Traduzir
Participe de nossos abaixo-assinados
Petição Pública
Prezado Leitor, sua participação é muito importante para nós. Pedimos que, no site www.peticaopublica.com.br,
para cada abaixo-assinado de que você queira participar, digite seu nome completo, RG ou CPF e e-mail. Aproveite para recomendar o site a sua rede de contatos. Obrigada.
Lista de Links

Palavra-chave: água

ÁGUA: sem ela não existimos

12/12/2015

ÁGUA

Fonte: Youtube

 

ESPECIAL: água

22/11/2014

Há 500 milhões de anos, a quantidade de água é praticamente constante. 70% da superfície da Terra são cobertos de água: 97,6%, salgada e apenas 2,4%, doce. Dessa minguada porcentagem, 70% destinam-se à irrigação, 20% à indústria e somente 10% ao consumo humano. Entretanto, apenas 0,7% dos 10% é imediatamente acessível; o restante está nos aqüíferos profundos, nas calotas polares ou no interior das florestas. A renovação das águas é da ordem de 43 mil quilômetros cúbicos por ano descarregados nos rios, enquanto o consumo total é estimado em 6 mil quilômetros cúbicos por ano. Há muita água, mas desigualmente distribuída: 60% encontram-se em apenas 9 países, enquanto 80 outros enfrentam escassez. Pouco menos de 1 bilhão de pessoas consome 86% da água existente, enquanto para 1,4 bilhão é insuficiente e, para 2 bilhões, não é tratada, o que provoca 85% das doenças.

O Brasil é a potência natural das águas, com 13% de toda água doce do planeta, perfazendo 5,4 trilhões de metros cúbicos. Mas é desigualmente distribuída: 70% na região amazônica, 15% no Centro-Oeste, 6% no Sul e no Sudeste e 3% no Nordeste. Apesar da abundância, não sabemos usar a água, pois 46% dela são desperdiçados, o que daria para abastecer toda a França, a Bélgica, a Suíça e o Norte da Itália. É urgente, portanto, um novo padrão cultural.

Dois problemas têm criado o “estresse mundial da água”: sua sistemática poluição associada à destruição da biomassa que garante a perpetuidade das águas correntes e a falta generalizada de cuidado no uso da gota d’água disponível. Ensina Aldo Rebouças: é mais importante saber usar a gota d’água disponível do que ostentar sua abundância. Por ser um bem escasso, nota-se corrida desenfreada à posse privada da água doce. Quem controla a água controla a vida. Quem controla a vida detém o poder.

Surge então o dilema: a água é fonte de vida ou fonte de lucro? É um bem natural, vital e insubstituível ou um bem econômico e uma mercadoria? Os que apenas visam lucro, a tratam como mercadoria. Os que pensam a vida, a vêem como um bem essencial a todos os organismos vivos e ao equilíbrio ecológico da Terra. Direito à vida implica direito à água potável gratuita. Mas porque há custos na captação, tratamento, distribuição, uso, reuso e conservação, existe inegável dimensão econômica. Mas esta não deve prevalecer sobre o direito, antes, torná-lo real e garantido para todos.

Água doce é mais que recurso hídrico. É vida com todas as suas ressonâncias simbólicas de fecundidade, renascimento e purificação. Isso tem imenso valor, mas não tem preço. Se houver cuidado ela será abundante para todos

Fonte: Divulgando Ascensão

Entre furacões e secas, o clima muda na América Latina

“Tive que vender um bezerro para sobreviver, para comprar milho”, conta Teodoro Acuña Zavala, de 64 anos, vítima da seca na Nigarágua, uma vítima dos fenômenos climáticos extremos que afetam cada vez mais a América Latina.

Em sua aldeia de Palacagüina, no norte do país, Teodoro observa as galinhas ciscando restos de sua roça de milho, devastada pela falta d’água e lembra que há 16 anos, o furacão Mitch castigou seu terreno.

Este ano, a seca “foi pior que qualquer outra”, confessa este homem de rosto curtido pelo sol: “oito dias (de chuva) é tudo o que caiu para nós este ano”. Debaixo de sua casa modesta, o rio não é mais que um caminho rochoso.

“Nunca tinha visto isso”, acrescentou Guillermina Inglesia, de 54 anos, que tem uma pequena loja de comida perto dali. “O que vamos fazer a partir de agora com a seca? Se continuar, então do que vamos depender, se vivemos precisamente de milho e feijão? Se não temos milho, nem feijão, nós estamos praticamente sem comida”.

O fazendeiro nicaraguense Teodoro Acuna, de 42 anos, mostra feijões em seu campo de cultivo na comunidade de La …

Entre 1 e 12 de dezembro, a América Latina sedia em Lima, capital peruana, a 20ª conferência da ONU sobre mudanças climáticas, um fenômeno que torna a região particularmente vulnerável, explicou Sonke Kreft, encarregada destas questões no âmbito da ONG alemã Germanwatch, que avalia os países mais frágeis na questão.

“Os países da América Latina e do Caribe estão no topo de todas as nossas classificações, sobretudo a longo prazo”, explicou.

Em sua lista mais recente, a Germanwatch situou Honduras como primeira, o Haiti como terceira e a Nicarágua como quarta entre os países que mais sofreram com o aquecimento global entre 1993 e 2013. A ONG revelará sua nova classificação no começo de dezembro, em Lima.

Sua colocação nestes níveis se deve, sobretudo, a que a região “é frequentemente afetada por furacões”, explicou David Eckstein, um dos encarregados da classificação, que destaca que “a intensidade e a frequência dos furacões aumentaram claramente nos últimos anos”.

– Eventos climáticos extremos –

No final de 2012, o Banco Mundial avaliou que a América Latina e o Caribe seriam “uma das regiões mais afetadas pelo aumento da temperatura”, apesar de sua fraca contribuição (12,5%) às emissões globais de gases de efeito estufa.

“O México e a maior parte da América Central se tornarão mais secos e a América do Sul será mais úmida em sua parte norte e sudeste. Mas o centro do Chile e o sul do Brasil ficarão mais secos”, explicou Rodney Martínez, membro da comissão de climatologia da Organização Meteorológica Mundial

 E “as principais provas das mudanças climáticas são os eventos (climáticos) extremos, cada vez mais numerosos”, como os furacões e os episódios de seca.

Tania Guillén, que representa a ONG nicaraguense Centro Humboldt nas discussões internacionais sobre o clima, pode atestá-lo: “este ano, na região, toda a área de corredor seco, de Guatemala, Honduras, até a Nicarágua, sofreu com a seca, o que afetou a produção de alimentos”.

“Após três meses de seca, começou a temporada chuvosa em setembro e tivemos inundações no país, com aproximadamente 30 mortos por diferentes consequências das inundações e da chuva”, prosseguiu.

Mas a chuva só chegou a uma parte da Nicarágua e a seca persistiu em outras regiões, atrasando em um mês o início da colheita do café.

“As mudanças climáticas significam uma tendência da temperatura para cima, mas outro problema é a variabilidade climática, um ano seco, um ano úmido, um ano frio, um ano quente”, confirmou Henry Mendoza, responsável técnico da associação nicaraguense de pequenos produtores de café Cafenica.

Na Nicarágua, o Centro Humboldt, que estuda com a ONG Oxfam a possibilidade de um plano de ajuda humanitária para as populações afetadas pela seca, se preocupa com as “coisas estranhas” que percebe agora sobre o clima, como a multiplicação de tornados ou os picos de temperatura, até oito graus acima da média habitual.

Com vazamentos na rede e sem reuso, Brasil fica à mercê do clima para evitar falta de água

(Foto: AFP)

A falta d’água que São Paulo enfrenta neste verão poderia ser quase despercebida se o Estado tivesse investido na construção de estações de reuso de água. O custo é alto, mas é de implantação relativamente rápida. “Uma estação como a do Aquapolo Ambiental permite suprir água para uma cidade como Santos”, afirma Gesner Oliveira, ex-presidente da Sabesp e professor da FGV. A crise vivida por São Paulo não é a exceção, e sim, a regra.

