Traduzir
Participe de nossos abaixo-assinados
Petição Pública
Prezado Leitor, sua participação é muito importante para nós. Pedimos que, no site www.peticaopublica.com.br,
para cada abaixo-assinado de que você queira participar, digite seu nome completo, RG ou CPF e e-mail. Aproveite para recomendar o site a sua rede de contatos. Obrigada.
Lista de Links

Palavra-chave: dilma

Termina julgamento do impeachment de Dilma no Senado, que perde a Presidência

28/08/2016

Na ânsia de defender Dilma, Gleisi troca pés por mãos e ouve o que não queria

Gleisi2

Gleisi Hoffmann (PT) provocou comoção no Senado. Durante a sessão de julgamento de Dilma Rousseff, disse que seus pares não tem condições morais de decidir o futuro da presidente. Deu a entender que se trata de um grupo desqualificado.

“Qual é a moral deste Senado para julgar a presidenta da República?” perguntou Gleisi retoricamente. A provocação foi respondida com ferocidade pela oposição, defendida com igual ferocidade pelo PT e acabou levando à suspensão temporária da sessão.

Ronaldo Caiado (DEM-GO), que disse não ser “assaltante de aposentado”, numa referência aos supostos desvios de empréstimos de funcionários que levaram o ministro Paulo Bernardo à cadeia. Lindbergh Faria (PT-RJ) disse que Caiado era canalha. E assim por diante.

O nível do debate mostra que o Senado realmente tem uma qualificação abaixo do esperado. E claro que a ação de Gleisi é mais retórica: se tivesse motivos para impugnar seus pares num julgamento tão decisivo quanto esse, iria à Justiça contra eles. Não foi.

Gleisi também se expôs ao contra-ataque evidente. Enrolada na Lava Jato, com o marido tendo sido preso, sabe que sua carreira está arriscada. Óbvio que diriam que ela é que não tem moral para falar do Senado.

Mas Gleisi decidiu ser dilmista até o fim. Atitude que exige certa coragem. Pena que na luta pela manutenção de Dilma, tenha exagerado. Se o Congresso realmente tem gente desqualificada, tem senadores que são belos exemplos de conduta.

E generalizar só serve à demonização da política. Não fosse por mais nada, Gleisi deveria fazer uma ressalva a seus 12 correligionários. Nem isso fez. São todos iguais?

Depois do impeachment de Dilma, se ele vier, o país precisará continuar. O Senado seguirá existindo. E detonar tudo e todos incondicionalmente é um desserviço.

Fonte: Yahoo

Nelson Barbosa reafirma legalidade em atos da presidenta Dilma

Na primeira hora de oitiva no Senado Federal, Barbosa acrescentou que a elaboração dos decretos é feita por “técnicos concursados que trabalham com isso há muito tempo”. Ele disse esse instrumento dá mais liberdade aos agentes públicos para utilizar os recursos em um ambiente de orçamento limitado. “Em 2009, foram editados 32 processos de abertura de crédito suplementar. Foram aprovados pelo TCU sem ressalvas a esse aspecto”, destacou.

Sobre a crise econômica que atingiu o país, o ex-ministro disse que a causa foi uma série de fatores externos e internos. Como exemplo ele citou a correção dos vários preços subsidiados. “O preço de commodities, queda do preço do petróleo, correção de preços administrados, cortes de gastos, paralisação política do Congresso com as pautas-bomba, a Lava Jato”, justificou.

Ainda segundo Barbosa, se não tivesse ocorrido a queda brusca de receita, por causa da falta de crescimento, a crise “não teria acontecido”.

Essa não é a primeira vez que Barbosa vem ao Senado para defender Dilma Rousseff: ele também foi ouvido na fase de instrução do processo pela Comissão Especial do Impeachment que foi presidida pelo senador Raimundo Lira (PMDB-PB).

Além de Barbosa também será ouvido nesta sábado (27), na condição de informante, o professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Ricardo Lodi Ribeiro. O pedido para alterar a condição do depoimento de Lodi Ribeiro foi feito pelo advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, pelo fato do professor ter atuado como assistente de perícia no processo.

Depois que Lodi Ribeiro responder às perguntas dos senadores, o ministro Ricardo Lewandowski, que preside o julgamento do impeachment no Senado, encerra a fase de oitiva de testemunhas. A expectativa dos parlamentares é encerrar os trabalhos ainda neste sábado, até o fim da tarde.

Tucanos baseiam-se em inverdades 

O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), em sua fala durante a sessão do Senado em 27/8/16, afirmou que o procurador da República do Distrito Federal, Ivan Marx, desautorizou dizer que tenha inocentado a presidenta Dilma pelos os crimes das leis fiscais e orçamentárias e contra a improbidade administrativa.

Logo em seguida, o ministro da Justiça do governo Dilma, José Eduardo Cardoso, rebateu o senador tucano. “A nota divulgada pelo Ministério Público Federal não diz que o procurador Ivan Marx inocentou ou acusou Dilma Rousseff e sim que ele não extraiu nenhum juízo condenatório sobre a presidenta da república”, afirmou.

A senadora Vanessa Grazziotin também desconstruiu a fala do senador: “Ninguém utilizou o procurador da República para dizer que o mesmo teria inocentado a presidenta, um procurador da República sequer pode investigar uma presidenta da república, nós temos domínio das leis”, salientou.

Julgamento será retomado na segunda

O julgamento será retomado às 9h de segunda-feira (29) com a presidenta afastada Dilma Rousseff. O ex-presidente Lula também comparecerá na Casa. Além de apresentar pessoalmente sua defesa aos 81 senadores, Dilma também responderá perguntas de parlamentares. Movimentos sociais preparam uma recepção no Senado para prestar solidariedade à presidenta.

Fonte: Portal Vermelho

Lula é favorito nas pesquisas para Presidente, e Dilma pode substituí-lo

28/08/2016

Sem Lula, Dilma aparece bem em pesquisas eleitorais

Caso o ex-presidente não possa concorrer, o mais beneficiado será mesmo Jair Bolsonaro

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff prestam homenagens durante velório de Marco Aurélio Garcia, assessor de assuntos internacionais dos governos de Lula e Dilma Rousseff, na assembleia legislativa – 21/07/2017 (Nelson Almeida/AFP)

Com a aproximação do julgamento de Lula pelo TRF-4, o instituto Paraná fez um levantamento trocando o nome do ex-presidente por outros candidatos do PT.

De acordo com essa pesquisa, caso Lula não possa concorrer, o maior beneficiado será Jair Bolsonaro. O ex-militar lidera em todos os cenários, sempre acima dos 20 pontos porcentuais.

Mas a maior surpresa é o desempenho de Dilma Rousseff.  Sem Lula, a ex-presidente seria a candidata mais competitiva do partido. Bolsonaro é o primeiro, com 22,8%.

Ela fica em segundo na pesquisa, com 13,4% dos votos, bem à frente de Geraldo Alckmin (8,7%), Ciro Gomes (7,7%) e Joaquim Barbosa (7,6%). Jacques Wagner, por exemplo, cravou 3,9%.

Sem a ex-presidente na disputa, Bolsonaro aparece com 23,2%. A segunda colocação ficaria com Marina Silva (14,8%)

O instituto perguntou também quem seria o candidato mais forte sem Lula. Entre nomes como Fernando Haddad, Gleisi Hoffman e Ciro, deu Dilma. Quase 30% acham que a ex-presidente herdaria naturalmente a votação do padrinho político.

Fonte: Veja

Campanha de ódio vai na direção oposta: Lula cresce nas pesquisas

A explicação para o tamanho ódio a Lula e ao PT parece óbvia, diante do fato que os promotores do MPF paranaense acusam um cidadão apenas baseados em “convicções”

O ambiente de ódio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao partido que representa, o PT, torna-se cada vez mais irrespirável desde a última quinta-feira, quando procuradores do Ministério Público Federal afirmaram, em espetáculo midiático ilustrado com gravuras de Power Point, que Lula seria o chefe do esquema de corrupção da Operação Lava Jato.

Os ataques ao líder petista, no entanto, parecem exercer efeito contrário junto à opinião pública. Quanto mais acusações, maior o prestígio de Lula junto ao eleitor, conforme a pesquisa do Instituto Datafolha constatou em sua última pesquisa, em Julho deste ano, ratificada esta semana por outro levantamento, desta vez do Instituto Bahia Pesquisa e Estatística (Babesp).

Lula e Marisa têm sido alvo de uma série de perseguições pela Justiça brasileiraLula e Marisa têm sido alvo de uma série de perseguições pela Justiça brasileira

A explicação para o fenômeno parece óbvia, diante do fato que os promotores do MPF paranaense acusam um cidadão apenas baseados em “convicções”. Nesta quinta-feira, o advogado Maurício Rands, professor da Universidade Federal de Pernambuco e autor do livro A Era Lula, lançado em 2010, comentou a atitude dos promotores que atuam ao lado do juiz Sergio Moro, titular da Justiça Federal, naquele Estado.

Segundo Maurício Rands, “no último dia 14, os Procuradores do Ministério Público Federal afirmaram, em espetáculo midiático no Jornal Nacional, que Lula seria o chefe do esquema de corrupção da Lava Jato. E que seria o dono dos famosos sítio e tríplex. Trata-se do maior ataque já desferido contra Lula. Capaz de torna-lo inelegível até 2018. Com estardalhaço, fizeram uma sessão de marketing político”.

“Li a denúncia penal. Notei, como muito muitos, a falta das provas em que se fundamentam. Ou, no caso do sítio, do tríplex e do acervo, vi que avançaram sua interpretação a partir de alguns poucos indícios. Chegaram a classificar Lula de ‘comandante máximo da organização criminosa”, completa.

Imagem danificada

Apesar das graves denúncias, ainda segundo Rands, “sequer fizeram o enquadramento nesse tipo penal, definido no § 1º do art. 1º da Lei 12.850/2013. Limitaram-se a enquadrá-lo nos crimes de corrupção passiva (art. 317, caput e §1º, do Código Penal) e lavagem de dinheiro, (art. 1º c/c o art. 1º §4º, da Lei nº 9.613/98). Ficaram nas generalidades do tipo ‘temos convicções’ ou ‘não dá para o Lula dizer de novo que não sabia’. Ora, ‘convicção’, cada um tem a sua. Mas, para acusar judicialmente, requerem-se provas. Pelo menos no Estado de Direito”.

“Acabaram por usar com fins políticos a estrutura do MPF. Prejudicaram a imagem de uma instituição essencial à administração da justiça, cuja maioria de seus membros exerce o ofício sem excessos e desvios de finalidade. De quebra, enfraqueceram a Lava Jato e vitimizaram Lula, dividindo ainda mais a nação”, acrescentou.

Crítico do PT, partido do qual se desfiliou em 2012, Rands pensa que “Lula tornou-se um personagem bem menor do que já foi. Por seus próprios erros. Deixou de usar seu imenso capital político para promover as mudanças na forma de fazer política e na estrutura do Estado brasileiro, contra as quais ele reclama como se não tivesse governado 8 anos. Um capital político, aliás, merecidamente acumulado por ter reduzido a miséria e a desigualdade em seus governos”.

Doutor em Direito pela britânica Universidade de Oxford, Rands aponta que, sob a presidência de Lula, “é fato que se ampliou a corrupção endêmica do país. Nas campanhas, cedeu ao expediente fácil de delegar a linha política a marqueteiros inescrupulosos como Duda Mendonça e João Santana, sempre inclinados a mentir aos eleitores. Errou também quando escolheu para sucessora uma pessoa que, muitos já sabiam, não tinha a menor aptidão política e administrativa para governar um país tão complexo. Ou, ainda, ao alimentar um estilo personalista autoindulgente e populista macunaímico”.

Lula lidera

“Todos esses erros, todavia, só podem ser punidos de dois modos. Os erros políticos e administrativos, pelo voto. Os ilícitos, pelo devido processo legal, que requer provas. Não apenas meras interpretações midiáticas. Ironicamente, o MPF valeu-se das mesmas apresentações fofas em Power Point com as quais Dilma entediava tantas reuniões em Brasília. Há leitores que gostam de Lula. Outros que não o toleram. Mas todos amam as liberdades e as garantias individuais. Mormente quando o que está em jogo é a sua própria”, acrescenta.

Em defesa das garantias constitucionais do cidadão brasileiro, Rands afirma que “o excesso cometido no dia 14 coloca em risco direitos sagrados de todos os cidadãos. O risco passa a ser à vida, à liberdade, à honra e ao patrimônio de cada um de nós”. Tamanha voracidade no cerceamento das liberdades individuais podem, claramente, explicar porque Lula lidera, isoladamente, as pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de 2018.

Após dividir a liderança com a ex-senadora Marina Silva (Rede) nos últimos levantamentos, o petista oscilou positivamente e abriu vantagem sobre a potencial adversária, que caiu na preferência dos brasileiros. Os nomes do PSDB consultados também tiveram oscilação negativa ou mantiveram os índices anteriores, o que favoreceu o petista no quadro geral da pesquisa. Além do ex-presidente, o único a ganhar espaço numa eventual disputa presidencial foi Michel Temer, que tinha entre 1% e 2% em abril e, há dois meses, aparece com índices que variam de 4% a 6%.

Acima da média

Pesquisa realizada pelo Instituto Bahia Pesquisa e Estatística (Babesp), há uma semana, no entanto, comprova os dados do Datafolha. Segundo o estudo, o ex-presidente Lula segue na liderança folgada das intenções de voto para 2018. Com 49%, na capial baiana, o petista está a frente na pesquisa espontânea. Na fila, José Serra (PSDB) vem logo a seguir, com 21,4%. Marina Silva (Rede) tem 9,4% e o juiz Sérgio Moro — um dos responsáveis pelos processos da Operação Lava Jato — tem 4%. Dos entrevistados, 5,4% ainda não sabem em quem votar e 7,9% disseram que anulariam o voto.

No cenário nacional, é Marina Silva que vem na segunda posição, com 17%, de acordo com o Datafolha. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece tecnicamente empatado com a líder do partido Rede Sustentabilidade, com 14%. Em seguida aparecem Jair Bolsonaro (PSC), com 7%, Ciro Gomes (PDT), com 5%, Michel Temer (PMDB), com 5%, Luciana Genro (PSol), com 2%, Ronaldo Caiado (DEM), com 1%, e Eduardo Jorge (PV), também com 1%. Votariam em branco ou nulo 18%, e 7% não opinaram.

O panorama observado há 60 dias, no entanto, não difere muito do momento atual ou do instante observado em outra pesquisa, realizada em abril deste ano, com os mesmos nomes. Lula tinha 21% e estava empatado com Marina, que aparecia com 19%. No mesmo patamar que a ex-senadora, Aécio tinha 17%, e em seguida vinham Bolsonaro, com os mesmos 8%, Ciro Gomes, que tinha 7%, Luciana Genro, com os mesmo 2%, Michel Temer, que tinha 2%, e Ronaldo Caiado e Eduardo Jorge, que mantiveram o 1% anterior. Havia ainda 17% que votariam em branco ou nulo e 5% que não opinaram.

Lula segue com desempenho acima da média entre os mais pobres e menos escolarizados, e é ultrapassado pelos adversários conforme o avanço da renda e do nível de escolaridade. Entre os que estudaram até o ensino fundamental, 30% votariam no petista neste cenário; entre os que estudaram até o ensino médio, esse índice cai para 20%, e fica em 13% na parcela que estudou até o ensino superior.

Na fatia dos mais pobres, com renda mensal familiar de até 2 salários, 28% votariam em Lula. No segmento com renda de 2 a 5 salários, esse índice cai para 17%; entre quem mora em domicílios com renda de 5 a 10 salários, fica em 14%; e na fatia dos mais ricos, com renda familiar superior a 10 mínimos, atinge 11%. O petista também tem ampla vantagem no Nordeste, com 39% das intenções de voto, com larga vantagem sobre Marina, que aparece com 17%.

Empate com
Bolsonaro

Segundo o Datafolha, nos segmentos dos mais escolarizados e mais ricos há uma disputa acirrada pela preferência dos brasileiros. Entre quem estudou até o ensino superior, Maria tem 18% das intenções de voto, e na sequencia aparecem Lula (13%), Bolsonaro (13%), Aécio (12%) e Ciro (7%). Na parcela da população com renda mensal familiar de 5 a 10 salários, Bolsonaro tem 19%, Aécio, 16%, Lula, 14%, e 11% preferem Marina. Entre quem tem renda familiar superior a 10 salários, Bolsonaro fica com 16%, Ciro tem 15%, Marina, 14%, Aécio, 12%, Lula, 11%, e Temer, 9%.

Com Alckmin como candidato do PSDB, Lula é escolhido por 23%, Marina fica com 18%, e o tucano, com 8%. Esse índice coloca Alckmin em situação de empate com Bolsonaro (8%), Temer (6%) e Ciro (6%), e na sequência aparecem Luciana Genro (2%), Caiado (2%) e Eduardo Jorge (1%). Os votos em branco ou nulo somam 20%, e 7% não opinaram.

O mesmo cenário, em abril deste ano, mostrava Lula com 23%, empatado com Marina (23%). Em seguida apareciam Alckmin (9%), Ciro Gomes (8%), Bolsonaro (8%), Luciana Genro (2%), Michel Temer (2%), Eduardo Jorge (1%) e Ronaldo Caiado (1%), além dos 18% que votariam em branco ou anulariam e 6% que não opinaram.

Lula vence
em qualquer cenário

Na simulação em que Serra representa a candidatura do PSDB, Lula continua com 23%, e Marina fica com 17%. O senador paulista aparece na sequência, com 11%, no mesmo patamar de Bolsonaro (7%). Em seguida pontuam Ciro Gomes (6%), Temer (6%), Luciana Genro (2%), Ronaldo Caiado (2%) e Eduardo Jorge (1%). Votariam em branco ou nulo 19%, e 7% não opinaram sobre a disputa.

Em abril, Lula e Marina tinham 22% no mesmo cenário, e em seguida apareciam Serra (11%), Ciro (7%), Bolsonaro (7%), Luciana Genro (2%), Temer (2%), Caiado (1%) e Eduardo Jorge (1%). Votos em branco ou nulo somavam 19%, e 7% não opinaram.

Por fim, no último cenário apresentado, que incluiu o juiz Sérgio Moro (sem partido), além de Serra, Aécio e Alckmin – para que essa disputa fosse possível, os três tucanos teriam que disputar a eleição por partidos diferentes – e os demais nomes já listados nas simulações anteriores, Lula também lidera de forma isolada. O petista tem 22% das intenções de voto, contra 14% de Marina, 10% de Aécio, 8% de Moro, 6% de Bolsonaro, 5% de Serra, 4% de Ciro, 4% de Temer, 4% de Alckmin, 2% de Luciana Genro, 1% de Caiado, e 1% de Eduardo Jorge. Uma parcela de 14% votaria em branco ou nulo, e 6% não opinaram.

Na pesquisa anterior, o cenário com os mesmos nomes tinha Lula com 21%, seguido por Marina (16%), Aécio (12%), Moro (8%), Bolsonaro (6%), Ciro (6%), Serra (5%), Alckmin (5%), Luciana Genro (2%), Caiado (1%), Eduardo Jorge (1%) e Temer (1%). Votos em brancos e nulos somavam 13%, e 4% não opinaram.

Na pesquisa espontânea, quando nenhum nome é apresentado aos entrevistados, Lula tem 6% das citações para a disputa presidencial, no mesmo patamar de Aécio (4%) e Bolsonaro (3%) e Dilma (2%). Também são mencionadas espontaneamente Marina (1%), Temer (1%) e Ciro Gomes (1%), entre outros com menos de 1%. A maioria (64%), porém, não cita nenhum nome.

Após atingir seu índice mais alto em março deste ano, a rejeição ao ex-presidente Lula voltou a cair, mas o petista continua sendo o nome mais rejeitado entre os testados para a corrida eleitoral. Em março, 57% declaravam que não votariam de jeito nenhum em Lula, taxa que caiu para 53% em abril e agora está em 46%, a mais baixa desde novembro de 2015, quando 47% rejeitavam o petista.

A rejeição a Aécio também recuou entre abril e julho, de 33% para 29%, enquanto a rejeição a Temer passou de 27% para 29% no mesmo período. Em seguida aparecem Serra (19%, ante 21% em abril), Bolsonaro (19%, ante 15% em abril), Marina Silva (17%, ante 20% em abril), Alckmin (16%, ante 19% em abril), Ciro Gomes (13%, ante 15% em abril), Luciana Genro (12%, ante 15% em abril), Ronaldo Caiado (10%, ante 12% em abril), Eduardo Jorge (10%, ante 12% em abril) e Sérgio Moro (9%, mesmo resultado de abril). Há ainda 7% que rejeitam todos, 3% que não rejeitam nenhum e 5% que não opinaram.

Rejeição

A rejeição a Lula cresce de acordo com o grau de escolaridade e renda familiar dos entrevistados. Entre quem estudou até o ensino fundamental, é de 36%, vai a 49% entre os que estudaram até o ensino médio, e atinge 53% entre os que chegaram ao ensino superior. Na parcela dos mais pobres, com renda mensal familiar de até 2 salários, 38% não votariam de jeito nenhum em Lula.

Entre quem recebe de 2 a 5 salários, o índice sobe para 51%, vai a 58% entre os que ganham de 5 a 10 salários, e atinge 62% na fatia dos mais ricos, com renda superior a 10 salários. Também há grande variação regional na rejeição ao petista: no Nordeste, 27% dizem que não votariam de jeito nenhum no ex-presidente; no Norte, são 42%; no Centro-Oeste, 52%; no Sudeste, 53%; e no Sul, 55%.

Na fatia dos mais escolarizados, a rejeição a Temer (36%), Aécio (35%) e Bolsonaro (33%) também fica acima da média. Entre os mais ricos, a situação é similar: 41% rejeitam o tucano, 37% rejeitam Bolsonaro, e a eles se juntam Marina Silva, rejeitada por 26% do segmento, e Luciana Genro, por 23%. O senador mineiro também enfrente rejeição acima da média no Nordeste (36%), assim como Michel Temer (36%).

Nas situações de 2º turno consultadas pelo Datafolha, Lula se recuperou no embate direto com os tucanos e diminuiu a desvantagem em relação à Marina Silva. A ex-senadora, por sua vez, ganharia de todos os nomes do PSDB consultados. A comparação, neste caso, é com levantamento realizado em novembro do ano passado.

Lula e os alfaiates

Para o jornalista baiano Emiliano José, em artigo publicado no blog Conversa Afiada, do editor Paulo Henrique Amorim, Lula segue como contraponto. “Lula agride os bem-pensantes, os homens brancos engravatados de paletó preto, os jornalistas acomodados à ideologia da Casa-Grande, àquela parcela das camadas médias cuja repulsa a pobres é visceral. Ele é uma irrupção vinda das camadas mais pobres, sem eira nem beira, sem paletó preto gravata e diploma, inaceitável para um País cuja história está marcada a ferro e a fogo por quase 400 anos de escravidão”.

Emiliano José dispara: “Um nordestino pobre não tinha o direito de chegar à presidência da República”.

E acrescenta: “Além disso, não se vergar, não se curvar aos costumes dominantes, não assumir os trejeitos da Casa-Grande, e desenvolver políticas voltadas àquela gentinha tão desprezível, de operários aos catadores de papel. Não tinha o direito de inventar bolsa-família, prouni, pronatec, espalhar universidades públicas, institutos federais, essa baboseira toda. Claro, se não ganharam no voto, vai na tora mesmo, vai no golpe. Está certo, o problema é essencialmente político. Mas, é um problema político muito especial. Lula é o primeiro estranho no ninho a chegar à presidência da República, sempre ocupada por homens engravatados de paletó preto”.

Leia, adiante, um trecho do artigo:

“Não tem jeito: recorro às lições da história para tentar explicar as pretensões dos inimigos de Lula, desejos contidos que sejam.

“Lembro da Revolução dos Alfaiates, dos quatro condenados à morte: João de Deus do Nascimento, Manuel Faustino Santos Lira, Lucas Dantas do Amorim Torres e Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga. Foram enforcados na Praça da Piedade, dia 8 de novembro de 1799. Mortos para dar o exemplo, descartado um monte de gente da elite envolvida na conspiração. Sempre assim.

“Os quatro foram esquartejados.

“Pedaços dos corpos expostos em lugares públicos para serem vistos por todos.

“De modo a horrorizar, um efeito-demonstração do terror.

“Durante cinco dias, a população de Salvador olhou nos olhos mortos dos quatro mártires, para suas cabeças despregadas dos corpos, alternando sentimentos de compaixão e indignação.

“Terror, consciente.

“Dia 13 de novembro, as cabeças cortadas, outras partes dos corpos foram retiradas e enterradas, única forma de acabar com o odor exalado pela putrefação dos restos retalhados dos cadáveres.

“A Coroa portuguesa não podia, ou não queria, deixar florescer a ideia da revolução democrático-burguesa, cuja influência crescia na esteira da Revolução Francesa.

“E a Revolução dos Alfaiates, com negros e pobres participando, insinuava uma igualdade que suprimisse a escravidão, inaceitável para a Coroa e também para as elites locais.

“Da mesma forma, inaceitável tenha Lula iniciado um processo de ascensão dos pobres no Brasil, conferindo-lhe, além da melhoria das condições de vida, o estatuto de cidadãos, pois milhões estavam excluídos de tudo quando ele ascendeu à presidência da República.

“Não podem esquartejá-lo.

“Querem, mas não podem”, conclui.

Fonte: Yahoo

 

Lula denuncia desespero da Lava Jato para impedir sua candidatura

 

Ricardo Stuckert Filho

 

Leia a íntegra da nota: 

O relatório do delegado Marcio Anselmo sobre o Edifício Solaris, divulgado nesta sexta-feira (26), é a prova cabal de que, após dois anos de investigações marcadas por abusos e ilegalidades, os operadores da Lava Jato não encontraram nenhuma prova ou indício de envolvimento do ex-presidente Lula nos desvios da Petrobras.

