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Palavra-chave: bullying

Bullying: você concorda com a punição dos pais pelas atitudes dos filhos?

29/02/2012

 

 A Justiça em Ponta Grossa, a 120 quilômetros de Curitiba, condenou os pais de duas adolescentes ao pagamento de R$ 15 mil como indenização por danos morais, em razão de as meninas terem se apossado da senha do Orkut de uma colega e colocarem fotos e mensagens depreciativas. O fato aconteceu em 2010 em um colégio particular da cidade. O processo corre em segredo de Justiça e, tão logo seja dado conhecimento da sentença, as  derrotadas podem recorrer ao Tribunal de Justiça.

 

De acordo com o advogado Carlos Eduardo Martins Biazetto, que defende a família da menina ofendida, na época elas tinham de 12 para 13 anos. Além da própria menina, seu irmão, na época com oito anos, também foi incluído na ação, por igualmente ter sido alvo de chacotas na escola. “Com a mudança de senha, elas dominaram a página e escreveram ‘abobrinhas’ impronunciáveis”, afirmou Biazetto. “Eram palavras de baixíssimo calão, pornografia pura.”

 

Segundo ele, a adolescente não tinha costume de entrar frequentemente na rede social e nem se importou quando tentou acessar o Orkut algumas vezes, mas não conseguiu em função da alteração de senha. Nesse período, começou a haver comentários ridicularizando a menina, que passou a ficar muito nervosa e não queria mais ir à escola. Cerca de um mês depois das postagens, uma professora percebeu as mensagens e fotos estranhas quando foi mandar um aviso pela internet. Foi ela quem alertou os pais, que colocaram a polícia para investigar.

 

No entanto, a identidade das colegas que tinham violado a página virtual da adolescente somente foi revelada porque elas teriam comentado entre si, mas a conversa foi ouvida por uma terceira que contou à professora. Levadas à direção, elas acabaram confessando. De acordo com o advogado, os pais foram chamados, mas relevaram a questão, alegando que era “coisa de criança”. “Mas as ofensas eram graves”, destacou Biazetto. “A menina ficou extremamente constrangida, teve de mudar de escola e faz tratamento psicológico até agora.”

 

Para ele, a sentença judicial deve servir também como alerta aos pais. “Que eles não se eximam disso, que acompanhem os filhos nas redes sociais”, disse. Segundo o advogado, nesse caso os pais da adolescente são pessoas serenas e procuraram a via judicial, ao invés de partir para a agressão. A sentença estipulou R$ 10 mil para a menina e R$ 5 mil para seu irmão. “Mas valor nenhum paga o que sofreram, e a gente ainda não sabe as consequências futuras”, acentuou Biazetto.

 Fonte: Youtube

Assédio moral e bullying: denuncie!!!!!!!!!!!!!

23/07/2011

Assédio Moral – Uma nova violência cotidiana

 Já ouviu falar de empresa que força funcionários a vestir chapéu de burro por mal desempenho? Ou que isola o funcionário para forçá-lo a pedir demissão? E aquele chefe que pede metas confusas e contraditórias – e depois “desconta” no funcionário? São diferentes tipos de Assédio Moral no trabalho.

 O Assédio Moral guarda estreita relação com o Bullying e com o Cyber-Bulliyng, eis que todos atacam a dignidade da pessoa vitimada. O Assédio Moral é vil e pernicioso justamente por atacar a dignidade da pessoa humana!!!

 Assediar significa cercar, rondar, sitiar. Daí, já percebemos que para se tratar de assédio moral é preciso que fatos ocorram continuadamente, e não seja apenas um incidente isolado.

 Ou seja, uma briga e chamar de burro é uma ofensa, mas não assédio. Esta é uma característica essencial do assédio: ele cerca, cerca, mas não se esgota. Prolonga pelo tempo, como uma corda de violino esticada ao extremo, sempre prestes a romper. Esta situação debilita a vítima, que passa a acreditar nos argumentos do assediador e passa a se questionar sobre sua capacidade, e sobre a imagem que terceiros têm dela.

 Então, temos já 3 tipos de atores no assédio moral: o agressor, a vítima e os “by-standers” – a “platéia”.

