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Estudo afirma que as chances de divórcio são maiores no verão
Férias de verão. Nós começamos a contar os dias no calendário muito antes da sua chegada, e não vemos a hora de poder relaxar e passar um tempo apenas na companhia do sol e do mar. No entanto, alguns casais podem voltar daquelas duas semanas maravilhosas na praia com mais do que um novo bronzeado e um celular cheio de selfies. Eles podem voltar para casa solteiros, pois de acordo com uma nova pesquisa, o verão é um dos períodos sazonais em que as taxas de divórcio aumentam.
Um novo estudo revelou que os casais têm uma probabilidade maior de se divorciarem durante o verão [Foto: burak kostak via Pexels]
O estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, sugere que os casais têm uma probabilidade maior de desistirem do relacionamento após um período de convivência intensa com a família, como nas férias. Por este motivo, o mês de agosto (mês de verão e de férias escolares no hemisfério norte, onde o estudo foi realizado), é perigoso para aqueles que já estão “à beira do divórcio”.
“As pessoas tendem a esperar as férias com expectativas altas, independentemente das decepções que possam ter enfrentado durante o ano,” explicou a professora de sociologia Julie Brines, uma das autoras do estudo. “São períodos do ano em que há uma sensação de oportunidade para um novo começo, algo diferente, uma transição para um novo período da vida. É como um ciclo de otimismo, de certa maneira.”
Nem todas as viagens de férias têm um final feliz [Foto: stokpic.com via Pexels]
No entanto, quando as tão esperadas férias não são capazes de atingir as expectativas, esta pode ser a “gota d’água” que faltava para que o casal iniciasse o processo de divórcio.
Julie Brines também acredita que o início do ano escolar em setembro (no hemisfério norte) acrescenta um incentivo extra para os casais com filhos que querem resolver questões relacionadas à guarda das crianças e ao planejamento de datas e horários com os pais antes da volta às aulas.
O estudo também mostrou que agosto não é o único mês “arriscado” no que diz respeito à possibilidade de divórcio. Março, pouco depois das festas de fim de ano, é igualmente problemático.
A razão? Uma das teorias criadas pelos cientistas é de que as pessoas adiam a separação durante momentos familiares importantes, como o Natal. Além disso, muitos casais veem o período de festas como uma chance de “consertar” o relacionamento.
O estudo revelou que março e agosto são os meses com maior incidência de divórcios nos Estados Unidos [Foto: splitshire.com via Pexels]
O comunicado de imprensa divulgado pelos autores afirma: “Casais enfrentando dificuldades podem enxergar as festas como uma oportunidade de melhorar o relacionamento e começar de novo”. Eles pensam: ‘Nós teremos um Natal feliz juntos, como uma família, ou levaremos as crianças para acampar em um lugar agradável, e as coisas vão melhorar.’
Por outro lado, o pico de divórcios em março pode ser explicado não porque os casais estavam esperando que as festas acabassem para iniciar o processo, mas por causa das festas em si. Afinal, unir duas famílias para compartilhar um peru natalino e trocar presentes de “amigo secreto” é suficiente para testar até o mais forte dos relacionamentos.
Solteirice é o estado civil mais declarado em regiões administrativas do DF
A única exceção, até o momento, é o Park Way, onde o número de casados é maior. A Estrutural lidera o ranking: 45,22% dos moradores com mais de 15 anos declararam não serem ligados a alguém
Frejat cantando Segredos pode até dar voz ao desejo de uma parcela de solteiros Brasil afora. Mas nem todos estão à procura de um amor. Há quem prefira ser embalado por trilhas sonoras que exaltam a liberdade de levar a vida sem laços amorosos, como canta Gusttavo Lima em Quem tem sorte é sortero. No caso de Brasília, a solteirice é o estado civil mais declarado por moradores de 19 das 20 regiões administrativas alvo da Pesquisa Distrital por Amostragem de Domicílios (Pdad), da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). A única exceção, até o momento, é o Park Way, onde o número de casados é maior. A Estrutural lidera o ranking: 45,22% dos moradores com mais de 15 anos declararam não serem ligados a alguém.
É assim com a professora aposentada Marina Recena Grassi, 60 anos, moradora da Candangolândia. A cidade é a terceira entre as pesquisadas com o maior número de solteiros. Dos 14,5 mil moradores com mais de 15 anos, 6.194 (42,72%) não têm relacionamento sério. Viúva há 20 anos, ela chegou a dividir a casa com uma pessoa, mas não por muito tempo. O motivo é simples. “Relacionamento é para ser uma coisa boa. A vida a dois deixa a liberdade muito limitada. Hoje, viajo, pulo carnaval e não faço nada que não quero. Ajudo filhos, netos, vizinhos, trabalho e me divirto na hora que eu quero. O meu tempo é meu. Quando você põe tudo isso na balança, não sei se vale a pena trocar”, diz.
O casamento de Marina durou 15 anos. Nesse tempo, ela elenca várias conquistas: estudou, trabalhou e teve filhos. Quando o relacionamento entrou em crise, ela e o marido acharam melhor cada um seguir o seu caminho. “Eu quero, do meu lado, um companheiro para dividir as coisas boas. Quero dançar, viajar e me divertir. Se é para trazer problema, não me interessa”, avisa Marina, que se diz uma pessoa romântica.
