Traduzir
Participe de nossos abaixo-assinados
Petição Pública
Prezado Leitor, sua participação é muito importante para nós. Pedimos que, no site www.peticaopublica.com.br,
para cada abaixo-assinado de que você queira participar, digite seu nome completo, RG ou CPF e e-mail. Aproveite para recomendar o site a sua rede de contatos. Obrigada.
Lista de Links

Amigo Bicho

Ótimo exemplo da Holanda

07/01/2018

Política pública transforma a Holanda no 1º país sem cães abandonados

Vale lembrar que para atingir a façanha o país europeu não sacrificou os animais nem os prendeu em canis

Política pública transforma a Holanda no 1º país sem cães abandonados

 

A Holanda alcançou a meta de tornar-se o primeiro (e até então único) país do mundo sem nenhum cachorro vivendo nas ruas. Para alcançar o feito, não foram realizados sacrifícios ou apreensões dos animais em canis.

Como explica o site Hypeness, a conquista faz parte de um plano do governo que possui leis duríssimas para quem abandona os cães – com multas de até alguns milhares de euros -, além de campanhas de castração e conscientização e cobrança de impostos para quem compra cachorros de raça.

Como cita a publicação, estima-se que existam aproximadamente 600 milhões de cachorros vivendo nas ruas em todo o mundo.

Fonte: Notícias ao Minuto

Como levar seu pet para fora do Brasil?

18/12/2017

Viagens de pets para a Europa estão travadas sem previsão de retorno

Divisão de Vigilância de Zoonoses de SP anuncia suspensão do exame de sorologia para raiva, exigido pelos países da UE

Viagens de pets para a Europa estão travadas sem previsão de retorno

 

Ogato Tigrão, 16, morador do bairro da Bela Vista, em São Paulo, está de malas prontas. No entanto, a sua mudança para Portugal sofreu um revés e o cronograma virou um ponto de interrogação.

A Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ) de São Paulo publicou um comunicado no qual anuncia a suspensão do exame de sorologia para raiva, exigido pelos países da União Europeia para que um animal de companhia possa entrar no território.

De acordo com o comunicado, o recebimento de amostras de sangue de ‘pets’ só acontecerá até o dia 29 de dezembro. A partir daí começa o período de suspensão, “sem previsão de retorno.”

Com a interrupção iminente, a DVZ tem sugerido que os interessados procurem o Instituto de Saúde Pública do Chile, o único outro local na América do Sul credenciado para realizar o exame -que serve, basicamente, para testar se a vacina de raiva está ativa no corpo do animal.

Outros laboratórios que realizam o exame estão nos Estados Unidos, no México, no Japão, e em outros países distantes do Brasil.

Segundo a reportagem apurou, esse apagão não será resolvido facilmente, e envolve o Ministério da Agricultura do governo Michel Temer (PMDB).

O ministério fornece uma substância utilizada para a realização dos exames. No entanto, diante do contingenciamento de verbas, decidiu que não está em sua lista de prioridades a produção dessa substância. Ciente desse cenário, a DVZ decidiu comunicar a suspensão.

Na avaliação do ministério, o Brasil não deveria arcar com os custos de produção do conjugado para satisfazer exigências de outros países.

Mais de 10 mil exames do tipo são feitos por ano pela DVZ. O estoque atual de insumos dá conta de mil exames até o final de dezembro.

TIGRÃO

A jornalista Cláudia Rolim, 50, que dividirá uma casa com Tigrão, no Porto, vinha agendando os procedimentos necessários para viajar com seu gato, mas parou tudo diante do comunicado.

“Se não tivesse acontecido tudo isso, eu já teria colocado o microchip e dado a vacina de raiva no Tigrão. Mas assim que eu recebi o comunicado, parei, já que não sei quanto tempo a vacina dura e nem quando vou conseguir que façam a sorologia”, explica.

O microchip com a identificação é o primeiro requisito para transportar pets internacionalmente. No caso da Europa, também é necessária a vacina de raiva e, 30 dias depois, o exame de sorologia.

No Brasil, o exame de sorologia custa R$ 321. Segundo o último levantamento da DVZ, os valores internacionais estão na mesma faixa.

Estimativa feita no site dos Correios indicou valores acima dos R$ 400 para enviar amostras para o Chile, incluindo Sedex (já que não pode passar de dez dias o período entre a coleta e o exame) e caixas para acondicionamento.

Cláudia cogita se mudar sem o companheiro e voltar para o Brasil depois, com os exames feitos, para buscá-lo.

Rosane de Oliveira, diretora da DVZ, diz que a divulgação foi precipitada e que o comunicado foi tirado do ar. Segundo ela, há tratativas com o governo federal e a suspensão pode ser revogada.

Em nota, o Ministério da Agricultura afirma que “não há problemas técnicos na produção do conjugado” e que que a medida foi adotada para direcionar os “escassos recursos públicos” a “atividades estratégicas para a Defesa Agropecuária Nacional, como o combate a enfermidades de alto impacto para a economia brasileira.”Entenda

O exame de sorologia e as viagens europeias

O que é o exame de sorologia de raiva?

Um teste para verificação dos resultados da vacina da raiva para comprovar se o animal está imunizado

Quem exige?

Os países da União Europeia, em caso de viagens com animais de companhia. Eles também pedem a microchipagem e a própria vacina da raiva.

Quanto custa?

A Divisão de Vigilância de Zoonoses, da Prefeitura de SP, cobra R$ 321.

Quem faz?

No Brasil, apenas a Divisão de Vigilância, que anunciou a suspensão.

Fonte: Noticias ao Minuto

 

Amigo Bicho

20/11/2017

 

Animais de estimação: de facto os nossos melhores amigos

Quer saber ao pormenor como cuidar do seu animal de estimação? Adorava ter um site só sobre animais que pudesse consultar diariamente? O PET acaba de ser renovado e está disponível, para si, a partir de hoje

Foto

Cães, gatos, periquitos ou, literalmente, cobras e lagartos. Sejam mais comuns ou mais exóticos, os animais de estimação são parte da nossa vida. Há direitos e obrigações que os donos devem conhecer e cumprir para o bem-estar dos amigos, sendo certo que do companheiro terão sempre em troca muito amor e dedicação. No novo site PET, projecto promovido pelo PÚBLICO em parceria com o El Corte Inglês, vai poder explorar e saber mais sobre o mundo do seu amigo, tenha ele quatro patas ou não.

Os números não enganam: somos um País que gosta de bichos. O estudo da GFK com dados de 2016, o Track.Pets2, mostrou que em Portugal cerca de 2 milhões de lares, ou seja 56% das casas portuguesas, têm pelo menos um animal de estimação. Ora contas feitas, o resultado deu qualquer coisa como estarem registados nada mais, nada menos do que 6.228 animais de companhia, que por muitos donos são considerados como mais um membro da família.

O cão continua a ter a preferência dos portugueses, está em 36% dos lares nacionais. Já os gatos a aparecem em segundo lugar, colhem 23% das predileções, sendo que os pássaros completam o pódio, com 10%, logo seguidos dos peixes, que recolhem 4% das preferências. Contudo, 6% dos inquiridos admitiram ter outros animais e dentro desta categoria cabem os hámsteres, os coelhos anões, mas também animais menos convencionais que têm ganho o afecto dos portugueses. Répteis vários, de cobras a iguanas, tarântulas, furões, ouriços ou porcos anões já habitam em muitos lares nacionais e são cada vez mais os que procuram a companhia de um animal mais incomum.

Mas seja o animal adoptado em instituições de protecção animal, canis e gatis públicos, ou comprado em lojas da especialidade, seja o convencional cão ou gato ou a invulgar tarântula, certo é que a decisão de ter em casa um animal de companhia deve ser consciente e ponderada para evitar o abandono ou a devolução do animal. É uma relação para a vida, por vezes longa, dependendo da espécie, que envolve responsabilidade, cuidado e gastos financeiros. Em troca é certo que irá receber amor e dedicação.

Preparar um lar para o novo amigo

Ora bem, está escolhido? É um cão? É um gato? É um pássaro? Depois da escolha, o que é preciso?

Em primeiro lugar, é preciso não esquecer o básico: o conforto do animal escolhido. Há que assegurar a alimentação, o sítio onde dormir – uma cama para o cão, para o gato ou para o porco anão – e as condições essenciais indicadas a cada animal: uma gaiola adaptada a cada espécie de roedores ou de pássaros, um terrário devidamente equipado para os répteis e caixas de areia e areia para a higiene dos gatos.

Os comedouros e os bebedouros são, obviamente, essenciais, e não se pode esquecer das escovas para o pelo, das trelas e dos açaimes para os passeios ao ar livre dos cães, de arranhadores para gatos e alguns brinquedos que permitam ao animal manter a actividade física.

Sim, até pode parecer um “enxoval”, mas é importante que o animal tenha condições básicas de bem-estar para ser feliz. E já se sabe: animal feliz, dono feliz e tudo correrá pelo melhor nesta relação que se quer que seja longa e benéfica para ambas as partes.

Outra componente importante é a saúde do animal de estimação. No mesmo estudo da GSK, 92% dos donos de cães revelaram que levavam o amigo de quatro patas pelo menos uma vez por ano ao veterinário, o mesmo acontecendo com 68% dos donos de gatos. A consulta anual no médico veterinário é fundamental para monitorizar a saúde do animal, para assegurar que é cumprido o plano de vacinas aconselhado a cada espécie e para identificar qualquer problema e avançar para tratamentos ainda numa fase precoce da doença.

Gostamos deles e eles fazem-nos tão bem

Eles podem ser mais ou menos amorosos, mais ou menos bonitos. Como os amores humanos, o amor pelo animal de estimação não se explica, sente-se. E até pode ser por uma tarântula, porque não?

Mas seja de que espécie for, está comprovado pela ciência que ter um animal de estimação e cuidar dele traz muitos benefícios, para além de fazerem companhia e combaterem a solidão. A começar pela melhoria dos indicadores fisiológicos: os donos de animais de estimação costumam ter menos colesterol, os triglicéridos têm valores mais baixos e acariciar o animal de companhia baixa a tensão arterial. Aliás, a saúde cardiovascular é das que mais beneficia da presença do animal de estimação.

A presença do animal em casa também parece diminuir o stress e a ansiedade e contribuir para combater os estados depressivos, já que a companhia do companheiro ajuda a produzir oxitocina, tantas vezes apelidada de hormona da felicidade.

E se por acaso tem crianças e teme as alergias, descanse. Vários estudos científicos têm demonstrado que as crianças ao conviverem desde pequenas com animais de estimação, nomeadamente cães e gatos, desenvolvem sistemas imunitários mais fortes que as protegem de doenças alérgicas, como a asma.