A capacidade do estabelecimento de estações de reuso de água está diretamente ligada à extensão da rede de saneamento básico. Municípios como Santarém e Ananindeua (PA) e Porto Velho (RO) não têm nenhum tipo de tratamento de água e redes de coleta entre 0% e 22% . Segundo a ONG Trata Brasil, o volume de esgotos não tratados nos 100 maiores municípios e retornados aos rios e córregos é o equivalente a mais de 2.900 piscinas olímpicas – cerca de 7.5 bilhões de litros.

O Brasil também praticamente não faz reuso da água. O Aquapolo Ambiental, estação da Sabesp que fica na divisa entre São Paulo e São Caetano do Sul, é a única do gênero no Brasil. Com o custo avaliado em cerca de R$250 milhões, levou pouco mais de 18 meses para ser construída. Novas estações foram anunciadas pelo governados Geraldo Alckmin, mas elas não estarão prontas antes do fim de 2015.

O engenheiro Renato Rossato, da Rehau Brasil, empresa que produz insumos usados entre outras coisas na construção de estações de reuso, afirma que cerca de metade da água que escorre pelos ralos ainda chega na forma de esgoto sem tratamento aos  rios, córregos e represas de São Paulo. “Tratando pouco mais de um terço disso,  a cidade de São Paulo teria o equivalente a dois sistemas Cantareira”, afirma. O sistema Cantareira, um dos mais afetados pela crise, tem capacidade de fornecer 33 mil litros de água por segundo. Segundo ele, o investimento inicial é alto, mas o retorno é bem maior.

Apesar do Brasil ser o país com maior quantidade de recursos hídricos no mundo (cerca de 8.230 Km3 – mais que o dobro da Rússia, a segunda colocada) o investimento em saneamento e tratamento de água no Brasil é ínfimo (0,1% do PIB, segundo a OMS).

Ainda segundo a Trata Brasil, dos 100 maiores municípios brasileiros, mais da metade não chega a investir 20% da sua receita em saneamento. Nos casos de Nova Iguaçu (RJ), Duque de Caxias (RJ), Juazeiro do Norte (CE), Montes Claros (MG), Porto Velho (RO), Maceió (AL), São João de Meriti (RJ), Vitória da Conquista (BA) e Várzea Grande (MT), esse percentual não passou de 2% entre 2011 e 2012.

O maior sintoma de ineficiência do Estado, contudo, está no montante de água já tratado e desperdiçado por conta dos vazamentos nas redes públicas. A média internacional considerada aceitável é de 10%. Em São Paulo, quase 37% da água tratada não chega ao consumidor, sendo perdida no meio do caminho. No Recife, essa cifra passa de 62% e em Macapá chega a 73%.

Os assustadores números de má gestão da água não são percebidos em muitos casos porque os recursos hídricos superam em muito a demanda, como é o caso das cidades na região Norte. 90% dos municípios não fizeram investimento para diminuir as perdas no sistema.

Em 2010, o governo federal estabeleceu metas no Plano Nacional de Saneamento Básico (PlanSab) que previa que, neste ano, a coleta de esgotos atingiria 92% e o tratamento de água alcançaria 86%, mas nenhuma das metas parece possível de ser atingida ainda nesta década.

A crise hídrica em São Paulo não está só criando os transtornos domésticos do dia a dia. Economicamente, São Paulo também deve ter prejuízos mesmo que a situação do abastecimento não se agrave. “Dada a representatividade de São Paulo na composição do PIB nacional, já é possível estimar uma queda na ordem de 0,8% na economia”, prevê o professor de Economia do Insper, Otto Nogami. “Se o governo não começar a agir agora, podemos esperar que o crescimento encolha ainda mais”, completa.

Para se ter uma ideia, a seca que atingiu os Estados Unidos no verão de 2012 – a mais severa e mais longa dos últimos 25 anos – causou uma recessão de 0,2 ponto do crescimento da economia americana no segundo trimestre daquele ano.

Segundo Nogami, com a queda do PIB há um impacto direto na taxa de juros, impedindo que os preços caiam e dando início, assim, a uma reação em cadeia, que atinge desde o empresariado até o consumidor final.

“Preços altos alimentam a inflação, que pode chegar a ultrapassar os atuais 6,5%. A inflação alta desemboca na taxa de câmbio afetando a produção e, consequentemente, afetando a oferta no mercado interno. E importar produtos para abastecer o país com uma alta taxa de câmbio, inevitavelmente, vai impactar no poder de compra do consumidor”, complementa.

Segundo a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o setor já está demitindo por conta do problema. A situação só não é pior porque a indústria não está trabalhando com capacidade plena, o que reduz o impacto da escassez de água na produção. “Se a indústria estivesse trabalhando em plena capacidade, teríamos problemas muito maiores”,  afirma Nelson Pereira dos Reis, diretor titular do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp

Represa do Atibainha revela o área antes ocupada pela água (Foto: Luis Moura)As safras agrícolas também já apresentam resultados alarmantes. Uma reportagem do Wall Street Journal relata que as colheitas de café e cana de açúcar podem ser drasticamente afetadas, fazendo com que a estiagem tenha outro impacto negativo – o na balança comercial (relação entre importação e exportação de bens e serviços entre países).

“A medida que o preço de exportação estiver mais atrativo que o do mercado doméstico, a tendência é que os produtores direcionem ainda mais sua produção para o mercado externo, refletindo em aumentos de preços no mercado interno”, observa Nogami.

“Metaforicamente, a situação da economia do país, atualmente, é a seguinte: estávamos em uma estrada andando de carro, o pneu furou. A parada – a recessão técnica – já era inevitável, pois alguns parâmetros macroeconômicos têm de ser revistos. Esta seca que assola o país é como se caísse uma tempestade na hora em que tivemos que parar para trocar o pneu”, explica o professor.

Se a seca persistir, Nogami alerta, ainda, que os estados podem ter de recorrer ao racionamento de energia, uma vez que não haverá água suficiente para alimentar as usinas hidrelétricas que fornecem a maior parte da eletricidade do país.

“O potencial de produção das termelétricas – setor que teve grande investimento no Governo Dilma – também está chegando no seu limite, o que, em um cenário extremo de falta de água, torna o racionamento inevitável”, acrescenta o professor de economia.

A crise traz à tona um problema estrutural: nenhuma cidade brasileira está pronta para lidar com a escassez de água. “As políticas em matéria de gestão dos recursos hídricos no Brasil são insustentáveis”, afirmou Marcos Heil Costa, cientista climático  da Universidade Federal de Viçosa, à NASA. “É uma combinação de falta de preparação para os baixos níveis de chuva e a falta de educação ambiental da população. A maioria das pessoas continuam a usar a água como se estivéssemos em um ano normal”, finalizou

Em 15 anos, a crise de água piorará em todo o mundo, de acordo com a ONU. Relatório recém-divulgado prevê que haverá 40% menos água do que o necessário para o consumo. O mundo ampliará as fatias de população vivendo sob “estresse de água”, na expressão da ONU.

Quase 800 milhões de pessoas ainda não têm acesso a fontes de água potável de qualidade. Os mais afetados são pessoas de baixa renda, e entre estas, as mulheres em especial.

Os estudos mostram que para cada dólar investido na proteção de uma área de captação, até 200 dólares podem ser economizados no tratamento de água.

Estudiosos preveem que em breve a água será causa principal de conflitos entre nações.

A distribuição desigual é causa maior de problemas. Entre os países, o Brasil é privilegiado com 12% da água doce superficial no mundo. É o país com maior disponibilidade hídrica em rios do mundo, a poluição e o uso inadequado comprometem esse recurso em várias regiões. Abriga o maior rio em extensão e volume do Planeta, o Amazonas. Mais de 90% do território brasileiro recebe chuvas abundantes durante o ano e as condições climáticas e geológicas propiciam a formação de uma extensa e densa rede de rios, com exceção do semi-árido, onde os rios são pobres e temporários.