Não encontraram porque este envolvimento nunca existiu, como bem sabe a Lava Jato. Mas seus operadores não podem admitir, publicamente, que erraram ao divulgar, por tanto tempo e com tanto estardalhaço, falsas hipóteses e ilações. Por isso, comportam-se de forma desesperada, criando factoides para manter o assunto na mídia. O relatório do delegado Anselmo é “uma peça de ficção”, de acordo com a defesa de Lula.

Lula não é e nunca foi dono do apartamento 164-A do Solaris nem de qualquer imóvel além dos que declara no Imposto de Renda. O relatório do delegado Anselmo não acrescenta nada aos fatos já conhecidos. É uma caricatura jurídica; um factoide dentre tantos criados com a intenção de levar Lula a um julgamento pela mídia, sem provas e sem direito de defesa.

É simplesmente inadmissível indiciar um ex-presidente por suposta (e inexistente) corrupção passiva, a partir de episódios transcorridos em 2014, quatro anos depois de encerrado seu governo. É igualmente inadmissível indiciar pelo mesmo suposto crime o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, que também não é servidor público.

Mais grave, injusto e repugnante, no entanto, é o indiciamento de Marisa Letícia Lula da Silva. Trata-se de mesquinha vingança do delegado e de seus parceiros na Lava Jato, a cada dia mais expostos perante a opinião pública nacional e internacional, pelos abusos sistematicamente cometidos.

Esta mais recente violência da Lava Jato contra Lula e sua família só pode ser entendida por 3 razões:

O desespero dos operadores da Lava Jato, que não conseguiram entregar para a imprensa a mercadoria prometida, ou seja: provas contra Lula nos desvios da Petrobras.

Trata-se de mais uma retaliação contra o ex-presidente por ter denunciado os abusos da Lava Jato à Corte Internacional de Direitos Humanos da ONU;

É mais um exemplo da sistemática sintonia entre o calendário da Lava Jato e a agenda do golpe, tentando criar um “fato novo” na etapa final do processo de impeachment.

O povo brasileiro reconhece Lula como o melhor presidente que o país já teve, o que está claro nas pesquisas sobre as eleições de 2018. O povo está percebendo, a cada dia com mais clareza, os movimentos da mídia, dos partidos adversários do PT e de agentes do Estado, que não atuam de forma republicana, para afastar Lula do processo político, por vias tortuosas e autoritárias.

Têm medo de Lula e têm pavor da força do povo no processo democrático.

Fonte: Portal Vermelho 

Exclusivo: a delação que Janot jogou no lixo

PGR anula acordo do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, descartando revelações pesadíssimas contra Lula – e que mencionam também Dilma, Aécio e Serra

LULA-NITEROI-2508-2016

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tomou a decisão mais controversa da Operação Lava-Jato na semana passada. Diante da repercussão da reportagem de capa de VEJA, Janot informou que as negociações de delação do empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, estão encerradas. O vasto material produzido ao longo de cinco meses de tratativas entre a Procuradoria e o empreiteiro foi enviado para o incinerador, eliminando uma das mais aguardadas confissões sobre o escândalo de corrupção na Petrobras.

Para quem vive atormentado desde 2014, quando surgiu a Lava-­Jato, a decisão de Janot representa um alívio ou até a salvação. Léo Pinheiro se preparava para contar os detalhes de mais de uma década de simbiose entre o poder e a corrupção. Em troca de uma redução de pena, o empreiteiro ofereceu aos investigadores um calhamaço com mais de setenta anexos. São capítulos que mostram como a corrupção se apoderou do Estado em diversos níveis.

VEJA teve acesso ao conteúdo integral de sete anexos que o procurador-­geral decidiu jogar no lixo. Eles mencionam o ex-­presi­den­te Lula, a campanha à reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff e, ainda, dois expoentes do tucanato, o senador Aécio Neves e o ministro José Serra. A gravidade das acusações é variável. Para Lula, por exemplo, as revelações de Léo Pinheiro são letais. Lula é retratado como um presidente corrupto que se abastecia de propinas da OAS para despesas pessoais. O relato do empreiteiro traz à tona algo de que todo mundo já desconfiava, mas que ninguém jamais confirmara: Lula é o verdadeiro dono do famoso tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo — comprado, reformado e mobiliado com dinheiro de uma conta em que a OAS controlava as propinas devidas ao PT.

O tríplex do Edifício Solaris é o tema de um dos anexos que narram crimes praticados pelo ex-presidente. O empreiteiro conta que, em 2010, soube, por intermédio de João Vaccari, então tesoureiro do PT, que Lula teria interesse em ficar com o imóvel no prédio. Vaccari, que está preso, pediu ao empreiteiro que reservasse a cobertura para o ex-presidente. Não perguntou o preço. E quem pagou? Léo Pinheiro responde: “Ficou acertado com Vaccari que esse apartamento seria abatido dos créditos que o PT tinha a receber por conta de propinas em obras da OAS na Petrobras”. Ou seja: dinheiro de propina pagou esse pequeno luxo da família Lula. Para transformar o que era um dúplex em um tríplex mobiliado, a conta, segundo a perícia, ficou em pouco mais de1 milhão de reais. Pinheiro esclarece até mesmo se Lula sabia que seu tríplex era produto de desvios da Petrobras. “Perguntei para João Vaccari se o ex-presidente Lula tinha conhecimento do fato, e ele respondeu positivamente”, diz o anexo.

Respostas

O senador Aécio Neves rechaça as afirmações atribuídas ao sr. Leo Pinheiro e divulgadas por VEJA.

Trata-se de repetição das mesmas citações já publicadas há dois meses, sem a apresentação de quaisquer elementos ou provas que as atestem.

A correção e regularidade dos procedimentos de execução das obras da Cidade Administrativa de MG foram atestadas pelos órgãos públicos de controle do Estado e por empresa de gerenciamento e auditoria externa, contratada por meio de processo de licitação.

É falsa a afirmação de que Aécio Neves teria “um operador”. As doações feitas pela OAS ao PSDB estão devidamente registradas na Justiça Eleitoral e ocorreram dentro da legalidade.

Em nota, o ministro José Serra afirma que a reportagem de VEJA desta semana, que o menciona, “infelizmente não seguiu um preceito básico do jornalismo: ouvir o outro lado. Caso o tivesse feito, teria evitado equívocos. Saberia, por exemplo, que, ao contrário do que dá a entender a matéria, a licitação, a assinatura do contrato e o início das obras do trecho sul do Rodoanel aconteceram em 2006. O mandato de José Serra no governo de São Paulo teve inicio em 1º de janeiro de 2007. Os dois dirigentes da área de transportes mencionados na matéria concluíram suas funções em 2006 e não continuaram em seus cargos na nova administração. Ao assumir o governo paulista, José Serra determinou, sim, a renegociação desse contrato, reduzindo seus custos em quase 4%. A economia para os cofres públicos foi de R$ 174 milhões –equivalentes a R$ 300 milhões a preços atuais.”

 

 

Fonte: Veja

 

Movimento “Fora Temer” ganha força no Brasil e no Exterior, e nem no 7 de Setembro e na abertura das Paraolimpíadas, ele escapa

31/07/2016

 

Desfile de 7 de Setembro começa com gritos de “Fora Temer” e vaias

 

 

 

Sem usar a faixa presidencial, Temer se posicionou no palanque ao lado da mulher Marcela, e do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Temendo os protesto, Temer também abriu mão da tradição de usar o Rolls Royce da Presidência da República, com uma capota conversível. Preferiu ir até o local num carro fechado.

A repressão também marca o evento. Seguranças que trabalham no desfile confiscaram uma bandeira de um grupo de estudantes com a palavra golpe e os informaram que eles seriam retirados das arquibancadas caso insistissem em algum tipo de manifestação crítica ao governo.

Assim como fizeram durante as Olimpíadas, seguranças retiraram um estudantes da arquibancada por estar com um adesivo “Fora, Temer” colado na camiseta.

Uma equipe de reportagem do UOL presenciou o fato e questionou os seguranças que disseram: “Se tiver manifestação contra o governo nós vamos retirar [os manifestantes da arquibancada]”.

“É um absurdo. É nossa liberdade de expressão”, afirmou Gabriela Almeida, ao UOL.

O feriado da Independência, quando tradicionalmente acontece o Grito dos Excluídos, promete manifestações em todo o País contra o golpe, o governo de Michel Temer, a retirada de direitos e em defesa da democracia.

“Fora Temer” marca o 7 de setembro em diversas cidades do país

Paulo Pinto/AGPT

 

A 22ª edição do Grito dos Excluídos, tradicional manifestação do 7 de setembro organizada pelo Fórum das Pastorais Sociais, centrais sindicais e entidades ligadas aos movimentos sociais, mobilizou pessoas em diversas cidades do país. Com o tema “Este sistema é insuportável: exclui, degrada e mata”, a manifestação protesta contra a desigualdade social, o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff e conclama a população para resistir à retirada de direitos sociais do governo usurpado de Michel Temer.

Em São Paulo, a mobilização começou nas primeiras horas da manhã. Convocado pela Central de Movimentos Populares, os manifestantes se concentram na Avenida Paulista, com apoio de entidades da Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, como CTB, CUT, UNE, MST, MTSST, Movimento dos Atingidos por Barragens, entre outras.

A manifestação seguiu em marcha pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio em direção ao Monumento às Bandeiras, ao lado do Parque do Ibirapuera.

Na Praça da Sé concentravam-se os manifestantes do ato do Grito dos Excluídos. Empunhando faixas e entoando palavras de ordem contra o golpe, os manifestantes iniciaram o ato.

“O grito, que este ano completa 22 anos em Aparecida, tem o objetivo de chamar a atenção para os problemas da falta de moradia, emprego, educação, imigrantes e refugiados”, afirmou o coordenador da Pastoral Operária, Paulo Pedine.

Da Praça da Sé, os manifestantes seguirão em marcha até a igreja da Paz, no Glicério, onde é realizado um trabalho de acolhimento a imigrantes e refugiados. O governo Temer suspendeu as negociações que mantinha com a União Europeia para receber famílias desalojados pela guerra civil na Síria.

Aconteceram manifestações também em Goiás, Minas Gerais, Pará e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal. Ao chegar para o desfile da 7 de Setembro, em Brasília, Temer ouviu um sono “Fora Temer” de populares que estavam na arquibancada.

Na explanada dos Ministérios, manifestantes ocuparam quatro das seis faixas durante o desfile. Parte dos manifestantes usou correntes de papel em um ato perto da Biblioteca Nacional, a cerca de três quilômetros de distância do palanque oficial, e empunhou o cartaz “independência ou golpe?”.

Em Goiânia, o ato aconteceu na Avenida Tocantins, onde lideranças dos movimentos sociais e políticas discursaram denunciando o golpe e repelindo as medidas do governo Temer.

Em Belo Horizonte, o ato Fora Temer teve início por volta das 9 horas na Praça Raul Soares. Em seguida, os manifestantes saíram em passeata gritando palavras de ordem contra o golpe.

Também houve ato em Juiz de Fora. O ato aconteceu entre a Avenida Rio Branco com a Rua Oscar Vidal e saíram em marcha pelas ruas da região central.

Em Petrópolis, no Rio de Janeiro, manifestantes caminharam pelas ruas do Centro Histórico na Serra do Rio, ao som de “Fora Temer”.

Em Belém do Pará, manifestantes se concentraram na Praça Santuário, onde realizaram um ato ecumênico. “O Grito esse ano incorpora todas as bandeiras: defesa da democracia, dos direitos e contra o golpe”, disse Alberto Pimentel, da coordenação do Grito dos Excluídos.

Adma Monteiro, da Frente Brasil Popular, ressaltou que o foco é a luta pela democracia. “Essa mobilização no Grito, no Brasil todo, será o primeiro ato nacional depois do golpe consumado”, disse. “A nossa pauta é ‘Fora Temer, nenhum direito a menos’. Desde que ele assumiu provisoriamente ele vem retirando direitos, a começar dos ministérios que atendem questões sociais. Pedimos a reforma profunda do sistema político, porque mesmo que a gente consiga ‘diretas já’, a eleição não resolverá o problema: o sistema político brasileiro está sequestrado pelas grandes corporações econômicas. Precisamos de reforma democrática e popular para garantir os direitos de todos”, completou.

No Recife, Pernambuco, mais de 20 mil se concentraram na Praça do Derby. Os manifestantes saíram em marcha até a Praça da Independência, fechando várias vias da área central da cidade. O percurso inclui as avenidas Agamenon Magalhães, Governador Carlos de Lima Cavalcanti e Conde da Boa Vista.

Fonte: Portal Vermelho

Manifestação contra Temer ocupa a Avenida Paulista em 4/9/16

 

 

Depois de negociação com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a mobilização ocorre a partir das 16h30, com concentração no vão livre do Masp. A manifestação estava agendada para as 14h, mas foi remanejada após o governo Geraldo Alckmin tentar barrá-la, por causa da passagem da tocha paralímpica pela cidade.

“Aceitamos a alteração de horário para deixar claro de que lado está a intransigência e não dar pretexto à repressão da Polícia Militar. O ato ocorrerá no domingo (amanhã), na Avenida Paulista (Masp), conforme a definição dos movimentos”, afirma a nota das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que convocaram o evento, junto com o Levante Popular da Juventude.

Pelas redes sociais, mais de 30 mil pessoas confirmaram participação nos protesos da Paulista. “A grande adesão, com a confirmação de cerca de 30 mil pessoas mobilizadas pelas redes sociais e pelos movimentos sociais, fez com que os governos Alckmin e Temer recuassem da tentativa de proibir a manifestação popular”, diz texto divulgado pela Central de Movimentos Populares (CMP).

Para Raimundo Bonfim, coordenador da CMP, um governo ilegítimo não tem moral para tentar impedir manifestações democráticas e por direitos. “Não tem arrego e não aceitaremos repressão. Não sairemos das ruas enquanto não derrubarmos o governo golpista de Michel Temer.”

Desde que o impeachment foi aprovado, as manifestações têm sido marcadas por agressões da PM, especialmente aos jornalistas da mídia alternativa. “Você tem agora exemplos de jornalistas que foram vitimados pela violência policial. Como foi que em 2013 as manifestações de rua passaram a ganhar força? Foi justamente por esses fatos. Você teve casos de jornalistas que apanharam da polícia e estavam lá para cobrir as manifestações, e a própria classe jornalística começou a dar audiência nisso”, afirma o cientista político Rafael Araújo, professor da PUC-SP e da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp).

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo terá plantão neste domingo (4), a partir das 16h30. No caso de qualquer ocorrência contra os profissionais que cobrem o protesto contra o impeachment no dia 4 de setembro, haverá diretores de plantão no Sindicato para o recebimento de denúncias e para prestar apoio aos trabalhadores (as). As ocorrências devem ser comunicadas pelo telefone (11) 3217-6298 ou pelo celular/Whatsapp (11) 99461-5136.

Cariocas vão às ruas contra Temer

 

 

O túnel novo que liga Botafogo a Copacabana foi tomado pelo protesto, conforme vídeo abaixo publicado pelo Mídia Ninja. A multidão se concentrou em frente ao hotel Copacabana Palace e caminhou na Avenida Atlântica até o antigo Canecão, onde está o movimento Ocupa MinC.

O ato é organizado pelas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que reúne dezenas de movimentos sociais, que estimam cerca de duas mil pessoas no protesto. Confira as fotos e o vídeo abaixo, publicado pela Mídia Ninja

Do Portal Vermelho, com Brasil 247 e Mídia Ninja

 

 

Festival de Gramado termina com protesto contra Temer

 

 

Paulo Tiefenthaler, que recebeu o kikito de melhor ator por “O Roubo da Taça”, fez críticas ao agora efetivo governo e incluiu o bordão “Fora Temer” em seus discurso.

Gui Campos, do curta Rosinha, subiu ao palco com faixas pedindo “Diretas Já” e “Resistir Sempre”. “Nós aqui presentes nos pronunciamos contra o golpe e a favor da democracia brasileira”, disse ele.

Parte do público apoiou a manifestação de Campos e se uniu a ele em um coro de “Fora Temer”. O público também participou do protesto contra o governo ao vaiar a aparição do logo do Ministério da Cultura durante o anúncio dos patrocinadores.

 Fonte: Brasil 247

 

Parlamentares acionam MPF para barrar repressão em atos contra Temer

Foto: Eduardo Figueiredo / Mídia NINJA

 

A representação é assinada pelos deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Wadih Damous (PT-RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP) e o senador Humberto Costa (PT-PE). Eles argumentam que o pedido de providências se dá devido à determinação de Temer para atuação das Forças Armadas na Avenida Paulista e a tentativa de proibição de protestos na capital paulista imposta pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que ontem mesmo recuou e aceitou negociar com os movimentos. Ficou acertado que a manifestação deste domingo na Avenida Paulista se realizará a partir de 16h30, depois do evento da tocha paralímpica.

Mas na noite de sexta (2), a polícia e os manifestantes voltaram a se enfrentar em São Paulo, pelo quinto dia consecutivo, quando a PM impediu que os manifestantes concentrados no Largo da Batata, para o ato #Fora Temer! Não queremos nenhuma chibata! Queremos decidir nosso futuro!, organizado por mulheres negras, saísse em passeata. A reportagem da Mídia Ninja mostrou um grupo que se dispersou e chegou a bloquear o trânsito da Marginal Pinheiros, passando depois por dentro do terminal de ônibus da estação Pinheiros. Oito pessoas foram presas, e quatro ainda continuavam detidas

Regime autoritário?

Na peça jurídica encaminhada pelos parlamentares ao MPF, Pimenta, Damous, Teixeira e Costa afirmam que “a proibição de manifestações políticas, bem como a utilização excessiva de violência para coibi-las, é postura própria de regimes autoritários, que não têm legitimidade eleitoral e que dilaceram a soberania popular. A liberdade de expressão é direito fundamental inerente a democracia”.

Segundo Paulo Pimenta, além do MPF, eles estão encaminhando a representação também para a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, a Ordem dos Advogados do Brasil e as organizações de Direitos Humanos da OEA e ONU, na próxima semana (antes do feriado de 7 de setembro, onde estas manifestações tendem a ser observadas em todo o país).

‘Autoritarismo e repressão’

“Precisamos acabar com esse autoritarismo e a repressão violenta do governo Temer. Já não basta o golpe que remete a 1964, agora é preciso também perseguir, censurar e atacar quem luta pela democracia em nosso país?”, questionou o deputado Pimenta, assinalando que esse caráter autoritário e repressivo do governo Temer decorre da falta de legitimidade e apoio popular.

Pimenta disse, ainda, que especialmente no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul têm sido inúmeros os episódios que levam à constatação de uma crescente onda de violência empregada pelas forças do Estado, o que qualifica como “situação extremamente grave e preocupante”.

Segundo o parlamentar, em maio, o governo Temer editou a Medida Provisória 726/2016, que trata como área de Segurança Nacional qualquer local onde o presidente da República e seus familiares estiverem ou “possam vir a estar”. “Isso precisa ser combatido, é uma nítida forma de calar a voz das ruas. Vamos combater as regras impostas por essa MP no Legislativo e por meio de instrumentos como a representação, junto a todos os órgãos competentes”, afirmou.

Fonte: Portal Vermelho

Página da reunião do G20 é inundada por mensagens de “Fora, Temer”

 

 

São mais de 100 mil mensagens em apenas uma foto, entre vomitaços, a hashtag #ForaTemer, denúncias em inglês e português sobre o golpe articulado por Temer e textos que reafirmam, ao contrário do que diz o governo ilegítimo, de que se trata, sim, de um ato antidemocrático contra o voto de 54 milhões de brasileiros.

Em entrevista à imprensa brasileira na China, Temer afirmou que o “Fora, Temer” era um movimento “de 40 pessoas que quebram carros”.

Fonte: Portal Vermelho

LULA MARQUES:Brasília- DF 29-08-2016 Presidenta Dilma faz sua defesa no plenário do senado. Foto Lula Marques/Agência PT

 

 

 

 

O Senado ratificou, hoje, o que estava claro durante todo o processo do impeachment desde a sua abertura, tanto entre os políticos quanto nas ruas, muito diferente do ocorrido em 1992, com Fernando Collor, quando havia unanimidade em torno de sua condenação, em todos os bares, lares e em todas as cabeças.

Havia, no caso atual, todos os sinais, desde o início do processo, há nove meses de que os motivos apresentados – assinatura de decretos de gastos suplementares e o Plano Safra – estavam longe de convencer a todos que 1) eram crimes e 2) eram crimes tão graves a ponto de afastar uma presidente da República do cargo.

No entanto, apesar das dúvidas evidentes em todas as fases o processo foi adiante, embora muito mais fundamentado em elementos políticos do que em jurídicos, arranhando seriamente o texto da constituição que obriga que só se afaste um presidente da República quando há crimes muito bem definidos.

Durante todos os debates, mesmo os que defendiam ardorosamente a deposição dela concordavam numa coisa: que ela é uma mulher honrada e honesta.

É uma contradição e tanto: não se pode ser ao mesmo tempo honrada e honesta e ser criminosa.

Hoje, no dia da votação final, mais uma vez a dúvida voltou à tona. Quando a sentença foi dividida em duas partes, graças a um pedido do PT, que obrigou os senadores a votarem, em primeiro lugar se a presidente deveria ser afastada e, em segundo, se perderia seus direitos políticos e proibição de exercer qualquer atividade pública, os defensores do impeachment ficaram preocupados e tentaram de todas as maneiras derrotar a presidente dos dois quesitos. Em vão.

Na votação do afastamento alcançaram vitória fácil, por 61 a 20, mas, na segunda votação, quando, surpreendentemente, Renan Calheiros declarou-se publicamente a favor de Dilma, os golpistas obtiveram apenas 42 votos contra 36, insuficientes para consumar o golpe por inteiro.

A decepção de Aloysio Nunes Ferreira e de Cássio Cunha Lima foi notória. Ambos queriam esmagar a adversária mais ou menos ao estilo do que os portugueses fizeram com Tiradentes. Não só vão levar um escracho de Temer, principalmente Aloysio, seu líder no Senado – que, por esse motivo, pode até cair – como ganharam uma adversária poderosa.

A primeira consequência é que a defesa ganhou mais um argumento para questionar o resultado, pois verificou-se a existência de dúvida e a legislação é clara a respeito: in dubio pro réu.

A segunda consequência é que Temer fica fragilizado com essa vitória pela metade já que, mantendo seus direitos políticos, Dilma poderá começar amanhã mesmo uma campanha pelo plebiscito e pelas Diretas Já e se torna ainda uma forte candidata para 2018, caso a Lava Jato invista mais fortemente contra Lula, impedindo-o de concorrer.

Se não for candidata a presidente, Dilma poderá concorrer ao Senado, à Câmara dos Deputados, ao governo de seu estado, ou seja, ela não sai completamente derrotada como Collor em 92, muito em função de sua insistência em não renunciar.

E, ao lado de Lula, torna-se a maior líder de oposição a Temer.

O embate político vai extrapolar, sem dúvida, para as ruas que, além do mote “Fora Temer” terão condições de também levantar cartazes “Volta Dilma”.

Getúlio, em quem ela se inspira, ao dar um tiro no coração escreveu que saía da vida para entrar na história. Dilma sai da presidência para entrar na oposição a Temer.

Ou seja: Dilma sai do impeachment mais forte do que entrou.

 

Beto Barata/PR:Brasília - DF, 11/08/2016. Presidente em Exercício Michel Temer durante encontro com representantes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC. Foto: Beto Barata/PR

 

 

 

 

Os golpistas alcançaram o objetivo: o Senado da República, convertido num tribunal de exceção, aprovou o impeachment da Presidente Dilma sem crime de responsabilidade, em total afronta à Constituição e ao Estado de Direito.

Esta decisão imposta por uma maioria do Senado não surpreende, porque este processo kafkiano não passou de um jogo de cartas marcadas; de uma farsa montada com pretextos ridículos para dar ares de normalidade a um crime perpetrado contra a democracia.

À medida em que o golpe foi avançando e parlamentares foram sendo comprados com cargos e promessas de favores e a mídia e setores do judiciário foram blindando a trama golpista, os canalhas foram abandonando a parcimônia e a dissimulação.

Eles se sentiram desobrigados de conspirar nas sombras, escondidos; abandonaram o disfarce da falsa imparcialidade e assumiram abertamente a conspiração.

O mundo inteiro ficou conhecendo as entranhas de um golpe que teve falsificação de peças de acusação por militantes partidários disfarçados de funcionários públicos, de “técnicos do Tribunal de Contas”.

Quando os pretextos contábeis dos falsos “técnicos do Tribunal de Contas” foram desmascarados, os golpistas abandonaram o discurso cínico que encobria a falta de motivo legal para cassar o mandato da Presidente, e assumiram que condenam Dilma pelo chamado “conjunto da obra” – ou seja, pelo fato de ser uma mulher, nacional-desenvolvimentista e de esquerda.

O usurpador Michel Temer, sócio do Cunha na conspiração e principal beneficiário do golpe, revelou a injustiça de um julgamento que não se ampara nos fundamentos exigidos pela Constituição e pela Justiça, mas que é parte de uma violência desferida por uma matilha parlamentar que assume a característica de uma maioria fascista: “o impeachment depende da avaliação política – não uma avaliação jurídica – que o Senado está fazendo”.

O golpe de Estado, agora formalmente consagrado pela decisão de 61 senadores e senadoras – quase todos investigados e processados por corrupção e outros crimes – mergulha o país no abismo do arbítrio.

A democracia foi abastardada, a Constituição foi violentada. Os personagens donos dos métodos e das visões mais abomináveis da política brasileira, assaltaram o poder para impor uma agenda de retrocessos e de entrega da soberania nacional.

