CORFU Fonte: Youtube
O governo socialista da França insistiu nesta sexta-feira que levará os
cortes orçamentários adiante e prometeu uma reforma tributária no próximo ano,
contrariando rumores de que estaria abrandando medidas propostas durante a
campanha eleitoral, como a de impor uma alíquota tributária de 75 por cento aos
ricos. O presidente François Hollande, eleito em maio com a promessa de
estimular a retomada de crescimento e taxar mais pesadamente os ricos, disse
que, por causa da economia estagnada, é crucial que a França cumpra a meta de
limitar o déficit público a 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013,
sob risco de perder a confiança dos investidores.
Hollande disse que, ao não corrigir o valor dos gastos públicos no ano
que vem – exceto no que diz respeito a dívida e pagamentos de pensões -, seu
governo pode economizar 10 bilhões de euros, levando em conta o valor ajustado
pela inflação. Mas isso representaria apenas um terço dos mais de 30 bilhões de
euros que Hollande diz que a França precisaria economizar para cumprir a meta de
déficit do próximo ano, mantendo-se no rumo do equilíbrio orçamentário até o
final dos seus cinco anos de mandato.
Como o governo se recusa a demitir servidores públicos, a maior parte do
ajuste precisará ser feita via elevação da arrecadação tributária. “Esse será o
maior esforço em 30 anos”, disse Hollande em um ato público no qual prometeu uma
reforma tributária “audaciosa”, entre outras medidas.
Desde 2007, o déficit francês não fica aquém do limite exigido pela União
Europeia, de 3 por cento do PIB. Naquele ano, ficou em 2,7 por cento. Após a
crise dos últimos anos, que levou a dívida pública a 90 por cento do PIB,
Hollande disse que a administração da dívida já se tornou o segundo maior item
do orçamento, o que torna o ajuste mais complexo.
Os parceiros da França na UE veem o plano orçamentário como um teste
crucial para avaliar o entusiasmo de Hollande com as reformas, mas há poucos
sinais por enquanto de que ele fará mudanças profundas no ano que vem. A França
não consegue equilibrar seu orçamento desde 1974, e os gastos públicos
atualmente respondem por 56 por cento da produção econômica – valor que, no
Ocidente, só é superado pela Dinamarca.
O orçamento será apresentado em 28 de setembro, numa reunião de gabinete
que foi adiada em dois dias para que Hollande participe da Assembleia Geral da
ONU, em Nova York, segundo autoridades.
O futuro da Grécia está na Zona do Euro, mas sua permanência depende,
principalmente, de que o país respeite os compromissos firmados pelo governo
diante de seus parceiros europeus para aprovar o novo plano de contenção para os
próximos dois anos.
Essa foi a mensagem de apoio condicionado que o presidente do Conselho
Europeu, Herman Van Rompuy, entregou nesta sexta-feira ao primeiro-ministro
grego, o conservador Antonis Samaras.
“Estou convencido de que o futuro da Grécia está na Eurozona. Estou
convencido de que, contanto que a Grécia respeite seus compromissos, os
parceiros europeus continuarão apoiando que permaneça na Eurozona”, afirmou o
líder europeu em entrevista à imprensa após a reunião com Samaras.
Van Rompuy manifestou sua convicção de que o governo grego “levará a cabo seu
programa” de medidas de economia avaliado em 11,6 bilhões de euros que a UE
exige em troca de um novo pacote de ajuda financeira. Samaras, por sua vez,
pediu a Van Rompuy que o novo empréstimo, de 31 bilhões de euros, parte do
segundo resgate à Grécia, seja entregue a Atenas “o mais rápido possível, para
que haja a liquidez necessária para que o crescimento seja retomado”.
A Grécia precisa dos fundos para pagar os vencimentos da dívida dos próximos
meses e para fazer a recapitalização dos bancos, que já demora mais do que o
planejado. O pagamento não foi feito e sua aprovação depende do relatório dos
chefes de missão da Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo
Monetário Internacional, que chegaram hoje a Atenas para examinar o novo plano
de austeridade.
No domingo à tarde, os chefes da chamada troika se reunirão com o ministro
das Finanças grego, Yannis Sturnaras, e ao meio-dia de segunda-feira, com o
primeiro-ministro. Apesar da urgência, o plano de medidas de contenção não está
completamente fechado, e após uma polêmica demora, o conservador Samaras
anunciou hoje que fará uma reunião no domingo com membros de seu governo – o
social-democrata Evangelos Venizelos e o centro-esquerdista Fotis Kouvelis –
para tentar chegar a um consenso.
Os novos cortes, que já geraram grandes protestos entre os empregados
públicos e os sindicatos, não agradam a todos nos partidos do governo. Quatro
dirigentes do partido social-democrata Pasok enviaram nesta sexta-feira uma
carta ao Ministério das Finanças em que pedem que as pensões da Previdência e os
salários públicos mais baixos não sejam reduzidos.
Por sua vez, o partido centro-esquerdista entregou a Samaras uma proposta de
medidas alternativas que cortariam as despesas da Defesa e da Saúde, em vez da
Previdência. Por enquanto, Samaras comunicou a Van Rompuy que ordenou que o
processo de privatizações seja acelerado para obter renda e reduzir o déficit
público. Por outro lado, o Instituto de Estatística da Grécia divulgou hoje que
o Produto Interno Bruto recuou 6,3% no segundo trimestre do ano, mantendo a
recessão que já dura cinco anos.
Na quinta-feira, o Centro de Planejamento e Pesquisas Econômicas (Kepe),
ligado ao governo, avisou que se os novos cortes forem aplicados no prazo de
dois anos, o que é exigido por Bruxelas apesar das reivindicações gregas de
maior tempo, a recessão continuará também durante 2013 e 2014.
A oposição, liderada pela esquerda radical do Syriza, já manifestou sua
rejeição ao novo plano de austeridade e, seu líder, Alexis Tsipras, criticou
hoje Sturnaras, dizendo que a situação grega não pode ser comparada à crise
argentina de 2001.
“Quem dera fôssemos a Argentina. Eles passaram um mau momento mas conseguiram
se reerguer com dignidade. Por outro lado, os senhores estão nos levando a uma
situação pior, a uma situação de subjugação”, queixou-se Tsipras no
Parlamento.
O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, anunciou
novas medidas de austeridade para 2013, no momento em que o país,
que recebe assistência financeira, tem dificuldades para honrar seus
compromissos de redução do déficit público. Passos Coelho anunciou um aumento
das contribuições para a Previdência Social pelos trabalhadores dos setores
público e privado. Em contrapartida, previu a redução das contribuições
patronais, a fim de favorecer a criação de empregos, quando que o desemprego
ultrapassa os 15% da população ativa.
“O governo decidiu aumentar as contribuições para a Previdência Social do
setor privado para 18%, o que permitirá, em contrapartida, reduzir as
contribuições patronais igualmente para 18%”, declarou o primeiro-ministro em
uma declaração à Nação. Até o momento, as contribuições dos funcionários do
setor privado são de 11%, enquanto as das empresas chegam a 23,75%. “Também
reduziremos consideravelmente os custos trabalhistas (…) e faremos isso no
momento em que a situação financeira de nossas empresas é muito frágil”,
acrescentou Passos Coelho.
Paralelamente a este anúncio, a troika (UE-BCE-FMI) credora de Portugal
continua a sua quinta avaliação das reformas e medidas de austeridade
implementadas pelo governo de centro-direita em troca de um pacote de socorro de
78 bilhões de dólares, concedido em maio de 2011 pela União Europeia e o FMI.