Essa água é distribuída de forma irregular, apesar da abundância em termos gerais. A Amazônia, onde estão as mais baixas concentrações populacionais, possui 78% da água superficial. No Sudeste, essa relação se inverte: a maior concentração populacional do país tem disponível 6% do total da água.

São Paulo, cidade nascida na confluência de vários rios, viu a poluição tornar imprestáveis para consumo as fontes próximas e tem de captar água de bacias distantes, alterando cursos de rios e a distribuição natural da água na região.

Na última década, a quantidade de água distribuída aos brasileiros cresceu 30%, mas quase dobrou a proporção de água sem tratamento (de 3,9% para 7,2%), e o desperdício assusta: 45% de toda a água ofertada pelos sistemas públicos.

A água disponível no território brasileiro é suficiente para as necessidades do país, apesar da degradação.

O consumo de água médio por habitante no Brasil atinge 200 litros por dia. Por exemplo, 90% das atividades modernas poderiam ser realizadas com água de reuso. Além de diminuir a pressão sobre a demanda, o custo dessa água é pelo menos 50% menor do que o preço da água fornecida pelas companhias de saneamento, porque não precisa passar por tratamento. Apesar de não ser própria para consumo humano, poderia ser usada, entre outras atividades, nas indústrias, na lavagem de áreas públicas e nas descargas sanitárias de condomínios.

É melhor participar e estimular a preservação do que aprender por meios mais drásticos. Como escreveu a poeta americana Emily Dickinson (1830-1896), “a água se ensina pela sede”.

Fonte: Yahoo

Governo do Estado não faz obras suficientes para captar água das chuvas e recompor reservatórios. E por que será que ele não faz obras para reuso da água?????????????

07/02/2014

Reúso, a técnica que poderia diminuir o consumo de água em 50%

A crise hídrica está longe de acabar, e o Brasil precisa avançar na adoção do reúso – que permite levar “a água da privada de volta para a torneira”

 

 

FONTE DE SEGUNDA, DE PRIMEIRA - Jardim do WTC, complexo comercial de São Paulo regado com água tratada: sustentabilidade
FONTE DE SEGUNDA, DE PRIMEIRA – Jardim do WTC, complexo comercial de São Paulo regado com água tratada: sustentabilidade (Caio Guatelli/VEJA)

Nos últimos meses, o assunto murchou, por assim dizer, nas conversas do dia a dia. Mas o problema da crise hídrica, especialmente em São Paulo, está longe de ser resolvido. As chuvas que caíram na última semana na capital paulista não alteraram o quadro alarmante. Até agosto de 2014, o nível dos principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo estava em 23,5%. Hoje, chega a no máximo 21,1%. Responsável pelo atendimento de 5 milhões de pessoas, o Sistema Alto Tietê atingiu em agosto o nível mais baixo desde 2003, de 13,8%. No último dia 3 de setembro, o volume útil do maior reservatório que abastece o Estado do Rio de Janeiro, o de Paraibuna, chegou a 0,83%. Um ano atrás, estava em 11%. A conclusão é – para usar um termo incontornável – cristalina: não há como deixar de economizar água.

O aproveitamento da chuva para irrigar jardins ou limpar áreas comuns reduz o consumo em 26%. A instalação de hidrômetros individuais derruba o valor da conta de água em até 56%. Contudo, independentemente dessas estratégias, é imperioso lançar mão de outro recurso: o reúso. É verdade que, a partir da crise, foi disseminada a prática de reutilização da água do banho e da máquina de lavar para alguns fins específicos, como a descarga sanitária. No entanto, uma vez derramada na rede de esgoto, o entendimento é que aquela água havia se tornado inaproveitável. Nada mais equivocado. Com o tratamento adequado do esgoto, um estabelecimento comercial de grande porte, como um shopping center, pode reaproveitar tão bem a água que o consumo tenderá a cair até 50%.

O reúso é largamente empregado, por exemplo no Estado americano da Califórnia, onde a escassez abriu a possibilidade de levar água “da privada para a torneira”, como os técnicos costumam dizer. De acordo com a legislação local, é permitida a chamada potabilização indireta. Funciona da seguinte maneira: a água tratada é misturada com a das bacias subterrâneas e depois passa para o sistema de abastecimento comum. “Escutamos pessoas dizendo que não querem beber água da privada. Depois de passar por três estágios de purificação, porém, ela sai mais limpa do que a água que não é de reúso e chega a sua casa”, comparou o americano Henry Vaux, professor de economia dos recursos da Universidade da Califórnia. Para motivar a população, Bill Gates, fundador da Microsoft, o homem mais rico do mundo, gravou um vídeo no qual aparece bebendo água produzida em uma estação de tratamento de esgoto. A Fundação Bill & Melinda Gates pretende distribuir miniusinas de tratamento por toda a África.

Em dezembro do ano passado, um projeto enviado à Sabesp pelo professor de hidrologia Ivanildo Hespanhol, da Universidade de São Paulo, defendeu o tratamento de esgoto para solucionar a crise hídrica – e, de quebra, despoluir os rios. Com previsão para entrar em operação daqui a dez anos, ao custo de 3 bilhões de reais, o sistema abasteceria 3,5 milhões de pessoas. De qualquer forma, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, no Brasil as ações em torno do reúso de água não levam em conta a possibilidade de consumo. O emprego aqui é mais comum em processos industriais, geração de energia, irrigação, jardinagem, limpeza etc. Diferentemente do que se observa na Califórnia, a legislação brasileira não deixa claro o que é permitido ou não nessa frente. De acordo com o advogado Vinicius Vargas, do escritório Barros Pimentel, a lei de saneamento fala sobre água potável, mas não sobre reciclagem. “O saneamento é um serviço público e por isso deve ser especificado em lei para que os agentes possam seguir a mesma fórmula”, explica ele.

Segundo o engenheiro hídrico Thiago de Oliveira, da fornecedora de água de reúso General Water, a prática, na realidade, já existe no país – “Só não é assumida”. Oliveira afirma que um exemplo claro disso é a Represa Guarapiranga, na região metropolitana de São Paulo, rodeada por esgotos irregulares. “Pouco se fala sobre ela, mas 15% do nível da represa é o próprio esgoto voltando para o tratamento”, garante. O engenheiro diz também que a General Water já produziu água potável. “Nos nossos testes, tivemos o mesmo nível de pureza da água que é distribuída para consumo.” Desde o início da crise, a empresa viu a procura pelo seu serviço crescer 100% e teve 30% de aumento no número de clientes. Entre eles, há até um centro administrativo que, com reúso de água e poços artesianos, se tornou totalmente independente da rede pública. A Aquapolo, parceria entre a Odebrecht e a Sabesp, fornecedora do mesmo serviço, abastece o polo petroquímico da região do ABC Paulista, produzindo um volume equivalente ao necessário para o consumo de uma cidade de 500 000 habitantes. Com isso, as empresas da área de Mauá economizam 50% do valor que pagavam antes por água potável.

Para Thiago de Oliveira, aceitar estações de tratamento de esgoto “é adotar um novo modo, mais consciente, de lidar com os recursos hídricos”. Ele observa que o modelo atual mantém a mentalidade no Império Romano, quando se construíam extensos aquedutos para buscar abastecimento em lugares distantes com nascentes puras. O cenário do momento, entretanto, argumenta Oliveira, “pede que a nossa política para o meio ambiente se espelhe no exemplo de Londres, onde o Rio Tâmisa, cuja despoluição levou 150 anos, hoje é povoado por 125 espécies de peixe e voltou a receber os esportes náuticos”.

