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Palavra-chave: Indonésia

Mais um brasileiro preso por tráfico de drogas na Indonésia deve ser executado nos próximos dias

18/01/2015

Brasileiro ‘rejeita três últimos pedidos’ na Indonésia

Arquivo de família
Gularte foi notificado no sábado de que será executado

O paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, que deverá ser executado na Indonésia, rejeitou neste domingo fazer seus três últimos pedidos e expressou confiança de que a sentença não será cumprida, disse seu advogado.

Gularte, de 42 anos, foi notificado no sábado de que será executado por fuzilamento. Nenhuma data para a sentença foi anunciada, mas ela poderá ser realizada já na terça-feira após o fim do aviso de 72h previsto pela lei indonésia.

Preso em 2004 ao tentar entrar na Indonésia com 6kg de cocaína em pranchas de surfe, Gularte foi condenado à morte em 2005.

A defesa ainda tenta convencer autoridades a reverter sua pena, após o brasileiro ter sido diagnosticado com esquizofrenia, e entrará com um novo recurso
Gularte recebeu visita da prima, Angelita Muxfeldt, na prisão de Nusakambangan, a cerca de 400km de Jacarta, onde ele é mantido e as sentenças deverão ser cumpridas. Ele poderá ser visitado todos os dias até a data da execução.

O encontro foi “difícil”, no qual ele se negou a realizar os três últimos pedidos a que tem direito, disse à BBC Brasil o advogado Ricky Gunawan, que também esteve na reunião.

“Ele rejeitou, rindo. E disse: ‘Isso é alguma coisa como Aladdin? Não preciso disso'”, disse ele, que assumiu o caso em março.

Gularte poderá ser o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas.

‘Pena de morte abolida’

Gularte foi diagnosticado com esquizofrenia por dois relatórios no ano passado.

Em março, uma equipe médica reavaliou o brasileiro à pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado, apesar de repetidos pedidos da defesa e do governo brasileiro.

Arquivo da família
Familiares e conhecidos dizem que Gularte se recusa a tirar um boné, que diz ser sua proteção

Familiares e conhecidos relataram em entrevistas recentes à BBC Brasil que Gularte passa seus dias na prisão conversando com paredes e ouvindo vozes de satélites. Dizem que ele se recusa a tirar um boné, que usa virado para trás, alegando ser sua proteção.

No encontro deste domingo, Gunawan disse que o brasileiro alterou momentos de lucidez com discursos “delirantes”, no qual disse acreditar que sua execução não será realizada.

“Quando falamos da execução, ele disse que houve uma conferência internacional de procuradores ontem e hoje, que a pena de morte foi abolida e que ele não será executado”.

“Disse, por exemplo, que a água em Cilacap e em todos os lugares é intoxicada e que a gente devia ter cuidado”.

Um representante da embaixada brasileira e um pastor também participaram da visita, disse Gunawan.

bbc
Execuções deverão ser realizadas na prisão de Nusakambagan

“O pastor tentou dizer que ele precisava estar preparado, mas era difícil para ele (Gularte) entender a situação”.

No sábado, Gularte teria reagido com “surpresa” e “delírio” ao ser notificado de sua execução, disse à BBC Brasil um diplomata brasileiro que acompanhou o anúncio.

Novo recurso

O advogado de Gularte tentará um novo recurso na segunda-feira para reverter a execução. Na semana passada, a defesa havia pedido para que a prima que está na Indonésia ficasse com a guarda do brasileiro, devido ao seu estado mental.

A família alega que ele sofre de distúrbios mentais há anos. Segundo o advogado, a lei indonésia proíbe que réus com doenças mentais sejam condenados à morte e o recurso deverá apontar o “longo histórico de problemas mentais” de Gularte.

BBC
Gularte (à esquerda) ao lado de Marco Archer Cardoso Moreira, executado na Indonésia em janeiro

“Não há nenhuma prova de que ele estava bem quando ele cometeu o crime. Temos fortes evidências de que ele tem problemas mentais desde 1982”.

Além de Gularte, oito condenados também foram notificados – sete estrangeiros e um indonésio.

