A explosão foi tão forte que os corpos das vítimas foram arremessados a cerca de 30 metros do restaurante.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, três dos feridos estão em estado grave. Um homem de 46 anos, que teve traumatismo craniano e lesão no pescoço, um homem de 30 anos, com traumatismo craniano grave, e a jovem Daniele Cristina Antunes Pereira, 18, com ferimento no tórax.
Todos as vítimas foram levadas para o hospital Souza Aguiar, seis delas tiveram alta ainda na manhã de ontem. A maioria dos feridos teve escoriações leves.
O marido da jovem de 18 anos ferida, Edvaldo Santos da Silva, 30, conta que falou com ela minutos antes da explosão. Daniele trabalhava havia duas semanas como garçonete. “Ela me ligou por volta das 7h, disse que estava um cheiro de gás muito forte e estavam todos do lado de fora esperando. Logo me ligaram falando da explosão. Não acreditei”, disse.
Causas do acidente
O acúmulo de gás dentro do restaurante é a principal hipótese do Corpo de Bombeiros para o acidente. De acordo com a corporação, com o restaurante fechado devido ao feriado de quarta-feira, o gás pode ter vazado durante todo o dia, e a explosão pode ter acontecido quando os funcionários acenderam as luzes do local ontem.
O delegado Antônio Ferreira Bomfin Filho disse que as 12 testemunhas ouvidas na tarde ontem comprovaram a existência de vazamento de gás.
A explosão ocorreu por volta das 7h40, na praça Tiradentes, Centro do Rio. O restaurante ficava no térreo de um prédio comercial. Ao lado dele fica um hotel, que teve os vidros estilhaçados com a explosão.
A explosão atingiu lojas até ao menos o 7º andar do edifício e dois estabelecimentos na lateral – uma loja de eletrodomésticos e uma sorveteria.
“Todas as pessoas que contribuíram com a situação vão ser responsabilizadas”, disse Antônio Bomfim.
O dono do Filé Carioca deve ser indiciado sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção). Emocionalmente abalado, ele foi internado e ainda não foi ouvido pela Polícia.
O subsecretário de Defesa Civil do Rio de Janeiro, Márcio Motta, informou que não há risco iminente da edificação desabar. O subsecretário também acrescentou que após a retirada do entulho, o prédio passará por uma avaliação mais criteriosa.
Segundo a Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop), o restaurante funcionava com alvará provisório desde agosto de 2008. O estabelecimento não tinha os certificados de aprovação dos bombeiros e de inspeção sanitária e a aceitação de instalações comerciais, dada pela Secretaria de Urbanismo.
Fonte: Diário do Nordeste