupados por Israel e pedem o boicote de produtos oriundos de regiões ocupadas.

A organização, no documento, pediu ainda a condenação de Israel por crimes de guerra, referindo-se ao conflito recente entre palestinos e israelenses que mataram quase 200 pessoas de ambos os lados até a assinatura de um cessar fogo negociado no Egito. “Um ataque de Israel à Faixa de Gaza onde mataram 167 palestinos em sua maioria mulheres e crianças. Repudiamos essa agressão e exigimos a condenação de mais esse crime contra a humanidade”, diz trecho do documento lido na ultima assembleia do Fórum.

Os participantes ainda comemoraram o reconhecimento da Palestina como Estado observador na ONU, como um primeiro passo na luta contra a ocupação israelense. “Recebemos com esperança um futuro de paz, o reconhecimento da ONU do Estado Palestino, e a reparação de uma injustiça histórica”.

Ademais, o documento lido reitera o apoio as organizações que lutam pela causa palestina, e pede o boicote comercial de produtos israelenses produzidos em locais onde estavam localizadas vilas palestinas ocupadas posteriormente após a ocupação.

“Reafirmamos que o termo de referencia com um documento que sintetiza os conceitos de solidariedade aos palestinos a serem desenvolvidos no próximo período”, finaliza o documento.

Pouco antes da leitura do documento, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, reiterou, a posição do Brasil de apoiar a resolução da ONU, e disse que a volta do Brasil ao Conselho de Diretos Humanos da ONU vai trabalhar para construção de diretos do povo palestino.

“O Brasil acredita que é dessa forma que construiremos a paz, a solidariedade é a forma pela qual nos movemos no cenário internacional, acreditamos, portanto, que o retorno do nosso País Conselho de Diretos Humanos das Nações Unidas vai atuar em conjunto com outros países pela construção de diretos do povo palestino, como compromisso mundial”, afirmou, de forma meio improvisada, em meio aos participantes do evento.

O Fórum, que teve intensa participação de entidades de esquerda, foi muito criticado por organizações judaicas, que se disseram excluídas do encontro. A representação diplomática israelense no Brasil, disse que o Fórum estimularia o terrorismo no Oriente Médio.

 Durante o evento , o embaixador palestino no Brasil, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, disse que é “uma vitória da verdade e da justiça” a concessão do status de Estado observador na Organização das Nações Unidas (ONU), aprovada há dois dias na Assembleia Geral.

Diante das ameaças de retaliações dos norte-americanos, Alzeben indaga: “O que os Estados Unidos ganham em complicar ainda mais a vida dos palestinos adotando sanções?”. O embaixador elogiou a atuação do Brasil e disse confiar no apoio brasileiro para a criação do Estado independente da Palestina.

Pergunta Na prática o que representa o status de Estado observador na ONU?

Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben: É uma vitória da verdade e da justiça. É o anúncio de uma nova Palestina e de um novo Israel. Estamos satisfeitos com a posição da grande maioria da comunidade internacional [138 votos a favor, nove contra e 41 abstenções], demonstrando que é possível o convívio positivo que defendemos. Ocorreu o que nós sempre acreditamos e defendemos.

P: O Brasil foi um dos países que mais fez campanha para os palestinos, o senhor acredita que é possível ampliar a contribuição brasileira?

IMKA: Agora, com a resolução [sobre a concessão do status de Estado observador], o terreno está preparado e é mais favorável para outras negociações. É uma satisfação para nós ter o Brasil a nosso favor. O Brasil pode participar de maneira mais intensa na comunidade internacional e em favor do direito internacional.

P: Com essa decisão na ONU, há ambiente para retomar as articulações em busca de um acordo de paz com os israelenses?

IMKA: Do nosso lado, estamos preparados para retomar as negociações e em plena disposição para negociar. Queremos voltar para a mesa de negociações e aguardamos isso. O nosso desejo é a existência de dois Estados, o da Palestina e o de Israel, em plena convivência.

P: Mas há ameaças, por exemplo, dos norte-americanos de adotarem medidas proibindo o comércio e repasses para a região da Faixa de Gaza. O senhor não teme isso?

IMKA: O mundo não se limita aos Estados Unidos. O mundo é representado pela comunidade internacional, que nos apoia na sua maioria na ONU e, dessa forma, deve ser feita uma leitura positiva sobre a resolução aprovada. O que os Estados Unidos ganham em complicar ainda mais a vida dos palestinos adotando sanções?

P: O senhor calcula que esteja próxima a criação de um Estado independente?