Entre eles estão os australianos Andrew Chan e Myuram Sukumaran, considerados os líderes do grupo de traficantes “Os Nove de Bali”, além de cidadãos das Filipinas e Nigéria.

A Indonésia está sob forte pressão internacional para que reveja as execuções, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, reforçou pedido para que as condenações sejam revistas.

“O secretário-geral pede ao presidente Joko Widodo que considere urgentemente declarar uma moratório na pena capital na Indonésia, tem em vista sua abolição”, disse um porta-voz de Ban.

Widodo, que assumiu em 2014, negou clemência a condenados por tráfico, dizendo que o país está em situação de “emergência” devido às drogas. Em janeiro, seis presos foram executados, inclusive Marco Archer.

Brasil e Noruega convocaram seus embaixadores na Indonésia em protesto e, em fevereiro, a presidente Dilma Rousseff recusou temporariamente as credenciais do novo representante indonésio no Brasil em meio ao impasse com Jacarta diante da iminente execução de Gularte.

Grupos de direitos humanos também têm pressionado a Indonésia para cancelar a aplicação das penas.

Mais de 130 presos estão no corredor da morte, 57 por tráfico de drogas, segundo a agência Associated Press.

Oposição diz ver ‘falta de empenho’ de Dilma e cobra recursos em Cortes internacionais; para Samuel Pinheiro Guimarães, situação não deve ser encarada como ‘ofensa ao Brasil’

Após mais uma negativa do governo da Indonésia frente a um pedido de clemência por um brasileiro no corredor da morte, fontes com atuação ligada às relações internacionais, entre congressistas, OAB e um embaixador, ouvidas pelo iG acreditam que é praticamente irreversível a perspectiva de execução de Rodrigo Gularte, 42 anos

 

Gularte é o segundo brasileiro preso e condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia. No dia 17 de janeiro, Marco Archer, 53 anos, foi fuzilado sob a mesma acusação. Como Archer, Gularte tentou entrar no país asiático com drogas escondidas, no seu caso, seis quilos de cocaína camuflados dentro de uma prancha de surfe.

Marcelo Galvão, presidente da Comissão Nacional de Relações Internacionais da Ordem dos Advogados do Brasil não nutre esperança de que Gularte escape da pena de morte. “Os organismos internacionais não tem jurisdição sobre o estado. Não havendo acordo internacional, não tem como influir nisso. É um problema de legislação interna”, diz ele, que afirma que a própria OAB teria pouco a contribuir neste caso. “A OAB não tem condições de atuar nesse caso”, resume. Apesar do fracasso em salvar Archer do fuzilamento, Galvão evita culpar o Brasil neste caso. “Não culparia o Estado brasileiro”, afirma.

Vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara em 2014, o deputado tucano Duarte Nogueira tem uma posição mais crítica quanto a ação do governo brasileiro no caso de Archer. “O governo pode não ter falhado, mas usou de uma estratégia, me parece, muito mais preocupada em dizer que estava fazendo algo do que de fato fez. Faltou empenho”, critica ele, que sugere algumas opções. “Poderia requerer recursos em cortes internacionais, requrerer que fóruns ligados a ONU, da qual a Indonésia faz parte, pudessem levar a questão a outras instâncias”, declara o parlamentar.

Apesar da visão mais crítica, Nogueira engrossa o coro dos céticos quanto às chances de Gularte evitar o mesmo destino do compatriota fuzilado no dia 17. “Não sei se diante do que ocorreu com esse brasileiro (Marco Archer) eles possam pesar outros elementos para tentar reverter ou postergar a situação do outro”, diz o deputado tucano. “Simplesmente pedir não me parece uma estratégia exitosa”, acrescenta ele.

Colega de Nogueira na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o vice-líder do PT na Casa, Carlos Zarattini (SP) discorda do tucano e diz que o Brasil fez sim tudo que era possível fazer para tentar evitar a execução de Archer. Sobre a situação de Gularte, Zarattini não é nada otimista. “Acho que não será diferente. Os indonésios têm sua lei e acho difícil haver alguma alteração”, diz ele.