A pensar no bem-estar do companheiro

O mercado está a notar que o mundo dos animais de estimação tem vindo a crescer e há muito para explorar nas necessidades não atendidas dos donos.

Por exemplo, se não tem tempo para levar o animal ao veterinário, não se preocupe que já há várias empresas que disponibilizam visitas domiciliárias de rotina e de emergência no caso de doença subita do animal de companhia.

E quando o cão tem mau comportamento? E se ele é indisciplinado nas idas à rua? Também já há soluções como escolas de comportamento animal que ensinam os cães a conviver com outros animais, a conviver com crianças e a saberem comportar-se nos passeios diários à rua.

Decerto que muitos donos sentem algum grau de culpa quando de manhã saem de casa e deixam os animais sozinhos durante o dia. A solução: creches. Sim, já creches dirigidas a cães, onde podem passar o dia a conviver com outros cães, a aprender regras de comportamento e a gastar energia.

Mas se a opção for manter o animal em casa, as opções de pet sitting são mais que muitas. Profissionais vão a casa do dono e levam o cão ao passeio diário ou vão a casa alimentar e entreter o gato para que não se sinta sozinho. São igualmente soluções a ponderar quando chega a altura das férias, dos fins-de-semana prolongados passados fora de casa ou das viagens a trabalho, para além de, nessas alturas, poder deixar o animal num hotel para cães ou gatos.

A não esquecer que em caso de dúvida, relacionada ou não com a saúde do animal de companhia, existe a Linha Saúde Animal 24 (760 450 911) onde enfermeiros veterinários apoiados por uma equipa de médicos veterinários estão prontos para responder a todas as questões que envolvem o mundo dos animais domésticos e de companhia sejam eles mais convencionais ou exóticos.

Deveres e obrigações dos donos

Se está a pensar adoptar um animal, ou já tem um, deve saber que há legislação que tem de cumprir. Desde 1 de Maio deste ano que está em vigor o novo estatuto jurídico dos animais que trouxe a primeira grande alteração à forma como os animais de companhia são encarados. Desde essa data deixaram de considerados “coisas” para serem legalmente encarados como seres dotados de sensibilidade, com direitos que têm de ser assegurados pelos donos: direito a acesso a comida e a bebida, direito a cuidados de saúde e a obrigatoriedade de identificação.

A nova legislação também vem regular que em caso de divórcio os donos terão de chegar a acordo sobre a custódia do animal ou dos animais de companhia.

Mais antiga é a obrigação legal de os donos de cães de raças consideradas potencialmente perigosas terem um seguro de responsabilidade civil com capital mínimo de 50 mil euros e a obrigatoriedade de, sempre que circulam na rua, cães e gatos devem estar presos por trela e identificados com o nome, telefone ou morada do dono.

Fonte: O Público

Registre seu pet no cartório

24/08/2017
 

Donos de animais domésticos podem registrar os pets em cartório

Cartórios de registros oferecem serviço para deixar claro de quem é o direito de posse dos animais de estimação. Medida protege o tutor se houver perda do bicho e até mesmo em casos de morte ou de separação dos donos deste

Um novo recurso, disponibilizado por cartórios de títulos e documentos, pode ajudar a efetivar o pet como parte da família, mas de forma um pouco mais oficial. O registro de declaração de guarda, também chamado de identipet, é um documento que traz informações como data de nascimento, raça, cor, tamanho e, claro, nome e sobrenome do animal. Ali também estão registrados os dados do tutor. É possível acrescentar uma foto, informações sobre chip, no caso de animais que tenham o dispositivo e sobre o pedigree, facilitando a identificação dele.
Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press

O registro começou a ser feito em diversos cartórios do Brasil no início deste ano e, conforme a notícia se espalha, os tutores se mostram cada vez mais interessados. É importante ressaltar que o serviço é facultativo, ou seja, nem todos os cartórios o oferecem.  Segundo Geraldo Felipe de Souto Silva, oficial de títulos e documentos do Cartório do Segundo Ofício de Notas, Registro Civil, Títulos e Documentos e Protesto de Títulos do DF — Sobradinho, a iniciativa tem o objetivo de proteger o animal e afirmar a posse do tutor.

Em caso de roubos ou desaparecimento do pet, de divórcio dos cuidadores dele, por exemplo, é um meio legal que comprova os direitos dos donos e facilita disputas judiciais pela guarda. O identipet também deve facilitar o transporte dos animais em viagens. E o documento ainda poderá ser usado em casos de morte do tutor. Nesse tipo de situação, a guarda do bicho de estimação passa aos herdeiros do dono, assim como seus demais bens.

Na prática

Para fazer o registro, o tutor precisa levar as informações sobre o pet, uma foto do animal (opcional) e um documento de identificação pessoal do dono em que conste o número do CPF. Geraldo explica que os papéis podem ser preenchidos com o nome de mais de um tutor, desde que a documentação necessária seja entregue. “Pode ser feito no nome do casal, por exemplo, o que resguarda os dois quanto à custódia do pet em caso de separação. Podem ser familiares ou até mesmo amigos. A ideia é deixar claro de quem é o animal”, acrescenta Geraldo.
O oficial acredita ainda que o documento ressalta a importância que os animais ocupam dentro do círculo familiar. O carinho que tem pelos animais foi o que motivou Geraldo a oferecer o serviço no cartório de Sobradinho. “Tive cachorro a vida inteira e sei qual é esse sentimento único que temos pelos animais. Poder oficializar isso perante a lei é muito bom, já que ele é quase um membro da família e, hoje, podemos atestar isso em papel”, diz.
O registro se destina a animais domésticos, mas os pets de estimação exóticos não ficam de fora. No caso dos animais silvestres, o identipet também pode ser feito desde que o tutor apresente documentação validada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Prova de propriedade

O profissional autônomo Rodrigo de Oliveira Rabelo Santana, 32 anos, está entre os brasilienses que já fizeram o registro de guarda de seu pet. Com a esposa, ele é o tutor oficial da shitzu Bella Rabelo, 3 anos, e conta que ficou curioso quando soube da possibilidade. “Eu vi uma notícia e fiquei intrigado, achei que seria uma forma eficiente de comprovar que a Bella é minha caso algo acontecesse.”
Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press

O receio de precisar comprovar a relação com Bella não é infundado. Há cerca de dois anos, um outro shitzu, o Nick, saiu correndo pelo portão da casa de Rodrigo, que foi imediatamente atrás do cão. Porém, ao chegar à rua, o animal tinha sumido. “Ele era muito pequeno, não poderia ter corrido tanto e desaparecido. Acredito que alguém passou de carro e o levou. Isso é muito comum por aqui e, mesmo colocando muitos cartazes e oferecendo recompensas, ele nunca apareceu”, lamenta o morador de Planaltina.

Ao saber do registro, Rodrigo pensou que, mesmo se encontrasse Nick hoje, teria dificuldade de provar que ele lhe pertence e, por isso, resolveu se precaver em relação a Bella. Rodrigo afirma que a cadela é tratada como um membro da família e que oficializar a relação foi uma forma de validar o laço afetivo que a família estabelece com ela. “Quem tem um animal sabe que esse amor é muito grandioso”. Pai de ueioma criança de 2 anos, Rodrigo brinca sobre a experiência e afirma que é quase como se estivessem registrando um filho.
Apesar de toda a questão afetiva, o ponto principal para o registro de Bella foi mesmo o sumiço de Nick. “Se ela for roubada, temos como pegá-la de volta e a lei vai estar do nosso lado. Antes, ela era minha só pelo nome, agora, é nossa legalmente e nos sentimos resguardados na questão jurídica”, completa o rapaz, que, a partir de agora, garantiu que sempre vai registrar os pets da família.
Fonte: Correioweb

Homenagem a MEL FRANCISCA, que retornou ao astral em 12/4/16

13/04/2016

SAUDADE…………..

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Amor verdadeiro para a vida toda

22/03/2016

 

Foto Ed Alves/CB/DA Press

FOTO ED ALVES/CB/DA PRESS

Amizade para a vida toda

Antes da chegada da cadelinha Mel, Erick, que é autista, tinha dificuldades de relacionamento: hoje, está mais carinhoso e tranquilo.Foto Zuleika de Souza/CB/DA Press
Antes da chegada da cadelinha Mel, Erick, que é autista, tinha dificuldades de relacionamento: hoje, está mais carinhoso e tranquilo.Foto Zuleika de Souza/CB/DA Press

Quando o pequeno Erick Rodrigues, de 5 anos, encontra a cadela Mel pequenos milagres acontecem. Para começar, uma descarga de endorfina. A substância relaxa, aumenta o bem-estar, controla a pressão sanguínea e melhora o sono. A reação é comum às pessoas que têm um animal de estimação, segundo uma pesquisa da Universidade de Cambridge. O mesmo estudo mostra que a maioria dos tutores também desenvolve mais segurança e autoestima. E não são poucos: o Brasil tem a quarta maior população de pets do mundo — 132,4 milhões.

No caso de Erick, a convivência tem reflexos ainda mais especiais. Ele é autista e, apesar de sempre ter feito acompanhamento no Hospital da Criança e na Rede Sarah, além de terapia com psicólogo, tinha dificuldade em apresentar melhora na parte social e até batia nos colegas de escola. “Antes, ele não sabia se envolver com outras crianças, criar um relacionamento de amizade, mas com a chegada da Mel isso mudou”, explica Nayara Rodrigues, 19 anos, irmã de Erick. A estudante não imaginava que ganho seria tão grande. A família, inclusive estava proibida de ter animais de estimação, devido a uma alergia de Erick. Mel, porém, seria abandonada nas ruas e isso sensibilizou a todos.

A cadelinha também chegou com problemas de relacionamento, não brincava e não aceitava que ninguém se aproximasse dela, exceto Erick. “Ela chegou bem traumatizada, acredito que já tinha apanhado muito”, supõe Nayara. Hoje, ambos estão mais felizes. “A Mel o entende muito também. Erick está mais tranquilo, se tornou uma criança mais carinhosa, brinca com ela como se tivesse brincando com outra criança”, comemora.

O vínculo entre tutores e mascotes é tão forte que, de acordo com pesquisadores da Georgia Regents University e da Cape Fear Community College, se tivesse de escolher entre salvar o próprio cãozinho ou um turista estrangeiro em um ônibus desgovernado, 40% das pessoas afirmaram que salvariam o cachorro. O percentual é ainda maior para mulheres — 45% dariam preferência ao pet. Nesta edição, mostramos como, na verdade, humanos e animais salvam a vida uns dos outros, todos os dias.

