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Estado Islâmico assume autoria de ataque em Paris a três dias das eleições
Policiais foram baleados na Champs Elysées
A três dias de começar a escolher seu novo presidente, o povo francês voltou a ser vítima do terror — e o atentado pode mudar os rumos do pleito de domingo, um dos mais acirrados da história. O Estado Islâmico assumiu na noite desta quinta-feira a autoria do ataque contra policiais na Avenue de Champs Elysées, a mais famosa de Paris. Um agente foi morto e dois ficaram feridos com gravidade, além de um pedestre. Pelo menos dois homens participaram do ataque. Um foi morto, e o outro fugiu.
Passava das 21h em Paris (16h no Brasil) quando um carro parou ao lado de uma viatura estacionada na calçada da Champs Elysées, a poucos metros do Arco do Triunfo. Um homem saltou com um fuzil e abriu fogo contra um policial, que morreu na hora. O terrorista então mirou em outros dois agentes, que revidaram e abateram o agressor. Bala perdida acertou um pedestre.
Terrorista conhecido
O autor dos disparos já tinha sido fichado pelos serviços de inteligência franceses como alguém “radicalizado”, mas a identidade não foi revelada para não atrapalhar as investigações. A Amaq, agência vinculada ao Estado Islâmico, afirmou, no entanto, que o “soldado” era “Abu Youssef, o belga”. A investigação foi passada à Seção Antiterrorista da Procuradoria de Paris
Em fim de mandato, o presidente François Hollande, declarou que todas as pistas apontam para um “caráter terrorista”. Hollande convocou um Conselho de Defesa para a manhã de hoje. O presidente lembrou que o nível de vigilância no país é máximo e que assim continuará, sendo de forma especial, durante o período eleitoral.
Hollande enviou ainda mensagem de condolências e solidariedade aos familiares do agente abatido e dos feridos e garantiu que será organizada uma “homenagem nacional” ao falecido.
“O apoio da nação é total. Há que fazer o possível para que esses policiais, agentes e militares possam exercer sua missão. O princípio de base é a confiança, a solidariedade e o apoio da nação às forças de segurança”, frisou. Líderes nas pesquisas eleitorais, Emmanuel Macron e Marine Le Pen anunciaram a suspensão das atividades de campanha para esta sexta-feira
Fonte: O Dia
Estado Islâmico assume autoria de atentados em igrejas no Egito
Pelo menos 36 pessoas morreram e 74 ficaram feridas após duas explosões
O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados a bomba ocorridos na manhã de hoje (9) em duas igrejas coptas (vertente do cristianismo) no Egito. Em comunicado enviado a simpatizantes do grupo e divulgado pelas redes sociais, os terroristas confirmaram que ordenaram os ataques.
De acordo com último balanço divulgado pelas autoridades locais, pelo menos 36 pessoas morreram e 74 ficaram feridas após as duas explosões. Os fiéis foram atingidos no momento em que participavam de uma missa em comemoração ao Domingo de Ramos, celebração que marca o início da Semana Santa.
A primeira explosão foi registrada em Tanta, a cerca de 100 quilômetros do Cairo, capital do país. Duas horas depois, a segunda bomba explodiu em Alexandria, no norte do Egito. Ainda não foram divulgadas informações sobre suspeitos dos dois atentados.
As explosões ocorrem a 20 dias da primeira viagem do papa Francisco ao Oriente Médio. O papa deve chegar ao Egito no dia 28 de abril, quando se reunirá com autoridades do governo, lideres muçulmanos e com o papa da Igreja Copta Cristiniana, Teodoro II. Com informações da Agência Brasil.
Fonte: Notícias Ao Minuto
Suécia reforça controle nas fronteiras após atentado em Estocolmo
Através da Internet e autofalantes nas ruas, a polícia pediu para os habitantes ficarem em casa e manterem a calma, evitando reuniões de grupos nas ruas, que rapidamente se esvaziaram.
O tráfego no metrô e nos trens de periferia foi suspenso, sendo retomado várias horas depois do drama, que aconteceu na parada da estação T-Centralen, pela qual passam todas as linhas do metrô de Estocolmo.
Reações ao atentado em Estocolmo
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, declarou nesta sexta-feira que “um ataque contra um Estado membro é um ataque contra todos nós”. “Uma das cidades europeias mais vibrantes e coloridas parece ter sido atingida” por aqueles que buscam prejudicar “nossa própria forma de vida”, indicou em um comunicado o presidente do executivo comunitário, cujos “pensamentos estão com o povo da Suécia”.
O presidente François Hollande expressou seu “terror e indignação”, enviando sua simpatia e solidariedade às famílias das vítimas e a todos os suecos. Hollande lembrou também que “a luta sem descanso contra o terrorismo deve ser uma prioridade da solidariedade europeia”. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou que a Torre Eiffel será apagada à meia-noite, em homenagem às vítimas.
O presidente Vladimir Putin declarou que “os russos choram com os suecos”.
Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, condenou o “atentado covarde”, reiterando junto à comunidade internacional seu compromisso de lutar contra o terrorismo e prevenir “esses atos insanos”.
Antonio Guterres, o secretário-geral da ONU, condenou imediatamente o ataque, enviando mensagens de conforto aos familiares das vítimas.
Fonte: El País
Polícia aponta suicida quirguiz como autor de atentado que matou 14 na Rússia
Estação de metrô atacada volta a fechar nesta terça-feira devido a ameaça de bomba
O autor do atentado ao Metrô de S. Peterburgo, que deixou pelo menos 14 mortos e 49 feridos nesta segunda-feira, é um cidadão originário do Quirguistão, de 22 anos, supostamente suicida, informaram autoridades desse país da Ásia central. “O kamikaze no metrô de São Petersburgo era o cidadão quirguiz Akbarjon Yalilov (…), nascido em 1995. É provável que tenha adquirido a nacionalidade russa”, confirmam as autoridades russas, atribuindo a ele a colocação de um segundo artefato explosivo na mesma estação do metrô. No último balanço, o Ministério da Saúde elevou a 14 o número de vítimas fatais, sendo 11 no próprio local da explosão, e outras três após receberem atendimento médico. A circulação do metrô foi restabelecida nesta terça-feira, mas a estação Sennaia Ploshad, uma das afetadas pela explosão da véspera, voltou a fechar após receber uma ameaça de bomba, segundo as agências RIA Novosti e Interfax.