 O agressor é aquele que busca maliciosamente a agressão continuada e camuflada, a conta-gotas, para que a vítima caia em sua “teia” e assim sofra com a situação. Os “by-standers” apenas observam a situação, por vezes rindo de deboches do agressor, o que legitima a posição dele sobre a vítima. Alguns “by-standers” pensam “melhor que peguem a vítima para Cristo do que eu”. Outros são perversos como o agressor e se satisfazem com o sofrimento alheio, transformado a situação em verdadeiro “mobbing”.  E “a injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à injustiça em todo lugar” (Martin Luther King – ver piada no final do post!).

mobbing Mobbing: ataque de um grupo sobre um indivíduo O Assédio Moral, assim, é um jogo sutil de atos, palavras, meneios e gestos que agride dentro do contexto que os atores se encontram, e que se fosse observado isoladamente provavelmente nem uma agressão seria.

Um exemplo simples é colocar “apelidos”. Por exemplo “loira burrinha”, “gordinho”, “escurinho”. Dito uma vez soa como uma agressão, dito todo dia é assédio moral. A prática subtrai dignidade da vítima ao diminuir sua condição ao apelido jocoso.

O assédio moral é um assunto atualíssimo, pois o Direito tem dificuldade em tratar da questão. A psicologia tem facilidade em receber as informações em terapia, mas o Direito precisa de elementos de prova para poder decidir um caso.

Neste sentido, muitos estudiosos de várias áreas têm estudado o tema, em alguns países até criando leis.

Aqui no Brasil, poucos municípios e estados têm leis específicas sobre assédio moral, e merece destaque o Projeto de Lei Federal do Deputado Aldo Rebelo n. 6.625/09, do qual reproduzimos um trecho bem ilustrativo sobre o tema:

PL 6625/09 Aldo Rebelo

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/726048.pdf

[…]

Art. 4º. Sem prejuízo do disposto no art. 3º, são ações que

caracterizam o assédio moral:

a) tratar de forma preconceituosa condições de gênero, etnia e opção sexual;

b) sonegar informações de interesse comum, de forma insistente;

c) obstruir o exercício profissional, por intermédio da retirada e sonegação imotivada de materiais e equipamentos necessários ao desenvolvimento das tarefas;

d) divulgar informações maliciosas a respeito do empregado no ambiente de trabalho;

e) apropriar-se do crédito de idéias, propostas, projetos ou de qualquer trabalho de subordinado ou de colega de trabalho;

f) valer-se de ordens e orientações confusas ou contraditórias com a finalidade de induzir empregado a erro;

g) explorar fragilidades físicas e psíquicas do empregado em qualquer momento;

h) desrespeitar limites decorrentes de condições de deficiência física e mental impondo ao trabalhador deficiente tarefas inadequadas;

i) designar para o exercício de funções triviais o empregado de funções técnicas, especializadas, ou aquelas para as quais, de qualquer forma, exijam treinamento e conhecimentos específicos;

j) transferir imotivadamente o empregado do ambiente de trabalho, turno, setor, sala ou localidade;

k) sugerir ou induzir pedido de demissão a subordinado;

l) manter o empregado em condições precárias de segurança e saúde para o exercício profissional;

m) manter o empregado em estado de ociosidade, sem prévia motivação;

n) Designar o empregado para exercer função incompatível com o cargo;

o) Utilizar, de forma maliciosa, informações sobre estado de saúde física ou mental do empregado;

Segue uma lista de livros interessantes sobre o assunto, para quem desejar se aprofundar no tema:

ASSÉDIO MORAL: A violência perversa no cotidiano
Marie-France Hirigoyen
Bertrand Brasil

ASSÉDIO MORAL: Um Manual de Sobrevivência
Ana Parreira
Russel

ASSÉDIO MORAL / ORGANIZACIONAL: Uma Análise da Organização do Trabalho
Lis Andréa Pereira Soboll
Casa do Psicólogo

 Apesar de toda a atenção que o tema recebe de estudiosos, acredito que o melhor caminho para lidar hoje com o Assédio Moral é a informação e prevenção. Ter conhecimento do que é, onde acontece, quais instrumentos o agressor possui, e o que fazer / a quem recorrer são “botes salva-vidas” neste assunto. Muito melhor evitar problemas de assédio moral do que gastar anos juntando provas e mais outros anos de desgaste em longo processo judicial…. muitas vezes, a auto-estima da vítima é reduzida a ponto de afetar permanentemente sua saúde, suas relações sociais.