Dinheiro
O resultado da pesquisa é parcial. Até agora, a Estrutural lidera em solteirice. Dos 29.211 moradores, 13.210 (45,22%) não mantêm vínculo afetivo. Mas quando os técnicos concluírem o levantamento em regiões como o Sudoeste, Plano Piloto e lagos Sul e Norte, a realidade deve se inverter. Pelo menos foi o que ocorreu em 2013. Naquele ano, os números revelaram que, no Distrito Federal, 40% da população não tinha vínculo amoroso. A média brasileira é de 49%.
A gerente de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Iraci Peixoto, explica que o levantamento não aprofunda os motivos. Mas fica claro que, nas regiões de menor poder aquisitivo, a quantidade de solteiros é maior e apenas 3,9% moram sozinhos. Assim, a renda individual dos não casados era de R$ 890, enquanto a dos não solteiros — casados no civil, no religioso ou em união estável — subia para R$ 2,4 mil. “Geralmente, os casados têm idade mais avançada, uma experiência maior de trabalho e, consequentemente, um rendimento maior”, explica Iraci.
Entre os solteiros entrevistados pela reportagem, prevalece o apego à liberdade. Vivem as delícias do ir e vir sem dar satisfação a ninguém. Mas, mesmo entre eles, há momentos em que o companheirismo de uma relação estável faz falta. O assessor Guilherme Martins, 24 anos, está no grupo. “A minha geração se vê muito livre e tem até medo de se envolver e perder essa liberdade. A vantagem é poder ir a qualquer lugar, a qualquer momento, sem precisar avisar ninguém. A desvantagem é o lado emocional. Chegar em casa e não ter ninguém para contar algo que aconteceu e você não quer dividir com amigos ou com a família”, avalia Guilherme.
Em relação ao gênero, a pesquisa de 2013 revelou que a diferença é equilibrada. Naquele ano, dos solteiros, 50,6% eram mulheres e 49,4%, homens. Aos 45 anos, Cláudio Pinheiro diz ser o “solteirão”. Pratica esportes, frequenta academia e adora shows de rock. Na balada, Vapor barato, do Rappa, é uma das preferidas. Ele mora no Gama, a sexta cidade com o maior número de solteiros em relação aos casados — dos 120.514 habitantes, 50.944 (42,27%) estão “sozinhos”. Cláudio não sabia da pesquisa, mas confirma que a cidade é terreno fértil para quem quer encontrar alguém só para curtir ou, quem sabe, algo mais sério. “Tem muita gente só na balada ou mesmo no meu ciclo de amigos”, diz. O namoro mais longo durou seis anos e terminou com o desgaste da relação. Desde então, já se passou uma década sem que ele engatasse uma história duradoura. Nesse período, se dedica ao que mais gosta: ciclismo, academia e shows. “Tem sido uma fase boa. Se o cara é responsável, goza dessa liberdade por muito tempo, e ela é muito relaxante. Mas esse negócio de ficar solteiro o resto da vida, no fundo, no fundo, não existe: o cara quer ter alguém. Já está mais que na hora de eu arrumar alguém”, afirma.
Sem grude
Analista de sistemas Marcos Thiago Teodoro Gondim, 26, está solteiro há um ano e não pretende se amarrar a alguém por enquanto. Na balada sertaneja, o hino é Solteiro sim, de Humberto e Ronaldo. Mesmo sem querer vínculo amoroso, Marcos faz mimos reservados aos românticos incorrigíveis. “Quando estou com alguém, ainda que seja uma ficante, gosto de levar em casa, fazer um jantar. E, como moro sozinho, algumas confundem, achando que podem dormir, passar o fim de semana. Não gosto disso”, conta.
Mas há exceções. A estudante Carla Ingrid Oliveira Miranda, 20, não vive um relacionamento sério há quase um ano. “Estou livre, leve e solta. Não quero que me ligue no dia seguinte e também não quero ligar para ninguém. Se o cara liga e foi legal, a gente até marca um segundo encontro”, diz. O que a atrai na solteirice é o mesmo que encanta os homens: não dar satisfação a ninguém. Após três anos de namoro, a analista de recursos humanos Yasmine Feitosa Abrão, 23, não quer nada sério.
Fonte: Correioweb
Semanalmente, Esther Perel escuta os segredos vividos entre quatro paredes por casais de 15 países. Especializada em terapia de casais e sexualidade, a psicóloga belga vive na cosmopolita Nova York, nos Estados Unidos, fala nove idiomas e entende, como poucos, a linguagem do corpo.
Quando o assunto é intimidade e desejo sexual, Perel destaca-se por falar uma língua bem diferente da maioria dos seus colegas de profissão. Para ela, a insatisfação sexual no casamento não é um reflexo da falta de amor, como pensa a maioria dos psicólogos. Ela vê muitas provas disso chegarem ao seu consultório: casais que se dão muito bem, obrigado, mas que já não fazem sexo.
Na era moderna, o desejo sexual, segundo a psicóloga, sofre de um dilema: no novo modelo de união amorosa baseado no livre-arbítrio, em que o parceiro ou a parceira é o melhor amigo e confidente, é possível manter acesa a chama do erotismo? Para sempre?
Nesta conversa franca com a PLANETA, Esther Perel fala sobre a flexibilização do casamento, a monogamia, a fidelidade e sobre o seu best-seller internacional, que porta, desde o título, uma definição do problema vivido, desde sempre, nos relacionamentos: Sexo no Cativeiro (Editora Objetiva, 2007). Como terapeuta da intimidade dos casais, ela não está disposta a aceitar tabus históricos.
Por que as pessoas estão se divorciando mais do que nunca?