Mas a austeridade contribuiu para uma forte contração da economia, de 3,3% no
segundo trimestre, enquanto o governo espera um decréscimo de 3% para todo o
ano.
O desemprego aumentou e o governo prevê para o próximo ano uma taxa
recorde de 16%. “O desemprego atingiu um nível intolerável”, observou o
primeiro-ministro. A recessão também causou uma redução acentuada das receitas
fiscais e a meta do governo de reduzir seu déficit para 4,5% do PIB até o final
do ano parece impossível de alcançar.
Representantes da oposição de esquerda e vários observadores têm
recomendado ao primeiro-ministro que obtenha da Troika uma ajuda adicional ou
prazos mais estendidos para restabelecer a situação econômica, mas Passos Coelho
continua a rejeitar estas ideias, dizendo que não irá pedir aos credores “nem
mais tempo, nem mais dinheiro”.
O departamento do Trabalho do governo dos Estados Unidos informou
que houve uma queda na taxa de desemprego de agosto, a marca atingiu
o nível de 8,1%. Em contrapartida, o país registrou uma forte queda no índice de
criação de emprego, 96 mil postos foram gerados, 32% a menos que julho.
A taxa de desemprego retrocedeu 0,2% em relação a julho, atingindo a
marca de 8,1% em dados corrigidos de variações sazonais, o nível mais baixo em
mais de três anos, que já havia sido alcançado em abril.
Os números revelados hoje contrariam as expectativas de analistas, que
esperavam uma desaceleração menor contratações, de 130 mil novos postos, e uma
taxa de desemprego estável em relação a julho, de 8,3%. Isso é atribuído a uma
diminuição da população ativa, indicou o Departamento em um comunicado. “A
quantidade de pessoas sem emprego não variou muito, caiu a 12,5 milhões”, assim
como o desemprego de longa duração, que afeta 40% dos desempregados.
As criações de postos de trabalho não foram suficientes para absorver os
recém-chegados ao mercado do trabalho. Segundo o presidente do Federal Reserve
(banco central americano), Ben Bernanke, os Estados Unidos precisam de 100 mil a
110 mil novos empregos por mês para manter a taxa de desemprego estável e
impedir um aumento.
Fonte: Terra
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Fonte: Youtube
Após convencer mais de 400 mil gregos com seu discurso xenófobo e conseguir uma histórica entrada no Parlamento de Atenas, o partido neonazista Aurora Dourada ampliou agora sua presença nas ruas, com ataques a estrangeiros e ameaças a comerciantes imigrantes.
“No sábado 23 de junho, chegaram uns 30 ou 35 neonazistas. Alguns vinham de moto e todos estavam armados com bastões e protegidos com capacetes. Entraram em minha loja e me disseram: “Não queremos você aqui. Este é nosso país e não o seu. Vá embora. Tem uma semana para fechar esta loja”, disse à Agência Efe o paquistanês Ahmet Nadim, que administra uma videolocadora no bairro ateniense de Nikea.
Seu caso não é único. Os estabelecimentos contíguos, uma barbearia e uma mercearia, administrados por imigrantes, também foram ameaçados, enquanto a polícia, situada a 30 metros de onde ocorria, não interveio.
“Tenho vários alunos que se queixaram do mesmo. Alguns foram ameaçados de atear fogo em seus estabelecimentos comerciais”, destaca Katerina, professora de grego em um centro social para imigrantes.
“Eu tenho os papéis certos, pago meu aluguel e meus impostos”, queixa-se Nadim, que vive na Grécia há dez de seus 35 anos.
A crise econômica, as medidas de austeridade, o elevado desemprego e a alta imigração legal e ilegal serviram de incentivo ao crescimento do Aurora Dourada, que ganhou influência com os bons resultados eleitorais: enquanto no pleito de 2009 a legenda tinha recebido 0,3% dos votos, dessa vez registrou quase 7%.
Nikea foi tradicionalmente um celeiro de votos comunistas, pois não esquece a batalha que seus habitantes travaram contra os ocupantes nazistas em 1944. A revolta foi reprimida pelas tropas alemãs e centenas de moradores foram executados.
Ainda neste sábado, mais de 60% dos votos do bairro vão à esquerda (Syriza e Partido Comunista, especialmente), mas o Aurora Dourada foi o terceiro partido mais votado nas últimas eleições, com quase 9%, e desde que a inauguração do escritório local do partido neonazista, em maio, os ataques aumentaram no bairro.
Segundo Javet Aslam, presidente da comunidade paquistanesa na Grécia, cerca de 300 imigrantes ficaram feridos em agressões racistas nos últimos três meses.
Um dia de meados de junho, às 6h da manhã, o paquistanês Ghuldam Murtza estava a caminho do trabalho quando foi visto por quatro motoqueiros. Eles mudaram o sentido para persegui-lo e o espancaram até que sofreu severas contusões na cabeça e teve o nariz quebrado.
“Se os membros do Aurora Dourada encontram um imigrante sozinho, sobretudo de noite, o enviam para o hospital. E isso ocorre diariamente”, denuncia Mohammed, que trabalha no mercado do bairro.
Por isso, na quinta-feira passada, a União de Trabalhadores Imigrantes e o Movimento Unido Contra o Racismo e a Ameaça Fascista convocou em Nikea uma manifestação de apoio aos imigrantes, exigindo o fim da violência e o fechamento da sede do partido neonazista no bairro.
Cerca de mil pessoas, em sua maioria imigrantes paquistaneses, se reuniram sob o lema: “Aurora Dourada é uma gangue neonazista. Nem no Parlamento nem em nenhum lugar, fora os fascistas dos bairros”.
Cerca de 200 militantes do Aurora Dourada isolaram a rua de sua sede e, armados com bastões e escudos pintados com o símbolo da antiga Esparta, se apertavam em formação.
“Estamos aqui para proteger nossa sede. É ridículo e inaceitável que paquistaneses, indianos e árabes se manifestem pedindo a ilegalização de um partido que está no Parlamento”, critica Ioannis Lagos, um dos homens no comando da legenda e guarda-costas habitual do líder neonazista, o ex-militar Nikolaos Michaloliakos.
Outro porta-voz local do partido, Giorgos Patelis, acusa os imigrantes de cometerem roubos e protagonizarem episódios de violência “diariamente” no bairro e que seus homens se limitam a “comparecer em ajuda dos cidadãos gregos quando estes o pedem”, o que implica patrulhar as ruas.
Patelis nega ter ameaçado os paquistaneses e afirma que seu partido utiliza meios “legais” para suas ações. Além disso, ele menciona que o principal dos objetivos do grupo é “que todos os imigrantes vão embora”, pois, para os neonazistas, “nenhum é legal”.
“Não é verdade! Os que nos ameaçaram se apresentaram abertamente como membros do Aurora Dourada. O problema é que fomos denunciá-lo à Polícia e nos disseram que eles não podiam fazer nada”, protesta Aslam.
Fonte: Yahoo
As incertezas políticas na Grécia e a dificuldade da Espanha em
salvar seus bancos voltaram a por a Europa em alerta em 10 de Maio. Além dos
problemas em duas de suas mais debilitadas economias, a previsão de encolhimento
do PIB em 0,3% em 2012 aprofunda a crise na zona do euro.
As estimativas da Comissão Europeia (CE) confirmam a contração econômica da
zona da moeda única integrada por 17 países para este ano. O crescimento deverá
ser de apenas 1,3% para 2013.
“Eu tenho muito respeito pela democracia grega e pelo Parlamento grego, mas
também tenho respeito pelos outros 16 Parlamentos. Se os acordos não forem
respeitados, isto significa que não teremos condições de continuar com um país
que não honra seus compromissos”, disse.