Assim, a melhor defesa é a prevenção!! Os três livros indicados são excelentes, o primeiro para conceituar psicologicamente o fenômeno; o segundo como um manual prático e referência; e o terceiro como um aprofundamento nas práticas institucionalizadas de assédio moral – em especial no caso dos bancários. Quem nunca ouviu que gerente de banco tem meta para cumprir e empurra produto que você não precisa? Este livro aborda isto e muito mais … Recomendo fortemente a quem quer saber mais sobre o assunto, e também ler os livros nesta ordem. O primeiro é excelente ao conceituar o fenômeno, com casos reais, daí ser interessante ler primeiro.

Cabe ainda um alerta sobre o tema. De maneira geral, as pessoas têm uma visão preconceituosa do fenômeno, banalizando os fatos, como se o agressor fosse “forte” e a vítima um “fraco”, como se esta visão justificasse a agressão. Isto é o que o agressor busca transmitir aos “by-standers”, no maior estilo “bullying” / intimidação, mas de acordo com o livro de Marie-France Hirigoyen os agressores são “narcisistas perversos” que “sentem uma intensa inveja daqueles que parecem possuir coisas que lhes faltam, ou que simplesmente sabem extrair prazer da vida.” […] Assim, “dirigem a seguir seus ataques à auto-estima, à confiança em si do outro, para aumentar o próprio valor” (livro citado, pp. 146). Ou seja, de acordo com o livro, ambos possuem desequilíbrios, tanto o agressor quanto a vítima, que levam ao fenômeno. O agressor tem necessidade de diminuir a vítima, a vítima é propensa a cair neste tipo de ataque.

Bullying afeta quase 50% dos jovens no ambiente de trabalho, diz pesquisa

Perseguições causam problemas psicológicos e desmotivam os funcionários

A gerente de Recursos Humanos (de costas), que prefere não ser identificada, quase desistiu de uma cargo em função dos ataques e chacotas de sua equipe – Marcos Alves / Agência O Globo

— Quando viram uma mulher e, ainda por cima, mais nova assumindo o cargo, começaram logo com piadas e provocações. Falavam que eu não tinha que estar ali, mas numa passarela ou fazendo book. Comentavam que minhas mãos eram muito delicadas para entender de máquina e, quando eu ia com uma calça mais justa, ficavam comentando e dando risadinhas — recorda-se ela, dizendo que a parte mais difícil era quando menosprezavam sua inteligência. — Como ainda não tinha terminado a faculdade, faziam perguntas difíceis na frente dos outros, tentando demonstrar que eu não tinha conhecimento sobre o trabalho, e procuravam defeito em tudo o que eu fazia.

Depois de um mês passando por isso, ela quis entregar o cargo. Foi impedida por seu superiores, que acreditavam no seu potencial e reuniram a equipe para tomar as medidas cabíveis. As brincadeiras cessaram, e sua carreira seguiu em frente. Mas, nem sempre é assim.

PRÁTICA RECORRENTE

Em uma pesquisa feita com 4.909 estudantes entre 15 e 26 anos pela agência recrutadora de estágios e aprendizes Nube, 49,52% deles revelaram sofrer bullying (classificado como brincadeiras de mau gosto e perseguições) em seu local de trabalho. Muitas vezes, vindo de seus pares.

— Isso é comumente tratado como uma brincadeira, mas não é bem assim. Pode até adoecer as pessoas. E os jovens são os mais vulneráveis. É comum ter aquele colega de trabalho que menospreza a idade e a roupa dele ou o põe para buscar o cafezinho. As pessoas ainda têm muita dificuldade em aceitar quem tem menos experiência — avalia a analista de treinamento do Nube, Rafaela Gonçalves.

Segundo ela, quem enfrenta essa situação tem medo de reagir e quem pratica não se dá conta do quanto é prejudicial, ao ponto de limitar o desenvolvimento profissional e até o networking das vítimas. Além disso, como ela destaca, há uma engrenagem que precisa ser desfeita: 6,78% dos entrevistados admitiram já ter sido vítima, mas também ter praticado, indicando autodefesa.

— Percebemos, então, que se trata de algo que vai se perpetuando, como os trotes universitários — compara.

Levadas às últimas consequências, práticas assim podem interromper uma carreira. Foi o que aconteceu com a estudante de Administração Carolina Peres, de 29 anos. Ela era estagiária de uma empresa de informática e recebia investidas de sua chefe sobre sua forma física.

— Quando ficava doente, ela falava que era porque não me alimentava direito e precisava emagrecer. O tempo todo, enfatizava isso. Um dia, me viu comendo na cantina e falou ‘você realmente não consegue parar de comer. Desse jeito, vai explodir’. No dia seguinte, pedi demissão — conta.