O golpe não é apenas contra uma mulher digna e inocente, mas é sobretudo um golpe contra a democracia e o Estado de Direito, desfechado para permitir a restauração neoliberal ultraconservadora e reacionária.

É um golpe contra o capítulo dos direitos sociais da Constituição de 1988; contra o povo pobre, as mulheres, as juventudes, os trabalhadores, os camponeses, os índios, os povos das florestas.

É um golpe para entregar o pré-sal, as terras, as riquezas, os alimentos e os minérios do povo brasileiro ao capital estrangeiro.

É um golpe para desarticular a América do Sul, para desintegrar a América Latina e retomar uma política externa mesquinha, de sujeição dos interesses do povo brasileiro aos caprichos das metrópoles dominantes.

O governo usurpador não tem legitimidade para comandar o país, e menos legitimidade ainda para impor a agenda entreguista e de retrocessos que foi derrotada nas quatro últimas eleições presidenciais e que será derrotada novamente se submetida ao sufrágio popular.

O Brasil não pode ser comandado por um governo fundado na usurpação e na associação criminosa de canalhas golpistas que vivem no esgoto da história.

Depois de 52 anos, o Brasil novamente é vítima de uma oligarquia golpista que vandaliza a democracia para usurpar o mandato soberano de uma Presidente eleita por 54.501.118 brasileiros e brasileiras.

O governo usurpador que nasce neste 31 de agosto de 2016 não será aceito, não será reconhecido pelo povo e será combatido sem tréguas. É um governo ilegítimo. Só nova eleição restaura o Estado de Direito depois deste atentado à democracia.

Eleição já! Fora Temer usurpador!

Fonte: Brasil247

Atos contra Temer têm  bombas na Consolação

Polícia jogou bombas contra manifestantes na Consolação.
Grupo a favor do impeachment festejou saída com bolo em frente a Fiesp.

Duas manifestações, uma contra o impeachment de Dilma Rousseff e outra a favor da saída dela da presidência e à posse do presidente Michel Temer, fecharam a Avenida Paulista na noite desta quarta-feira (31). Pelo terceiro dia consecutivo, protestos contra Temer tiveram confrontos entre manifestantes e a Polícia Militar. De acordo com a corporação, um policial ficou ferido.

O grupo contrário a Dilma Rousseff comemorou com bolo e champagne em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Este grupo fechou a Paulista no sentido Paraíso. O grupo a favor de Dilma e contra Michel Temer se reuniu em frente ao Masp e seguiu em direção à Rua da Consolação, onde a Polícia Militar jogou bombas em manifestantes.

 Manifestantes depredam viatura da Polícia Civil durante ato contra o impeachment de Dilma Rousseff no Largo do Arouche, no centro de São Paulo, nesta quarta-feira (31) (Foto: Fábio Vieira/Fotorua/Estadão Conteúdo)Manifestantes depredam viatura da Polícia Civil durante ato contra o impeachment de Dilma Rousseff no Largo do Arouche, no centro de São Paulo, nesta quarta-feira (31) (Foto: Fábio Vieira/Fotorua/Estadão Conteúdo)

Em nota, a PM informou que, “por volta das 20h30, o grupo começou a incendiar montes de lixo e agredir policiais com pedras na Rua da Consolação, quando foi necessária intervenção da Polícia Militar”. O comunicado acrescenta que um PM “foi ferido e levado para atendimento médico”.

Agências bancárias e pontos de ônibus foram atacados. Até uma viatura da Polícia Civil foi depredada pelos manifestantes.

Manifestantes atacam agência bancária na região central de São Paulo (Foto: GloboNews/Reprodução)Manifestantes atacam agência bancária na região central de São Paulo (Foto: GloboNews/Reprodução)
Polícia Militar joga bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestação na Rua da Consolação (Foto: TV Globo/Reprodução)Polícia Militar joga bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestação na Rua da Consolação (Foto: TV Globo/Reprodução)

Por volta de 20h, o grupo contrário ao impeachment deixou a frente do Masp e passou a caminhar em sentido da Rua da Consolação. A intenção foi descer até a Praça Roosevelt, no Centro. O outro grupo, que apoia a saída de Dilma, seguiu na Paulista.

O sentido Consolação da Paulista foi liberado por volta de 20h20.

Grupo se reuniu e seguiu pela Rua da Consolação em direção à Paulista (Foto: Glauco Araújo/G1)Grupo se reuniu e seguiu pela Rua da Consolação em direção à Paulista (Foto: Glauco Araújo/G1)

Às 20h30, a Polícia Militar jogou bombas em direção a manifestantes que colocaram fogo em lixo na Praça Roosevelt fazer barricadas. De acordo com a GloboNews, manifestantes chegaram a jogar rojões contra policiais da Força Tática da PM.

Agências bancárias da região central tiveram vidraças quebradas pelos manifestantes. Na Praça da República, os manifestantes colocaram fogo em lixo e quebraram pontos de ônibus e vidraças de estabelecimentos comerciais.

Agência do Itaú depredada na altura da Rego Freitas (Foto: Glauco Araújo/G1)Agência do Itaú depredada na altura da Rego Freitas (Foto: Glauco Araújo/G1)

Os manifestantes quebraram até uma viatura da PolíciaCivil que estava estacionada na região da República. A Polícia Militar reagiu a provocações e passou a jogar bombas de gás e efeito moral contra grupo de manifesantes na Avenida São Luís com a Rua da Consolação.

Às 21h15, dois caminhões da Tropa de Choque chegaram à Praça da República. Os policiais desceram com armas pesadas para dispersar os manifestantes. Um caminhão com jatos d’água foi acionado para afastar o grupo de manifestantes.

Rojões foram lançados em meio aos policiais da Tropa de Choque na Avenida São João, que revidaram com bombas de gás. Às 21h40 os policiais do Choque entraram em caminhões da corporação e deixaram o Centro. às 21h50 a estação República do Metrô, que ficou fechada durante a confusão, foi liberada.

Às 22h30, um grupo de manifestantes se reuniram e passaram a subir a Rua da Consolação. Eles caminharam por meio dos veículos que desciam no sentido Centro da via. Perto do Cemitério da Consolação, policiais usaram bombas para impedir a chegada à Paulista (veja o vídeo abaixo).

Policiais militares seguem contra grupo de manifestantes na Rua da Consolação (Foto: GloboNews/Reprodução)Policiais militares seguem contra grupo de manifestantes na Rua da Consolação (Foto: GloboNews/Reprodução)

Polícia Militar joga bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestação na Rua da Consolação (Foto: GloboNews/Reprodução)Polícia Militar joga bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestação na Rua da Consolação (Foto: GloboNews/Reprodução)

Manifestação contra Temer na Avenida Paulista (Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo)Manifestação contra Temer na Avenida Paulista (Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo)
Manifestantes protestam contra o governo Temer na Avenida Paulista (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)Manifestantes protestam contra o governo Temer na Avenida Paulista (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)
Manifestantes contrários ao governo Temer em protesto na Avenida Paulista (Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo)Manifestantes contrários ao governo Temer em protesto na Avenida Paulista (Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo)
Manifestantes contrários ao governo Temer em protesto na Avenida Paulista (Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo)Manifestantes contrários ao governo Temer em protesto na Avenida Paulista (Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo)

Protesto contra o presidente do Brasil, Michel Temer na região da Avenida Paulista, em São Paulo (SP), nesta quarta-feira (31) (Foto: N.M/Futura Press/Estadão Conteúdo)Protesto contra o presidente do Brasil, Michel Temer na região da Avenida Paulista, em São Paulo (SP), nesta quarta-feira (31) (Foto: N.M/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Fonte: G1

Brasil tem manifestações contra impeachment e celebração de grupos anti-Dilma

Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco registraram protestos

Brasil tem manifestações contra impeachment e celebração de grupos anti-Dilma TABA BENEDICTO/Agência O Dia
Manifestante contrário ao impeachment de Dilma Rousseff segura bandeira em frente a tropa da PM de São PauloFoto: TABA BENEDICTO / Agência O Dia

Além do RS, o impeachment da presidente Dilma Rousseff resultou em manifestações contra e a favor à decisão em diversos Estados brasileiros. Pelo menos 12 registraram movimentações nas ruas, como Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Bahia e Santa Catarina, além do Distrito Federal. Saiba como foram as principais manifestações pelo país.

São Paulo

Na capital paulista, foram registrados atos contra e a favor à ex-presidente. Manifestantes contrários ao impeachment que se aglomeravam em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, iniciaram na noite desta quarta-feira uma marcha em direção à rua da Consolação. Os gritos de ordem foram “Não tem arrego” e “Fora Temer”. Às 19h30min, o protesto ocupou todas as oito faixas da Avenida Paulista em frente ao museu. Policiais militares lançaram mais de 10 bombas de gás lacrimogêneo em um intervalo de dois minutos contra os manifestantes que marchavam contra o impeachment na altura da esquina da Rua da Consolação com a Rua D. Antônia. Enquanto isso, em frente ao prédio da Fiesp, cerca de 50 pessoas comemoram o impedimento definitivo da presidente Dilma Rousseff. Dois bonecos gigantes foram inflados, um da presidente afastada Dilma Rousseff e outro de Renan Calheiros, presidente do Senado. Os manifestantes foram separados por um forte esquema de segurança formado por dois cordões de policiais militares próximos à rua Pamplona.

Rio de Janeiro

Manifestantes se reuniram no Rio de Janeiro em atos contra e a favor da aprovação do impeachment da agora ex-presidente Dilma Rousseff (PT) nesta quarta-feira. A polícia acompanhou os protestos, que seguiam pacíficos até as 19h30min. A partir das 17h, representantes de movimentos sociais e sindicatos se reuniram na Cinelândia, na região central, para protestar contra o impeachment. O ato foi promovido pela Frente Brasil Popular, que reúne mais de cem entidades e partidos políticos de esquerda. Segundo os organizadores, cerca de 2 mil pessoas participaram do ato. Em Copacabana, Zona Sul, integrantes de dois grupos que apoiam o impeachment se reuniram na orla, nas imediações do Posto 5, a partir das 18h. O Movimento Brasil Livre-RJ e o Vem pra Rua se concentraram para comemorar a saída definitiva de Dilma da presidência da República. Não houve divulgação do número de participantes. O ato seguia, pacífico, até o início da noite desta quarta-feira.

Brasília

Manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff cantaram o hino nacional em frente ao Palácio da Alvorada logo após a aprovação do afastamento definitivo dela do cargo. Segundo a Polícia Militar, cerca de 150 pessoas com bandeiras do PT, da CUT e de movimentos sociais protestaram em frente ao Alvorada. Já no início da noite, um grupo de cerca de 300 pessoas, segundo a PM, fechou quatro vias do Eixo Monumental próximo ao Congresso Nacional, para protestar contra o impeachment de Dilma.

Recife

Manifestantes contrários ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff se reuniram na área central do Recife no início da noite. Por cerca de duas horas, eles ocuparam uma das principais vias do Recife, a Avenida Agamenon Magalhães. O grupo percorreu também outro importante corredor viário da cidade, a Avenida Conde da Boa Vista, até a Praça do Diário. O ato foi convocado inicialmente pela Frente Povo Sem Medo, entidade que reúne movimentos sociais e partidos de esquerda, para pedir a saída do presidente Michel Temer do cargo e também teve a participação da Frente Brasil Popular. Logo depois da confirmação do afastamento de Dilma no Congresso Nacional, o grupo de coordenação local do movimento Vem Pra Rua, uma das principais organizações a se mobilizar a favor do impeachment, soltou balões e fogos de artifício na orla de Boa Viagem, bairro da Zona Sul do Recife. Um grupo de cerca de dez pessoas vestiram verde e amarelo e traziam mensagens de apoio à Operação Lava Jato nas camisas.

Fonte: Zero Hora

Impeachment pode evoluir para golpe militar, diz teólogo

O teólogo Leonardo Boff contou à ANSA que teme que o afastamento de Dilma Rousseff pelo Senado transforme-se em um “golpe militar”.

Foto: Getty Images

 

“Os riscos desse golpe parlamentar é que se transforme num golpe militar. Há consciência no povo, segundo a qual não se tolera mais um golpe para favorecer a classe dominante. Se a reação dos movimentos sociais for forte, o que se presume, os golpistas civis poderão chamar de novo os militares como fizeram em 1964”, destacou Boff.

Ainda segundo o teólogo, “os militares, a pretexto de preservar a ordem, podem começar a reprimir, perseguir, prender e, como se faz comumente nas prisões, torturar. Isso não é impossível pois, na Constituição, está que havendo ameaça à ordem pública eles legalmente podem intervir”.

Para Boff, toda essa ação foi causada pela “classe dominante”, que como não vencia as eleições presidenciais, “decidiu voltar ao poder sem o voto popular”. “Trata-se novamente de um golpe da classe dos privilegiados, dos 71 mil ultra-ricos que nunca aceitaram o PT, Lula e Dilma. Não aceitam uma democracia social para todos, mas só uma democracia para poucos, onde eles detêm o poder e decidem de costas ao povo”, diz ainda o teólogo.

Amigo do papa Francisco, Boff foi o primeiro a informar que o líder da Igreja Católica havia enviado uma carta à então presidente Dilma Rousseff, pouco antes do processo de afastamento ser concluído. Ele ainda confirmou que o Pontífice está acompanhando a situação no Brasil.

“Dilma se fez amiga do papa Francisco. Este aprendeu a amar o povo brasileiro, especialmente, após o encontro mundial da juventude no Rio de Janeiro. Ele recebeu uma delegação de alguns brasileiros à frente de uma conhecida jurista e uma famosa artista, Letícia Sabatella, e se solidarizou com a preservação da democracia”, ressaltou.

Sem citar o que estava escrito no documento, Boff disse, no entanto, que Dilma recebeu uma carta de apoio do Papa, mas por respeito a ele, não quis divulgar o conteúdo. “Mas sei que foi de condenação de um eventual golpe e o apoio da democracia de cunho social”, finalizou.

Fonte: Terra

América Latina desconfortável com o impeachmentde Dilma

 

Vizinhos sul-americanos têm evitado pronunciar-se sobre o processo em curso no Brasil, excepto os porta-vozes do “eixo bolivariano” que denunciam o “golpe contra a democracia”.

 

 

 

 

 

 

Dilma Rousseff entre os líderes das Américas na última cimeira, no Panamá, em Abril de 2015 REUTERS/JONATHAN ERNS
 

 

 

Muito se tem especulado sobre uma nova tendência política na América Latina, onde estará em curso um movimento gradual de “troca” eleitoral de governos de esquerda e presidentes populistas por executivos conservadores conduzidos por personalidades menos impulsivas. Seria um novo “clube” regional teoricamente mais afável e tolerante para o novo Governo brasileiro liderado por Michel Temer, mas os líderes dos países vizinhos acompanharam o processo de impeachment desencadeado em Brasília com relativo desconforto: da direita à esquerda, ninguém aprecia o precedente aberto pelo Senado. Nem a insuspeita Organização dos Estados Americanos resistiu a manifestar a sua “preocupação” com os desenvolvimentos no Brasil.

A rival Argentina foi a primeira a reagir à suspensão de Dilma Rousseff e à posse de Michel Temer como Presidente interino do Brasil, numa nota oficial emitida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. “Diante dos factos registados no Brasil, o Governo da Argentina manifesta que respeita o processo institucional em curso e confia que o desenlace da situação consolide a solidez da democracia brasileira. O Governo argentino continuará a dialogar com as autoridades constituídas com o propósito de avançar com o processo de integração bilateral e regional”, diz o comunicado, assinado pela ministra Susana Malcorra.

A mensagem, diplomática e cortês, pode ser interpretada como um tímido respaldo ao novo Governo de Temer, mas está longe de poder ser considerado um apoio explícito. O Presidente Mauricio Macri até tem sido um dos aliados do Brasil neste processo, agindo como contrapeso ideológico perante os ataques cerrados de outros presidentes como Evo Morales (Bolívia) e Nicolás Maduro (Venezuela), que nos fóruns regionais e outros organismos multilaterais não se têm cansado de gritar “golpe” em apoio a Dilma.

Mas o líder argentino já por diversas vezes exprimiu o seu nervosismo e preocupação com o possível impacte dos acontecimentos brasileiros no seu país: Macri receia que um período de turbulência e instabilidade venha a alastrar além fronteiras. A sua atenção está concentrada nas possíveis consequências para a balança comercial – o Brasil é o maior parceiro comercial da Argentina – num contexto de ajuste económico e frágil recuperação.

Mas não só. Além disso, “o Governo argentino está inquieto porque teme que o executivo de Temer seja frágil e instável”, notava  El País, citando fontes que davam conta das reservas (veiculadas em privado) de Macri sobre a legitimidade política de um Governo não eleito e a idoneidade de um Presidente que é suspeito de corrupção. Sob pressão da rua, onde já se manifesta o descontentamento com a subida da taxa de inflação, o Presidente argentino sabe que o caso brasileiro dá força aos ataques do kirchnerismo contra a “vaga neoliberal” no continente.

Como observam vários analistas e comentadores políticos, o Brasil assumiu-se, sobretudo a partir da presidência de Lula da Silva, como o principal actor político da América Latina – é o país mais poderoso da América do Sul (só dois dos 12 países do continente, o Chile e o Equador, não fazem fronteira com o Brasil), com metade da população e 55% da actividade económica.

O seu papel de moderador era reconhecido por todos os líderes da região, independentemente das pequenas rivalidades internas: apesar de Dilma nunca ter sido capaz de replicar o carisma e a influência do seu antecessor, era ainda assim uma figura de referência em termos de projecção e representação internacional da posição sul-americana. No actual cenário de profunda crise política interna, nenhuma figura brasileira tem condições para desempenhar esse papel de interlocutor regional.

Enquanto os Presidentes da Argentina, do Chile ou da Colômbia têm optado por um tom mais neutro nas suas apreciações públicas e mantido uma certa discrição nas suas críticas ao processo de impeachment, já o chamado “eixo bolivariano” respondeu com estrondo às manobras para afastar Dilma, denunciando o “golpe contra a democracia” em curso no Brasil.

 Fonte: O Público

Entre repúdio e diplomacia, América do Sul reage à destituição de Dilma

O impeachment de Dilma Rousseff gerou reações distintas entre seus vizinhos sul-americanos: do congelamento de relações anunciado pelo governo da Venezuela, passando pela retirada do máximo representante do Equador em Brasília, até o “respeito” expresso pelos governos de Argentina, Chile e Paraguai.

A Venezuela “decidiu retirar definitivamente seu embaixador” no Brasil, Alberto Castellar, “e congelar as relações políticas e diplomáticas com o governo surgido desse golpe parlamentar”, anunciou a Chancelaria venezuelana, em um comunicado.

No Twitter, o presidente Nicolás Maduro condenou o que chamou de “Golpe Oligárquico da direita”. Em maio, a Venezuela já havia convocado seu embaixador para consultas.

“Estamos em consultas porque há um governo usurpador lá, que ninguém escolheu”, denunciou Maduro, garantindo que os Estados Unidos estão por trás desse “golpe”.

“Hoje é um dia triste para a História do Brasil e da América Latina, porque se orquestrou um golpe de Estado agressivo da oligarquia (…) É contra a América Latina inteira e o Caribe. É contra nós, que lutamos pela justiça e pela igualdade”, manifestou.

Maduro contou que conversou por telefone com Dilma Rousseff, “com muito sentimento, com muito amor”, e disse a ela que a Venezuela não vai abandoná-la.

“A História ainda não terminou, e o Brasil conta com a Venezuela”, disse o presidente Maduro.

Outro aliado de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Equador retirou seu encarregado de negócios, Santiago Javier Chávez Pareja, até agora seu principal representante diplomático em Brasília.

Em maio, Quito já havia convocado para consultas seu embaixador no Brasil, Horacio Sevilla. Desde então, ele não voltou ao posto e, em junho passado, foi nomeado representante permanente do Equador na ONU.

O governo do Equador disse que a embaixada ficará a cargo do terceiro-secretário. Embora não tenha mencionado o congelamento das relações, advertiu que “provavelmente tenha algum tipo de afetação à relação bilateral”.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, também convocou para consultas seu embaixador no Brasil, após condenar o “golpe parlamentar”.

Na mesma linha, a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) – na voz de seus membros Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua – condenou o “golpe de Estado parlamentar” no Brasil.

Segundo o representante suplente da Nicarágua, Luis Ezequiel Alvarado, isso demonstra “que as forças regressivas do hemisfério continuam trabalhando com o objetivo de desestabilizar e de provocar golpes de Estado contra os governos progressistas da região”.

Respeito ao processoAdotando uma postura mais moderada, o governo argentino de Mauricio Macri disse que “respeita” o processo de destituição de Dilma, por parte do Senado brasileiro, e “reafirma sua vontade de continuar pelo caminho de uma real e efetiva integração com base no absoluto respeito pelos direitos humanos, as instituições democráticas e o Direito Internacional”.

O mesmo tom foi adotado pelo governo do Chile, que se declarou “respeitoso” quanto à decisão e manifestou sua “confiança em que o Brasil resolverá seus próprios desafios, por meio de sua institucionalidade democrática”.

O Paraguai respeita a decisão tomada pelas instituições democráticas brasileiras e buscará aprofundar as relações políticas, econômicas e comerciais com a nova administração de Michel Temer, anunciou o chanceler Eladio Loizaga, em declarações à AFP.

“Para nós, foi uma decisão tomada pelas instituições democráticas brasileiras. Como tal, nós respeitamos”, afirmou Loizaga, na primeira reação do governo de seu país ao impeachment.

“Agora vamos buscar o aprofundamento das nossas relações em todo sentido: econômicas, comerciais, políticas”, completou o ministro das Relações Exteriores, acrescentando que o governo paraguaio “manteve relações mais do que cordiais nesse processo” com o Brasil.

O chanceler lembrou que os dois países têm empreendimentos comuns, entre eles o acordo para construir uma ponte de grande envergadura sobre o rio Paraguai.

Ao ser questionado sobre a decisão de Bolívia, Equador e Venezuela de retirar seus embaixadores de Brasília, respondeu: “São opiniões deles”.

Loizaga manifestou seu desejo de que essa decisão “ajude a acelerar uma saída para a crise que temos no Mercosul para avançar adiante”.

Fonte: Bol

Cuba condena “energicamente” “golpe de Estado” contra Dilma

O governo de Cuba condenou “energicamente” nesta quarta-feira o “golpe de Estado parlamentar-judicial” contra a recém-destituída presidente Dilma Rousseff, e qualificou o processo de impeachment como outra expressão da ofensiva imperialista contra a América Latina e o Caribe.

"O governo Revolucionário da República de Cuba rejeita energicamente o golpe de Estado parlamentar-judicial que se consumou contra a presidente Dilma Rousseff", afirma uma nota divulgada nesta no site oficial da Chancelaria cubana.

“O governo Revolucionário da República de Cuba rejeita energicamente o golpe de Estado parlamentar-judicial que se consumou contra a presidente Dilma Rousseff”, afirma uma nota divulgada nesta no site oficial da Chancelaria cubana.

Foto: Ismael Francisco/ Cubadebate

 

 

“O governo Revolucionário da República de Cuba rejeita energicamente o golpe de Estado parlamentar-judicial que se consumou contra a presidente Dilma Rousseff”, afirma uma nota divulgada nesta no site oficial da Chancelaria cubana.

O texto indica que a retirada de Dilma da Presidência “sem que se apresentasse nenhuma evidência de crimes de corrupção nem crimes de responsabilidade”, constitui “um ato de desacato à vontade soberana do povo que a elegeu”.

A extensa carta de apoio à ex-líder do Brasil, um dos principais aliados de Cuba na região, cita conquistas do governo de Dilma e do PT em temas como “a situação internacional em defesa da paz, o desenvolvimento, o meio ambiente e os programas contra a fome”.

Além disso, destaca os esforços do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma “para reformar o sistema político e ordenar o financiamento dos partidos e suas campanhas, assim como no apoio às investigações contra a corrupção que foram abertas e à independência das instituições encarregadas delas”.

Para o governo cubano, o ocorrido no Brasil é “outra expressão da ofensiva do imperialismo e da oligarquia contra os governos revolucionários e progressistas da América Latina e do Caribe, que ameaça a paz e a estabilidade das nações”.

“Cuba ratifica sua solidariedade com a presidente Dilma e o companheiro Lula, com o Partido dos Trabalhadores, e expressa sua confiança em que o povo brasileiro defenderá as conquistas sociais alcançadas, se oporá com determinação às políticas neoliberais que tentem impor a ele e ao despojo de seus recursos naturais”, conclui a nota.

O Senado brasileiro destituiu Dilma Rousseff por 61 votos a favor e 20 contra nesta quarta-feira, em decisão que também confirma como presidente Michel Temer, que seguirá no poder até o dia 1º de janeiro de 2019.

Fonte: Terra

Le Monde: Impeachment da presidenta Dilma é golpe ou farsa

Nelson Almeida / AFP

 

“A ironia quis que a corrupção fizesse milhões de brasileiros saírem para as ruas nos últimos meses, mas que não fosse ela a causa da queda de Dilma Rousseff. Pior: os próprios arquitetos de sua derrocada não são santos”, diz um trecho.

“O homem que deu início ao processo de impeachment, Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, é acusado de corrupção e de lavagem de dinheiro. A presidente do Brasil está sendo julgada por um Senado que tem um terço de seus representantes, segundo o site Congresso em Foco, como alvos de processos criminais. Ela será substituída por seu vice-presidente, Michel Temer, embora este seja considerado inelegível durante oito anos por ter ultrapassado o limite permitido de doações de campanha.”

O jornal também cita que a presidenta Dilma vem denunciando cotidianamente o papel da Rede Globo na mobilização do golpe de estado, “que atende a uma elite econômica preocupada em preservar seus interesses supostamente ameaçados pela sede de igualitarismo de seu partido, o Partido dos Trabalhadores (PT)”.

“Se esse não é um golpe de Estado, é no mínimo uma farsa. E as verdadeiras vítimas dessa tragicomédia política infelizmente são os brasileiros.”