Já Olli Rehn, comissário europeu para assuntos econômicos e monetários, disse
que a zona do euro tem “uma recuperação à vista”, embora as previsões ainda
sejam sombrias.
“A situação econômica continua frágil, com a manutenção de grandes
disparidades entre os estados-membros”, acrescentou.
“A atividade econômica na União Europeia sofreu contração no último trimestre
de 2011 e estima-se que isso também ocorreu no primeiro trimestre de 2012”,
disse o comunicado da CE.
De acordo com preceitos econômicos, dois trimestres consecutivos de contração
tendem a indicar um processo de recessão no período seguinte.
As estimativas de Bruxelas chegam em meio à polarização do debate sobre a
resolução da crise. Para a Alemanha, maior economia do bloco, a estratégia deve
continuar sendo a aplicação das medidas de austeridade e contenção fiscal.
É o que defende a chanceler (premiê) Angela Merkel, que vem deixando claro
que o pacto fiscal para ajuste das contas dos países do bloco não pode ser
renegociado, como proposto pelo novo presidente francês, François Hollande, que
defende o crescimento como nova estratégia para a saída da crise.
Números individuais apontam que o único país que deve registrar contração em
2013 é a Espanha, onde a atividade econômica pode ser reduzida em até 0,3%.
A CE prevê ainda que o desemprego espanhol deverá continuar sendo o maior da
União Europeia, com uma taxa de até 24,4% neste ano e 25,1% em 2013.
Em comparação, a taxa de desemprego na zona do euro deve atingir 11% neste
ano. Os números desalentadores chegam em meio a um esforço do governo espanhol
para recapitalizar os bancos.
Madri deve forçar os bancos a tomarem empréstimos de mais 30 bilhões de euros
como garantias contra o risco de inadimplência.
Caberá ao sistema bancário do país levantar os recursos ou emprestar do
governo, a taxas anuais de cerca de 10%.
O governo já se disponibilizou a tomar as medidas necessárias para restaurar
a credibilidade de seu sistema financeiro e disse que no caso de os bancos
recorrerem a empréstimos públicos, Madri deve organizá-los de forma que em
última instância possam ser convertidos em estatizações parciais.
No início da semana a Espanha comprou 45% do Bankia.
Em seu comunicado, a CE disse ainda que o deficit espanhol seria de 6,4%
neste ano e 6,3% em 2013. No entanto, o ministro da Economia, Luis de Guindos,
disse que seu país conseguirá atingir a meta de deficit de 5,3% neste ano e 3%
no ano seguinte.
Em seu comunicado, a CE manteve as previsões pessimistas para a Grécia.
De acordo com as estimativas de Bruxelas, o país deve ter contração da
atividade econômica de 4,7% neste ano, crescimento zero em 2013 e taxa de
desemprego de 19,7% em 2012.
Os números chegam em meio à dificuldade das forças políticas de formarem um
novo governo no país. Cinco dias após as eleições parlamentares do último
domingo, a terceira tentativa de formação de uma coalizão fracassou.
O ex-ministro das Finanças Evangelos Venizelos abandonou os esforços de
articulação política, o que deixa em aberto a possibilidade de o país convocar
eleições antecipadas e aumenta os rumores de que Atenas possa abandonar a zona
do euro.
As declarações do presidente da CE, José Manuel Barroso, sobre a eventual
saída da Grécia da zona do euro caso os acordos sejam descumpridos, deve
acrescentar mais pressão à volátil situação política em Atenas.
“Eu tenho muito respeito pela democracia grega e pelo Parlamento grego, mas
também tenho respeito pelos outros 16 Parlamentos. Se os acordos não forem
respeitados, isto significa que não teremos condições de continuar com um país
que não honra seus compromissos”, disse.
Milhares de ”indignados”, o movimento social nascido há um ano em protesto contra a crise econômica, os políticos e os excessos do capitalismo, voltaram às praças da Espanha neste sábado, no pontapé inicial de quatro dias de mobilizações para demonstrar que seu espírito continua vivo.
Sob o lema “Tomar as ruas”, os ativistas, em sua maioria jovens mobilizados através das redes sociais, convocaram concentrações em 80 cidades do país e, em Madri voltaram a ocupar a Puerta del Sol, a praça do centro da capital onde nasceu o movimento, dia 15 de maio de 2011.
Em Madri, os manifestantes pareciam não ter a intenção de respeitar a proibição oficial de não se manifestar depois das 22H00 horas e de voltar a reeditar sua “assembleia permanente” do ano passado, que durou semanas.
Com a noite avançada, milhares de “indignados” continuavam na grande praça, sentados em círculos, conversando ou tocando tambores, observados pelos veículos da polícia estacionados próximos.
À meia-noite, levantando os braços para o céu, os “indignados” fizeram um minuto de silêncio antes de começarem a gritar em coro, desafiadores, um de seus lemas: “Sim podemos, sim podemos”.
Em Madri, 30 mil pessoas se manifestaram, segundo a polícia, em Barcelona, a segunda cidade do país, foram entre 45 mil, segundo a polícia, e 220 mil, segundo os organizadores. Outras concentrações importantes aconteceram em Valencia, Sevilha e Bilbao.
“Estamos aqui porque é necessária uma mudança global, porque a indignação não parou. Continuamos indignados com as políticas de austeridade que a elite econômica nos impõe”, afirma em Madri Víctor Valdés, um estudante de filosofia de 21 anos. A frase “Juventude sem futuro” estampa sua camisa.
Em um país afundado mais uma vez na recessão, com uma taxa de desemprego de 24,44%, que chega a 52% entre os jovens, o governo conservador de Mariano Rajoy impõe já há seis meses medidas de rigor para poupar 30 bilhões de euros, com cortes que incluem setores como a saúde pública e a educação.
Graças ao movimento surgido em 15 de maio passado, “pouco a pouco a sociedade foi abrindo os olhos”, afirma Noelia Moreno, de 30 anos, uma das participantes do protesto que, inspirado nas manifestações da primavera árabe, surpreendeu o mundo.
“Acredito que algo mudou na mentalidade das pessoas, não é algo muito tangível agora, mas foi plantada uma sementinha que no futuro vai poder ser vista”, assegura.
É consciente, no entanto, da necessidade de manter o movimento vivo. “É uma corrida de longa distância, ninguém pode mudar tudo um sistema político em um dia, nem em um ano, isso leva tempo”, afirma.
Manter este impulso é precisamente o que os “indignados” buscam neste primeiro aniversário, que durante quatro dias dará origem a debates e assembleias populares nas praças de toda a Espanha.
Carregando uma bandeira que proclamava “O povo é a solução. Voltemos às praças, continuemos nas ruas”, cerca de 35 mil pessoas, segundo a Guarda Municipal, marcharam por Barcelona e outras cidades do país, entre elas Madri.
Foi nesta praça onde se instalou há um ano um acampamento improvisado de barracas e sacos de dormir que, com seu refeitório, sua creche e suas bibliotecas, converteu-se no símbolo da revolta popular contra a crise, inspirando movimentos similares em outros países.
Para marcar este aniversário, também foram convocadas manifestações em cidades como Paris, Atenas, Nova York ou Rio de Janeiro.
Mas todos os olhares se voltarão para a Porta do Sol, já que as autoridades espanholas advertiram que não serão permitidos novos acampamentos e só autorizaram as concentrações até as 22h00 locais (17h00 de Brasília).
“Não será um acampamento, e sim uma assembleia permanente”, explica Luis, porta-voz do movimento, esperando que esta fórmula lhes permita ficar na praça até terça-feira, quando os “indignados” comemoram seu primeiro aniversário.