O atentado ocorreu durante a tarde que circulava entre duas estações de uma linha muito movimentada que atravessa o centro de São Petesburgo (Sennaia Ploshad e Tekhnologicheski Institut). O comitê de investigações russo anunciou pouco depois a abertura de um inquérito por “ato terrorista”, embora os investigadores estejam examinando “todas as outras pistas possíveis”.
O ataque, que não foi reivindicado, ocorre depois de que o Estado Islâmico convocou ataques à Rússia como retaliação por seu apoio às forças de Bashar al Assad na Síria, desde setembro de 2015. Ao menos 7.000 cidadãos da ex União Soviética, entre eles 2.900 russos, aderiram a grupos jihadistas no Iraque e Síria, especialmente ao Estado Islâmico, segundo o FSB (serviço de segurança).
O desenrolar dos acontecimentos da Síria e a redução dos domínios do EI levam os especialistas a crer que os guerrilheiros em retirada possam voltar (com más intenções e experiência em combate) aos seus lugares de origem, seja no norte do Cáucaso ou na Ásia Central.
As câmeras de vigilância do metrô de São Petersburgo captaram imagens da pessoa que supostamente colocou o artefato que explodiu. De acordo com a Interfax, a bomba estava dentro de uma mala deixada no vagão pelo “organizador do ataque”.
Alguns meios de comunicação distribuíram uma imagem que supostamente mostraria o suspeito, um homem com barba, túnica negra e gorro, tanto no que seria o interior do metrô como ao sair da estação Sennaia.
As autoridades emitiram duas ordens de prisão supostamente implicadas no atentado, uma delas a que supostamente colocou a bomba, segundo uma fonte dos serviços de segurança citada pela agência Interfax.
As suspeitas em S Petesburgo apontam para “gente do sul”, a julgar pela informação da agência Rosbalt sobre as averiguações feitas pelos corpos de intervenção especial entre os espectadores de aspecto meridional num cinema de São Petersburgo.
Fonte: MSN
Estado Islâmico reivindica autoria de ataque perto do Parlamento em Londres
Theresa May disse que o agressor tinha sido investigado por ter conexão com atividades terroristas. Quatro pessoas, entre elas o agressor, morreram no ataque e 40 ficaram feridas perto do Parlamento britânico.
O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque fora do Parlamento britânico, em Londres. A agência Amaq, que é ligada aos terroristas, divulgou a informação.
Quatro pessoas, entre elas o agressor, morreram no ataque e 40 ficaram feridas depois que um carro atropelou um grupo de pedestres na calçada da Ponte Westminster, perto do Big Ben, na tarde de quarta-feira (22). O terrorista, que não teve a identidade divulgada, ainda assassinou um policial a facadas. Ele foi morto a tiros pela polícia.
“O perpetrador dos ataques ontem em frente ao Parlamento britânico em Londres é um soldado do Estado Islâmico e realizou a operação em resposta aos pedidos para se atacar cidadãos da coalizão”, disse a Amaq, em um comunicado, divulgado pela Reuters.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta quinta que as forças de segurança já tinham investigado o autor do ataque por conexão com atividades terroristas. Ele é britânico e não teve a identidade divulgada.
“O que posso confirmar é que o homem é britânico e que há alguns anos ele foi investigado pelo MI5 em relação a preocupações sobre extremismo violento. Ele era uma figura secundária. Ele não fazia parte do atual cenário da inteligência”, declarou May no Parlamento, que retomou as atividades nesta manhã.
Sem novas ameaças
Em um pronunciamento na frente da sede da Scotland Yard, Mark Rowley declarou que até o momento não foram detectadas evidências que apontem para “novas ameaças terroristas”. No entanto, o Reino Unido segue em alerta.
O Parlamento retomou as atividades nesta quinta-feira após um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. O perímetro ao redor do imóvel permanece, no entanto, isolado e a estação de metrô de Westminster, fechada ao público.
A Ponte de Westminster, onde os investigadores continuam trabalhando, ficou fechada ao público até esta manhã
Vítimas
O policial que foi morto após ser esfaqueado foi Keith Palmer, de 48 anos. Ele integrava o Serviço de Proteção Parlamentar e Diplomática da polícia de Londres, segundo a BBC. O ex-militar trabalhava havia 15 anos na corporação, era casado e tinha filhos.
Aysha Frade, de 43 anos, foi atingida pelo carro do agressor e lançada em direção a um ônibus. Ela ia se encontrar com as filhas no momento do ataque, de acordo com o jornal “Daily Mail”.
A terceira vítima foi um homem de meia-idade, que ainda não foi identificado.
Quarenta pessoas se machucaram no ataque – entre eles, três policiais. Uma mulher, gravemente ferida, foi retirada do Rio Tâmisa. Na manhã desta quinta, 29 pessoas permaneciam hospitalizadas, sendo que sete delas estão em estado grave.
Entre os feridos estão 12 britânicos e vários estrangeiros: crianças francesas, dois romenos, quatro sul-coreanos, um alemão, um chinês e dois gregos, de acordo com a primeira-ministra.
Condolências
A rainha Elizabeth II divulgou uma mensagem lamentando o ataque. “Meus pensamentos, minhas orações e minhas mais profundas condolências estão com todos aqueles que foram afetados pela terrível violência de ontem”, disse a monarca em comunicado.
O Papa Francisco também expressou sua profunda tristeza e sua solidariedade a todos os afetados pelo ataque. “Profundamente triste pela notícia da perda de vidas e das lesões causadas pelo ataque no centro Londres, Sua Santidade Francisco expressa sua solidariedade a todos os afetados por esta tragédia”, afirma a mensagem divulgada pelo escritório de imprensa do Vaticano, segundo a Efe.
Fonte: G1
Ao mesmo tempo em que o Estado Islâmico (EI) vem perdendo combatentes e território no autoproclamado califado em vastas regiões de Síria e Iraque — após quase dois anos de intensos bombardeios da coalizão internacional liderada pelos EUA e por ofensivas terrestres das forças locais — o grupo extremista vem ampliando sua atuação e o número de ataques em outros países. Somente na última semana, atentados em Istambul, Daca e Bagdá, com mais de 270 mortes, deixaram claro o poder de fogo dos jihadistas. Com a estratégia, apontam analistas, o recuo militar vem sendo em parte compensado pela expansão de seu apelo ideológico extremista muito além da sua área de atuação formal. E com um novo padrão que inclui pequenos grupos de terroristas atuando juntos, no que alguns já veem uma modificação no conceito de lobo solitário.