Curiosamente, ao mesmo tempo em que, no Brasil, é grande a resistência à reutilização de água, a reciclagem do lixo já faz parte das políticas públicas. Segundo Gabriela Yamaguchi, gerente de campanhas do instituto ambiental Akatu, “a água está em outro capítulo da cultura do brasileiro; a reciclagem ficou restrita à categoria das embalagens, por exemplo”. E conclui: “Pelo menos, ao reciclá-las, também estamos economizando água”. Diante dos números da crise hídrica atual, será prudente não demorar a entrar de vez no próximo capítulo.

Fonte: Veja

A gestão eleitoreira da crise da água em São Paulo agrava a situação de um sistema que já está em colapso, de acordo com o professor aposentado da USP Julio Cerqueira César. “O uso do volume morto jogou o problema da água para depois da eleição”, disse o professor no evento “Crise da água: de quem é a culpa?” promovido por CartaCapitalna terça-feira, 9. “O racionamento foi colocada pela Sabesp como uma solução técnica, e o governador adotou uma solução política”, afirma.

Segundo Cerqueira César, a Sabesp, ainda em janeiro deste ano, apresentou ao governo um plano que previa o racionamento, diante do baixo índice dos reservatórios desde então, mas o governador impediu a ação, sob a justificativa de que seria uma medida irresponsável. O racionamento, pelo menos o anunciado oficialmente, tem sido evitado desde maio com o uso da reserva técnica chamada de volume morto. Na primeira etapa, foram 185 bilhões de litros bombeados desta reserva para o consumo de parte da população paulista. Em agosto, no entanto, mesmo com o implemento inicial, a Sabesp precisou captar uma segunda cota deste volume, de mais 100 bilhões.

Atualmente, o sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de água de parte de São Paulo e de Campinas, opera com 10% da sua capacidade. O nível do Sistema Alto Tietê, complementar ao Cantareira, está em 15%. A gestão dos sistemas cabe à Sabesp. O governo de São Paulo indica o presidente da instituição que, por sua vez, nomeia todos os diretores da empresa. Além disso, o estado é o principal acionista da Sabesp, que lucra 10 bilhões de reais por ano. “Desde de o começo, em janeiro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assumiu o comando da crise. Ele está conduzindo o problema pessoalmente e politicamente. Ele queria passar a Copa do Mundo e as eleições sem racionamento, e é o que está conseguindo fazer”, diz Cerqueira César.

Falta de investimentos

Além dos baixos índices pluviométricos, atribui-se à crise do abastecimento em São Paulo a falta de investimentos no setor, como a construção de novos reservatórios. “A Sabesp é a 4ª companhia de saneamento básico do mundo, e se considerarmos que opera em apenas um país, ela é a maior do mundo. Até os anos 90, a Sabesp chegou a uma situação invejável”, afirma Cerqueira César. “De 1990 pra cá, os governos se preocuparam apenas com os processos eleitorais. A Sabesp aposentou seus engenheiros sanitaristas e passou a ser comandada por economistas e advogados. Parou de se preocupar com seus usuários e passou a se preocupar com seus dividendos.”

Em 2007, a diretoria da Sabesp já previa o colapso do sistema e o governo do Estado passou a planejar novos reservatórios. Um estudo foi encomendado e o prazo de execução foi estabelecido em 180 dias, mas só foi entregue em 2014, sete anos depois. O resultado é a obra do Sistema Produtor São Lourenço, que está prevista para ficar pronta em 2018.

De acordo com Antonio Zuffo, pesquisador e professor da Unicamp, que também estava presente no evento, o Sistema São Lourenço está sendo projetado para acrescentar 4,7 m³ por segundo de vazão de água ao Sistema Cantareira. “Se acontecer a redução da precipitação em 20 a 30%, que é o que está previsto, o Sistema Cantareira perde 7 m³ por segundo de vazão. Ou seja, o São Lourenço não seria suficiente para compensar a perda”, explica o professor.

Outro ponto levantado é o desperdício que ocorre na distribuição da água. Segundo Zuffo, a Sabesp chega a perder 40% da sua produção. “Se conseguíssemos uma redução de 50% do que é perdido hoje no Sistema Cantareira, seria recuperado o equivalente a quatro sistemas parecidos com o São Lourenço. Conseguiríamos um redução da perda em aproximadamente 10 ou 12 m³ por segundo de vazão. Seria como se colocássemos um sistema que produz 12 m³ por segundo”, diz o pesquisador da Unicamp.

As perdas acontecem porque as adutoras não são fixas e, com a variação de pressão, acabam se deslocando e desgastando nas juntas, o que causa os vazamentos, difíceis de detectar, explica Zuffo. Para César, o prejuízo é inadmissível. “A Sabesp é uma indústria de água potável. A matéria-prima é a água. Se uma empresa particular tivesse um sistema como esse, que perde 40% do seu produto, ela estaria falida”, diz o professor da USP.

Sob a justificativa de impedir essa perda na distribuição, a Sabesp tem reduzido a pressão da água nos canos e algumas residências paulistanas já enfrentam uma espécie de racionamento velado. Em julho, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) encaminhou à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), a Geraldo Alckmin e à Sabesp um documento contabilizando uma média de 14 reclamações por dia de corte no abastecimento de água em residências paulistanas.

Ainda que seja um fator importante, a falta de chuvas ou as variações climáticas não explicam, sozinhas, o colapso do sistema, segundo Zuffo. A alegação de que desmatamento na Amazônia, apontado como causador da baixa precipitação na região do Sudeste, é equivocada. “Em 1953 não havia desmatamento na região, nas proporções que temos hoje, e tivemos período de seca em São Paulo”, esclarece o pesquisador da Unicamp.

O evento “Crise da água: de quem é a culpa?” faz parte da série de debates Diálogos Capitais e contou com a mediação do repórter Fabio Serapião.

Fonte: Carta Capital

A pior seca dos últimos 80 anos provocou mudanças no comportamento na Grande São Paulo. A maioria dos moradores fechou as torneiras e conseguiu reduzir o consumo de água.

Por outro lado, tem muita gente que não economizou e ainda aumentou o gasto de água. Tem gente que acha que pode gastar mais porque “está pagando”. Mas, a maioria dos moradores da região metropolitana já percebeu como a crise é grave.

Ao todo, 76% dos moradores abastecidos pela Sabesp na grande São Paulo seguraram o consumo. E economizaram quase 4 mil litros de água por segundo. Mas, a notícia ruim é que 24% dos consumidores gastaram mais. Muita gente economizou porque diz que a água não está chegando. Mas, teve mudança de comportamento.

Depois da festança, a bagunça de sempre. O que mudou no salão é o jeito de limpar. De uns tempos para cá é só com balde com água, rodo e pano. O resultado da mudança é impressionante.

“A primeira conta eu assustei. Eu achei que tinha alguma coisa errada, eu já peguei as contas, já ia ligar pra Sabesp, fiquei com medo de no mês seguinte vir três vezes o valor” conta Charles Lacerda, dono do salão de festas.

Charles assustou porque a conta de água diminuiu demais mesmo. Em agosto de 2013 ele pagava mais de R$ 140. Um ano depois, caiu para menos de R$ 70. E com o bônus para quem economizou, o valor foi lá para baixo: R$ 47.

“É um hábito que tem que se manter. Não tem mais jeito de voltar atrás não”, afirma Charles.

A mudança de habito no salão resultou também em mudança de lugares. A mangueira que antes ficava na frente e era muito lembrada e usada, agora está no depósito dentro do lixo. Ela está lá porque ela não é usada há, pelo menos, seis meses.

O salão de festas do Charles fica no Jaçanã, bairro da zona norte da cidade de São Paulo onde as pessoas mais reduziram o consumo de água em julho, segundo pesquisa da Sabesp.

O mesmo levantamento também deixa claro que os moradores que mais economizaram vivem nos bairros mais distantes: como Perus, Vila Maria, Freguesia do Ó, Vila Nova Cachoeirinha.