Desde que o acampamento do Sol foi desmantelado, no dia 12 de junho do ano passado, o movimento perdeu visibilidade nos meios de comunicação, mas seguiu vivo nas redes sociais, nas assembleias de bairro e na luta contra a exclusão, embora com menos seguidores.
“Os que permaneceram são os mais conscientes, atuando em ações setoriais, como, por exemplo, opondo-se aos despejos”, afirma Antonio Alaminos, professor de sociologia da Universidade de Alicante.
Efeito mais concreto da mobilização dos “indignados”, o novo salto dado pela Plataforma de Afetados pelas Hipotecas (PAH), que desde 2009 luta contra o despejo de famílias endividadas –muitas delas de imigrantes–, conseguiu nos últimos meses cancelar ou adiar dezenas de expulsões.
Toda minha vida trabalhei como uma formiguinha e agora sou ‘ocupa’ na minha própria casa”, explica Angéles Belmonte, uma viúva de 76 anos, sobre o motivo de ter se acorrentado à agência de um banco privado que a despejou há dois meses. Angéles perdeu a casa onde morou boa parte de sua vida, numa pequena cidade no sul da Espanha, por servir de avalista a um dos filhos que ficou desempregado e não pôde mais pagar a hipoteca. O ato desesperado dessa viúva é mais um entre muitos outros em resposta ao número crescente de despejos vividos na Espanha.
Segundo dados do Ministério de Fomento à Habitação, desde 2007, quando estourou a crise financeira mundial, mais de 350 mil famílias foram vítimas de execuções hipotecárias que conduziram a 170 mil despejos. Madri é a região mais afetada, com 9.460 despejos só em 2011.
A década de ouro da economia espanhola (1998-2007) deve boa parte de seu êxito ao setor imobiliário. A mudança na Lei de Uso e Ocupação do solo e os incentivos fiscais para construir criaram diversas empresas no setor. Por sua vez, estas empresas alavancaram a criação de indústrias e outras empresas fornecedoras dos serviços e produtos que as construtoras necessitavam.
A bolha imobiliária espanhola se sustentava principalmente na especulação e na facilidade de crédito. Como os preços dos imóveis estavam muito acima do poder de compra de boa parte da população, o endividamento – não era raro hipotecar-se por 30 ou até 50 anos – parecia ser a única alternativa para consegui a sonhada casa própria.
A partir de 2007, a Espanha inicia uma mudança no seu ciclo imobiliário. Em agosto desse mesmo ano, a crise do mercado hipotecário dos EUA promove a falta de liquidez do sistema financeiro, dificultando e encarecendo ainda mais as fontes de financiamento. Sem crédito, a economia espanhola – que já notava o esgotamento do seu modelo de crescimento baseado na construção – entra numa profunda crise. Em recessão desde 2008, o país chega a 2012 com uma dívida externa de 165% do PIB e 25% da população economicamente ativa desempregada.
O alto índice de desemprego na Espanha impede que muitas famílias arquem com suas hipotecas, o que aumenta a cada dia os casos de despejo em todo o país. Eduardo, de 52 anos, como tantos outros entusiasmados pela teórica bonança econômica, embarcou em um crédito hipotecário no valor de 268 mil euros, em 2006. Na época, ele e sua mulher tinham trabalho e podiam pagar uma cota de 1.200 euros ao mês. Em 2008, começam os problemas associados à bolha imobiliária e, um ano depois, Eduardo que trabalhava para uma pequena empresa de mudanças perde o emprego e deixa de pegar sua hipoteca. Atualmente, sua família subsiste com uma ajuda mensal de 450 euros e está sujeita a um despejo marcado para o fim deste mês.
Ajuda profissional
O caso de Eduardo está sendo acompanhado pela Plataforma de Afetados pela Hipoteca de Barcelona (PAH de Barcelona). A organização, criada em 2009, agrupa pessoas afetadas pela crise e profissionais como advogados, psicólogos e assistentes sociais, que juntos decidiram iniciar negociações com entidades financeiras e impedir os despejos. Ao mesmo tempo, a plataforma iniciou um trabalho documentado para denunciar e modificar o atual marco legal que favorece as instituições bancárias e desprotege os hipotecados.
“A nossa primeira ação foi tentar negociar o perdão da dívida das famílias que entregassem suas casas às entidades financeiras, é o que chamamos juridicamente de dação em pagamento. Isso deve ser feito preferencialmente antes dos bancos iniciarem um processo de execução hipotecária, pois o processo levaria essas famílias a terem suas casas leiloadas e ainda continuarem com a dívida”, esclarece Ada Colau, atual porta-voz da PAH de Barcelona e uma de suas fundadoras.
Em 2011, com o nascimento do movimento “15M”, as atividades de Barcelona ganharam visibilidade no resto do país, incentivando a criação de outros núcleos. Atualmente existem 55 Plataformas de Afetados pela Hipoteca em toda a Espanha.
“De repente as pessoas se dão conta de que o seu problema é o mesmo que o do vizinho e que se unindo conseguem impedir até os despejos”, assegura Afonso, morador de Madri e participante ativo das ações “stop desahucio” (pare o despejo), que são convocações para levar o maior número de pessoas a se concentrarem no endereço onde uma família será despejada. A pressão social já parou 224 despejos em todo o país desde essas ações começaram
Muitos imigrantes, que chegaram à Espanha em um período de muita oferta de trabalho no setor da construção e conseguiram se regularizar no país por meio de um contrato de trabalho, também foram presas fáceis das facilidades de crédito e do discurso de que o melhor investimento era adquirir um imóvel.
“Existem milhares de famílias de imigrantes que assinaram sem muito conhecimento contratos abusivos e enganosos. Nesses contratos se exigia do imigrante ser avalista de um outro imigrante que muitas vezes ele nem conhecia. E isso para resolver o problema de aval que muitos tinham para cumprir com os requisitos e conseguir uma hipoteca”, denuncia Aída Quinatoa, equatoriana, residente há 12 anos na Espanha e presidente da Conaee (Confederação Nacional de Equatorianos na Espanha).
A Conadee existe desde 2006 e foi a primeira organização de imigrantes na Espanha a denunciar a situação dos imigrantes que perdiam suas casas para entidades bancáricas e não contavam com qualquer apoio social ou jurídico do Estado. Em junho do ano passado, o Conadee se uniu à PAH de Madri, juntas as entidades movem ações judiciais e assessoram gratuitamente a pessoas com problemas para pagar suas hipotecas ou que estão sofrendo alguma ação judicial de despejo.
Uddin e Hafiz são bengalis e compraram há três anos um apartamento de um quarto, no centro de Madri. Cada um tem sua família, mas dividiam as prestações da hipoteca de 1500 euros mensais e compartilhavam 40m2 entre quatro adultos e quatro crianças. No final do ano passado, Hafiz perdeu seu trabalho. Uddin, com um salário de 1000 euros, já não podia pagar sozinho as cotas da hipoteca. Na quarta-feira (09/05), as duas famílias foram despejadas. Era a segunda tentativa de um banco privado, que teve seu primeiro intento impedido em março por uma ação “stop desahucio”. Desta vez, havia força policial cortando os dois acessos de entrada da rua.
“Tentamos negociar com o representante do banco, oferecendo a casa em troca do perdão da dívida e a permanência das famílias que pagariam um aluguel, mas foi impossível”, contou Rafael Mayoral, advogado que prestava gratuitamente serviço jurídico às duas famílias desalojadas por meio da PAH de Madri.