Os atentados recentes se somam a outros realizados nos últimos meses em países como Nigéria, Afeganistão, Líbia, Tunísia, Arábia Saudita, Egito e Kuwait, além de capitais europeias (Paris e Bruxelas) e cidades americanas (Orlando e San Bernardino).
— O EI necessita de uma imagem de êxito e vitórias para atrair seguidores. Se de fato está perdendo este Estado islâmico, necessita ganhar em outros locais — disse ao “El País” o especialista em Oriente Médio Daniel Byman, da Brookings Institution.
De acordo com o “New York Times”, mais de 1.200 pessoas foram mortas fora da Síria e do Iraque em atentados coordenados ou inspirados pelo EI. A matança de civis em três grandes ataques apenas na semana passada — em Istambul, na terça-feira; em Daca, na sexta; e em Bagdá, no domingo — sugere que as ações do EI estão ocorrendo com mais frequência. E aquelas realizadas para além das fronteiras de seu território, apontam analistas, são conduzidas por grupos bem preparados, que seguem planos detalhados, e não mais apenas por atiradores individuais.
— O mais impressionante para mim sobre os ataques de Istambul e Daca é que ambos não foram feitas por lobos solitários — afirmou ao “Washington Post” Bruce Riedel, ex-funcionário de contraterrorismo da CIA, a agência de Inteligência dos EUA. — Foram feitos por equipes de terroristas que trabalham com um plano de ataque muito bem planejado. Eu os chamo de “bandos de lobos”, que estão rapidamente se tornando a marca registrada do EI.
Busca de posição na agenda do terror global
Semana passada, para marcar o aniversário de dois anos do califado, o EI divulgou um gráfico mostrando o que seria a “área de influência” do grupo: estende-se desde o controle moderado que afirma ter nas Filipinas a uma presença “secreta” na França, entre outros 15 países. Mesmo nações que não estão na lista têm medo. Caso da Índia, onde o governo informou que dezenas de extremistas muçulmanos indianos estão sendo monitorados depois de terem feito algum tipo de treinamento junto ao EI. E as autoridades de Nova Délhi reconhecem que o número real pode ser muito maior.
Muitos especialistas em terrorismo da Inteligência americana ressaltam que os recentes atentados em França, Bélgica, Turquia e Bangladesh são um reflexo desta nova estratégia de expansão do EI: com os reveses nas batalhas no Iraque e na Síria, focar em ataques no exterior.
— Acreditamos que o EI vai intensificar a campanha de terror global para manter a posição dominante na agenda global do terrorismo — disse o diretor da CIA, John Brennan, ao Senado dos EUA no mês passado.
Também em depoimento ao Senado, na última terça-feira, Brett McGurk, enviado especial do presidente Barack Obama para avaliar a luta contra o EI, disse que o grupo tinha perdido 47% de território no Iraque e 20% na Síria. Mas ressalvou que, apesar do recuo, centenas de combatentes voltarão a seus países para continuar a luta jihadista.
— Vai ser o desafio de uma geração, na Jordânia e na Tunísia, na França e nos EUA: como lidar com um fluxo de retorno de cidadãos radicalizados.
Fonte: Extra
Número 2 do Estado Islâmico morre em ataque aéreo dos EUA
Abdel Rahmane al-Qadouli era ministro das Finanças do grupo extremista
Abdel Rahmane al-Qaduli era o segundo em comando do EI – Reprodução internet
O número dois do Estado Islâmico (EI), Abdel Rahmane al-Qaduli, foi morto em um ataque aéreo na Síria, confirmou nesta sexta-feira o secretário de Defesa americano, Ashton Carter, num golpe contra a liderança do grupo extremista. Segundo Carter, a morte irá afetar as operações da organização jihadista.
— Nós eliminamos sistematicamente o círculo de líderes do EI. O Exército americano matou vários terroristas importantes do EI esta semana, incluindo Haji Iman (apelido de Abdel Rahmane al-Qaduli), que era um dos líderes do EI, agindo como ministro das Finanças e responsável por vários complôs internacionais — afirmou Carter em uma entrevista coletiva.
O site de notícias Daily Beast havia indicado, ao referir-se sobre a morte de al-Qaduli, que ele figurava na lista de potenciais sucessores de Abu Bakr al-Baghdadi, o autoproclamado califa e líder do EI.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos oferecia sete milhões de dólares de recompensa para obter informações sobre Al-Qaduli, que adotou uma série de pseudônimos.
A estrutura de comando do grupo extremista permanece um mistério. As autoridades americanas parecem ter conseguido identificar apenas alguns dos líderes do EI, com os quais criaram uma lista.
Abdel Rahmane al-Qaduli é o segundo membro desta lista a ser eliminado em menos de um mês. Em 4 de março, os Estados Unidos anunciaram a morte de outro líder do grupo, Omar ‘O checheno’.
Um dos principais líderes militares do EI, Omar morreu em um ataque aéreo americano na região de Chaddade, cujo controle foi retomado pelas Forças Democráticas da Síria, um grupo aliado dos Estados Unidos.
Em novembro, um ataque na Líbia matou Abu Nabil, também do alto comando do Estado Islâmico.
Fonte: O Globo
Cerca de 600 combatentes do Estado Islâmico mortos nas últimas três semanas
O secretário de Estado americano John Kerry afirmou neste do domingo que 600 combatentes do grupo Estado Islâmico foram mortos na Síria nas últimas três semanas.
“Na Síria, nas últimas três semanas, o Dash perdeu 3.000 km2 e 600 combatentes”, afirmou Kerry, usando o nome em árabe do Estado Islâmico.
John Kerry também advertiu ao regime sírio e a seus aliados contra qualquer violação de seus compromissos de trégua e ajuda humanitária na Síria.
“Todas as partes devem respeitar o cessar das hostilidades, cooperar na ajuda humanitária e respeitar o processo de negociações para chegar a uma transição política” afirmou em coletiva de imprensa em Paris.
Fonte: Terra
Pelo menos 50 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) foram mortos em 24 horas em combates com o exército sírio, que avança na província de Aleppo, informou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
“Esses jihadistas foram mortos nos combates e pelos ataques da aviação russa”, que apoia o regime na sua progressão nessa província do norte, próxima da fronteira com a Turquia, indicou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.
Desde sábado, as tropas do regime tomaram 18 aldeias em um eixo de cerca de 40 km entre o leste de Aleppo e Raqa (norte), a fortaleza do grupo extremista na Síria, de acordo com o OSDH.
“O exército agora cerca o EI em 16 outras aldeias ao sul deste eixo. O regime quer tomar e consolidar a sua presença no leste e sudeste da província”, afirmou Abdel Rahman.