 

EMOCIONAL ABALADO

Carolina deixou várias vezes o local de trabalho chorando e afirma que o pior era a sensação de impotência, pois não acreditava em solução.

— Fui indicada para um processo seletivo interno, mas não participei, porque não suportava mais. Não tinha clima para continuar — diz. — Isso atrapalhava meu rendimento e meu emocional.

A psicóloga do trabalho Maíra Andrade observa que, em geral, classifica-se como o bullying ofensas individuais, que partem de atitudes consideradas mais leves, como chacota ou isolamento da vítima. Mas isso também pode chegar a condutas extremas e abusivas, com uma clara configuração de assédio moral.

— O bullying pode ser o início de um assédio. Por isso, precisa ser combatido logo, para que não vire uma bola de neve e desestabilize todo o ambiente de trabalho. Às vezes, o gestor percebe apenas quando o problema já tomou uma proporção tão grande, que já afeta a vítima psicologicamente.

CADA VEZ MAIS DENÚNCIAS

O Ministério Público do Trabalho não faz a separação entre bullying e assédio moral. No Rio, só este ano, já são cem denúncias e 20 inquéritos instaurados por assédio moral e discriminação a trabalhadores. No ano passado, foram 632 denúncias e 271 inquéritos, além de 12 ações civis públicas. E a tendência é que as pessoas denunciem cada vez mais.

De acordo com a procuradora do Trabalho Luciana Tostes, integrante do Núcleo de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho do órgão no Rio, o trabalhador passou a reconhecer a prática do assédio moral, não mais o confundindo simplesmente com uma gestão empresarial rigorosa.

— As novas denúncias encaminhadas registram fatos objetivos que caracterizam o assédio, com relatos de exposição a situações humilhantes detalhadamente identificadas, vexatórias, constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante o trabalho — afirma, ilustrando com a exposição de empregados ao ridículo, como obrigá-los a dançar perante os demais colegas de forma vexatória, caso não alcance uma meta. — A partir do reconhecimento da ilegalidade desta prática abusiva, os trabalhadores passaram a denunciá-la com maior frequência.

A diretora de ética da L’Oréal Brasil, Rosmari Capra-Sales – Divulgação

Como ela ressalta, a vítima pode ser assediada por um superior, um colega de trabalho e até um subordinado.

— O Ministério Público do Trabalho tem ciência de ocorrências nas quais os trabalhadores são assediados por colegas do mesmo patamar. Porém, este tipo de denúncia não é comum, principalmente quando comparada às crescentes denúncias formuladas em face de superiores hierárquicos — diz.

 

Se tem empresa fazendo vista grossa para o problema, outras tratam o clima dentro da corporação como prioridade. A L’Oréal tem um Código de Ética em vigor há mais de 15 anos, que abrange diversas perspectivas, como concorrência leal, diversidade, privacidade e assédio. Também foi criado o canal Voz Ativa, que recebe denúncias sobre desvios de conduta observados nas equipes para interrompê-los e responsabilizar seus agentes.

TREINAMENTO E APURAÇÃO

Segundo a diretora de ética da empresa, Rosmari Capra-Sales, é possível evitar o bullying dentro do ambiente de trabalho por meio de treinamentos dos funcionários e de uma rápida apuração de casos dessa natureza.

— Dependendo do assunto, corrigimos o comportamento através de conversa, advertência, suspensão ou, até mesmo, demissão — descreve. — Na medida em que não haja aderência ao valor “respeito”, os colaboradores entenderão que o jogo pode ser feito da maneira que lhes convierem e isso é ruim para os negócios.

Fonte: O globo

O que preocupa é justamente o vazio pessoal levar o agressor à inveja e assim ao assédio, num mundo contemporâneo onde muitos prezam o “ter para ser”, as coisas privadas, as aparências, obviamente deixando de lado necessidades humanas e sociais, o que acaba por levar aos sentimentos de inveja ao ver outro que não liga para o “ter para ser” e consegue ser feliz e realizado desta maneira. Ou seja, não é difícil encontrar ambientes onde apenas é socialmente permitido ser como verdadeiramente é se ostentar uma posição sócio-econômica. Como se felicidade e realização pessoal fossem privilégios de faixas sociais elitizadas. Assim, unir em um mesmo ambiente de trabalho pessoas com perfis de vítima e de agressor seria preparar uma bomba relógio. Pior: em ambientes corporativos é comum ver as formas de assédio como “técnicas de gestão”, quando o que o bom administrador deveria é, verdadeiramente, liderar sua equipe e não dominá-la através da doutrina do medo e da vergonha.

