O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou nesta quarta-feira dados que dão a dimensão da distribuição irregular de renda no Brasil ao divulgar novos números do Censo 2010. De acordo com o estudo, os 10% que recebem os maiores salários do Brasil ganham 44,5% do total dos rendimentos. Já os 10% com os menores rendimentos recebem apenas 1,1%.

 

De acordo com o Censo, o rendimento médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com rendimento, ficou em R$ 1 202,00. Em termos regionais, os rendimentos médios mensais das regiões Centro-Oeste (R$ 1.422,00) e Sudeste (R$ 1.396,00), ficaram próximos e foram os mais elevados, vindo em seguida o da região Sul (1.282,00).

O rendimento da região Nordeste (R$ 806,00) foi o menor, representando 56,7% daquele constatado na região Centro-Oeste, enquanto o segundo mais baixo, que foi o da região Norte (R$ 957,00), abrangeu 67,3%.

A diferença entre os rendimentos dos homens e das mulheres também foi expressiva em todas as regiões. O rendimento médio mensal das mulheres, com rendimento, representou 70,6% daquele auferido pelos homens no País. O percentual variou de 70,3%, na região Sul, a 75,5%, na Norte.

Outro dado divulgado pelo IBGE foi o rendimento médio mensal dos domicílios particulares brasileiros. Em 2010, o valor chegou em R$ 2.222,00. Segundo o Censo, o valor alcançou R$ 2.407,00 na área urbana e ficou em R$ 1 051,00, na área rural.

 

Rendimento médio mensal dos domicílios, em ordem crescente, segundo as Unidades da Federação

Os mais altos rendimentos médios domiciliares foram os das regiões Centro-Oeste e Sudeste, que ficaram próximos, com diferença de menos de 1%, vindo em seguida o da região Sul. Em patamares mais baixos ficaram os das regiões Nordeste e Norte, que representaram 55,5% e 67,5%, respectivamente, daquele da região Centro-Oeste.

Nas unidades da Federação, o rendimento médio mensal dos domicílios com rendi mento domiciliar do Distrito Federal foi destacadamente o mais elevado, sendo o do estado de São Paulo o segundo maior. Em seguida, vieram os de Santa Catarina e Rio de Janeiro. No outro extremo, ficaram os do Maranhão e Piauí.

Do conjunto dos domicílios, os 10% com os rendimentos mais altos detiveram 42,8% do total dos rendimentos domiciliares, e os 10% com os menores, 1,3%. O rendimento médio mensal domiciliar dos 10% com os maiores rendimentos foi R$ 9.501,00 e dos 10% com os menores, R$ 295,00.

Fonte: IBGE