Com o apoio da aviação russa, as tropas do regime têm tido sucesso sobre os rebeldes e jihadistas em uma série de vilarejos e cidades na província de Aleppo.
Estado Islâmico corta salários e leiloa terras confiscadas diante de crise econômica
Bombardeios ocidentais a bancos e menor capacidade de arrecadação provocam austeridade e incitam deserções
A crise econômica chegou ao Estado Islâmico. Na contramão da propaganda, o EI agora corta salários de dirigentes e combatentes e leiloa terras confiscadas para melhorar a arrecadação. Em Raqqa, capital do califado, a remuneração das fileiras foi reduzida pela metade. Assim como a ideologia, a instabilidade financeira se alojou no centro da retórica de recrutamento de jovens desolados no Ocidente e jovens deslocados pelos conflitos no Oriente Médio. Se antes o grupo extremista se gabava de prover ajuda social, habitação e bons salários aos que migrassem para seus territórios na Síria e no Iraque, hoje o sistema da organização terrorista é regido pela austeridade. A carestia se aprofunda à medida em que se intensificam os bombardeios aéreos da coalização internacional liderada pelos Estados Unidos.
— O grupo extremista se viu obrigado a reduzir à metade o salário de dirigentes e em 30% a remuneração de soldados e oficiais — confirmou ao “El Mundo” o analista Hashem al-Hashimi, assessor do governo iraquiano e importante fonte de informação sobre o que acontece na cidade sitiada de Mossul. — Os ataques aéreos golpearam nove bancos do Estado Islâmico. Em pelo menos um deles, havia US$ 150 milhões depositados. Os demais haviam sido esvaziados previamente.
Uma investida aérea ocidental, por exemplo, destruiu a sede do Banco al-Rashid, no Leste de Mossul. Mais tarde, a agência de notícias afiliada ao grupo terrorista, al Amaq, divulgaria um vídeo dos escombros da instalação. O depósito, usado como Banco Central, impôs à cidade uma economia de guerra, o que piorou as já precárias condições de vida na cidade sitiada.
Segundo uma ativista local que não quis se identificar, o extremistas responderam à crescente ameaça esvaziando as reservas de dinheiro para ocultá-las em túneis perfurados no subsolo da cidade. Para transportar esses recursos, eles preferiram táxis e transportes públicos em uma tentativa desesperada de se esconder dos aviões de vigilância, disse a ativista ao “El Mundo”.
Tais reservas são especialmente importantes porque o governo central proibiu transferências bancárias para regiões controladas pelo Estado Islâmico. A saída encontrada para o revés na economia foi também leiloar terras confiscadas da minoria cristã, expulsa da cidade em julho de 2014. Os terroristas ainda acresceram impostos e intensificaram o tráfico de seres humanos e antiguidades.
— A situação é muito ruim. As pessoas têm fome, têm medo. A maioria das famílias não tem dinheiro para comida, mas também não tem opções de escapar — afirmou ao jornal espanhol Said Mamuzini, ex-dirigente do Partido Democrático do Curdistão em Mossul. — Os preços dos alimentos sobem diariamente e o Estado Islâmico tenta agora compensar as perdas a partir da elevação de impostos. A saúde também foi afetada. Os remédios estão mais caros e as salas de cirurgia são reservadas para combatentes do EI.
DERROTA NO FRONT E DISPUTAS INTERNAS
Antes da tomada de Mossul, o EI compôs uma rede de sustentação financeira calcada em extorsões, vendidas como promessas de proteção a habitantes do local. Eram os “impostos revolucionários”, que financiaram o auge do grupo. Empreiteiras, por exemplo, destinavam entre 5% e 10% de cada contrato aos jihadistas. Desde 2011, os terroristas também desfrutaram dos US$ 16 milhões mensais que Bagdá enviava para pagar os salários dos funcionários da província de Nínive.
No entanto, um grave golpe às finanças da organização terroristas começou com os bombardeios ocidentais contra refinarias e caminhões de transporte de petróleo, uma das principais rendas do grupo. Da mesma forma, a decisão do governo iraquiano de suspender o pagamento de seus funcionários em áreas controladas pelo EI dizimou outra fonte de arrecadação dos extremistas.
A austeridade no Estado Islâmico tem motivado a deserção de combatentes. O EI tenta preencher o vazio nas fileiras — considerado crime sob pena de morte — com o recrutamento de crianças e adolescentes sírios. Com o rebaixamento de salários, afloraram também as disputas entre os quadros dirigentes do EI, em especial entre as tropas de Baghdadi e os batalhões de Abu Omar al-Shishani, o jihadista checheno e ex-sargento georgiano que opera como comandante das fileiras na Síria.
Fonte: O Globo
Estado Islâmico usa de WhatsApp a Twitter para promover ‘terrorismo viral’
Jihadistas usam chat seguro para bate-papo e moeda digital para doações.
EI recruta, arrecada dinheiro e faz propaganda na internet.
Foto publicada no Instagram pelo perfil Jihadology, associado ao Estado Islamico. (Foto: Reprodução/Instagram/Jihadology)
Troca de mensagens criptografadas por Whatsapp e Telegram. Hashtags espalhadas pelo Twitter. Selfies no Instagram. Vídeos no Youtube. Troca da moeda virtual bitcoin. Parecem inocentes ações de quem é antenado em tecnologia, mas são a forma como usa a internet o grupo jihadista EI, que, na opinião de especialistas, faz uso sem precedentes do meios digitais, a ponto de os EUA chamarem o movimento de “terrorismo viral”.
“Não estamos mais caçando terroristas vivendo em cavernas que apenas se comunicam via mensageiros. Estamos encarando inimigos cujas mensagens e chamados de ataque são postados e promovidos em tempo real”, diz Michael McCaul, deputado republicano que chefia o comitê de segurança nacional dos EUA.
“O grupo toma vantagem de todas as ferramentas e funções das redes sociais para garantir a ampla distribuição de suas mensagens”, explica John Mulligan, diretor do Centro Nacional de Contra-terrorismo dos EUA.