Por último, segue uma matéria sobre o inédito acordo visando ao combate ao assédio moral entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Federação Nacional dos Bancos (Febraban).

Sai acordo inédito sobre assédio moral

GABRIELA GARCIA

Dalva Radeschi durante greve de bancários: elogios ao acordo/Crédito: Arquivo/Jornal de Limeira

Entendimento envolve setores patronal e de trabalhadores

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Federação Nacional dos Bancos (Febraban) assinaram um acordo inédito na quarta-feira com o intuito de combater o assédio moral nos locais de trabalho.

Há um bom tempo, a questão do assédio moral vem sendo debatida pelo Sindicato dos Bancários de Limeira, que comemorou o acordo. “É um fato extremamente positivo. Cria um protocolo de prevenção de conflitos no ambiente de trabalho”, disse a presidente Dalva Radeschi.

Segundo ela, os bancos impõem metas abusivas para os trabalhadores e este acordo é uma das principais conquistas da Campanha Nacional dos Bancários do ano passado. “O acordo irá valorizar o empregado, conscientizar os empresários da necessidade de um local de trabalho sadio e realizará a promoção dos valores ético, moral e legal”, apontou.

A medida também foi vista com bons olhos pelo professor universitário e ex-prefeito de Iracemápolis João Renato Alves Pereira. Quando vereador, em 2000, foi responsável por apresentar projeto de lei na cidade vizinha prevendo penalidades para funcionários públicos que praticassem assédio moral. “Tornou-se a primeira lei no País sobre assédio moral no ambiente de trabalho”, apontou Pereira. “É uma vitória. Espero que as outras categorias consigam isso por meio de seus sindicatos patronais. A próxima etapa é que seja criada uma lei em nível federal para os trabalhadores de setores públicos e privados”.

ACORDO

O presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, apontou que o acordo aditivo ao Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho prevê adesão espontânea, já confirmada pelo Bradesco, Itaú/Unibanco, Santander, HSBC e Citibank. Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal instalaram comitês de ética no ano passado para apurar denúncias de assédio moral.

No acordo, os bancos se comprometem a declarar explicitamente condenação a qualquer ato de assédio e reconhecem que o objetivo é alcançar a valorização de todos os empregados, promovendo o respeito à diversidade, à cooperação e ao trabalho em equipe em um ambiente saudável.

As denúncias deverão ser feitas aos sindicatos e a instituição terá um prazo para apurar os fatos e prestar esclarecimentos. Denúncias anônimas continuarão a ser apuradas pelas entidades, mas fora das regras estabelecidas no acordo com os bancos. (Com Agência Brasil)

 Fonte:www.blogdoguerra.com

Diga “não” à violência psicológica

28/06/2011

Ela acontece sempre, na maioria das vezes, dentro de nossas próprias casas, mas o pior é que, às vezes, não a enxergamos como uma violência, mas sim, como algo normal. Trata-se da violência psicológica e deve ser combatida pela vítima, ainda que o agressor esteja sob o efeito de álcool e drogas.

Apresenta-se sob várias formas, como a brincadeira para ridicularizar, a zombaria, o sarcasmo, a chacota, o sorriso irônico, o olhar de reprovação, a humilhação e o desdém

Afeta a autonomia, coragem, segurança, iniciativa, autoimagem e a autoestima da vítima, que, em geral, é o cônjuge, namorado ou companheiro, idoso ou criança, mas independe do sexo, classe social, religião e instrução. Ela também pode sentir-se incompetente, depressiva, isolada e desconfiada. O homem costuma criticar a mulher pela sua falta de apetite sexual e problemas de peso e estéticos, além de elogiar outras na frente da sua, enquanto a mulher costuma humilhar o homem pelo seu mau desempenho sexual, incompetência profissional e falta de dinheiro.

Querido leitor, se você sofre de violência psicológica contumaz, denuncie seu algoz.

E não se esqueça de que o assédio moral no trabalho, o bullying na escola e a violência psicológica em casa apenas mudam de cenário, mas devem ser reprimidas, não com mais violência, mas com a denúncia do agressor às autoridades competentes.  

Fonte: Igreja Universal

BRASILEIRO TEM MAU APROVEITAMENTO ESCOLAR

23/05/2011

Segundo o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), o desempenho dos alunos do terceiro ano do ensino médio caiu em 2010, em comparação com 2009, sobretudo, em Português e Matemática. Levando-se em conta que SP é o Estado mais rico do País, caonclui-se que a situação também é preocupante nas demais Unidades da Federação (UFs), onde os investimentos são menores.