Fonte: Portal Vermelho

Viggo Mortensen, Danny Glover, Susan Sarandon e outros artistas assinam manifesto contra impeachment no Brasil

Um grupo de intelectuais e artistas internacionais divulgaram nesta quarta um manifesto contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Assinam o comunicado, entre outros, os atores Danny Glover (’Máquina Mortífera’),Susan Sarandon (’Thelma & Louise’), Viggo Mortensen (’O Senhor dos Anéis’), além dos cineastas Oliver Stone (’Platoon’), Ken Loach (vencedor da última edição do Festival de Cannes) e do guitarrista Tom Morello, do Rage Against The Machine.

Leia abaixo o texto na íntegra:

“Nos solidarizamos com nossos colegas artistas e com todos aqueles que lutam pela democracia e justiça em todo o Brasil.

Estamos preocupados com o impeachment de motivação política da presidenta, o qual instalou um governo provisório não eleito. A base jurídica para o impeachment em curso é amplamente questionável e existem evidências convincentes mostrando que os principais promotores da campanha do impeachment estão tentando remover a presidenta com o objetivo de parar investigações de corrupção nas quais eles próprios estão implicados.

Lamentamos que o governo interino no Brasil tenha substituído um ministério diversificado, dirigido pela primeira presidente mulher, por um ministério compostos por homens brancos, em um país onde a maioria se identifica como negros ou pardos. Tal governo também eliminou o Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Visto que o Brasil é o quinto país mais populoso do mundo, estes acontecimentos são de grande importância para todos os que se preocupam com igualdade e direitos civis.

Esperamos que os senadores brasileiros respeitem o processo eleitoral de 2014, quando mais de 100 milhões de pessoas votaram. O Brasil emergiu de uma ditadura há apenas 30 anos, e esses eventos podem atrasar o progresso do país em termos de inclusão social e econômica por décadas. O Brasil é uma grande potência regional e tem a maior economia da América Latina. Se este ataque contra suas instituições democráticas for bem sucedido, as ondas de choque negativas irão reverberar em toda a região.

Tariq Ali – Writer, journalist and filmmaker
Harry Belafonte – Civil rights activist, singer and actor
Noam Chomsky – Professor Emeritus of Linguistics at MIT, theorist and intellectual
Alan Cumming – Actor and author
Frances de la Tour – Actor
Deborah Eisenberg – Writer, actor and teacher
Brian Eno – Composer, singer, visual artist and record producer
Eve Ensler – Playwright, author of The Vagina Monologues
Stephen Fry – Broadcaster, actor, director.
Danny Glover – Actor and film director
Daniel Hunt – Music producer and filmmaker
Naomi Klein – Writer and filmmaker
Ken Loach – Filmmaker
Tom Morello – Musician
Viggo Mortensen – Actor and musician
Michael Ondaatje – Novelist and poet
Arundhati Roy – Author and activist
Susan Sarandon – Actor
John Sayles – Screenwriter, director and novelist
Wallace Shawn – Actor, playwright and comedian
Oliver Stone – Filmmaker
Vivienne Westwood – Fashion designer”

Fonte: Yahoo

PT recorre à OEA para denunciar: é golpe

Wadih-Damous

Damous: ‘Entramos com o pedido de liminar para que a comissão examine o caso antes do julgamento’

Parlamentares do PT protocolaram na noite de terça-feira 9 uma representação contra o processo de impeachment de Dilma Rousseff na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Assinado pelos deputados petistas Wadih Damous (RJ), Paulo Pimenta (RS) e Paulo Teixeira (SP), além do senador Telmário Mota (PDT-RR), o texto foi apresentado pouco antes de o plenário do Senado decidir, por 59 votos contra 21, que Dilma deve ser levada a julgamento final.

De acordo com o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da OAB-RJ, o objetivo da medida é evitar o “dano irreparável” do impeachment.

CartaCapital: Por que essa representação foi protocolada só agora?

Wadih Damous: Para ingressar com um pedido de tutela na Comissão Interamericana de Direitos Humanos é preciso que as instâncias internas do País já estejam esgotadas. E não há mais a quem recorrer. O STF já disse que o processo é político e que não vai interferir.

O Senado ainda não terminou de julgar o mérito, mas nós não podemos esperar que o impeachment aconteça, como tudo indica que vai acontecer, porque isso vai causar um dano irreparável. Então nós entramos com o pedido de liminar para que a comissão examine o caso antes do julgamento do mérito.

CC: Quais são os pedidos?

WD: Paralisação do processo de impeachment, e que ela [Dilma] seja reconduzida à Presidência até que a comissão decida definitivamente. O organismo internacional da OEA é [acionado] para fazer valer o que está previsto nas convenções.

CC: Foi usada a palavra “golpe”?

WD: Sem sombra de dúvida. É golpe. Trata-se se um afastamento inconstitucional, de um presidente legitimamente eleito com milhões de votos diretos, e que está sendo afastado ilegalmente, sob alegação de um crime que não aconteceu.

Ela não respondeu a nenhuma ação penal, não foi condenada em nenhuma ação penal, e a Suprema Corte brasileira recusa-se a examinar o assunto porque entende que se trata de um processo estritamente político. No entendimento equivocado do Supremo, a interferência não é possível porque fere o princípio da separação de poderes.

CC: Há críticas ao Supremo nesse documento?

WD: Não são críticas, não se trata de crítica. Trata-se de uma constatação, uma descrição. Nós entendemos que o Supremo pode e deve se meter. Mas, já que a Corte não entende dessa forma, não nos resta outra alternativa a não ser procurar a Comissão Interamericana.

Fonte: Carta Capital

Dilma apresentará a carta aos brasileiros na próxima semana

 

 

Na carta, segundo Humberto Costa, Dilma irá expôr seus sentimentos para a população brasileira e, naturalmente também, para o Senado Federal. “Ela deve fazer uma avaliação da conjuntura, avaliar o que esse movimento que aqui acontece, de impedimento, representa e quais as consequências para o Brasil disso que está se tentando fazer aqui”, afirmou Costa. Nesta quarta-feira, o líder do PT almoçou com Dilma no Palácio da Alvorada, junto com os outros senadores que votaram contra a pronúncia da presidenta.

De acordo com o senador, a decisão de Dilma de não apresentar a carta até a madrugada de hoje, quando ocorreu a votação em que os senadores decidiram por mandá-la a julgamento, não significa que ela tenha desistido ou que pretenda adotar tom de despedida no documento. “Ao contrário. [A carta] vir ontem [9], e nós não termos o resultado que esperávamos poderia ter a leitura de que a carta não teve nenhum papel. Eu acho que agora ela [carta] tem um papel, porque a posição definitiva de cada um vai ser tomada agora. E, a julgar pelas insatisfações que existem, acho que temos espaço para fazer com que a nossa votação cresça.”

Para o senador, a vitória dos governistas na terça (9) foi menos folgada do que se esperava, e isso significa que ainda há espaço para os dilmistas trabalharem pela reversão do impeachment. Humberto Costa informou que há um grupo de oito ou 10 senadores com os quais eles pretendem conversar mais intensamente para tentar mudar o voto.

A votação, já na madrugada desta quarta-feira (10) terminou com 59 votos a favor da pronúncia e 21 contra – o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não votou. No julgamento final de Dilma, serão necessários 54 votos para que ela seja definitivamente impedida.

Mesmo assim, o senador Humberto Costa analisa a possibilidade de absolvição da presidenta. O senador falou sobre a estratégia do governo eleito e dos parlamentares que defendem a democracia de reverter o quadro golpista que se impõe à nação e aos brasileiros.

Mobilizar o povo pelo plebiscito e derrotar o golpe da direita

O golpe midiático-judicial-parlamentar deu mais um passo na madrugada desta quarta-feira (10) quando o Senado aprovou a continuação do processo de impeachment contra a presidenta eleita Dilma Rousseff.

A aprovação do relatório fraudulento do senador  Antonio Anastasia (PSDB-MG) desmascara o golpe e revela com mais força a natureza puramente política, e em nada jurídica, do afastamento da presidenta legítima e inocente.

Os golpistas atuam para impor seu programa antidemocrático, antipopular e antinacional, rejeitado em todas as eleições presidenciais desde 2002.

Impotentes para alcançar os votos populares necessários para seu projeto regressista recorrem ao voto indireto de uma ocasional maioria conservadora na Câmara dos Deputados e no Senado Federal para impor seus privilégios e eliminar o projeto de mudanças sociais profundas liderado por Lula e Dilma, nos últimos 12 anos.

O disfarce legalista do golpe oculta a disputa essencial que ocorre pelo controle do Estado brasileiro e seus recursos. Foi uma decisão, diz Luciana Santos, presidenta nacional do Partido Comunista do Brasil, “à margem do Estado Democrático de Direito”, que deixou patente no desenrolar dessa escalada reacionária que “a presidenta eleita Dilma Rousseff não cometeu nenhum crime de responsabilidade”.

É preciso frisar que a luta por um modelo desenvolvimentista, democrático e nacional que reduz as desigualdades sociais, promove os direitos sociais e políticos e defende a soberana do país já é histórica no Brasil.

Ele bate de frente com o tradicional modelo conservador, hoje chamado de neoliberal, que privilegia a elite atrasada e rentista, o grande capital especulativo, abocanha os recursos do Estado brasileiro e se rende ao imperialismo, sobretudo dos EUA, entregando sem cerimônias o controle das grandes riquezas brasileiras, como ocorre hoje com o pré-sal.

O movimento reacionário precisa ser compreendido num quadro mais amplo em que há pressa na ação contra Dilma Rousseff e lentidão no julgamento do indefectível deputado Eduardo Cunha, contra quem se acumulam acusações extremamente graves mas que desperta o temor dos golpistas devido a revelações comprometedoras que poderia fazer contra o vice-presidente usurpador Michel Temer e demais capitães do golpe.

A luta de classes, que está nas ruas, nas manifestações populares que se repetem contra os golpistas, está presente também no Congresso Nacional.

A resistência contra o golpe vai se aprofundar com continuidade da mobilização dos democratas e progressistas, do povo brasileiro, contra o golpe. E em defesa do plebiscito para a convocação de novas eleições diretas para presidente, que é instrumento de mobilização de amplos setores da sociedade e indica que a escalada golpista pode ser barrada. O caminho para reunificar o país e recolocá-lo no rumo do desenvolvimento passa pela consulta ao povo e pela resistência constante contra o golpe de Estado antidemocrático, antipopular e antinacional.

 

Associação internacional de pesquisa lança nota em repúdio ao golpe

 

 

 

Para a entidade, que definiu o posicionamento em uma votação interna, na qual 87% dos membros aprovaram a resolução, o golpe no país é um “atentado contra a democracia brasileira”.

“Considerando que a democracia é uma condição indispensável para alcançar um futuro digno e socialmente justo para todos; e considerando que a comunidade internacional esteve presente e solidária com as lutas em defesa da democracia; A Lasa denuncia o atual processo de impeachment no Brasil como antidemocrático e encoraja seus membros a chamar a atenção do mundo para os precedentes perigosos que o impeachment estabelece para toda a região”, afirma a nota.

Do Portal Vermelho, com informações do Brasil 247

 

Movimentos sociais vão às ruas pelo “Fora Temer” em 31/7/16

 

 

Tendo como palavras de ordem centrais o “Fora Temer! O povo deve decidir e defender nossos direitos, Radicalizar a democracia”, o movimento denuncia o golpe maquiado de “batalha contra a corrupção” que serviu para “levar uma quadrilha ao comando do país”.

Em São Paulo, a concentração inicia às 14 horas no Largo da Batata, próximo à estação Pinheiros do metrô. Em algumas capitais, como Distrito Federal e Belo Horizonte, a concentração já começou, na Feira Central de Planaltina e na Praça Sete, respectivamente. No Rio de Janeiro, os movimentos optaram por concentrar esforços para um grande ato no próximo dia 5, dia em que o mundo estará de olho na Abertura dos Jogos Olímpicos.

“Chamamos as manifestações para o dia 31 precisamente como uma maneira de dar continuidade ao processo de mobilização pelo ‘Fora Temer’, pela defesa dos direitos sociais, diante do risco real de ataque. E também, nesse caso, pela defesa de um plebiscito (sobre antecipação das eleições) pelo qual o povo possa decidir, não apenas o Senado”, diz Guilherme Boulos, coordenador da frente. “Não é aceitável que o destino político do país fique na mão dos senadores. É importante que o povo seja chamado a decidir. Estão anunciando uma série de projetos que visam, na verdade, fazer o Brasil andar 30 anos para atrás”, diz o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), à Rede Brasil Atual.

Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, com este governo interino de Michel Temer, a classe trabalhadora corre um sério risco que perder seus direitos conquistados com muita luta.

“Com o pacote de maldades da gestão interina: jornada de trabalho de 80 horas semanais, idade mínima para homens e mulheres de 65 anos e maior tempo de contribuição na qual a aposentadoria só no post mortem – o Fora Temer passou a ser uma questão de sobrevivência”, denuncia o sindicalista.

Fora Temer mobiliza milhares neste domingo, confira os locais

 

 

Na avaliação de um dos coordenadores da frente, Guilherme Boulos, além do processo ilegítimo do impeachment ferir a jovem democracia brasileira, o governo interino Temer segue impondo sua agenda neoliberal e retirando direitos históricos da classe trabalhadora.

Apoio ao plebiscito

A Frente Povo Sem Medo considera que a decisão dos rumos políticos do país deve estar nas mãos do povo brasileiro, como afirma um trecho da nota divulgada pela organização. “A Frente Povo Sem Medo entende que, diante de um governo biônico e com uma pauta de duros retrocessos, o povo deve ser chamado a decidir. Neste sentido, a proposta de um plebiscito sobre a antecipação ou não das eleições, defendido mais de uma vez pela própria presidenta Dilma, pode ser uma bandeira aglutinadora para somar mais forças na luta contra o golpismo.”

Confira abaixo os locais que já confirmaram suas manifestações pelo Fora Temer:

* Não encontrou a manifestação da sua cidade aqui? Envie mensagem na página do Portal Vermelho no Facebook, informando o local e horário do ato, que iremos incluir no calendário.

São Paulo (SP)– Largo da Batata às 14h

Rio de Janeiro (RJ)- 
Igreja Nossa Senhora da Candelária, às 15h

Fortaleza (CE)- Praça Cristo Redentor, às 15h 

João Pessoa (PB)-
 Lagoa do Parque Solon de Lucena , às 14h

Curitiba (PR)- Praça da Mulher Nua, às 15h

Goiânia (GO)- Estacionamento do IFG, às 9h 

Recife (PE)- Praça Derby, às 15h

Brasília (DF)- Feira Central de Planaltina – 9hrs

Belo Horizonte (BH)- Praça 7 às 10h

Salvador (BA)- Campo Grande – 14h

Brasília (DF)- Feira Central de Planaltina – 9h

Uberlândia (MG)- Feira do Luizote – 9h

Ubá (MG)- 
Praça São Januário

Porto Alegre (RS)- Parque da Redenção – 15 HRS

Maceió (AL)-  Praça Marcílio Dias, às 15h

Manaus (AM)- Entrada da Feira do Mutiraõ, às 8h

Belém (PA)- Praça da República, às 9h

Internacional

Nova York, Estados Unidos- Times Square, às 18h 

Madrid- Espanha – Plaza Tirso do Molina, 13h30

Amsterdã – Holanda
 – Museu Eye, 15h

Lisboa- Portugal 
– Praça do Rossio, às 19h

Madri (Espanha) Rastro de Madrid

Barcelona (Espanha)
 La Negreta del Gòtic

Leipzig (Alemanha) Johannapark

Berlim (Alemanha)
 Oranienplatz

Washington DC 
The White House

 

 

Dilma: “O primeiro que vou fazer é restabelecer o direito de todos”

 

 

Pedi um encontro com a Dilma para lhe entregar um exemplar do livro O Brasil que queremos, que eu organizei, publicado pelo Laboratório de Politicas Publicas (LPP) da UERJ, e que vai ser lançado publicamente na Conferencia Nacional dos Bancários, dia 29, no Anhembi, em São Paulo.

Reencontrei a Dilma pela primeira vez desde que o golpe a afastou da presidência. Pudemos conversar ontem, quarta-feira 27, por duas horas, no Palácio da Alvorada, a sós, conversa solta, sobre passado, presente e futuro. Quando lhe perguntei qual será a primeira coisa que ela vai fazer voltando a assumir plenamente a Presidência da Republica, e ela não hesitou:

“Vou restabelecer os direitos de todos, que estão sendo tirados”. É a decisão coerente com suas declarações nas distintas manifestações e entrevistas em que ela tem participado.

Quando lhe perguntei como ela se sente mais discriminada: como mulher, como esquerdista ou como mulher não casada, cuja família é composta por ela, a filha e os netos, ela tampouco vacilou: “Como mulher, embora os outros aspectos possam acentuar essa discriminação”.

Esse aspecto se reflete mais diretamente no grande apoio político, com enorme carga afetiva, que ela tem recebido do povo em geral, mas das mulheres em particular, e das mulheres jovens, em especial, o que a tem emocionado muito.

Eu conheci a Dilma ainda na clandestinidade, nos anos 1960, na Polop, onde militávamos juntos. Era uma primeira imagem dela, jovem, super militante, hiper dinâmica, característica que ela nunca deixou de ter.

Só voltei a retomar contato com ela já como secretária do governo do PT, no Rio Grande do Sul, na época dos Fórum Social Mundial. Não é que fosse outra, mas tinha outra fisionomia, como provavelmente também eu. Era uma super competente secretária, super profissional executiva, característica que ela incorporou para sempre.

Depois ja foi cruzar com a Dilma como ministra do Lula, coordenadora do governo como chefe da Casa Civil, colocando em prática toda sua competência e exigência no cumprimento das tarefas, aquelas qualidades que a levaram a ser escolhida pelo Lula para sucedê-lo.

Ai voltei a cruzar mais vezes com ela, naquele momento de ter sido escolhida, mas ainda uma incógnita se sua candidatura vingaria ou não. Depois foi a campanha, a virada sensacional, incluindo o ato com os intelectuais e artistas que eu organizei no Teatro Casa Grande, como um dos momentos que marcariam aquela virada.

Nos últimos meses foram muitos os encontros, pela mobilização popular contra o golpe, sempre marcados pela tensão que a crise tem provocado em todos nós. Não sabia como a encontraria agora.

Ela chegou, simpática como sempre, nos acomodamos na sala em que ela recebe as pessoas e logo retomamos a conversa pelo passado, que necessariamente passa pelas referências a meu irmão, o Eder, com quem ela recordava os pontos de encontro que teve, em Pinheiros, quando ele lhe passou um pacote de documentos e depois os discutiu com ela.

Falamos de algumas características da Polop, da referencia teórica central à Rosa Luxemburgo, da admiração que mantivemos por ela, e da forma terrível em que ela morreu – pelas mãos da polícia da social democracia alemã.

A conversa se aproximou do presente, com a América Latina como tema recorrente – Cristina, Pepe Mujica, Rafael Correa, Evo Morales, Hugo Chavez, Maduro -, mas também dos Brics. Ela ressaltou a ausência sumamente significativa dos presidentes dos Brics, o principal eixo de rearticulação da geopolítica mundial, em que seu governo nos incluiu. Dilma expressou a relação muito próxima que ela mantem com o Putin, assim como com o governo da China. Fica claro que, voltando à Presidência, vai ser um objetivo central do seu governo.

Dilma faz uma lista das principais atrocidades que o governo interino está cometendo, a que se somam todo dia iniciativas negativas novas, como a retirada do FGTS da Caixa Econômica para dar mais um presente para os bancos privados.

A principal dimensão que a Dilma incorporou na crise, foi a prática constante da palavra – nos discursos, nas entrevistas, nas reuniões públicas com representantes de movimentos, com parlamentares e com intelectuais e artistas. Ela, que era, sobretudo, uma dirigente que coloca em prática os programas do governo, se deu conta do papel indispensável do convencimento das palavras, da reiteração dos argumentos.

Uma Dilma otimista, bem disposta, pronta para retomar a Presidência do Brasil, consciente de que a derrota desta iniciativa do golpe não terminará a ofensiva da direita contra ela. Mas que as próximas ofensivas serão enfrentadas em condições muito menos favoráveis para a direita e com a democracia brasileira muito mais forte.

A referência permanente, mais importante, em quem também para ela, repousam as maiores esperanças sobre o futuro do pais, é o Lula, o eterno presidente e líder de todos

Terminamos a conversa, depois dela folhear o livro e inteirar-se dos seus temas e autores, quando chegou a hora dela sair para acupuntura. Eu saí muito contente do encontro e da longa conversa, mais confiante ainda de que derrotaremos o golpe.

Fonte: Vermelho

Começam movimentos sociais em todo o País contra o golpe

28/04/2016

Protestos contra ‘golpe’ interditam vias e geram transtornos em 8 estados e DF

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto diz que ações vão virar rotina

    Marginal Tietê é bloqueada em protesto do MTST – Reprodução Facebook/MTST

    A Frente Povo Sem Medo, liderada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), fechou 26 estradas e avenidas pelo país na manhã desta quinta-feira em protesto contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e um eventual governo Michel Temer. As ações duraram cerca de uma hora e meia e foram realizadas em oitos estados (Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Ceará, Paraná, Pernambuco, Rio e São Paulo) e no Distrito Federal.

    Durante à tarde, ao fazer um balanço das ações, o líder do MTST, Guilherme Boulos, prometeu que bloqueios como os desta quinta-feira vão se tornar rotina a partir de agora e têm o objetivo de se contrapor à política econômica que Temer pretende implantar se assumir a Presidência da República.

    – (A ação) Representa uma reação popular a um processo que abre feridas. Temer tem que explicar como fará cortes e ao mesmo tempo ampliará programas. Se trata de um eventual governo ilegítimo, sem voto popular e que não terá reconhecimento dos movimentos sociais e de parte da população – apontou Boulos.

    Protesto com pneus em chama interdita a Avenida do Contorno com reflexos na Rodovia Niterói-Manilha, no sentido Niterói – Foto da leitora Izabela Moreira

    Questionado sobre os transtornos causados à população pela interrupção de vias, o líder destacou “o ir e vir é um direito constitucional importante tal qual o direito à manifestação”, e lembrou o tratamento dado a movimentos pró -impeachment, que fecharam a avenida Paulista por mais de 24 horas, no mês passado.

    -A pessoa que questiona a manifestação quer que a gente se manifeste no Sambódromo? Lamentavelmente, no país onde o sistema político é surdo e cego, as manifestações populares dessa natureza são a única forma de resposta e visibilidade. Não vimos nenhuma preocupação com o ir e vir durante os bloqueios na Avenida Paulista. O secretário de Segurança ainda foi lá dialogar e confraternizar. Dois pesos e duas medidas não dá. Quando é na Paulista de verde e amarelo, valoriza-se o direito à manifestação. Quando é na periferia fala-se de ir e vir? – questiona Boulos.

    Na manhã desta quinta-feira no Rio, houve manifestação na Av do Contorno, em Niterói, via de acesso à Ponte. Cerca de 80 pessoas, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), atearam fogo em pneus, interditando a via, na altura do estaleiro Aliança. O bloqueio provocou um congestionamento de aproximadamente três quilômetros com reflexos na Rodovia Niterói-Manilha. Bombeiros do quartel de Niterói foram acionados e apagaram as chamas rapidamente. Depois, eles limparam a pista e liberaram a via ao trânsito. Policiais militares também foram para o local, e os manifestantes se dispersaram com a chegada da polícia. Também houve um protesto do MTST na Avenida Brasil, sentido Centro, na altura do Parque Arará, em Benfica, complicando ainda mais o tráfego. Os manifestantes também atearam fogo em pneus. A Polícia Militar foi acionada e desfez o bloqueio.

    Só em São Paulo, foram 12 pontos de interdição, o principal deles na Rodovia Regis Bitencourt, que liga o estado ao Paraná. Pneus e sacos de lixo foram queimados e o trânsito, interditado nos dois sentidos na altura da cidade de Tabão da Serra, provoca lentidão. Segundo o “G1”, a cidade somava 156 km de vias congestionadas às 8h, no quarto pior trânsito da manhã na capital paulista em 2016.

    Ainda na cidade de São Paulo, os manifestantes fecharam a pista local da Marginal Tietê, próximo ao Sambódromo, na Zona Norte. Houve bloqueio no Morumbi, Zona Sul, na Avenida Giovanni Gronchi. Duas pistas da rodovia Rodovia Raposo Tavares também foram fechadas.

    Protesto na BR 116, em Fortaleza – Divulgação / MTST

    Fonte: O Globo

    Câmara dos Deputados decidiu em 17/4/16 que impeachment vai ao Senado

    17/04/2016
    •  

      O ato a favor do governo Dilma Rousseff na orla do Rio foi encerrado com o hino nacional. Do carro de som, ouvia-se a mensagem: “Queriam que a praia fosse só dos coxinhas, e tomamos deles. Agora, vamos tomar o hino nacional também”.

      — Já estava planejado terminar com o hino. A orla não é só deles (favoráveis ao impeachment), é de todos nós. Com o hino, a mesma coisa — afirmou Rômulo Costa da Furacão 2000. — Foi um ato muito bom. Tivemos mais de 50 mil pessoas. A mensagem é que o impeachment não vai passar.

    • Manifestantes contra governo circulam na Câmara

      Os representantes do Movimento Brasil Livre (MBL), que defende o impeachment, continuam transitando no Salão Verde da Câmara. Ontem, houve confusão pela presença, e deputados governistas pediram a retirada deles. Como eles receberam credenciais, porém, poderão ficar.

    • Aliado de Temer faz romaria a gabinetes

      Acompanhado pelo deputado André Moura (PSC-SE), um dos maiores aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-ministro Eliseu Padilha faz uma romaria, na manhã deste domingo, por lideranças de partidos que apoiam o impeachment. Além do PMDB, ele já foi ao PSDB, DEM e PTB. Padilha disse que há um entusiasmo grande com o “efeito dominó” de deputados que, segundo ele, vêm aderindo ao impedimento de Dilma Rousseff nesta reta final.