A atuação digital do EI não se resume a propaganda. “O grupo terrorista está usando essas tecnologias e sites hospedados nos EUA para recrutar, encorajar pessoas a executar ataques terroristas em todo o mundo e para levantar dinheiro”, afirma ao G1 Michael Smith II, cofundador da Kronos Advisory, consultoria norte-americana em assuntos de defesa
Por exibir mensagens abertas a todos, o Twitter é um dos canais preferidos e exemplo da atuação do grupo. Em março deste ano, o Brookings Institute identificou 46 mil contas de apoiadores ou militantes do EI. A radiografia aponta que 75% tinham o árabe como idioma primário e eram seguidas por cerca de mil usuários. Apesar de ter fãs acima da média, os perfis seguem uns aos outros. Por outro lado, um quinto dos perfis “falava” inglês. Isso, dizem os pesquisadores J.M. Berger e Jonathon Morgan, mostra como as contas são usadas não só para pregar para convertidos mas também para atrair curiosos e adeptos a ataques.
Foto publicada no Instagram pelo perfil Jihadology, associado ao Estado Islamico. (Foto: Reprodução/Instagram/Jihadology)
Terrorismo viral
Foi essa dinâmica que propiciou um tiroteio no Texas (EUA), em maio deste ano, aponta o Departamento de Segurança Nacional dos EUA. Quatro meses após o ataque ao jornal francês “Charlie Hebdo”, que publicara charges de Maomé, um centro de convenções da cidade de Garland anunciou exibição e concurso de desenhos do principal profeta do islamismo.
Um militante do EI sugeriu no Twitter que o evento tivesse o mesmo fim da publicação francesa. Foi contatado pelo norte-americano Elton Simpson, de 30 anos, e o papo continuou via mensagens diretas. Mas não deve ter parado ali.
“Que Alá nos aceite como mujahideen [combatentes santos]”, escreveu Simpson em um tuíte que incluiu a hashtag #texasattack. A mensagem foi ao ar 15 minutos antes de ele e um amigo dispararem contra o centro e serem mortos depois. Apesar de assumido pelo EI, o atentado foi saudado por apoiadores. “Os irmãos no Texas não tinham experiência em tiroteios mas foram rápidos ao defender a honra do profeta Maomé”, tuitou Junaid Hussain, hacker britânico que, até ser morto em agosto, era um dos maiores recrutadores do EI.
‘Selfies jihadistas’
“Esse ataque exemplifica uma nova era em que o terrorismo se tornou viral”, diz McCaul, para quem o microblog é só um dos meios para isso. Outras populares ferramentas também constam das “armas” da facção. O YouTube, plataforma de vídeos do Google, abriga vídeos das sangrentas execuções. No Instragram são publicadas “selfies jihadistas”. Os argumentos religiosos para as mortes vão parar no “JustPasteIt”. E roteiros de viagem à Síria estão no Ask.fm. Segundo o Brookings Institute, entre janeiro de 2014 e setembro deste ano, a produção auviovisual do grupo chegou a 845 peças.
A atividade digital não ocorre sem que os militantes tomem cuidado. Pesquisadores do Centro de Combate ao Terrorismo de West Point descobriram um manual de cibersegurança apresentado a recrutas. O intuito é empregar serviços que usem criptografia (embaralham as mensagens) ou passem por sistemas que impedem rastreamento, como a Deep Web.
Criptografia
O documento recomenda o uso dos apps de chat Cryptocat e Telegram, devido à forte criptografia, e do Wickr, por destruir as mensagens de forma segura. Para a troca de e-mails, o EI sugere o Hushmail e o ProtonMail. O Gmail, do Google, é citado como seguro desde que o navegador usado seja o Tor (outra recomendação) ou uma rede virtual privada.
O relatório faz ressalvas ao Instagram, pois o dono do aplicativo, o Facebook, tem um histórico ruim em relação a proteção à privacidade. Aparelhos que rodem Android, do Google, ou iOS, da Apple, não são completamente vetados. São permitidos se as comunicações forem feitas pela rede Tor. Liberados estão os smartphones “anti-espionagem” Cryptophone e BlackPhone. Para sanar dúvidas, o EI fornece um serviço de help-desk 24 horas por dia.
Moedas digitais
O EI também usa os meios digitais para sustentar as finanças. Embora o contrabando de petróleo seja uma das grandes fontes de renda, as doações também ajudam a fechar a conta. Segundo o Instituto Europeu para Estudos em Segurança, essas contribuições são feitas em bitcoin para fugir do sistema bancário, fácil de seguir. As transações com as moedas digitais não revelam emissores e receptores, apenas as contas de origem e destino.
Um grupo de hackers que luta para minar o poderio digital do grupo achou uma das carteiras eletrônicas ligadas ao grupo, que, em setembro, tinha mais de US$ 3 milhões.
Arsenal digital do Estado Islâmico (Foto: Editoria de Arte/G1)
Contra-ataque
Anteriormente associados aos hackers ativistas do Annonymous, o Ghost Security Group reporta suas descobertas sobre o EI às autoridades norte-americanas, como o FBI, com a ajuda da empresa Kronos Advisory.
O grupo é exemplo da diversidade da luta contra o EI na internet. Reunidos na fronteira digital estão hackers, empresas que fornecem serviços usados pelos jihadistas e os governos de alguns dos países mais poderosos do mundo.
O Reino Unido já afiou suas garras. Para o chanceler George Osborne, a “brutalidade assassina do EI tem um forte elemento digital”. Sem dar maiores detalhes, ele afirmou que o grupo tenta invadir os sistema britânicos, o que será retaliado. “Nós nos reservamos o direito de responder a um ciberataque do jeito que nós escolhermos”, afirmou durante o anúncio do novo Centro Cyber Nacional, focado em cibersegurança, que custará 2 bilhões de libras.
Os EUA possuem uma força-tarefa contra o terrorismo, composta por FBI, Departamento de Segurança Nacional, entre outros órgãos. O grupo argumenta que as ações resvalam na impossibilidade de interceptar mensagens trocadas por ferramentas criptografas. “Infelizmente, a mudança constante das formas de comunicação na internet está rapidamente ultrapassando as leis e a tecnologia criada para permitir a interceptação legal de conteúdos de comunicação”, afirma Michael Steinbach, diretor-assistente do FBI.
“Esses serviços são desenvolvidos e empregados sem qualquer capacidade de aplicar a lei para coletar informações fundamentais para investigações criminais e de segurança nacional e dos procedimentos penais”, diz. Para driblar a adversidade, a força-tarefa tenta fazer o Congresso dos EUA forçar empresas de tecnologia a reduzir o nível da criptografia.
A indústria já se manifestou contra a proposta. O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, por exemplo, já afirmou que nem a empresa consegue burlar o próprio sistema de criptografia. Defensores da privacidade argumentam que essas medidas criarão arcabouço legal para a espionagem de cidadãos comuns.