Por outro lado, as escolas particulares de São Paulo tiveram desempenho inferior ao das Escolas Técnicas (Etecs), o que reforça a ideia de sucesso destas, também se comparadas com as demais da rede pública.

Com o aumento em um ano da duração do ensino fundamental, faltam vagas diurnas nas escolas, levando mais estudantes a irem às aulas à noite, o que lhes reduz o rendimento escolar. Outros problemas do ensino atual são a evasão escolar, a ameaça das drogas e o bullying.

Também há o desemprego considerável na faixa etária dos 15 a 17 anos, levando os alunos a só estudarem, mas isto não está acarrentando melhor desempenho escolar.

Fonte: Saresp

BULLYING

18/04/2011

O termo é inglês, mas os nossos estudantes já estão sentindo na pele os efeitos da tortura física e psicológica a que o bullying refere-se.

Muitos se perguntam por que há tantos adolescentes com desvios de conduta. Algumas causas destes são a insegurança da idade, crise de identidade, necessidade de auto-afirmação e famílias desestruturadas.

As escolas, por outro lado, ainda não se conscientizaram da gravidade dessa forma de violência, tratando o bullying como “brincadeira de criança”.

Essa covardia recai sobre os estudantes que destoam, de alguma forma, da maioria, por serem bons alunos (chamados, pejorativamente, de “CDFs”), gordos, muito magros, usarem óculos de grau elevado, serem gagos ou possuírem alguma dificuldade motora.

A crueldade com que esses criminosos tratam seus colegas possuem várias razões, como a inveja e o olho grande dos tais “CDFs”, por exemplo.

A internet tornou-se um dos principais meios pelos quais se pratica o bullying.

Estima-se que um de cada três alunos do ensino fundamental já tenha sido vítima dessa conduta lamentável, e esse número pode ser maior, levando em conta que as vítimas, por medo e vergonha, não costumam denunciar os agressores.

Como efeitos desses ataques, as vítimas costumam sofrer abalos em sua auto-estima e ter dificuldade de relacionamento.

Pais, prestem atenção a seus filhos! Se eles apresentarem contrariedade em irem à escola, sentirem ansiedade, suores ou calores minutos antes do horário de as aulas começarem, terem insônia, falta de apetite, surtos de choro, baixo desempenho escolar e tendência ao isolamento, podem estar sendo vítimas de bullying! Sendo assim, procurem conversar com eles a respeito de suas preocupações, levem-nos a algum psicólogo e exijam que as escolas apliquem punições aos agressores. Caso estas não queiram colaborar, leve o caso à Justiça. Você pode requerer ao Juiz da Infância e Juventude, por exemplo, que aplique as medidas previstas no ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) aos infratores, ou ao Juizado Especial Cível de seu Bairro que condene a escola à obrigação de punir os alunos violentos, ou então, se preferir, pode tirar seu filho da escola e pedir que o Juizado condene-a a pagar-lhe indenização pelo dano moral e material sofrido.

A sociedade também pode mobilizar-se para enfrentar o problema, exigindo que se aprove lei tornando o bullying crime específico, já que, hoje, é tipificado como injúria, difamação ou lesão corporal. Por enquanto, há pais que estão registrando em cartório, como atas notariais, os casos de cyberbullying, para provarem as agressões, ainda que sejam retiradas das redes sociais, já que as simples impressões dos textos e imagens delituosos não são suficientes do ponto de vista judicial, pois podem ser consideradas montagens.  De qualquer forma, é bom fazer uso dos recursos da Informática para identificar os autores das agressões.

 

Professor, profissão perigo

Aumentam os casos de agressão física e psicológica a docentes brasileiros nas escolas particulares e nas universidades

Rachel Costa

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“Ainda sinto medo de dizer não a um aluno e ser agredida”
Glaucia Teresinha da Silva, que sofreu traumatismo
craniano após ser empurrada por uma estudante

O que era para ser uma corriqueira entrega de provas virou um bate-boca intimidador seguido de agressão física. Descontente com a nota, a estudante abriu mão dos argumentos acadêmicos para contestar a correção e avançou sobre a professora Christiane Souza Alves durante a aula. “Ela usou xingamentos de baixo calão, veio atrás de mim quando eu saí da sala e me empurrou”, diz Christiane, que, após 13 anos de docência, passou um semestre sendo acompanhada no trajeto da instituição de ensino para sua casa, teve princípio de síndrome do pânico e começou a tomar antidepressivos. Seria mais um triste episódio a engrossar as estatísticas de violência nas salas de aula, não fosse a mudança de cenário.

