Atualmente, 1.370.536.875 pessoas vivem na China, incluindo Hong Kong, Macau
e Taiwan. Embora 1 bilhão pareça um número gigantesco, o país começa a se
preocupar. Na última década, a população cresceu 5,8%, índice baixo comparado
aos outros anos. De acordo com o Bureau Nacional de Estatística da República da
China, a população também envelheceu, pois a proporção de jovens abaixo dos 14
anos caiu para 16% em relação ao total de pessoas, ao passo que a proporção de
idosos de mais de 60 anos aumentou 3%. A taxa de fecundidade está entre 1,7 e
1,8 filho por mulher – quando 2,1 é o mínimo para recompor a população.
Já em 2025, o crescimento populacional chinês começará a ser negativo,
segundo as Nações Unidas. “A China é muito grande e há muitos anos vem mantendo
a política do filho único, uma legislação que obriga os casais a ter apenas um
filho. Além disso, por razões culturais, os filhos homens são preferidos.
Resultado: o país será prejudicado em termos de reprodução da população devido à
falta de meninas”, afirma Margareth Arilha, pesquisadora de saúde reprodutiva do
Núcleo de Estudos de População da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
Em boa parte da Ásia, as meninas são vistas como membros que não trazem
benefícios à família, do ponto de vista econômico, social e cultural. É o homem
que dá procedência à linhagem do nome, assume a chefia da casa e é responsável
pelos mais velhos. Embora a desproporção entre nascimentos de homens e mulheres
chineses tenha diminuído, ela continua alta: para cada grupo de 100 mulheres, há
105,2 homens.
Europeias individualistas
O casamento ainda é o modo mais popular de criar filhos na Ásia e no mundo, por enquanto. Apenas 2% dos nascimentos acontecem fora do matrimônio no Japão. Já em países europeus, como a Suécia, 55% dos bebês são de mulheres não casadas. Na Islândia, a percentagem atinge 66%. Atualmente, há 83 países com taxas de fecundidade abaixo do nível de reposição. Os casos mais graves são Bósnia, Malta, Hong Kong, Portugal, Áustria, Cingapura, Romênia, Coreia do Sul, Polônia, Ucrânia, China e Japão.
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Indonésia: casamento? Sim, por
favor. |
Como é previsível, onde a desproporção entre o número de homens e o de mulheres é alta, em algum momento, faltarão esposas. Outro fenômeno é o casamento tardio, recorrente na Ásia Oriental. Apesar de ser uma tradição cultural forte, muitas mulheres não têm pressaem se casar e algumas não fazem mais tanta questão de se unir a homens da mesma nacionalidade.
Segundo o Instituto de Pesquisa da Ásia, em Hong Kong e nas cidades mais
ricas do Japão e da Coreia do Sul, a idade média do casamento varia entre 29 e
30 anos para mulheres e 31 e 33 anos para os homens. Já no Ocidente, a média
abaixa para 26 anos para mulheres e 28 para homens. É cada vez mais comum a
jovem asiática optar por não se casar. Vinte por cento dos japoneses entre 20 e
27 anos afirmam que não sabem se querem a união. Dos jovens norte-americanos
dessa mesma faixa etária, apenas 5% não desejam o matrimônio e outros 5% não se
decidiram.
Um dos fatores decisivos da opção pela vida solteira é que os jovens
orientais não veem vantagens no casamento, uma vez que muitos dos casados estão
insatisfeitos. Pesquisas do East-West Center (EUA) revelam que os casais
norte-americanos apresentam maior satisfação com o matrimônio do que japoneses e
sul-coreanos. Acredita-se que isso se justifica pelo fato de os ocidentais terem
uma visão pragmática do divórcio: eles se separam com facilidade se são
infelizes no casamento.
O número de divórcios subiu nos países da Ásia, mas esse é mais um motivo
para os jovens não casarem. Um em cada cinco casamentos no Japão, na Coreia do
Sul e na China termina em separação. “Nessas sociedades, o risco de divórcio
pode dar mais motivação às mulheres solteiras a investir em boa educação e na
carreira em vez de se casar cedo”, afirma o estudo do East- West Center. Outra
diferença marcante é que, entre os asiáticos, quase não há união sem casamento
civil ou religioso. No Japão, apenas 5% das mulheres entre 25 e 29 anos e 8% das
com 30 a 34 anos moraram com seus companheiros.
Maridos machistas
Educação, carreira e custo de vida alto são fatores que contribuem para a inserção e permanência da mulher no mercado de trabalho. Na volátil situação econômica atual, elas desempenham papel importante no sustento da casa. Apesar de o homem ganhar mais, algumas despesas já são responsabilidade delas. Nesse cenário, também precisam cuidar da casa, dos filhos e dos idosos – o que as feministas denunciavam como “dupla jornada de trabalho”.
Os maridos asiáticos ajudam menos as mulheres do que os americanos. Não por
acaso, com todas as tarefas extras, elas preferem não casar. No Japão e na
Coreia do Sul, o processo seletivo para instituições de ensino é competitivo
desde os primeiros anos. Boas escolas e notas no currículo escolar garantem boas
universidades e um futuro promissor. Além disso, as sociedades valorizam o
ensino rigoroso e disciplinado. Compete às mães o papel de ajudar os filhos com
a lição de casa e, muitas vezes, de pagar cursinhos, que podem ser mais caros do
que o colégio.
“Os abortos seletivos foram adotados por ‘grupos pioneiros’, mais ricos, que
tinham acesso a tecnologias como ultrassonografia, como solução para reduzir o
número de crianças e maximizar a probabilidade de ter pelo menos um filho
homem”, explica Christophe Z. Guilmoto.