Porque a mulher pode ir embora. O aumento da taxa de divórcio corresponde ao aumento da independência econômica da mulher e às mudanças nas leis. Nos últimos 40 anos, a mulher deixou de ser possessão do homem, assim como os filhos. Elas passaram a ficar protegidas depois do divórcio, passaram a poder ter a guarda dos filhos, surgiu o divórcio consensual e deixou de existir a lei do adultério, por exemplo. Ao mesmo tempo, o divórcio prolifera porque nunca tínhamos posto tantas expectativas no parceiro como fazemos hoje. Nunca tínhamos investido tanto no amor e no sexo como hoje. E nunca tínhamos nos divorciado tanto por falta de amor e de sexo, como hoje.
Quando o amor e o sexo ganharam tanta importância no casamento?
O casamento era um arranjo econômico. Não tinha muito a ver com amor. O amor podia se desenvolver, ou não, mas não era condição para se casar. Primeiro, introduzimos o amor no matrimônio criando o modelo romântico do amor ideal no fim do século XIX. Com isso veio a ideia de que o casamento é fruto do livre-arbítrio: devemos casar com a pessoa que amamos e isso é uma decisão individual. O sexo para elas entrou depois, por três portas. A primeira foi a democratização da contracepção: pela primeira vez, separou-se o sexo da reprodução. Antes disso, não se podia falar da sexualidade da mulher. O sexo era só um dever e não um prazer, não estava ancorado num desejo. A segunda porta foi aberta pelos gays, que, pela primeira vez na história, definiram um conceito de identidade sexual. Nesse conceito, o sexo não é apenas orientação sexual nem condição biológica, mas um projeto de autodefinição de si mesmo que integra nosso desejo de ser feliz. A terceira porta foi a conexão entre felicidade matrimonial e satisfação sexual: o sexo agora é parte da satisfação matrimonial. Todas essas mudanças aconteceram ao mesmo tempo, nos últimos 30 anos, no Ocidente, é claro.
O que mudou na dinâmica dos relacionamentos?
Hoje queremos do nosso parceiro, ou parceira, o que sempre quisemos: estabelecer família, ter filhos, apoio econômico, status e respeito social. E também queremos que seja um eterno apaixonado, amante, confidente e amigo. Tudo. Quero poder confiar no outro, ser sua melhor amiga e também quero fazer amor com ele. Quero tudo de uma única pessoa. Quero me sentir especial para você, ser a única, indispensável e insubstituível – e sempre! Isso me dá sentido e ajuda a transcender a solidão. Não é pouca coisa. Ainda por cima, vivemos duas vezes mais tempo do que antes. Hoje é comum buscarmos em uma pessoa o que antes uma comunidade inteira proporcionava: o sentimento de ter apoio, pertencimento, continuidade e identidade.
Homens e mulheres buscam tudo isso?
Sim. Eu vejo também em casais homossexuais. Tem a ver com os papéis assumidos e não com o gênero. Mas as mulheres têm mais permissão para ter medo do que os homens. Os homens se escondem atrás do medo das mulheres. A maioria dos homens casa de novo e de novo, o tempo todo. Eles, em geral, são muito mais felizes casados do que sozinhos. A qualidade de vida de um homem aumenta quando casado – ela cuida da comida, da casa, o leva ao médico, etc. O casamento convém muito mais ao homem do que à mulher.
Como surgiu a ideia de fazer um livro sobre as expectativas que depositamos nos parceiros?
Sempre se acreditou em problemas sexuais como consequências de problemas de relacionamento. O que vejo são muitos casais que se dão muito bem, que têm um bom relacionamento, boa comunicação, cumplicidade e intimidade, mas sofrem de falta de desejo. Então me interessei pela crise de desejo nos casais. O que significa essa falta de desejo e o que se pode fazer em relação a isso? Escrever sobre gente que não se dá bem e não quer ter relação sexual não é tão interessante. Quero entender por que tanta gente que se ama não se deseja, às vezes. Qual é a diferença entre amar e desejar? Podemos desejar o que já temos? Por que alimentar o amor e a intimidade não propicia desejo sexual? É essa dialética perturbadora que me interessa. Reconciliar a dupla necessidade que levamos aos parceiros: necessidade de encontrar uma relação comprometida, segura e estável e, ao mesmo tempo, buscar a novidade, o desconhecido, o mistério, a aventura e o arrebatamento. Que a mesma pessoa seja familiar e desconhecida, previsível e surpreendente, que me estabilize e me perturbe. Como reconciliar essas demandas humanas diferentes e, às vezes, opostas? Esse não é um problema que se resolve com técnicas ou com brinquedinhos. É um paradoxo que temos de administrar.
Dessa negociação complexa surgem novas formas de união?
Todas as formas novas de união são negociações para lidar com esse paradoxo. Estamos todos tentando manter um relacionamento estável, comprometido e de longo prazo, e procurando a realização pessoal, a felicidade e a satisfação sexual. Todos os modelos procuram dar às pessoas segurança e proteção sem ser enfadonhos e previsíveis. É algo que se cultiva e se explora juntos. Como desenvolver ao mesmo tempo um espaço erótico? Como entender que as leis da cozinha não sejam as mesmas da cama? Como entender que as regras da democracia não funcionam sempre tão bem no campo erótico? Trata-se de uma exploração, realmente, mais do que uma negociação.
As pessoas ainda buscam uma relação de longo prazo?
Acho que o ideal romântico ainda tem muito poder. As pessoas podem até saber que quando se casam não é para toda a vida, mas ainda esperam que seja. A realidade é outra coisa. Continua-se a buscar um ideal. A realidade mudou, mas as aspirações não. O modelo mágico sempre existiu, toda a literatura está escrita em volta desse modelo, mas ele não era parte do matrimônio. O romantismo sempre existiu. O casamento é que virou uma expressão romântica, baseada na confiança, na lealdade, na fidelidade e na intimidade. Isso é que é novo.