No inicio do mês passado um Conselho de Ministros aprovou um decreto-lei de medidas de apoio ao cidadão hipotecado. O decreto permitirá a dação em pagamento como um último recurso após tentar todas as possibilidades de renegociação da dívida. Um dos requisitos exigidos para obter tal benefício e ter todos os membros da família desempregados. O decreto inclui também um código de boas práticas no qual as entidades bancárias aderem de forma voluntária.
Para a Plataforma de Afetados pela Hipoteca esse decreto-lei é uma medida muito tímida e que pouco contribui para solucionar os problemas dos hipotecados. Em junho do ano passado a PAH e outras entidades sociais e sindicais tramitaram no Congresso Nacional um texto da Iniciativa Legislativa Popular (ILP). Esta proposta de lei reivindica, entre outras exigências, a dação em pagamento retroativa, a conversão das hipotecas em aluguel social e a paralisação imediata dos despejos. Porém, só no fim do mês passado, o texto foi aprovado para então iniciar o recolhimento das 500 mil assinaturas exigidas, em um período de sete meses, para que a ILP seja finalmente discutida no Congresso.
Um dos “professores”, identificado apenas por Brandon, que afirma fazer programas desde os 18 anos, diz que, com esse curso, os profissionais do sexo estarão mais preparados.
“Para que, acima de tudo, saibam o que estão fazendo. A prostituição éum um trabalho como qualquer outro”, defende Marlon.
A empresa responsável pelas classes garante que, ao final do curso, os formados terão “quase certeza” de obter um emprego, podendo até mesmo dar aulas na própria instituição. Segundo a companhia, o sucesso é garantido pois este é um trabalho onde “se consegue muito dinheiro rápido e fácil”.
O curso, que só é permitido para maiores de 18 anos, tanto homens ou mulheres, é relâmpago: dura apenas uma semana, com duas horas diárias, e cada aluno pode montar sua grade de acordo com suas necessidades. A confidencialidade dos alunos, segundo a empresa, é garantida.
Na grade curricular constam desde aulas teóricas (história da prostituição na Espanha; no resto do mundo; a microeconomia do setor; legislação; obtenção de dinheiro e lucro gerado) como práticas, com matérias como Kama Sutra, posições convencionais, não convencionais, acessórios e fetiches.
A prostituição é legalizada na Espanha, mas a Generalidade (órgão equivalente ao governo estadual) valenciana pediu à promotoria local que inicie uma investigação para saber se a empresa cometeu um delito por incentivar a prostituição (o que é proibido). E pediram a retirada dos anúncios por “publicidade sexista”.
Fonte: Uol
Queridos Leitores,
Nós, do Terra 2012, estamos encerrando nosso primeiro ano juntos, e não poderíamos deixar de registrar nosso agradecimento a todos vocês, leitores de tantas cidades do Brasil e do mundo.
Além disso, vamos conversar um pouco sobre o tema principal de que trata nosso site: a Terra
2011 foi um ano muito intenso, e é por isso que usamos a expressão acima de que seu eixo já poderia ter virado, em analogia a tantas mudanças que houve no planeta.
Vamos relembrar alguns fatos que mostram que a Terra está mesmo saindo da terceira e entrando na quinta dimensão:
* o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) tenta controlar os abusos dos juízes, contando com o apoio da população, mesmo o próprio STF, por meio de uma liminar, restringindo-lhe os poderes; em outros Poderes também se tenta varrerr a corrupção, como o que fez Dilma, ao demitir 5 ministros acusados de irrregularidades
* o aumento do salário mínimo para R$ 622,00 deve injetar R$65 bilhões de Reais na economia em 2012
* as chuvas na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, o tsunami atômico do Japão e o tufão das Filipinas provocaram o desencarne de muitas pessoas, mas isso faz parte do processo de retirada do planeta dos espíritos que não estão preparados para viverem na nova dimensão, associado ao renascimento dos sobreviventes na própria Terra, baseado em uma vida mais simples e verdadeira, focada no que realmente vale a pena, que é a vida e o convívio com as pesss quoae amamos
* um vulcão espalhou cinzas por todo o planeta, e isso também mostra o movimento de deslocamento daquele no universo
* na Arábia Saudita, o Rei Abdullah permitiu a entrada do Twitter e que as mulheres votem e sejam votadas nas eleições locais, diante dos movimentos populares da “Primavera Árabe”, que visam à derrubada das ditaduras do Islã, como ocorreu no Egito e na Tunísia
* os Estados Unidos podem vir a dispensar os vistos de turistas a brasileiros, devido à expansão de nossa economia
* no Brasil, já há crise de mão-de-obra, principalmente, em setores como a construção civil, também em decorrência da boa fase da economia
* os Estados Unidos e a Europa enfrentam grave crise econômica, marcada, sobretudo, pelo desemprego, mostrando a derrocada do atual modelo econômico, com a emergência de outro mais igualitário entre os povos, sentimento abertamente defendido pelo povo de países essencialmente capitalistas, como os nova-iorquinos
* o Estado pacificou e reocupou vários morros cariocas, levando à derrocada do poder dos traficantes de drogas
* o MST (Movimento dos Sem Terra) praticamente acabou, graças aos avanços no campo, programas sociais e redistribuição de renda no Brasil
*Steve Jobs, com sua Apple, conseguiu trazer o microcomputador para o quotidiano das pessoas, ajudando-as a viverem na era da informação
* Entretanto, como Gaia ainda é um planeta em regeneração, não faltaram fatos que mostram que boa parte dela ainda permanece na terceira dimensão. Vejamos alguns deles:
* a Coreia do Norte, um dos países mais fechados do mundo, perdeu seu ditador, mas ameaça o resto do mundo com seu arsenal nuclear
* mais de 11 milhões de brasileiros ainda vivem em favelas, a maioria deles, no Rio e São Paulo
* terroristas como Kadafi e Bin Laden, em vez de serem presos, foram mortos e torturados por dirigentes ou pelo próprio povo, mostrando que o primitivismo ainda faz parte da natureza de muitos espíritos encarnados na Terra
* assassinos eliminaram vidas inocentes em escola do subúrbio carioca e da Noruega
* já somo 7 bilhões de pessoas para serem alimentadas no planeta, e produzir alimentos para todos é um desafio, principalmente, ante as mudanças climáticas e a necessidade de preservação ambiental
* a epidemia de contaminação por bactérias e pelo câncer indica que há espíritos que terão de desencarnar da Terra por não vibrarem na mesma nova dimensão desta, apesar de que o poder da fé em Deus, por meio da oração e das terapias naturais, como Reiki e chama violeta, por exemplo, pode levar os doentes à cura, aliado a tratamentos médicos adequados, já que a medicina vem se sofisticando dia a dia, sobretudo em países como o Brasil
Abraços fraternos,
Equipe Terra 2012, diretamente de Goiânia, linda Capital do Estado de Goiás
No último domingo, também houve eleições em Portugal, mas legislativas, em que Pedro Passos Coelho, do PSD (Partido Social Democrata), venceu como Primeiro-Ministro.
Portugal enfrenta forte crise econômica, da qual pretende sair por meio de medidas contracionistas, exigidas pelos demais membros da União Europeia e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) para emprestar-lhe 78 bilhões de euros.
O clima na Europa, porém, segue tenso, com cerca de 100 cidades tendo aderido ao chamado Movimento dos “Indignados”, liderado por Madrid, mas que, também no domingo, contou com importante manifestação em Atenas contras as mesmas medidas de recessão exigidas da Grécia para que lhe sejam emprestados mais 100 bilhões de euros até 2014, além dos 110 bilhões já fornecidos, sendo 40 deles oriundos da eurozona e do FMI, 30, de investidores privados, ao adquirirem títulos da dívida grega e trocarem os de curto pelos de longo prazo, e 25, decorrentes de privatizações.
