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As companhias estão aderindo ao home office. Mas, para que isso funcione com eficiência, os líderes precisam aprender a trabalhar com essas equipes
(Thinkstock/Thinkstock)
Por economia ou para oferecer qualidade de vida aos funcionários, muitas empresas estão aderindo ao home office. Segundo Rafael Souto, diretor da consultoria Produtive, dois aspectos estimulam esse movimento: a necessidade de diminuir a estrutura para reduzir gastos e a legislação que, agora, define claramente como deve ser esse tipo de atividade. “A crise fez até as indústrias repensarem sua estrutura, visando reduzir o custo de manter muitas pessoas em um mesmo espaço”, diz.
Qualquer empresa pode optar por esse sistema, independentemente do porte, desde que estabeleça regras e treine os gestores para conduzir o processo internamente. Uma delas, talvez a principal, é estimular a transparência entre líderes e liderados. Afinal, há profissionais que não estão aptos a comandar as equipes à distância.
Para Paulo Campos, professor de gestão do Insper e da ESPM, em São Paulo, e autor do livro A estreia do líder (Alta Books, 74,90 reais, 176 páginas), essa é uma solução interessante, mas deve ter regras claras. “É importante combinar como será a discussão de tarefas e a regularidade. Quando há esse alinhamento, as relações se fortalecem”, diz. “Sem interação, o contato, a confiança e o sentido de pertencimento à empresa e ao time de funcionários diminuem”.
Ajuda da tecnologia
Para evitar o distanciamento, uma solução é recorrer à tecnologia. “Há companhias que promovem teleconferências para integrar os funcionários, garantindo a eficiência, engajamento e produtividade”, afirma Paulo. É isso que faz a Dell Computadores ao realizar reuniões por vídeo com equipes do país e da América Latina. “Essa ferramenta, relativamente nova para nós, é excelente para quem trabalha remotamente”, diz Miriam Kimura, gerente de aquisição de talentos.
O programa de home office da Dell, que é mundial, começou no Brasil, especificamente em São Paulo, em 2011. Na época, a multinacional criou uma espécie de cartilha com direitos e deveres, treinou as equipes e ofereceu as condições necessárias para o trabalho remoto. “Cada time tem uma rotina. O meu se encontra uma vez por semana para fortalecer vínculos e discutir questões da companhia”, diz Miriam. Na intranet, os funcionários promovem sessões de boas práticas para trocar experiências bem-sucedidas nas áreas de interesse da empresa.
Em seis anos, o programa da Dell tornou-se um meio também para atrair talentos. Atualmente, mais de 80% dos colaboradores no Brasil têm flexibilidade de horário e de local de trabalho. Entre eles, 93% acreditam que atuar remotamente os tornou funcionários melhores. Isso se refletiu no Net Promoted Score (NPS), um índice de satisfação e fidelidade de clientes, que é 20% mais alto entre os que fazem home office. A economia também foi expressiva. Desde 2013, o programa mundial gerou redução de quase 40 milhões de dólares. Nesse período, também houve economia de 25 milhões de kWh de energia.
Autonomia para os gestores
Na Ticket, empresa do grupo Edenred, a prática é discutida desde 1999, quando pouco se falava sobre o tema no Brasil. “Nosso projeto começou mesmo em 2005, quando a empresa decidiu liberar a força de vendas para isso”, diz José Ricardo Amaro, diretor de RH do grupo. Hoje, são mais de 200 funcionários de vendas em home office que usam a estrutura dos escritórios para reuniões corporativas e de planejamento. Em 12 anos de projeto, houve aumento de 40% no volume de vendas no País e economia equivalente a 3 milhões de reais em estrutura. “Antes, a equipe de vendas gastava 70% do seu tempo para se deslocar e resolver problemas. Os 30% restantes eram usados com os clientes. Atualmente, 85% do tempo medido – e periodicamente medimos com ajuda de ferramentas específicas – é para promover o nosso produto e estreitar relacionamentos”, diz José Ricardo.
No modelo da Ticket, cada gestor tem autonomia para definir como será o feedback das equipes e como o tempo dos subordinados será gerido. Por exemplo: ele determina com que frequência o funcionário deve reportar suas atividades/tarefas. Mas também pode ajudar quem trabalha remotamente a estabelecer quantos e quais clientes deve visitar naquela data ou simplesmente se, em determinado dia da semana, vai fazer os contatos por telefone do home office. Além disso, houve investimento em um manual de procedimentos, em treinamentos para mostrar a importância de trabalhar com liberdade e responsabilidade e na criação de um núcleo de atendimento para resolver problemas técnicos e operacionais que pudessem atrapalhar o trabalho remoto.
Crise leva profissionais a aceitarem cargos e salários mais baixos
Antes muito evitados por profissionais e até empresas, o downgrade de carreira — quando o profissional passa a ocupar um cargo ou receber um salário inferior ao último que tinha — tem sido recorrente em tempos de crise. Por um lado, os desempregados veem o recuo como uma oportunidade de retomar ao mercado. Por outro, as empresas, que temiam a saída rápida desses profissionais para ocuparem postos melhores novamente, entenderam que as dificuldades econômicas no país elevaram a oferta de mão de obra e fizeram deste movimento algo muito natural.
— A maior parte dos profissionais que têm aceitado o downgrade é formada por quem estava dando os primeiros passos como líder, sendo gestor ou supervisor. Eles têm pleiteado vagas de nível pleno e até júnior — disse Renata Motone, coordenadora da empresa de Recursos Humanos Luandre.
Uma pesquisa feita pela consultoria Thomas Case & Associados, que ouviu cem executivos brasileiros, apontou que 20% deles aceitariam cargos ou funções inferiores na hierarquia, a fim de retornarem ao mercado. Preocupações porém, ainda surgem. Por isso, a gerente de transição de carreiras da Thomas Case, Giselle Franco, diz:
— Existe uma preocupação grande em aceitar algo inferior. É comum pensar: quando essa crise passar, como eu vou retomar? Estarei desvalorizado no mercado. Mas como a crise é um dado real, quando acabar, será uma resposta óbvia o motivo de você ter aceitado algo menor. E essa proatividade será mais valorizada do que você seria, se tivesse ficado parado — disse Giselle, ressaltando que é importante uma mudança de mentalidade do profissional: — É melhor estar atuando, mesmo com um salário ou uma posição menor, do que estar em casa, aguardando a crise passar. O fato de se manter ocupado, fomentando relações, se colocando na vitrine corporativa, em reuniões e eventos, faz bem.
Aos 47 anos, Camilla Oliveira aceitou uma vaga de gerente, após ser diretora de Marketing e ter ficado desempregada por mais de um ano. Apesar da queda de 30% no salário líquido, ela não se arrepende.
— Eu sempre trabalhei no mercado publicitário, ocupando o cargo de diretora de Atendimento em grandes agências de publicidade. Era responsável por contas de mais de R$ 30 milhões e equipes com de três a quatro pessoas. Em outubro de 2016, fui demitida por sobreposição de cargos e redução de investimentos em propaganda no setor público, afetando as contas cariocas. Fiquei desempregada até novembro de 2017, quando mudei o foco para trabalhar no cliente. Isso poderia me proporcionar uma vida útil mais longa, aprendizado, plano de carreira, benefícios e crescimento a longo prazo. Foi uma opção pessoal de mudança de carreira, mas com impacto financeiro enorme. Deixei de ser diretora e assumi o cargo de gerente de Marketing — conta Camilla Oliveira.
O segredo é mudar a postura mental. Para ajudar quem passa por isso, o EXTRA reuniu dicas de especialistas para a mudança na vida profissional (veja abaixo). E sempre é permitido deixar claro a vontade de crescer.
— Mesmo fazendo o downgrade de carreira, o profissional pode manifestar o interesse dele em crescer na empresa, desde a seleção. É possível falar que está aberto à oportunidade, mas que se preparará para encarar um cenário mais avançado em um momento mais favorável — afirma Renata Motone.
Downgrade também pode ser escolha
Não é apenas a crise que faz os profissionais aceitarem uma posição ou um salário menor. A decisão, segundo Renata Motone, coordenadora da Luandre, empresa de RH, pode ser estratégica:
— Há profissionais que buscam mudar de área e veem o passo atrás como um meio de entrar naquele mercado para conseguir algo melhor algum tempo depois.
Giselle Franco, gerente da Thomas Case & Associados, continua a explorar outras situações bem pessoais que comumente levam os profissionais a fazer o downgrade:
— De repente, ele está vivendo em uma empresa da qual não gosta mais. Está saturado e, fazendo seu planejamento, percebe que pode aprender coisas novas.
No caso de Camila Bristat, de 34 anos, foi uma mudança de cidade — de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro — que transformou o downgrade em uma hipótese real. Ela, que era gerente geral de uma loja de telefonia, aceitou o desafio de ser supervisora de franquias de uma rede.
— Depois de trocar de cidade devido à mudança da sede do trabalho do meu marido, que é funcionário público, e sabendo que não é uma tarefa fácil nem rápida voltar ao mercado de trabalho, contratei uma empresa de recolocação, a Thomas Case . Surgiu uma oportunidade em uma empresa de dermocosméticos, em um setor que, especificamente, eu não tinha experiência: sistema de franquias — contou ela: — Tenho uma longa experiência no varejo, mas em supervisão de lojas próprias. Aceitei a proposta, ainda que fosse para ter uma remuneração um pouco inferior, para adquirir experiência em franchising e agregar mais um item ao currículo.
A despeito da criação de milhões de postos de trabalho nos Estados Unidos, muitos cidadãos do país ainda vivem na pobreza.
Por quase seis anos, a economia norte-americana tem gerado uma quantidade grande de empregos – são quase 2 milhões por ano.
A recuperação econômica não só restabeleceu o número total de postos de trabalho perdidos durante a recessão causada pela crise financeira internacional de 2007, como também criou empregos suficientes para dar conta do crescimento populacional.
A taxa de desemprego nos EUA é de apenas 4,1%, a menor desde 2000. Mas várias famílias não viram seus recursos aumentarem.
Em 2016, quase 41 milhões de pessoas, ou 13% da população, viviam na pobreza – em comparação com os 15% verificados no auge da recessão, em 2010.
Quem são essas pessoas?
Nos Estados Unidos, a renda média de uma família de quatro pessoas é de US$ 91 mil (R$ 299,5 mil) por ano.
