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Certas imagens valem mais que mil palavras. Assim é fácil entender por que a missão da COP21 é evitar que a temperatura se eleve mais de 2ºC e o nível dos oceanos suba de 4,3 metros a 9,9 metros até o fim do século
Não é de hoje que ouvimos histórias de que a Terra estaria próxima de acabar. Pelo menos todo ano, um alerta sobre o fim do planeta fica em evidência.Desta vez não se trata de um apocalipse ou meteoro, um site especializado afirma que o planeta se aproxima aceleradamente do seu fim por conta de uma alteração na temperatura.
Um “ponto irreversível” foi ultrapassado pela temperatura do hemisfério norte, onde foram registrados dois graus acima do ponto de inflexão, o que foi discutido na última Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, ocorrida em dezembro do ano passado, em Paris.
Sendo assim, uma vez que a maior parte do hemisfério norte superou os níveis normais de temperatura nesse último inverno, o aquecimento global não é impossível e nem uma ameaça futura, mas uma realidade, comprovada na escassez de água, inundações e secas que afetam planeta em grandes proporções.
Com informações do Mirror.
Fonte: Revista Planeta
Nada como o argumento da imagem para convencer as pessoas sobre uma provável realidade indesejada, não é? Nas fotos desta reportagem, você pode ver com seus próprios olhos como ficarão cartões-postais do mundo atual, incluindo a Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, se os gases de efeito estufa seguirem sendo emitidos desenfreadamente, tal como acontece hoje. As imagens foram criadas pelo artista gráfico Nickolay Lamm e estão baseadas no relatório da organização independente norte-americana Climate Central, publicado em novembro na PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences), revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
O aquecimento global causado pelo acúmulo de gases-estufa, que não deixam o calor se dissipar, já provocou um aumento do nível do mar de cerca de 20 centímetros, desde 1880 até hoje. O ritmo de elevação só tende a acelerar. Os cientistas calculam que, somente no século 21, é provável que os oceanos subam de 60 centímetros a 2 metros mais. Tudo depende de quanta poluição atmosférica a humanidade ainda pretende despejar na atmosfera.
Segundo as projeções da Climate Central, se não forem tomadas medidas para diminuir emissões, a temperatura global subirá 4,5oC, até 2100, em comparação aos níveis pré-industriais. Como consequência, você, seus filhos ou netos verão o nível dos oceanos subir de 4,3 metros a 9,9 metros, até o fim deste século, submergindo os primeiros andares de diversas áreas de cidades costeiras superpopulosas como Mumbai (Índia), Xangai (China), Nova York (EUA), Londres (Inglaterra) e Sydney (Austrália). Qualquer semelhança com a Veneza que conhecemos hoje não será mera coincidência.
A forma mais incisiva de evitar esses aumentos é implementar a tão falada “economia de baixo carbono” – já que as medições dos gases de efeito estufa têm como base o carbono. Essa é a questão que estará sobre as mesas de negociações da 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP21), na França (veja matéria sobre elaaqui). “Em dezembro, uma nova rodada-chave de diálogos sobre o clima global acontece em Paris. As decisões tomadas lá deverão influenciar fortemente qual desses cenários de futuro será mais provável”, escreve Benjamin Strauss, coautor do estudo, no site da Climate Central.
Barreira vital
Para evitar catástrofes climáticas como as mostradas nas imagens que ilustram estas páginas, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, da sigla em inglês) propõe não deixar o aumento da temperatura ultrapassar 2ºC. Isso envolve questões de segurança alimentar, preservação de espécies, acesso à água doce e, inclusive, a integridade de milhões de cidades costeiras. Ameaçados desde já, alguns países e cidades insulares pedem que o limite-alvo seja fixado em 1,5ºC.
Grande parte dos 196 países que participarão da COP21 apresentou suas propostas voluntárias para conter essa elevação. Segundo as avaliações da Climate Interactive, entretanto, as perspectivas não são muito animadoras. A ONG, sediada em Washington (EUA), usou um simulador desenvolvido especialmente para visualizar os cenários prováveis e descobriu que o que os países se oferecem até agora a fazer ainda não é suficiente.