Crianças que leem para cachorros

Unindo o útil ao agradável, o Missouri Humane Society criou o programa Shelter Buddies Reading para incentivar crianças que estão aprendendo a ler e adolescentes a exercitar a leitura com animais vítimas de maus-tratos e abandono. As crianças, que tem entre 6 e 15 anos, passam algumas horas lendo para os cães, enquanto os animais reconquistam a confiança nos humanos.

“Começamos isso por duas razões”, conta JoEllyn Klepacki, diretora-assistente de educação no Humane Society, ao jornal americano ABC News. “Cães em abrigo exibem vários sinais de ansiedade e estresse e, por isso, queríamos fazer algo para confortá-los. E temos diversas crianças na região envolvidas e elas perguntam: ‘Como posso ajudar? Como posso fazer a diferença?’ Basta fazer um treinamento de 10 horas para aprender a trabalhar com bichos traumatizados.

Cães que farejam câncer

Um estudo da Universidade do Arkansas para Ciências Médicas afirma que, se treinados, cachorros podem detectar câncer de tireoide — Frankie, o cachorro usado na pesquisa, teve uma taxa de sucesso de 88%. Como os cães tem 10 vezes mais receptores olfativos do que os humanos, eles conseguem farejar as substâncias químicas emitidas pelas células cancerígenas.

Menina autista e a gatinha

A história da menina Iris Grace, 6 anos, foi assunto nas redes sociais esta semana. A britânica tem um quadro grave de autismo e os pais receberam a notícia de que, provavelmente, ela nunca falaria ou se relacionaria com pessoas. Mas quando Thula, uma gatinha, chegou em casa, Iris começou a dar ordens para a bichinha. Com o tempo, passou a se comunicar com os pais para dizer o que queria. “Pode ser desafiador, bastante desafiador às vezes. Mas sinto que, se você estimular a criança, trabalhar com as coisas que interessam a ela, verá um progresso, verá mudanças”, afirma a mãe Arabella Carter-Johnson

Emoção de mãe

Um estudo de pesquisadores do Hospital Geral de Massachussetts (EUA) descobriu que as reações cerebrais de mães ao olharem para seus filhos e seus cães são semelhantes. Para efeito de comparação, elas olharam também para outras crianças e animais desconhecidos. As áreas estimuladas foram as ligadas as seguintes áreas: emoção, recompensa, afiliação e interação social.

Terapia assistida por animais

Também chamada de zooterapia, é uma técnica em que os bichos são o ponto central do tratamento. A presença deles facilita o contato entre paciente e profissional de saúde e traz inúmeros benefícios para o praticante, como esclarece a professora de educação física Andrea Gomes. “Quem frequenta a equoterapia é chamado de praticante e não paciente, porque não é uma pessoa passiva, mas responde ativamente aos estímulos do animal.”

Antonio escreveu um livro sobre o amor entre humanos e pets.Foto Ed Alves/CB/DA Press

 

Antonio escreveu um livro sobre o amor entre humanos e pets.Foto Ed Alves/CB/DA Press
 

Uma vida pela outra

O escritor e advogado aposentado Antônio Balsalobre Leiva, 74 anos, sempre gostou de cachorros. Teve algumas experiências na infância e, há, 25 anos, ao se mudar para Brasília, comprou um cão para fazer companhia e, principalmente, proteger a casa. Foram vários ao longo da vida. Lana, uma dálmata com manchas bem clarinhas, fez a diversão da família por um bom tempo. Muito animada e serelepe, fazia graça todos os dias. Uma noite, ao sair na varanda para dar boa noite para a cadela, Antônio a viu deitadinha na cama, desanimada. Só levantou a cabeça ao ouvir seu nome e logo deitou-se.

Na manhã seguinte, ao voltar da caminhada diária, o aposentado encontrou a mulher Vilma desesperada na porta de casa. Lana havia se afogado na piscina durante a noite. Ninguém da casa escutou, apesar de alguns dos quartos ficarem virados para a piscina, que tinha duas escadas de segurança. Ela sabia nadar. O dogue alemão do filho do casal, Atlas, mirava o fundo da piscina com tristeza, mas sem latir. Ninguém entendeu a morte prematura da dálmata.

Quatro dias depois na caminhada diária de Antônio, o aposentado vinha atravessando a rua quando foi atingido por um carro em alta velocidade. Bateu a clavícula e a cabeça no meio fio. Chegou ao hospital com o ombro em frangalhos, a cabeça sangrava muito. “O pessoal que me atendeu achou que eu fosse morrer pelo tanto de sangue. Dias depois, associei a morte da Lana ao meu acidente. Já tinha lido algo sobre isso. Acredito que ela morreu no meu lugar, salvou a minha vida. A partir dela, fui me interessando por estudar os cães. Descobri coisas magníficas”, lembra.

As histórias fantásticas que Antônio encontrou foram sendo escritas, se transformaram em livro e, agora, aguardam edição. Entre elas está a de Shaquille, um akita que pertencia a Hamilton, um amigo do aposentado. O ritual dos dois era, depois da caminhada, deitarem-se dentro do carro da família, na garagem, para ouvir música. Shaquille no banco de trás e o dono, no banco do motorista. Quando Hamilton morreu, antes mesmo de a família receber a ligação do hospital, o cão uivava sem parar. Passou os dias seguintes deitado debaixo do automóvel, no local onde o dono ficava, deprimido. Teve que ser levado para o veterinário pois se recusava a comer e a família precisou vender o carro para que Shaquille seguisse sua vida.

De história em história, o escritor relaciona as características dos animais com as dos seres humanos. “A principal, para mim, é o perdão. Os cachorros desculpam qualquer coisa que o dono faça, mesmo que seja ruim. Eles ficam chateados, mas logo esquecem. Não discriminam ninguém, oferecem amor incondicional, são companheiros. Acho que tem até mais sensibilidade do que os seres humanos. Quando o mundo parece falhar com a gente, o cão não falha. Ele desperta o amor, a compaixão, a dedicação, o desapego e a compreensão.”

Depois da morte de Lana, Antônio passou a valorizar ainda mais os cachorros. “Enquanto eu for vivo, vou adotar mais cães!”, afirma. E nem sempre é o aposentado que vai atrás dos animais. Rita, a boxer que reina no jardim com o vira-lata Tom, por exemplo, era de um dos filhos de Antônio. O casamento azedou e a custódia de Rita foi para os pais do noivo. Ainda bem. “Apesar de eu falar que ela tem a cara feia, ela me perdoa sempre. É uma super companheira”, conta.

Cássia manténm oito péts em casa:felicidade plena.Foto Zuleika de Souza/CB/DA Press

 

Cássia manténm oito péts em casa:felicidade plena.Foto Zuleika de Souza/CB/DA Press
 

“Eles foram a minha tábua de salvação”

A pedagoga Cássia Borba, 51 anos, tem uma história emocionante com os animais. Há 19 anos, passou em um concurso e trocou as praias de Recife pela seca do Planalto Central. Veio morar com a irmã. “Eu me sentia muito sozinha. Minha sobrinha ganhou uma gatinha e eu me apeguei muito a ela. Quando fui morar sozinha, fiquei mais solitária ainda, foi muito sofrido deixá-la para trás e comecei a ter depressão. Meu irmão, que também mora aqui, tinha uma cadelinha e eu passei a cuidar dela”, conta Cássia.

A pedagoga comprou boas rações, uma casinha nova, brinquedos — tudo isso enquanto a cadelinha morava com o irmão. “Todos os dias, eu passava lá à noite e a trazia para dormir comigo. De manhã, a deixava lá de volta. Com o tempo, eles me deram ela. Os animais me ajudaram a passar por esse momento de solidão mesmo quando eu estava rodeada de gente. Foram a minha tábua de salvação”, lembra. Inspirada pelo relacionamento com os bichos, Cássia teve a ideia de criar um projeto que envolvesse os animais na área de atuação profissional dela, a educação de crianças especiais. Foi aí que nasceu o Bichoterapia.

A iniciativa, aplicada inicialmente em uma escola do Guará e depois no Centro Integrado de Ensino Especial (912 Sul), tinha, além de cães, gatos, coelhos e até um galo. A ideia era que as crianças interagissem com os animais para não apenas aprender a parte pedagógica de texturas e cores, mas o aprendizado emocional. “Uma das alunas morria de medo de bicho, a família deixava de sair porque ela surtava quando encontrava algum. Depois de alguns meses no projeto, abraçava todos. O trabalho com autistas também foi ótimo, muitas vezes eles interagiam mais com os animais do que comigo, faziam mais carinho neles do que nas próprias mães. Só conseguíamos chegar neles por meio dos bichos”, conta.

Os alunos também trabalhavam a responsabilidade para cuidar dos pets e, por um tempo, alguns aprendiam a trabalhar com banho e tosa para serem inseridos no mercado de trabalho. Mas a iniciativa dava trabalho — nas férias, Cássia tinha que encontrar alguém para ficar com os animais do projeto, tirava dinheiro do próprio bolso para alimentá-los e, durante o ano letivo, os funcionários da escola se recusavam a limpar a sala e a tarefa sobrava para a pedagoga. “Era tanto estresse que tive que parar. Todo mundo achava lindo, mas eu acabava carregando tudo sozinha. O projeto foi uma maneira de retribuir tudo o que os animais me ajudaram”, afirma.

Hoje, Cássia se envolveu com resgates e segue ajudando como pode. Tem oito bichos, entre cachorros e gatos. No portão da casa dela, uma faixa anuncia um bazar beneficente para ajudar gatinhos que foram abandonados perto da casa da pedagoga. “Faço o que posso, alguns dos meus bichos ainda são do projeto, outros foram lares temporários que se tornaram permanentes. Sou muito feliz com eles.”

Mariana Borges durante aula de equoterapia:mais interação social. Foto Zuleika de Souza/CB/DA Press

 

Mariana Borges durante aula de equoterapia:mais interação social. Foto Zuleika de Souza/CB/DA Press
 

A ajuda vem a cavalo

A equoterapia não é focada na perfeição dos movimentos esportivos, mas na relação entre o cavalo e a pessoa. Para o trabalho terapêutico, o animal deve ser dócil e aprender facilmente. “Um cavalo de equitação não é acostumado com brinquedo e música, é um bicho que trota, corre e pula. Já o cavalo para a equoterapia é previamente selecionado pela estrutura física: não pode ser muito alto, para ter acesso terapêutico ao paciente”, explica a fisioterapeuta Mylena Medeiros. O animal deve ainda ter temperamento dócil.