    • Ato anti-impeachment tem Cunha como maior alvo

       

      Eduardo Cunha é o principal alvo dos manifestantes que participam do ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff em Copacabana. Muitos dos cartazes exibidos na passeata pela orla  exigiam a saída de Cunha da presidência da Câmara. No carro de som, artistas entoavam uma música dizendo que Cunha deixaria a Câmara “de camburão”.

      — Cunha representa todas as forças reacionárias do país. É um bandido. O projeto do PMDB, em vez de passo para o futuro, é um passo para o abismo — criticou Mônica Lemos, professora do Colégio Pedro II.

      Personagens folclóricos de manifestações, como o artista plástico Carlos Medeiros, o “Batman pobre”, também não pouparam críticas ao presidente da Câmara.

      — Quem está julgando a presidente Dilma não tem cacife para isso — resumiu.

      O ato chegou ao Leme por volta das 12h30m. A projeção dos organizadores é de cerca de 50 mil presentes. A polícia militar informou que não faria estimativa oficial.

    • Manifestações contra e a favor do impeachment ocorrem em dez estados e no DF

      Manifestantes já ocupam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília  Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/manifestacoes-contra-a-favor-do-impeachment-se-espalham-pelo-pais-19106641#ixzz466A8zR8T  © 1996 - 2016. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

      A poucas horas do início da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, manifestações contra e a favor se espalham por todo o país. Segundo o site “G1”, dez estados e o Distrito Federal registram protestos neste momento.

      No Rio de Janeiro, a manifestação contra o impeachment é embalada por sucessos como “Rap do Silva”, “Nosso Sonho” e “Rap do Salgueiro” na Praia de Copacabana. O protesto, que começou por volta das 10h30m, foi organizado pela Frente Brasil Popular e pela Furacão 2000. Em Brasília, os protestos estão tranquilos. Um corredor humano formado por policiais se posiciona em cada um dos lados do muro que separa os grupos. O número de manifestantes a favor do impeachment é maior no momento, com integrantes vestidos de verde e amarelo e tirando selfies.

      Em São Paulo poucos manifestantes se reúnem na Avenida Paulista, favoráveis ao impeachment. Um grupo pequeno protesta contra o processo no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista. Polícias militares, no entanto, detiveram um homem acusado de cortar o pato gigante inflável da Fiesp usado como símbolo da campanha contra aumento de impostos intitulada “Não vou pagar o pato”.

    • Em Brasília, Lula tenta conquistar votos contra o impeachment

      Lula em manifestação contra o impeachment neste sábado

      O ex-presidente Lula voltou a Brasília na manhã deste domingo para tentar uma última ofensiva antes da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff: o petista está ligando para deputados para tentar conquistar votos contra o afastamento ou pelo menos para pedir a abstenção na sessão em plenário, de forma a evitar os 342 votos necessários ao impeachment. A estratégia foi confirmada ao GLOBO por deputados petistas próximos ao ex-presidente.

      Lula deixou Brasília no meio da tarde de ontem, depois de participar de encontro com movimentos sociais e de articular votos anti-impeachment. Ele voltou para São Paulo, mas decidiu retornar à capital no dia da votação.

      O Salão Verde da Câmara, que fica em frente à entrada central do plenário, é ocupado principalmente por deputados da oposição, eufóricos com o discurso de que já há mais de 360 votos a favor do impeachment. Os governistas são minoria e estão contidos.

      – Existe um movimento para convencer os deputados a votarem contra. Lula voltou para isso – diz o deputado Wadih Damous (PT-RJ), um dos interlocutores do ex-presidente.

      Os petistas dizem que ainda há deputados que “não se sentem à vontade” para votar pelo impeachment e que estariam sendo cobrados a fazer isso por conta do apelo de suas bases eleitorais. Junto a esse grupo, Lula tenta incentivar pelo menos a abstenção. Segundo parlamentares, o ex-presidente está ligando e se encontrando com deputados em Brasília.

    • Manifestantes contra impeachment se reúnem no Anhagabaú

      Centenas de manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff se reúnem na manhã deste domingo no Vale do Anhagabaú, no centro de São Paulo. Vestidos em sua maioria com camisas vermelhas, integrantes de movimento sociais, como a Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), e da Central de Movimentos Populares (CMP), aguardam o início das apresentações musicais e dos discursos políticos.

      O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é o principal alvo dos manifestantes. Uma grande faixa com a frase “Fora Cunha” foi estendida no local. Há também bandeiras de partidos políticos como o PCdoB e o PCO.

    • Guerra de versões no PP

      O PP trava uma batalha interna para ter o máximo de votos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), ligou nesta madrugada para o ex-ministro Eliseu Padilha, um dos mais fiéis escudeiros do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), para garantir que 100% da bancada votará a favor do impeachment.

      O grupo que defende a saída de Dilma Rousseff na legenda garante que reconquistou o voto inclusive do deputado Waldir Maranhão (MA), que mudou sua posição na sexta-feira e foi destituído do comando do PP no Maranhão, e Eduardo da Fonte (PE), que vem negociando com o Palácio do Planalto.

      O grupo de Maranhão, no entanto, está reunido na manhã deste domingo no apartamento do vice-presidente da Câmara — entre os presentes estão os deputados Macedo (CE), Roberto Britto (BA) e Adail Carneiro (BA) — e garante que votará contra o impeachment, contrariando a decisão do PP, que fechou questão a favor do impedimento.

      O deputado Jerônimo Goergen (RS), um dos maiores defensores do impeachment, garantiu que o presidente virou os votos de Maranhão e da bancada da Bahia, além do voto de Eduardo da Fonte.

      — Entre o deputado ser expulso e perder diretório ou votar com unidade e fortalecer o partido, é melhor vir conosco para um novo governo. Eles entenderam, estamos 100% fechados a favor do impeachment. Quando chegar na Bahia e em Pernambuco, a votação já vai estar decidida. Além disso, o Maranhão sofreu muita pressão no estado — disse Goergen.

      A negociação maior é com os deputados da Bahia, porque o vice-governador João Leão, que é do partido, quer que votem contra o impeachment. A pressão do governador da Bahia, o petista Rui Costa, é grande. Mas a Bahia é um dos últimos estados a ser chamado para votação. Por isso, se até lá os 342 a favor do impeachment já tiverem sido alcançados, a tendência é que os deputados mudem e votem com o partido. É a chamada onda da votação.

      Integrante da direção, o deputado Ricardo Barros disse que há a busca pela unidade:

      — Está caminhando bem. Aumenta a adesão à decisão do partido de fechar questão pelo impeachment — disse Ricardo Barros.

      O PP tem a quarta maior bancada da Câmara, com 45 deputados. Eles podem ter papel decisivo na decisão, junto com parlamentares do PR e PSD, todos cortejados pelo governo e pelo grupo de Temer.

    • Homem é preso na Paulista após cortar pato inflável da Fiesp

      Um homem foi detido por policiais militares na Avenida Paulista, neste domingo, acusado de cortar o pato gigante inflável da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O pato é usado como símbolo da campanha contra aumento de impostos intitulada “Não vou pagar o pato”.

      Segundo a Polícia Militar, o acusado portava uma faca e teria cortado o pato inflável por volta das 8h30m. Ele foi levado, algemado, ao 78º DP (Jardins).

      A Fiesp disse que a entidade tem quatro patos e confirmou que um deles foi atacado pelo acusado. O principal pato tem 112 metros de altura e já está colocado na Avenida Paulista, em frente à sede da FIESP

    • Depois de cerca de 2h de concentração em frente ao Posto 3, em Copacabana, o carro de som da Furacão 2000 começou a se mover no trajeto combinado com a PM até o Posto 1, no Leme, com término marcado para as 13h.

      Por conta do horário apertado e do tempo gasto na concentração, os organizadores convocaram os manifestantes a se dirigirem à Lapa após o fim do ato, onde haverá telão para acompanhar a votação do impeachment.

      No deslocamento, um morador de um prédio na orla, entre as ruas Paula Freitas e República do Peru, balançou bandeira da União Soviética ao lado da bandeira do Brasil em sua janela. Manifestantes aplaudiram e gritaram “não vai ter golpe.

    • Hóspedes do Copacabana Palace se opõem a protesto pró-Dilma

      Enquanto a manifestação a favor do governo Dilma Rousseff passava em frente ao hotel Copacabana Palace, alguns hóspedes saíram na janela para protestar contra os manifestates pró-Dilma na Avenida Atlântica. Em reposta, os participantes da manifestação vaiaram e gritaram “Não vai ter golpe”.

      — Não vamos provocar ninguém e nem aceitar provocações. Esse é um ato de paz — disse um dos organizadores.

       

    • Já há 3 mil manifestantes pró-impeachment na Esplanada

       

      Boletim da Secretaria de Segurança do Distrito Federal informou que, no momento, existem 3 mil pessoas já na Esplanada dos Ministérios no lado Sul, destinado aos defensores do impeachment. No lado Norte, dos que apoiam o governo Dilma Rousseff, segundo a PM, não há movimentação. A informação é que o grupo ainda está se preparando para deslocamento do Estádio Mané Garrincha até a Esplanada.

      “A Polícia Militar está na Esplanada dos Ministérios e imediações com 1 mil homens e mulheres neste momento. A Polícia Civil trabalha desde sexta-feira com reforço de agentes e delegados nos plantões das delegacias da área central e do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Mantém ainda 300 agentes nas ruas das Asas Sul e Norte, Cruzeiro e Sudoeste reforçando o policiamento ordinário. O Corpo de Bombeiros mantém na Esplanada e arredores 150 militares e 19 viaturas neste instante, podendo chegar a 1 mil, caso seja necessário”, informou a secretaria.

    • Manifestações em sete estados e no DF

      Além de Rio, Brasília e São Paulo, manifestantes saíram às ruas em cinco outros estados na manhã deste domingo. Em Belém, a Polícia Militar estimou em 350 o número de manifestantes que apoiam o pedido de abertura de impeachment. Em Blumenau, cerca de 200 pessoas se reúnem na Praça Doutor Blumenau, no Centro.

      Grupos contrários e favoráveis ao impeachment da presidente da República Dilma Rousseff fazem atos em Belo Horizonte. Já em São Luís, há manifestação em favor da permanência da petista no centro histórico.

    • Fonte: O Globo

    Sem liderança do PSDB, brasileiros voltam às ruas em 12/4/15 para protestarem pacificamente contra a má administração do Governo Dilma

    15/03/2015

    Atos anti-Dilma reúnem 700 mil em 24 estados e no DF, segundo a polícia

    Ao menos 218 cidades do país registraram protestos.
    Número de manifestantes é menor do que no dia 15 de março.

    Manifestantes fizeram protestos contra o governo de Dilma Rousseff e contra a corrupção em mais de 200 cidades em 24 estados e no DF

     

    Os números de manifestantes foram menores do que nos atos de 15 de março.

    Há pouco mais de um mês protestaram em 252 cidades de todos os estados do país e no DF.

    Em São Paulo, o cofundador do Movimento Brasil Livre, Kim Kataguiri, comentou a baixa nas estimativas de público: “Ainda que tenha tido menos pessoas, para a gente, é mais importante fazer protestos localizados do que reunir todo mundo em um só lugar”.

    As palavras de ordem de hoje foram as mesmas do último grande protesto: contra a corrupção, o governo e o PT. Mas desta vez todos os principais movimentos, entre eles o Vem Pra Rua, pediram a saída da presidente Dilma Rousseff. Em 15 de março, nem todos falavam em impeachment.

    “Nós não éramos a favor [do impeachment] naquele momento porque não achávamos que havia argumento jurídico suficiente ainda. […] De lá para cá várias teorias jurídicas novas surgiram, inclusive algumas usando a ação de crime comum para investigação da presidente”, disse Rogerio Chequer, representante do Vem Pra Rua em São Paulo, ao jornal “Valor Econômico”.

    Também foram registrados atos em outros países, como na Alemanha, Irlanda e em Portugal.

    Ao longo de todo o dia, ao menos 218 cidades registraram atos contra Dilma e a corrupção em 24 estados e no DF.

    Veja como foram os protestos em cada estado:

    Manifestantes pedem o impeachment da presidente petista Dilma Rousseff (Foto: Aline Nascimento/ G1)Manifestantes pedem o impeachment da presidente
    (Foto: Aline Nascimento/ G1)

    ACRE

    PARTICIPANTES: 250, segundo a polícia; 400, segundo os organizadores.

    (ATO DE 15/3: 5 mil, segundo a polícia e os organizadores.)

    COMO FOI: A concentração ocorreu em frente ao Palácio Rio Branco, em Rio Branco. Depois de percorrer as principais ruas do Centro, os manifestantes voltaram para a frente do Palácio e cantaram o hino nacional. O ato terminou às 17h10 (19h10 horário de Brasília).


    Manifestantes tomam Orla de Maceió em protesto contra a corrupção no país (Foto: Lucas Leite/G1)Manifestantes na Orla de Maceió
    (Foto: Lucas Leite/G1)

    ALAGOAS

    Capital
    PARTICIPANTES: 6 mil, segundo a polícia; 10 mil, segundo os organizadores.

    (ATO DE 15/3: 10 mil, segundo a polícia e organizadores.)

    COMO FOI: Manifestantes saíram em caminhada em Maceió, da Jatiúca à Ponta Verde, para protestar contra a corrupção no país. O ato é organizado pelo Movimento Brasil Livre. Com apoio de um trio elétrico, um dos integrantes discursou contra os altos preços, a inflação e a taxa de desemprego.

    Interior
    Manifestantes fizeram uma caminhada em Arapiraca, município do Agreste de Alagoas. Há 60 participantes, segundo a polícia; e 150, segundo organizadores. “Nosso ato é simplesmente contra a corrupção nesse país. Fora, Dilma. Fora, PT. Nós queremos um governo honesto, mas de forma nenhuma defendemos a intervenção militar”, disse Tarcisio Menezes, do Movimento Brasil Livre.


    Sob chuva, manifestantes se reúnem no Centro de Manaus (Foto: Sérgio Rodrigues/G1 AM)Sob chuva, manifestantes se reuniram no Centro
    de Manaus (Foto: Sérgio Rodrigues/G1 AM)

    AMAZONAS

    PARTICIPANTES: 900, segundo a polícia e os organizadores.

    (ATO EM 15/3: 13 mil, segundo a polícia; 150 mil, segundo organizadores.)

    COMO FOI: A concentração foi na Praça do Congresso, em Manaus. Uma caminhada teve início cerca de uma hora depois. Segundo a organização do momento, a chuva que atingiu a capital no início do dia pode ter influenciado na baixa adesão ao movimento na capital. Cerca de 340 policiais acompanharam o deslocamento dos manifestantes, que foi encerrado às 14h20.


    Protesto em Salvador (Foto: Ruan Melo/G1)Protesto em Salvador (Foto: Ruan Melo/G1)

    BAHIA

    Capital
    PARTICIPANTES: 4 mil, segundo a polícia; 10 mil, segundo os manifestantes.

    (ATO EM 15/3: 11 mil, segundo a polícia; 23 mil, segundo organizadores.)

    COMO FOI: As pessoas se reuniram no Farol da Barra, em Salvador, às 9h. Com a chegada de um novo grupo, que saiu do Porto da Barra, foi iniciada caminhada em direção ao Cristo, onde o protesto chegou pouco antes das 12h, sob chuva.

    O ato reuniu entidades como o Sindicato dos Médicos da Bahia, Associação dos Delegados da Polícia Federal, Associação dos Profissionais dos Correios, entre outras.

    Um dos principais opositores do governo do Congresso Nacional, o deputado federal Antônio Imbassahy, do PSDB, participou da manifestação. “Como o governo não toma nenhuma atitude contra a corrupção, essa é a forma que o povo tem de reagir”, disse.

    Interior
    As cidades que tiveram protestos foram: Teixeira de Freitas, Eunápolis, Ilhéus e Itabuna, Vitória da Conquista e Feira de Santana. Em Feira, a segunda maior cidade baiana, a manifestação reuniu 500 pessoas, em números da Polícia Militar e da organização.


    protesto na praça portugal em 12 de abril (Foto: Gabriela Alves/g1)Protesto na Praça Portugal, em Fortaleza
    (Foto: Gabriela Alves/g1)

    CEARÁ

    PARTICIPANTES: 25 mil, segundo a polícia e 35 mil, segundo organizadores.

    (ATO EM 15/3: 20 mil, segundo a polícia e os organizadores.)

    COMO FOI: Manifestantes reuniram-se na Praça Portugal , no Bairro Aldeota, na Zona Norte de Fortaleza. Os primeiros participantes chegaram por volta das 14h e os discursos começaram às 16 horas. Às 17 horas, os participantes iniciaram uma caminhada de cerca de 3 km até o Aterro da Praia de Iracema.

    Com faixas e cartazes, os manifestantes pediram a saída da presidente Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores. Também havia frases pedindo o fim da corrupção e críticas à lei 4.330, que permite a terceirização de qualquer atividade das empresas.


    Manifestação reúne milhares de pessoas caminhando na direção do Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (Foto: Evaristo Sá/AFP)Manifestação reúne milhares de pessoas caminhando
    na direção do Congresso (Foto: Evaristo Sá/AFP)

    DISTRITO FEDERAL

    PARTICIPANTES: 25 mil, segundo a polícia; 40 mil, segundo organizadores.

    (ATO DE 15/3: 45 mil, segundo a polícia; 80 mil, segundo organizadores.)

    COMO FOI: Manifestantes se reuniram na no Museu Nacional da República às 9h30 e fizeram caminhada. Por volta das 10h30, os cerca de 4 mil manifestantes que ocupavam a Esplanada naquele momento começaram a se deslocar em direção ao Congresso Nacional.

    Parte dos manifestantes pediu intervenção militar, o que é ilegal e contra a Constituição. Quando houve discurso a favor da proposta em um dos trios elétricos, manifestantes contrários à ideia vaiaram. O ato terminou pouco depois das 13h.

    Mais cedo, houve um princípio de confusão no momento em que policiais tentaram retirar o cabo de PVC da bandeira de um manifestante. A Polícia Militar faz cordões de revista ao longo da Esplanada.

    De acordo com a PM, dois homens foram presos durante a manifestação. Apenas um deles, no entanto, tinha relação direta com o ato: um morador de rua que empurrou manifestantes na Rodoviária do Plano Piloto. O outro foi um motociclista que iria participar do protesto, mas se envolveu em uma briga de trânsito.


    Manifestantes se reuniram na entrada da Terceira Ponte, em Vila Velha (Foto: Leandro Nossa/ CBN)Manifestantes se reuniram em Vila Velha
    (Foto: Leandro Nossa/ CBN)

    ESPÍRITO SANTO

    PARTICIPANTES: 30 mil, segundo a polícia; 35 mil, segundo os organizadores.

    Um grupo concentrou-se na Praça do Papa, na capital do Espírito Santo nesta tarde. Ele se encontrou com cerca de 3 mil pessoas, segundo a organização, que saíram de Vila Velha.

    Os artistas Marcelo Ribeiro e Cláudio Boca fizeram apresentações cantando músicas de protesto. Por volta das 17h, um dos trios saiu da praça na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, onde seguiu para a Praia de Camburi. O ato foi encerrado.

    Interior
    No estado, também houve manifestações em Cachoeiro de Itapemirim, Linhares e Colatina.


    Manifestantes protestam na Praça Tamandaré, no Setor Oeste, em Goiânia (Foto: Sílvio Túlio/G1)Manifestantes protestam em Goiânia
    (Foto: Sílvio Túlio/G1)

    GOIÁS

    Capital
    PARTICIPANTES: 2,5 mil, segundo a polícia; 20 mil, segundo organizadores.

    (ATO EM 15/3: 60 mil, segundo a polícia; 150 mil, segundo os organizadores.)

    COMO FOI: Em Goiânia, o protesto ocorreu na Praça Tamandaré, no Setor Oeste. Cerca de uma hora depois, as pessoas partiram em caminhada em direção à sede da Polícia Federal, no Setor Bela Vista, onde chegou por volta das 16h30. O protesto terminou às 17h10, quando os manifestantes se dispersaram do local.

    Dois grupos participaram do ato: Movimento Brasil Livre e Movimento Vem Pra Rua. Algumas pessoas pediram intervenção militar durante o protesto.

    Interior
    Goianos protestam contra a corrupção e a presidente Dilma Rousseff em Rio Verde, no sudoeste do estado. Cerca de 250 pessoas participaram do ato, segundo a PM e também a organização do protesto, o Movimento Popular Rioverdense.

    Em Jataí, o protesto também reuniu cerca de 250 pessoas, conforme a PM e a organização.  Também foram registrados atos em Catalão e em Anápolis.


    Em São Luís (MA), a manifestação começou às 11h a passeata na Avenida Litorânea (Foto: Lucas Vieira/G1)Em São Luís (MA), a manifestação começou às 11h
    (Foto: Lucas Vieira/G1)

    MARANHÃO

    PARTICIPANTES: 400, segundo a polícia; 3,5 mil, segundo a organização.

    (ATO EM 15/3: 3 mil, segundo a polícia; 5 mil, segundo a organização.)

    COMO FOI: O ato convocado pelos movimentos Brasil Livre e Eu Te Amo, Meu Brasil se encontrou com o Acorda, Maranhão, na Avenida Litorânea, em São Luís. A passeata saiu às 11h, do Parquinho da Litorânea, e chegou à Praça do Pescador por volta de 12h30. O grupo se dispersou por volta de 12h40 após cantar o Hino Nacional.

    “É um movimento de indignação contra toda essa onda de corrupção e também contra a má administração”, disse Darcy Fontes, do movimento Eu Te Amo, Meu Brasil.


    Protesto reuniu cerca de 8 mil pessoas nas avenidas de Cuiabá, segundo a PM. (Foto: André Souza/G1 MT)Protesto em Cuiabá (Foto: André Souza/G1 MT)

    MATO GROSSO

    Capital
    PARTICIPANTES: 8 mil, segundo a polícia; 25 mil, segundo organizadores.

    (ATO EM 15/3: 20 mil, segundo a polícia; 35 mil, segundo organizadores.)

    COMO FOI:  Grupos de manifestantes se reuniram na Praça Ipiranga, no Centro de Cuiabá, para protestar contra o governo federal. O protesto em Cuiabá foi pacífico e monitorado por 700 policiais militares, que acompanharam os manifestantes no trajeto de quase dois quilômetros, com cavalaria e auxílio de um helicóptero, até a Avenida Mato Grosso, ponto final da caminhada. O ato começou as 16h45 [horário local] e terminou às 17h40.

    Segundo o empresário Célio Fernandes, um dos líderes do movimento, a presidente não entendeu o recado do dia 15 de março e por isso os manifestantes voltaram às ruas para protestar neste domingo. “Somos um país rico merecemos ter uma qualidade de vida à altura daquilo que nós pagamos”, declarou.

    Interior
    Houve atos em Rondonópolis, Barra das Garças, Sinop, Sorriso e Alta Floresta. No município de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, cerca de 500 pessoas protestaram, e a Polícia Militar estima menos de 100 pessoas.


    Maria José Pinheiro, de 49 anos, afirma que vai participar do protesto em Campo Grande com as duas cachorras, Cindy e Melissa (Foto: G1)Manifestante em Campo Grande  (Foto: G1)

    MATO GROSSO DO SUL

    PARTICIPANTES: 16 mil, segundo a polícia; 19,8 mil, segundo organizadores.

    (ATO EM 15/3: 32 mil, segundo a polícia; 100 mil, segundo organizadores.)

    COMO FOI: O protesto começou às 16h30 (de MS) e terminou às 19h13, com discursos, hino nacional e balões verdes e amarelos.

    A pauta de reivindicações da organização do protesto foi a extinção do PT, a  ​transparência nos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), investigação de Dilma e Lula, o afastamento de Dias Tóffoli do julgamento da Operação Lava Jato ​​​​e contra a reforma política do PT.

    Interior
    No interior do estado, houve atos em Dourados, Ponta Porã, Corumbá e Maracaju. Em Dourados, a PM fala que foram cerca de 700 manifestantes. Já o movimento informa que entre 500 e 600 pessoas foram na manifestação.


    Protesto em Belo Horizonte (Gnews)  (Foto: Reprodução GloboNews)Protesto em Belo Horizonte
    (Foto: Reprodução GloboNews)

    MINAS GERAIS

    Capital
    PARTICIPANTES: 6 mil, segundo a polícia; 8,5 mil, segundo organizadores.

    (ATO EM 15/3: 25 mil, segundo a polícia e os organizadores.)

    COMO FOI: A concentração começou por volta das 9h na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul. O percorreu as ruas da Capital até a Praça da Estação. A manifestação aconteceu de forma pacífica e foi encerrada às 14h20. Mais cedo, os participantes fizeram um apitaço em torno do coreto. Um dos cartazes na Praça da Liberdade pediu intervenção militar.

    Vários movimentos sociais participaram da organização do protesto, entre eles o Vem Pra Rua, o Brava Gente, Pró-Brasil, Basta Brasil e o Grupo Vergonha.

    Interior
    Foram registrados atos em Governador Valadares, Montes Claros, Uberlândia, Uberaba, Ipatinga, Divinópolis, Juiz de Fora, Araxá, Santa Rita de Sapucaí, São Sebastião, Teófilo Otoni, Pouso Alegre, Varginha, Coronel Fabriciano, Timóteo e Poços de Caldas. Um dos maiores foi em Uberlândia, com 6 mil participantes, segundo a polícia, e 10 mil, segundo organizadores.


    Manifestação em Belém (Foto: Alexandre Yuri/G1)Manifestação em Belém (Foto: Alexandre Yuri/G1)

    PARÁ

    Capital
    PARTICIPANTES: 5 mil, segundo a polícia e os organizadores.