IMKA: A aprovação da resolução foi um passo fundamental. Nós tentamos isso no passado [há dois anos], sem sucesso, pois lamentavelmente a intransigência venceu. Fazemos um chamado ao governo dos Estados Unidos para que se alie à maioria da comunidade internacional em favor do direito internacional [e pela] criação do Estado independente da Palestina

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Fonte: Youtube

Após o início do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que entrou em vigor em 21/11/12, ambos os lados afirmam ter alcançado seus objetivos nos confrontos, que duraram oito dias e deixaram mais de 160 mortos – cinco deles no lado israelense.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que decidiu aceitar a “recomendação” do presidente americano Barack Obama para um cessar-fogo depois que o país “alcançou” seus objetivos com a operação militar denominada Coluna de Nuvem. De acordo com o governo israelense os objetivos eram “restaurar a tranquilidade ao sul do país e recuperar o poder de dissuasão frente ao Hamas”.

O acordo, mediado pelo presidente egípcio, Mohammed Mursi, garante que os grupos palestinos irão parar de lançar foguetes contra o território israelense. Israel, por sua vez, se compromete a suspender os ataques à Faixa de Gaza e a possibilitar a abertura das passagens terrestres, tanto entre Israel e o território palestino, como a passagem entre Gaza e o Egito, em Rafah.

O elemento principal no acordo, que havia sido rejeitado por Israel no inicio da negociação, mas acabou sendo incluído, consiste na vinculação do cessar-fogo com a abertura do bloqueio imposto à Faixa de Gaza. Após fortes pressões do governo americano, Netanyahu aceitou os termos do acordo e mandou suspender os planos de uma invasão terrestre à Faixa de Gaza.

Fracasso e resistência
O líder do Hamas, Haled Mashal, declarou que “a ofensiva israelense fracassou”. Em anúncio após o cessar-fogo Mashal disse que “oito dias de combates obrigaram os lideres do inimigo a se render às nossas condições. A grande destruição que causaram não altera o fato de que a resistência venceu”. Mashal também disse que “a conclusão é que a opção da resistência é a vitoriosa”.

Fatah e Hamas
Há uma unanimidade de opinião entre analistas, tanto em Israel como nos territórios palestinos, de que o principal perdedor da última onda de violência é Mahmoud Abbas, o líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e da Autoridade Nacional Palestina (ANP), assim como do Fatah, força política que governa a Cisjordânia.

Considerado um movimento radical islâmico por Israel e os Estados Unidos, o Hamas passou a governar a Faixa de Gaza em 2007, e ao contrário do Fatah, não é reconhecido como um interlocutor para as conversas de paz.

Abbas, que simboliza a estratégia de negociação com Israel e que lidera o movimento que apostou no processo de paz, ficou à margem dos acontecimentos, enquanto o grupo islâmico Hamas, que se opõe à existência de Israel, tornou-se o principal protagonista do lado palestino. Durante esses oito dias de confrontos o Hamas ganhou legitimidade internacional, e Israel realizou negociações com o grupo, implicitamente o reconhecendo como governo na Faixa de Gaza.

Sufian Abu Zeida, um dos líderes do Fatah, que foi obrigado a fugir da Faixa de Gaza em 2007, quando o Hamas tomou à força o poder na região, expressou indignação com a atitude de Israel em entrevista ao Canal 10 da TV israelense. “Abu Mazen (Mahmoud Abbas) vocês humilham e ignoram, mas o Hamas, que nem reconhece a existência de Israel, vocês respeitam e com eles vocês negociam”, afirmou.

De acordo com a jornalista Amira Hass, em artigo no diário israelense Haaretz, o Hamas conseguiu “manobrar a Faixa de Gaza como uma entidade separada, que se abrirá para o mundo árabe e islâmico”. “Como parte da Irmandade Muçulmana, o Hamas consegue devolver a questão palestina ao foco da atenção internacional e também atua como uma força regional cuja opinião e capacidade deve ser levada em consideração”, afirma Hass

Fonte: BBC

A Terra na Terceira Dimensão: Irã suspeito de fabricar arma nuclear

21/02/2012

               Inspetores da Organização das Nações Unidas chegaram em 20 de Fevereiro ao Irã na expectativa de que a República Islâmica torne mais transparente o seu controverso programa nuclear, um dia depois que Teerã respondeu em tom desafiador às sanções da União Europeia.

              O Irã, que limitou no domingo a venda de petróleo às companhias britânicas e francesas, nega as acusações do Ocidente de que está buscando secretamente meios para construir armas nucleares e expressou sua disposição para retomar as negociações com as potências mundiais sem condições prévias.

              A equipe de cinco membros da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), um órgão da ONU, manterá dois dias de diálogo em uma nova tentativa de obter explicações sobre os relatórios de inteligência que apontam para uma dimensão militar no que o Irã qualificou de programa nuclear civil.

              Antes de deixar Viena, o chefe dos inspetores mundiais, Herman Nackaerts, disse que queria “resultados concretos” das conversações. Sua delegação espera, entre outras coisas, interrogar cientistas nucleares iranianos e visitar a base militar de Parchin, que pode ter sido usada para provas de ogivas nucleares de alto poder explosivo.

              Contudo, o chanceler iraniano, Ali Akbar Salehi, levantou dúvidas sobre essas visitas quando disse à agência de notícias estudantil ISNA que os funcionários da AIEA não irão às instalações nucleares.