De acordo com o relatório do East- West Center, a mudança do papel e do
comportamento da mulher tem implicações nas áreas de saúde, planejamento
familiar, trabalho e sistemas de suporte para os mais velhos. O casamento tardio
é um dos fatores da baixa taxa de natalidade no Japão, na Coreia do Sul, em
Taiwan e em Cingapura. Os governos asiáticos agora precisam investir em
políticas públicas para facilitar a maternidade.
As controvérsias da desigualdade entre gêneros, entretanto, permanecem. Em
alguns países asiáticos os homens preferem mulheres que tenham menor grau de
instrução que eles. Em Cingapura, o número de mulheres solteiras graduadas é
enorme. Um terço das mulheres de 30 a 34 anos que frequentaram universidades não
casam.
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Japão: casamento? Não,
obrigado.
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Brasileiras disponíveis
O Brasil, felizmente, ainda não corre o mesmo risco da Ásia. Há mais mulheres que homens, precisamente 96,9 homens para 100 mulheres. Essa proporção tende a se manter nos próximos 90 anos. Segundo as Nações Unidas, o crescimento da população brasileira só deverá ser negativo a partir de 2035. Mesmo assim, não há o que temer, pois pela projeção, a taxa de fecundidade tende a subir de 1,8 filhos por mulher, em 2010, para 1,96, em 2100.
Os pesquisadores Paula Ribeiro, da Universidade Federal de Minas Gerais, e
Joseph Earl Potter, da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos,
argumentam, na Revista Brasileira de Estatística e População, que o
Brasil se diferencia dos demais países com taxa de fecundidade abaixo dos 2,1
filhos do nível de reposição. Enquanto que os europeus têm filhos cada vez mais
tarde, aqui, a fecundidade entre adolescentes ainda é alta.
Os autores chamam a atenção para a taxa de fecundidade declinante dos últimos
anos, em especial entre a população mais pobre. “O fato de estar caindo tão
drasticamente entre as mulheres pobres e pouco escolarizadas sugere que os
fatores socioeconômicos não são suficientes para entender a fecundidade abaixo
do nível de reposição do Brasil”, escrevem os pesquisadores.
Paula e Potter sugerem que os ideais femininos e instituições como a igreja e
a mídia contribuíram para o padrão de reprodução. A questão de se manter virgem
até o casamento já perdeu a força e as jovens iniciam sua vida sexual cada vez
mais cedo. Elas encaram a separação com mais naturalidade, caso o marido seja
violento, por exemplo. Apesar dessa nova perspectiva, muitas frequentam a igreja
e tentam por em prática os valores religiosos, mantendo resquícios da cultura
passada.
Mesmo com muitas mães adolescentes, a fecundidade brasileira está mudando.
Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a
maternidade entre jovens de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos caiu,
respectivamente, de 18,8% e 29,3%, em 2000, para 17,7% e 27%. Já a fecundidade
entre mulheres acima dos 30 anos subiu de 27,6% para 31,3%.
O Brasil está se aproximando do padrão reprodutivo dos países desenvolvidos.
As jovens atuais, ao contrário das mulheres da geração anterior, já não almejam
muitos filhos. As brasileiras urbanizadas preferem ter um ou dois para lhes
garantir mais oportunidades na vida. O aumento da fecundidade acima de 30 anos
pode ser evidência de que, como as europeias, elas estão adiando a maternidade
em prol da carreira.
FONTE: REVISTA PLANETA
Pesquisa realizada pelo SESC e pela Fundação Perseu Abramo concluiu que nós estamos traindo mais nossos parceiros, principalmente, como vingança por termos sido traídas antes.
Entretanto, no livro “Por Que Os Homens E As Mulheres Traem?”, da Antropóloga Miriam Goldenberg, em cuja pesquisa há o índice de 47% do total de mulheres que traem, defende-se a tese de que a mulher trai porque tem desejo mesmo por outro homem.
Outros motivos apontados na pesquisa para trair o parceiro são a carência afetiva, quando a mulher acha que não tem a atenção suficiente do marido ou namorado, a insatisfação sexual, o casamento de fachada, a violência doméstica, a falta de carinho e afeto e a certeza ou desconfiança de que está sendo traída.
A pesquisa da Fundação também ouviu homens, que confirmam sua tendência de traírem e seguem defendendo a ideia de que desejo e amor são coisas totalmente diferentes. A Psicanalista Regina Navarro apoia esse ponto de vista de que, se as pessoas soubessem separar ambos os sentimentos, não haveria cerca de 80% do total de casamentos mal-sucedidos. Segundo ela, com essa abertura de pensamento, dando espaço ao chamado poliamor, a tendência é que se expandam as formas de relacionamento amoroso, com relações mais abertas, em que a exclusividade não seja mais essencial.
Amigo leitor, se a separação é inevitável, seja por traição, ou por algum dos motivos citados acima, é preciso saber lidar com essa nova fase da vida. Para isso, algumas dicas são válidas, como não aceitar que o casal desfeito siga morando na mesma casa, nesta, retirar fotos e objetos que lembrem o ex, mudar os móveis e as cores das paredes, para dar aparência de vida nova, sair com amigos e parentes, utilizar as redes sociais para fazer novos contatos, frequentar academias e salões de beleza, para cuidar da aparência, presentear-se com algum mimo, como uma roupa nova, fazer cursos, viajar e passear, enfim, fazer tudo o que lhe trouxer energia positiva, pois assim, de certo, logo vai atrair uma nova pessoa para compartilhar sua vida.
Boa sorte!
Lyly