    (ATO EM 15/3: 45 mil, segundo a polícia; 60 mil, segundo organizadores.)

    COMO FOI: O grupo se concentrou por volta de 9h na Estação das Docas, em Belém, marchando às 10h na direção da Praça da República, onde ficou por cerca de 40 minutos antes de seguir pela avenida Nazaré. A marcha irá até a avenida Visconde de Souza Franco e retorna para  praça da República, onde será a dispersão.

    Participam do protesto pessoas ligadas aos movimentos Reage Brasil, Vem pra Rua e Brasil Livre. “Nós somos contra o governo que despreza valores democráticos, um governo que tem um projeto totalitário, ditatorial, que tem um projeto de destruir a democracia e aparelhar o estado. A reforma política é um golpe”, afirma Leonardo Bruno, do Movimento Brasil Livre.

    Interior
    Também houve manifestação em Santarém. Algumas pessoas se concentraram na Praça São Sebastião e fizeram uma caminhada. Segundo a polícia, 110 participaram. Segundo organizadores, foram 350.


    Em João Pessoa (PB), grupo leva cartazes pedindo a intervenção militar (Foto: Krystine Carneiro/G1)Em João Pessoa, grupo leva cartazes pedindo
    intervenção militar (Foto: Krystine Carneiro/G1)

    PARAÍBA

    Capital
    PARTICIPANTES: 300, segundo a polícia; 1,5 mil, segundo organizadores.

    (ATO EM 15/3: 2,5 mil, segundo a polícia; 7 mil, segundo os organizadores.)

    COMO FOI: Os manifestantes se concentram no Busto de Tamandaré, entre as praias de Cabo Brando e Tambaú.

    Assim como aconteceu em outros protestos, muitas pessoas levaram cartazes apresentando suas reivindicações. Os cartazes reclamam dos aumentos nos preços e atacam o governo, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Há ainda alguns que pedem intervenção militar.

    Interior
    Também foi registrado protesto em Campina Grande, onde a caminhada começou às 15h30. Segundo a polícia, participaram 250 pessoas. Segundo organizadores, foram 1,5 mil.


    Manifestantes saíram da Praça dos Pioneiros e foram até a sede da Prefeitura de Paranavaí (Foto: Fabiano Oliveira/RPC)Manifestantes saíram da Praça dos Pioneiros e
    foram até a sede da Prefeitura de Paranavaí
    (Foto: Fabiano Oliveira/RPC)

    PARANÁ

    Capital
    PARTICIPANTES: 40 mil, segundo a polícia; 60 mil, segundo organizadores.

    (ATO EM 15/3: 80 mil, segundo a polícia; 100 mil, segundo organizadores.)

    COMO FOI: Em Curitiba, os manifestantes começaram a se reunir na Praça Santos Andrade, no Centro, no início da tarde. Entre os pedidos estão o fim da corrupção e o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Há ainda manifestantes elogiando o juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato.

    Interior
    A PM informou que 5 mil pessoas estão nas ruas de Londrina protestando contra o governo federal. Os organizadores da manifestação falam em 10 mil pessoas.

    Em Maringá, 6 mil foram às ruas, segundo a polícia, e 20 mil, segundo os organizadores.

    Também houve atos em Cascavel, Paranavaí, Guarapuava e Foz do Iguaçu.


    Manifestantes na Avenida Boa Viagem, no Recife (Foto: Camila Torres/TV Globo)Manifestantes na Avenida Boa Viagem,
    no Recife (Foto: Camila Torres/TV Globo)

    PERNAMBUCO

    Capital
    PARTICIPANTES: 40 mil, segundo os organizadores.

    (ATO EM 15/3: 15,1 mil, segundo a polícia; 50,5 mil, segundo organizadores.)

    COMO FOI: 2 trios elétricos e um carro de som acompanharam o ato, que começou às 14h e saiu em passeata às 15h. O percurso total foi de 3,5 km de extensão – da pracinha de Boa Viagem ao Segundo Jardim, ambos na avenida Boa Viagem, principal do bairro. O protesto acabou às 17h30.

    “A principal pauta do ‘Vem pra Rua’ no Recife e em todo o Brasil hoje é pedir a saída da presidente Dilma, seja por renúncia, cassação ou impeachment. A resposta que o governo deu aos protestos do dia 15 de março não foi satisfatória”, disse Gustavo Gesteira, um dos líderes.

    Interior
    Integrantes da Maçonaria realizaram uma caminhada no Centro de Caruaru, no Agreste, pela manhã. A organização estima que mais de 100 pessoas tenham participado da mobilização, que começou às 10h e durou 90 minutos. A PM calcula que 60 pessoas participaram. À tarde, um novo protesto reuniu 30 pessoas, segundo organizadores.


    Manifestação em Teresina (Foto: G1)

    PIAUÍ

    PARTICIPANTES: 300, segundo a polícia; 1 mil, segundo os organizadores.

    (ATO EM 15/3: 4 mil, segundo a polícia; 5 mil, segundo os organizadores).

    COMO FOI: Em Teresina, a chuva afastou o público da segunda manifestação na Avenida Marechal Castelo Branco, em frente à Assembleia Legislativa do Piauí.

    Os manifestantes executaram o hino nacional logo no início do protesto. Apesar do pouco público, pessoas vieram de longe para participar do protesto. É o caso de Agnaldo Silva Alves, que veio da cidade de Elesbão Veloso, a 155 km de Teresina. “Isso é necessário para que ocorra uma mudança na forma de fazer política e de tratar o povo brasileiro”, afirmou.


    Manifestante coloca a mão no peito para cantar o Hino Nacional (Foto: Alexandre Durão / G1)Manifestante coloca a mão no peito para cantar o
    Hino Nacional (Foto: Alexandre Durão / G1)

    RIO DE JANEIRO

    PARTICIPANTES: 10 mil, segundo a polícia; entre 20 mil e 25 mil, segundo os organizadores.

    (ATO EM 15/3: 100 mil, segundo organizadores.)

    COMO FOI: Manifestantes carregam faixas contra a corrupção na Praia de Copacabana. Eles marcham em direção à Praia do Leme, ocupando a pista junto à praia, que já é fechada aos domingos para lazer. Por volta das 12h30, a pista dos prédios também foi parcialmente fechada ao tráfego.

    O ato, convocado por redes sociais, foi pacífico e teve apenas um tumulto, quando um homem que provocava os manifestantes com um megafone foi hostilizado e levado por PMs para a delegacia.

    Interior
    Foram registrados atos em Macaé, Volta Redonda, Barra Mansa, Petrópolis, Campos Goytacazes, Nova Friburgo e Resende. Um dos maiores foi em Volta Redonda, onde 300 pessoas participaram, segundo a PM, e 2,5 mil, segundo os organizadores.


    Começa passeata em Florianópolis, com cerca de 600 pessoas  (Foto: G1)Começa passeata em Florianópolis (Foto: G1)

    SANTA CATARINA

    Capital
    PARTICIPANTES: 25 mil, segundo a polícia e os organizadores.

    (ATO EM 15/3: 30 mil, segundo a polícia e organizadores.)

    COMO: A concentração de pessoas em Florianópolis foi no Trapiche da Avenida Beira-Mar Norte, às 16h. O grupo seguiu em passeata até as 18h10, quando encerrou o protesto.

    Interior
    Foram registrados protestos em Criciúma do Sul, Navegantes, Joaçaba, Criciúma, Balneário Camboriú, Chapecó, Lages, Timbó, Curitibanos, Joinville, Pomerode, São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul, Barra Velha, Blumenau e Palmitos. O maior deles foi em Chapecó, com 2 mil participantes, segundo organizadores, e 1,5 mil, segundo a PM.


    Manifestantes soltam balões nas cores verde e amarelo durante ato na Avenida Paulista, em São Paulo (Foto: Rafael Arbex/Estadão Conteúdo)Manifestantes na Avenida Paulista
    (Foto: Rafael Arbex/Estadão Conteúdo)

    SÃO PAULO

    Capital
    PARTICIPANTES: 275 mil, segundo a polícia; 800 mil, segundo os organizadores; 100 mil, segundo o Instituto Datafolha.

    (ATO EM 15/3: 1 milhão, segundo a polícia e os organizadores.)

    COMO FOI:  A manifestação em SP começou por volta das 12h, quando motociclistas entraram na Avenida Paulista com bandeiras brasileiras e cartazes pedindo o impeachment da presidente e o fim do Partido dos Trabalhadores. Pouco depois, caminhoneiros com faixas “Fora, Dilma” percorreram as marginais dos rios Pinheiro e Tietê ao som de suas buzinas.

    Mais tarde, às 14h, a concentração de pessoas aumentou em frente ao Museu de Arte Assis Chateaubriand, o Masp. Líderes do movimento “Vem Pra Rua” discursaram em carro de som, acompanhados de aplausos e músicas como “Que país é esse”, da Legião Urbana.

    Assim como no dia 15 de março, crianças tiraram fotos com policiais militares, pets acompanharam seus donos e vestiram a bandeira do Brasil. Apesar de uma mulher ter sido detida por ter protestado sem roupa, o ato transcorreu sem incidentes e foi acompanhado por 1.800 policiais militares. O protesto foi encerrado às 18h15.

    Em Ribeirão Preto, 15 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, chegaram à Avenida Presidente Vargas (Foto: Amanda Pioli/G1)Em Ribeirão Preto, 25 mil pessoas protestaram,
    segundo a PM (Foto: Amanda Pioli/G1)

    Interior
    Foram registrados atos, entre outras cidades, em Sorocaba, Santos, Praia Grande, Presidente Prudente, Araçatuba, Mogi das Cruzes, Jaú, São José do Rio Preto, Jundiaí, Itu, Bauru, Piracicaba, Campinas, Indaiatuba, Atibaia, Jacareí, Limeira, Lins e Paulínia.

    Um dos maiores protestos do interior, em Ribeirão Preto, reuniu 25 mil pessoas, segundo a polícia e os organizadores.


    Manifestação contra o governo reúne multidão em bairro nobre de Aracaju (Foto: Tássio Andrade / G1)Manifestação ocorre em bairro nobre de Aracaju
    (Foto: Tássio Andrade / G1)

    SERGIPE

    PARTICIPANTES: 450 pessoas, segundo a polícia; 2 mil, segundo organizadores.

    (ATO EM 15/3: 900, segundo a polícia; 5 mil, segundo os organizadores.)

    COMO FOI: As pessoas se reuniram no Bairro 13 de Julho, em Aracaju e realizaram um protesto contra o governo da presidente Dilma. A concentração começou por volta das 15h no Mirante localizado na Avenida Beira Mar, na Zona Sul da capital. Os manifestantes seguiram em passeata até o Parque Augusto Franco gritando palavras de ordem. O ato foi encerrado de forma pacífica, de acordo com a Polícia Militar.

    “Nós fizemos o primeiro ato e nada foi feito. Ao contrário, as coisas estão piores, quadruplicaram a verba do Congresso”, disse João Carlos Lima, representante do Movimento Basta em SE.


    Manifestação em Natal (Foto: G1)Manifestação em Natal (Foto: G1)

    RIO GRANDE DO NORTE

    PARTICIPANTES: 5 mil, segundo a polícia; 7 mil, segundo os organizadores.

    (ATO EM 15/3: 12 mil, segundo a polícia; 40 mil, segundo os organizadores.)

    COMO FOI: O protesto começou às 16h30, com concentração no Tirol, zona Sul de Natal. Com faixas e cartazes, os manifestantes criticaram a gestão petista na administração federal. Em meio ao ato público, algumas pessoas pediram o impeachment de Dilma. Outras chegaram a defender uma intervenção militar para destituir o governo do PT.

    Por volta das 17h, os manifestantes deixaram o local de concentração e seguiram em direção à avenida Amintas Barros, também na zona Sul. O protesto em Natal foi encerrado por volta das 18h.


    Manifestantes pede por impeachment em Porto Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)Manifestantes pede impeachment em Porto Alegre
    (Foto: Felipe Truda/G1)

    RIO GRANDE DO SUL

    Capital
    PARTICIPANTES: 35 mil, segundo a polícia; entre 35 mil e 40 mil, segundo organizadores.

    (ATO EM 15/3: 100 mil, segundo a polícia; 120 mil, segundo os organizadores.)

    COMO FOI: Com faixas e vestindo verde e amarelo, manifestantes fizeram uma caminhada em Porto Alegre e encerraram o ato por volta das 18h, no Parcão.

    Com dois carros de som, os organizadores discursaram e pediram que ninguém participasse do protesto que pede intervenção militar.  “Não sigam esses golpistas”, diz o porta-voz, que puxa o grito de “democracia”.

    Mais cedo, um grupo pró-Dilma fez um coxinhaço em Porto Alegre. Participaram 20 pessoas, segundo a polícia; e 200, segundo organizadores.

    Interior
    Houve manifestações no Interior: Campo Bom, Erechim, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Santa Maria, Rio Grande, Uruguaiana, Bento Gonçalves, Santa Cruz do Sul, Pelotas e Bagé. Em Caxias do Sul, na Serra, cerca de 4,5 mil pessoas se reuniram na Praça Dante Alighieri, segundo a Brigada Militar e a organização do evento.


    RONDÔNIA

    PARTICIPANTES: 900, segundo a polícia; 1 mil, segundo os organizadores.

    (ATO EM 15/3: 15 mil, segundo a polícia; 10 mil, segundo manifestantes.)

    COMO FOI: Em Porto Velho, os manifestantes saíram do ponto de concentração, na Praça das Três Caixas D’água, por volta das 16h30, e encerraram o protesto na Praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, no Centro da cidade.


    Manifestantes se reúnem na Praça dos Girassóis, em Palmas (Foto: Marcos Martins/G1)Manifestantes em Palmas (Foto: Marcos Martins/G1)

    TOCANTINS

    Capital

    PARTICIPANTES: 350, segundo a polícia; 1,2 mil, segundo organizadores.

    (ATO EM 15/3: 10 mil, segundo a polícia; 18 mil, segundo organizadores.)

    COMO FOI: A concentração de manifestantes começou às 16h, na praça dos Girassóis, centro de Palmas. Com faixas, cartazes e até trio elétrico, eles pediram o fim da corrupção e alguns defenderam a intervenção militar. Os manifestantes também gritaram palavras de ordem contra a presidente Dilma Rousseff e pediram pelo impeachment dela. O protesto na capital terminou por volta das 18h30.

    Interior
    Em Araguaína, a concentração de pessoas para o protesto começou por volta das 15h30 e terminou por volta das 17h20. A estimativa da ONG SOS Liberdade, que organizou o protesto, é que 50 pessoas foram à Praça do Galo.

    Manifestações contra Dilma reúnem 1,5 milhão em todo o país

    Cerca de 1,5 milhão de brasileiros protestaram em 15/3/15, de forma pacífica em todo o país contra a presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um complexo coquetel de tensão social, polícia e econômica derivado de grandes escândalos de corrupção como a Petrobras.

    O maior protesto foi registrado em São Paulo, que reuniu um milhão de pessoas, segundo a polícia, vestidas em sua maioria com as cores da bandeira brasileira.

    As manifestações também congregaram outro meio milhão de pessoas em 83 cidades, em protestos que igualaram em tamanho os realizados em junho de 2013, quando os brasileiros saíram espontaneamente às ruas para pedir o fim da corrupção e mais gastos com transportes, saúde e educação, no lugar de investimento do dinheiro público na Copa do Mundo.

    Grande parte dos manifestantes exigiu, neste domingo, o “impeachment” da presidente, que começou seu mandato há menos de três meses depois de ser reeleita em outubro por uma pequena margem de 3%.

    Muitos também pedem a intervenção militar para acabar com mais de 12 anos de governo de esquerda do PT, um paradoxo em um dia em que se comemora, justamente, os 30 anos da volta da democracia ao Brasil após a longa ditadura iniciada em 1964.

    Era praticamente impossível caminhar entre a multidão que lotou os 4 km da Avenida Paulista.

    “Hoje, somos milhares de pessoas que pedem o ‘impeachment’. O governo está numa situação lamentável”, declarou à AFP Rubens Nunes, assessor jurídico do Movimento Brasil Livre, um dos grupos que organizaram o protesto pelas redes sociais.

    Os protestos também são muito maiores do que aqueles convocados na sexta-feira em apoio à Dilma e à Petrobras por sindicatos e movimentos sociais ligados ao PT. Segundo os organizadores, 175 mil pessoas foram às ruas na sexta, e 33 mil, de acordo com a polícia.

    Fartos da corrupção

    Entre 45 mil e 50 mil pessoas também marcharam até o Congresso, em Brasília, entre eles o empresário de construção civil Alessandro Braga, de 37 anos, acompanhado da mulher e do filho pequeno em um carrinho.

    “Apoio a saída de Dilma. Os maiores escândalos de corrupção ocorreram durante seu governo, e ela não disse nada”, argumentou.

    O cansaço com a corrupção revelada parece ser o denominador comum dos manifestantes, embora as demandas variem, indo de um golpe militar até a proteção do Aquífero Guarani.

    “O Brasil está sendo destruído. Apenas as Forças Armadas podem salvar o país”, afirmou a fisioterapeuta Ana Paula do Valle, de 52 anos.

    Já avenida Atlântica, em Copacabana, foi tomada por cerca de 15 mil pessoas – segundo a polícia – aos gritos de “Fora Dilma, fora PT!” e, assim como aconteceu em muitas cidades, os manifestantes cantaram o Hino Nacional.

    A produtora de TV, Rita Souza, de 50 anos, exibia um cartaz com as palavras “Intervenção militar já”.

    “Não estou pedindo um novo golpe de Estado, e sim uma intervenção constitucional para convocar novas eleições limpas, sem urna eletrônica, sem manipulação do PT. Que vão todos para Cuba!”, declarou à AFP.

    A popularidade de Dilma caiu 19 pontos em fevereiro, ficando em 23%, e a presidente sabe que a situação é complicada.

    A economia cresceu muito pouco nos últimos quatro anos e está estagnada, há déficit de contas públicas, da balança comercial e inflação elevada (7,7%, em 12 meses), e o real se desvalorizou quase 30% em um ano.

    O governo promove um ajuste fiscal para pôr a casa em ordem, mas isso não é aprovado por uma parte da esquerda.

    A isso tudo se soma ainda a tensão política e a incerteza causadas pelo enorme esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. Dezenas de políticos – incluindo 22 deputados, 13 senadores e dois governadores – são investigados por suposto envolvimento. A maioria pertence ao PT, ou a partidos que integram a coalizão do governo.

    Dilma defendeu o direito de manifestação livre em um vídeo postado em seu Facebook. Há alguns dias, ela lembrou que não é possível realizar um terceiro turno das eleições, pois isso representaria uma “ruptura democrática”.

    Corrupção e impunidade

    Ao final deste domingo, dois ministros de Dilma deram uma coletiva de imprensa e afirmaram que o governo anunciará nos próximos dias “um conjunto de medidas para combater a corrupção e a impunidade” e enviará o texto ao Congresso para sua aprovação.

    O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, declarou que o “atual sistema eleitoral anacrônico é a principal porta de entrada da corrupção” e que, por isso, é urgente uma reforma política que ponha fim ao financiamento empresarial das campanhas eleitorais.

    “As manifestações contrárias ao governo são legítimas. O que não é legítimo é o golpismo, a violência, o ‘impeachment’ infundado que danifica a democracia”, declarou, por sua vez, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto.

    As manifestações tiveram o apoio do PSDB. Seu presidente, Aécio Neves, que perdeu a eleição para Dilma, não protestou nas ruas, mas alertou em um vídeo postado no Facebook que “o caminho está apenas começando”.

    “Não vamos nos dispersar!”, proclamou.

    “O governo deve descer do pedestal, convocar a sociedade civil, seus aliados, convocar o país para tentar uma espécie de pacto porque pode estar em jogo sua própria sobrevivência”, disse à AFP o analista político brasiliense André César.

    Começaram em 15/3/15, no Rio de Janeiro, em Brasília e em outras capitais, as manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff.

    As manifestações já começam na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e em cidades como Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza.

    Muitos manifestantes usam camisas amarelas e carregam faixas contra o governo e o PT.

    As manifestações contrárias à presidente Dilma Rousseff, com previsão de protestos em pelo menos 50 cidades, foram convocadas pelas redes sociais. A maioria dos grupos organizadores defende o impeachment, usando como argumentos uma suposta corrupção no governo, o escândalo da Petrobras e os altos custos com impostos e tarifas, entre outras reclamações.

    Além de cidades como São Paulo, que conta com mais de 100 mil pessoas confirmadas em evento no Facebook, e Rio de Janeiro e Brasília, também com milhares de participantes esperados, há manifestações agendadas para diversas outras capitais e locais no exterior, como Londres, Boston e Sidney.

    Apesar de os organizadores afirmarem que os movimentos não estão ligados a partidos políticos, legendas de oposição declararam adesão aos protestos.

    Na entrada da praia de Copacabana, pessoas que vinham caminhando desde o Leblon para a passeata discutiram rapidamente com um homem que gritou contra eles. Entre as palavras de ordem, os manifestantes… mais 
    Na entrada da praia de Copacabana, pessoas que vinham caminhando desde o Leblon para a passeata discutiram rapidamente com um homem que gritou contra eles. Entre as palavras de ordem, os manifestantes gritam “Quem não é comunista sai do chão” e “Somos coxinhas, mas somos trabalhadores”. O Hino à Bandeira o Hino Nacional foram cantados, assim como músicas de Cazuza, Geraldo Vandré e Gonzaguinha.

    O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), derrotado por Dilma na eleição presidencial do ano passado, convocou a militância tucana para ir às ruas protestar, ressalvando, porém, que o impeachment não faz parte da agenda do partido.

    O governo de Dilma enfrenta um quadro de inflação cada vez mais alta, atividade econômica fraca, piora no mercado de trabalho e turbulência política com a base governista.

    A esse quadro, soma-se o maior escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras, ao qual estão ligados funcionários, políticos e partidos e as maiores empreiteiras do país.

    Sempre que questionada sobre as manifestações populares, como o panelaço em várias capitais durante seu pronunciamento na TV no domingo passado, Dilma tem repetido que fazem parte da democracia. A presidente diz, no entanto, ser contra atos violentos e já declarou que para pedir impeachment é preciso haver razões.

    “Eu acho que há que caracterizar razões para o impeachment, e não o terceiro turno das eleições”, declarou a presidente.

    Com as manifestações deste domingo, Dilma se junta a outros dois presidentes que enfrentaram protestos populares no período da redemocratização: Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso.

    Collor acabou sofrendo o impeachment, enquando Fernando Henrique reverteu em parte a baixa popularidade do início de seu segundo mandato, superando inclusive uma campanha com ampla participação de petistas que tinha o slogan “Fora FHC”.

    Fonte: Yahoo e G1

    DILMA pretende amenizar crise da água do Cantareira com obra do PAC que fará a transposição das águas do Paraíba do Sul

    24/01/2015

    O governo federal incluiu na lista de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a transposição de água da bacia do Rio Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, para o Sistema Cantareira, um dos responsáveis pelo abastecimento de água na Grande São Paulo, informou  o Palácio do Planalto.

    A transposição é um projeto do governo paulista para auxiliar o Sistema Cantareira, que enfrenta uma crise hídrica por conta da estiagem no Sudeste. O Rio de Janeiro era inicialmente contrário à obra porque a bacia abastece diversos municípios do estado, incluindo a região metropolitana da capital fluminense.

    Alckmin apresentou a ideia em março do ano passado. A previsão é que, após definir contratação da empresa responsável, a obra seja executada em 14 meses.

    Para defender o projeto, o governador esteve em Brasília com a presidente Dilma Rousseff após as eleições. Recentemente, em 7 de janeiro, Alckmin ouviu do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que Dilma já tinha dado parecer favorável à inclusão do projeto no PAC. Entretanto, no encontro, Alckmin pediu a Kassab apoio para acelerar o “enquadramento” da obra, que é uma etapa burocrática de análise da proposta anterior ao aval oficial para o financiamento e lançamento de edital.

    Agora com a inclusão na lista do PAC, os contratos firmados podem ser executados por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC). O RDC acelera e simplifica procedimentos das licitações porque, entre outros mecanismos, permite a contratação por inteiro de uma obra, sem necessidade de contratar em separado o projeto básico, o projeto executivo e a execução.

    Transposição vai custar R$ 830 milhões. (Foto: Arte/G1)

    Conforme o Ministério do Planejamento, as obras serão executadas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e custarão R$ 830,5 milhões. De acordo com a pasta, os recursos serão financiados via Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES).

    Segundo estimativas do governo federal, a interligação aumentará, em média, a disponibilidade hídrica no sistema Cantareira em 5,1 metros cúbicos por segundo. De acordo com o Planejamento, as águas do Paraíba do Sul serão levadas ao Cantareira por meio de um canal entre as represas Jaguari (RJ) e Atibainha (SP).

    Crise no abastecimento
    A crise hídrica no estado de São Paulo começou ainda no ano passado. O Sistema Cantareira, que atendia 9 milhões de clientes da Sabesp, atualmente fornece água para 6,2 milhões de pessoas. Nesta sexta, o Cantareira operava com 5,3% da capacidade.

    A ANA autorizou a obra de ligação da bacia do rio Paraíba do Sul com o Sistema Cantareira. O aval foi dado por um grupo de trabalho criado na agência, com representantes dos governos de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, para discutir soluções para a crise da falta de água em municípios paulistas.

    O governador reeleito do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou, em Brasília, que acatará se o governo federal dedidir realizar a transposição do rio Paraíba do Sul para abastecer o Sistema Cantareira, em São Paulo. Pezão se reuniu na tarde desta quarta com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

    Nesta quarta, o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, assegurou aos integrantes da CPI da Sabesp, em São Paulo, que a transposição do Paraíba do Sul é tecnicamente viável. A bacia abastece três estados: Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

    “Os nossos técnicos estão aqui há dois dias discutindo com a ANA, com a ANEEL, com a ministra Izabella [Teixeira, ministra do Meio Ambiente]. Então, eu vou aguardar o posicionamento deles. Ali [Paraíba do Sul] é um rio federal que atende a três estados. Se os técnicos chegaram a essa conclusão [que é necessário transferir as águas], eu só tenho a acatar”, afirmou Pezão ao final da audiência com Dilma.