As pessoas negociam conceitos de fidelidade e monogamia?
A monogamia mudou de sentido. Antes, monogamia era ter uma pessoa na vida; agora, é ter uma pessoa de cada vez. Monogamia não tinha nada a ver com amor, tinha a ver com patrimônio e sucessão. Em toda a história, ela sempre foi imposta às mulheres – para saber de quem eram os filhos e para onde ia a herança. Os homens nunca foram monógamos. A monogamia mudou de sentido quando o casamento mudou de sentido. O casamento passou a ser um arranjo amoroso e a monogamia passou a ser parte disso. Agora que chegamos ao casamento não monógamo, a fidelidade por sexualidade exclusiva virou a melhor maneira de dizer “eu paro por aqui” ou “com você vou ter uma relação de exclusividade”. A exclusividade é algo que escolho por escolher você em um momento da minha vida.
O conceito de fidelidade mudou?
Sim, está mudando. Estamos desenvolvendo novas concepções de monogamia que os homossexuais já conheciam desde o princípio, a ideia de lealdade e de compromisso emocional a uma relação primária de respeito e de amor, mas que não são necessariamente inclui fidelidade ou exclusividade sexual. Até então, a ideia principal era a de que a monogamia se manifestava pela exclusividade sexual. O interessante é que para muita gente a fidelidade sexual é mais fácil de se manter. Fidelidade e monogamia não eram negociáveis. Só se negociava nos momentos de crise, depois de uma infidelidade. Ainda é um tema muito delicado, um tabu, porque é como negociar o modelo romântico. Mas isso está mudando diante de nós, pelo mesmo motivo que antes não era possível ter relações sexuais pré-matrimoniais ou depois do divórcio. Temos novas fronteiras. Não é a primeira vez que renegociamos fronteiras.
Estamos vivendo um momento de mudanças?
Sempre é assim. Quando passamos a ter métodos contraceptivos, não sabíamos aonde íamos parar. Quando começaram as fertilizações in vitro, também não sabíamos. Quando surgiu a possibilidade de receber óvulos de outras mulheres, idem. Acho que temos mudanças de momentos, mas elas não mais revolucionárias do que as mudanças anteriores. A questão da virgindade antes do matrimônio não era uma mudança menos fundamental do que as de hoje. Basta lembrar a enorme quantidade de filhos ilegítimos que existia.
Que tipo de matrimônio tem maior possibilidade de sobreviver?
Depende das pessoas. O modelo que temos agora está fracassando, não? Nos EUA, por exemplo, 50% das pessoas se divorciam dos primeiros casamentos e 65% dos segundos. O modelo está lutando para sobreviver. A questão não é qual é o melhor, mas sim que necessitamos ter vários modelos. As pessoas vão viver mais de um modelo em suas vidas. Algumas vão ter modelos diferentes inclusive com o mesmo parceiro. A flexibilidade não é do modelo, mas de a sociedade ter vários modelos.
Você está casada há 30 anos com o mesmo marido, tem dois filhos e uma carreira. Você é um caso de casamento bem-sucedido?
A única relação duradoura é com a morte, diz um ditado um tanto amargo. Durar é ótimo e estou muito contente por ter uma relação duradoura, mas acredito que não devemos tomar a duração como símbolo de sucesso. Muita gente vem ao consultório dizendo que teria sido melhor se seus pais tivessem se divorciado, porque ficaram juntos de uma forma miserável. Durar não é um sucesso em si mesmo. É a qualidade da relação entre as pessoas que importa. Não o tempo.
Fonte: Revista Planeta
Não é novidade que um casamento infeliz pode trazer diversos problemas para a vida de uma pessoa. No entanto, agora, uma nova pesquisa afirma que manter uma relação falida pode ser até mesmo fatal. As informações são do Daily Mail.
Pesquisadores norte-americanos acreditam que o estresse causado por um casamento infeliz pode afetar seriamente a saúde física. Eles sugerem que pessoas insatisfeitas com seus parceiros podem apresentar maiores riscos de depressão, pressão alta e até mesmo doenças cardíacas. Para comprovar a teoria, cientistas da Michigan State University iniciaram um estudo. “Planejamos fornecer evidências representativas de como os casamentos afetam a saúde cardiovascular”, explicou Hui Liu, líder da pesquisa. Atualmente, uma em cada quatro pessoas norte-americanas morrem em decorrência de problemas de coração.
De acordo com Liu, o desgaste causado por um casamento infeliz pode levar a hábitos pouco saudáveis, como fumar e beber, e ainda aumentar o nível do hormônio do estresse, o que resultaria em aumento da pressão sanguínea e da frequência cardíaca. A teoria da líder da pesquisa é fortalecida por estudos anteriores, que mostram que a felicidade de um casamento bem-sucedido pode ter forte influência na saúde física.
Recentemente, uma pesquisa da University of Utah revelou que as pessoas que pensam que seus parceiros não são companheiros têm mais chances de desenvolver doenças do coração. Outro estudo descobriu que quem diz que seus maridos ou mulheres são companheiros, mas também perturbadores, apresenta níveis mais altos de calcificação das artérias. Ainda, uma pesquisa da UCLA concluiu que homens em casamentos estáveis têm ossos mais fortes do que aqueles solteiros ou divorciados.