Anonymous ataca site do Estado Islâmico e troca conteúdo por receita de Prozac
Em sua guerra contra o Estado Islâmico, os hackers do Anonymous e seus aliados acabam de abater mais um alvo e da maneira mais genial possível. Membros do GhostSec, um dos grupos que está combatendo os radicais islâmicos na internet, anunciaram que invadiram a dark web usada pelos terroristas e removeu sites que faziam propaganda ao EI. No lugar do conteúdo original, eles colocaram um anúncio de Prozac, um remédio usado para o tratamento de depressão e outros distúrbios psiquiátricos. Além do anúncio, os hackers ainda deixaram uma pequena mensagem aos membros e simpatizantes do Estado Islâmico. No texto, eles indicam o medicamente como uma forma de fazer com que as pessoas que acessavam aquela página tivessem mais calma em suas vidas. Mais do que isso, o GhostSec ainda pedia para que todos olhassem aquela imagem enquanto eles continuavam a melhorar sua infraestrutura para entregar ao Estado Islâmico aquilo que ele tanto deseja. Como se não bastasse a provocação, o grupo ainda colocou o link de uma farmácia online especializada na venda de remédios a partir de bitcoins. Assim, se algum membro ou simpatizante do EI estiver mesmo interessado no Prozac apresentado, pode adquirir isso sem precisar gastar muito. Em outras palavras, foi uma ótima sacada dos hackers na hora de provocar seus inimigos. Esse é apenas mais um dos ataques realizados pelo Anonymous e seus aliados nesta guerra ao terror dentro da internet. Como já comentamos anteriormente, esses hackers se uniram para atrapalhar a vida e as operações dos extremistas no ambiente digital, derrubando algumas centenas de páginas e perfis que apoiavam as ações do Estado Islâmico. Por outro lado, vários especialistas em segurança estão criticando as ações do próprio Anonymous pelo modo com que ele está lidando com esse combate ao terrorismo. A principal questão é que os ataques orquestrados pelos ciberativistas são indiscriminados e afetaram jornalistas, pesquisadores e outras pessoas que nada tinham a ver com os radicais do Oriente Médio.
Fonte: Yahoo
Exército sírio avança contra Estado Islâmico em Aleppo, diz TV estatal
Parte de estrada que liga cidade a Raqqa foi capturada.
Governo sírio e seus aliados também tiveram ganhos perto de Homs.
O exército sírio capturou território do Estado Islâmico ao leste de Aleppo incluindo vários quilômetros da estrada que liga a cidade com Raqqa, considerada reduto jihadista, informou a TV estatal síria neste sábado.
As áreas relatadas como capturadas estão a leste de Kweires, base aérea apreendida do controle do Estado Islâmico em 10 de novembro, em uma das várias ofensivas travadas pelo exército sírio com suporte de ataques áereos russos, forças iranianas e militantes do Hezbollah libanês.
A Reuters não pôde confirmar de forma independente o relato.
Uma manchete da TV estatal disse que o exército havia capturado as aldeias Kaskis e Akula e vastas áreas de terras agrícolas, apreendendo túneis e fortificações construídas pelos os jihadistas, e foram áreas de desminagem minadas pelo grupo.
As aldeias estão a cerca de 60 quilômetros a leste de Aleppo.
O governo sírio e seus aliados também tiveram ganhos contra Estado Islâmico ao sudeste de Homs.
Fonte: O Globo
Rússia tinha razão: ‘Turquia recebe petróleo do Estado Islâmico’
Os ataques aéreos russos à infraestrutura petrolífera jihadista causaram a insatisfação natural da Turquia, que parece ser o principal consumidor de petróleo do EI, de acordo com a imprensa alemã.
Depois da derrubada do bombardeiro russo Su-24 pela Força Aérea turca, o presidente Putin afirmou que Ancara parece ser cúmplice dos terroristas, já que compra o petróleo nas regiões da Síria capturados por extremistas, e ele tem razão ao dizê-lo, escreve o jornal alemão Bild.
A Turquia se transformou em um grande consumidor de petróleo do grupo extremista Estado Islâmico, continuou o autor do artigo. Os empresários turcos têm acordos de compra de petróleo com jihadistas que lhes permitem obter uma receita de $10 milhões por semana.
O Kremlin há muito tempo que obteve informações de que o petróleo a partir de territórios capturados pelo EI na Síria estava sendo transportado para a Turquia. Quando as Forças Aerospaciais russas começaram a realizar mais ataques contra a infraestrutura do EI, isso não poderia ser ignorado por Ancara.
De acordo com o Bild, a política turca em relação aos jihadistas não é completamente transparente: embora Ancara tenha dado aos americanos a oportunidade de usar a base aérea do país para o lançamento de ataques contra as posições do EI, Erdogan permite que os terroristas cruzem a fronteira para a Síria sem obstáculos.
Ao mesmo tempo, observa o Bild, a Turquia não é o único país que está fazendo acordos sujos com os militantes islâmicos para obter lucro. O contrabando é igualmente realizado para a Jordânia e Curdistão, onde o mercado negro de petróleo do Estado Islâmico é florescente, afirmou Eckart Woertz, analista sênior do Centro de Barcelona para os Assuntos Internacionais.
O presidente russo, Vladimir Putin, depois de uma conferência de imprensa com o presidente francês, François Hollande, disse que quantidades significativas do petróleo procedentes das áreas controladas pelo EI na Síria estão sendo transportadas para a Turquia:
“Nós estamos falando sobre o abastecimento em escala industrial do petróleo dos territórios sírios capturados por terroristas — a partir dessas áreas exatas e não de quaisquer outras. E podemos observar a partir do ar, para onde os caminhões estão indo”, anunciou o presidente. “Eles estão se movendo para a Turquia, dia e noite.”
Fonte: Sputnik
Polícia italiana executa mandados de prisão em várias cidades da Itália e de Kosovo; grupo propagava ideologia jihadista
A polícia italiana deflagrou nesta terça-feira (1) uma operação contra cidadãos de Kosovo suspeitos de apologia ao terrorismo e ódio racial. Estão sendo executados mandados de prisão em várias cidades italianas e em Kosovo, com apoio das autoridades locais. Ao menos quatro pessoas foram presas.
O inquérito que levou à operação foi conduzida pela Direção Central da Polícia de Prevenção, a célula antiterrorista da Itália, e por dois núcleos da Divisão de Investigação Geral e Operações Especiais (Digos) de Brescia. Os agentes identificaram contatos de uma suposta organização terrorista que, através de sites e redes sociais, propagava a ideologia jihadista.
