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Palavra-chave: meio ambiente

Acidificação dos oceanos

15/04/2014

A acidificação do oceano, uma das consequências das mudanças climáticas, reduz o instinto de sobrevivência dos peixes e os expõe aos predadores, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira na revista Nature Climate Change.

A investigação analisou o comportamento dos peixes nos recifes de corais situados em frente à costa de Papua Nova Guiné, uma zona onde o oceano Pacífico é naturalmente ácido, e descobriu que seu comportamento é mais arriscado.

“Normalmente, os peixes evitam o cheiro de um predador, é totalmente lógico. Mas neste caso se sentem atraídos por seu cheiro, o que é incrível”, explicou à AFP um dos autores da pesquisa, o professor Philip Munday da universidade australiana James Cook.

“Também se afastam mais de seu refúgio e são mais ativos, nadam mais (…) É uma conduta mais arriscada para sua sobrevivência porque são mais facilmente detectáveis por um predador”, acrescentou o cientista à AFP.

O nível de acidificação na zona do estudo, “um laboratório natural” perfeito, segundo Munday, é comparável ao que os oceanos de todo o planeta terão ao fim deste século se não forem tomadas medidas para lutar contra as mudanças climáticas.

Cerca de 30% do dióxido de carbono emitido à atmosfera pela atividade humana termina sendo absorvido pelos oceanos, o que faz com que eles se tornem mais ácidos.

Segundo Munday, os peixes da região estudada não conseguiram se adaptar à acidez, apesar de terem vivido toda a sua vida expostos a níveis elevados de dióxido de carbono.

“Não pareceu que tenham se adaptado ao longo de toda a sua vida”, disse Munday.

“Isto demonstra que um peixe não sabe se adaptar quando está exposto permanentemente a altos níveis de dióxido de carbono. Também não sabemos se a adaptação será possível nas próximas décadas”, caso a acidificação do oceano continue aumentando, afirma.

Na zona estudada não há crescimento de corais, mas um pouco mais longe há um recife único com níveis de dióxido de carbono similares ao que se prevê para as próximas décadas.

A co-autora do estudo, Jodie Rummer, declarou que, enquanto o aumento de dióxido de carbono na água afetava a conduta, não parecia afetar sua aptidão física.

“As taxas metabólicas dos peixes da região estudada eram as mesmas dos peixes dos recifes ‘saudáveis’ próximos”, declarou em um comunicado.

“Portanto, parece que a futura acidificação do oceano pode afetar a conduta dos peixes de recife mais que outros aspectos de seu desempenho”, acrescentou.

O estudo foi realizado conjuntamente pelo Coral Centre of Excellence da Universidade James Cook, pelo Australian Institute of Marine Science, pelo Georgia Institute of Technology e pela National Geographic Society.

De 13 a 22 de Junho acontece a Rio +20 no Rio de Janeiro

07/06/2012

 

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Fonte: Youtube

 

O Brasil assume em 16/6/12 o comando das negociações na Rio+20, prometendo pulso firme para garantir que todos os impasses diplomáticos serão resolvidos antes do início da cúpula de alto nível, no dia 20, quando ministros e chefes de Estado deverão aprovar o documento final da conferência. Ao mesmo tempo, a presidente Dilma Rousseff aproveitará a reunião do G-20 no México, nos dias 18 e 19, para insistir com os líderes dos países que representam as 20 maiores economias do mundo sobre a importância de um resultado positivo na Rio+20.

“A responsabilidade (agora) é do Brasil”, disse o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, chefe da delegação brasileira. Todas as mesas de negociação a partir de agora, segundo ele, serão convocadas e coordenadas por diplomatas brasileiros.

Sexta foi o último dia de reunião do Comitê Preparatório (PrepCom), que deveria, a princípio, ter produzido o rascunho final do documento. Divergências entre países ricos e pobres, porém, prevaleceram sobre vários temas – em especial, no que diz respeito aos chamados “meios de implementação”, que tratam da transferência de recursos financeiros e tecnológicos para países em desenvolvimento, como forma de auxiliar na transição para um modelo de economia verde.

A proximidade entre a reunião do G-20 e a da Rio+20 será usada pelo governo brasileiro para garantir um resultado ambicioso na conferência do Rio.