Para Sigmund Freud, considerado o pai da Psicanálise, existem dois motivos que impulsionam o ser humano na busca da felicidade. A primeira delas visa evitar a dor e o desprazer, a segunda é experimentar fortes sensações de prazer.
Quanto ao casamento, fica cada vez mais claro que além de não oferecer proteção contra o desprazer, causa inúmeras frustrações, ressentimentos e neuroses e gera cada vez menos ingredientes de “fortes sensações de prazer.
Para nós, formatados herdeiros da cultura judaico-cristã que ainda vêem no sofrimento uma virtude, um sacrifício necessário para a expiação, viver prazerosamente não é assim tão importante. Afinal, para o cristianismo, sofrer é preciso. Será?
O fato é que somos “forçados” a nos submeter a padrões sociais estabelecidos e sacramentados, que geram e cristalizam crenças e valores com o poder de nos fazer prisioneiros de “zonas de conforto” cada vez mais insatisfatórias.
Para muitos é mais fácil viver amaldiçoando o “cativeiro” do que exercitar liberdade responsável. É mais cômodo assumir o papel de vítima do que reescrever o roteiro da própria história. Assim, a grande maioria prefere permanecer fiel a falidos padrões, mesmo que isso signifique um insano prolongamento de sofrimento, a escolher enfrentar os conflitos oriundos de uma construção existencial, alternativa, desvinculada e autônoma.
De todas as espécies, a humana é provavelmente uma das que mais facilmente se deixa domar além de se autodomesticar. Lembro,
quando criança, de meu pai dizendo: “se o cavalo soubesse da força que tem não se deixaria domar”. O problema é que a espécie humana também desconhece sua força, seu direito a liberdade, autonomia, pois com facilidade submete-se aos mais variados condicionamentos.
Não obstante os recorrentes argumentos sociais e religiosos objetivando glorificar e perpetuar o “sagrado matrimônio”, nos moldes tradicionalmente aceitos, o fato é que, segundo dados do Censo Demográfico de 2010, há cada vez menos gente dividindo o mesmo teto. São mais 6,9 milhões de
“famílias uni pessoais”, como diz o jargão do IBGE. Em números absolutos, São Paulo é o estado com maior número de pessoas nessa condição e Santa Catarina é o estado com maior percentual de mulheres morando sozinhas. Nos últimos 20 anos, triplicou o número de brasileiros que vivem sem companhia. A família tradicional, com pai, mãe e filhos, está cada vez mais rara no Brasil. A estimativa é que até 2016 chegue a 12 milhões de indivíduos morando sozinhos.
É obvio que tal tendência resulta da conjunção de vários fatores; entretanto, diante das transformações, oportunidades e desafios da sociedade atual, a vida a dois, numa relação estável, torna-se cada vez mais difícil de ser suportada. Até bem pouco tempo, quem não se casasse estava predestinado a uma vida infeliz, além de tornar-se alvo de discriminação que atingia homens e mulheres. No caso das mulheres, a situação era ainda mais grave, pois lhes faltava possibilidade de auto-sustentação. Para a mulher, não casar e não ter filhos era, ainda, sinal de maldição. Em uma sociedade onde a maioria das pessoas permanecia casada por toda a vida, estes “desajustados” desgarrados eram vistos, em vários sentidos, como uma ameaça aos casais.
Atualmente, os que vivem sozinhos gozam de respeito social e são até alvos de inveja da maioria dos casados que, por temerem novas formas de viver, suportam o casamento que lhes restringe a liberdade e lhes impõe incontáveis sacrifícios. Não há dúvida, de que a qualidade de vida das
pessoas solteiras atualmente é bem melhor do que a que observamos na maioria dos casados.
O casamento continua sendo um jogo de interesses, uma insana busca de suprimento de carências pessoais. Transfere-se para o
parceiro a responsabilidade de ser feliz em si mesmo. Busca-se o casamento, a união estável, crendo que as carências de aconchego, de segurança, de
felicidade ou garantia contra a solidão podem ou devem ser supridas pelo outro. O que o casamento proporciona hoje, com raríssimas exceções, é um modo de vida repressivo e insatisfatório. Não são poucos – homens e mulheres – a experienciar a mais amarga solidão: aquela que se tem na companhia de alguém.
Há muito que o casamento deixou de significar um vínculo divino, uma aliança entre duas famílias ou uma união econômica, situações que durante muito tempo justificaram sua existência. Longe de se tornar uma fonte de abastecimento espiritual, emocional, mental e relacional transformou-se em um deposito de frustrações, disputa, ódio, agressividade, desrespeito, ressentimentos e mágoa.
Admitamos ou não, a família tem se tornado cada vez menos necessária para a sobrevivência da espécie. No casamento e na família vivemos
sob a força de necessidades, crenças e valores que, na prática, não mais existem. Há muito deixamos de ser uma sociedade rural e agrícola na qual seu modelo e valores faziam sentido e eram realmente relevantes. Hoje a realidade é urbana. A necessidade de segurança buscada nos clãs e nas famílias numerosas há muito deixou de existir.
Quanto aos filhos, as cidades não constituem ambientes saudáveis para a criação de filhos e nem deles os casais precisam, pois longe de trazer benefícios – como na realidade rural – trazem ansiedade, preocupação, gastos e muito aborrecimentos. Investe-se pesado na criação dos filhos para entregá-los prontos para o mercado do trabalho, sem qualquer esperança de retorno para os respectivos pais. Nem mesmo a garantia de serem dignamente cuidados pelos filhos na velhice existe.