De acordo com a medição oficial dos EUA, baseada em renda e necessidades nutricionais, uma casa com quatro pessoas é considerada em estado de pobreza quando a renda familiar é inferior a US$ 24,3 mil (cerca de R$ 80 mil) por ano.
Pode parecer muito se comparado com países classificados como de baixa renda pelo Banco Mundial – com PIB per capita entre US$ 1 mil (R$ 3,2 mil) e US$ 4 mil (R$ 13 mil). No Brasil, por exemplo, medição de 2015 do banco estimou que 4,9% da população brasileira estava abaixo da linha de pobreza por viver com até US$ 1,90 por dia.
Mas o custo de vida mais alto nos Estados Unidos e o crescente abismo entre os pobres e a classe média podem resultar em dificuldades para famílias americanas de baixa renda.
Entre os que vivem na pobreza, dados de 2016 mostram que há cerca de 13,3 milhões de crianças – 18% têm menos de 18 anos.
À medida que a população envelheceu, o número de pessoas pobres com mais de 65 anos aumentou para 4,6 milhões – 9% do total.
Mas é o grupo de pessoas com idade para trabalhar (de 18 a 64 anos) que apresenta os dados mais dramáticos: quase 23 milhões deles, ou 12% do total, vivem na pobreza.
O Projeto Hamilton, do Instituto Brookings, tem analisado essa questão.
No grupo de pessoas com idade para trabalhar:
– 4 a cada 10 estavam empregados
– 1 a cada 10 tinha trabalho em período integral, durante o ano todo, mas não ganhava o suficiente
– 1 a cada 4 estava empregado, mas não tinha contrato para o ano inteiro
– 1 a cada 25 estava à procura de trabalho
– Dos que não tinham trabalho em período integral, 1 em 3 estava nessa circunstância involuntariamente
O fato de quatro entre 10 adultos pobres estarem empregados revela que apenas suprir a lacuna de postos de trabalho – retornando às taxas pré-recessão – não significa que todos estejam vivendo bem e prosperando.
Também não quer dizer que todos estejam encontrando emprego. Cerca de metade dos adultos pobres em idade para trabalhar não está inserida no mercado de trabalho.
Dos postos criados, muitos são no setor de hotelaria, administração, saúde e tecnologia da informação, embora algumas áreas muito afetadas pela recessão – como construção civil e manufatura – ainda não tenham se recuperado completamente da crise.
Uma fotografia da mão de obra dos EUA revela uma série de diferenças na sociedade:.
– A taxa de emprego para mulheres retornou aos níveis pré-recessão (55%)
– Americanos negros foram mais afetados pela recessão, se recuperaram mais rapidamente, mas ainda têm mais chances de ficarem desempregados que os brancos
– Mulheres que completaram até o ensino médio ou com escolaridade menor têm mais chances de ficar fora da força produtiva
– Homens foram mais afetados pela recessão e seu retorno ao trabalho tem sido mais lento
O número de homens entre 25 e 54 anos que estão empregados vem caindo há mais de 50 anos – e o de mulheres, desde 2000.
Em parte, isso pode ser uma consequência da queda dos salários entre os que ganham menos, com uma renda individual média de US$ 31.100 (R$ 102.369) por ano.
É possível que muitos daqueles que não fazem parte da força produtiva tenham dificuldade de encontrar emprego sem uma significativa intervenção governamental.
Mais de um quinto dos que têm idade para trabalhar e estão vivendo na pobreza são classificados como deficientes e 15% são “cuidadores”- responsáveis por cuidar de outra pessoa, como crianças e idosos.
Para incluir essas pessoas no mercado de trabalho, seria preciso melhorar a oferta de creches e financiamentos, enquanto adultos com deficiência precisam de mais apoio e tratamento.
O retrato que construímos de trabalho e pobreza nos Estados Unidos revela que os mais pobres são um grupo diverso, com variados tipos de experiências.
Ainda assim, a distribuição desigual da pobreza é chocante:
-Há duas vezes mais famílias afro-americanas (22%) na pobreza do que famílias brancas
-19% dos hispânicos vivem na pobreza
-Mulheres (14%) têm mais chances de serem pobres que os homens (11%)
-Taxas de pobreza variam de 11% a 14% entre as regiões
-Muitos municípios – principalmente do Sudeste e Sudoeste – têm taxas de pobreza superiores a 25%
Nos últimos anos, o aumento do emprego e das rendas, juntamente com a queda na pobreza, tem sido encorajador.
Mas a economia ainda vai precisar manter esse crescimento para ajudar aqueles que vivem em dificuldade.
Fonte: MSN
Estados Unidos geram 228 mil vagas em novembro
Resultado veio acima das expectativas do mercado; taxa de desemprego dos Estados Unidos ficou em 4,1%
A economia dos Estados Unidos gerou 228 mil vagas em novembro, após ajustes sazonais, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. O resultado ficou acima da estimativa de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, que previam a criação de 195 mil postos de trabalho.O salário médio por hora subiu US$ 0,05 (0,19%), na comparação entre novembro e o mês anterior, para US$ 26,55. A projeção era de alta de 0,3%. Os salários estavam 2,5% maiores na comparação com igual mês do ano passado. O crescimento salarial ainda não chegou ao ritmo de antes da crise, apesar da baixa taxa de desemprego.
O mercado de trabalho dos Estados Unidos está mantendo sua força num momento em que outros aspectos da economia global estão aumentando. O crescimento econômico nos EUA e na Europa acelerou durante o verão e o Japão está vivenciando sua expansão mais longa em 16 anos.
Os indicadores de emprego são acompanhados de perto pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nas decisões de política monetária.
A taxa de desemprego dos Estados Unidos ficou em 4,1% em novembro, de acordo com o Departamento do Comércio. O resultado é o mesmo de outubro e também veio em linha com a previsão dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.
Fonte: Estadão
10 carreiras que têm emprego garantido nos EUA (e pagam bem)
Estudo mostra as profissões que terão mais vagas abertas no mercado norte-americano até 2026. Os salários vão de 5,7 mil a 17,2 mil dólares por mês
Estados Unidos (Jupiterimages/Thinkstock)
São Paulo — Enfermeiros e desenvolvedores de software estão entre os profissionais com futuro garantido nos Estados Unidos, segundo um novo levantamento do BLS (Bureau of Labor Statistics), órgão oficial que divulga dados sobre o mercado de trabalho norte-americano
Segundo o Site Business Insider, a lista das profissõesmais promissoras no país na próxima década foi feita a partir da combinação de duas variáveis: projeção de abertura de novas vagas até 2026 e melhores salários em 2016.
O ranking inclui apenas carreiras que pagam mais do que a média salarial no país, que gira em torno de 3.086 dólares por mês em 2016.
A boa notícia para quem sonha em trabalhar nos Estados Unidos é que a lista é bastante heterogênea. Nos próximos 10 anos, o país será receptivo a profissionais de áreas tão diversas quanto saúde, gestão, TI e direito.
Confira a seguir as 10 ocupações mais bem colocadas no ranking:
1. Enfermeiro
Salário mensal em 2016: 5.704 dólares Número estimado de novas vagas até 2026: 437 mil
2. Desenvolvedor de software
Salário mensal em 2016: 8.340 dólares Número estimado de novas vagas até 2026: 253,4 mil
3. Gerente de operações
Salário mensal em 2016: 8.275 dólares Número estimado de novas vagas até 2026: 205,9 mil
4. Gerente financeiro
Salário mensal em 2016: 10.145 dólares Número estimado de novas vagas até 2026: 108,4 mil
5. Cirurgião/médico especialista
Salário mensal em 2016: 17.243 dólares Número estimado de novas vagas até 2026: 49,6 mil
6. Contador
Salário mensal em 2016: 5.679 dólares Número estimado de novas vagas até 2026: 140,3 mil
7. Advogado
Salário mensal em 2016: 9.846 dólares Número estimado de novas vagas até 2026: 74,8 mil
8. Especialista em marketing/análise de mercado
Salário mensal em 2016: 5.213 dólares Número estimado de novas vagas até 2026: 136 mil
9. Analista de gestão
Salário mensal em 2016: 6.777 dólares Número estimado de novas vagas até 2026: 96,5 mil
10. Gerente médico
Salário mensal em 2016: 8.045 dólares Número estimado de novas vagas até 2026: 69,8 mil
Os diplomas universitários que podem deixar você rico nos EUA
Se você pretende fazer carreira nos Estados Unidos e a remuneração está no topo das suas prioridades, é bom gostar de matemática
(foto/Thinkstock)
A busca pela profissão certa é uma equação cheia de variáveis. É necessário levar em conta fatores subjetivos, como propósito, sentido de missão e gosto pela área, mas também elementos mais objetivos, como aptidão, empregabilidade e, claro, salário
Se você pretende fazer carreira nos Estados Unidos e a remuneração está no topo das suas prioridades, é bom gostar de matemática. Pelo menos é o que sugere um estudo sobre os diplomas que rendem os melhores salários a curto e médio prazo no mercado norte-americano.
Engenharia de petróleo e matemática atuarial estão no topo da lista, com média salarial de 7,8 mil e 4,7 mil dólares mensais para recém-formados, respectivamente, e 14,6 mil e 10,9 mil dólares por mês para graduados há no mínimo 10 anos.
O ranking dos 10 cursos com melhores recompensas financeiras nos Estados Unidos é inteiramente composto por carreiras de exatas ou bioexatas. Claro que isso não significa que as carreiras de humanas, ciências sociais ou artes não valham a pena; elas apenas demoram mais tempo para render altos salários no mercado norte-americano.
Mas, se você tem pressa para ganhar dinheiro trabalhando nos Estados Unidos, vale a pena considerar as profissões abaixo, que têm os melhores salários iniciais segundo o estudo da PayScale. Confira:
Como o fim da estabilidade para servidor público pode afetar você
Decisão da CCJ aprova demissão de servidores por “insuficiência de desempenho”. Veja como isso pode mudar a vida de funcionários públicos e concurseiros
Concurso público: possível fim da estabilidade para servidor público pode afetar seleções? (Julio Aguiar/Creative Commons)
São Paulo — A CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) acaba de aprovar novas regras para a demissão de servidores por “insuficiência de desempenho”. Com isso, a tradicional estabilidade dos funcionários públicosbrasileiros pode estar se aproximando do fim.
