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Fonte: Youtube
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, lamentou a situação de cobrança de taxas sobre os depósitos bancários no Chipre, definindo a situação como “preocupante e perigosíssima” e representativa de uma União Europeia (UE) com “dois pesos e duas medidas”.
“O exemplo [no Chipre] é preocupante e perigosíssimo porque confirma que estamos perante um quadro em que o sector financeiro já se sobrepõe ao sector económico e dizima a seu belo prazer o que são poupanças de anos e anos de trabalhadores e pensionistas”, apontou Arménio Carlos, em conferência de imprensa na sede da central sindical, em Lisboa.
Para a CGTP, a situação no Chipre demonstra que a UE e o Banco Central Europeu (BCE) têm “dois pesos e duas medidas” na altura de alterar legislação sobre o apoio financeiro e económico: as entidades, diz Arménio Carlos, “não têm problemas” para fazer alterações aos regulamentos desde que “para garantir interesses dos grupos económicos e financeiros”, mas para “responder a necessidades de populações e países” o cenário já não é o mesmo.
O secretário-geral da CGTP exemplificou dando o exemplo da proposta para o BCE emprestar dinheiro aos Estados-membros “ao mesmo juro” do que empresta a grupos financeiros, de 0,75%.
Os políticos cipriotas estarão ainda a negociar alterações às taxas a aplicar sobre os depósitos acordadas com o Eurogrupo e dadas a conhecer na madrugada de sábado, uma das condições para os parceiros internacionais aceitarem emprestar 10 mil milhões de euros ao país.
Em causa poderá estar, segundo várias notícias, uma alteração na taxa a impor sobre os depósitos até 100 mil euros que passaria a ser 3% ou 3,5% em vez dos 6,75% acordados inicialmente, enquanto a taxa para os depósitos superiores a 100 mil euros passaria de 9,9% para 12,5%.
Em discussão poderá também estar uma isenção completa deste imposto para depósitos que inferiores a 20 mil ou 25 mil euros, segundo vários relatos de deputados envolvidos nas discussões, não existindo para já comentários oficiais sobre a existência destas discussões.
A votação desta proposta estava prevista inicialmente para domingo, mas tem sido sucessivamente adiada e está agora marcada para terça-feira.
O acordo inicial prevê ainda que os depositantes fiquem com acções dos respectivos bancos em troca do corte nos seus depósitos.
A taxa deve render 5,8 mil milhões de euros segundo os cálculos iniciais. Um terço dos depósitos no Chipre são de cidadãos ou entidades estrangeiras.
Fonte: O Público