A geografia também revela que os que menos reduziram o consumo estão nos locais mais nobres ou mais centrais de São Paulo, por exemplo, na Sé, no Butantã, na Vila Mariana, nos Jardins.

O que tem a ver com a ocupação desses locais, rebate o presidente da Associação dos Moradores dos Jardins.

“Evidentemente, nessa região há um polo comercial muito grande com hospitais, restaurantes, hotéis”, afirma Fernando José da Costa, presidente da AME Jardins.

Em alguns casos a consciência surge por causa da circunstância. A advogada Melina Elias Pereira diz que não lava mais a garagem de jeito nenhum porque simplesmente não tem água para isso. “Está faltando todo dia. Entre 21h e 22h acaba. Só volta às 6 h no dia seguinte, todos os dias. Já faz uns 3 meses que está todo dia”, conta.

Falando em dia a dia, lembra do salão do Charles lá no Jaçanã? A mudança de rotina ali, afetou também o hábito em casa de todo mundo. Dos funcionários, do patrão, da família do patrão.

Bom Dia Brasil: Só falta dizer que está todo mundo tomando banho rápido na sua casa também.
Charles: É, rápido e com hora marcada.

Jéssica Fagundes da Costa, funcionária do salão de festas: Roupa a gente costumava a lavar durante a semana, agora já lava tudo no final de semana, junta tudo para lavar depois.
Bom Dia Brasil: O que você faz com esse dinheirinho que sobra, que não gasta com a conta de água?
Jéssica Fagundes: Dá para comprar alguma coisa para gente, maquiagem, alguma roupa. É um dinheiro que sobra para a gente.

Milhares de paulistanos afirmam que há falta de água em casa toda a noite e sempre, pontualmente, no mesmo horário. Mas, em nota, a Sabesp reafirma que não há racionamento ou restrição de consumo em nenhuma das 364 cidades atendidas pela empresa.

Fonte: Globo

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse  que não espera racionamento de água neste ano nem em 2015. A declaração foi feita em coletiva de imprensa da Parada Gay.

“Nós esperamos que não tenha nem este ano nem o ano que vem”, afirmou o tucano, depois de ser questionado se haverá o rodízio de água na Região Metropolitana de São Paulo.

Isso, apesar de o reservatório que abastece parte da Grande São Paulo de água não parar de secar. Dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) mostram que o Sistema Cantareira atingiu 10,1% de sua capacidade total neste domingo um novo recorde histórico.

No sábado, 3, o patamar era de 10,3%. Uma semana atrás, o índice era um ponto percentual maior: 11,1%. Já no mesmo dia (4 de maio) do ano passado, o volume armazenado era muito maior, de 62,4%.

O governo do Estado de São Paulo informou  que a Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) aprovou a proposta da multa de 30% para quem elevar o consumo de água na Grande São Paulo. Segundo a Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, a medida agora está sendo avaliada pela Procuradoria-Geral do Estado antes de entrar em vigor. A intenção do governo é começar a multar os clientes da Sabesp em junho a partir do consumo medido em maio. De acordo com a secretaria, o cálculo será feito a partir da média do consumo mensal realizado em 2013.

Antes da multa, outras alternativas foram colocadas em prática. Neste ano, a Sabesp intensificou a captação de água em outras fontes já disponíveis, como o Sistema Alto Tietê, e deu andamento a projetos para captar água em regiões mais distantes, como o Sistema São Lourenço, no interior do Estado. Além disso, a companhia anunciou no início deste ano a oferta de um desconto de 30% para clientes que reduzissem em 20% o consumo de água.

O governador Geraldo Alckmin anunciou a construção de dois novos reservatórios de água na Bacia dos rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari (PCJ) para atender a região metropolitana de Campinas, no interior.

O reservatório Pedreira será construído no Rio Jaguari, entre Pedreira e Campinas, e o Duas Pontes, no Rio Camanducaia, nas cidade de Amparo. O projeto tinha sido anunciado em fevereiro, mas somente agora foi assinado.

A estratégia, segundo Mauro Arce, secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, é que com os dois novos reservatórios, que juntos irão armazenar cerca de 67,4 milhões de metros cúbicos de água, a bacia do PCJ não dependa tanto da água do Sistema Cantareira.

O conjunto de reservatórios segue diminuindo e nesta sexta chegou a 10,4% da capacidade. Hoje a região do PCJ capta 3 metros cúbicos por segundo do sistema.

A construção dos dois novos reservatórios ainda depende da elaboração de um projeto executivo que deve ser concluído em 18 meses. Depois disso, serão mais dois anos para a construção

A captação de água do volume morto do Sistema Cantareira ameaça trazer à tona poluentes depositados no fundo das represas, onde se concentram contaminantes que não são tratados por sistemas convencionais para o abastecimento. Três especialistas em biologia e toxicidade em corpos d’água fizeram o alerta ao Ministério Público Estadual (MPE), que abriu inquérito civil para investigar a crise hídrica do sistema responsável pelo abastecimento de 14,3 milhões de habitantes na Grande São Paulo e no interior.
“Quando se cogita fazer o uso do volume morto, por causa das condições emergenciais de necessidades hídricas, antes que esteja disponível para o abastecimento público, deve passar por análise criteriosa e tratamento adequado para atendimento dos padrões normatizados de qualidade de água”, afirmam, em parecer, Dejanira de Franceschi de Angelis e Maria Aparecida Marin Morales, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e Silvia Regina Gobbo, da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep).
O documento embasou o pedido feito pelos promotores do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema) para que a Agência Nacional de Águas (ANA), o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e a Companhia do Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) informem quais os critérios de uso do volume morto. O MPE exige quais garantias foram pedidas para não haja movimentação do lodo das represas durante a captação e quais exames de qualidade da água serão feitos.
Segundo as pesquisadoras, “quanto mais baixo o nível dos reservatórios, maior é a concentração de poluentes, recomendando maiores cuidados com seus múltiplos usos”. Entre os elementos citados que contaminam os mananciais há compostos inorgânicos (metais e outros agentes tóxicos), orgânicos altamente reativos com os sistemas biológicos (hidrocarbonetos aromáticos, biocidas e fármacos), microbiológicos (bactérias, fungos e protozoários patogênicos) e vírus.
“Muitos dos poluentes que contaminam os rios apresentam potencialidade de alterar o material genético dos organismos expostos, até mesmo do homem, e, consequentemente, desencadear problemas de saúde, como desenvolvimento de doenças crônicas (tais como alterações nas funções da tireoide, do fígado, dos rins), agudas (tais como intoxicações, alergias, diarreias), degenerativas (Parkinson, Alzheimer etc.) e o câncer”, relataram as pesquisadoras da Unesp e da Unimep.
Para os promotores do Gaema, a mortandade de mais de 20 toneladas de peixe no Rio Piracicaba, em fevereiro, provocada pela baixa vazão do manancial, foi “apenas um dos primeiros indicadores visuais da gravidade da situação, que, se persistir, poderá acarretar em impactos gravíssimos, muitas vezes irreversíveis”. Ontem, diante da situação, o MPE negou à ANA e ao DAEE pedido de prorrogação de 30 dias para que eles respondessem quais critérios serão adotados para a retirada da água do volume morto.
Autorizações. A Sabesp informou que apenas se pronunciará sobre os questionamento após ser notificada pelo MPE. No entanto, a empresa afirmou que tem todas as autorizações ambientais para a execução da obra de captação de água do volume morto.
De acordo com a Sabesp, as obras foram iniciadas no dia 17 do mês passado nas Represas Atibainha, em Nazaré Paulista, e Jaguari, em Bragança Paulista. A intervenção vai custar R$ 80 milhões e será concluída em dois meses. “O volume de água que estará à disposição para abastecimento público é de 200 bilhões de litros. A reserva total é de 300 bilhões de litros”, informou a Sabesp.