De acordo com a proposta, a performance do funcionário deverá ser apurada anualmente por uma comissão avaliadora, com base em critérios como produtividade e qualidade do serviço.
A aprovação da CCJ é só o primeiro passo de um longo processo, mas já constitui um forte indício de que a mudança tem chances de se viabilizar, analisa Marco Antônio Araújo Júnior, presidente da Anpac (Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos) e diretor do Damásio.
“A CCJ tem o papel de avaliar se o projeto tem sustentabilidade do ponto de vista constitucional, e deu uma resposta positiva nesse sentido”, explica ele. “É um sinal verde para que o tema continue sendo debatido e eventualmente seja aprovado”.
A matéria ainda será analisada por outras três comissões, a começar pela CAS (Comissão de Assuntos Sociais). Só então segue para votação nas casas legislativas. Se passar, a regra passará a valer para a carreira de quem trabalha em instituições federais, estaduais e municipais.
Para Araújo, a mudança será benigna para o serviço público e para a sociedade de forma geral. “É preciso introduzir a meritocracia não só para ingressar na carreira estatal, mas também para permanecer nela”, afirma.
Estabilidade jamais existiu, diz especialista
Segundo o diretor do Damásio, a estabilidade dos funcionários públicos nunca foi absoluta. Ele lembra que, para cargos de magistratura em níveis estaduais e federais, já existe uma avaliação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em quesitos como produtividade e desempenho.
Além disso, já era possível demitir um servidor por ato ilegal ou imoral, com garantia de ampla defesa, por meio de um processo administrativo. Dentro das novas regras aprovadas pela CCJ, segue garantido o direito ao contraditório e à ampla defesa.
Pelo texto, o servidor será avaliado e receberá um dos seguintes conceitos: superação (S), igual ou superior a 8 pontos; atendimento (A), igual ou superior a 5 e inferior a 8 pontos; atendimento parcial (P), igual ou superior a 3 pontos e inferior a 5 pontos; não atendimento (N), inferior a 3 pontos.
A possibilidade de demissão surgirá caso ele obtenha conceito N (não atendimento) nas duas últimas avaliações ou não alcançar o conceito P (atendimento parcial) na média tirada nas cinco últimas avaliações. Quem discordar da avaliação pode pedir reconsideração ao setor de recurso humanos.
No projeto de lei original (PLS 116/2017 – Complementar), da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), a responsabilidade pela avaliação de desempenho seria do chefe imediato de cada servidor.
Para evitar que a decisão fosse influenciada “por simpatias ou antipatias no ambiente de trabalho”, o substitutivo apresentado pelo relator, o senador Lasier Martins (PSD-RS), prevê que a avaliação seja feita por uma comissão.
“É só após uma série de avaliações reiteradas que o funcionário pode ser desligado, e só a partir de critérios objetivos analisados por uma banca”, afirma Araújo. “Quem é bom profissional não vai perder nada com isso”.
A carreira pública, na visão do presidente da Anpac, se tornará mais justa — e mais atrativa. “Com essa mudança, os servidores que tiverem um bom desempenho terão mais chance de crescer na carreira e receber bonificações e incentivos por mérito, como acontece na iniciativa privada”, diz.
Mudança não deve afetar concursos
Embora a estabilidade seja a principal motivação para prestar concurso, a quantidade de candidatos a cargos estatais não deve diminuir com a possível aprovação das novas regras, na visão de Araújo.
“A estabilidade não é o único fator para procurar uma carreira pública”, afirma ele. “A atratividade exercida pelos bons salários e a vocação para o serviço público ainda manterão a busca aquecida”.
Para o especialista, a procura por concursos deve continuar estável, mas o perfil do candidato pode mudar. “Aquela minoria que só quer estabilidade garantida será substituída por quem busca uma carreira mais meritocrática e dinâmica”, resume ele.
9 dicas de como se comportar no ambiente de trabalho
Pessoas que não têm uma boa habilidade para criar relacionamentos, ou seja, etiqueta no convívio, acabam tendo menores chances de sucesso
Écomum as pessoas tratarem desprezo o tema etiqueta empresarial, não tendo a real noção da importância que os profissionais de uma empresa possuam esse tipo de etiqueta. Assim, o impacto da implantação desse tipo de ação é fundamental para a manutenção e o crescimento de uma empresa.
Contudo, é ele que, muitas vezes, explica porque pessoas altamente profissionais e competentes no que fazem acabam sendo demitidas de suas empresas e outras – nem tão competentes assim – permanecem, atingindo promoções e melhores oportunidades de carreira. Logo, podemos concluir que competência técnica não é tudo e que aquelas pessoas que não têm uma boa habilidade para criar relacionamentos, ou seja, etiqueta no convívio, acabam tendo menores chances de sucesso.
Etiqueta Empresarial é um conjunto de cerimônias usadas no trato entre pessoas e empresas, regidas pela boa educação, bom comportamento, convenções sociais, ética profissional e prescrições oficiais. Veja algumas dicas do consultor em recursos humanos e diretor executivo da BAZZ Estratégia e Operação de RH, Celso Bazzola:
1. A vestimenta diz muito para as outras pessoas assim é recomendável roupas discretas, sem modismos. Decotes e cores berrantes, dentre outros erros devem ser evitados, sob pena de perder com a seriedade. Tome cuidados com higiene pessoal.
2. O ditado a primeira impressão é a que fica deve ser levado a sério, assim, sempre seja cordial e prestativo já em um primeiro contato, saiba ouvir e falar na hora certa e tenha sempre cartões profissionais disponíveis. Ao entrar em um local peça licença, busque cumprimentar todas as pessoas que estiverem no local, mas só estenda a mão se o interlocutor o fizer primeiro, e só se sente se for convidado por ele.
3. Se comunique corretamente com as pessoas, busque olhar nos olhos, demonstre atenção no que estão falando, não se distraia durante a conversa e busque estabelecer um diálogo.
4. Mantenha uma postura correta, não cruze os braços, evite se sentar de qualquer jeito, jogando o corpo na cadeira, como também não se sente na beirada da cadeira. É importante uma boa acomodação, porém ereto e de forma adequada.
5. Seja organizado e demonstre isso. Planeje adequadamente seu tempo e sua mesa, mantenha os papéis e arquivos de computador nos devidos lugares, onde não só você, mas qualquer membro da empresa consiga localizar quando necessário.
6. Respeite os colegas e o espaço de trabalho. Não precisa ficar mudo durante o expediente, mas evite ao máximo assuntos que exponham o seu lado pessoal ou o de alguma outra pessoa. Fofocas nunca combinaram com o ambiente profissional. Além disso, adeque a altura da sua voz ao ambiente.
7. Cuidado com a utilização de celulares no trabalho, evite ligações pessoais e caso estas ocorram, busque ir para um local privado. Não fale demasiadamente alto e muito menos utilize termos de baixo calão. Também é necessário cuidado com outras ferramentas tecnológicas.
8. Bom humor é uma necessidade nas empresas. Quando estiver tendo um dia difícil, reflita se alguém do trabalho tem a obrigação de compartilhar as dificuldades com você. Contudo, cuidado com as brincadeiras. Um ambiente de trabalho descontraído é positivo desde que sejam feitas apenas brincadeiras saudáveis, que promovam um ambiente alegre e equilibrado.
9. Busque ter “jogo de cintura” na hora de imprevistos e ouça a opinião dos outros muitas vezes de opiniões divergentes se chega a um ponto em comum correto. É preciso saber argumentar e também, ceder.
Mais de 70 milhões de jovens estão desempregados no mundo
Para 2018, estimativa é que o desemprego entre a população jovem chegue a 71,1 milhões de pessoas
O relatório “Tendências Globais de Emprego para a Juventude 2017″, lançado pela Organização Mundial do Trabalho (OIT) alerta para o desemprego juvenil, que atinge 70,9 milhões de jovens no mundo. Para 2018, a estimativa é de que o desemprego entre a população jovem continue a crescer, chegando a 71,1 milhões de pessoas.
O documento divulgado ontem (20) mostra que, em 2016, a taxa global de desemprego juvenil ficou em 13%. Para 2017, deve ficar um pouco acima, em 13,1%. Apesar do pequeno aumento, o indicador representa melhora significativa se comparado ao auge da crise, em 2009, quando foram registrados 76,7 milhões de jovens desempregados no mundo.
Se considerarmos apenas a América Latina e o Caribe, a taxa de desemprego juvenil ficou em 19,6% em 2017, o que representa 10,7 milhões de pessoas. Os piores indicadores são observados nos Estados árabes (30%) e no norte da África (28,8%).
De acordo com o relatório, cerca de um quinto dos jovens em todo o mundo não estão empregados, estudando ou em treinamento. Apesar da recuperação econômica, o desemprego permanece alto, e os jovens são mais propensos a estar desempregados do que os adultos ao redor do mundo.
O documento revela que, entre os jovens, os baixos níveis de produtividade e uma grande informalidade continuam a ser desafio. Na medida em que as populações envelhecem, a força de trabalho jovem terá que cada vez mais apoiar as pessoas idosas. Essas condições globais exigem esforços concertados para garantir que jovens, tanto mulheres quanto homens, tenham acesso a empregos decentes.
De acordo com o estudo, a diferença nas taxas de desemprego entre jovens e adultos quase não mudou na última década, ilustrando as enormes desvantagens que a juventude enfrenta no mercado de trabalho.
Atualmente, dois em cada cinco jovens na força de trabalho estão desempregados ou estão trabalhando enquanto continuam na pobreza, uma realidade que afeta sociedades do mundo todo.
Em 2017, 39% dos 160,8 milhões de jovens trabalhadores no mundo emergente e em desenvolvimento vivem em pobreza moderada ou extrema, ou seja, com menos de U$ 3,10 por dia. No entanto, há uma leve tendência de que este indicador melhore em 2018, com 158,5 milhões de jovens no mundo trabalhando e vivendo na pobreza (38,5%).
Mulheres
Em 2017, a taxa global de participação delas na força de trabalho é 16,6 pontos percentuais menor que a dos homens, sendo a participação masculina na força de trabalho equivalente a 53,7% e a feminina, 37,1%. Na América Latina, a diferença chega a 19,2 pontos percentuais, sendo os homens responsáveis por 59,3% da força de trabalho e as mulheres, por 40,1%.