De acordo com os investigadores, o grupo já teria publicado fotos com armas em punho e os quatro detidos foram reconhecidos como extremistas declaradamente militantes do Estado Islâmico.
Os suspeitos de terrorismo presos na Itália haviam publicado ameaças contra o papa Francisco na internet, de acordo com as forças de segurança locais. “Lembrem-se que não haverá outro papa depois deste. Será o último”, é uma das mensagens difundidas pelo grupo detido.
Desde os atentados de 13 de novembro, em Paris, que deixaram 130 mortos, a Itália reforçou toda sua segurança, principalmente em Roma e no Vaticano. O país foi alvo de ameaças do Estado Islâmico, além de receber notificações sobre pacotes-bombas.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse na semana passada que o mundo “está diante de um inimigo perigoso, o qual ninguém pode subestimar”. Neste sentido, o ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, apresentou medidas para monitorar todas as formas de comunicação oferecidas pelas novas tecnologias, inclusive o console da marca PlayStation. Assim como as redes sociais, o videogame estaria sendo usado por terroristas para transmissão de mensagens.
Em 12 de novembro, um dia antes da série de atentados em Paris, a Itália e várias nações europeias prenderam mais de 17 pessoas em uma megaoperação contra o terrorismo.
O Conselho de Segurança da ONU decidiu, por unanimidade, impor sanções a Muammar Kadafi na Líbia, no Norte da África, como o bloqueio de seus bens, a proibição de viagens do ditador ao exterior e o embargo à compra de armas. Em resposta, Kadafi repudiou as medidas e insiste em não deixar o poder.
Também ficou decidido que o Governo Kadafi será julgado pelo Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia, pela violação de direitos humanos, devido à repressão violenta contra os protestos que começaram em 17 de Fevereiro, em Trípoli e outras cidades, envolvendo cidadãos e o Exército, da qual resultou a morte de centenas de pessoas. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), cerca de cem mil pessoas já deixaram a Líbia, indo para o Egito ou Tunísia, em cujas fronteiras vem sendo instalados acampamentos de emergência.
Vale lembrar que as manifestações na Líbia tiveram início após os movimentos populares na Tunísia e no Egito, que depuseram seus presidentes.
O ditador Kadafi estava no poder desde 1969 e parecia querer continuar lá, pois vinha declarando que lutará até à morte para defender sua posição, além de até já ter ameaçado de morte, pela televisão, quem se opuser a ele. Na contramão dessa postura, porém, alguns membros do Governo já entregaram seus cargos. O maior crime atribuído ao Ditador é haver provocado a queda de um avião na Escócia, acarretando a morte de 270 pessoas.
Os opositores de Kadafi assumiram o controle da Cidade de Zawiya, e, em Benghazi, os rebeldes já haviam formado um governo de transição, liderado por Mustafá Abdel Jalil. Também tentam controlar Sirte, terra natal e fortaleza de Kadafi. Além disso, a força rebelde, estimada em mil homens, já tomou o poder em Trípoli, a Capital. Entretanto, há poucas informações sobre a situação em Zawiya, pois as comunicações telefônicas estão cortadas, e os jornalistas estão sendo impedidos de naquela entrarem, sob pena de detenção, tendo já havido, inclusive, morte. Sabe-se, porém, que os rebeldes estão convocando a população masculina desta Cidade para ajudar no movimento e que os combatentes de Kadafi já destruíram diversos edifícios e outras construções
Kadafi, porém, mantinha o controle sobre Trípoli, a Capital, onde vivem dois dos sete milhões de habitantes do País, contando com mercenários arregimentados na Etiópia, Sudão, Chade, Nigéria e Libéria, que, inclusive, bombardearam poços de petróleo da Sirt Company, controlada pelos rebeldes. Para isto, utiliza armamento pesado.
Os Estados Unidos vinham declarando abertamente que o Ditador deveria deixar o Governo, e o Pentágono já deslocou à costa líbia arsenal militar. Entretanto, fracassou a missão diplomática secreta britânica à Líbia, que tentou estabelecer contato com os rebeldes em Benghazi, mas, tendo sido detida, acabou deixando o País. De qualquer forma, ao menos por enquanto, está descartado o envio de tropas americanas terrestres à Líbia, mas a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) criou uma zona de exclusão aérea, que impeça bombardeios aos rebeldes, além de fornecer-lhes armas.
Em 8 de Março, os rebeldes deram um ultimato a kadafi, para que deixasse o Governo em 72h, prometendo não o perseguirem pelos crimes que cometeu, mas não adiantou.
Já em Abril, mesmo sendo divulgadas declarações de autoridades internacionais não reconhecendo mais a legitimidade do Governo Kadafi, este, com o apoio de civis armados e de milicianos, vem conseguindo reconquistar trechos de territórios até então dominados pelos insurgentes, como na própria Capital.
De qualquer modo, ainda que Kadafi conseguisse manter-se no poder, se não houvesse a geração de empregos, com a injeção de investimentos na economia, o clima de instabilidade seguirá, pois os jovens, certamente, não se calarão, sendo possível, inclusive, a aproximação com grupos radicais, como Al Qaeda.
A população civil da Líbia vem recebendo ajuda humanitária modesta, como da França, pois os ataques das tropas de Kadafi vêm dificultando-a. Com isto, em Maio, chega a 750 000 líbios o número de pessoas que deixaram o País após o início do conflito.
Segundo o Pentágono, em 19 de Março, já dentro da zona de exlusão aérea citada, 112 mísseis atingiram 20 alvos na Líbia, arremessados por navios e submarinos americanos e britânicos. Em visita ao Brasil, o Presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, confirmou que autorizou suas Forças Armadas a atacarem os sistemas antimísseis da Líbia, sendo, porém, criticado pelo Congresso Americano. A partir daí, aviões e submarinos passaram a atacar a força aérea de Kadafi, dominando-a, além de, com isso, protegerem a população civil, que vinha sendo atacada com violência pelas milícias do Ditador, a quem também se impingiu embargo econômico.
Em 25 de Março, houve reunião em Adis-Abeba, Capital da Etiópia, entre representantes de Kadafi, Rússia, Estados Unidos, China e França e a União Africana (UA), em que o Ditador enviou a mensagem de que aceitava negociar com os rebeldes líbios e promover reformas democráticas no País, mas os rebeldes naquela não foram representados, pois não concordam que Kadafi não seja deposto.