O casamento, a união estável, pode ser uma grande aventura sim para quem já aprendeu a se aventurar sozinho. Para quem possui auto-estima elevada, para quem desenvolveu e preencheu sua individualidade na individuação. Para quem sabe que a realização, a felicidade é algo que trazemos dentro de nós e que jamais deve ser buscada em alguém fora de nós. O casamento pode ser interessante se aprendermos a dialogar com nossos sentimentos e pensamentos a ponto de desenvolver um conhecimento profundo de nós mesmos, o que nos leva a compreender o parceiro(a).
Um casamento, uma união estável, uma vida em comum para ser satisfatória precisa ser buscada por prazer e não por necessidade. Os direitos de cada pessoa precisam estar garantidos: direito de independência financeira, de locomoção, de querer ficar só, direito de opinião, de ter outros anseios sexuais, de cultivar amigos em separado, direito de falar de si e direito de se calar.
O casamento é necessário? Se você não tem necessidade, não se sente carente, sente-se completo e feliz em si mesmo, pode ser até uma boa idéia…
O ciúme é encarado normalmente como uma forma saudável de demonstração de amor, mas quando se torna exagerado, pode até se transformar em doença. Para os especialistas, uma pessoa que desenvolve um sentimento possessivo pelo parceiro certamente pode estar sofrendo de um distúrbio obsessivo.
Para a psicóloga Salete Monteiro Amador, o sofrimento e ciúme descontrolados provocam não apenas dores psicológicas, mas também físicas, já que nesses casos é comum a prática da violência corporal. Ela explica que o fato de ter presenciado na infância, uma relação conflitante dos pais ou casais próximos, só favorece a forma distorcida de como as pessoas se relacionam com o companheiro.
A pessoa que sofre com ciúmes pode ter uma personalidade obsessiva compulsiva que possui um padrão característico de sintomas que precisam ser observados, já que existe uma exagerada preocupação com asseio, perfeccionismo, controle mental e interpessoal.
Para a psicóloga, o ciúme exagerado pode se originar no comportamento do parceiro que não transmite confiança ou parte da própria pessoa que se sente insegura e encara qualquer fato que fuja da rotina como uma ameaça à relação. Os principais indícios da doença são a tristeza, depressão, raiva, o sentimento de impotência e a baixa autoestima.
Uma das consequências do ciúme doentio é o isolamento social, que acontece quando o casal decide não sair de casa e nem se relacionar com outras pessoas que possam representar ameaça. Nesse momento, é fundamental buscar atendimento profissional antes que o quadro evolua para depressão crônica, tornando ainda mais complexa a cura do ciúme e necessitando de outros tipos de cuidados médicos relacionados à depressão.
Salete Monteiro Amador recomenda a psicoterapia como alternativa principal para vencer a doença. No método mais simples, é preciso resgatar e localizar a origem do ciúme, tentar descobrir o que influenciou na mudança da relação e além de ajudar os pacientes a recuperar a autoestima. A psicoterapia busca reforçar os laços que uniram o casal para buscar novas formas de diálogo e ajudar a recuperar a confiança entre os dois.
Na visão da psicóloga Olga Tessari, quando uma pessoa se deixa dominar pelo ciúme, ela coloca de lado tudo o que lhe dá prazer, tudo o que é bom no seu relacionamento e passa a espionar, espreitar, buscando fatos e coisas que provem a infidelidade do outro: um olhar diferente, um nome desconhecido, um telefonema, um bilhete, um pequeno atraso. E quando isso acontece, a tendência é tentar exercer controle sobre todos os passos da pessoa amada.
Para Olga Tessari, alguns sintomas mostram o caminho para se tornar vítima do ciúme exagerado.
– não aceitar que o parceiro faça um programa (com amigos, por exemplo) sem a sua companhia;
– mexer nas coisas pessoais do seu parceiro (gavetas, armários, pastas, bolsos, carteira, celular, etc…);
– sentir a necessidade de saber sempre onde o outro está. Ligar para casa dos amigos para confirmar a sua presença ou aparecer no local;
– preparar armadilhas. Pedir a alguém que se insinue ao seu parceiro para ver qual a reação dele;
– desconfiar de tudo e de todos.
O ciúme nunca aparece sozinho. Surge sempre acompanhado por medo (de perder a pessoa amada), baixa autoestima, insegurança e desvalorização de si mesmo. Vale dizer que pessoas seguras de si, de seu valor, costumam lidar bem com o seu ciúme, não se deixando levar por ele.
Atualmente, 1.370.536.875 pessoas vivem na China, incluindo Hong Kong, Macau
e Taiwan. Embora 1 bilhão pareça um número gigantesco, o país começa a se
preocupar. Na última década, a população cresceu 5,8%, índice baixo comparado
aos outros anos. De acordo com o Bureau Nacional de Estatística da República da
China, a população também envelheceu, pois a proporção de jovens abaixo dos 14
anos caiu para 16% em relação ao total de pessoas, ao passo que a proporção de
idosos de mais de 60 anos aumentou 3%. A taxa de fecundidade está entre 1,7 e
1,8 filho por mulher – quando 2,1 é o mínimo para recompor a população.
Já em 2025, o crescimento populacional chinês começará a ser negativo,
segundo as Nações Unidas. “A China é muito grande e há muitos anos vem mantendo
a política do filho único, uma legislação que obriga os casais a ter apenas um
filho. Além disso, por razões culturais, os filhos homens são preferidos.