As taxas de desemprego das mulheres jovens também são significativamente maiores do que as dos homens jovens.
Além disso, a diferença de gênero na taxa de jovens que não estão trabalhando nem estudando ou recebendo treinamento é ainda maior: 34,4% das mulheres jovens, comparado a 9,8% dos homens jovens. Globalmente, somando homens e mulheres jovens, são 21,8% que não estudam nem trabalham.
Informalidade
Para muitos deles, presente e futuro estão na economia informal. No mundo todo, três em cada quatro jovens mulheres e homens empregados estão no emprego informal (76,7%). A informalidade é comparativamente menor entre os adultos empregados, embora a taxa seja também alta (57,9%). Nos países em desenvolvimento, essa proporção chega a 19 em cada 20 jovens mulheres e homens (96,8%).
Em todos os países emergentes, os jovens em emprego informal representam 83% dos que estão empregados, quase 20 pontos percentuais maior do que entre os adultos. A informalidade é menor, mas ainda relevante, nos países desenvolvidos, onde atinge pouco menos de 20% dos jovens que trabalham.
Outros resultados
O relatório também revela que os setores com algumas das maiores taxas de crescimento de emprego juvenil na última década incluem finanças, comércio e saúde.
No Brasil, 70% dos jovens empregados na saúde são do sexo feminino. O setor de comércio, hotéis e restaurantes representou o maior crescimento de empregos entre os jovens quando comparado aos adultos. De acordo com o documento, este aumento pode estar ligado à transição de uma cultura agrícola para uma de serviços.
Novo mundo de trabalho
De acordo com o relatório, os jovens trabalhadores estão embarcando em um novo mundo, muitas vezes em empregos que não existiam no passado. Em média, os jovens trabalhadores agora são mais educados do que as gerações anteriores. Além disso, crescendo em um ambiente mais aberto à tecnologia, eles estão mais bem preparados do que os adultos para colher oportunidades decorrentes da atual onda de tecnologia e podem se adaptar mais facilmente a novos empregos.
Os jovens trabalhadores também têm mais vantagens no uso do computador do que os trabalhadores mais velhos. Uma análise de dados da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE) sugere que os trabalhadores jovens são melhores equipados para resolver problemas em ambientes ricos em tecnologia do que os trabalhadores mais velhos.
As habilidades demandadas também estão mudando. Houve um declínio na busca por capacidades de nível médio, enquanto a procura por trabalhadores altamente qualificados e menos qualificados está crescendo, contribuindo para uma maior polarização no mercado de trabalho.
A demanda por jovens altamente qualificados cresceu fortemente em países de renda alta, enquanto nos países em desenvolvimento e emergentes houve um aumento no trabalho de baixa habilidade. Com informações da Agência Brasil.
Fonte: Notícias ao Minuto
Jovens europeus continuam na fila em busca de empregos
Os empregos voltaram a crescer na Europa, mas a quantidade de desempregados com menos de 25 anos continua alta e ameaça criar uma geração de mal remunerados
Fila de emprego na Espanha: mesmo na retomada, os mais jovens ainda sofrem para conseguir uma vaga (Jasper Juinen/Getty Images)
São Paulo — Depois de aturar a crise que abalou as maiores economias da Europa de 2009 em diante, os governos da região estão comemorando qualquer dado minimamente positivo que surge. De uns tempos para cá, de fato as coisas têm melhorado num ritmo um pouco mais acelerado. Os dados mais recentes mostram que o desemprego na zona do euro está no menor nível desde 2009 — 9,3%. Ao todo, mais de 6 milhões de vagas de emprego foram criadas na Europa em quatro anos.
A melhora é consequência das reformas fiscais e trabalhistas que foram feitas nos últimos anos por uma série de países, como Portugal, Espanha e Itália. Mas a retomada esconde duas realidades. Primeiro, a retomada não tem sido sentida por todos da mesma maneira. Enquanto o desemprego total vem caindo para um nível mais próximo do normal, entre os jovens europeus o desemprego continua muito acima dos níveis pré-crise.
O índice médio de desocupação de pessoas de 16 a 25 anos na zona do euro alcançou 18,9% em maio, de acordo com os dados do Escritório de Estatísticas da União Europeia (Eurostat), com sede em Bruxelas. Existe ainda uma diferença brutal entre os países da região. Na Alemanha, o desemprego na faixa etária mais jovem da força de trabalho é de apenas 6,7%. Já em países como Grécia, Espanha e Itália a taxa ainda fica perto de 40%.
É verdade que uma parte dos jovens europeus não trabalha porque está estudando — fazendo um curso de graduação, de pós-graduação ou um treinamento profissional — ou porque prefere esperar uma oferta de trabalho melhor a aceitar uma vaga de baixa remuneração. Mas também existe um número inestimável de jovens que desejam trabalhar e simplesmente não conseguem uma vaga.
Essa situação preocupa os economistas por ser um sinal de que os países europeus terão não apenas um problema social maior nos próximos anos mas também econômico. Os estudos mostram que, quando um jovem chega à idade adulta e encontra dificuldade para se colocar no mercado de trabalho, os efeitos negativos persistem durante décadas. O jovem que fica muito tempo desempregado tem mais risco de receber salários mais baixos ao longo da vida ou de ficar desempregado novamente durante uma crise. Com um salário menor, ele também tem menos condições de consumir ou poupar, o que reduz o crescimento potencial da economia e aumenta os gastos sociais dos governos.Remuneração:
A situação é mais grave quando as taxas de desemprego entre os jovens ficam acima da média durante muito tempo, como é o caso de países como Espanha e Itália, que convivem com o problema há quase uma década. Dos 15 milhões de desempregados na zona do euro atualmente, 2,6 milhões têm de 16 a 25 anos.
Os governos da região vêm tentando reduzir o desemprego e incentivar a contratação de jovens com reformas trabalhistas para permitir contratos de trabalho mais flexíveis e para reduzir os custos de contratação e de demissão. A reforma espanhola foi uma das mais radicais entre os países que fizeram mudanças.
Em 2012, o governo implementou uma nova lei trabalhista que praticamente pôs fim às limitações para a contratação de trabalhadores temporários e reduziu o custo das demissões dos chamados trabalhadores fixos. Antes da reforma, um trabalhador demitido sem justa causa tinha direito a uma indenização equivalente a 45 dias de salário por ano trabalhado. A indenização foi reduzida a 33 dias e limitada a 24 salários — o que ainda é bem generoso. Empresas com até 50 funcionários passaram a contar com deduções fiscais para contratar funcionários com até 30 anos.
Em Portugal, a reforma removeu muitas limitações ao trabalho temporário e permitiu que contratos de trabalho fossem renegociados com redução de salários. Alguns feriados deixaram de ser remunerados e os dias de férias foram reduzidos. Foi um caminho semelhante ao seguido pela Itália, com redução de jornadas e salários e a permissão de que horas extras fossem compensadas por sistemas de banco de horas.
Os críticos alegam que as reformas tornaram as condições de trabalho mais precárias para os europeus, uma vez que as empresas passaram a dar preferência à contratação de funcionários temporários em vez de empregados fixos, que têm benefícios sociais melhores. Como consequência, o salário médio caiu, reduzindo o poder de compra do mercado interno. É inevitável que as medidas gerem protestos e insatisfação de parte da população, como ficou claro no quebra-quebra de manifestantes durante o encontro do G20 em Hamburgo no início de julho.
Mas o fato é que, para os economistas, a Europa estaria em uma situação muito pior não fossem as reformas. Na Espanha, por exemplo, o desemprego chegou a um nível desolador de 26% em 2013. Hoje está em 17% e continua caindo. O PIB voltou a crescer num ritmo forte para os padrões do mundo desenvolvido. O Fundo Monetário Internacional prevê que, em 2017, a economia espanhola terá o terceiro ano seguido de expansão acima dos 2,5%.
A hora da educação
Passada a fase mais aguda da crise, agora os economistas discutem quais outras medidas poderiam ser tomadas para reduzir o nível de desemprego entre os jovens. Em um extenso trabalho acadêmico recente sobre o tema, Francesco Pastore, pesquisador do Instituto de Economia do Trabalho, na Alemanha, e professor na Universidade de Campania, na Itália, sugere que os países europeus façam reformas mais profundas focadas no sistema educacional.
Pastore afirma que é preciso adequar o currículo escolar às habilidades necessárias para o trabalho no mundo contemporâneo. O pesquisador sugere que os países europeus adotem um sistema educacional parecido com o da Alemanha, que combina o ensino tradicional em sala de aula com a formação profissional — parte do aprendizado dos estudantes alemães é complementada pelas empresas por meio de programas de estágio. “O sistema educacional tradicional tem sido pouco eficiente em oferecer aos jovens mais oportunidades de emprego. Com alguma adaptação para cada país, o modelo do sistema alemão pode ser uma saída”, diz Pastore.
Outra medida defendida pelo professor é que os países da União Europeia adotem uma política conjunta de investimentos públicos para promover a criação de vagas especialmente nas regiões periféricas da Europa, onde o desemprego entre os jovens é mais alto. As diferenças regionais ficam claras ao comparar os dados locais de cada país. Na Baviera, o segundo estado mais rico da Alemanha, o desemprego entre a população de 16 a 24 anos é de apenas 3,4%. Já na região italiana da Calábria, no sul do país, chega a 65%.
O baixo crescimento econômico nessas regiões menos desenvolvidas da Europa é crônico e a crise de 2008 só fez a situação piorar, impedindo uma geração de empregos mais forte. Na visão dos especialistas, um programa de estímulo da União Europeia poderia ajudar a reduzir esse abismo entre as regiões.
Enquanto isso não acontece, uma quantidade cada vez maior de jovens acaba aceitando empregos de menor qualidade, com contratos temporários ou de meio período, que têm remuneração menor — o que diminuiria o ímpeto da recuperação econômica europeia. Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), é um dos que têm chamado a atenção para o problema.
Nos cálculos do BCE, a taxa de desemprego da zona do euro seria de 18% — o dobro da atual — se contabilizado o número de pessoas que pararam de procurar emprego ou que estão empregadas, mas gostariam de trabalhar mais. A crise na Europa pode ter acabado — daí a dizer que há motivo para celebrar, há uma distância e tanto.