Fonte: Estadão

A chuva dos últimos dias ajudou a elevar em 0,2 ponto o nível de água armazenado no Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de quase 9 milhões de clientes da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) na Grande SP. De sexta-feira (28) para sábado (1º/3), o volume de água passou de 16,4% para 16,6% e voltou ao patamar observado na quinta-feira (27), segundo informações do portal da Sabesp. Apesar da pequena elevação, trata-se do primeiro aumento do índice dos reservatórios desde dezembro do ano passado.

De acordo com os dados da Sabesp, choveu somente 73 milímetros em fevereiro, contra uma média histórica de 202,6 milímetros de chuva do mês.

No começo de fevereiro, a Sabesp anunciou uma campanha para estimular a redução no consumo, oferecendo desconto de 30% na conta de quem economizar 20% do seu consumo de água, devido a falta de chuvas. O desconto vale apenas para os consumidores abastecidos pelo Sistema Cantareira.

A Sabesp informou que a economia de água do Sistema Cantareira foi de 500 litros por segundo entre os dias 2 e 9 de fevereiro, primeira semana em vigor do incentivo financeiro, que concede desconto de 30% nas contas de consumidores que reduzirem, pelo menos, 20% o consumo médio em um período de 12 meses: fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. De acordo com a Sabesp, os 500 litros por segundo significam uma economia de 302 milhões de litros de água em uma semana. “É o suficiente para encher 120 piscinas olímpicas”, informou a empresa, em nota enviada à imprensa.

A Sabesp comunicou que a redução aconteceu mesmo com um aumento de 2ºC na temperatura na primeira semana de fevereiro e ressaltou que desenvolve estudos de engenharia para determinar a melhor alternativa para a utilização da reserva técnica do Sistema Cantareira, volume de água que está armazenado na represa Jaguari/Jacareí.

A empresa ainda comunicou que passou a abastecer 1,6 milhão de pessoas com o Sistema Alto Tietê. Dessa forma, esses consumidores deixaram de receber água do Sistema Cantareira. “É importante esclarecer que todos os outros sistemas de abastecimento estão em situação normal”.

A estiagem em rios e reservatórios de São Paulo, causada pela seca atípica, já provoca racionamento de água no interior e abre contagem regressiva para que a crise não se repita na Grande São Paulo. Enquanto a cidade de Valinhos, na região de Campinas, já começou a remanejar o fornecimento entre bairros, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) descartou ontem cortes no abastecimento da Região Metropolitana só até o dia 15, quando se espera a volta das chuvas mais constantes e intensas.

O atual cenário já abriu uma disputa entre o comitê que representa as Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pela reserva de água do Sistema Cantareira, que atingiu ontem seu nível mais baixo para o período desde que foi criado, em 1974. As cidades do interior pediram oficialmente aos governos federal e estadual que a Sabesp deixe de usar 6.000 litros de água por segundo do banco de águas (uma reserva estratégica) para garantir o abastecimento da Região Metropolitana.

O pedido foi sugerido pelo Ministério Público Estadual na sexta-feira e aprovado pelo comitê das bacias do PCJ. Ele será analisado hoje pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), gestores dos recursos hídricos da Cantareira. Caso seja aprovado, a Sabesp, que pediu a manutenção da captação, terá de racionar o uso de água para os 8,8 milhões de pessoas da Grande São Paulo abastecidas pelo Cantareira, responsável por 47% da oferta da Região Metropolitana

Oficialmente, o comitê pediu uma quebra na regra de distribuição da água do Cantareira, impedindo que a Sabesp use nos próximos dias água do banco, criado para suprir o abastecimento no período seco de inverno, que vai de abril a setembro. Em períodos normais, esse banco estaria sendo recarregado pelas chuvas de verão. Pela regra de operação, com os níveis atuais dos reservatórios, 30 mil litros de água do Cantareira são enviados para a Grande São Paulo e 3 mil litros por segundo para o interior, em uma área com 5,5 milhões de moradores.

No limite

O engenheiro Francisco Lahoz, do órgão que aprovou o pedido, afirma que a Sabesp tem garantido o fornecimento dos 30 mil litros de água por segundo porque está usando a água reservada do banco. A Sabesp informou que não se pronunciaria sobre a proposta. “A medida tem como objetivo evitar o rebaixamento dos reservatórios para um nível menor do que 20%, que inviabilizaria a transposição de água entre eles e afetaria o fornecimento”, disse.

Ontem, Alckmin disse acreditar que o programa que dá desconto de 30% na conta para quem economizar ao menos 20% será suficiente para evitar o racionamento nesta primeira quinzena do mês. “Entendo que, com essa medida tomada, e se nós tivermos chuvas a partir do dia 15, será suficiente. Claro que isso vai depender da resposta da sociedade, que acho que é positiva. Veja que nós já tivemos isso em 2004 e houve uma boa resposta”, afirmou.

Multa

Enquanto nada é definido, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), determinou que a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento da cidade (Sanasa) estude medidas de incentivo à economia de água nos moldes do programa da Sabesp e já antecipou de julho para este mês o período em que é proibido usar água para lavar calçadas, sob pena de multa equivalente a três vezes o valor da última fatura de água. “Em razão da gravidade do momento, com a falta de chuvas e o calor intenso, decidimos tomar essa medida.”

A dona de casa Maria Ercília Freitas, de 74 anos, conta que o calor faz com que ela use mais água. “Não consigo mais ficar dentro de casa durante a tarde. Para dar uma refrescada, aproveitei para jogar uma água na calçada”, afirma ela, que agora pode ser multada se voltar a praticar a chamada “vassoura hidráulica”, quando é usada água para “varrer” o chão.

A capacidade nos reservatórios de água do Sistema Cantareira caiu abaixo dos 19% nesta quinta-feira (13) e pela primeira vez na história o nível chegou a 18,8%, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo(Sabesp). Para a empresa ligada ao governo de São Paulo, essa é uma situação crítica, mas que ainda não exige racionamento na capital.

Esta semana tem sido marcada por quedas diárias da capacidade dos reservatórios de água. No domingo (9), o nível chegou, pela primeira vez, abaixo dos 20%, a 19,8%. A Sabesp ofereceu 30% de desconto para quem economizar – apenas na capital, estão sendo economizados cerca de 500 litros por segundo, segundo a empresa.

Para a Sabesp, a falta de chuva e o calor recorde são os responsáveis pelo nível tão baixo do Sistema Cantareira. “O mês de dezembro de 2013 foi especialmente ruim: teve 62 milímetros de chuva, quando a média histórica é de 226 milímetros. Foi o pior dezembro desde que a medição começou a ser feita, há 84 anos”, aponta a companhia.

Em janeiro, as chuvas que normalmente chegam a 300 milímetros ficaram em 87,7 milímetros. “Além disso, tivemos o janeiro mais quente da história e, como não chove [o que ajudaria a baixar a temperatura], o consumo de água acaba se mantendo em nível elevado o dia todo”, destaca a Sabesp.

Os vazamentos na rede de abastecimento também prejudicam os reservatórios. O G1 criou um mapa interativo para que o internauta aponte onde esse problema está ocorrendo.

Problema localizado
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), comentou na tarde desta quinta-feira sobre a situação na Cantareira. “É um problema bastante localizado. Não tempos problemas na Guarapiranga, no Alto Cotia e nos demais sistemas de água”, disse.

O governador afirmou que uma reunião com a Sabesp nesta quinta irá discutir soluções para o abastecimento. “A Sabesp está estudando o volume morto da Cantareira. São 400 milhões de metros cúbicos de água que não são utilizados porque não tinha equipamento para chegar a essa profundidade”, afirmou. Ele acrescentou que a empresa na reunião deve apresentar quais equipamentos, qual o custo e o impacto desta retirada.

Histórico
Apesar de que, no dia 9 de fevereiro de 2004, o nível do Sistema Cantareira estava em 5,6%, a Sabesp informa “que os níveis foram revisados e, a partir de agosto daquele ano, uma regulamentação determinou que fossem incorporados volumes que antes eram considerados como reserva técnica”.