Nas conversas que tem mantido com outros chefes de Estado, a presidente Dilma tem destacado que a crise internacional não pode atrapalhar o resultado do texto final da reunião. Portanto, enquanto as delegações negociam no Rio a redação do documento que será aprovado após a reunião de chefes de Estado, entre os dias 20 e 22, a presidente Dilma será informada no México dos desdobramentos e poderá convencer os líderes do G-20 a buscar um consenso no Rio.

A arquitetura de negociação entre sábado e terça-feira deverá ser semelhante à usada nos três dias da PrepCom, diz Figueiredo, com grupos de trabalho dedicados à discussão de temas específicos e consultas informais entre representantes-chave. O novo prazo para fechar o documento é o dia 19.

“Na prática vamos imprimir uma dinâmica um pouco diferente”, disse o diplomata. Segundo ele, só será discutido agora o que é imprescindível, sem preocupação com detalhes que muitas vezes consomem horas de negociação. “Não importa se o verbo não é o ideal ou se a frase não ficou bonita. Não é mais hora para isso”, disse. “Não temos intenção de levar nenhum tema aberto aos chefes de Estado.”

O texto que está em negociação trata de vários temas ambientais, sociais e econômicos considerados essenciais para colocar o planeta no rumo do desenvolvimento sustentável, como gestão da água, redução da pobreza, segurança alimentar, energias limpas e modelos econômicos verdes.

Recursos. O grande dilema é como financiar a implementação desses modelos, para que as eventuais decisões da conferência não fiquem apenas no papel – como ocorreu com vários dos compromissos firmados na Eco-92. Uma cerimônia ontem marcou o aniversário do encontro, na época chamado de Cúpula da Terra.

“Isso pede uma celebração, mas, francamente, não há muito o que comemorar”, lamentou o canadense Maurice Strong, de 83 anos, que foi o secretário-geral da Rio-92.

O senador Fernando Collor, presidente em 1992, também participou do evento. “Com o Brasil no comando das negociações tenho certeza de que podemos alcançar o consenso necessário”, disse. / COLABORARAM FERNANDO DANTAS E FELIPE WERNECK

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.

A proposta brasileira de sediar a Rio+20 foi aprovada pela Assembléia-Geral das Nações Unidas, em sua 64ª Sessão, em 2009.

O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.

A Conferência terá dois temas principais:

  • A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e
  • A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.

A Rio+20 será composta por três momentos. Nos primeiros dias, de 13 a 15 de junho, está prevista a III Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reunirão representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência. Em seguida, entre 16 e 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. De 20 a 22 de junho, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas.

Os preparativos para a Conferência

A Resolução 64/236 da Assembleia-Geral das Nações Unidas determinou a realização da Conferência, seu objetivo e seus temas, além de estabelecer a programação das reuniões do Comitê Preparatório (conhecidas como “PrepComs”). O Comitê vem realizando sessões anuais desde 2010, além de “reuniões intersessionais”, importantes para dar encaminhamento às negociações.

Além das“PrepComs”, diversos países têm realizado “encontros informais” para ampliar as oportunidades de discussão dos temas da Rio+20.

O processo preparatório é conduzido pelo Subsecretário-Geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais e Secretário-Geral da Conferência, Embaixador Sha Zukang, da China. O Secretariado da Conferência conta ainda com dois Coordenadores-Executivos, a Senhora Elizabeth Thompson, ex-Ministra de Energia e Meio Ambiente de Barbados, e o Senhor Brice Lalonde, ex-Ministro do Meio Ambiente da França. Os preparativos são complementados pela Mesa Diretora da Rio+20, que se reúne com regularidade em Nova York e decide sobre questões relativas à organização do evento. Fazem parte da Mesa Diretora representantes dos cinco grupos regionais da ONU, com a co-presidência do Embaixador Kim Sook, da Coréia do Sul, e do Embaixador John Ashe, de Antígua e Barbuda. O Brasil, na qualidade de país-sede da Conferência, também está representado na Mesa Diretora.

Os Estados-membros, representantes da sociedade civil e organizações internacionais tiveram até o dia 1º de novembro para enviar ao Secretariado da Conferência propostas por escrito. A partir dessas contribuições, o Secretariado preparará um texto-base para a Rio+20, chamado“zero draft” (“minuta zero” em inglês), o qual será negociado em reuniões ao longo do primeiro semestre de 2012.