Sua equipe trabalha das 9h às 18h? Então você está ultrapassado
Empresas que apostam em mais flexibilidade no trabalho garantem que isso leva a funcionários mais felizes e defendem que esse é um caminho sem volta.
Relógio: horários mais flexíveis e possibilidade de trabalho remoto são tendência (SIphotography/Thinkstock)
São Paulo – Para a maioria das pessoas, trabalhar numa empresa ainda é sinônimo de estar no escritório no horário comercial – e pegar aquele trânsito para ir e voltar para casa. Porém, alguns negócios já perceberam que, num mundo com tanta tecnologia, não faz mais sentido obrigar seus funcionários a estarem no ambiente de trabalho sempre no mesmo horário.
Nessas empresas, os funcionários muitas vezes fazem horários alternativos, ou mesmo trabalham alguns dias ou horas de forma remota (em casa ou qualquer outro lugar). E elas garantem: permitir mais flexibilidade aumenta os lucros e o engajamento da equipe.
O tema foi discutido num webinar (seminário virtual) promovido pelo Gympass, em que a diretoria de Recursos Humanos da PwC, Erika Braga, falou sobre a política de flexibilidade da companhia. O Gympass é uma plataforma que permite ao usuário ter acesso a várias academias credenciadas e que oferece o modelo Gympass Corporate, voltado para empresas que queiram investir na qualidade de vida dos funcionários . Produtividade e motivação:
Exame.com acompanhou o webinar e depois conversou com alguns negócios sobre o tema.
Controle X Confiança
“Percebemos que esse é um caminho sem volta. Se você não começar a pensar de forma diferente sobre isso, vai ficar para trás em termos de organização”, afirmou Erika na conversa virtual.
Na PwC, uma consultoria presente em 157 países, existem algumas possibilidades de jornada de trabalho flexíveis, dentre elas horários alternativos (entrar algumas horas mais cedo ou mais tarde, por exemplo), home-office em dias esporádicos e a possibilidade de fazer um horário de almoço maior ou menor.
Questionada sobre como a empresa controla o trabalho do funcionário nesses modelos, Erika ressaltou que a empresa não controla e decidiu “trocar o controle pela confiança”.
“Temos que ter uma relação de confiança com nossos profissionais, nossos talentos. Temos que ter qualidade, entrega, resultado. Se a pessoa trabalhou das 10h às 15h naquele dia e entregou o que estava combinado, tudo ok”, afirmou durante o webinar.
Mentalidade Netflix
Para Marcelo Sartori, diretor de Recursos Humanos do Gympass, a flexibilidade no trabalho é uma tendência que segue a lógica da “escolha do indivíduo”.
“Temos exemplos como a Netflix, em que a pessoa assiste a um programa na hora que quiser, onde quiser. No modelo da TV tradicional, a pessoa tem que ligar naquela hora específica se quiser assistir o jornal ou a novela. Agora essa lógica está se invertendo, quem decide é o indivíduo. O mundo está caminhando para isso e as empresas não podem ficar para trás”, afirma.
Sartori ressalta que o próprio Gympass funciona dessa forma, permitindo que o usuário decida onde, quando e o que fazer na academia.
Sem culpa
Engana-se quem pensa que um modelo flexível como esse só pode funcionar em grandes companhias como a PwC. Empresas menores também podem ter um esquema de trabalho menos rígido, modelo que inclusive vai ao encontro do que acontece em locais que prezam pela inovação, como o Vale do Silício.
“Estamos no mercado há cinco anos e desde o início tivemos essa mentalidade do Vale do Silício. Aqui nós valorizamos a presença no escritório, mas temos a possibilidade de trabalhar de casa e fazemos horários alternativos. Ás vezes a pessoa precisa resolver um problema pessoal e não se sente culpada por isso”, afirma Bruno Martin do Ebanx (plataforma de pagamentos online).
Segundo Sartori, do Gympass, dentre os benefícios da flexibilidade está o aumento na produtividade. “Quando há muita rigidez de horários, muitas vezes o colaborador está lá só de corpo físico, esperando dar 18h para ir embora. Quando você permite mais flexibilidade, também transfere mais responsabilidade para o funcionário”, afirma.
Martin, do Ebanx, concorda e conta que na sua empresa o principal benefício de ter uma proposta mais flexível está no ânimo das pessoas em trabalhar. “Aqui a gente não entra numa empresa em que está todo mundo desgastado, cansado. As pessoas vêm com muita vontade para o trabalho”, conta.
A avaliação é semelhante à de Erika Braga da PwC. “Investir em flexibilidade reduziu nosso turn over [rotatividade de funcionários], então gastamos menos com recrutamento, além de termos menos faltas e ganharmos nessa questão do engajamento”, disse no webinar.
Reforma trabalhista tende a inviabilizar a Previdência, diz estudo
Para cada trabalhador que deixa de ser assalariado para virar “empresa”, o sistema público perde 3.727 reais ao ano.
O trabalho intitulado “Reforma Trabalhista e Financiamento da Previdência Social: simulação dos impactos da pejotização e da formalização”, realizado pelos pesquisadores da Unicamp Arthur Welle, Flávio Arantes, Guilherme Mello, Juliana Moreira e Pedro Rossi, simula os impactos do crescimento da pejotização e da formalização para a arrecadação da Previdência Social, considerando inalteradas as condições de remuneração e ocupação.
Tanto a pejotização, fenômeno no qual empregados com carteira de trabalho do setor privado que contribuíam no regime geral da Previdência migram para a contribuição do Simples ou MEI de acordo com sua faixa de renda, quanto a formalização são fenômenos frequentemente associados aos impactos da reforma trabalhista.
Como argumenta o estudo, “a legalização da terceirização irrestrita, a nova definição de trabalho autônomo, além da flexibilização das regras de contratação para trabalho intermitente, por tempo parcial e trabalho temporário tem o potencial de acelerar o processo de pejotização, já verificado nas últimas décadas no Brasil. Por outro lado, em decorrência da maior flexibilidade das regras trabalhistas, a reforma pode estimular a formalização de trabalhadores.”
Fonte: Portal Vermelho
O fim da contribuição sindical obrigatória, extinta com a reforma trabalhista forçou centrais e sindicatos a se adaptarem aos novos tempos de vacas mais magras. Eles têm demitido, vendido ativos e organizado planos de demissão voluntária (PDV) para se adequar a uma perda estimada em um terço da receita. Até 2018, 100 mil trabalhadores diretos e indiretos devem ser afetados, estima o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A estrutura sindical reúne cerca de 300 mil trabalhadores em todo o País, segundo o Dieese. Desse total, 115 mil são funcionários diretos e o restante presta serviços às entidades. Os cortes devem ser diluídos no próximo mês e ao longo do ano que vem. Mas eles já começaram.
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo, que tinha 600 empregados, organizou há dois meses um PDV, que teve adesão de 67 deles. Mas isso não evitou outras 35 demissões. “Se a perda é estimada em um terço da receita, cerca de 100 mil trabalhadores podem ser afetados até o fim de 2018. O sindicato vai ser obrigado a demitir e a transformar funcionários diretos em prestadores”, avalia Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese.
A própria instituição, mantida com recursos sindicais, espera um orçamento menor para 2018. Neste ano, é de R$ 45 milhões. Em 2018, no cenário mais otimista, será de R$ 30 milhões. O Dieese, que compila estatísticas de emprego e custo de vida, estuda que pesquisas conseguirá manter a partir de 2018.
Associados. Além da perda da contribuição sindical, as entidades já tinham de trabalhar com uma realidade mais dura. O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), por exemplo, viu seu número de associados desabar com a perda de postos da construção na crise. A entidade tinha 230 funcionários no início do ano. Agora, são 158.
GOVERNO APOSTA NA REFORMA PARA RETOMAR EMPREGOS: A reforma trabalhista é considerada pelo governo de Michel Temer uma das principais medidas para estimular novas contratações no mercado de trabalho e desburocratizar os processos de admissão e demissão – queixa recorrente de muitos empresários. O texto altera mais de 100 pontos da CLT. Entre eles, autoriza os trabalhos intermitentes, permite dividir as férias em três períodos e faz com que os acordos coletivos tenham força de lei. A seguir, confira como é a legislação trabalhista atual e entenda o que deve mudar com a reforma.
Uma das estratégias das entidades é “voltar para a rua”, para aumentar a receita com novas filiações, inclusive transferindo parte dos funcionários da sede para as equipes que vão até os locais de trabalho e têm contato direto com os trabalhadores. “O impacto é grande, mas a contribuição obrigatória tinha de acabar mesmo. Não era uma coisa justa e só servia para alimentar alguns sindicatos que faziam muito pouco. A contribuição precisa ser discutida”, diz Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sintracon-SP.
Reforma trabalhista é aprovada no Senado: O Senado aprovou por 50 votos a 26 o texto-base da reforma trabalhista, que agora aguarda a sanção do presidente Michel Temer para entrar em vigor. Para convencer senadores a votarem a favor do projeto, Temer havia prometido vetar ou modificar pontos polêmicos do texto, mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que a Casa não aprovará mudanças.
As principais centrais apoiam um projeto de lei que regulariza a contribuição negocial em substituição ao imposto sindical. Elas também sentem o fim do recurso obrigatório. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) organiza um PDV e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) demitiu funcionários e vai para uma sede menor.
Fonte: MSN
Contra a nova CLT, juiz manda hospital de SP recontratar 117 funcionários
Um juiz do trabalho de São Paulo de primeira instância determinou a recontratação de 117 funcionários que, no começo do segundo semestre, tinham sido demitidos por uma rede hospitalar em um corte coletivo.
A sentença foi protocolada no dia 21 de novembro pelo juiz Elizio Luis Perez, titular do Tribunal Regional do Trabalho da 2º Região. O magistrado fixou para o dia 4 de dezembro a data para a readmissão da equipe, 45 fisioterapeutas e 72 profissionais ligados ou não a área da saúde da rede de hospitais Leforte.
A decisão do magistrado vai contra a nova legislação trabalhista em vigor desde o início de novembro, que permite demissões coletivas sem acordo prévio com o sindicato. O juiz, no entanto, afirma na sentença que o ponto fere a constituição nacional.
Citando um caso anterior envolvendo funcionários da Embraer, o magistrado afirma que “em consequência (da constituição), fica fixada, por interpretação da ordem jurídica, a premissa de que a negociação coletiva é imprescindível para a dispensa em massa de trabalhadores”, escreveu.