Resultado: o país será prejudicado em termos de reprodução da população devido à
falta de meninas”, afirma Margareth Arilha, pesquisadora de saúde reprodutiva do
Núcleo de Estudos de População da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
Em boa parte da Ásia, as meninas são vistas como membros que não trazem
benefícios à família, do ponto de vista econômico, social e cultural. É o homem
que dá procedência à linhagem do nome, assume a chefia da casa e é responsável
pelos mais velhos. Embora a desproporção entre nascimentos de homens e mulheres
chineses tenha diminuído, ela continua alta: para cada grupo de 100 mulheres, há
105,2 homens.
Europeias individualistas
O casamento ainda é o modo mais popular de criar filhos na Ásia e no mundo, por enquanto. Apenas 2% dos nascimentos acontecem fora do matrimônio no Japão. Já em países europeus, como a Suécia, 55% dos bebês são de mulheres não casadas. Na Islândia, a percentagem atinge 66%. Atualmente, há 83 países com taxas de fecundidade abaixo do nível de reposição. Os casos mais graves são Bósnia, Malta, Hong Kong, Portugal, Áustria, Cingapura, Romênia, Coreia do Sul, Polônia, Ucrânia, China e Japão.
Indonésia: casamento? Sim, por
favor.
Como é previsível, onde a desproporção entre o número de homens e o de mulheres é alta, em algum momento, faltarão esposas. Outro fenômeno é o casamento tardio, recorrente na Ásia Oriental. Apesar de ser uma tradição cultural forte, muitas mulheres não têm pressaem se casar e algumas não fazem mais tanta questão de se unir a homens da mesma nacionalidade.
Segundo o Instituto de Pesquisa da Ásia, em Hong Kong e nas cidades mais
ricas do Japão e da Coreia do Sul, a idade média do casamento varia entre 29 e
30 anos para mulheres e 31 e 33 anos para os homens. Já no Ocidente, a média
abaixa para 26 anos para mulheres e 28 para homens. É cada vez mais comum a
jovem asiática optar por não se casar. Vinte por cento dos japoneses entre 20 e
27 anos afirmam que não sabem se querem a união. Dos jovens norte-americanos
dessa mesma faixa etária, apenas 5% não desejam o matrimônio e outros 5% não se
decidiram.
Um dos fatores decisivos da opção pela vida solteira é que os jovens
orientais não veem vantagens no casamento, uma vez que muitos dos casados estão
insatisfeitos. Pesquisas do East-West Center (EUA) revelam que os casais
norte-americanos apresentam maior satisfação com o matrimônio do que japoneses e
sul-coreanos. Acredita-se que isso se justifica pelo fato de os ocidentais terem
uma visão pragmática do divórcio: eles se separam com facilidade se são
infelizes no casamento.
O número de divórcios subiu nos países da Ásia, mas esse é mais um motivo
para os jovens não casarem. Um em cada cinco casamentos no Japão, na Coreia do
Sul e na China termina em separação. “Nessas sociedades, o risco de divórcio
pode dar mais motivação às mulheres solteiras a investir em boa educação e na
carreira em vez de se casar cedo”, afirma o estudo do East- West Center. Outra
diferença marcante é que, entre os asiáticos, quase não há união sem casamento
civil ou religioso. No Japão, apenas 5% das mulheres entre 25 e 29 anos e 8% das
com 30 a 34 anos moraram com seus companheiros.
Maridos machistas
Educação, carreira e custo de vida alto são fatores que contribuem para a inserção e permanência da mulher no mercado de trabalho. Na volátil situação econômica atual, elas desempenham papel importante no sustento da casa. Apesar de o homem ganhar mais, algumas despesas já são responsabilidade delas. Nesse cenário, também precisam cuidar da casa, dos filhos e dos idosos – o que as feministas denunciavam como “dupla jornada de trabalho”.
Os maridos asiáticos ajudam menos as mulheres do que os americanos. Não por
acaso, com todas as tarefas extras, elas preferem não casar. No Japão e na
Coreia do Sul, o processo seletivo para instituições de ensino é competitivo
desde os primeiros anos. Boas escolas e notas no currículo escolar garantem boas
universidades e um futuro promissor. Além disso, as sociedades valorizam o
ensino rigoroso e disciplinado. Compete às mães o papel de ajudar os filhos com
a lição de casa e, muitas vezes, de pagar cursinhos, que podem ser mais caros do
que o colégio.
“Os abortos seletivos foram adotados por ‘grupos pioneiros’, mais ricos, que
tinham acesso a tecnologias como ultrassonografia, como solução para reduzir o
número de crianças e maximizar a probabilidade de ter pelo menos um filho
homem”, explica Christophe Z. Guilmoto.
De acordo com o relatório do East- West Center, a mudança do papel e do
comportamento da mulher tem implicações nas áreas de saúde, planejamento
familiar, trabalho e sistemas de suporte para os mais velhos. O casamento tardio
é um dos fatores da baixa taxa de natalidade no Japão, na Coreia do Sul, em
Taiwan e em Cingapura. Os governos asiáticos agora precisam investir em
políticas públicas para facilitar a maternidade.
As controvérsias da desigualdade entre gêneros, entretanto, permanecem. Em
alguns países asiáticos os homens preferem mulheres que tenham menor grau de
instrução que eles. Em Cingapura, o número de mulheres solteiras graduadas é
enorme. Um terço das mulheres de 30 a 34 anos que frequentaram universidades não
casam.
Japão: casamento? Não,
obrigado.
Brasileiras disponíveis
O Brasil, felizmente, ainda não corre o mesmo risco da Ásia. Há mais mulheres que homens, precisamente 96,9 homens para 100 mulheres. Essa proporção tende a se manter nos próximos 90 anos. Segundo as Nações Unidas, o crescimento da população brasileira só deverá ser negativo a partir de 2035. Mesmo assim, não há o que temer, pois pela projeção, a taxa de fecundidade tende a subir de 1,8 filhos por mulher, em 2010, para 1,96, em 2100.