Se os países não fizerem nada mais além do que se propuseram até 2025 ou 2030, o aumento será de 3,5ºC. Se derem continuidade às ações sugeridas, a temperatura irá aumentar 3,2ºC. Caso a China (o maior poluidor do mundo) se comprometa a reduzir em 2% por ano suas emissões após atingir o pico de emissões previsto para 2030, a elevação recuaria um pouco mais, alcançando 3ºC. Com o envolvimento de outros países em desenvolvimento até 2035, o aumento não passaria de 2,6ºC. Na melhor das hipóteses, somente se todos os países alcançassem seus picos em 2035 e reduzissem suas emissões em 3,5% por ano seria possível frear a elevação da temperatura nos emblemáticos 2ºC.
O desafio é enorme: a água já está batendo na canela da humanidade e pode passar do pescoço. Somente com um real comprometimento mundial – como o que foi visto no Protocolo de Montreal, de 1987, para impedir o aumento do buraco na camada de ozônio – ainda se poderão manter as praias, as cidades, os animais, as fontes de água doce e a vida como conhecemos hoje até o fim deste século.
Superaquecimento no Golfo
O aquecimento global promete castigar severamente o Golfo Pérsico, área-chave da extração de petróleo, afirmam cientistas americanos. Em pesquisa publicada na revista Nature Climate Change, Jeremy Pal e Elfatih Eltahir, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), afirmam que, se nada for feito em relação à mudança climática, os picos de temperatura atingidos na região serão ocorrências quase diárias em 2070. A combinação fatal de temperatura de 46°C e umidade de 50% quase foi atingida em Bandar Mahshahr (Irã) em julho deste ano. As previsões mostram que a temperatura de 45°C será comum no verão em vários pontos do Golfo daqui a alguns anos, com picos de 60°C no Kuwait. Meca e Jeddah, locais de peregrinação na Arábia Saudita, também não escaparão do calor extremo. Os países produtores de petróleo da região, sobretudo a Arábia Saudita, costumam frustrar as negociações sobre o clima.
Os cientistas e especialistas em temas de segurança alertam há anos para o risco de que o aquecimento climático gere instabilidade e conflitos se prosseguir ao ritmo atual, algo que, segundo alguns, já está ocorrendo.
As emissões de dióxido de carbono provocam temporais, ondas de calor, secas ou inundações e se continuar assim os fenômenos extremos serão cada vez mais frequentes, e consequentemente as disputas pelos recursos.
“Menos água e recursos alimentares, aumento das migrações, tudo isso aumentará indiretamente os riscos de conflitos violentos”, afirmam em seu último relatório os cientistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
Alguns consideram que este fenômeno já é uma realidade, enquanto outros, mais prudentes, não estão certos.
“Em alguns países africanos, o aumento dos conflitos violentos é o sinal mais chamativo dos efeitos acumulados da mudança climática”, afirmou em 2012 o Institute for Security Studies (ISS), com sede na África do Sul.
“No Sahel, a desertificação gerou conflitos entre produtores de gado e agricultores pelas terras disponíveis”, ressalta o documento, que afirma que “os efeitos deste tipo, vinculados ao clima, já originaram conflitos violentos no norte de Nigéria, Sudão e Quênia”.
Em 2007, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a violência na região sudanesa de Darfur se devia, em parte, às rivalidades entre nômades e agricultores sedentos por água e terras de pastoreio.
Em 2011, vários observadores também relacionaram as Primaveras Árabes com o calor provocado pelas mudanças climáticas em diversos países produtores de cereais.
O aumento recorde dos preços dos alimentos pela crise dos cereais russos, ucranianos e cazaques foi a faísca que desencadeou a revolta nos países do Mediterrâneo já asfixiados pela pobreza, desemprego e opressão política, estimam.
Para o ex-vice-presidente americano Al Gore, a mudança climática também desempenhou um papel na guerra na Síria.
“De 2006 a 2010 uma seca histórica, vinculada ao clima, destruiu 60% das fazendas da Síria, 80% do gado e levou um milhão de refugiados às cidades, onde se encontraram diante de outro milhão de refugiados que fugiam da guerra no Iraque”, declarou em Davos em janeiro.
Conclusões prudentes
Os cientistas do clima são mais prudentes ao estabelecer vínculos diretos entre o aquecimento climático e os conflitos.