Segundo ele, “a ordem constitucional brasileira não permite o manejo meramente unilateral e potestativista das dispensas trabalhistas coletivas, por se tratar de ato/fato coletivo, inerente ao Direito Coletivo do Trabalho, e não Direito Individual, exigindo, por consequência, a participação do(s) respectivo(s) sindicato(s)
profissional(is) obreiro(s)”.
Em nota, o hospital diz que decisão ainda é liminar e que deve recorrer da decisão. “O Hospital Leforte esclarece que age e sempre agiu em conformidade com a lei e informa que a decisão é liminar ainda sem julgamento do mérito.”
Fonte: MSN
Nova legislação trabalhista: governo edita MP para fazer ajustes na lei em vigor
Com publicação da MP, ajustes passam a valer imediatamente até que haja decisão do Congresso. Nova lei entrou em vigor no sábado, mas governo havia acordado medida com senadores.
Temer assina MP que faz ajustes na reforma trabalhista
O governo federal editou
governo federal editou nesta terça-feira (14) uma medida provisória (MP) para fazer ajustes na nova legislação trabalhista.
A nova lei entrou em vigor em 11/11/17, mas como alguns pontos geraram polêmica no Congresso Nacional, o governo fechou um acordo com senadores para que, em as mudanças sendo aprovadas, seria editada uma nova MP com ajustes.
Com a publicação da MP nesta terça, no “Diário Oficial da União”, os ajustes passam a valer imediatamente.
A partir de agora, o Congresso terá até 120 dias para aprovar, mudar ou rejeitar os ajustes promovidos pelo governo.
Se a MP não for analisada nesse período, a medida perderá validade e, automaticamente, as regras voltarão a ser as anteriores.
Ponto a ponto
Saiba abaixo, ponto a ponto, os ajustes feitos pelo governo:
Jornada 12 X 36
Texto em vigor: Na jornada 12 X 36 (12 horas de trabalho seguidas por 36 horas de descanso), o trabalhador poderia negociar diretamente com o empregador e em acordo individual escrito.
O que muda: A MP desta terça revoga a permissão e exige que a negociação seja feita por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo. A MP também abre exceção às entidades atuantes no setor de saúde, que poderão fazer acordo individual sobre a jornada de trabalho.
Grávidas e lactantes
Texto em vigor: Permitia grávidas e lactantes a trabalhar em ambientes insalubres se o risco fosse considerado baixo por um médico.
O que muda: A MP determina o afastamento da gestante de qualquer atividade insalubre enquanto durar a gestação. Mas a gestante poderá trabalhar em local insalubre em graus médio ou mínimo se, voluntariamente, ela apresentar atestado de saúde emitido por médico da confiança dela autorizando a atividade.
No caso da empregada lactante, ela será afastada de atividades insalubres em qualquer grau se apresentar atestado emitido por médico da confiança dela recomendando o afastamento no período.
Contribuição previdenciária
O trabalhador que receber remuneração mensal total inferior ao salário mínimo poderá recolher ao Regime Geral de Previdência Social a diferença em que incidirá a mesma alíquota aplicada à contribuição do trabalhador retida pelo empregador.
Autônomos
A MP publica nesta terça estabelece as seguintes regras para a contratação de autônomos:
>> Proíbe cláusula de exclusividade no contrato;
>> Define que não caracteriza a qualidade de empregado se o autônomo prestar serviços a apenas uma empresa;
>> Autoriza que o autônomo preste serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviços que podem ser ou não da mesma atividade econômica, sob qualquer modalidade de contrato de trabalho;
>> O trabalhador poderá recusar fazer atividade pedida pelo contratante, mas com a aplicação de penalidade prevista em contrato;
>> Motoristas, representantes comerciais, corretores de imóveis e trabalhadores de outras categorias relacionadas a atividades compatíveis com o contrato autônomo não serão considerados empregados.
Dano extrapatrimonial
Texto em vigor: Previa no trecho sobre reparação de danos que a honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física. O pagamento de indenizações dessa natureza poderia variar de 3 a 50 vezes o último salário contratual da pessoa ofendida.
O que muda: São adicionados a esse tipo de bem etnia, idade, nacionalidade, gênero e orientação sexual; a palavra sexualidade foi retirada e a expressão “pessoa física” foi substituída por “pessoa natural”. A indenização poderá variar de 3 a 50 vezes o teto do benefício pago pelo INSS (R$ 5.531) – o valor vai variar conforme a natureza da ofensa, de leve a gravíssima.
Reincidência: O texto em vigor previa que, em caso de reincidência, o juízo poderia elevar o valor da indenização ao dobro. O novo texto adiciona a previsão de que a reincidência só estará caracterizada se ocorrer num prazo de até dois anos após o fim da tramitação na Justiça da primeira ação. A MP também acrescenta que os parâmetros para pagamento de reparação “não se aplicam aos danos extrapatrimoniais decorrentes de morte”.
Remuneração e gorjeta
Texto em vigor: Estabelecia que os valores pagos como ajuda de custo, auxílio-alimentação, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
O que muda: A gorjeta não constituirá receita para os empregadores e será distribuída a todos os trabalhadores conforme regras definidas em convenção ou acordo coletivo de trabalho. Se não tiver essa previsão na convenção, os percentuais de rateio serão definidos em assembleia geral dos trabalhadores.
Representação dos empregados
Texto em vigor: Estabelecia que, nas empresas com mais de 200 empregados, poderia ser eleita uma comissão para representá-los em acordos com os empregadores.
O que muda: A MP estabelece que a comissão não substituirá a função do sindicato de defender os direitos e os interesses da categoria, determinando a participação dos sindicatos em negociações coletivas de trabalho.
Acordo prevalece sobre a lei
Texto em vigor: Previa que os sindicatos subscritores de convenção coletiva deveriam participar, como parte, em ação individual ou coletivapara anular alguma cláusula do acordo.
Como fica: A MP detalha uma das situações em que a convenção ou acordo coletivo prevalecerá sobre a lei. No caso de enquadramento do grau de insalubridade, a MP inclui a prorrogação de jornada em locais insalubres, inclusive com a possibilidade de contratar perícia, desde que respeitadas todas as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho. A MP autoriza os sindicatos a entrar como parte apenas em ação coletiva.
Trabalho intermitente
A MP prevê que o contrato de trabalho intermitente, além de ser celebrado por escrito, será registrado na carteira de trabalho, ainda que previsto acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva.
O contrato deverá conter:
>> Identificação, assinatura e domicílio ou sede das partes;
>> Valor da hora ou do dia de trabalho, que não poderá ser inferior ao valor horário ou diário do salário mínimo, assegurada a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
>> Local e prazo para o pagamento da remuneração.
A MP altera o prazo para o empregado responder a um chamado de trabalho intermitente após o recebimento da convocação. Antes, o prazo era de um dia útil. Com a MP, o prazo passa para 24 horas. Em caso de silêncio do convocado nesse prazo será presumida a recusa.
O texto sancionado em julho previa que o trabalhador intermitente teria direito a um mês de férias a cada 12 meses. O novo texto autoriza o parcelamento das férias em até três períodos.
A MP inclui, ainda, que será devido ao segurado da Previdência Social o auxílio-doença a partir da data do início da incapacidade.
O salário-maternidade, segundo a MP, será pago diretamente pela Previdência Social.
A MP também prevê que será facultado às partes convencionar por meio do contrato de trabalho intermitente:
>> Locais de prestação de serviços;
>> Turnos para os quais o empregado será convocado para prestar serviços;
>> Formas e instrumentos de convocação e de resposta para a prestação de serviços;
>> Formato de reparação recíproca na hipótese de cancelamento de serviços previamente agendados.
O texto sancionado em julho previa o pagamento de multa de 50% da remuneração prevista se qualquer das partes descumprisse o acordo sem justo motivo. No novo texto, empregador e trabalhador intermitente poderão fixar em contrato o formato da reparação no caso de cancelamento de serviço previamente agendado.
A MP acrescenta também que considera-se período de inatividade o intervalo temporal diferente daquele para o qual o empregado intermitente foi convocado e tenha prestado os serviços. Durante o período de inatividade, o empregado poderá prestar serviço a outras empresas que exerçam ou não a mesma atividade econômica da primeira empresa.
O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador e não será remunerado.
A MP inclui ainda a previsão de que será considerado rescindido o contrato de trabalho intermitente caso o empregador fique por um ano ou mais sem convocar o trabalhador para serviços.
Prevê também que, extinto um contrato de trabalho intermitente, o empregador deverá ao trabalhador, pela metade, aviso prévio indenizado; indenização sobre FGTS; e, na integralidade, demais verbas trabalhistas, se houver.
Ainda segundo o novo texto, a extinção do contrato de trabalho intermitente, porém, não autoriza o trabalhador a requerer o seguro-desemprego.
Outro ponto incluído no novo texto é a permissão para que o trabalhador movimente sua conta do FGTS quando da extinção do contrato de trabalho intermitente. Os saques, porém, ficam limitados a 80% do saldo previsto na conta.
Pela Medida Provisória, até 31 de dezembro de 2020, o empregado registrado por meio de contrato de trabalho por prazo indeterminado demitido não poderá prestar serviços para o mesmo empregador por meio de contrato de trabalho intermitente pelo prazo de dezoito meses, contado da data da demissão do empregado.
No contrato de trabalho intermitente, o empregador efetuará o recolhimento das contribuições previdenciárias próprias e do empregado e o depósito do FGTS com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações.
Polêmica
Como uma MP entra em vigor imediatamente, antes mesmo de análise pelo Congresso, a decisão do governo de fazer os ajutes na nova lei trabalhista utilizando esse instrumento gerou uma queda de braço entre o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Jucá defendeu que os ajustes fossem feitos por meio de MP para os efeitos passarem a valer imediatamente.
O líder do governo também argumentou que, se os ajustes fossem enviados como projeto de lei, teriam tramitação mais lenta no Congresso.
Maia, por sua vez, queria que os ajustem fossem feitos por projeto de lei, por considerar que a MP poderia configurar uma interferência do governo nos trabalhos do Legislativo.
Em meio a esta polêmica, o presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), defendeu, assim como Jucá, que os ajustes fossem feitos por mp
Fonte: G1
Centrais sindicais e movimentos populares fazem atos pelo país contra nova lei trabalhista
Mudança nas regras em pontos como férias, home office e jornada de trabalho entram em vigor neste sábado (11).