Os pesquisadores Paula Ribeiro, da Universidade Federal de Minas Gerais, e
Joseph Earl Potter, da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos,
argumentam, na Revista Brasileira de Estatística e População, que o
Brasil se diferencia dos demais países com taxa de fecundidade abaixo dos 2,1
filhos do nível de reposição. Enquanto que os europeus têm filhos cada vez mais
tarde, aqui, a fecundidade entre adolescentes ainda é alta.
Os autores chamam a atenção para a taxa de fecundidade declinante dos últimos
anos, em especial entre a população mais pobre. “O fato de estar caindo tão
drasticamente entre as mulheres pobres e pouco escolarizadas sugere que os
fatores socioeconômicos não são suficientes para entender a fecundidade abaixo
do nível de reposição do Brasil”, escrevem os pesquisadores.
Paula e Potter sugerem que os ideais femininos e instituições como a igreja e
a mídia contribuíram para o padrão de reprodução. A questão de se manter virgem
até o casamento já perdeu a força e as jovens iniciam sua vida sexual cada vez
mais cedo. Elas encaram a separação com mais naturalidade, caso o marido seja
violento, por exemplo. Apesar dessa nova perspectiva, muitas frequentam a igreja
e tentam por em prática os valores religiosos, mantendo resquícios da cultura
passada.
Mesmo com muitas mães adolescentes, a fecundidade brasileira está mudando.
Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a
maternidade entre jovens de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos caiu,
respectivamente, de 18,8% e 29,3%, em 2000, para 17,7% e 27%. Já a fecundidade
entre mulheres acima dos 30 anos subiu de 27,6% para 31,3%.
O Brasil está se aproximando do padrão reprodutivo dos países desenvolvidos.
As jovens atuais, ao contrário das mulheres da geração anterior, já não almejam
muitos filhos. As brasileiras urbanizadas preferem ter um ou dois para lhes
garantir mais oportunidades na vida. O aumento da fecundidade acima de 30 anos
pode ser evidência de que, como as europeias, elas estão adiando a maternidade
em prol da carreira.
No início do julgamento, na última quinta-feira, quatro ministros votaram a favor do pedido. O ministro Março Buzzi, último a votar, pediu vista. Ao apresentar seu voto na sessão desta terça-feira (25), Buzzi levantou um questão de ordem recomendando que o caso fosse levado a julgamento na Segunda Seção, que reúne os ministros das duas Turmas especializadas em direito privado.
Por maioria de votos, a questão de ordem foi rejeitada. Prosseguindo no julgamento do mérito, o ministro Buzzi acompanhou o voto do relator, ministro Luis Felipe Salomão, dando provimento ao recurso.
O ministro Raul Araújo, que já havia acompanhado o voto do relator, mudou de posição. Ele ponderou que o caso envolve interpretação da Constituição Federal e, portanto, seria de competência do Supremo Tribunal Federal (STF). Por essa razão, ele não conheceu do recurso e ficou vencido.
Pesquisa realizada pelo SESC e pela Fundação Perseu Abramo concluiu que nós estamos traindo mais nossos parceiros, principalmente, como vingança por termos sido traídas antes.
Entretanto, no livro “Por Que Os Homens E As Mulheres Traem?”, da Antropóloga Miriam Goldenberg, em cuja pesquisa há o índice de 47% do total de mulheres que traem, defende-se a tese de que a mulher trai porque tem desejo mesmo por outro homem.
Outros motivos apontados na pesquisa para trair o parceiro são a carência afetiva, quando a mulher acha que não tem a atenção suficiente do marido ou namorado, a insatisfação sexual, o casamento de fachada, a violência doméstica, a falta de carinho e afeto e a certeza ou desconfiança de que está sendo traída.
A pesquisa da Fundação também ouviu homens, que confirmam sua tendência de traírem e seguem defendendo a ideia de que desejo e amor são coisas totalmente diferentes. A Psicanalista Regina Navarro apoia esse ponto de vista de que, se as pessoas soubessem separar ambos os sentimentos, não haveria cerca de 80% do total de casamentos mal-sucedidos. Segundo ela, com essa abertura de pensamento, dando espaço ao chamado poliamor, a tendência é que se expandam as formas de relacionamento amoroso, com relações mais abertas, em que a exclusividade não seja mais essencial.
Amigo leitor, se a separação é inevitável, seja por traição, ou por algum dos motivos citados acima, é preciso saber lidar com essa nova fase da vida. Para isso, algumas dicas são válidas, como não aceitar que o casal desfeito siga morando na mesma casa, nesta, retirar fotos e objetos que lembrem o ex, mudar os móveis e as cores das paredes, para dar aparência de vida nova, sair com amigos e parentes, utilizar as redes sociais para fazer novos contatos, frequentar academias e salões de beleza, para cuidar da aparência, presentear-se com algum mimo, como uma roupa nova, fazer cursos, viajar e passear, enfim, fazer tudo o que lhe trouxer energia positiva, pois assim, de certo, logo vai atrair uma nova pessoa para compartilhar sua vida.
Prezado Leitor, se você é uma pessoa solitária, quer desabafar ou deseja uma opinião fraterna e desinteressada sobre algum problema que o aflige, escreva-nos carta para o endereço informado no rodapé do site, ou, se preferir, mande e-mail para grandefraternidadebranca @terra2012.com.br.
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