Portanto, a empresa não contava na medição os 20% que havia no reservatório. “Assim sendo, naquela época, o índice era de cerca de 25%, maior que o atual”, diz.

O sistema
Formado por quatro represas, o Sistema Cantareira é responsável por abastecer casas de mais de 8 milhões de moradores da Zona Norte, do Centro, de pequena parte da Zona Leste e de 11 municípios da Região Metropolitana de São Paulo (Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, Santana de Parnaíba, São Caetano do Sul e parte das cidades de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André).

A Sabesp classificou o cenário como “preocupante” e anunciou no dia 1° um desconto de 30% para quem economizar água. Para quem quiser participar, a informação sobre o sistema que abastece a residência está disponível na conta de água.

“Nos demais [sistemas], mantém a tarifa normal, porque choveu na média e os sistemas se recompuseram”, disse a presidente da Sabesp, Dilma Pena, em entrevista coletiva. “Vamos ter um impacto no faturamento que ainda não mensuramos. E faremos a gestão disso.”

O desconto será válido de fevereiro a setembro, exceto para Santana de Parnaíba, onde a política vai de março a setembro, “por uma questão específica do sistema”, segundo Dilma.

A presidente da Sabesp também afastou a possibilidade de racionamento. “Não estamos pensando em racionamento. Ele não está no nosso radar”, disse. Segundo ela, o desconto deve vir já na próxima conta de água recebida pelos consumidores.

A estratégia é similar à usada em 2004, quando já houve desconto na conta para quem economizou água. Desta vez, no entanto, o consumidor pode ter um abatimento ainda maior. Quem diminuir o consumo em cerca de 20% terá 30% de desconto na fatura.

“Como tivemos um índice pluviométrico baixíssimo em janeiro, a Sabesp está adotando um incentivo econômico para que a população poupe água. O consumidor que reduzir 20% de seu consumo, tendo como referência a média dos últimos 12 meses, terá uma redução na tarifa de 30%. Isso tem um impacto significativo na conta de água. Como ele reduz o volume, e a estrutura tarifária é por faixa de consumo, então ele tem uma redução real ainda maior”, afirmou a presidente da Sabesp.

Dilma explicou que a média de consumo diário é de 161 litros por habitante na região metropolitana de São Paulo. A campanha pede que esse valor seja reduzido para 128 litros, ou cerca de 20%.

“É um incentivo econômico para que, nessa situação crítica, a população faça a adesão. Temos certeza que a população vai aderir e acatar o chamamento. Não dá para encher a piscina e tomar um banho de 30 minutos. Mas dá para fazer todas as atividades”, ressaltou.

A presidente da companhia explicou que o desconto real na conta dos consumidores que aderirem à economia pode ser ainda maior que os 30%, já que ele será aplicado sobre o valor já menor. “Com a redução, passa a haver uma tarifa de 30,9%. Mas, por mudar de faixa, a redução real será de 48%.”

A conta do cliente abastecido pelo Sistema Cantareira terá um informe com a meta de redução a ser atingida, segundo a Sabesp.

Saiba como economizar
Para economizar água, a Sabesp recomenda que o consumidor adote algumas atitudes diárias. Veja abaixo:

– Tome banhos rápidos e feche a torneira ao se ensaboar;
– Lave a louça de uma vez e feche a torneira ao ensaboá-la;
– Não lave a calçada nem o quintal, use a vassoura;
– Ao lavar o carro, use um balde;
– Acumule roupas para lavar na máquina de uma vez só;
– Deixe a torneira fechada ao escovar os dentes e fazer a barba.

Outro fator que colabora para o desperdício de água são os vazamentos. A Sabesp oferece um curso gratuito que ensina práticas simples para identificar possíveis problemas em instalações hidráulicas. O programa é aberto ao público em geral e é ministrado nos períodos da manhã e da tarde.

Os participantes recebem uma cartilha explicativa ilustrada e um certificado de conclusão.
Quem se interessar deve procurar a regional da Sabesp mais próxima de sua residência.

O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um inquérito civil para investigar suspeita de favorecimento de empresas em contratos feitos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) no programa de redução de perdas de água. A concessionária investiu cerca de R$ 1,15 bilhão entre 2008 e 2013 para diminuir o desperdício na rede de distribuição, mas não atingiu as metas estabelecidas pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp). Além da Sabesp, outras 13 empresas são alvo da apuração.

O inquérito foi aberto em abril pelo promotor Marcelo Daneluzzi, do Patrimônio Público e Social, em meio à crise de abastecimento do Sistema Cantareira. Além do índice de perdas de água acima da meta, revelado pelo Estado em fevereiro, o promotor considerou indícios de irregularidades nos contratos e informações obtidas a partir de uma denúncia anônima de um suposto ex-funcionário da empresa. Ontem, a Sabesp informou desconhecer o teor da denúncia (leia abaixo) .

Além da concessionária, as empresas representadas são: BBL Engenharia Construção e Comércio Ltda, Enops Engenharia Ltda, Enorsul Serviços em Saneamento Ltda, Ercon Engenharia Ltda, Etep Estudos Técnicos e Projetos Ltda, Job Engenharia e Serviços Ltda, Opertec Engenharia Ltda, OPH Engenharia e Gerenciamento Ltda, Cia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Cobrape), Restor Comércio e Manutenção de Equipamentos Ltda, Sanit Engenharia Ltda, Sanesi Engenharia e Saneamento Ltda, e VA Saneamento Ambiental Ltda.

A suspeita do promotor é de que tenha havido “direcionamento em favor dessas empresas, mediante exigências de certificação elaboradas por entidade de classe formada pelas próprias empresas” – no caso, a Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi). Para Daneluzzi, “a situação indica possível irregularidade administrativa, noticiando direcionamento contratual e absoluta falta de eficiência administrativa do programa”.

Entre 2008 e 2013, o índice de perdas de água na rede da Sabesp caiu 8,5%, de 34,1% do volume produzido para 31,2%. Apesar da redução, o índice que mede a quantidade de água desperdiçada entre a estação de tratamento e a caixa d’água dos imóveis, ficou acima da meta de 30,5% estabelecida pela Arsesp, que fiscaliza o serviço. A média nacional de desperdício efetivo é de 38,8%. Somente no ano passado foram perdidos 924,8 bilhões de litros, quantidade próxima da capacidade máxima do Cantareira: 981,6 bilhões

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou em nota que precisaria conhecer a origem das informações que deram base à abertura do inquérito pelo Ministério Público Estadual (MPE) para se manifestar a respeito e afirmou que “o índice de perdas físicas (vazamentos) da empresa é de 20,3%”.

“Com os investimentos do Programa de Redução de Perdas, nos últimos dez anos, o índice caiu 8 pontos porcentuais, enquanto a Itália tem índice de 29%, a França tem 26% e o Estado da Filadélfia (EUA) tem 25,6%. Existem também perdas que impactam o faturamento, como hidrômetros danificados, ligações irregulares e furtos”, informou a Sabesp.

A companhia disse que o Programa de Redução de Perdas de Água, criado em 2007, tem recursos previstos de R$ 5,9 bilhões para troca de ligações domiciliares, hidrômetros e redes de água e também serão pesquisados vazamentos não visíveis em 150 mil quilômetros de redes. Além disso, diz que tem contrato com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) para investimentos e transferência de tecnologia.

Em nota, A BBL Engenharia afirmou que os contratos celebrados com a Sabesp “foram executados no estrito rigor do escopo e dos prazos definidos nos instrumentos de contratação e com a alta qualidade que sempre caracterizou os serviços” da empresa e aguardará a oportunidade para esclarecer as questões levantadas.

A Cobrape afirmou ser “empresa com conhecida experiência em saneamento e recursos hídricos, e seus contratos com a Sabesp são diligentemente cumpridos”. Segundo a empresa, a Associação Brasileira de Ensaios não Destrutivos e Inspeção (Abendi) não é associação de classe nem é formada por empresas”, segundo indício levantado pelo Ministério Público.