Manifestantes protestam contra as reformas Trabalhista e da Previdência
Manifestantes realizam atos contra a nova lei trabalhista em diversas cidades do país nesta sexta-feira (10).
As mudanças em pontos como férias, jornada de trabalho, banco de horas, home office e remuneração passam a valer a partir deste sábado (11) tanto para contratos novos como para aqueles já em vigor.
Os atos foram registrados em ao menos 24 estados: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
Confira abaixo como foram os protestos em cada estado:
Manifestantes em Rio Branco são contra a Reforma Trabalhista e a privatização de empresas (Foto: Quésia Melo/G1 )
Em Rio Branco, centrais sindicais e trabalhadores de várias categorias se manifestaram, nesta sexta, contra as novas regras trabalhistas e também contra a reforma da previdência – em discussão no Congresso –, a privatização dos Correios e da Eletrobras.
O ato ocorreu em frente à prefeitura da capital acreana, no Centro, com respresentantes dos sindicatos de professores, motoristas, urbanitários, mototaxistas e motofretes. Nem os organizadores nem a polícia informaram o número de participantes no ato.
Movimentos sindicais e sociais fazem ato em AL contra medidas do governo federal
Movimentos sindicais, sociais e servidores públicos fizeram uma passeata em Maceió na manhã desta sexta-feira contra a nova lei trabalhista. Eles também são contra a reforma da Previdência, que está sendo discutida no Congresso.
Segundo a Frente Brasil Popular, que organizou o ato, participaram 5 mil pessoas. A Polícia Militar não deu estimativa de participantes. A concentração ocorreu na Praça Sinimbu, no Centro, de onde o grupo saiu em caminhada às 10h50 até o calçadão do comércio.
Manifestantes caminharam pelo Centro de Macapá (Foto: John Pacheco/G1)
Trabalhadores e centrais sindicais fizeram um ato em Macapá contra a nova lei trabalhista, a reforma da Previdência em discussão no Congresso e pela saída de Michel Temer da Presidência. O protesto começou por volta das 9h na Praça da Bandeira, depois o grupo caminhou até o Centro da capital, onde terminou às 12h em frente às prefeitura.
Segundo a organização, participaram 4 mil pessoas. A Polícia Militar acompanhou o ato, mas não deu estimativa de participantes.
Centrais sindicais fizeram protesto pelo Centro de Manaus (Foto: Patrick Marques/G1 AM)
Em Manaus, o protesto contra a reforma trabalhista reuniu cerca de mil pessoas, de acordo com a organização. Já a Polícia Militar contou 700 participantes. Os manifestantes iniciaram o ato por volta das 17h e caminharam da Praça da Polícia até a Praça do Congresso, no Centro da capital.
Sindicalistas protestam contra a Reforma Trabalhista, na região da Lapa, em Salvador
Um grupo de manifestantes fechou pistas na saída do Dique do Tororó em Salvador, durante cerca de 3 horas em um ato contra a nova lei trabalhista. Por causa da manifestação, houve congestionamento na região da Lapa, Vale dos Barris e Nazaré na manhã desta sexta-feira.
Após liberar as vias, por volta das 9h, o grupo seguiu em passeata para o Campo Grande e depois caminhou pela Avenida Sete até a Praça Castro Alves, onde o protesto terminou por volta das 12h30.
Organizado por centrais sindicais, o ato também foi contra a reforma da Previdência que tramita no Congresso. Agências bancárias ficaram fechadas na Av Sete, no Centro de Salvador, e o atendimento retornou por volta do meio-dia.
Segundo com a organização do evento a manifestação reúne cerca de 20 mil pessoas em Fortaleza (Foto: Jadson Santos e Jaqueline Lima)
Sindicatos e movimentos sociais fizeram uma manifestação no centro de Fortaleza na manhã desta sexta. O ato foi contra a nova lei trabalhista, a lei da terceirização, a reforma da Previdência e o congelamento no teto dos gastos públicos.
Segundo a organização, cerca de 20 mil pessoas participaram do protesto, que teve concentração na Praça Clóvis Beviláqua, por volta das 10h, e percorreu as principais avenidas do Centro da capital. A PM não divulgou estimativa de participantes.
Um ato contra a retirada de direitos trabalhistas é realizado em Vitória na noite desta sexta. Os manifestantes se concentraram na Universidade Federal do Espírito Santo durante a tarde e, por volta das 18h30, saíram em caminhada pela Av. Fernando Ferrari.
Os manifestantes ocupam duas faixas da pista, deixando uma livre. Cerca de 100 pessoas participam do protesto, de acordo com a Guarda Municipal.
Protesto em Goiânia começou às 16h desta sexta-feira (10) (Foto: Sílvio Túlio/G1)
Manifestantes se concentraram na Praça do Bandeirante e fizeram uma passeata pelas ruas do Centro de Goiânia em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência. O ato foi encerrado por volta das 18h e reuniu cerca de 500 pessoas, de acordo com a organização.
Participaram do ato representantes do MST, do MTST, da CUT, da CTB e do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Estado de Goiás (Sintsfep).
Centrais sindicais protestam no Maranhão contra reforma trabalhista
Em São Luís, um grupo de manifestantes colocou fogo em pneus e fechou as duas pistas da Avenida dos Portugueses na manhã desta sexta-feira. Eles protestaram contra a nova lei trabalhista e também contra a reforma da Previdência que tramita no Congresso Nacional.
Mato Grosso do Sul
Em Campo Grande, o protesto organizado por sindicatos e centrais sindicais durou o dia todo e ficou concentrado no principal cruzamento da cidade, entre a Rua 14 de Julho e a Avenida Afonso Pena. Cerca de 100 manifestantes participaram do ato.
Centrais sindicais fazem protesto em Belo Horizonte contra a reforma trabalhista
Em Belo Horizonte, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizou um ato que começou de manhã e terminou no início da tarde com a participação de ao menos cinco categorias. Os manifestantes afirmam que as novas regras vão tirar direitos trabalhistas e que não vai resolver o problema do desemprego. O governo defende que houve modernização das relações trabalhistas e que isso criará mais vagas.
Grupo de manifestantes segue em caminhada contra as reformas Trabalhista e da Previdência, pelas ruas de Belém. (Foto: Tarso Sarraf/O Liberal)
Um grupo de manifestantes interditou a travessa Dom Pedro I, no bairro do Umarizal, em Belém, na manhã desta sexta-feira. Eles estavam concetrados em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O grupo seguiu em caminhada pela avenida Senador Lemos, rumo ao Mercado do Ver-o-Peso. Nem a organização do protesto e nem a Polícia Militar divulgou estimativa de participantes.
O ato é contra a nova lei trabalhista, a reforma da Previdência e a postaria do Ministério do Trabalho que muda o conceito de trabalho escravo no país. Organização e polícia não deram estimativa de participantes.
Concentração do ato em João Pessoa aconteceu no Lyceu Paraibano (Foto: Krystine Carneiro/G1)
Ruas foram interditadas e aulas foram suspensas em protesto contra a nova legislação trabalhista em João Pessoa e em Campina Grande nesta sexta-feira.
Na capital, os manifestantes se concentraram em frente ao Lyceu Paraibano e saíram em caminhada em direção ao Ponto de Cem Réis. O protesto foi encerrado às 17h30.
Em Campina Grande, o protesto começou às 9h (horário local), na Praça Clementino Procópio, e os manifestantes seguiram em passeata pelas ruas do Centro até as 12h.
Manifestantes percorrem ruas da área central do Recife, nesta sexta-feira (10), durante ato contra a reforma da Previdência (Foto: Thiago Augustto/TV Globo)
Em Recife, manifestantes se concentraram na Praça do Derby e caminharam pela Avenida Agamenon Magalhães, na área central, na manhã desta sexta-feira. Além de ser contra a nova lei trabalhista, o ato também pedia melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS) e terminou por volta das 12h30.
Segundo a organização, formada por centrais sindicais e movimentos sociais, 5 mil pessoas participaram da manifestação.
Grupo partiu em caminhada pelo Centro de Teresina às 10h (Foto: Junior Feitosa/G1)
Em Teresina, um grupo de manifestantes caminhou pelo centro da capital em ato que pedia a anulação da nova lei trabalhista e que a reforma da Previdência não seja votada pelo Congresso.
Organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a passeata teve concentração na Praça Rio Branco, de onde o grupo saiu em caminhada pelas ruas do Centro às 10h. O ato terminou às 11h30 na Avenida Frei Serafim.
Segundo a CUT, mil pessoas participaram da passeata.
Protesto na Boca Maldita, em Curitiba, reúne 300 pessoas, segundo a Polícia Militar (Foto: Reprodução/ RPC Curitiba)
Em Curtitiba, o protesto contra a nova lei trabalhista teve concentração na Boca Maldita no fim da manhã desta sexta. Segundo a Polícia Militar, 300 pessoas participaram do ato. Os metalúrgicos também se mobilizaram para paralisar as atividades em protesto contra as mudanças na legislação.
Manifestantes protestam na região da Candelária, no Centro do Rio (Foto: Cassio Bruno/G1)
Manifestantes contrários ao governo do presidente Michel Temer fazem um protesto em frente à Candelária, no Centro do Rio. A Polícia Militar e a CET-Rio acompanham o protesto.
Por volta das 18h30, policiais do 5º BPM (Praça da Harmonia) detiveram um homem que portava, segundo os PMs, um estilete, uma máscara de gás, óculos de proteção e 18 bolas de gude.
Manifestantes fazem protesto no Rio Grande do Norte (Foto: Heloísa Guimarães/Inter TV Cabugi)
Em Natal, grupos de sindicalistas se reuniram no centro, durante a manhã, para protestar contra a reforma trabalhista. Técnicos administrativos paralisaram as atividades na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e também houve manifestação de servidores estaduais da saúde em frente ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel.
Em Mossoró, no Oeste do estado, a manifestação reuniu servidores da Petrobras, do INSS, do Detran, de universidades e institutos federais, bem como professores da rede estadual, policiais militares e servidores municipais.
CUT realiza manifestações no RS contra a Reforma Trabalhista
Entidades sindicais ligadas, principalmente, à Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS) realizaram vários atos nesta sexta-feira contra a nova lei trabalhista. Sindicalitas se concentram no Centro de Porto Alegre e, segundo a CUT, também houve mobilizações em frente a refinarias, empresas e bancos da capital gaúcha e da Região Metropolitana.