O secretário executivo da delegação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, confirmou em 14/6 que não há consenso entre os negociadores para fechar a proposta de fortalecimento do programa ambiental das Nações Unidas (ONU) para as questões ambientais, no texto final do evento. Segundo ele, ainda é necessário “avançar” em relação a esse aspecto do documento.

O Brasil e vários países defendem o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), tornando-o autônomo e com mais recursos. Há, ainda, uma proposta sobre a criação de uma organização independente, como a Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, ambas esbarram em obstáculos impostos por países ricos.

“Estamos concentrados no fortalecimento do Pnuma e em encontrar medidas práticas e eficientes para que tenha seu papel reforçado e meios de exercê-lo”, disse Machado. “A questão de transformar ou não em uma agência é posterior. Não há consenso sobre a transformação do Pnuma em uma agência independente.”

O documento final, em fase de elaboração, está na sua maior parte sem acordo. Apenas um quarto do texto foi negociado. Os principais temas divergentes são as definições sobre metas comuns, transferência de tecnologias, financiamentos, capacitação de pessoas para a execução de programas relacionados ao desenvolvimento sustentável, compreensão sobre o significado de economia verde e criação de novas instituições.

No entanto, o secretário executivo brasileiro da Rio+20 disse que está “otimista” com a possibilidade de fechar o texto até amanhã (14). Nos bastidores, porém, os negociadores trabalham com a hipótese de estender as negociações até o fim de semana, dias antes da reunião de cúpula dos 115 chefes de Estado e Governo – que ocorrerá de 20 a 22 de junho.

Fonte: msn

A Terra não aguenta tanto lixo

02/01/2012

Para ajudar nosso planeta, além da coleta seletiva, é necessário reduzir o consumo desenfreado para produzir menos lixo.

Dar destino correto aos 30 bilhões de toneladas de lixo gerados
anualmente pela humanidade é um problema cada vez mais complexo. A cada ano, o
desafio aumenta. O caminho para solucioná-lo passa por uma mudança profunda na
maneira como consumimos.

 

O professor paulista Maurício Waldman recorreu a ferramentas
multidisciplinares – como um doutorado em geografia, um mestrado em antropologia
e uma gradução em sociologia – para escrever Lixo: cenários e desafios
(Cortez Editora), um dos dez finalistas do Prêmio Jabuti 2011 em Ciências
Naturais. Resultado de uma tese de pós-doutoramento em geografia na Universidade
de Campinas (UNICAMP), seu trabalho traça uma radiografia assustadora da questão
do lixo no mundo e no Brasil, lastreada em mutos números. Waldman sublinha que
não há planeta para tanto lixo e que só uma revisão dos hábitos de consumo pode
trazer uma saída para o problema.

 
Maurício Waldman
É pós-doutor em geografia pela Unicamp e autor do livro Lixo:
cenários e desafios, um dos finalistas do Prêmio Jabuti
2011.

Em seu livro o sr. afirma que, embora o Brasil tenha 3,06% da
população mundial e responda por 3,5% do PIB mundial, descarta 5,5% do total dos
resíduos planetários. Como chegou a esses números?


Minha pesquisa envolveu a investigação de dados primários e documentais, lastreada com grande preocupação sobre dados quantitativos e qualitativos. Importa lembrar que não basta obter números, mas também conhecer os processos que os geram e o que tais números significam em seu conjunto na escala do tempo e do espaço. Há muitas fontes, e cito algumas aqui: Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), Banco Mundial, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), agências das Nações Unidas e Ongs como a Greenpeace. Foi um trabalho imenso. Também examinei legislações, sobretudo o Plano Nacional de Redução das Emissões (PNRE) e a lei nº 12.305, de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Cerca de 1 milhão de catadores
reciclam 13% do lixo produzido no Brasil. Sem eles, não haveria indústria de
reciclagem. Mesmo assim a sociedade os discrimina.

A que o sr. atribui a má performance brasileira?