O advogado da OPH Engenharia, Fabio Menna, afirmou que a empresa “se sente surpresa” com a notícia do inquérito e “se coloca à disposição para eventuais esclarecimentos”. Ele disse que a empresa é “idônea” e que “nunca sofreu qualquer tipo de sanção por irregularidades seja por infrações contratuais ou técnicas”.

O advogado da Enorsul, Marcelo Leonadro, afirmou que a empresa “trabalha exclusivamente na prestação de serviço técnico para idenfitifcar vazamento na rua e foi contratada por pregão eletrônico com preço fixado pela Sabesp”.

O sócio da Ercon Engenharia, Isaac Zingerevitz, afirmou que “nada tem a temer quanto a eventuais investigações referentes a serviços de detecção de vazamentos” e os resultados apresentados pela empresa à Sabesp “sempre foram a contento”. Procuradas pela reportagem, Enops, Etep, Opertec, Job Engenharia, Sanit, Sanesi, Restor e VA Saneamento Ambiental não se manifestaram.

Após relatos de falta d’água em diversos bairros da zona norte de São Paulo, a zona oeste também começou a registrar interrupções no abastecimento. Moradores e comerciantes da Lapa relatam problemas no fornecimento há cerca de três semanas. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), no entanto, nega a ocorrência de racionamento ou rodízio de água.

“Desde o último sábado, estamos com o abastecimento reduzido: apenas uma hora pela manhã e uma hora no fim da tarde. Estou tendo de driblar as caixas para manter os apartamentos com água”, afirma Luís Henrique Oseliero, síndico de um conjunto de duas torres residenciais na Rua George Smith, em que vivem cerca de mil pessoas.

No entanto, o trabalho do síndico não foi suficiente para manter todos os apartamentos abastecidos na manhã de ontem. “Um morador me ligou reclamando que não havia mais água e que ele teria de sair sem escovar os dentes. Mas já ligamos várias vezes para a Sabesp, e eles continuam dizendo que não há racionamento”, relata.

Nas quadras próximas ao condomínio, estabelecimentos comerciais enfrentam o mesmo problema. Em um bar da Rua 12 de Outubro, o abastecimento tem sido interrompido por volta das 18h, de três a quatro vezes por semana, segundo o gerente. “Até as 23h, ficamos com a água armazenada da caixa d’água. Depois, volta durante a madrugada”, diz Paulo Sérgio de Maria.

Ele afirma não ter procurado a Sabesp para saber o que acontece por acreditar que se trata de racionamento. “A gente sabe que é isso. E, como não chegou a faltar água na torneira ainda, não liguei. Mas as moças que trabalham nas lojas aqui perto estão reclamando muito”, relata.

Em uma padaria na Rua Clemente Álvares, o problema começou na semana retrasada. Segundo um dos proprietários do estabelecimento, que prefere não se identificar, o abastecimento costumava ser interrompido à noite, mas na terça-feira faltou água durante o dia. “Quando falta durante o dia, ‘me quebra as pernas’. O que todo mundo está falando é que não tem mais água na Lapa mesmo.”

Morador do Butantã, também na zona oeste, ele contou ainda que a Sabesp tem interrompido o fornecimento na sua casa diariamente, da 0h às 4h.

A companhia diz que, “por causa de manobras técnicas operacionais para a transferência de vazões dos Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê para atendimento de alguns bairros, atualmente abastecidos pelo Sistema Cantareira, podem ocorrer eventuais momentos de desabastecimento, especialmente nos pontos altos”.

Previsão.

A Sabesp afirma que, com o uso do volume morto, a partir desta quinta-feira, somado à previsão de que haverá até setembro, período da seca, o mínimo de chuvas dos últimos 80 anos, será possível chegar até outubro, início do período de chuvas, sem a necessidade de decretar o racionamento de água na cidade.

Fonte: Yahoo e Oesp

Nível da água em Veneza está crescendo devido ao aquecimento global

10/10/2011

Assista ao vídeo abaixo

[yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=8rQOCgCIWW8′]

Fonte: Youtube

Água pode curar doenças

03/10/2011

Hoje é muito popular, no Japão, beber água imediatamente ao acordar. Além disso, a evidência científica tem demonstrado estes valores. Abaixo divulgamos uma descrição da utilização da água para os nossos leitores. Para doenças antigas e modernas, este tratamento com água tem sido muito bem sucedido…. Para a sociedade médica japonesa, pode haver  uma cura de até 100% para as seguintes doenças:

Dores de cabeça, dores no corpo, problemas cardíacos, artrite, taquicardia, epilepsia, excesso de gordura, bronquite, asma, tuberculose, meningite, problemas do aparelho urinário e doenças renais, vômitos, gastrite, diarreia, diabetes, hemorroidas, todas as doenças oculares, obstipação, útero, câncer e distúrbios menstruais, doenças de ouvido, nariz e garganta.  

Método de tratamento:

1. De manhã e antes de escovar os dentes, beber 2 copos de água.

2. Escovar os dentes, mas não comer ou beber nada durante 15 minutos.

3. Após 15 minutos, você pode comer e beber normalmente.

4. Depois do lanche, almoço e jantar não se deve comer ou beber nada durante 2 horas.

 5. Pessoas idosas ou doentes que não podem beber 2 copos de água, no início podem começar por tomar um copo de água e aumentar gradualmente.

6. O método de tratamento cura os doentes e permite aos outros desfrutar de uma vida mais saudável.  

A lista que se segue apresenta o número de dias de tratamento que pode levar à cura das principais doenças:1. Pressão Alta – 30 dias 2. Gastrite – 10 dias 3. Diabetes – 30 dias 4. Obstipação – 10 dias 5. Câncer – 180 dias 6. Tuberculose – 90 dias 7. Os doentes com artrite devem continuar o tratamento por apenas 3 dias na primeira semana e, desde a segunda semana, diariamente.

 Este método de tratamento não tem efeitos secundários. No entanto, no início do tratamento terá de urinar frequentemente. É melhor continuarmos o tratamento mesmo depois da cura, porque este procedimento funciona como uma rotina nas nossas vidas.

Beber água é saudável e dá energia. Isto faz sentido: o chinês e o japonês bebem líquido quente com as refeições, e não água fria. Talvez tenha chegado o momento de mudar seus hábitos de água fria para água quente, enquanto se come. Nada a perder, tudo a ganhar!  

Para quem gosta de beber água fria, beber um copo de água fria ou uma bebida fria após a refeição solidifica o alimento gorduroso que você acabou de comer. Isso retarda a digestão. Uma vez que essa ‘mistura’ reage com o ácido digestivo, ela reparte-se e é absorvida mais rapidamente do que o alimento sólido para o trato gastrointestinal. Isto retarda a digestão, fazendo acumular gordura em nosso organismo

Fonte: Anjo de Luz

Rádio Anjos de Luz

Com agradecimento à Fada San. Visite www.anjodeluz.net

Meu perfil
Perfil de usuário Terra 2012 .
Leitores do Terra 2012 pelo mundo
free counters
Escreva para a grande fraternidade branca

Grande Fraternidade Branca
Com agradecimento ao Espaço Hankarra. Visite hankarralynda.blogspot.com

Prezado Leitor, se você é uma pessoa solitária, quer desabafar ou deseja uma opinião fraterna e desinteressada sobre algum problema que o aflige, escreva-nos carta para o endereço informado no rodapé do site, ou, se preferir, mande e-mail para grandefraternidadebranca
@terra2012.com.br
.

Todas as correspondências serão respondidas no menor prazo possível.

arvore

Antes de imprimir pense em sua responsabilidade e compromisso com o MEIO AMBIENTE!

Gato no notebook

DÚVIDAS? Fale com o Administrador gtm@terra2012.com.br

Acessar Webmail Terra 2012