Apesar do pessimismo, Zarattini defende a pressão feita pelo governo no sentido de debater a adoção da pena de morte no mundo. “É válido pressionar nesse sentido, de mudar essa lei”, resumiu ele. A opinião do vice-líder petista é partilhada pelo ministro da Secretária de Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT-RS), no que diz respeito ao debate sobre a pena capital. “Acho que isso enseja um grande debate no nosso país sobre quem defende pena de morte aqui no nosso país. Sobre o que que significa concretamente esse tipo de pena”, disse o Ministro durante café da manhã com jornalistas na última semana.

Vontade de fazer oposição

Diplomata e professor, Samuel Pinheiro Guimarães rebate a possibilidade aventada pelo deputado tucano sobre as chances de apelo para fóruns internacionais como possibilidade de buscar pressionar o governo indonésio em defesa da vida dos brasileiros condenados. “É desconhecimento. É vontade de fazer oposição. Não há acordo internacional que proíba um país de adotar pena de morte”, diz ele. “Nem a ONU tem competência para isso”, afirma. “Não é nada contra o Brasil. Essa situação não tem nada a ver com o Brasil, não se trata de uma ofensa ao Brasil”, acrescenta ele.

Guimarães, cujo currículo inclui posições como a de ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo Lula, secretário-geral do Itamaraty e alto representante-geral do Mercosul, avalia que o esforço feito por Archer foi a altura do problema. “O governo tem feito esforço há vários anos para libertá-los. Acho que fez todo o esforço. Essa situação é disposta pela lei da Indonésia, que pune alguns crimes com a pena de morte, como aliás o fazem outros países, como os Estados Unidos e vários outros”, declara Guimarães.

Sobre as perspectivas de Gularte, o embaixador acredita que sua remota chance poderia se apoiar no seu estado de saúde, mas sem se empolgar com a alternativa. “Aparentemente há uma possibilidade que de que ele pudesse se beneficiar do estado psiquico dele. Há um argumento de que ele teria esquizofrenia e isso poderia aliviar a pena, mas é difícil dizer”, diz ele. “É como um indivíduo que chega ao Brasil vindo de fora e comete aqui um assassinato. Ele não vai ser condenado?”, questiona o embaixador.

O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53 anos, foi executado em 18/1/15 na Indonésia (próximo das 16 horas no Brasil). A emissora local TV One confirma a informação. A Embaixada do Brasil em Jacarta confirmou que Archer está morto. O método de execução de condenados à pena de morte no país é o fuzilamento.

Marco Archer foi preso em 2004 na Indonésia, após tentar entrar com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos da asa delta. No aeroporto de Jacarta, a polícia descobriu o carregamento através do raio-x. Archer conseguiu fugir do aeroporto, mas duas semanas depois acabou preso novamente. A Indonésia pune o tráfico de drogas com pena de morte.

Em entrevista à ‘GloboNews’, o ex-cônsul do Brasil em Bali, Renato Vianna, afirmou que todas as regras sobre fuzilamento ficaram mais rígidas na Indonésia nos últimos 15 anos. “A Indonésia é um país tranquilo, bem aberto, mas eles são muito restritos com relação às drogas. Se a pessoa for pega com um cigarro de maconha, ela vai ser presa e está arriscada a passar até oito anos na cadeia”, completou.

Indonésia negou todos os pedidos do Brasil

A Indonésia negou todos os pedidos de clemência feitos pela defesa do brasileiro para evitar a execução de Archer. No Brasil, não existe pena de morte e as informações são de que nunca um brasileiro foi executado para dar cumprimento a uma sentença deste tipo.

Marco Archer Cardoso Moreira, preso há 11 anos em Jacarta, é carioca, tem 53 anos e trabalhava como instrutor de voo livre. Ele foi preso quando tentava entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos dentro dos tubos de uma asa delta em 2003 e teve a droga descoberta ao passar pelo aparelho de raios-X, no Aeroporto Internacional de Jacarta. Ele conseguiu fugir do aeroporto, mas acabou preso duas semanas depois.

Outro brasileiro preso e condenado à morte em Jacarta, que teve o pedido de clemência feito pela presidente Dilma Rousseff também rejeitado pelo presidente da Indonésia foi o surfista Rodrigo Gularte. Ele foi detido em 2004, também no aeroporto de Jacarta, com 12 pacotes de cocaína. A droga estava escondida em oito pranchas. O surfista estava a caminho da ilha de Bali, acompanhado de dois amigos, mas assumiu sozinho a autoria do crime de tráfico internacional de drogas.