A economista Christiane é professora universitária, ambiente onde tem aumentado o número de agressões a docentes, do mesmo modo que nas escolas da rede particular de ensino.  “Ela gritou: ‘Você é paga para concordar comigo.’”, diz Christiane. A estudante em questão, uma jovem de 20 anos, continua na universidade. Foi apenas proibida de assistir às aulas de Christiane. “A relação professor-aluno acabou”, afirma a professora, que pediu para não identificar a instituição em que teve problemas.

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EXEMPLO
Irmã de um professor assassinado por um aluno em 2010, Sandra comanda
a execução de um projeto contra a violência em escolas em Betim (MG)

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Em Minas Gerais, onde Christiane leciona, quase metade das queixas recebidas pelo disque-denúncia contra abusos vem da rede privada. O serviço, pioneiro no Brasil, foi criado no último ano, em resposta à morte do professor Kassio Vinicius Castro Gomes, em dezembro de 2010. Ele foi morto a facadas no corredor principal do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, uma tradicional instituição de ensino superior da capital mineira com mensalidades que rondam a casa dos R$ 1 mil. Professores sem autoridade, alunos com excesso de poder e coordenações escolares omissas formam a bomba-relógio da violência escolar. “As salas de aula estão mais violentas, pois a própria sociedade também está”, afirma a pesquisadora Jussara Paschoalino, autora do livro “Professor Desencantado: Matizes do Trabalho Docente” (Armazém de Ideias, 2009). “As agressões contra o professor surgem de várias partes, mas o maior desgaste que percebo é com relação aos alunos.” Essa mesma impressão foi captada por um estudo feito pela International Stress Management Association (Isma-BR). Dos mil professores ouvidos, 46% indicaram como principal fonte de estresse a indisciplina dos estudantes – que muitas vezes ganha eco na omissão dos pais. “Os docentes estão mais vulneráveis à agressão que outras profissões”, considera Ana Maria Rossi, presidente do Isma-BR. Basta lembrar que, sozinhos, eles têm de manter sob controle turmas de até 40 pessoas. E o risco independe da idade de quem ocupa a carteira. “Só nos últimos dez dias recebemos três denúncias de ameaças contra professores de universidades mineiras. Isso acende o alerta também nesse nível de ensino”, afirmou o presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais, Gilson Reis, em entrevista à ISTOÉ, na segunda-feira 9.

Pouco a pouco, a preocupação invade a pauta dos sindicatos de vários Estados. No Rio de Janeiro, depois de iniciar uma campanha incentivando os professores a cuidarem da voz, o órgão de classe percebeu que os distúrbios na fala eram, em grande parte dos casos, apenas reações físicas a problemas bem mais complexos, de cunho emocional. A constatação mudou o eixo do trabalho. “Ampliamos a mobilização para o tema da saúde mental dos professores”, diz o presidente do órgão, Wanderley Quedo. Psicólogos foram treinados para atender os docentes e o sindicato criou um portal, o saudedoprofessor.com.br. Iniciativa semelhante é mantida pelo Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro-RS) desde 2008. Roséli Cabistani, professora da universidade federal do Estado e assessora do núcleo de atendimento ao professor do Sinpro-RS, chama a atenção para uma questão comum no discurso dos docentes que participam das rodas de conversa promovidas pelo sindicato: a desvalorização da profissão. A ideia ganha fôlego diante do baixo salário da categoria, cujo piso nacional hoje é de R$ 1.451 para 40 horas semanais. “O aluno vem sendo amparado em um discurso no qual é difícil admirar o professor, porque ele ganha pouco e, dentro dessa lógica, quem ganha pouco vale pouco”, fala Roséli.