Entre os benefícios para o praticante estão a melhora do desenvolvimento motor – incluindo equilíbrio, desenvolvimento do sistema cardiorrespiratório, socialização, diminuição de ansiedade e de sintomas depressivos. “Existem crianças que não se enquadram em comprometimento psicológico, mas têm dificuldade enorme de interação, porque vivem num mundo muito virtualizado. O cavalo ajuda a estabelecer contato e resolver a dificuldade de fazer amigos na escola, timidez excessiva, todas essas áreas”, conta a equoterapeuta.

Mariana Borges, 4 anos, aprimorou bastante a parte social com a prática da modalidade. Ela teve falta de oxigenação durante o parto, o que gerou uma pequena lesão no cérebro. A menina fez parte do programa de Estimulação Precoce da Secretaria de Educação, e, atualmente faz acompanhamento na Rede Sarah e com uma equipe multidisciplinar de médicos, com neurologista e fonoaudiologista. A indicação para a Associação Nacional de Equoterapia (Ande) veio da escola que ela frequentava.

Mãe da menina, a servidora pública Mônica Borges, 30 anos, conta que a filha tem a companhia da égua Estrela desde 2014 e um dos maiores ganhos foi a melhora na dificuldade de andar, além do aumento da capacidade social. “Ela tinha muito medo das coisas: das pessoas, dos bichos. Agora, está mais segura. Sente muita falta quando não vem e, no dia da equoterapia, ela já acorda pedindo para vir”, conta.

“As mães comentam que, com uma, duas sessões, o comportamento é outro. Até mesmos as professoras da escola ficam impressionadas. Como a maioria deles gosta muito da equoterapia e cria vínculo com o animal, vira moeda de troca em casa para bom comportamento”, conta a educadora física Andrea Gomes. A idade dos pacientes atendidos varia de adolescentes até idosos e o avanço da idade não faz com que a resposta à equoterapia seja mais lenta. Em média, após seis meses, os praticantes costumam ter benefícios.

Origem milenar

A inserção de cavalos na medicina humana aconteceu antes de Cristo, por Hipócrates. Segundo a equoterapeuta Mylena Medeiros, a prática retornou com força total na França em 1965 para ajudar na recuperação de soldados no pós-guerra. Existem ainda centros hípicos focados na recuperação de pessoas com problema de vício em drogas e outros voltados para a sobrevida de pacientes terminais e crianças com doenças crônicas, como um do Tenessee (EUA). Essa modalidade é chamada de terapia assistida por animais.

No Brasil, a chegada da equoterapia ocorreu em 1989, com a brasiliense Associação Nacional de Equoterapia. A modalidade foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina do Brasil como método terapêutico em 1997 e, hoje, tem o aval dos conselhos de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional, sendo reembolsável por planos de saúde. Devido ao alto custo, porém, ainda não é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, tramita no Congresso Nacional um projeto de lei para regulamentar a prática. O texto foi proposto em 2012 pelo então senador Flávio Arns (PT-PR) e exige exames psicológicos e fisioterápicos dos praticantes e capacitação de toda a equipe, incluindo fisioterapeuta, educador físico, terapeuta ocupacional, pedagogo, psicólogo e professor de equitação. O projeto determina ainda que o local tenha atendimento de urgência ou seja capaz de fazer remoção imediata para uma unidade de saúde, em caso de acidente. Em caso de aprovação, o texto precisa ser votado em plenário por pelo menos dois terços dos senadores. Em seguida, segue para sanção presidencial.

16/03/2016. Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Thiago superou um princípio de depressão ao lado de Simba. Foto Marcelo Ferreira/CB/DA Press

 

16/03/2016. Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Thiago superou um princípio de depressão ao lado de Simba. Foto Marcelo Ferreira/CB/DA Press
 

Melhor que cursinho

Outra pessoa que se beneficiou da companhia de um cachorrinho foi o estudante Thiago Rodrigues, 21 anos. Em junho de 2015, ele estava no início de uma depressão depois de várias reprovações no vestibular para medicina. Foi quando a mãe dele, Dora, decidiu levar a mascote Simba para casa, na época com 45 dias de vida. “Como passo muito tempo fora de casa, o nosso cachorro foi uma forma de companhia e amizade”, conta a mãe.

Logo que o cãozinho chegou, Thiago conseguiu a aprovação e os sintomas da depressão foram afastados. “Simba mudou as nossas vidas. Meu filho disse que foi o melhor presente que já ganhou”, comemora a enfermeira.

Tratamento de quatro patas

Nem sempre o tratamento entre humanos e animais segue parâmetros científicos reconhecidos. Pode bastar a presença do pet para que o efeito terapêutico aconteça. A estudante Bianca*, 37 anos, sofre com o diagnóstico de bipolaridade há mais de 10 anos. Apesar de fazer uso de medicação, ela não via melhora significativa no quadro e, por conta da condição, foi afastada do trabalho. Foi quando decidiu adotar uma gatinha, em fevereiro deste ano. “Como eu estudei dois anos de psicologia e fiz muita terapia, sabia que é cientificamente comprovado que a convivência entre animais e seres humanos é benéfica, principalmente para pessoas com transtornos mentais”, explica.

Na infância, Bianca teve outros gatos e também cães. Após a aprovação da psiquiatra, mais duas gatinhas saíram de uma feira de adoção e chegaram à casa em que a estudante mora, sozinha. Uma delas, como veio das ruas, não passou por abrigos e ainda não está habituada ao contato. Apesar disso, a estudante agradece a companhia e afirma que teve melhora no quadro psiquiátrico. “Os animais são melhores do que os seres humanos. Não posso contar minha doença pra qualquer pessoa. Eu corro o risco de perder as amizades”, acredita.

* Nome fictício, a pedido da entrevistada

Luiza e Tito:ele entrou para família.Foto Zuleika de Souza/CB/DA Press

 

Luiza e Tito: ele entrou para família.Foto Zuleika de Souza/CB/DA Press
 

“Ela quebrou o gelo e o muro de solidão que construí a minha volta”

A secretária executiva bilíngue Luiza Callafange, 26 anos, sempre gostou de animais: já teve cachorro, peixe, hamster e até um minicaranguejo. Depois de adulta, passou por muitos problemas relacionados à depressão e ansiedade, principalmente quando foi morar sozinha. “Eu precisava amadurecer e aprender uma série de coisas, mas, ao mesmo tempo que queria, não estava totalmente preparada para lidar com elas, principalmente com a solidão”, conta.

Por coincidência, Luiza passou por uma feira de adoção e Tito entrou para a família. “Foi amor à primeira vista: um gatinho ruivo, magro, doentinho, que não abria um olho e tinha feridas no corpo. Eu simplesmente precisava tirá-lo dali e dar-lhe uma oportunidade de ser feliz”, conta.

Com o tempo, a jovem perdeu a vontade de sair de casa e de estar com os amigos. Nem mesmo a atividade física estava ajudando. Foi quando ela decidiu começar a psicoterapia, que logo a fez reagir. Quando melhorou um pouco, decidiu trazer a segunda gatinha para casa. Ela viu a foto em uma página de adoção e decidiu buscar o animal, mas ele já havia sido levado por outra pessoa. Pouco tempo depois, por algo que ela chama de “milagre”, a adotante desistiu e Lily enfim foi morar com Luiza. “A Lily veio no momento em que eu mais precisava. É carente e carinhosa. Ela me conquistou. Quebrou o gelo e o muro de solidã.

Entrevista // Vinicius Perez dos Santos

*Médico veterinário, residente do Hospital Veterinário FMVZ-USP e fundador do Projeto Santuário FMVZ-USP

Quando foi que se começou a enxergar o animal como um indivíduo a ser domesticado?

A domesticação dos cães e gatos foi, sem dúvida, um importante acontecimento na história da humanidade. Embora estudos apontem o lobo (canis lupus) como antecessor do cão doméstico (canis familiaris), alguns geneticistas defendem que, na verdade, as duas espécies são descendentes de um ancestral comum desconhecido. Há registros fósseis de cães de cerca de 12 mil anos encontrados junto a ossadas de humanos e outras evidências fósseis da existência de cães há pelos menos 33 mil anos. O que se tem certeza é de que, a partir do momento em que as pessoas passaram a se estabelecer em locais fixos, deixando a vida nômade e instituindo a agricultura, a relação entre seres humanos e cães tornou-se atrativa com benefícios mútuos. Para os humanos, ajudantes na caça e proteção dos acampamentos. Para os cães, maior disponibilidade de alimento. Já a domesticação dos gatos data de período mais recente. Enquanto os cães estão com os humanos há pelo menos 20 mil a 30 mil anos, a domesticação do gato ocorreu apenas em meados do século 8 a.C., entre as aldeias que originaram o Egito antigo, onde passaram a exercer importante papel no controle de roedores que apareciam em busca de grãos.

Por que os cães e gatos são os animais domésticos mais comuns?

Inicialmente, estabeleceu-se a aproximação com essas espécies pela oportunidade de maior disponibilidade de alimento em troca de parceria para a caça ou proteção contra a proliferação de roedores. Mas, com o tempo, os benefícios foram além e o vínculo se tornou cada vez mais forte. Os cães desenvolveram habilidades essenciais para se adaptarem à convivência com seres humanos, como o olhar fixo nos olhos, que estimula a liberação de ocitocina tanto nos humanos quanto nos próprios animais. A ocitocina é o mesmo hormônio liberado em decorrência da interação entre mães e bebês, conhecido como hormônio do amor. Não é à toa que estudos recentes com uso de ressonância magnética evidenciam ativação de regiões do hipocampo de cães relacionadas a emoções boas como alegria e amor resultante do contato entre seres humanos e animais.

Qual é a causa mais comum pela qual adotamos um animal de estimação?

As motivações para a adoção de um animal podem ser variadas, algumas vezes altruístas, outras embasadas em posturas antropocêntricas, visando bem-estar próprio. A presidente da Associação Médico-Veterinária Brasileira de Bem-Estar Animal, Ceres Berger Faraco, médica veterinária e doutora em psicologia, aponta que a crescente associação entre seres humanos e animais se dá como estratégia para enfrentar os desafios da sobrevivência, pois humanos e animais de companhia são seres gregários, além de que os bichos oferecem suporte para a sobrevivência das sociedades. Sendo assim, a adoção muitas vezes representa uma vontade de completar a família ou enfrentar a solidão.

Quais são os benefícios do convívio entre humanos e animais?