Há uma performance cultural, de percepção, de índole antropológica e simultaneamente geográfica. Como dizia Abraham Moles, vivemos numa sociedade que produz para consumir e cria para produzir, num ciclo em que a noção fundamental é a velocidade e a descartabilidade dos materiais. Ou seja: somos uma civilização dedicada a gerar lixo. O mundo gera 30 bilhões de toneladas de lixo por ano. Não há mais espaço para depositar resíduos, e a questão de onde colocá-los virou um enorme problema logístico. Nova York, hoje, descarta lixo a 500 km de distância.
O Brasil não fica atrás. Segundo o relatório de 2010 da Abrelpe, a média de lixo
domiciliar de cada brasileiro, de cerca de um quilo, é semelhante à de um
europeu. Porém, nossas classes afluentes geram muito lixo, enquanto as classes
humildes geram pouquíssimo. É assim que se chega a uma média europeia. Algo está
profundamente errado nisso, relacionado ao processo socioeconômico de geração de
lixo e agravado pela falta de política pública no setor.

Entre 1991 e 2000 a população cresceu 15,6%, mas o descarte de
resíduos aumentou 49%. Por que essa expansão perversa?

Em seu primeiro texto publicado, o geógrafo Milton Santos disse que o crescimento
urbano no Brasil estava muito ligado à sedução do consumo. Segundo ele, a
percepção do consumo atrai as pessoas, induzindo-as, por exemplo, a trocar uma
casa bem montada por um automóvel, uma despensa forrada de alimentos por um
aparelho eletrônico. Daí que, segundo o Relatório 2010 da Abrelpe, em um ano a
população cresceu 1%, mas a produção de lixo cresceu 6%. De modo geral, a
geração de lixo também está crescendo por causa das altas expectativas de
consumo.

Em seu livro o sr. afirma que, embora o Brasil tenha 3,06% da
população mundial e responda por 3,5% do PIB mundial, descarta 5,5% do total dos
resíduos planetários. Como chegou a esses números?

Minha pesquisaenvolveu a investigação de dados primários e documentais, lastreada com grande preocupação sobre dados quantitativos e qualitativos. Importa lembrar que não basta obter números, mas também conhecer os processos que os geram e o que tais números significam em seu conjunto na escala do tempo e do espaço. Há muitas fontes, e cito algumas aqui: Associação Brasileira de Empresas de Limpeza
Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Compromisso Empresarial para Reciclagem
(Cempre), Banco Mundial, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
agências das Nações Unidas e Ongs como a Greenpeace. Foi um trabalho imenso.
Também examinei legislações, sobretudo o Plano Nacional de Redução das Emissões
(PNRE) e a lei nº 12.305, de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional
de Resíduos Sólidos (PNRS).

 

Como impedir o lixo de triunfar sobre a civilização?

A alternativa mais viável é reduzir o consumo. Além dos três “R” conhecidos –
Reduzir, Reutilizar e Reciclar -, é preciso agregar outro “R” essencial:
Repensar. No caso, repensar como produzimos, consumimos e descartamos. Mudando
hábitos e estilo de vida, consumindo menos, o cidadão retroage positivamente em
toda a cadeia produtiva. Com isso, os resíduos que geram o lixo final
diminuirão.

Cerca de 70% dos municípios brasileiros não dão destinação correta
aos resíduos, e 59% desse material é depositado a céu aberto. Até os resíduos
recicláveis separados pela coleta seletiva em cidades como São Paulo e Rio de
Janeiro acabam em lixões. Como mudar esse quadro?

Em termos de reciclagem, não há nenhuma cidade de porte no Brasil com reciclagem em bons termos. Segundo o Cempre, mesmo em Curitiba – cidade icônica em termos de reciclagem – 60% dos materiais que estão nos aterros poderiam ser recuperados,
mas não estão sendo. Com base na Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, em 80%
do território nacional há lixões e aterros conO sr. diz que 1 milhão de catadores de lixo são heróis do trabalho de combater o
desperdício, mas são discriminados pela sociedade. Falta dinheiro?

Falta vontade política. Segundo o Cempre, em 2008 o Brasil
reciclou 7,1 milhões de toneladas de lixo. Desse total, que corresponde a 13% do
lixo nacional e a 25% do lixo seco, 98,1% é trabalho de catador, de acordo com o
Instituto Socioambiental. Sem os catadores, no dia seguinte a indústria de
reciclagem entraria em colapso. Além disso, os aterros teriam seu tempo de vida
útil reduzido, haveria mais lixo nas calçadas, mais enchentes e assim por
diante. Embora façam um trabalho imprescindível, os catadores são discriminados.
Apenas 142 municípios brasileiros (2,5% do total) mantêm parceria com os
catadores.