Na Grécia, o aumento dos tributos atinge, sobretudo, a propriedade imobiliária e os serviços, os salários e benefícios previdenciários sofreram cortes, e o desemprego atinge 16% da PEA (População Economicamente Ativa). Uma greve geral está prevista no País, em 15/6/11.
Fonte: Der Spiegel
CRESCE O DESEMPREGO NA ESPANHA
Pelo sétimo mês consecutivo, o número de desempregados na Espanha subiu em fevereiro em 112.269 pessoas até situar-se nos 4.712.098, informou hoje o Ministério de Emprego e Segurança Social.A cifra representa uma ascensão de 2,4 por cento em relação a janeiro de 2012, quando 177.470 espanhóis engrossaram as filas do desemprego, precisou a fonte.No espaço de um ano (desde fevereiro de 2011), o desemprego aumentou, ademais, em 412.835 pessoas, 9,6 por cento a mais.Segundo a carteira trabalhista, trata-se da segunda maior subida do desemprego em um mês de fevereiro em toda a série histórica, só superada pela de 2009, quando se situou em 154.058 pessoas.
Por setores econômicos, o desemprego escalou em fevereiro nos serviços, com 59.230 desempregados a mais (2,1 por cento), seguido da construção, com 15.656 (2,0), a agricultura, com 11.219 (7,3), e na indústria chegou a 10.269 (1,9). De acordo com os dados, o desemprego afeta a 2.353.264 homens, depois de incrementar-se em fevereiro em 64.871 novos parados (2,8 por cento a mais), e a 2.358.834 mulheres, depois de remontar em 47.398 mulheres (2,05 por cento). Entre os jovens menores de 25 anos cresceu em 24.885 em fevereiro (5,22 por cento) e entre os de acima de 25 anos subiu em 87.384 (2,12 por cento). Estes são os primeiros algarismos sobre desocupação depois de ter sido posta em marcha a nova reforma trabalhista pelo governo conservador de Mariano Rajoy, o qual, a julgamento dos sindicatos e partidos da oposição, abarata e facilita a demissão. A Espanha fechou 2011 com 5.273.600 desempregados, o que situou a taxa de desemprego em 22,85 por cento da população economicamente ativa, informou no dia 27 de janeiro o Instituto Nacional de Estatística (INE). O número de desocupados neste país ibérico aumentou em 295.300 pessoas no quarto trimestre do último exercício, indicou o Questionário da População Ativa (EPA) elaborada pelo INE. Segundo a EPA, uma ferramenta que oferece mais precisões sobre a evolução desse flagelo que o estudo realizado pelo Ministério de Emprego, se trata da taxa de desemprego mais elevada desde o primeiro trimestre de 1995, quando atingiu 23,49 por cento. Pela primeira vez na história, a cifra de espanhóis na rua superou de forma oficial os cinco milhões, pois no fechamento de setembro passado esta era de 4.978.300 pessoas, isto é, o 21,52 por cento da população ativa. Dentro dos 27 países membros da União Europeia, a Espanha ostenta a cifra mais alta de desemprego. |
Fonte: Prensa Latina
O novo empréstimo concedido na madrugada dE 21 de Fevereiro à Grécia pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) ajudará o país a evitar um calote dentro de um mês, mas não resolverá seus problemas a longo prazo, afirmam analistas ouvidos pela BBC Brasil.
“Claro que esse resgate não resolverá o problema da Grécia, mas será uma ajuda imensa durante os próximos meses”, opina Karel Lanoo, diretor executivo do Centro para Estudos de Política Europeia.
O resgate, de 130 bilhões de euros para os próximos dois anos, permitirá ao governo grego pagar 14,5 bilhões de euros em dívidas que vencem em 20 de março.
Segundo Lanoo, “é impossível saber agora por quanto tempo o país poderá aguentar antes de chegar novamente a um ponto crítico”.
“Vai depender muito de se o governo vai implementar as medidas de austeridade (combinadas com os credores internacionais) e com que velocidade. A Grécia precisa solucionar problemas acumulados durante anos para recuperar o equilíbrio”
Para Jean Pisani-Ferry, diretor do centro de estudos econômicos Bruegel, com sede em Bruxelas, “está claro agora que levará anos, talvez uma década, para reformar o país e corrigir seus desequilíbrios econômicos”.
Austeridade
As autoridades europeias reclamam que a Grécia passou muitos anos gastando mais do que arrecada e que a situação não mudou com a concessão do primeiro resgate, de 110 bilhões de euros, em maio de 2010.
O plano de austeridade imposto pela UE e o FMI em troca da nova ajuda visa recortar o gasto público grego em um valor equivalente ao 1,5% do PIB em 2012, com o objetivo de reduzir a dívida pública dos atuais 160% do PIB para 120,5% em 2020.
“Até agora não se fez nada substancial sobre o crescimento. Um programa de ajuste é necessariamente recessionário, mas não precisa impedir a mobilização de ferramentas para a recuperação econômica”, critica Pisani-Ferry.
“Uma quebra ou a saída da zona do euro seria muito pior, seria um desastre para o país.”
Karel Lanoo, Centro para Estudos de Política Europeia.
No entanto, Lanoo defende que a Grécia “não tem alternativa a receber esse resgate e cumprir as condições” exigidas por seus credores, que incluem redução de salários e aposentadorias, demissão de funcionários públicos, flexibilização do mercado de trabalho e liberalização dos mercados.
“Uma quebra ou a saída da zona do euro seria muito pior, seria um desastre para o país. A expectativa (com o atual plano) é de que a redução dos salários e outras reformas tornem o país mais barato e, portanto, mais atraente para as empresas. Isso ajudaria a melhorar a economia a longo prazo”, explica.
Calote
Ao mesmo tempo, ambos analistas concordam que a evolução da situação dependerá, igualmente, de como os investidores privados responderão ao acordo fechado na madrugada desta terça-feira, que inclui o cancelamento de 106 bilhões de euros da dívida grega em mãos do setor bancário.
“Essa operação é um calote voluntário. Mesmo se a UE não quer usar esse termo, trata-se de um calote, e a UE e os mercados sabem disso”, ressalta Lanoo.
Por sua parte, a Comissão Europeia (CE) recorda que a conclusão do segundo resgate para Grécia terá também “efeitos positivos” sobre os demais países vulneráveis da zona do euro, como Portugal, Espanha e Itália.
“Portugal e outros países vulneráveis da UE sofrem os impactos das incertezas sobre a resposta global (europeia) à crise e da situação em Grécia. Por isso, a solução de um segundo resgate para Grécia também terá um impacto positivo em todos os países vulneráveis da UE”, afirma o porta-voz de Assuntos Econômicos, Amadeu Altafaj.
Fonte: Ig
Após um dia de violentos confrontos à porta do Parlamento de Atenas que se prolongaram até ao início da noite, os deputados gregos aprovaram um novo plano de austeridade. Muito contestado nas ruas, o Governo da coligação deu à zona euro a garantia que os parceiros europeus pediam para accionar um segundo pacote financeiro. Internamente, contudo, os partidos estão longe de um consenso. Dezenas de socialistas e conservadores desrespeitaram a disciplina de voto e serão expulsos da coligação.
Antes da votação terminar, o Governo de coligação liderado por Lucas Papademos já tinha conseguido fazer passar a nova vaga de austeridade, ao alcançar minutos antes da 1h locais (23h em Portugal Continental) o número de votos necessários (151) para a aprovação do pacote de reformas económicas e de poupanças no valor de 3,3 mil milhões de euros. No final, feitas as contas, 199 deputados votaram a favor e 74 contra.