Atualmente, muitas pessoas conhecem os benefícios das terapias assistidas por animais, como a equoterapia e as visitas a hospitais, asilos e outras entidades, com apoio dos “cães-terapeutas”. Porém, o convívio com animais por si só também influencia diretamente a saúde das pessoas. A doutora Ceres Faraco explica que no mundo atual, onde são incentivados o individualismo, a perda de laços familiares e a solidão, a presença dos bichos serve como apoio social e fortalece o sentimento de que somos pertencentes, amados e absolutamente necessários para alguém. Na prática da medicina veterinária, diariamente vamos conhecendo diferentes famílias e ouvindo diferentes histórias nas quais os animais ocupam sempre um lugar especial no auxílio para a superação de uma dificuldade, com ensinamentos diários. Vamos percebendo que na complexa rede familiar em que cada partícula interage uma com a outra, os animais ocupam uma importante posição.

Quais são os benefícios físicos de se ter um bichinho?

Segundo estudo realizado pelo Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da USP, os benefícios dos animais de companhia à saúde das pessoas vão desde a melhora na imunidade de crianças e de adultos até a redução dos níveis de estresse e da incidência de doenças comuns, como dor de cabeça ou resfriado. Outros estudos identificados pelos pesquisadores da USP também avaliaram as taxas de sobrevivência no ano posterior a um infarto agudo do miocárdio em donos de cães, gatos e outros animais de estimação em comparação com pessoas que não conviviam com bichos. Segundo os pesquisadores, depois de determinado período, verificou-se que a convivência com um cão contribuiu significativamente para a sobrevivência dos pacientes, pelo menos no ano seguinte ao incidente. Os mesmos estudos também apontam benefícios no controle da pressão arterial.

Existe algum momento em que o convívio intenso seja ruim para os animais?

Os principais ônus para os animais de estimação na relação com os seres humanos estão relacionados ao fenômeno do antropomorfismo. Consiste no hábito de tratar os animais com base em premissas da visão humana, considerando que as necessidades dos animais são semelhantes às nossas, ou ainda privilegiando as preferências humanas em detrimento das necessidades naturais do bicho. Trocando em miúdos, toda vez que reproduzimos práticas como uso de roupas, calçados e perfumes em cães e gatos, por exemplo, estamos aplicando uma necessidade essencialmente humana, que não apenas não é natural para o animal como também pode ser incômoda. O cão precisa ser cão e o gato precisa ser gato. A possibilidade de expressar comportamentos naturais da espécie é um pré-requisito básico para garantir seu bem-estar. Não há nenhum mal em tratar o animal como filho, desde que se compreenda que é um filho não humano e se respeite as necessidades dele.

“Não há nenhum mal em tratar o animal como filho, desde que se compreenda que é um filho não humano e se respeite as necessidades dele”

 Fonte: Correioweb e Yahoo

QUAIS AS VANTAGENS DE TER UM GATINHO?

Tá vendo aquele inseto ali? Há! Agora não tá mais.

Olha, esses bichanos são praticamente inseticidas de quatro patas. Caçadores selvagens dessas feras que são os pernilongos.

Tá vendo aquele inseto ali? Há! Agora não tá mais. (Reprodução/Giphy)

Eles são seres humildes, não ligam pra etiqueta e amam os brinquedos mais vagabundos do mundo.

Sabe o lixo seco da sua casa? É basicamente disso que eles precisam. Com algumas bolas de papel e caixas de papelão você constrói um maravilhoso Disney World felino.

Eles são seres humildes, não ligam pra etiqueta e amam os brinquedos mais vagabundos do mundo. (Reprodução/Giphy)

Você vai incluir exercícios aeróbicos na sua rotina.

Seja durante as brincadeiras mais animadas ou durante a perseguição para levar pro banho, você vai suar.

Você vai incluir exercícios aeróbicos na sua rotina. (Reprodução/Giphy)

Suas roupas vão ganhar uma nova estampa.

Há pelos por todos os lados. Há pelos em tudo que eu vejo.

Suas roupas vão ganhar uma nova estampa. (Reprodução/amigonaosecompra.com.br)

Eles ensinam que existem várias formas de ver o mundo.

De ponta cabeça, por exemplo.

Eles ensinam que existem várias formas de ver o mundo. (Reprodução/Giphy)

Você nunca mais estará sozinho. NUNCA.

Pode acreditar, você ganhou amor incondicional e uma companhia para todos os momentos. Sério mesmo, todos.

Você nunca mais estará sozinho. NUNCA. (Reprodução/Giphy)

Você vai aprender bons hábitos de higiene.

Ok, lamber o próprio ânus pode não parecer algo muito higiênico, mas pelo menos eles tomam banho e, ao contrário de muitos humanos, dificilmente pingam xixi onde não devem.

Você vai aprender bons hábitos de higiene. (Reprodução/Giphy)

Eles fazem massagem de graça.

Ok, talvez eles peçam ração em troca. Nada mais justo.

Eles fazem massagem de graça. (Reprodução/Giphy)

E você vai ter um motivo a mais pra voltar pra casa feliz no fim do dia. 🙂

E você vai ter um motivo a mais pra voltar pra casa feliz no fim do dia. :) (Reprodução/Giphy)

Você acha difícil acordar cedo? O despertador do celular não é o suficiente? Seus problemas acabaram!

Pode ficar tranquilo, grandes chances de você receber vários miadinhos e arranhões na sua porta em um horário bem apropriado, tipo às 5 da manhã.

Você acha difícil acordar cedo? O despertador do celular não é o suficiente? Seus problemas acabaram!  (Reprodução/Giphy)

Bichos rentáveis

Os apaixonados pelos seus animais de estimação os veem como membros da família. E não adianta criticar: o amor pelos bichinhos sempre fala mais alto. O carinho é tanto que até se separar deles por algumas horas é doloroso, que dirá por dias e dias. Mas, quando há estabelecimentos que aceitam a presença dos animais, a alegria de dividir mais momentos juntos é coletiva. No Distrito Federal, os espaços pet friendly na capital têm crescido e com eles o amor pelos animais.

São cafés, bares, shoppings e até hotéis. A estudante Juliana Lauermann, 20 anos, procura esses lugares e dá preferência para eles. “Hoje, muitas pessoas têm os cachorros como filhos, então, é muito legal poder levá-los para onde for”, afirma. Assim, ela é frequentadora assídua do Ernesto Cafés Especiais. Desde o início do negócio, a dona, Juliana Pedro, sentia a necessidade de atender uma demanda dos clientes. A primeira adaptação surgiu da ideia de disponibilizar de água fresca em recipientes específicos para os pets. Aos poucos, a parte de trás do estabelecimento, carinhosamente chamada de “nosso quintal” ganhou a presença de companheiros de quatro patas.

Juliana Lauermann afirma que muitos consideram os animais como filhos e querem levá-los a todos os lugares
Juliana Lauermann afirma que muitos consideram os animais como filhos e querem levá-los a todos os lugares

“Como nossos clientes acabaram adotando o Ernesto como uma extensão de suas casas, passam um bom tempo aqui, com a família e o cãozinho”, explica Juliana. Entretanto, esses mimos têm restrições. Os bichinhos precisam estar com o equipamento de segurança necessário e só podem circular no jardim do café.

E que tal um hotel para os bichinhos? A arquiteta Letícia Markiewicz, 53 anos, ficou muito animada com a ideia e descobriu que na cidade também há o serviço. “A Valentina sempre viajou conosco, mas só para casa de família. Agora, ela pode nos acompanhar em outros destinos”, afirma, ao conhecer o hotel Athos Bulcão, da rede de hotéis Hplus. O propósito veio a partir de um levantamento da necessidade de se diferenciar no mercado casada com uma necessidade social.

Muitos cães

Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, no Brasil, há mais cachorros de estimação do que crianças. Cerca de 44% das residências têm cães, equivalente a mais de 52 milhões de animais, superando os 45 milhões de crianças (leia Para saber mais). O hotel permite cães de até 12kg e que nos elevadores sejam levados no colo. Julia Faure, 21 anos, idealizadora do projeto, comenta que mesmo somente com 13 dias de implantação já houve um retorno positivo. “Todos os cachorros são recebidos com um kit de boas-vindas personalizado. Ele é cadastrado como um hóspede normal.”

Os shoppings da capital também entraram na onda. Iguatemi, Casa Park, Boulevard e Brasília Shopping oferecem facilidades para os consumidores, como carrinhos específicos para os animais de pequeno porte — sem contar os cães-guia, sempre liberados. Há regras, como estarem no colo e não frequentarem a praça de alimentação. “A gente uniu essa tendência ao lazer e à convivência. Os clientes sentem-se privilegiados e têm dado um retorno muito bom. Estamos até com alguns projetos para ampliar a iniciativa”, afirma a gerente de marketing do Brasília, Maíra Garcia.

Perfil dos donos

Estudo realizado pelo Ibope revelou que o Brasil possui 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos sendo que, dos 65 milhões de domicílios do país, 44,3% possuem pelo menos um cachorro e 17,7% pelo menos um gato. A base da pesquisa quantitativa teve 900 entrevistados, sendo 300 donos de cães, 300 donos de gatos e 300 não possuidores — com intenção de ter. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador e Distrito Federal

A pesquisa mostrou que os proprietários de cães são, em sua maioria (51%), casados, têm, em média, 41 anos e 93% moram com mais de uma pessoa. Além disso, observou-se que 82% são de classe AB (na classe A são 24%), 59% moram em casas e 24% adotaram seus cães, sendo 59% deles SRD (sem raça definida). Dos entrevistados, 68% acreditam que os cães trazem conforto emocional e 44% veem seus cachorros como filhos, sendo que a maioria desses respondentes são mulheres solteiras de até 40 anos. Em relação aos donos de gatos, o levantamento mostra que 61% são mulheres, têm em média 40 anos e 62% moram em casas.

Fonte: Correioweb

Nosso amigo gato

28/02/2016

 

O GATO E A ESPIRITUALIDADE


Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não topa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério.
O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago.A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.

O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode, ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós.
Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe “ler” pensa que “ele” não está ali. Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.
O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluídos, auras, fantasmas amigos e opressores.
O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo.
É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério.
O gato é um monge silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado.
O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas.
O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel.Suas manifestações são íntimas e profundas.

Exigem recolhimento, entrega, atenção.

Desatentos não agradam os gatos.Bulhosos os irritam.

Tudo o que precise de promoção ou explicação quer afirmação.

Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato! Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos.

Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata.

Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo.
O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo.

  • Lição de saúde sexual e sensualidade.
  • Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias.
  • Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal.
  • Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular.
  • Lição de salto. Lição de silêncio.
  • Lição de descanso.
  • Lição de introversão.
  • Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra.
  • Lição de religiosidade sem ícones.
  • Lição de alimentação e requinte.
  • Lição de bom gosto e senso de oportunidade.
  • Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências.

O gato é uma chance de interiorização e sabedoria, posta pelo mistério à disposição do homem.”