O Palácio do Planalto confirmou a execução  do brasileiro Marco Archer. A presidente Dilma Roussef, em nota, disse estar “consternada e indignada” com o ocorrido. Marco Archer foi condenado à morte após ter sido julgado e condenado por ter ingressado na Indonésia com 13 quilos de cocaína, há 11 anos.

Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff tentou, em telefonema, convencer o presidente da Indonésia, Joko Widodo, a suspender a execução do brasileiro de 53 anos, ressaltando que fazia um “pedido humanitário”, “como chefe de Estado e mãe”. Mas, não teve sucesso na tentativa.

Para a presidente Dilma, a decisão do presidente indonésio “afeta gravemente as relações entre nossos países”. A nota do governo brasileiro informa ainda que o embaixador do Brasil em Jacarta está sendo chamado a Brasília para consultas.

A presidente Dilma Rousseff ainda está tentando falar pelo telefone com o presidente da Indonésia, Joko Widodo, para pedir reversão da pena do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, condenado à morte, por tráfico de cocaína. O governo brasileiro corre contra o relógio, já que a execução do brasileiro está marcada para o próximo sábado e a conversa entre os dois presidentes teria de acontecer até amanhã.A presidente Dilma Rousseff ainda está tentando falar pelo telefone com o presidente da Indonésia, …Este é um dos primeiros gestos na diplomacia de demonstração de estremecimento nas relações bilaterais. A nota diz ainda que “o recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países”.

No comunicado do governo brasileiro distribuído na tarde deste sábado, o Palácio do Planalto lembrava que “sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Archer e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésio, a presidenta Dilma dirigiu pessoalmente, na sexta-feira última, apelo humanitário ao seu homólogo Joko Widodo, para que fosse concedida clemência ao réu, como prevê a legislação daquele país”.

Ainda de acordo com o Planalto, “a presidente Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia, tanto no contato telefônico como na carta enviada, posteriormente, por Widodo”.

E acrescenta: “o recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países”. E conclui dizendo que “nesta hora, a Presidenta Dilma dirige uma palavra de pesar e conforto à família enlutada”.

Veja a íntegra da nota divulgada pelo Palácio do Planalto:

“Nota à imprensa

A Presidenta Dilma Rousseff tomou conhecimento – consternada e indignada – da execução do brasileiro Marco Archer ocorrida hoje às 15:31 horário de Brasília na Indonésia.

Sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Archer e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésio, a Presidenta dirigiu pessoalmente, na sexta-feira última, apelo humanitário ao seu homólogo Joko Widodo, para que fosse concedida clemência ao réu, como prevê a legislação daquele país.

A Presidenta Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia, tanto no contato telefônico  como na carta enviada, posteriormente, por Widodo.

O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países.

Nesta hora, a Presidenta Dilma dirige uma palavra de pesar e conforto à família enlutada.
O Embaixador do Brasil em Jacarta está sendo chamado a Brasília para consultas.

Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social
Presidência da República”

Fonte: Yahoo e IG

Vulcão na Indonesia

14/02/2014

Cerca de 200 mil indonésios receberam a ordem para deixar suas casas na ilha de Java, a maior do arquipélago, depois da forte erupção de um vulcão que expeliu cinzas e pedras incandescentes a longa distância.

O estado de alerta por causa da erupção do Monte Kelud, considerado um dos mais perigosos de Java, ilha densamente povoada, foi lançado nesta quinta, pouco antes do início da atividade vulcânica.

Imagens transmitidas pela televisão mostravam cinzas e rochas que caían como uma chuva sobre os povoados próximos. Os moradores fugiam aterrorizados para os centros de evacuação.

O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Catástrofes, Sutopo Purwo Nugroho, disse que pelo menos 200 mil pessoas de 36 aldeias no raio de 10 quilômetros ao redor do Kelud, no distrito de Kediri, ao leste de Java, precisaram ser evacuadas.