    O governador fluminense disse que viajou a Brasília para congratular pessoalmente a petista pela reeleição e para agradecer o apoio que recebeu dela durante a disputa eleitoral.

    A transposição do rio Paraíba do Sul é um projeto do governo paulista que pretende desviar água do rio para abastecer o Sistema Cantareira, que enfrenta uma crise hídrica por conta da estiagem na Região Sudeste. A bacia do Paraíba do Sul abastece diversos municípios do estado do Rio de Janeiro, incluindo a região metropolitana da capital fluminense.

    Em maio, o Ministério Público Federal do Rio (MPF-RJ) protocolou uma ação civil pública na Justiça Federal para tentar barrar o projeto do governo de São Paulo que prevê a transposição das águas do Paraíba do Sul.

    Os procuradores da República solicitaram, em junho, que a Agência Nacional das Águas não autorizasse a transposição do rio pelo menos até o que o Ibama realizasse estudos de viabilidade ambiental necessários para avalizar esse tipo de projeto.

    Briga com SP
    Questionado por jornalistas sobre se iria continuar “brigando” com o estado de São Paulo, o governador do Rio de Janeiro disse que não está “brigando com ninguém.

    “Eu me relaciono otimamente com o governador Geraldo Alckmin, sempre. É um rio com regulação federal, então, é seguir o que determinam os órgãos de regulação federal, a ANA, a ANEEL, Ministério do Meio Ambiente”, destacou Pezão.

    A Agência Nacional de Águas (ANA) autorizou nesta sexta-feira (16) as obras de interligação da bacia do rio Paraíba do Sul com o Sistema Cantareira,  que abastece a população da região metropolitana de São Paulo. O aval foi dado por um grupo de trabalho criado na ANA, com representantes dos governos de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, para discutir soluções para a crise da falta de água em municípios paulistas.

    FALTA D’ÁGUA EM SP
    Seca afeta abastecimento

    A transposição do Paraíba do Sul é um projeto do governo paulista que pretende desviar água do rio para abastecer o Sistema Cantareira, que enfrenta uma crise hídrica por conta da estiagem no Sudeste. O Rio de Janeiro era inicialmente contrario à obra porque a bacia abastece diversos municípios do estado, incluindo a região metropolitana da capital fluminense.

    Pelo projeto avalizado nesta sexta pela ANA, fica autorizada a interligação entre o reservatório de aproveitamento hidrelétrico Jaguari (UHE), que fica no rio Jaguari, na bacia do Paraíba do Sul, ao reservatório do rio Atibainha, parte do Sistema Cantareira, localizado na bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).

    Para o começo das operações da interligação, o relatório que autoriza as obras deverá passar pela análise do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap), composto por poder público e membros da sociedade civil dos três estados que a bacia abrange: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O comitê terá acesso ao relatório até o final de janeiro.

    De acordo com a assessoria de imprensa da ANA, o início das operações da interligação dependem, ainda, da aprovação de novas regras de funcionamento para o Sistema Cantareira, que dependem da análise do comitê da bacia para serem validades. As novas normas alteram, por exemplo, a vazão que pode ser liberada por cada bacia do sistema. O objetivo é garantir que, mesmo em períodos de chuva escassa, os reservatórios possam durar mais.

    Em março do ano passado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, informou que a ligação do Cantareira com o Paraíba do Sul poderia levar 18 meses. Na época, a estimativa era que a iniciativa teria um investimento estimado de R$ 500 milhões e seria executada pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

    De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Saneamento e Recursos Hidricos de São Paulo, o chefe da pasta, secretário Benedito, informou que as obras de interligação podem começar entre o final de janeiro e o início de fevereiro.

    O secretário acrescentou, no entanto, que dependerá da liberação de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A secretaria informou que a estimativa de custo é de R$ 830 milhões. Não há previsão para a data de conclusão das obras.

    Acordo entre estados
    Em novembro de 2014, os governos de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais fecharam um acordo no Supremo Tribunal Federal (STF) para dar início a obras de infraestrutura a fim de reduzir os efeitos da crise hídrica que atinge atualmente a Região Sudeste. Pelo acordo, mediado pelo ministro do STF Luiz Fux, os três estados devem apresentar até 28 de fevereiro propostas para o enfrentamento da crise de falta d’água.

    A transposição do rio Paraíba do Sul é uma dessas propostas. Em maio, o Ministério Público Federal do Rio protocolou uma ação civil pública na Justiça Federal pedindo que fosse concedida uma decisão liminar (provisória) para barrar o projeto do governo paulista que prevê a transposição das águas do Paraíba do Sul.

    Na ocasião, a Justiça Federal enviou o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando não ter competência para julgar o caso, já que o rio banha mais de um estado e o fato geraria um conflito federativo. Procuradores da República solicitaram, em junho, que a ANA não autorizasse a transposição do rio pelo menos até o que o Ibama realizasse estudos de viabilidade ambiental necessários para avalizar esse tipo de projeto

    Fonte: G1

    A Petrobrás vale o impeachment de Dilma?

    01/04/2014

    Senador do PSDB protocola pedido de impeachment de Dilma

    Para Mário Couto, Dilma cometeu crime em caso que envolve a Petrobras.
    Henrique Alves afirmou não ver elementos para autorizar processo

     
    O senador Mário Couto Filho (PSDB-PA) protocolou na Secretaria-Geral da Câmara pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, em razão dos “prejuízos” provocados com a compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). O tucano argumenta que Dilma cometeu crime de responsabilidade ao autorizar a operação, em 2006, quando era presidente do Conselho de Administração da estatal.

    A transação, que custou US$ 1,3 bilhão à Petrobras se tornou alvo de investigações do Tribunal de Contas da União, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal por suspeita de superfaturamento. Em 2005, a usina fora comprada por US$ 42,5 milhões. Primeiramente a estatal comprou 50% da refinaria e se tornou sócia da Astra Oil. Após desentendimentos com a empresa holandesa, a Petrobras foi obrigada a comprar a outra metade da refinaria.

    Em nota, a presidente afirmou que foi levada a erro porque o relatório feito pelo então diretor da área internacional da estatal, Nestor Cerveró, não fazia referência à cláusula “Put Option”, que obrigaria a Petrobras a adquirir o percentual da Astra Oil se as duas empresas se desentendessem.

    “Certo é, e disso não há justificativa, que a presidente Dilma Rousseff não tomou iniciativa para investigar a lambança quando presidia o conselho e não o fez também depois de presidente da República, quando a Petrobras se viu obrigada pela Justiça americana a comprar, sim, a outra metade da refinaria por US$ 820,5 milhões, que se somaram aos US# 360 milhões que já haviam custado os primeiros 50% da empresa”, argumenta Mário Couto no pedido de impeachment.

    Para ele, a presidente cometeu, assim, ato de improbidade administrativa, que se insere no rol de crimes de responsabilidade previstos na Constituição Federal. O processo de impeachment, que pode resultar na cassação da presidente, só será instalado se o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), considerar que contém elementos suficientes contra Dilma.

    Henrique Alves afirmou, porém, não ver justificativa para abrir a investigação. “Não, não vejo nenhum elemento que venha justificar. Até porque agora, além da investigação feita pelos órgãos – Tribunal de Contas [da União] e Ministério Público –, a questão da Petrobras também tem uma CPI que está para ser instalada na Câmara e no Senado”, declarou.

    “A partir daí, você insinuar a presidente da República num comportamento como este, eu não vejo o menor fundamento, nem sequer seriedade” completou o presidente da Câmara.

    Análise do pedido
    De acordo com a Secretaria-Geral da Câmara, se o presidente da Casa considerar que o pedido de impeachment contém elementos importantes, ele autoriza a abertura de uma comissão especial para apurar as evidências. Não há prazo para a instalação do colegiado.

    Com a comissão instalada, é designado um relator para apresentar um parecer sobre o caso. O relatório deve estabelecer se a Câmara autoriza ou não a abertura do processo. Se a comissão for favorável a que se abra o processo, o caso segue para o plenário da Casa, onde precisa de voto favorável de dois terços dos deputados – 342 parlamentares. Se a maioria decidir autorizar, o caso segue para análise do Senado, que decide, então, se cassa ou não o mandato presidencial

    Fonte: G1

    LULA É ENVOLVIDO EM OPERAÇÃO LAVA A JATO

    01/04/2014

    Empresa de Lula recebeu R$ 10 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato, diz revista

    Segundo a Veja, ao todo cinco construtoras doaram à empresa Lils. (Estadão Conteúdo)Segundo a Veja, ao todo cinco construtoras doaram à empresa Lils. (Estadão Conteúdo)Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda, divulgado pela revista “Veja” na edição deste final de semana, mostra que a empresa que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu para gerenciar suas palestras, a Lils, recebeu R$ 10 milhões vieram das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato entre abril de 2011 e maior deste ano. O faturamento total da Lils no período foi de R$ 27 milhões.

    De acordo com o relatório obtido pela publicação, a Odebrecht pagou R$ 2,8 milhões. A Andrade Gutierrez fez dois pagamentos que totalizaram R$ 1,9 milhão para Lils, iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva. A OAS repassou R$ 1,4 milhão, a Camargo Corrêa, R$ 1,1 milhão e a Queiroz Galvão, R$ 1,2 milhão (em dois pagamentos).

    Segundo a “Veja”, o Coaf classificou a movimentação financeira da Lils como incompatível com o faturamento. O relatório está em poder dos investigadores da Lava Jato. Os técnicos do Coaf destacam no documento que “aproximadamente 30%” dos valores recebidos pela empresa de palestras do ex-presidente foram provenientes das empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobras.

    Ainda de acordo com a “Veja”, dos R$ 27 milhões faturados, o ex-presidente investiu R$ 13 milhões em aplicações financeiras e depositou outros R$ 5 milhões em um plano de previdência privada. Também foram feitos depósitos nas contas dos filhos do ex-presidente e na de Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula e sócio-administrador da empresa de palestras.

    Entre entre créditos e débitos, diz a revista, a Lils teve uma movimentação de R$ 52 milhões. A conta-corrente da empresa que começa com o número 13 (referência ao número do PT).

    A assessoria de imprensa do Instituto Lula não foi localizada para comentar as informações divulgadas pela “Veja”.

    Prisões de Sérgio Moro abrem temporada de caça ao ex-presidente Lula

    Executivo da OAS pode citar Lula em delação premiada, diz revista

     

    O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, que na última década foi responsável pelas relações institucionais da empreiteira com as principais autoridades de Brasília, teria autorizado seus advogados a negociar com o Ministério Público Federal um acordo de delação premiada para contar o que sabe sobre a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo da Petrobras, diz a matéria de capa da revista Veja desta semana. Amigo de Lula, Pinheiro estaria com medo de voltar à cadeia, depois de passar seis meses preso em Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem e desvio de dinheiro da estatal petrolífera.

    De acordo com a revista, Pinheiro prometeu fornecer provas de que Lula patrocinou o esquema de corrupção na estatal, como afirmou o doleiro Alberto Youssef em depoimento no ano passado, se comprometeu a fornecer aos procuradores a lista de despesas da família de Lula bancadas pela OAS e disse ter conhecimento de como Lulinha, Fábio Luis da Silva, fez fortuna, com atuação na órbita de influência da construtora. De acordo com fonte não informada, ele pretende se valer da lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff – a delação premiada – para reduzir drasticamente sua pena em troca de informações.

    “Depois que o Léo falar, não tem como não prender o Lula. Ou se prende Lula, ou se desmoraliza a Lava Jato”, diz a revista, citando um interlocutor do executivo. De acordo com a reportagem, a OAS foi a empreiteira que socorreu Lula quando a ex-chefe do escritório da Presidência da República Rose Noronha, demitida após ter sido apontada pela Polícia Federal por tráfico de influência no governo, ameaçou delatar seu beneficiário caso não fosse ajudada financeiramente. E foi o executivo também quem cunhou para o ex-presidente petista o codinome de “Brahma”.

    Além da ajuda financeira no caso de Rose Noronha, a revista diz que a OAS teria doado à família de Lula uma cobertura tríplex no Guarujá e teria assumido, a pedido do ex-presidente petista, obras em imóveis da cooperativa de bancários de São Paulo, comandada por João Vaccari Neto, que mais tarde viria a se tornar tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT).

    Em matéria publicada em abril, a Veja já havia dito que o ex-presidente da OAS examinava a possibilidade de se tornar delator na Operação Lava Jato. Já solto, familiares o teriam estimulado a isso. “Questões pessoais também levaram Pinheiro a negociar com o Ministério Público”, informa a revista, destacando que seus netos foram hostilizados na escola.

    Fonte: Veja e Yahoo

     

    Lula reuniu-se com religiosos, na sede do InstitutoLula reuniu-se com religiosos, na sede do Instituto

    A prisão dos principais executivos das maiores empreiteiras do país sinaliza para que as forças reacionárias abram a temporada de caça ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, conforme mostram as edições dos principais diários da mídia de ultradireita, no país. Colunista do diário conservador carioca O Globo, Ricardo Noblat afirma, em sua coluna deste sábado, que “nunca a investigação sobre a roubalheira na Petrobras chegou tão perto de Lula”.

    “Nine’. É assim que o juiz Sérgio Moro se refere a Lula quando está entre amigos. Tem esperança de pegá-lo”, afirma Noblat.

    – A essa altura só sei dizer uma coisa. Nunca a investigação sobre a roubalheira na Petrobras chegou tão perto de Lula, com a prisão dos empreiteiros. Principalmente a relações de Lula com Marcelo Odebrecht acenderam uma luz vermelha no governo e no próprio PT. Na medida em que o Marcelo Odebrechet foi feito prisioneiro e pode, eventualmente, até negociar uma delação premiada e contar pelo menos parte do que ele sabe para evitar pegar uma pena maior, no futuro, isso deixa o pessoal do governo e do PT muito assustado – diz ele.

    O jornal da Rua Irineu Marinho, no Rio, também cobriu, na véspera, um encontro do ex-presidente com religiosos, no Instituto Lula. Na reunião, segundo o jornal que apoiou a ditadura militar, o ex-presidente teria criticado duramente a presidenta Dilma Rousseff e lançado um diagnóstico:

    – Dilma está no volume morto, o PT está abaixo do volume morto, e eu estou no volume morto. Todos estão numa situação muito ruim. E olha que o PT ainda é o melhor partido. Estamos perdendo para nós mesmos.

    Na matéria sobre o assunto, o Instituto Lula não faz qualquer menção ao que noticiou o jornal das Organizações Globo mas sua assessoria de imprensa prefere não comentar a matéria. Confrontado com críticas à “acomodação” de governantes e parlamentares petistas, segundo o site do Instituto Lula, o ex-presidente afirmou que é preciso retomar o “sonho petista”.

    – Ainda hoje, com todas as notícias negativas contra nós, ainda somos o partido mais popular nas pesquisas. As pessoas sonham que o PT volte a ser o que era, e se existe esse sonho, vamos torná-lo realidade – disse Lula.

    Lula, no encontro, teria dito que a atual gestão de Dilma assemelha-se a “um governo de mudos”.

    – Aquele gabinete presidencial é uma desgraça. Não entra ninguém para dar notícia boa – reclamou.

    O líder petista teria creditado ao governo de sua sucessora a crise vivida pelos petistas. e que é “um sacrifício” convencê-la a viajar pelo país e defender seu governo.

    Ao citar uma pesquisa interna do partido, que revela a extensão da crise instalada no núcleo da legenda, Lula afirmou que “o momento não está bom” e “o momento é difícil”.

    – Acabamos de fazer uma pesquisa em Santo André e São Bernardo, e a nossa rejeição chega a 75%. Entreguei a pesquisa para Dilma, em que nós só temos 7% de bom e ótimo – disse.

    O resultado teria chegado ao gabinete da presidenta Dilma:

    – Isso não é para você desanimar, não. Isso é para você saber que a gente tem de mudar, que a gente pode se recuperar. E entre o PT, entre eu e você, quem tem mais capacidade de se recuperar é o governo, porque tem iniciativa, tem recurso, tem uma máquina poderosa para poder falar, executar, inaugurar…

    Mais de 30 convidados encontro, entre eles o bispo dom Pedro Luiz Stringhini e o ex-ministro Gilberto Carvalho, defenderam a volta do partido volte à prática de representar os trabalhadores. Lula concordou e disse que os petistas trocaram a discussão da política pela do mandato.

    A exemplo do que ocorre, hoje, com a Operação Lava Jato, na qual os réus são condenados publicamente antes mesmo do julgamento, durante as investigações sobre a Ação Penal 470, conhecida como ‘mensalão’, o PT somente voltou defender os líderes presos quando começou o julgamento no Supremo.

    – Nós começamos a quebrar a cara ao tratar do ‘mensalão’ juridicamente. Então, cada um contratou um advogado. Advogado muito sabido, esperto, famoso, desfilando por aí, falando que a gente ia ganhar na Justiça. E a imprensa condenando. Todo dia tinha uma sentença. Quando chegou o dia do julgamento, o pessoal já estava condenado – teria dito o ex-presidente.

    Para Lula, o atual momento do PT é dramático. Ele diz que há um “mau humor na sociedade”. E que até o ministro do STF Ricardo Lewandowski, “que votou contra (o ‘mensalão’)”, sofreu ofensas. Hoje em dia, disse Lula, quem é hostilizado na rua são os próprios petistas.

    Fonte: Yahoo

    Camargo Corrêa doou R$ 3 milhões ao Instituto Lula

     

    (Foto: Estadão Conteúdo)(Foto: Estadão Conteúdo)
    A construtora Camargo Corrêa pagou R$ 3 milhões para o Instituto Lula e R$ 1,5 milhão para a LILS Palestras Eventos e Publicidade, empresa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2011 e 2013. É a primeira vez que os negócios do petista aparecem nas investigações da Operação Lava Jato, que apura um esquema de cartel e corrupção na Petrobras com prejuízo de R$ 6 bilhões já reconhecidos pela estatal.

    O registro sobre o elo da empreiteira – uma das líderes do cartel acusado de corrupção pela Lava Jato – com Lula consta do laudo 1047/2015, da Polícia Federal, anexado ontem aos autos da investigação. O laudo tem 66 páginas e é subscrito pelo perito criminal federal Ivan Roberto Ferreira Pinto.

    A perícia foi realizada na contabilidade da Camargo Corrêa de 2008 a 2013, período em que a empreiteira recebeu R$ 2 bilhões da Petrobras. O documento mostra que a construtora repassou R$ 183 milhões em “doações de cunho político” – destinadas a candidaturas e partidos da situação e da oposição.

    O Instituto Lula, criado pelo ex-presidente após deixar o Planalto, em 2011, recebeu três pagamentos de R$ 1 milhão cada. Dois são registrados como “Doações e Contribuições”: um em 2 de dezembro de 2011 e outro de 11 de dezembro de 2013. O que chamou a atenção dos investigadores foi o lançamento de 2 de julho de 2012, sob a rubrica “Bônus Eleitoral”.

    No caso dos pagamentos ao LILS, cujo endereço declarado é a própria residência de Lula, em São Bernardo do Campo, a empreiteira registrou o deposito em conta corrente de R$ 337,5 mil, em 26 setembro de 2011, R$ 815 mil, em 17 de dezembro de 2012, e R$ 375,4 mil, em 26 de julho de 2013. Esses valores, que somam R$ 1,5 milhão, são tratados pela empreiteira como serviços de “consultoria”.

    Dois executivos da Camargo, Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Hermelino Leite, confessaram nos processos da Lava Jato, em acordo de delação premiada, que foram feitas doações eleitorais ao PT, após pedido do ex-tesoureiro João Vaccari Neto – preso desde abril, em Curitiba. Eles não citaram Lula.

    O nome do ex-presidente chegou a ser mencionado pelo doleiro Alberto Youssef – peça central da Lava Jato – ao afirmar em delação à Procuradoria, em 4 de outubro de 2014, que “tinham conhecimento” do esquema de corrupção na estatal “o Palácio do Planalto” e “a presidência da Petrobras”. >Lula não é alvo de investigação da Lava Jato.

    Recentemente, o ex-presidente atacou o que chamou de “insinuações” envolvendo seu nome na operação. “Eu não ia dizer isso aqui, mas estou notando todo santo dia insinuações. ‘Lá na Lava Jato vão citar o nome do Lula’. ‘Querem que empresários citem meu nome’. ‘O objetivo é pegar o Lula'”, desabafou, no ato de 1.º de Maio, em São Paulo.

    O Instituto Lula informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os valores registrados na contabilidade da Camargo Corrêa foram doados legalmente, sem qualquer relação com a Petrobras ou eleições.

    Dirceu
    No mesmo documento da PF, constam os pagamentos da Camargo Corrêa para a JD Assessoria e Consultoria, empresa do ex-ministro José Dirceu. Ele é investigado por suposto uso das consultorias para empresas do cartel como forma de ocultar propina para o PT.

    O laudo aponta que foram lançados como pagamentos para a JD, entre 2010 e 2011, R$ 900 mil, em dez depósitos bancários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    O Partido dos Trabalhadores teme ter que fechar suas portas por conta das investigações da Operação Lava Jato. A cúpula petista teme que as ações dos investigadores “inviabilizem” o funcionamento do partido e possam levar inclusive à cassação do registro da legenda. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

    A situação já era considerada crítica pela cúpula petista antes mesmo da prisão de seu então tesoureiro, João Vaccari Neto, na última quarta-feira (15). Segundo a Folha, pessoas ligadas ao partido acreditam que a operação fará com que o partido sofra sanções financeiras a fim de ressarcir os cofres públicos.

    A multa, ainda de acordo com a Folha, giraria em torno do valor correspondente ao citado por Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, afirmou ter passado ao PT e a Vaccari durante depoimento em delação premiada. Na ocasião, o ex-funcionário da estatal afirmou que o partido recebeu, entre 2003 e 2013, entre US$ 150 milhões em US$ 200 milhões.

    A preocupação do PT se dá pela falta de recursos que a eventual multa geraria ao partido. Para efeito de comparação, o fundo partidário petista arrecadou em 2014 cerca de R$ 25 milhões, valor muito inferior ao da possível multa. A tática para se livrar da multa seria afirmar que os recursos de todos os partidos vinham das construtoras investigadas, fazendo com que todos também recebessem multa.

    A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e outros cinco diretores da petroleira renunciaram ao cargo, segundo comunicado da estatal em 4/2/15.  A empresa não confirmou os nomes dos executivos que deixam a diretoria, composta por sete pessoas.

    Segundo a assessoria de imprensa da estatal, no entanto, o diretor de Governança João Adalberto Elec, que tomou posse no mês passado, é um dos dois que permanecerão.

    Os novos ocupantes dos cargos na diretoria serão eleitos em reunião do Conselho de Administração que será realizada na sexta-feira (6), informou a empresa.

    A saída da diretoria acontece em meio às investigações da Operação Lava Jato de um escândalo de corrupção na estatal e à dificuldade da atual gestão da companhia para quantificar os prejuízos com fraudes em contratos de obras durante anos.

    O governo vinha sofrendo pressão do mercado pela saída da executiva, cuja gestão foi marcada por graves denúncias de corrupção e pelo acúmulo de resultados negativos.

    Embora a maior parte dos problemas tenha sido agravada por decisões feitas antes da chegada de Graça Foster à presidência da estatal, a executiva – ainda que não tenha sido implicada diretamente nas investigações da Lava Jato – acabou perdendo as condições políticas para se manter no cargo.

    Saída esperada
    Na terça-feira, o colunista Gerson Camarotti adiantou que interlocutores da presidente Dilma Rousseff estavam em busca de um substituto para Graça no comando da Petrobras e disse que a substituição seria feita quando for encontrado um perfil adequado.

    Os rumores sobre a saída de Graça ao longo da terça-feira fizeram disparar as ações da Petrobras, que fecharam em alta de mais de 15% na Bovespa. Nesta quarta, a confirmação da troca de comando continua dando fôlego à alta das ações da estatal: por volta das 11h, os papéis preferenciais subiam 6,5%, enquanto os ordinários tinham alta de 6,74%.

    Anúncio a investidores
    Quando as ações de uma empresa oscilam muito em um dia, a Bovespa envia um ofício a ela questionando o que ocorreu. Nesta terça-feira, a bolsa questionou a Petrobras sobre a saída de Graça Foster e pediu esclarecimentos, “o mais breve possível”, além de outras informações consideradas importantes.

    A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que fiscaliza e disciplina o mercado, deu um limite para a resposta: 9h desta quarta-feira.

    Às 10h13, a Petrobras enviou um comunicado dizendo: “Em resposta a esta solicitação, a Petrobras informa que seu Conselho de Administração se reunirá na próxima sexta-feira, dia 06.02.2015, para eleger nova Diretoria face à renúncia da Presidente e de cinco Diretores”.

    Comunicado da Petrobras anuncia saída de Graça (Foto: Reprodução)Comunicado da Petrobras anuncia saída de Graça (Foto: Reprodução)

    Possíveis substitutos
    Em coluna publicada nesta terça-feira (3), Thais Herédia adiantou que dois nomes são os mais cotados para assumir a vaga de Graça: Roger Agnelli, que esteve no comando da Vale por mais de 10 anos; e Rodolfo Landim, ex-parceiro de Eike Batista e atual desafeto do empresário, com passagens pela Eletrobrás e BR Distribuidora.

    Segundo a colunista, Roger Agnelli tem forte ligação com o ex-presidente Lula, mas não é bem visto pela presidente Dilma Rousseff. Agnelli foi demitido por ela no início do 2011.