O gato é um animal que tem muito quartzo na glândula pineal, é portanto um transmutador de energia e um animal útil para cura, pois capta a energia ruim do ambiente e transforma em energia boa, — normalmente onde o gato deita com frequência, significa que não tem boa energia– caso o animal comece a deitar em alguma parte de nosso corpo de forma insistente, é sinal de que aquele órgão ou membro está doente ou prestes a adoecer, pois o bicho já percebeu a energia ruim no referido órgão e então ele escolhe deitar nesta parte do corpo para limpar a energia ruim que tem ali.

Observe que do mesmo jeito que o gato deita em determinado lugar, ele sai de repente, pois ele sente que já limpou a energia do local e não precisa mais dele.O amor do gato pelo dono é de desapego, pois enquanto precisa ele está por perto, quando não, ele se a afasta.

No Egito dos faraós, o gato era adorado na figura da deusa Bastet, representada comumente com corpo de mulher e cabeça de gata. Esta bela deusa era o símbolo da luz, do calor e da energia. Era também o símbolo da lua, e acreditava-se que tinha o poder de fertilizar a terra e os homens, curar doenças e conduzir as almas dos mortos.

Nesta época, os gatos eram considerados guardiões do outro mundo, e eram comuns em muitos amuletos.

“O gato imortal existe, em algum mundo intermediário entre a vida e a morte, observando e esperando, passivo até o momento em que o espírito humano se torna livre. Então, e somente então, ele irá liderar a alma até seu repouso final.”

Barrinhas e Divisórias
Gatos Neutralizam Energias
A primeira descoberta foi que os gatos dormem muito porque precisam repor as energias que perdem enquanto fazem a limpeza do ambiente. Isso não é uma novidade, porque já no antigo Egito eles eram e ainda são considerados animais sagrados, porque simbolizam exatamente isso: a limpeza, a higiene, tanto do ambiente como a deles mesmo.
Preste atenção onde seu bichano gosta de dormir, normalmente eles procuram locais onde existe alguma energia parada, essa energia não é necessariamente negativa, mas também não é boa tê-la sem utilidade. Assim, o gato é na verdade, uma espécie de filtro, enquanto dormem transformam a energia ou a colocam em movimento.
Gatos gostam de dormir em locais de vertente subterrânea de água, falhas geológicas, radiações telúricas.Comprovado pela Geobiologia e pela Radiestesia, estes locais afetam a saúde das pessoas, provocando doenças e depressão entre outras. Assim o gato pode ser uma forma de nos prevenir destes pontos. Repare se seu gato gosta de dormir na sua cama, por exemplo.

Outra lenda ligada aos gatos é o fato de possuírem sete vidas. Esta questão está associada ao seu campo vibratório perfeito, ou seja, o gato é o animal que mais neutraliza o negativo, se colocarmos numa escala, neutralizaria 100%, daí a questão das sete vidas.
O Gato também é o único animal que, como o ser humano, tem sete camadas da aura e mais do que isso, são duplas. Isso faz com que ele tenha oito sentidos, três a mais do que o normal, que são cinco. Isso é percebido pela sua independência e, podemos dizer sua terceira visão.

Quem nunca prestou a atenção em um gato acompanhando o olhar para algo que não conseguimos ver? É comum os gatos perceberem outras presenças nos ambientes.
Além disso, é o único animal da Terra que emite um som vibratório, o “ronronar” quando está em harmonia. Neste momento ele está sintonizando seu campo com o da pessoa ou neutralizando seu próprio campo negativo, por isso é aconselhável pegar um gato no colo pelo menos uma vez ao dia.
Estudos científicos têm demonstrado que os gatos são mais do que bons amigos e animais de estimação. Eles são verdadeiros terapeutas e podem ser uma ótima opção para pessoas que sofrem de doenças, principalmente cardíacas.
Você sabia que possuir um gato pode reduzir o risco de ataque cardíaco? Essa descoberta foi resultado de um estudo com cerca de 4.000 americanos por pesquisadores da Universidade de Minnesota. Depois de 10 anos de pesquisa, os donos de gatos apresentaram um risco de 30% a menos de sofrer ataque cardíaco, em comparação com aqueles que não possuem gato.
Em um outro estudo recente, a Dra. Karen Allen, uma pesquisadora da Universidade Estadual de Nova York, descobriu que corretores com hipertensão que adotaram um gato, tiveram menores leituras de pressão arterial em situações estressantes do que aqueles que não possuem o animal de estimação. No início do estudo, os corretores foram prescritos com o remédio anti-hipertensivo Lisinopril.Metade dos participantes foram selecionados aleatoriamente para obter um cão ou gato como animal de estimação. Seis meses depois, Allen e seus colegas realizaram testes com os participantes para medir alterações na pressão arterial.

Eles descobriram que a pressão arterial induzida pelo estresse continuou a subir nos corretores sem animais de estimação. Os corretores com animais também tiveram aumentos na pressão arterial, mas de apenas metade se comparado com o outro grupo.

Nessa pesquisa, que foi publicada no site da Univesidade de Buffalo e apresentada à Associação Americana do Coração, concluíram que os gatos controlam a pressão arterial melhor do que os medicamentos inibidores da enzima conversora da angiotensina (também chamados de inibidores da ECA), que ajudam a relaxar os vasos sanguíneos.Sendo assim eles são, literalmente, mais eficazes na regulação dos níveis de pressão arterial do que a medicina moderna.

Além de melhoria na saúde do coração, os gatos também auxiliam na produção de oxitocina no cérebro. Em um estudo publicado na revista Frontiers of Psychology, pesquisadores concluíram que os gatos, por causa do impacto que têm sobre os nossos níveis de oxitocina, são capazes de reduzir a agressão, aumentar a empatia, aprimorar a aprendizagem e produzir um aumento da confiabilidade em outras pessoas.A oxitocina é um hormônio produzido no hipotálamo, conhecido como hormônio do amor. Quando isso acontece, os níveis de cortisol (hormônio do stress) diminuem, promovendo uma sensação de bem estar físico e emocional, deixando corpo e mente em harmonia, fortalecendo o sistema imunológico, dentre outros benefícios.

Gif de gatinho O Ronronar dos Felinos Gif de gatinho
Alguns especialistas vão ainda mais longe e afirmam que o ronronar dos gatos pode curar graças às vibrações e sons graves que produz. De acordo com um artigo publicado na revista Scientific American, os gatos ronronam com um padrão consistente de frequência entre 25 e 150 hertz.Cientistas demonstraram que os felinos produzem o ronronar através de movimentos intermitentes da laringe e dos músculos do diafragma, e concluíram que as frequências de som nesse intervalo podem melhorar a densidade óssea e promover a cura de células.

Os pesquisadores afirmam que, como o gato conserva energia através de longos períodos de descanso e sono, é possível que o ronronar seja um mecanismo que estimula músculos e ossos sem gastar muita energia.

A resistência desses animais tem facilitado a noção de que possuem “sete vidas” e o ronrom pode fornecer uma base para essa mitologia felina.

Embora seja tentador afirmar que os felinos ronronam porque estão felizes, é mais plausível que o ronronar seja um meio de comunicação e uma fonte potencial de auto-cura.Esta descoberta pode fornecer ajuda para a medicina moderna, contribuindo para o tratamento de osteoporose e atrofia muscular.

Na mitologia egípcia, Bastet é uma divindade solar e deusa da fertilidade, além de protetora das mulheres.
Apesar das diversas pesquisas atuais, os dons do gato não eram segredo para os nossos ancestrais, principalmente para os antigos egípcios, que os tratavam como deuses. Eles eram adorados, sendo muitas vezes retratados em hieróglifos repletos de jóias. Além disso, naquela época matar um gato mesmo por acidente, era considerado um ato criminoso punível com a morte.

Os gatos podem não serem deuses, mas temos evidências suficientes com relação aos seus poderes de cura e podemos concluir que eles são verdadeiros terapeutas holísticos. Com estas novas descobertas, não existem dúvidas quanto à sua influência positiva na saúde dos seres humanos.
Gif de gatoA maioria das pessoas (ignorantes) acham que os gatos não fazem nada, são preguiçosos e tudo que fazem é comer e dormir. 

Não é bem assim!
Você sabia que os gatos têm uma missão na nossa vida?
Você já parou para pensar porque tantas pessoas hoje em dia têm gatos?
Mais do que o número de pessoas que tem cães?
Aqui está uma série de informações sobre a vida secreta dos gatos.
Todos os gatos têm o poder de, diariamente, remover energia negativa acumulada no nosso corpo.Enquanto nós dormimos, eles absorvem essa energia. Se há mais do que uma pessoa na família, e apenas um gato, ele pode acumular uma quantidade excessiva de negatividade ao absorver energia de tantas pessoas.

Quando eles dormem, o corpo do gato libera a negatividade que ele removeu de nós. Se estivermos excessivamente estressados, eles podem não ter tempo suficiente para liberar tamanha quantidade de energia negativa, e conseqüentemente ela se acumula como gordura até que eles possam liberá-la.

Portanto, eles se tornarão obesos – e você achava que era a comida com que você os alimentava! É bom ter mais do que um gato em casa para que a carga seja dividida entre eles.

Eles também nos protegem durante a noite para que nenhum espírito indesejável entre em nossa casa ou quarto enquanto dormimos.

Por isso eles gostam de dormir na nossa cama. Se eles verificarem que estamos bem, eles não dormirão conosco. Se houver algo estranho acontecendo ao nosso redor, eles todos pularão na nossa cama e nos protegerão.

Se uma pessoa vier a nossa casa e os gatos sentirem que essas pessoas estão ali para nos prejudicar ou que essas pessoas são do mal, os gatos nos circundarão para nos proteger então, busque ver a reação dos seus gatos para ver o que eles farão quando alguém entrar em sua casa. Se eles correm para a pessoa, cheiram-na e querem ser acariciadas por essa pessoa, então relaxe.

Se você não tem um gato, e um gato vira-latas entra em sua casa adotando-a como lar, é porque você precisa de um gato em casa nessa época em particular.

O gato vira-latas voluntariou-se para ajudar e escolheu você.

Agradeça ao gato por escolher sua casa para esse trabalho. Se você tem outros gatos e não pode ficar com o vira-lata, encontre um lar para ele.

O gato veio a você por um motivo desconhecido para você a nível físico, mas em sonhos você pode ver a razão para o aparecimento do gato nessa época, se você quiser saber. 

Pode acontecer de haver um débito cármico que ele tem que pagar a você. Portanto, não afugente o gato. Ele vai ter que voltar de um modo ou de outro para realizar esta obrigação.