A maior catástrofe registrada por uma erupção do Kelud data de 1568, quando os rios de lava, as nuvens de cinza e a chuva de rochas causaram a morte de aproximadamente 10 mil pessoas.

A Indonésia está localizada sobre o chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, uma área com grande atividade sísmica e vulcânica, e abriga mais de 400 vulcões, dos quais pelo menos 129 continuam ativos e 65 estão classificados como perigosos

Fonte: Terra

Agradecimento pelo grande número de leitores do site na Indonésia

17/03/2012

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Fonte: youtube

Agradecimento pelo grande número de visitas de leitores de Bali, na Indonésia, paraíso do surfe

10/12/2011

[yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=9m1kZijuceM&feature=fvst’]

Fonte: Youtube

Noticias da Indonésia

03/07/2011

Um terremoto de 6,1 graus de magnitude atingiu, em 4/2/14, os mares do leste da Indonésia, sem que as autoridades tenham informado sobre vítimas e danos materiais.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos, que mede a atividade sísmica no mundo tudo, localizou o epicentro do terremoto a 18 quilômetros de profundidade do leito marinho, a 318 quilômetros de Díli, no Timor Leste, e a 383 de Ambon, no arquipélago indonésio das Molucas.

O Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico não emitiu nenhum aviso de ondas gigantes.

A Indonésia se encontra dentro do chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, uma área onde ocorre grande parte dos terremotos registrados no planeta, a maioria deles de baixa magnitude.

Um vulcão de cerca de 1784 m, o Soputan, entrou em erupção na Ilha de Célebes, na Indonésia, erguendo nuvem de fumaça e cinza de 5,5 km de altura, que, porém, não obrigou as populações dos povoados locais a desocuparem-nos.  Desde 1970, isto já ocorreu 14 vezes, sendo a última, em 2008, quando destruiu as plantações de arroz e cravo da região.  Além disso, estima-se que haja 400 vulcões no País, sendo 129 deles ativos.

Fonte: Terra

‘Se ficamos nus juntos, acham que é orgia’: como é ser nudista em um país muçulmano

Comunidade nudista da Indonésia desafia a lei para seguir seu estilo de vida, apesar da forte discriminação.


 

Sempre que pode, Aditya anda nu (Foto: BBC)Sempre que pode, Aditya anda nu (Foto: BBC)

Sempre que pode, Aditya anda nu (Foto: BBC)

Aditya está nu. Enquanto conversa e frita ovos com caranguejos e repolho, gotas de azeite fervido salpicam na sua barriga.

“Eu adoro fazer as coisas do dia a dia pelado, inclusive cozinhar”, diz. “Me agrada muito ficar o tempo todo pelado. Me sinto mais feliz e mais confortável sem roupa.”

Mas Aditya assume riscos ao andar nu – por isso, não quer revelar seu nome completo. Com base na lei contra pornografia na Indonésia, país de maioria muçulmana, é ilegal andar pelado em público.

Apesar disso, ele se encontra frequentemente com outros nudistas. “Podemos enfrentar pena de prisão se aparecermos pelados em público. Por isso, nos encontramos reservadamente”, explica.

 

Grupo pequeno, mas unido

 

Adityia é nudista desde 2007. “Estava navegando na internet, lendo artigos sobre nudismo e me interessei muito pelo tema. Era a forma de vida que eu estava buscando”, recorda.

Então, entrou em contato com outros nudistas do país – uma comunidade pequena, mas muito unida. O grupo nudista de Jacarta tem entre 10 e 15 membros, homens e mulheres.

Aditya sente que a nudez promove um vínculo especial, uma conexão forte e duradoura entre eles. “Podemos ser nós mesmos. Ninguém te humilha, não importa o quão gordo ou barrigudo, o tamanho dos seus peitos ou suas marcas de nascimento. Está pelado.”

Aditya diz que se arrisca ao praticar o nudismo - uma lei contra a pornografia proíbe pessoas de andarem peladas na Indonésia (Foto: BBC)Aditya diz que se arrisca ao praticar o nudismo - uma lei contra a pornografia proíbe pessoas de andarem peladas na Indonésia (Foto: BBC)

Aditya diz que se arrisca ao praticar o nudismo – uma lei contra a pornografia proíbe pessoas de andarem peladas na Indonésia (Foto: BBC)

Ele sonha em viajar para países como a França, onde seu estilo de vida seria aceito. Mas embora a legislação da Indonésia não permita o nudismo, isso não significa que não haja algumas oportunidades para andar pelado.