    Rodolfo Landim é conhecido e respeitado no mercado internacional de óleo e gás, com mais de 30 anos no setor. O fato de ter saído brigado com Eike Batista antes mesmo da derrocada do ex-mega-empresário aumenta seu cacife. Hoje, o executivo toca a Mare Investimentos, um fundo de compra de participação em empresas de óleo e gás.

    A presidente Dilma Rousseff cumprimenta a nova presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)A presidente Dilma Rousseff cumprimenta Graça
    Foster em sua posse na presidência da Petrobras,
    em 13 de fevereiro de 2012
    (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

    Histórico
    Maria das Graças Silva Foster assumiu a presidência da petroleira em 13 de fevereiro de 2012. Ela foi a escolhida para substituir José Sergio Gabrielli, que estava há 7 anos no comando da companhia.

    Funcionária de carreira da Petrobras, Graça Foster ingressou na Petrobras em 1978 e se tornou a primeira mulher do mundo a comandar uma empresa de petróleo de grande porte. Ela foi eleita pela revista norte-americana “Fortune” a executiva mais poderosa fora dos EUA e ficou em 4º lugar no ranking mundial.

    A chegada de Graça Foster à presidência foi vista inicialmente como a uma tentativa de implementação de uma gestão mais técnica e menos política. Mas a companhia continuou submetendo a sua política de preços às determinações do seu controlador, o governo, que para tentar frear a inflação segurou os preços dos combustíveis.

     Fonte: G1

    A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse em 22/12/14, em entrevista exclusiva ao Jornal Nacional, que recebeu mensagens e conversou pessoalmente com a ex-gerente da estatal Venina Velosa da Fonseca antes de ser deflagrada, em março, a Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na empresa. Graça, no entanto, reafirmou que a ex-gerente não foi clara em relação às denúncias de irregularidades e que em um e-mail longo enviado em outubro de 2011 não mencionou em “nenhum momento” em corrupção, fraude, cartel ou conluio.

    “Os e-mails que eu recebi da Venina foram e-mais de feliz aniversário, e-mail relativo quando eu tomei posse na Petrobras. Um primeiro e-mail, que foi o primeiro que ela cita, que fala de abril de 2009, simples compreensão. E este quarto e-mail, de outubro de 2011. Ele é um e-mail longo, bastante emocionado, cheio de preocupações dela e, em quatro linhas, ela faz alguns comentários que me pareceram assim bastante cifrados, quando ela fala em licitações ineficientes. Ontem [domingo], ela explicou o que que é o projeto esquartejados e tal. Em nenhum momento, nenhum momento, ela fala em corrupção, fraude conluio, cartel. São palavras muito simples de serem entendidas”, ressaltou Graça Foster.

    Em nenhum momento, nenhum momento, ela fala em corrupção, fraude conluio, cartel. São palavras muito simples de serem entendidas”
    Graça Foster, presidente da Petrobras

    A dirigente chamou atenção para o fato de a ex-gerente da empresa alegar ter enviado os alertas em e-mails, mas nunca ter se preocupado em confirmar o recebimento das mensagens.

    “Eu acho também que quando a gente manda um e-mail para alguém tão importante, telefona, manda uns anexos, chama o chefe de gabinete. Também não houve isso, então, logo depois, em fevereiro, ela pediu para falar comigo e a gente conversou sobre diversos assuntos”, destacou Graça.

    A presidente da Petrobras disse que recebeu Venina em seu gabinete pouco depois de assumir o comando da estatal, em fevereiro de 2012, e que, no encontro, não ouviu acusações de corrupção. “Nenhuma denúncia. Conversamos sobre custos de projetos, prazos de projetos mais longos que os previstos e atitudes que eu deveria tomar”, relatou.

    Além de negar ter sido advertida nos e-mail enviados por Venina sobre desvios na petroleira, a presidente da Petrobras afirmou que a ex-gerente “jamais” tratou do assunto nas reuniões de diretoria de sua gestão e inclusive nas do ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli.

    “Jamais, nas reuniões de diretoria que eu participei, e olha que eu para faltar uma reunião de diretoria é dificil, não houve denúncias em nenhuma das reuniões de diretoria da Petrobras”, observou Graça.

     
    OPERAÇÃO LAVA JATO
    PF investiga lavagem de dinheiro.

    A versão de Venina
    Depois de ouvir Graça Foster, o Jornal Nacional conversou por telefone com a ex-gerente da Petrobras. Ao JN, Venina disse que nunca usou a palavra “corrupção” nas mensagens enviadas por e-mail à presidente da estatal, porém, reafirmou que fez alertas a Graça Foster sobre a existência de irregularidades na área de comunicação e nos processos de licitação.

    Ainda segundo a ex-gerente, as licitações e os projetos eram feito de forma ineficiente para dificultar o acompanhamento. Venina ressaltou que, “como qualquer gestor”, a presidente da Petrobras deveria tê-la chamado para novas conversas diantes desses alertas que ela fez.

    A ex-gerente também enfatizou ao JN que nunca pediu para ir para Cingapura. Segundo Venina, ela foi mandada para o país asiático por falta de opção no Brasil.

    Fantástico
    Neste domingo (21), Venina disse em entrevista ao Fantástico que informou pessoalmente à presidente da Petrobras sobre desvios em contratos de diversos setores da companhia, quando a executiva era diretora de Gás e Energia. A ex-gerente contou que “percebeu que havia irregularidades” em 2008 e que, desde então, reportou problemas aos superiores, entre eles o gerente-executivo, diretores e a atual presidente.

    Em café da manhã com jornalistas na manhã desta segunda, a presidente Dilma Rousseff saiu em defesa de Graça Foster. A petista disse aos repórteres que confia na executiva e que não vê necessidade de tirá-la do comando da estatal.

    “Ela [Graça Foster) disse que, diante de toda essa exposição, se a Petrobras for prejudicada de alguma forma – ou o governo – ela, então, coloca o cargo à disposição sem o menor constrangimento. Eu falei para ela que, do meu ponto de vista, isso não é necessário”, contou Dilma.

    Entenda a Lava Jato
    A operação Lava Jato começou investigando um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. A investigação acabou resultando na descoberta de um esquema de desvio de recursos da Petrobras, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.

    Na primeira fase da operação, deflagrada em março deste ano, foram presos, entre outras pessoas, o doleiro Alberto Youssef, apontado como chefe do esquema, e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

    A sétima fase da operação policial, no mês passado, teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras em um valor total de R$ 59 bilhões.

    Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, foram expedidos na sétima etapa da operação 85 mandados em municípios do Paraná, de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Pernambuco e do Distrito Federal.

    Conforme balanço divulgado pela PF, além das 25 prisões, foram cumpridos 49 mandados de busca e apreensão. Também foram expedidos nove mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir à polícia prestar depoimento), mas os policiais conseguiram cumprir seis.

    Assista a outros vídeos da edição desta segunda, 22, do Jornal Nacional sobre o caso:

    VALE ESTE - Arte Lava Jato 7ª fase (Foto: Infográfico elaborado em 15 de novembro de 2014)

    Fonte: G1

    Líderes de partidos da oposição na Câmara se reúnem em 01/4/14 para contabilizar o apoio à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras e decidir qual dos três requerimentos sobre o tema terá prioridade. Desde que decidiu tentar criar uma CPI, há uma semana, a oposição coleta assinaturas em paralelo para três pedidos diferentes: um de CPI mista (que reúne deputados e senadores), de autoria do líder do PPS  na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR); outro de CPI somente no Senado, de autoria do senador Alvaro Dias (PR); e um terceiro, também de autoria de Dias, para uma CPI mista.

    Enquanto isso, deputados e senadores do PT vão articular negociações para convencer parlamentares da base aliada e partidos independentes a retirar assinaturas de apoio às investigações da estatal.

    Nos bastidores, porém, o governo já admite que será difícil evitar a criação da CPI, e se prepara para “ocupar” a comissão – deve indicar parlamentares de peso para defender a Petrobras e evitar que denúncias envolvendo a empresa sejam usadas pela oposição como combustível de campanha nas eleições de outubro. O PT também vai trabalhar para ficar com a relatoria da comissão.

    O requerimento que deverá prevalecer é o de autoria de Alvaro Dias para a criação de uma CPI mista. O texto já conta com o apoio de 29 senadores – dois a mais que o mínimo necessário – e reúne assinaturas de pelo menos 80 deputados, segundo assessores do DEM e do PSDB. Para ser protocolado, o pedido de criação da comissão precisa do apoio de pelo menos 27 senadores e 171 deputados.

    Na reunião desta terça-feira, os deputados devem chancelar a escolha por esse requerimento e traçar uma estratégia para garantir que os parlamentares não retirem o apoio à comissão, mesmo diante da pressão do PT. O encontro será ao meio-dia, na residência do líder do DEM, Mendonça Filho (PE), e terá a participação de parlamentares do PPS, PSDB e Solidariedade.

    Por sua vez, o PT realiza às 11h30 uma reunião da coordenação do partido na Câmara para articular uma reação à tentativa de criação da CPI da Petrobrás. Uma das estratégias é ameaçar a oposição com a criação de uma CPI sobre as denúncias de irregularidades em licitações do Metrô de São Paulo.

    “Tecnicamente, parece que não cabe um adendo para ampliar o objetivo da CPI da Petrobras e fazer com que a comissão também apure denúncias envolvendo o governo de São Paulo. Então vamos tentar uma CPI exclusivamente para apurar essas denúncias”, afirmou o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP).

    No Senado, o PT insistirá na tentativa de convencer aliados a recuar do apoio, retirando assinaturas, segundo o líder do partido, senador Humberto Costa (PE). “Há investigações em curso que são absolutamente suficientes para viabilizar que todas essas denúncias sejam esclarecidas, e a realização de uma CPI agora seria tão somente para a criação de um espaço, um palco de disputa político-eleitoral que não é saudável”, disse.

    O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (SP), afirmou ao G1 que, caso a CPI da Petrobras seja criada, o esforço da base aliada será de evitar que a oposição exponha a estatal e use a comissão como “palanque eleitoral”. A ideia é indicar para a CPI parlamentares de peso, para defender a posição do governo.

    “Não vamos deixar a oposição fazer um trabalho de colocar a Petrobras em um questionamento indevido. Uma coisa é amanhã alguém provar que teve algum erro de algum funcionário. Quem errou responderá por isso. O que não vamos permitir é a oposição fazer disso um palanque em ano eleitoral. Cada um que trouxer informação tem que provar”, afirmou o petista.

    Chinaglia considera a CPI “desnecessária”, já que o Ministério Público e a Polícia Federal já investigam as suspeitas de superfaturamento na compra feita pela Petrobras da refinaria de Pasadena, Texas (EUA), em 2006.

    “É uma CPI completamente desnecessária, porque todos os órgãos estão investigando [a compra da refinaria]. Corre o risco de [ser] mais uma CPI do Cachoeira”, disse Chinaglia, em referência à comissão que investigou a relação do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários, cujo resultado mais evidente foi a cassação do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).

    Na época, a base do governo trabalhou para barrar investigações que atingissem o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e o do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). O foco permaneceu nas negociações do contraventor com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

    Presidente da Petrobrás América entre 2007 e 2008, o engenheiro Alberto Guimarães se opôs à proposta da estatal de comprar 100% da refinaria de Pasadena. Ele também se mostrou preocupado com o alto valor oferecido para a sócia belga Alstra Oil.

    Sob o comando de José Sérgio Gabrielli, a Petrobrás comprou 50% de Pasadena em 2006 por US$ 360 milhões e ofereceu US$ 700 milhões aos belgas para ficar com toda a refinaria em dezembro de 2007. Quem assinou a proposta foi o então diretor da área internacional, Nestor Cerveró. Em setembro, porém, o então presidente da Petrobrás América, braço da estatal nos EUA, fez os alertas por e-mail aos executivos do Brasil.

    Guimarães havia assumido o cargo em 1.º de janeiro de 2007. Em outubro de 2008 ele acabou substituído por José Orlando Azevedo, primo de Gabrielli. Naquela época, a Petrobrás e Astra Oil já haviam se desentendido e estavam em litígio. Azevedo ocupou o cargo até 2012, quando a estatal brasileira foi obrigada pela Justiça dos EUA a comprar os 50% da empresa belga, num negócio que superou US$ 1,2 bilhão.

    Funcionário de carreira da estatal, o primo de Gabrielli foi afastado do cargo que vinha ocupando em uma subsidiária da Petrobrás na quinta-feira passada, um dia após o Estado revelar seu parentesco com o hoje ex-presidente da estatal.

    Ordens. Trocas de e-mails reproduzidas em um dos processos do litígio revelam a oposição de Guimarães e sua resignação diante da orientação dada pela cúpula da Petrobrás no Brasil. “Ordens são ordens”, escreveu numa mensagem eletrônica de 28 de setembro de 2007.

    Os documentos foram apresentados na ação que a Astra Oil iniciou em 1.º de julho de 2008 para exigir o cumprimento do acordo de US$ 700 milhões, assinado no dia 5 de dezembro de 2007 por Cerveró e Gilles Samyn, CEO da Transcor Astra, a empresa que controla a Astra Oil.

    Documentos. Na ação em que buscava obrigar a Petrobrás a cumprir o acordo de US$ 700 milhões, os advogados da Astra apresentaram uma série de trocas de e-mails entre dirigentes da Petrobrás nos EUA e no Brasil. Com esses documentos, eles procuravam demonstrar que a negociação havia sido feita por executivos nos EUA sob orientação da cúpula da empresa no Brasil.

    Segundo a Astra Oil, o documento final era um contrato acabado e executável. A Petrobrás sustentava que ele era apenas um acordo preliminar, cujo cumprimento não poderia ser exigido judicialmente nos EUA.

    É nesse contexto que as declarações de Guimarães aparecem, reproduzidas durante depoimento dos advogados da Astra. Neles, fica evidente a resistência do representante da estatal nos EUA às negociações e às orientações vindas do Brasil. Também é clara sua cautela ao pedir instruções por escrito para avançar nas conversas.

    “Acho que é pouco provável que com esse preço e também pelo fato de que vamos ter que segurar o dinheiro em um ano tão bom que nós avancemos muito nessa negociação, mas ordens são ordens”, escreveu Guimarães no e-mail de dia 28 de setembro de 2007, de acordo com transcrição do e-mail feita no depoimento dos advogados.

    Obrigações. Quando fecham contratos e assumem obrigações futuras, as empresas listadas em Bolsa são obrigadas a fazer provisões para os pagamentos, o que diminuiu o seu lucro ou o capital para investimentos.

    A narrativa das mensagens de Guimarães apresentada pelo advogado da Astra, Gerald Novack, vai na mesma direção: “O sr. Guimarães, em várias ocasiões, tem e-mails de e para o sr. Cerveró, nos quais ele diz ‘eu discordo disso. Eu não acho que o que você está fazendo é certo. Eu não acho que isso será bem-sucedido’. Mas então ele diz, ‘bem, ordens são ordens’ ou ‘eu vou obedecer a qualquer ordem que vocês me derem. Eu preciso de instruções’”, disse Novack com suas próprias palavras, que não refletem necessariamente o teor exato das mensagens do então presidente da Petrobrás América.

    A estatal disse nesta segunda-feira, 31, que não se manifestaria sobre o assunto.

    Antes do veto do Conselho de Administração, em maio, a Petrobrás agiu como se o acordo de US$ 700 milhões fosse definitivo. No dia 1.º de fevereiro de 2008, a estatal brasileira e a Astra apresentaram o documento para aprovação do Comitê de Investimentos Estrangeiros nos EUA, subordinado ao Departamento do Tesouro.

    No processo, a estatal admitiu que submeteu o documento ao órgão regulador e que, na época, não alegou que seu caráter era não vinculante. Esse argumento só surgiu depois do veto do Conselho de Administração.

    Fonte: Estadão e Yahoo

    Programas sociais do Governo Dilma

    17/09/2013

    Desde o início do Brasil sem Miséria, há dois anos, 22 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza no País, disse a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, ao abrir nesta segunda-feira seminário sobre o programa. A ministra lembrou que 910 mil famílias foram incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e no Bolsa Família nos últimos dois anos e meio. A meta para o ano que vem é incluir mais 600 mil famílias, informou Tereza, em balanço sobre o programa, durante o 2º Seminário Nacional sobre Pactuação Federativa no Brasil sem Miséria.

    Entre os dados apresentados no encontro, a ministra destacou que 13,8 milhões de famílias recebem o Bolsa Família, cujo orçamento alcança quase R$ 24 bilhões – o equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. “Os dados mostram que o Bolsa Família não só beneficia a população pobre, mas também a beneficia a economia do Brasil.” Segundo ela, o programa tem sido a forma de a população pobre ter acesso à renda e a outros benefícios.

    Tereza Campello também ressaltou que, pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec-Brasil sem Miséria), foram feitas 700 mil matrículas em 503 tipos de cursos. No programa Microempreendedor Individual, dos quase 3 milhões de beneficiários, 642 mil estão inscritos no CadÚnico. No programa Água Para Todos, criado em 2011 para universalizar o acesso à água no semiárido, foram construídas 370,7 mil cisternas, e meta é contemplar 750 mil famílias até o ano que vem. “A população pobre trabalha e quer se engajar no Brasil que trabalha e que cresce”, afirmou.

    O ministro de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, mostrou que, para cada real investido no Bolsa Família, há retorno de R$ 1,78 para a economia. “A cada real gasto no Bolsa Família, o PIB cresce R$ 1,78 e o consumo, R$ 2,4. O Bolsa Família tem efeitos multiplicadores maiores que outros programas sociais. O programa ajudou na crise, porque faz girar a economia”, disse Neri.

    Segundo ele, o programa teve impacto de 13% na redução da desigualdade social. “O Brasil reduziu a pobreza em 57,8% em oito anos, sendo que 52% desse total devem-se à redução da desigualdade e 48% ao crescimento da economia.”

    No Distrito Federal, há mais de 241 mil famílias inscritas no CadÚnico e 91 mil recebem o Bolsa Família. Dessas, 34 mil têm um complemento na renda de R$ 70 e recebem, no total, R$ 140. A expectativa, segundo o governador do DF, Agnelo Queiroz, é reduzir a “maior desigualdade do País”.

    A presidente Dilma Rousseff defendeu , em sua coluna semanal Conversa com a Presidenta, o programa Bolsa Família, do governo federal. Questionada por uma jornalista de Sorocaba (SP), que afirmava que o programa estimulava o aumento da procriação entre as famílias mais pobres, Dilma rechaçou esta hipótese, declarando que “o que tem acontecido é exatamente o contrário em nosso País”.

    “Muita gente está tendo mais filhos para poder receber benefícios como o Bolsa Família. A senhora não acha que um país pobre como o nosso deveria, ao contrário, incentivar a paternidade e a maternidade responsáveis?”, questionava Esther Fróes Brocchetto, 53 anos. “A taxa de fecundidade caiu em todo o Brasil e recuou ainda mais entre a população de baixa renda, especialmente do Norte e Nordeste, onde há mais pessoas recebendo o benefício do Bolsa Família”, respondeu Dilma, rebatendo a afirmação da jornalista.

    Segundo a presidente, o Bolsa Família contribui para a melhora de uma série de indicadores que influem na queda da taxa de fecundidade da população. “Pelas estatísticas, o número médio de filhos tende a cair com o aumento de renda, educação e inclusão social, aspectos reforçados pelo programa”, argumentou, citando informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam que a taxa de fecundidade caiu de 2,38 filhos para cada mulher, no Censo 2000, para 1,86 dez anos depois.

    Dilma também defendeu que o programa estimula a frequência escolar. “Não podemos esquecer, também, Esther, que o Bolsa Família, além de trazer um alívio imediato à situação de pobreza, tem tido sucesso em manter nossas crianças na escola. O abandono escolar caiu muito e hoje é menor entre os alunos do Bolsa Família”, disse a presidente, que também credita ao programa “quase 20% da redução da mortalidade infantil” no Brasil.

    A maior redução nas taxas de mortalidade infantil no País é uma das principais consequências do Programa Bolsa Família, que completa dez anos de existência, de acordo com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

    “A mortalidade infantil no Brasil diminuiu 40% e, no Nordeste, 50% nesse período, e 20% se devem ao Bolsa Família”, disse a ministra, que destacou ser esse um dos resultados mais importantes do programa e que comprovam o êxito da iniciativa do governo federal para beneficiar as famílias de baixa renda.

    A ministra apresentou os dados ao participar nesta quinta-feira de um debate na Escola Nacional de Administração Pública (Enap) sobre o programa de transferência de renda do governo federal.

    Atualmente, os valores dos benefícios pagos pelo Bolsa Família variam de R$ 32 a R$ 306, de acordo com a renda mensal da família por pessoa, com o número de crianças e adolescentes de até 17 anos e o número de gestantes e nutrizes componentes da família.

    Tereza Campello ressaltou o crescimento do Bolsa Família em uma década de existência, de 4 milhões para 14 milhões de famílias, beneficiando diretamente 50 milhões de brasileiros. Além disso, os gastos públicos com os benefícios também cresceram, passando de R$ 4 bilhões em 2003 para R$ 50 bilhões em 2013.

    A ministra também apontou como um dos êxitos do programa o acompanhamento da frequência escolar dos alunos de famílias vinculadas ao programa. Segundo ela, o sistema abrange 17 milhões de estudantes, cuja frequência é aferida de dois em dois meses. De acordo com Tereza Campello, pesquisas comprovam que os alunos atendidos pelo programa têm o mesmo nível de desempenho dos demais e, no Nordeste, o resultado é superior.

    Segundo a ministra, o Bolsa Família evoluiu nos últimos dez anos de um programa secundário para uma situação de destaque entre os programas sociais do governo, e agora desperta atenção até mesmo da rede bancária privada, mesmo sendo vinculado exclusivamente à Caixa Econômica Federal, porque “a população pobre se transformou em um grande mercado consumidor”.

    Uma das medidas que está em estudos pela Caixa, segundo a ministra, é a possível utilização de mensagens de texto (SMS) pelos participantes do programa para receber informações do banco nos seus celulares.

    A presidente Dilma Rousseff fez nesta segunda-feira um balanço dos dez anos do Bolsa Família. Durante o programa semanal Café com a Presidenta, ela disse que, nesse período, o programa “mudou a cara do Brasil”, ao retirar milhões de brasileiros e brasileiras da pobreza. Hoje, 13,8 milhões de famílias recebem o benefício, afirmou Dilma.

    “Isso significa 50 milhões de pessoas que passaram a viver com dignidade, que conquistaram uma vida melhor. Com esse programa, 36 milhões de brasileiros e de brasileiras saíram e se mantêm fora da pobreza extrema”, disse Dilma, ressaltando que, para implantar o Bolsa Família, foi preciso enfrentar críticas, como as de quem chamava o programa de “bolsa esmola”. A presidente lembrou que, durante a última década, o Bolsa Família foi ampliado e aperfeiçoado, e hoje é o maior programa de transferência de renda do mundo.

    “Não basta o PIB (Produto Interno Bruto) crescer, não basta a economia crescer, tem de crescer para todo mundo. Um país desenvolvido é um país que tem toda a sua população vivendo com dignidade”, acrescentou. Dilma lembrou que têm direito ao benefício as famílias com renda até R$ 140,00 por mês, por pessoa. O valor recebido varia de acordo com o número de filhos e as características da família. O repasse dos recursos está baseado em uma moderna tecnologia social, que inclui o cadastro dos beneficiários, pagamento por cartão e recebimento direto sem intermediários, o que evita clientelismo.

    A presidente destacou que, além de complementar a renda das famílias, o programa incentiva a frequência escolar, na medida em que as crianças incluídas têm que ter pelo menos 85% de presença na sala de aula. Ele também melhora as condições de saúde dessa parcela da população, já que as grávidas que recebem os recursos precisam fazer o pré-natal e as mães têm que manter a carteira de vacinação das crianças em dia. O resultado, segundo Dilma, é que a taxa de abandono da escola por crianças do Bolsa Família é muito menor que a dos demais alunos, a taxa de aprovação deles é igual à de todos os outros alunos, e a mortalidade infantil no País caiu 40% nos últimos dez anos, principalmente no Nordeste.

    “Nós também estamos providenciando creches e educação em tempo integral para as crianças e para os jovens do programa. E mais: nas creches do Bolsa Família, onde tem sobretudo crianças do programa, nós colocamos mais 50% do valor para os prefeitos poderem atender a essas crianças com o acompanhamento pedagógico integral”, disse.

    A presidente lembrou que outras ações do governo federal complementam o Bolsa Família, como o Microempreendedor Individual, por meio do qual mais de 300 mil beneficiários ampliaram seus rendimentos abrindo ou formalizando pequenos negócios, e o Brasil sem Miséria, que prevê que nenhum brasileiro tenha renda menor que R$ 70,00 por mês e garante vagas em cursos de qualificação aos beneficiários

    Fonte: Terra

    « Próximas
    Rádio Anjos de Luz

    Com agradecimento à Fada San. Visite www.anjodeluz.net

    Meu perfil
    Perfil de usuário Terra 2012 .
    Leitores do Terra 2012 pelo mundo
    free counters
    Escreva para a grande fraternidade branca

    Grande Fraternidade Branca
    Com agradecimento ao Espaço Hankarra. Visite hankarralynda.blogspot.com

    Prezado Leitor, se você é uma pessoa solitária, quer desabafar ou deseja uma opinião fraterna e desinteressada sobre algum problema que o aflige, escreva-nos carta para o endereço informado no rodapé do site, ou, se preferir, mande e-mail para grandefraternidadebranca
    @terra2012.com.br
    .

    Todas as correspondências serão respondidas no menor prazo possível.

    arvore

    Antes de imprimir pense em sua responsabilidade e compromisso com o MEIO AMBIENTE!

    Gato no notebook

    DÚVIDAS? Fale com o Administrador gtm@terra2012.com.br

    Acessar Webmail Terra 2012