Dezenas de deputados dos partidos socialista e conservador, que suportam o Executivo de unidade nacional, desrespeitaram a disciplina de voto e votaram contra. A esses, os partidos já anunciaram a expulsão: 20 dos 153 socialistas do PASOK e 21 dos 83 da Nova Democracia.
No hemiciclo, o primeiro-ministro condenou com veemência a violência que durante a tarde e o início da noite tomou conta do centro da capital. A polícia e grupos de manifestantes envolveram-se em confrontos, num cenário de batalha campal, e edifícios ficaram em chamas. Em Atenas estiveram, segundo as contas da polícia, 80 mil pessoas em protesto a partir do iníco da tarde e outras 20 mil em Salónica.
“A violência e as destruições não têm lugar em democracia”, afirmou Papademos, lembrando que, no Parlamento, os deputados dariam o seu voto de responsabilidade para com a Europa e a moeda única. Seria a definição da “escolha mais importante” para o futuro do país, sustentou.
Os conservadores e socialistas da coligação de Governo falaram em cenários catastrofistas em caso de não aprovação das medidas de austeridade – o mesmo que tinham feito os membros do Executivo nos últimos dias.
Quando em Outubro, o líder dos socialistas, Georgios Papandreou, estava no lugar de primeiro-ministro a pedir ao Parlamento que fizesse passar um pacote de austeridade, o Executivo tinha uma maioria frágil, com menos garantias de conseguir aprovar o projecto-lei das reformas económicas.
Neste domingo, o partido da coligação de Papademos contava no hemiciclo com uma maioria confortável. Mas, mesmo assim, o líder do PASOK acompanhou as palavras de Papademos e fez um apelo à unidade, insistindo que o pacote de medidas é “a única esperança do país”.
Enquanto os deputados debatiam as medidas de reforma económica e de poupança no valor de No valor de 3,3 mil milhões de euros que a troika quer ver implementadas este ano, as principais artérias de Atenas transformavam-se num cenário de batalha campal. Cinemas históricos, cafés e lojas ficaram em chamas. E nas ruas próximas do Parlamento a polícia e grupos de manifestantes envolviam em confrontos violentos.
As autoridades contabilizaram 80 mil pessoas nos protestos da capital. À ofensiva de grupos de manifestantes, a polícia respondeu com uma carga policial, lançando gás lacrimogéneo. Projécteis foram lançados contra a polícia e edifícios, enquanto manifestantes arremessavam pedras em direcção às forças de segurança.
Foi o dia em que se registou maior violência nas ruas desde terça-feira, o primeiro de três dias de greves e manifestações na última semana.
A Grécia, que actualmente está a receber um empréstimo externo de 110 mil milhões de euros suportado pela União Europeia e o FMI, só terá luz verde da zona euro para continuar a receber financiamento externo e ver libertado o segundo resgate financeiro se fizesse aprovar o plano. Essa é a contrapartida dos parceiros europeus, que deverão agora avaliar se têm as garantias necessárias para avançar com o pacote de 130 mil milhões euros.
Mas em jogo estão também os encargos financeiros que a Grécia tem de garantir no próximo mês – 14,5 milhões de euros em empréstimos que o Estado terá de pagar até 20 de Março. Isto numa altura em que a Grécia está totalmente dependente do financiamento externo para assegurar os compromissos financeiros.
Fonte: O Público (Portugal)
Os principais índices acionários de Wall Street encerraram o pregão desta sexta-feira em queda, pressionados pela incerteza na Grécia e pelo fraco desempenho do nível de confiança do consumidor, que recuaram acima do esperado.
Ao final desta jornada, o índice industrial Dow Jones caiu 0,69% aos 12.801 pontos. O S&P 500 recuou 0,69% para 1.342 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 0,80% aos 2.903 pontos.
Na agenda local, o déficit do comércio exterior de bens e serviços avançou em dezembro e chegou aos US$ 48,8 bilhões.
Em novembro, o déficit havia sido de US$ 47,1 bilhões. O resultado veio acima da estimativa de mercado, que era de déficit de US$ 48,1 bilhões (previsão Forex Factory).
A confiança do consumidor caiu entre janeiro e fevereiro. A leitura preliminar do índice, medido pela Universidade de Michigan, caiu para 72,5 este mês, após leitura anterior de 75 pontos (dado revisado).
O déficit em conta corrente caiu para US$ 27,4 bilhões em janeiro, segundo dados preliminares divulgados pelo Departamento de Comércio norte-americano.
No dezembro, o saldo havia ficado negativo em US$ 86 bilhões. O resultado veio acima do esperado pelo mercado, de déficit de US$ 58,5 bilhões (previsão Forex Factory).
No Velho Continente, a produção industrial francesa registrou desaceleração em dezembro, informou o Instituto Nacional de Estatística (INSEE).
A produção industrial caiu 1,4% no último mês de 2011, contra o avanço de 1,1% em novembro.
A inflação da Alemanha subiu 2,1% em janeiro comparado ao mesmo mês de 2011. A previsão dos analistas era de avanço de 2% no período.
Na comparação mensal, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país caiu 0,4% em janeiro ante aumento de 0,7% no mês anterior. O resultado está em linha com o estimado pelo mercado.
O índice de produção industrial na Itália registrou avanço de 1,4% em dezembro de 2011, em relação ao mês anterior, após a aceleração de 0,3% em novembro. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (Istat).
O índice ficou acima da expectativa de mercado, que aguardava recuo de 0,5% (previsão Forex Factory).
O índice de preços cobrados pelos produtores na porta das fábricas (PPI output), subiu 0,5% em janeiro, comparado a dezembro de 2011, que caiu 0,6% de acordo com dados do Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês).
Já o indicador de preços que os produtores pagam por bens e serviços (PPI “input”) também apresentou elevação de 0,5% em janeiro, ante queda de 0,2% no mês anterior.
Fora da agenda econômica, o Eurogrupo adiou ontem o aval ao plano de resgate à Grécia por considerar que ainda faltam elementos para o acordo, além de pedir à Atenas cortes de € 325 milhões em gastos públicos neste ano para garantir o cumprimento da meta de déficit.
O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker explicou que os parceiros europeus reconhecem o esforço dos cidadãos gregos, mas ressaltou a necessidade de esforços adicionais para retomar o crescimento econômico, além de afirmar que o Parlamento grego deverá aprovar neste domingo o plano de reformas estipulado entre o governo e a troika.
Contudo, o partido ultradireitista grego Alerta Popular Ortodoxo (LAOS) afirmou nesta sexta-feira que não votará a favor do acordo feito com a troika, por considerar que a medida “humilha” o país.
O partido possui 16 dos 252 deputados que formam a coalizão de governo da qual participam também social-democratas e conservadores, onde também aumenta o descontentamento com os ajustes.
Relembre:
Britânicos desesperados, com crescentes problemas de custos por conta das medidas de austeridade do governo, estão se voltando para a prostituição, os jogos de azar e outras atividades perigosas para financiar seus estudos, disseram líderes estudantis e de cooperativas de trabalhadores na quarta-feira.
A Cooperativa Inglesa de Prostitutas (ECP, na sigla em inglês), uma entidade que cuida das trabalhadoras do sexo, disse que o número de pessoas que procurou a organização em busca de ajuda dobrou no último ano, com estudantes se esforçando para cobrir as despesas.