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“Depois de ser xingada por um grupo de
alunas no Orkut, desisti de dar aulas”

Etiene Selbach Silveira, ex-professora

Desvalorizado financeiramente e socialmente, resta ao docente um sentimento de abandono. “O professor tem de se virar na sala de aula para ensinar e para tomar cuidado com o que pode acontecer ali dentro”, diz F., 28 anos. Ele dá aulas de educação física na rede pública de Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte, e já teve de sair escoltado do colégio por um policial após ser ameaçado por um aluno. O garoto, depois de ser repreendido pelo professor por causa do comportamento violento durante o treino de basquete, voltou ao colégio acompanhado por uma turma de não alunos para “acertar as contas”. F. conseguiu contornar a situação e continuou dando aulas na mesma escola, mas pede para não divulgar sua identidade. Nem todos, porém, superam o susto e seguem na carreira. Colega de profissão de F., a professora gaúcha Etiene Selbach Silveira, 43 anos, tirou seu time de campo, após 21 anos de magistério, quando descobriu agressões virtuais perpetradas por um grupo de sete estudantes do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, onde dava aula. “Meu mundo caiu. Nunca tinha tido problema com alunos e nem sabia o que era Orkut quando descobri que elas tinham criado uma comunidade falando mal de mim”, relembra ela, que é filha e irmã de professoras. Passado o choque, reclamou no sindicato e na direção da escola. A comunidade saiu do ar em dois dias, mas, para espanto de Etiene, ela recebeu a carta de demissão poucos meses depois. “Depois disso desisti”, conta ela, que trabalha com vendas. Casos como o de Etiene, em que o professor é preterido pela direção da escola, são comuns na rede privada. “Nos colégios particulares, se alguém não gosta de algo, o professor é demitido”, diz Cecília Farias, diretora do Sinpro-RS.

Para tentar mudar as regras do jogo, até agora bem desfavoráveis ao professor, foi proposto um projeto de lei prevendo medidas protetivas para os casos de violência contra docentes (o PL 191 de 2009).  “O PL não foi bem aceito pelos congressistas e está encalhado”, critica o autor da proposta, o senador Paulo Paim (PT-RS). Situação semelhante acontece na vizinha Argentina. Por lá, a procura pela União dos Docentes Argentinos (UDA) para relatar casos de agressão contra professores cresceu 20% só no último ano. Preocupado, o órgão propôs um projeto de lei, mas, assim como no Brasil, a iniciativa também não foi adiante. “O Poder Executivo e o Congresso Nacional argentinos ainda não reconheceram o problema da violência contra os professores na escola”, disse à ISTOÉ Sérgio Romero, secretário-geral da UDA. E a questão não está restrita aos países em desenvolvimento. Na Inglaterra, pesquisa recém-divulgada pela Associação dos Professores registrou que um terço dos tutores e funcionários de escolas já havia tido contato com violência física dentro das instituições de ensino. Nos Estados Unidos, a Associação Americana de Psicologia montou em 2008 uma força-tarefa para pesquisar os impactos das agressões contra professores. Nos cálculos fechados pelo grupo, o problema custa aos cofres americanos US$ 2 bilhões por ano.

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“O professor tem de se virar na sala de aula para ensinar
e para tomar cuidado com o que pode acontecer ali dentro”

F., professor de educação física, que teve de sair escoltado
do colégio após ser ameaçado por um aluno

O cenário é desolador, mas algumas iniciativas dão esperanças. Em Minas Gerais, o professor Kassio Gomes, citado no início da matéria, tornou-se nome do projeto de combate à violência nas escolas desenvolvido na Prefeitura de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. À frente está a irmã do docente morto, a também professora e hoje secretária de Educação do município, Sandra Gomes. “A morte do Kassio foi um choque, ele tinha um convívio ótimo com os alunos”, diz Sandra. No Rio Grande do Sul, a homenagem da Secretaria de Estado de Educação no último ano à educadora Glaucia Teresinha da Silva pôs um ponto final a um triste episódio. Em 2009, ela sofreu traumatismo craniano após ser empurrada violentamente por uma estudante da Escola Estadual Bahia. Voltar a dar aula foi um processo delicado, tanto pelas sequelas psicológicas quanto pelo impacto físico da agressão – Glaucia foi obrigada a usar muletas durante vários meses. “Ainda sinto medo de dizer não a algum aluno ou simplesmente chamar a atenção em sala de aula”, diz. Mesmo assim, ela decidiu retomar a carreira e, à frente de uma turma em processo de alfabetização, desenvolveu um projeto de livro colaborativo escrito pelos estudantes, que se tornou uma espécie de “boa prática” dentro da rede de ensino gaúcha. “Só esse reconhecimento já me motivou a fazer outros projetos e a reacreditar na educação.” Provas de que é possível dar respostas lúcidas às situações de violência, erguendo a bandeira branca no campo de guerra que têm se tornado as salas de aula. 

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 Fonte: Isto É

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