              Fonte: Yahoo

Brasileira é premiada na Suécia por trabalho com refugiados e migrantes

16/11/2011

 

Após mudar-se para a Suécia, há sete anos, a brasileira Aline Cordeiro Andersson percebeu que migrantes e refugiados tinham muitos pontos em comum, entre eles o fato se serem recém-chegados a um novo país com idioma diferente e a necessidade de adaptação a uma cultura distinta.

Sensibilizada com o tema, passou a estudar questões migratórias, e, em caráter voluntário, realizou uma série de entrevistas com migrantes e refugiados vivendo na região da cidade Örnsköldsvik, no norte do país. Com base nestes estudos e na sua pesquisa, constatou que os migrantes e refugiados podem ser mais bem integrados e vistos como um recurso – e não um problema – para a comunidade que os recebe.

Da teoria para a prática, Aline se uniu à associação IKF (‘Internationella Kvinnoförening’ – ou Associação Internacional de Mulheres), também em caráter voluntário. Ela participa em diferentes atividades com migrantes e refugiados, especialmente mulheres, visando facilitar a integração destas pessoas no país. Seu trabalhou chamou a atenção das autoridades locais, e Aline acabou recebendo o prêmio anual de cultura oferecido pela prefeitura de Örnsköldsvik.

Casada e mãe de dois filhos, esta brasileira do Rio de Janeiro faz atualmente um curso de pós-graduação em Sociologia do Direito e pretende se especializar no tema migrações. A seguir, em entrevista ao ACNUR, ela conta um pouco da sua história.

Por que você se envolveu com questões relacionadas à migração e ao refúgio?

Quando me mudei para a Suécia, percebi que muitas coisas que passamos como migrantes se assemelham ao que os refugiados passam: a distância do país de origem, a necessidade de recomeçar a vida do zero, aprender uma língua e uma cultura completamente diferentes da sua, a luta para se restabelecer. E, muitas vezes, a discriminação. Por isso, comecei a estudar sobre migrações, encontros culturais, xenofobia e mudança de identidade.

Você já desenvolvia trabalhos humanitários no Brasil?

Tudo começou em casa. Fui criada por minha avó, e sempre a via recebendo pessoas que não tinham condições financeiras. Ela abriu seus braços para seis filhos de outras pessoas, mesmo sendo pobre e sozinha.

Como e quando começou seu trabalho com a causa dos refugiados e migrantes?

Na cidade de Örnsköldsvik, me movimentei em defesa desta causa, movida pela vontade ajudar essas pessoas. Passei então a entrevistar os refugiados e distribuir enquetes, querendo saber como eles se sentem e se a integração na sociedade está funcionando. Comecei a me preocupar com o isolamento social das crianças estrangeiras, migrantes e refugiadas, pois são as que mais sofrem com essa separação entre estrangeiros e nacionais. Há sempre certa intolerância com migrantes e refugiados, e essa é uma barreira muito grande para eles.

Fale sobre seu trabalho atual.

Sou secretária da associação IKF (‘Internationella Kvinnoförening’ – ou Associação Internacional de Mulheres), que presta assistência e atividades para integração de refugiados recém-chegados à Suécia. São pessoas sem referências ou contatos, e a associação é um ponto de encontro que pode ajudá-los na integração por meio do aprendizado da língua e de atividades como costura e culinária. Ser um refugiado não é fácil, pois além de sair de um ambiente de lutas e perseguições, é preciso se adaptar a uma nova situação. Defendemos investimentos públicos em um centro cultural étnico para que a população conheça sobre outras culturas para reduzir a fobia a estrangeiros. Temos reuniões com políticos da cidade para discutir novas ideias. Também escrevo para jornais e revistas.

É um trabalho de equipe?

Trabalho com amigas da Suécia, e formamos uma espécie de “conselho” da associação. Toda semana nos juntamos para receber refugiados e fazer atividades, círculos de estudo e passeios. Muitas vezes, levo meus filhos comigo para que possa aprender a se comunicar com pessoas de todo o mundo. O interesse por outras culturas por parte dos nacionais favorece a integração de refugiados. Muitas pessoas dizem que não deveria engajar nesta causa, pois não sou uma refugiada. Mas não dou ouvidos. Minhas amigas suecas que participam deste trabalho voluntário também deveriam ser premiadas.

Como foi receber um prêmio pelo seu trabalho?

Fiquei muito feliz ao receber o prêmio da Cultura oferecido pela prefeitura de Örnsköldsvik no ano passado. Esse prêmio foi resultado de um trabalho que fiz durante um ano, pesquisando sobre os refugiados, sua situação psicológica e social, escrevendo para a prefeitura e para os políticos, lutando contra a discriminação. Sinto-me muito honrada, especialmente pelo fato de ter nascido em outro país, assim como os refugiados com quem trabalho.

Fonte: ONU

Rádio Anjos de Luz

Com agradecimento à Fada San. Visite www.anjodeluz.net

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