O sr. é um crítico da obsolescência precoce dos produtos industriais.
A solução cabe ao Estado?

Na forma como ocorre, é difícil acreditar em ação concreta do Estado. Em termos de lixo, há três atores básicos: Estado, sociedade e cidadão. Como o Estado não faz a parte dele, as empresas se sentem à vontade para fazer o que bem entendem e o cidadão termina órfão de pai e mãe. Em suma: ou esse Estado é mudado ou não se vai resolver nada. Quanto à obsolescência, não há solução. Não existe planeta para suportar a obsolescência precoce. Precisamos de produtos duráveis, porque a descartabilidade propicia o
avanço da geração de lixo.

 Só 2,5% dos municípios do país mantêm parceria com
catadores

Quais são as atividades que mais produzem lixo?

Em primeiro lugar, a pecuária, seguida pela mineração e pela agricultura. Esses
segmentos respondem por cerca de 90,5% do lixo planetário. Na sequência, temos o
lixo industrial com 4%, o entulho com 3%, e os resíduos sólidos urbanos com
2,5%. Note-se que, embora o lixo domiciliar seja 2,5% nessa conta, corresponde
de fato a quase todo o lixo mundial. Tudo ou quase tudo que se produz no mundo
vai parar no saquinho que colocamos na calçada ou na lixeira do prédio. Segundo
a norte-americana Annie Leonard, professora da Universidade Cornell, atrás de
cada saquinho desses há 60 outros sacos de lixo descartados no processo de
produção. O lixo domiciliar é o último avatar na ciranda da geração de
lixos.

A nova Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece regras para a
coleta e o armazenamento de lixo urbano. Mas não há aterros sanitários nas cidades. Para que serve a lei?

Essa lei permite muitas ressalvas. Por que ela ficou 19 anos perambulando nos corredores de Brasília? Em primeiro
lugar porque há um jogo de forças relacionado à sua normatização. Essa demora
gerou problemas e um enorme passivo ambiental. Em segundo lugar, temos a lei e
eu digo: e daí? No Brasil, há leis que não pegam e não-leis que pegam. Um
exemplo de não-lei que as prefeituras inventam é a criação de planos de gestão
de resíduos no papel. Pode-se dizer que haverá fiscalização – mas qual
fiscalização?

A do Estado atual? Para complicar, a lei abre uma brecha enorme para a
instalação de incineradores, um grande descalabro. Ao contrário do que dizem os
defensores da ideia, não adotaremos um padrão de Primeiro Mundo ao permitirmos
sua instalação. A Alemanha recicla 48% do lixo e tem incinerador; os Estados
Unidos reciclam 31% e têm incinerador; a Bélgica e a Suécia, 35%. Porém, o
Brasil recicla só 13%! Antes, temos de repensar, reduzir, reutilizar e reciclar,
retardando ao máximo a necessidade de incineradores porque geram uma série de
substâncias maléficas à saúde, aceleram a retirada de materiais da natureza,
queimam matériaprima útil e afetam o trabalho dos catadores e da indústria
recicladora. Muitos municípios brasileiros não têm mais espaço para aterros. Mas
as políticas para mitigar o problema não foram implantadas. Assim, nesse exato
sentido os incineradores não constituem solução.

Amazônia, Pantanal, mangue, cerrado… Estamos colocando lixo em locais onde
isso jamais poderia acontecer. Como mudar esse quadro? Pela Constituição, o
Estado tem a prerrogativa da gestão dos resíduos sólidos. Cabe a ele mudar a
situação. Porém, pelo jeito deve demorar muito.

Fonte: Revista Planeta

 

Espécies em extinção

06/11/2011

Atualmente, há mais de 500 espécies em extinção, entre as quais se destacam:

Brasil

De acordo com os últimos dados, o Ibama apresenta uma lista com 395 nomes de espécies em extinção (nessa lista não estão os peixes e os crustáceos).