Já, em 1 de Abril, os rebeldes demonstraram-se propensos a um cessar-fogo, e houve enviados do Governo Kadafi à ONU para estudo das circunstâncias em que ele ocorreria, incluindo a atuação livre dos entes de ajuda humanitária e a proteção aos civis.
Na ONU (Organização das Nações Unidas), porém, os países que compõem a BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), abstiveram-se de votar na intervenção militar na Líbia, à exceção da última. Esse grupo também vem fazendo pressão pela reforma do Conselho de Segurança da ONU, onde só Rússia e China são membros permanentes, sendo os outros três temporários, do Banco Mundial e do FMI (Fundo Monetário Internacional). Os países em questão querem menor volatilidade dos preços das commodities e menor dependência do dólar, haja vista à crise mundial em 2009 e à fragilidade atual dos Estados Unidos, defendendo que haja fortes reservas internacionais dando segurança à economia global. Assim, já estão oferecendo empréstimos entre si, em suas moedas locais.
Houve notícias de que a Líbia assistia a um verdadeiro “derramamento” de sangue, levando até militares fiéis a Kadafi a desertarem. Além disso, a CIA (Companhia de Inteligência Americana) começou a treinar os rebeldes, a fim de organizar-lhes a revolução.
O fato é que, por bastante tempo, não estava decidido se Kadafi ou os rebeldes estavam vencendo o movimento, pois há baixas de ambos os lados. É que a OTAN reluta em atingir alvos civis, enquanto as tropas de Kadafi usam-nos como escudo humano.
Os interesses do Ocidente na Líbia suplantam o lado político. Economicamente, em 2009, por exemplo, o comércio entre aquela e a União Europeia abarcou 37 bilhões de dólares, sendo os principais parceiros a Itália, Alemanha, Espanha e França, inclusive, na venda de armamentos. De fato, a Itália colonizou a Líbia durante 30 anos, e 1/3 do petróleo que consome vem deste país.
Uma pergunta que paira no ar é: afinal, quem são os rebeldes líbios? Há suspeitas de que sejam membros da Al Qaeda, do grupo libanês Hezbollah, do Grupo Islâmico de Combate Líbio, que já lutaram contra os Estados Unidos, no Afeganistão e Iraque, e da Irmandade Muçulmana, do Egito. Se assim for, a OTAN estará dando apoio a inimigos do Ocidente.
Um dos últimos incidentes ocorridos na Líbia foi a morte de 23 rebeldes em Misrata. Mesmo assim, estes seguem recebendo apoio internacional, como do Kuwait, que lhes enviou cerca de 177 milhões de dólares.
No mundo árabe, um país que já reconhece o conselho nacional de rebeldes na Líbia é o Qatar, e eles almejam que outros países também o façam, como os próprios Estados Unidos.
Enquanto o conflito não se resolvia, os rebeldes comprometeram-se a não empregarem minas terrestres, em que pese o fato de a Líbia não ser um dos 156 signatários do tratado que as veda.
Em 15 de Maio, o Governo de Kadafi dispôs-se à trégua com os rebeldes se se suspendessem os ataques áreos comandados pela OTAN, mas aquela não prosperou, tanto que esta vem procedendo a ataques à Capital e à residência de Kadafi, atingindo-se navios de guerra.
Em 3 de Junho, a OTAN iniciou ataques por helicóptero, visando alvos militares.
Conforme a Resolução 1973 da ONU, não se podia enviar tropas de ocupação à Líbia, salvo proteção de alvos civis.
O Congresso Americano, mesmo proibindo a intervenção militar na Líbia, manteve o financiamento das ações americanas nesta, avaliado em 700 bilhões de dólares até agora.
Em 10 de Julho, Kadafi impingiu novos bombardeios em face dos rebeldes, próximo à Capital.
Em 15 de Julho, os Estados Unidos e mais 30 países reconheceram oficialmente o governo dos rebeldes na Líbia, depois de o mundo assistir a um espécie de impasse no conlito, já que os rebeldes dominavam o leste, e Kadafi, o oeste do País, além de este estar entrincheirado na Capital
Estima-se que 10000 pessoas tenham morrido nos conflitos da Líbia.
Em 19 de Agosto, houve incidente na Embaixada da Líbia em Brasília, já que, mesmo no Ramadã, houve discussão entre funcionários fiéis a Kadafi e outros ligados aos rebeldes, já que estes tentaram impor a bandeira do movimento sobre a bandeira oficial do País.
Desde 21 de Agosto, a Líbia viveu momentos decisivos do conflito de vários meses, com a chegada dos rebeldes à Capital, onde, mesmo havendo confrontos com os grupos fiéis a Kadafi, os rebeldes declararam o fim da ditadura na Líbia, oferecendo recompensa pela captura do Ditador. Entretanto, Kadafi segue resistindo a entregar-se; ao contrário, convocou os rebeldes a formarem governo de transição, o que aqueles não aceitaram
Enquanto a França estava organizando reunião com vários países, visando à formação de aliança “pró Líbia”, a Argélia ofereceu asilo a Kadafi, tendo lá chegado sua segunda mulher e três filhos.
O País, sem Kadafi, vem tentando reorganizar-se. Assim, por exemplo, economicamente, procura-se retomar a produção de pretróleo, que, antes era de 1,6 milhão de barris por dia, prevista para 2013.
Desde Setembro, mesmo Kadafi estando fora do poder, seus seguidores vêm sofrendo na Capital e Cidades como Sirte, sem acesso a água, alimentos e medicamentos.
Em 19 de Outubro, Kadafi foi encurralado, morto e exibido como troféu em sua cidade natal, Sirte. Kadafi deixou outra mulher e filhos, mas também morreram os Filhos Mutassim, Saif Al-Arab e Hanna, apesar de haver dúvida se esta não continua viva. Seus filhos mais ligados politicamente ao pai, porém, são Mohammed e Saif Al-Islam.
A ONU pediu ao novo Governo da Líbia, dos rebeldes, que elucidem as circunstâncias da morte de Kadafi.
Mesmo morto, a figura de Kadafi segue misteriosa. Excêntrico, estima-se que haja abocanhado um patrimônio de 80 bilhões de dólares, incluindo mansões antes ocupadas por seus familiares e barras de ouro
A exemplo da Tunísia, que se prepara para as primeiras eleições democráticas pós-ditadura, espera-se que a Líbia adote essa faceta doravante.
Enquanto Obama comemorou a morte de Kadafi, Hugo Chávez declarou que este foi assassinado, e Dilma preferiu focar seu comentário na redemocratização do País.
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