“(O governo) conhece os cortes e os programas de austeridade e a remoção dos empréstimos, ele sabe que quando remove esses recursos empurra as mulheres para a pobreza”, disse Sarah Walker da ECP à Reuters.
“O modo como as mulheres sobrevivem à pobreza geralmente é pela prostituição. O governo sabe disso e, francamente, não parece se importar.”
Jovens foram os mais atingidos pela recessão econômica, com o desemprego juvenil agora totalizando 1,03 milhão dos 2,64 milhões de desempregados, o maior índice desde 1992.
No ano passado, o governo disse que iria se desfazer da Pensão para a Educação, um subsídio para estudantes adolescentes para ajudá-los a permanecerem na escola, e permitiu que as taxas de mensalidade subissem para 9.000 libras (14.000 dólares) por ano a partir de 2012.
Com empregos de meio período escassos e o custo de vida apertado pela inflação, a União Nacional dos Estudantes (NUS) disse que os jovens estavam adotando medidas desesperadas e perigosas para pagar por sua educação.
TRABALHO PERIGOSO
“Em alguns casos é a prostituição, mas também escutamos histórias de testes como cobaia em clínicas, jogos de azar… atividades perigosas, em que praticamente não há nenhum tipo de direito trabalhista”, disse Estelle Hart, da NUS.
“Você sempre escuta que é muito fácil conseguir um trabalho em um bar. Bem, não é fácil conseguir trabalho em bar nesse clima econômico, não é fácil conseguir trabalho nenhum.”
Um estudo feito por pesquisadores de uma universidade londrina, publicado no ano passado, mostrou que 16 por cento dos alunos estavam dispostos a se prostituir para pagar sua educação e 11 por cento iria trabalharia para agências de acompanhamento.
Hart disse que um estudo recente da Universidade de Leeds, no norte da Inglaterra, revelou que 25 por cento das strippers eram estudantes Ela disse que o governo tinha o dever de investigar quais eram os efeitos de suas mudanças e cortes nos orçamentos da educação.
A cooperativa das prostitutas disse que mulheres de todas as idades estavam sendo afetadas.
“Com a prostituição você pode trabalhar por talvez uma noite por semana e conseguir dinheiro para cobrir suas despesas”, disse Walker.
O governo disse que estava providenciando 180 milhões de libras por ano para ajudar as adolescentes mais vulneráveis, e que nenhum estudante teria que pagar adiantado por seus estudos.
“Nossas reformas tornarão o sistema ainda mais justo, com mais apoio financeiro e menos mensalidades para pagar o empréstimo quando se conseguir um emprego bem remunerado”, disse um porta-voz do Departamento para Negócios, Inovação e Habilidades do governo.
Fonte: Yahoo
Relembre os principais fatos da crise na Europa
Em 26 de Março, houve manifestação em Londres, contra o corte estimado de 130 bilhões de dólares nos gastos públicos, reunindo cerca de 250 mil pessoas. Os manifestantes creem que essa contenção vai prejudicar a recuperação econômica do País. Foi a maior concentração de populares desde 2003, quando se reuniram contra a Guerra do Iraque. Algumas pessoas fizeram quebradeira, enquanto outras vestiram-se de preto e atiraram bombas feitas de amônia na polícia. O Primeiro-Ministro, David Cameron, considera o corte necessário, porque o déficit público é de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) da Grã-Bretanha, além de já haver elevado o imposto sobre as vendas e anunciado restrição aos serviços públicos.
Em Portugal, a crise financeira derrubou o Primeiro-Ministro, José Sócrates, no cargo desde 2005, porque o Parlamento não aprovou o plano de austeridade por ele proposto para combater a crise que assola o País. O mercado espera que ele seja o próximo a utilizar a ajuda do FMI (Fundo Monetário Internacional) , depois da Irlanda e Grécia. Hoje, o déficit público português é de 7,3% do PIB, a taxa de juros dos títulos da dívida portuguesa é de 8%, o desempenho da economia é o pior em 90 anos, e a dívida pública, a maior em 160 anos, o que, porém, não fez cair o gasto público. Com isso, caiu a taxa de poupança do País, mesmo porque a taxa de desemprego segue elevada (13,2%), a maior dos últimos oitenta anos, assim como a emigração. Em março, havia 112 000 pessoas com ensino médio e 48 000 com ensino superior procurando emprego, sendo maior entre as mulheres.
Na verdade, em 2011, tem havido protestos em toda a Europa, diante da crise financeira que a atinge, com destaque para a Espanha, com protestos em 170 Cidades e cinco milhões de desempregados, cujos manifestantes são chamados de “Indignados”, mas também há na Itália, Berlim, Paris, Viena e Bruxelas. Com grande endividamento, o Continente já teve de oferecer ajuda financeira à Irlanda e Grécia, além de Portugal. Em 27 de Maio, em Barcelona, os protestos sofreram repressão policial, com cerca de 121 pessoas feridas. Em 28 de Agosto, as manifestações ocorreram em Madrid, favoráveis a um referendo para acatar ou não as medidas de contenção da economia
Na Grécia, em 29 de Junho, houve os protestos mais intensos desde o início da crise, já que, no dia anterior, o Parlamento havia aprovado plano de austeridade de cerca de 28 bilhões de euros. Jovens puseram fogo em prédios públicos e confrontaram-se com a polícia. Esse plano vai implicar corte de gastos e aumento de impostos, e foi condição estabelecida pelo FMI para liberar-se parcela de 12 bilhões de euros do empréstimo total de 110 bilhões de euros
Em Outubro, professores protestaram em Portugal contra o desemprego e o aumento de impostos, e, na Grécia, o Governo aprovou a demissão de cerca de 30 mil servidores públicos, além de outros deles poderem receber metade do salário durante um ano, sendo demitidos após. Na verdade, o Governo vem sinalizando dificuldades para pagar os salários do funcionalismo já em Outubro de 2011. O quadro no País agravou-se em 3 de Outubro, quando o Governo divulgou que não honrará o compromisso firmado com o FMI e União Europeia e que, em 2012, o crescimento econômico deverá recuar cerca de 2,5%. Em 10 de Outubro, os credores da Grécia resolveram reduzir em 60% a dívida do País
Assista a este vídeo para entender melhor a questão
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Fonte: Youtube
Em 13 de Outubro, houve nova manifestação em Atenas, desta vez, contra novo tributo imposto sobre as novas propriedades e os trabalhadores do setor de transportes
Em 19 de Outubro, houve greve geral no País, uma reação contra as várias medidas adotadas pelo Primeiro-Ministro, George Papandreou, envolvendo cortes orçamentários, visando a satisfazer aos credores estrangeiros, tendo em vista que ainda há risco de a Grécia deixar de honrar os compromissos financeiros com eles assumidos
Durante a greve, houve confrontos entre policiais e manifestantes, estimados em 80 mil, e incluíram prisões. O pacote aprovado pelo Parlamento abarca novos impostos, mais cortes de salários e aposentadorias e demissão de 30 mil servidores públicos
As más notícias na Grécia vêm refletindo no resto do mundo, por meio da queda das Bolsas e da alta do dólar.
Em 2 de Novembro, houve reunião do G-20, encabeçada pela França e Alemanha, além do FMI, Banco Central Europeu e outros líderes da União Europeia, em que se discutiu com a Grécia a necessidade do referendo que o Primeiro-Ministro Giorgos Papandreu quer convocar para saber se tem apoio popular para as medidas de contenção de despesa que vêm sendo implantadas no País. Os credores não aprovam a ideia, mesmo porque acabam de perdoar 50% da dívida do País. Diante da pressão, Papandreu desistiu do referendo em 3 de Novembro.
Fonte: Terra