Na lista das espécies ameaçadas estão animais como:

  • Onça-pintada (ou jaguar)
  • Jacaré-de-papo-amarelo
  • Ararinha-azul
  • Mico-leão-dourado
  • Mico-leão-de-cara-dourada

 

Portugal

Segundo o “Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal”, foram estudadas 512 espécies das quais algumas das que encontram em estado de vulnerabilidade são:

 Mamíferos

  • Lobo-ibérico
  • Lince-ibérico
  • Foca-monge-do-mediterrâneo
  • Golfinho

 Aves

  • Quebra-ossos
  • Abutre-do-egito
  • Cegonha-preta
  • Condor-da-Califórnia (este está praticamente extinto).
  • Aguia Imperial
  • Pica-pau-de-cabeça-amarela
  • bicho-de-trinta-e-uma-patas

 Peixes

  • Lampreia-de-riacho
  • Lampreia-de-rio
  • Boga-portuguesa
  • Salmão-do-atlântico
  • Tabijuriã-brasileiro

 Répteis

  • Lagartixa-da-montanha
  • Cobra-lisa-europeia
  • Osga-turca
  • Tartaruga marinha

Anfíbios

  • Salamandra-lusitânica
  • Tritão-palmado

Já as espécies ameaçadas de extinção são:

Mamíferos ameaçados

  • Antílope-tibetano (Pantholops hodgsonii)
  • Baleia-azul (Balaenoptera musculus )
  • Chimpanzé (Pan troglodytes)
  • Gorila-do-ocidente (Gorilla gorilla)
  • Gorila-do-oriente (Gorilla beringei)
  • Guigó (Callicebus coimbrai)
  • Guigó-da-Caatinga (Callicebus barbarabrownae)
  • Leopardo (Panthera pardus)
  • Lobo-Guará (Chrysocyon brachyurus)
  • Macaco-prego-galego (Cebus flavius)
  • Mico-leão-dourado
  • Muriqui (Brachyteles arachnoides)
  • Onça-pintada (Panthera onca)
  • Orangotango (Pongo pygmaeus e Pongo abelii)
  • Panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca)
  • Peixe-boi (Trichechus manatus)
  • Rinoceronte-de-sumatra (Dicerorhinus sumatrensis)
  • Tigre (Panthera tigris)
  • Urso-polar (Ursus maritimus)

Aves ameaçadas

  • Arara-azul-de-lear
  • Arara-azul-grande
  • Arara-azul-pequena
  • Ararinha-azul
  • Araracanga ou Arara-piranga
  • Diamante-de-gould
  • Arara-vermelha
  • Bacurau-de-rabo-branco
  • Guaruba
  • Papagaio-de-cara-roxa
  • Papagaio-da-serra
  • Papagaio-de-peito-roxo
  • Cigarra-verdadeira
  • Tucano-toco
  • Calafate (ave)
  • Tiê-bicudo
  • Azulão
  • Galito

Répteis ameaçados

  • Tartaruga-marinha
  • Tartaruga-de-couro
  • Dragão-de-komodo
  • Jacaré-de-papo-amarelo
  • Varano do deserto

Anfíbios ameaçados

Peixes ameaçados

  • Tubarão-baleia (Rhincodon typus)
  • Tubarão-branco (Carcharodon carcharias)
  • Tubarão-sem-dentes (Devil Shark)

Artrópodes ameaçados

  • Borboleta-da-restinga (Parides ascanius)
  • Caranguejo-amarelo (Gecarcinus lagostoma)

Plantas ameaçadas

  • Pau-brasil
  • Pau-de-cabinda
  • Jacarandá
  • Andiroba
  • Cedro
  • Mogno
  • Pau-Rosa

Fonte: Wikipedia

Salvem a Amazônia

22/08/2011

A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que enfraquece o Código Florestal, acarretando protestos em todo o Brasil, inclusive, em comunidades indígenas, paralelamente a represálias àqueles de autoria das madeireiras.

A Amazônia encerra patrimônio vital para a humanidade, pois é responsável por 20% do oxigênio e da água doce da Terra.

Além disso, o Governo Lula, ao reduzir sobremodo o desmatamento no País, ao mesmo tempo em que este recrudesceu seu crescimento econômico, fez do Brasil líder mundial em questões ambientais, tanto é que, em 2012, será no Rio de Janeiro o evento Conferência da Terra. 

Participe dos abaixo-assinados on-line e outras iniciativas que protejam o Código Florestal vigente no Brasil.

Fonte: Avaaz

Rádio Anjos de Luz

Com agradecimento à Fada San. Visite www.anjodeluz.net

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