Os Gatos são nossos Protetores

Os gatos possuem uma conexão com o mundo mágico, invisível. Assim como os cães são nossos guardiões no mundo físico, os gatos são nossos protetores no mundo energético. Durante o tempo em que passa acordado, o gato vai “limpando” a sua casa das energias intrusas. Enquanto dorme, ele filtra e transmuta esta energia.

O gato pode, muitas vezes, ficar em lugares com baixa circulação de energia ou Chi vital para poder ativar esta área.

Quem já não presenciou seu gato olhando para o nada, totalmente imerso… Ele certamente vê coisas que não vemos, desde insetinhos microscópicos até seres de outras dimensões.

Muitas vezes seu gato vai para um lugar isolado da casa e começa a miar… Não é só atenção que ele quer: é uma espécie de alerta que ele está dando: a qualidade da energia daquele espaço precisa ser melhorada.

Nossos problemas, nosso stress diário é absorvido pelo gato. Quando a barra pesa demais e o espaço está muito carregado, não raro o gato adoece.

Claro que o gato não é o único responsável pelo o equilíbrio energético do seu lar, mas ele se esforça bastante. Quando mais harmônico for seu ambiente, menos energia negativa ele precisará filtrar e conseqüentemente será mais feliz e saudável.

Quando dormimos, nossos corpos astrais separam-se do corpo físico e vão para a quinta dimensão, a dimensão sem tempo e espaço: a dimensão em que estamos durante nossos sonhos.

Por falta de treinamento e preparo, na grande maioria das vezes não enxergamos essa dimensão tal como ela é, em vez disso a “mascaramos” e codificamos com nosso conteúdo psíquico e inconsciente.

Os gatos muitas vezes nos acompanham nessas viagens astrais ou protegem nosso corpo astral, além de guardar o nosso quarto de espíritos indesejados enquanto dormimos. Essas são as razões pelas quais eles gostam de dormir conosco na cama.

Os gatos também monitoram nossa evolução. Durante sua convivência conosco, eles transmitem informações a dimensões superiores, servindo como radares e transmissores. 

Além disso, como transmutadores de energia, eles auxiliam na cura, desempenhando um papel semelhante ao dos cristais.

Os gatinhos são professores, eles ensinam a amar.

Um amor livre, não submisso, respeitador do arbítrio alheio e das diferenças. Por isso tantas pessoas têm dificuldade de conviver com gatos e os acham “interesseiros”.

Primeiro, você tem que conquistar a confiança de um gato. Depois, você tem que aprender a respeitá-lo. Ele vai demonstrar afeto quando realmente estiver disposto, não a hora que você mandar. Gatos emanam amor.

Do ponto de vista energético, pessoas que têm alergia a gatos são pessoas que têm dificuldade de deixar o amor entrar em suas vidas.

De acordo com Caroline Connor, se há muitas pessoas na família e um único gato, ele pode ficar sobrecarregado absorvendo a negatividade de todos. É bom ter mais de um gato para dividir a carga entre eles, ainda mais nesses casos.

Se você não tem um gato, e um gatinho de rua aparece em sua vida, é porque você precisa de um gato em uma época particular. O gatinho está se propondo a ajudar você. Se você não pode acolher o gatinho, é importante que você encontre um lar para ele.

O gatinho chegou até você por alguma razão que você pode não compreender a nível físico, mas você pode descobrir através dos sonhos se assim desejar. Muitas vezes o gatinho aparece, cumpre sua função e se vai.

Fique atento à forma como os gatos reagem a visitas na sua casa. Muitas vezes eles estão tentando protegê-lo de um campo áurico negativo ou pesado.

  Gif de gatinho
Fonte: O Segredo

Tartarugas em extinção

18/10/2015

Tartarugas raras morrem na Baía de Guanabara

Pesquisadores dizem que animais não resistem após comerem lixo deixado nas águas

Uma tartagura-verde na Baía de Guanabara: espécie vem passar a juventude em águas fluminenses – Agência O Globo / Custódio Coimbra

 

Elas passaram por cataclismos e sobreviveram à extinção dos dinossauros. Já estavam nos oceanos quando o homem surgiu na face da Terra. Passados 110 milhões de anos desde o seu aparecimento, as tartarugas marinhas sobrevivem a duras penas na costa brasileira e, em especial, nas poluídas águas da Baía de Guanabara. Diferentemente dos botos, a espécie Chelonia mydas, popularmente conhecida como tartaruga-verde, é companhia frequente de pescadores e esportistas em praias de Niterói, como Icaraí e Jurujuba, e do Rio, entre elas as da Ilha do Governador e da Urca. Elas costumam aparecer próximo às pedras, com a cabeça fora da água, para respirar. Medindo às vezes quase um metro, vêm de ilhas oceânicas — principalmente as da Trindade (ES), do Atol das Rocas (RN) e de Fernando de Noronha (PE). A Baía de Guanabara entra na rota de migração como um porto seguro na fase juvenil, de crescimento e reprodução, quando precisam de mais alimentos. Pena que as águas fluminenses não sejam tão paradisíacas.

 

A começar pela sujeira da baía, uma das causa de morte no Rio da tartaruga-verde, que está na lista de animais ameaçados de extinção, conforme classificação da International Union for Conservation of Nature (IUCN). A necrópsia, na Universidade Federal Fluminense (UFF), de um animal encontrado morto nas águas da Guanabara revela o tamanho do impacto do lixo para esse tipo de vida marinha, cuja população na costa fluminense é desconhecida por pesquisadores.

— A tartaruga estava cheia de microlixo no sistema digestivo. Era muito plástico — conta a veterinária Andrea Grael, voluntária da área de animais selvagens da UFF.

O problema é comum. Na sua pesquisa de doutorado, sobre a contaminação de tartarugas na costa brasileira, a bióloga Liana Rosa analisou animais mortos encontrados no Sul, em São Paulo, Rio e estados do Nordeste. No caso das tartarugas achadas nas praias da Baía de Guanabara e encaminhadas para o Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua), do Departamento de Oceanografia da Uerj, 70% tinham lixo no estômago.

Para o estudo, Liana, doutoranda em ecologia e evolução na Uerj, analisou cerca de 400 animais de várias partes do país. O Rio, afirma ela, é o estado que concentra a maior quantidade de impactos negativos à sobrevivência da espécie. Na baía, as tartarugas estão à procura de uma alga verde comum, chamada ulva, que lembra uma folha de alface e é encontrada nos costões rochosos. Mas acabam se deparando com outros “alimentos”.

— A gente já encontrou de tudo nas tartarugas. Muito plástico mole, saquinhos, balão de aniversário, caixinha, chiclete, embalagens de todo tipo de bala, fio de náilon, rede de pesca… O mais comum é o plástico, que, quando mais rígido, pode machucar a tartaruga por dentro. Quando ele é mais mole, pode provocar a retenção de gás dentro do trato digestório, fazendo com que ela flutue mais, não conseguindo se deslocar normalmente. Isso pode levar a colisões com embarcações. Já recebemos três com carapaça dilacerada devido a esse tipo de acidente — afirma Liana, dizendo que o animal também sofre com os contaminantes provenientes das atividades agrícola e industrial.

LIXO OU ALGAS?

Das pouco mais de cem tartarugas mortas vindas da Baía de Guanabara e recebidas pelo Maqua nos últimos anos, apenas uma era da espécie cabeçuda — o restante era tartaruga-verde. Andrea Grael, que monitora as tartarugas-verdes em Niterói, explica que a espécie acaba confundindo lixo com algas.

— As tartarugas encontradas na baía estão na adolescência, em processo de desenvolvimento e crescimento. Por isso, precisam se alimentar mais. O problema é que elas consomem lixo. Elas usam muito o olho para identificar os alimentos e confundem plástico com lulas, águas-vivas — completa Andrea, que, há alguns dias, viu uma tartaruga enrolada numa rede de pesca.

Ela conseguiu alertar pescadores, que libertaram o animal, evitando, assim, que morresse afogado. Mas a rede, outro dos grandes perigos, também foi jogada no mar. Coube ao marido de Andrea, o velejador Torben Grael, retirá-la da água.

Suzana Machado Guimarães é bióloga marinha e pesquisadora do Projeto Aruanã, da UFF, que acompanha as tartarugas na área de Itaipu, em Niterói, e também na baía. Ela conta que a vida desses répteis não é fácil por aqui. Já houve casos de tartarugas encontradas presas a pneus e doentes com um vírus que estaria relacionado à poluição. E o lixo, afirma Suzana, pode levá-las à morte:

— Ao ingerir lixo flutuante, elas podem morrer por constipação intestinal ou inanição. E muitas ficam agarradas no lixo, sendo impedidas de nadar ou subir para respirar.

O Aruanã é o grupo que mais de perto acompanha essa espécie na costa do Rio. Como não há estudos anteriores, a equipe não sabe dizer se essa população cresceu ou diminuiu na baía nos últimos anos. O velejador Lars Grael diz que, nos anos 80 e 90, elas eram bem menos vistas. Ele tem uma hipótese para um possível aumento na década passada:

— Uma possibilidade é a redução da pesca de arrastão na baía, ou provocada pela poluição ou por uma maior fiscalização da pesca predatória. Com isso, a tartaruga pode ter se favorecido.

Aquelas que sobrevivem à aventura na suja Baía de Guanabara retornam, após a adolescência (um período de até 15 anos), aos paraísos de origem no Atlântico para desovar. Já adultas — elas podem viver até 120 anos —, saem para explorar outros lugares ou voltam para a baía, destino que deverá ser seguido pelos filhotes no futuro. E assim segue o ciclo.

Fonte: O Globo

Centro espírita para animais em São Paulo

17/08/2015

Centro espírita para animais faz psicografia e cirurgias espirituais

Local recebe mais de 400 animais de estimação todos os domingos.
Donos também buscam receber notícias dos bichinhos que já morreram.

Quem tem um animal de estimação em casa, sabe: quando eles ficam doentes dá um aperto no coração! E se o bichinho morre as pessoas sofrem, bate uma tristeza, saudade. Em São Paulo, quem está passando por situações como essas encontrou um novo conforto.

“Noventa e nove por cento das vezes ele bate a cabeça. Você toca a campainha e ele vai fazer festa ele sai batendo em tudo que estiver no caminho”, conta a administradora Carla Souza Pereira.

O Tim Maia, um labrador de sete anos e meio, perdeu parte da visão depois de uma forte anemia e de problemas no fígado.

O Tim Maia é bonzinho, quietinho. Mas, quando ele ouve o barulho da comida ele fica desesperado. Só que como ele não está enxergando, ele tem dificuldade de chegar lá e vai se batendo até chegar ao lugar onde tem a comida.

Já o problema da Frida, uma fêmea da raça buldogue francês de dois anos, é enxergar coisas demais.