“Costumam citar o exemplo de Darfur”, mas “a realidade é mais sutil e a maior parte dos pesquisadores admite que o contexto político e econômico foi o principal fator do conflito”, escreveu o climatólogo Jean Jouzel.
Para Mark Cane, professor de ciências da terra e do clima da universidade Columbia de Nova York, na Síria, cabe vincular o descontentamento popular com a seca de 2007-2010, a pior registrada no país.
Mas lembra que é complicado atribuir um fenômeno meteorológico concreto à mudança climática, um movimento que atua ao longo das décadas.
Além disso, é impossível afirmar que um conflito “não teria ocorrido sem esta ou aquela anomalia climática”, acrescenta. Entram em jogo a política e outros fatores.
No momento, as forças armadas estão se preparando, afirma Neil Morisetti, ex-almirante e ex-conselheiro do clima do governo britânico.
Em muitos países, os analistas militares já incluem a mudança climática em sua avaliação de riscos, afirma.
E o Pentágono trabalha com a hipótese de um futuro sombrio. Em seu mapa do caminho de 2014 “para uma adaptação à mudança climática no mundo”, afirma que o aumento das temperaturas e os fenômenos climáticos extremos aumentarão “a instabilidade mundial, a fome, a pobreza e os conflitos”.
A aceleração das mudanças climáticas e seu impacto sobre a produção agrícola mundial exige que profundas mudanças sociais sejam implementadas nas próximas décadas para alimentar uma população mundial crescente, alertaram cientistas em uma conferência científica anual.
Segundo os cientistas, a produção alimentar terá que dobrar nos próximos 35 anos para alimentar uma população global de 9 bilhões de habitantes em 2050 contra os 7 bilhões atuais.
Alimentar o mundo “implicará algumas mudanças em termos de minimizar o fator climático”, disse Jerry Hatfield, diretor do Laboratório Nacional para a Agricultura e o Meio Ambiente.
A volatilidade das chuvas, as secas frequentes e o aumento das temperaturas afetam as lavouras de grãos, razão pela qual será preciso adotar medidas, afirmou Hatfield neste domingo, durante a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
“Se avaliarmos a produção de 2000 a 2050, basicamente teríamos que produzir a mesma quantidade de alimentos que produzimos nos últimos 500 anos”, previu.
Mas, globalmente, os níveis de uso da terra e a produtividade continuarão degradando o solo, advertiu.
“No que diz respeito à projeção para o Meio Oeste (dos EUA), estamos convencidos de que as temperaturas aumentarão bastante”, afirmou Kenneth Kunkel, climatologista da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica americana, referindo-se à região de maior produção de grãos, situada no centro do país.
Kunkel estudou o impacto do aquecimento global no Meio Oeste americano, onde a maior ameaça para a segurança alimentar é a seca.
A possibilidade é alta que esta região sofra com a pior seca no século XXI entre as registradas no último milênio, representando uma ameaça direta para os moradores da região, alertaram cientistas nesta quinta-feira, na abertura da conferência, celebrada em San José, na Califórnia (oeste).
As mudanças climáticas estão ocorrendo tão rapidamente que os seres humanos enfrentarão em breve uma situação sem precedentes, afirmou Kunkel.
Mas James Gerber, especialista em agricultura da Universidade de Minnesota, disse que reduzir o desperdício de alimentos e o consumo de carne vermelha ajudaria.
A redução do número de cabeças de gado diminui o impacto ambiental, inclusive as emissões de metano, um poderoso gás de efeito estufa.
Gerber disse que os cientistas identificaram “tendências bastante preocupantes”, como a diminuição global das reservas de grãos, que dão à sociedade uma importante rede de segurança.
O cientista também expressou sua preocupação sobre o fato de que a maioria da produção de grãos está concentrada em áreas vulneráveis ao aquecimento global. Gerber não descartou um uso maior de organismos geneticamente modificados como forma de aumentar a disponibilidade de alimentos.
Paul Ehrlich, presidente do Centro para a Conservação Biológica, da Universidade de Stanford, disse que o problema requer “uma real mudança social e cultural em todo o planeta”.
“Se tivéssemos mil anos mais para resolvê-lo, estaria muito tranquilo, mas podemos ter 10 ou 20 anos” apenas, advertiu.
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