O grupo se reúne de vez em quando em povoados que podem ser alugados em períodos de férias. Recentemente, se encontraram em uma área montanhosa, nos arredores da capital Jacarta.

“A gente fica pelado em questão de segundos”, conta Aditya. Eles simplesmente passam os dias juntos, relata, conversando sobre todo tipo de tema – de política a trabalho. Sempre nus.

O homem conta que acaba de voltar de uma viagem à praia, em um dos melhores destinos secretos, longe da discriminação que enfrentaria em outras partes do país. “Não é um lugar nudista, mas fica bem escondido por uma folhagem densa”, explica.

Mesmo assim, ele toma algumas precauções. “Escolho os momentos de forma cuidadosa e saio para caminhar bem cedo de manhã.”

 

Ousados?

 

Apesar dos riscos, Aditya se expressa de maneira aberta sobre sua forma de vida na internet.

Entre suas diversas contas de Instagram, havia uma de acesso restrito em que publicava fotos nu. Em uma delas, ele aparece totalmente pelado dentro de uma igreja.

Ele decidiu apagar a conta depois, por medo de ser condenado com base na lei contra a pornografia. Mas acredita que as publicações eram necessárias para esclarecer os numerosos “mal-entendidos” sobre sua forma de vida.

“As pessoas aqui da Indonésia pensam que o nudismo está relacionado com sexo”, lamenta, destacando que a prática não é igual ao exibicionismo.

“Se nos despimos juntos, assumem que é uma orgia. A verdade é que não tem nada de sexual nisso. As pessoas são hipócritas quando pensam que é mais educado estar vestido do que agir de forma aberta.”

 

Uma forma ‘complicada’ de vida

 

Outro nudista que vive na cidade de Bornéu e que prefere não revelar seu nome concorda que levar esta forma de vida na Indonésia é uma “decisão difícil”.

Ele olha com certa inveja para países como França e Alemanha, onde o nudismo é mais aceito, e pondera que as empresas indonésias poderiam se dedicar mais em atender ao mercado nudista.

A melhor alternativa para ele está na ilha de Bali, onde as restrições são menores, mas diz que os complexos turísticos abertos a essa prática só aceitam estrangeiros.

Há 40 anos, o nudismo era algo comum ali: as mulheres passeavam de topless e tomavam banho nuas. Agora não há mais praias nudistas públicas na ilha, de maioria hindu, embora algumas áreas costeiras continuem sendo populares entre os adeptos da prática, pois ficam protegidas por rochas.

O gerente de um complexo turístico em Bali diz que possui duas propriedades onde o uso de roupas é “opcional”, e que só no centro turístico de Seminyak existe uma dezena de locais semelhantes.

Além disso, “alguns complexos não divulgam que são abertos ao nudismo, mas muitos estrangeiros andam nus lá”. “O nudismo é comum na classe alta”, diz.

O gerente esclarece que só são aceitos clientes estrangeiros, mas acredita que outros complexos hoteleiros podem também receber cidadãos locais.

 

‘Nos chamam de animais’

 

Aditya quer esclarecer à sociedade que ele e seus colegas nudistas são seres humanos como qualquer outro.

“A maioria das pessoas tende a ter reações fortes quando se deparam com algo que não é usual. Veja, por exemplo, a forma agressiva como agem com as pessoas transgênero, as agridem.”

“O que eu faço não é pornografia”, critica. “Fico triste quando me julgam e pensam que sou imoral. Nos chamam de animais, inclusive. Só estou sendo eu mesmo, não é nada de grotesco. Não estou fazendo mal a ninguém.”

Às vezes, ele sente a necessidade de desconstruir ideias equivocadas que circulam nas redes sociais. Mas diz que em muitas ocasiões não tem a “energia necessária” para abordar o que classifica como longas e inúteis discussões na internet.

“Muita gente ainda não consegue abordar o tema do nudismo.”

Fonte: G1

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