“Ela ficava tão transtornada com a sombra que ela acabou emagrecendo. Ela não comia direito. Está incomodada com o reflexo no chão da água”, diz o contador Rodrigo Bellan.

A Frida e o Tim Maia estão em tratamento veterinário. A buldogue toma remédios para problemas neurológicos e o labrador tem até uma caixa de medicamentos.

“Eu faço tudo o que for necessário para ele ter o melhor que a gente puder dar para ele”, afirma Carla Souza Pereira.

Os donos buscaram novos tratamentos para os bichinhos e chegaram até uma pequena casa, na Zona Norte de São Paulo.

O Tim Maia e a Frida se juntaram aos mais de 400 animais de estimação que lotam o lugar todos os domingos.

“A gente trouxe ela aqui porque ela estava com algumas dores cervicais, acordava de noite. A gente nem dormia de tanto que ela gritava”, lembra a estudante Thainá Colucci Alves.

“É como se fosse um filho pra mim. Tudo o que a gente não quer é ver ele continue a sofrer”, diz a advogada Miriam Oliveira, emocionada.

O lugar é um centro espírita que atende animais, todos eles.

“Nós já recebemos primatas, nós já recebemos cobras, nós já recebemos tartarugas e ratos”, afirma Sandra Denise Calado, presidente do centro espírita.

Primeiro, donos e bichinhos precisam assistir a uma palestra.

“Eu peço a todos que mantenham os animaizinhos próximos de vocês para que não ocorra nenhum desentendimento entre um focinho e outro”, explica uma médium.

Depois do pedido, acabam os latidos e miados. Quando o caso é mais simples, o bichinho toma um passe. “Que envolva nossos queridos irmãozinhos em muita luz. E vamos ao passe”, diz a médium.

As voluntárias, pessoas aptas a darem o passe, posicionam as mãos sobre os bichinhos.

“Como se fossem energias boas, trabalhando os locais doentes. Eles têm sentimentos, eles têm emoções. Não são coisas, são seres”, explica Sandra Denise Calado.

Os mais doentes passam por outro tipo de tratamento. “São casos mais graves ou casos que seriam cirúrgicos no corpo físico. E a cirurgia é feita no corpo espiritual do animalzinho”, diz Sandra Denise Calado.

No centro, todos os atendimentos são de graça. O local funciona com doações e com a renda de uma lanchonete.

Chegou a vez do Tim Maia. O Fantástico foi autorizado a acompanhar a sessão, que é fechada. “Junto ao nosso mestre Jesus, médico de todas as almas, e Francisco de Assis, médico das almas animais, solicitamos ao Senhor a oportunidade de servir ao nosso irmão”, reza Sandra Denise Calado.

Enquanto os donos oram, a Sandra, presidente do centro, começa a cirurgia. Segundo a Sandra, um espírito vai operar através dela.

Não há cortes nem instrumentos cirúrgicos. As mãos simulam os movimentos de uma operação. Era a cirurgia da Frida. O procedimento dura um minuto e meio.

Sandra Denise Calado: Que assim seja, meu filho.
Rodrigo Bellan: Que assim seja.

Aos domingos, o centro abre as portas às 7h da manhã. Às 13h ainda tem gente por lá, mas por um outro motivo. “Eu vim receber notícia dele”, diz a escrevente Aracélis Espigado.

O Cacau, o cachorro da Aracélis, morreu há dois meses de um câncer no fígado.

O Fantástico acompanhou a psicografia, o momento em que os donos dos animais ficam aguardando notícias dos bichinhos que morreram.

A Sandra e outras duas médiuns dizem receber mensagens dos animais que já se foram. As notícias seriam ditadas pelos espíritos que cuidam desses bichinhos no plano espiritual. Depois são passadas aos donos.

“Acalma seu coração que ele está bem. Ele foi tão bem amparado, ele foi tão bem assistido. Ele está bem e vocês estão se encontrando”, diz uma médium à Aracélis.

Fantástico: Essa mensagem te deu algum conforto?
Aracélis Espigado: Eu fiquei muito feliz de saber que ele está amparado, porque essa é a maior preocupação que a gente tem.

“Desde que ele virou estrelinha eu não paro de chorar. 45 dias. Fiquei muito feliz de ele estar amparado porque essa é a maior preocupação que a gente tem”, conta Aracélis.

Esse tipo de psicografia não é consenso dentro da própria doutrina espírita. “Eu acho um pouco de exagero isso. Não acredito que haja esse tipo de comunicação”, diz Julia Nezu Oliveira, presidente da União das Sociedades Espíritas de São Paulo.

Os outros tratamentos, como o passe e a cirurgia espiritual, também são questionados.

“Eu acredito que o animal possa receber alguma vibração, algum efeito, que é resultado do nosso carinho, do nosso amor. Mas eu não acredito que o passe possa fazer o efeito que faria em um ser humano”, afirma Julia Nezu Oliveira.

“No Brasil, a única profissão, o único profissional que tem essa responsabilidade e a capacidade, habilidade e competência para poder tratar dos animais é o médico-veterinário”, explica Benedito Fortes de Arruda, presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária.

A Sandra também é veterinária. Por isso, orienta os donos dos bichos. “O tratamento espiritual não dispensa o tratamento médico-veterinário”, diz ela.

Apesar das polêmicas, os donos do Tim Maia e da Frida vão continuar indo ao centro.

Carla Souza Pereira: Ele tem excelentes médicos no plano físico e eu tenho certeza de que ele está com excelentes assistentes lá no plano espiritual.
Fantástico: Está tendo algum efeito?
Carla Souza Pereira: Eu acredito que sim.
Rui Reis, técnico de segurança do trabalho: Eu sou um pouco mais cético. Eu acho que pode ser que ajude, sim. É um recurso que a gente está usando. O que tiver de recurso a gente vai usar.

Fantástico: Você sentiu uma melhora?
Rodrigo Bellan: Senti. Ela acaba se acalmando quando ela retorna do centro. E, para mim, eu deixo todos problemas dentro do centro. Tanto angústias, nervosismo. E volto com paz, volto com amor, com alegria.

Fonte: Rede Globo

ANVISA limita uso de animais como cobaias, mas a meta é acabar com ele

02/08/2015

Anvisa limita uso de animal em pesquisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na quinta-feira, 30, uma resolução que abre caminho para a restrição ao uso de animais em procedimentos de pesquisa no Brasil.

A nova regra reconhece como válidos 17 procedimentos alternativos que haviam sido liberados pelo Conselho Nacional de Experimentação Animal (Concea), colegiado ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Esses métodos determinam a substituição de técnicas que até agora se valem de animais para testar o efeito e a segurança de determinados produtos pelo uso, por exemplo, de tecidos cultivados em laboratório.

“Com a aprovação, somente serão registrados no País produtos que tenham obedecido as regras do Concea”, afirmou o diretor da Anvisa, Ivo Bucaresky. A regra, porém, não é de aplicação imediata. Ela seguirá o prazo que já havia sido estipulado pelo Concea: setembro de 2019.

A polêmica em torno do uso de animais em pesquisas científicas, antes restrita a organizações defensoras de animais, ganhou grandes proporções em 2013. Em outubro daquele ano, ativistas invadiram o Instituto Royal na cidade paulista de São Roque e roubaram 178 cães da raça beagle usados em testes.

Após um mês, o instituto, que fazia testes pré-clínicos para o desenvolvimento de medicamentos indicados para tratar câncer, diabete e hipertensão, foi fechado. Com o episódio, ganhou força no governo o esforço para tentar restringir o uso de animais nas pesquisas.

Entre as técnicas aprovadas pelo Consea e validadas pela Anvisa está a que dispensa, por exemplo, o uso de animais para avaliar a capacidade de corrosão e irritação de produtos na pele. Antes da resolução do Consea, o teste era feito na pele de animais – agora, é realizado com outros tecidos cultivados em laboratório. Métodos alternativos também dispensam o uso de coelhos em testes para aferir a segurança de colírios.

A medida ainda não é suficiente para acabar de vez com o uso de animais em testes. O coordenador do Concea, José Mauro Granjeiro, explica que, embora os testes alternativos sejam promissores, há áreas em que o uso de animais não pode ser substituído. Como exemplo, ele cita pesquisa relacionadas à resposta sistêmica do organismo, como processos alérgicos. Também não é possível dispensar o uso de cobaias em testes para avaliar o potencial carcinogênico de produtos. “A dispensa do uso de cobaias pode ser feita somente quando não há risco para seres humanos.”

O Concea havia dado prazo de cinco anos para que o setor se adaptasse às regras do colegiado. A partir de 2019, serão permitidos testes apenas que se encaixarem nas regras. “E a observância dessas normas será analisada no momento do registro”, disse Bucaresky.

A resolução da Anvisa não está limitada aos 17 procedimentos já aprovados. A regra permite que métodos alternativos aprovados no futuro pelo conselho sejam automaticamente validados – e, consequentemente, exigidos – pela Anvisa.

Vitória

Granjeiro comemorou a resolução da Anvisa. “É um passo importante. Valida as decisões que o conselho havia dado e tira eventuais dúvidas de pesquisadores e produtores.”

Testes alternativos podem ser usados para análise da segurança de vários produtos, sejam eles agrotóxicos, cosméticos ou medicamentos. De acordo com Granjeiro, a intenção é reduzir e substituir ao máximo o uso de animais. Além da garantia do teste, é preciso que os laboratórios encarregados da análise obedeçam todas as normas de boas práticas de laboratórios. Hoje no País, diz Granjeiro, 32 laboratórios têm o certificado e, desse total, apenas 5 fazem testes toxicológicos.

Fonte: Anvisa

« Próximas
Rádio Anjos de Luz

Com agradecimento à Fada San. Visite www.anjodeluz.net

Meu perfil
Perfil de usuário Terra 2012 .
Leitores do Terra 2012 pelo mundo
free counters
Escreva para a grande fraternidade branca

Grande Fraternidade Branca
Com agradecimento ao Espaço Hankarra. Visite hankarralynda.blogspot.com

Prezado Leitor, se você é uma pessoa solitária, quer desabafar ou deseja uma opinião fraterna e desinteressada sobre algum problema que o aflige, escreva-nos carta para o endereço informado no rodapé do site, ou, se preferir, mande e-mail para grandefraternidadebranca
@terra2012.com.br
.

Todas as correspondências serão respondidas no menor prazo possível.

arvore

Antes de imprimir pense em sua responsabilidade e compromisso com o MEIO AMBIENTE!

Gato no notebook

DÚVIDAS? Fale com o Administrador gtm@terra2012.com.br

Acessar Webmail Terra 2012