Na capital, integrantes da CUT realizaram uma plenária na Igreja Pompéia para preparar as mobilizações, que também são contrárias à reforma da Previdência. Está previsto um ato unificado ainda nesta sexta na Esquina Democrática.
Em Gravataí, na Região Metropolitana da capital, o Sindicato dos Metalúrgicos fez um prostesto em frente ao Complexo Industrial da General Motors (GM), bloqueando a 3ª faixa da entrada da GM na BR-290, a freeway, causando congestionamento de cerca de 1 km. O trecho foi liberado pouco antes das 7h.
Trabalhadores reunidos no Centro Cívico de Boa Vista em ato contra a nova lei trabalhista. (Foto: Marcelo Marques/G1 RR)
Em Boa Vista, o protesto contra a nova lei trabalhista foi organizado por centrais sindicais e ocorreu no Centro Cívico da capital na manhã desta sexta-feira. O ato também é contra a privatização do setor elétrico.
Segundo a organização, o ato começou às 6h (hora local) com uma panfletagem seguido de uma carreata até o Centro da cidade. A mobilização terminou às 11h30. A PM não acompanhou e os organizadores informaram que 400 pessoas participaram do protesto.
Servidores públicos se concentram em manifestação contra a reforma trabalhista em Porto Velho, RO (Foto: Hosana Morais/G1)
Servidores Públicos da Eletrobras Distribuição Rondônia, do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro), da Universidade Federal de Rondônia (Unir), da Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd) e bancários fizeram um protesto contra a reforma trabalhista em Porto Velho, nesta sexta-feira.
A concentração foi no início da tarde em frente à sede da Eletrobras, na Avenida Sete de Setembro, no centro da capital. A ação foi convocada pela CUT, que estima a presença de cerca de 500 pessoas. A Polícia Militar não acompanhou.
Sindicatos e movimentos sociais se reuniram na Praça da Sé, no Centro de SP (Foto: Cris Faga/Estadão Conteúdo)
Na capital paulista, os sindicatos fizeram uma “Marcha em Defesa dos Direitos, da Soberania e da Democracia”, com a distribuição de panfletos e de uma cartilha explicando as consequências da reforma trabalhista.
De acordo com a organização, cerca de 500 pessoas se reuniram na Praça da Sé, no Centro, por volta das 8h. O grupo iniciou uma passeata até a Avenida Paulista no início da tarde, e o ato foi encerrado por volta das 13h30 próximo ao Masp.
Interdições em trechos da BR-101, em Sergipe, começaram antes das 5h da manhã (Foto: PRF/Divulgação)
Trabalhadores de várias categorias se reuniram na Praça General Valadão, no Centro de Aracaju, para protestar contra a reforma trabalhista. De acordo com a organização, cerca de 7 mil manifestantes participaram do ato, que foi encerrado às 19h30. A PM não divulgou estimativa de público.
Mais cedo, trechos na BR-101 foram bloqueados nos municípios de Nossa Senhora do Socorro e Maruim, em protesto contra a reforma.
Manifestantes protestaram em Palmas contra a reforma trabalhista (Foto: Evandro Mendes/TV Anhanguera)
Em Palmas, manifestantes se reuniram em frente à Caixa Econômica Federal, próximo à avenida Juscelino Kubitschek. O protesto, que começou às 9h e terminou à 11h30, contou com a participação de cerca de 200 pessoas, segundo a organização.
Fonte: G1
Reforma trabalhista corre o risco de perder força na Justiça
A reforma trabalhista corre o risco de perder força nos tribunais. A menos de dois meses de entrar em vigor, o texto divide opiniões de juízes: parte dos magistrados já prevê que não será possível aplicar trechos da legislação, por considerarem que os dispositivos são contra a Constituição Federal e outras leis, como o Código Civil. Para especialistas, esse cenário causa um clima de insegurança jurídica, que pode só ser resolvido numa eventual decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
As principais críticas vêm hoje da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), que se posiciona de forma contrária à reforma desde antes de o texto ser aprovado. Na avaliação da entidade, a reforma fere, por exemplo, o artigo 7º da Constituição, ao considerar que o trabalhador autônomo não se enquadra nas características de empregados definidas pela CLT.
Segundo Guilherme Feliciano, presidente da Anamatra, a questão pode ser levada em consideração por juízes independentemente de uma ação de inconstitucionalidade junto ao STF. Hoje, a Corte já analisa uma ação protocolada pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que questiona pontos relacionados ao acesso à Justiça gratuita.
— Qualquer juiz pode afastar a eficácia de um texto se o considerar inconstitucional — afirma Feliciano.
Caroline Marchi, sócia da Machado Meyer, diz que a indefinição sobre a medida provisória que alterará pontos da reforma, como a negociação da jornada 12 x 36 horas, também interfere no planejamento das empresas:
— O objetivo era um ambiente mais propício a negócios, mas acaba sendo minado por esses entraves.
Fonte: Extra
Reforma trabalhista: saiba qual é o impacto para aqueles que estão contratados
Os 33,3 milhões de brasileiros hoje empregados com carteira assinada devem sentir, ainda este ano, os efeitos das mudanças da CLT aprovadas pelo Senado. A reforma trabalhista passa a valer 120 dias após ser sancionada pelo presidente Michel Temer — o que está previsto para esta quinta-feira (13) — e pode alterar regras de contratos que já estão em vigor. Isso porque, embora boa parte dos pontos dependa de um acordo com participação dos sindicatos, outros podem ser negociados de forma individual, sem a necessidade de intervenção das entidades. É o caso de itens como banco de horas, parcelamento de férias e demissão em comum acordo.
Especialistas divergem sobre quais trabalhadores poderiam fechar acordos individuais. Isso porque a reforma faz uma restrição, em um de seus artigos, à chamada relação de “livre estipulação”. Pelo texto, esses contratos, em que empregado e empregador podem negociar praticamente tudo — desde que não seja contrário à lei —, só podem ser celebrados caso o trabalhador tenha ensino superior e receba remuneração igual ou maior que o dobro do teto do INSS, o que hoje equivale a R$ 11.062,62.
Seria uma forma de evitar que trabalhadores menos qualificados sejam coagidos a firmar acordos pouco vantajosos. Para Ivandick Cruzelles, consultor jurídico e professor da Universidade Mackenzie, o ponto abre margem para interpretações:
“Vai depender da interpretação que a Justiça do Trabalho fizer. Deve ser de que esses pontos só devem valer para o grupo que ganha mais.”
Já a advogada Caroline Marchi, sócia da área Trabalhista do Machado Meyer, diz que o artigo de livre estipulação é destinado a outros aspectos, não cobertos pela lei, o que abre espaço para que todos os trabalhadores celebrem acordos individuais.
15 mudanças só na data-base
Para os trechos que preveem acordo ou convenção coletiva, as regras podem mudar apenas na próxima data-base de cada categoria. A reforma prevê que 15 itens só possam ser negociados por meio do sindicato, entre eles intervalo para almoço, enquadramento do grau de insalubridade e participação nos lucros e resultados.
Antonio Carlos Aguiar, professor da Fundação Santo André e diretor do Instituto Mundo do Trabalho lembra que, em hipótese alguma, as cláusulas em que o acordado se sobrepõe ao legislado terão validade sem uma troca entre as partes. Por exemplo, se for negociado com os empregados redução do horário de almoço, esse tempo precisa ser compensado no final da jornada, com os trabalhadores saindo mais cedo do trabalho.
“O artigo 9 da CLT foi preservado e é uma ótima medida de proteção. Esse artigo diz que deve haver uma troca ou compensação nas cláusulas negociadas, do contrário, não tem validade, porque é uma renúncia de direito.”
Veja abaixo as principais mudanças da reforma:
1. Banco de horas (acordo individual e coletivo)
O texto da reforma prevê que o banco de horas pode ser combinado por meio de acordo individual por escrito. A compensação deve ser feita em até seis meses. A reforma mantém também a regra do banco de horas negociado por meio de acordo ou convenção coletiva. Mas, nesses casos, a compensação poderá ser feita em até um ano. A possibilidade de trocar horas extras por banco de horas já existe na CLT (a regra mais recente é de 2001), mas o texto previa que isso fosse negociado somente por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho.
2. Jornada de trabalho (acordo individual e coletivo)
O acordo individual na jornada de trabalho é citado em dois pontos. Em um deles, o texto regulamenta o chamado regime de compensação de jornada, que funciona como uma espécie de banco de horas, porém com previsão de compensação das horas extras no mesmo mês. Em outro trecho, prevê que a jornada de 12 horas (seguidas de 36 horas de folga) pode ser estabelecida por meio de acordo individual por escrito. Vale lembrar que este ponto ainda pode mudar: o governo se comprometeu com os senadores a restringir esse tipo de negociação às convenções e acordos coletivos, ou seja, com a participação dos sindicatos.
3. Parcelamento de férias (acordo individual)
A reforma diz que as férias podem ser parceladas em até três períodos, desde que um deles não seja inferior a 14 dias corridos e que os demais não sejam de menos de cinco dias, cada. Não há referência a acordos ou convenções coletivas. O texto diz apenas que a negociação pode ser firmada “desde que haja concordância do empregado”. Hoje, as férias só podem ser divididas em até dois períodos, em “casos excepcionais”, conforme a CLT.
4. Demissão em comum acordo (acordo individual)
A reforma trabalhista cria a demissão em comum acordo. O texto diz que o contrato de trabalho poderá ser extinto “por acordo entre empregado e empregador”. Nesse caso, a multa de 40% do FGTS é reduzida a 20% e o aviso prévio passa a ser restrito a 15 dias. Nesse tipo de acordo, o trabalhador tem acesso a 80% do dinheiro do FGTS, mas perde o direito a receber seguro-desemprego.
5. Intervalo intrajornada (acordo coletivo)
Um dos pontos polêmicos, o intervalo para almoço está na lista de 15 itens que só podem ser alterados por meio de acordo ou convenção coletiva. Segundo o texto da reforma, esse ponto pode ser negociado pelos sindicatos, desde que seja de no mínimo 30 minutos — hoje, a CLT determina que o intervalo seja de pelo menos 1 hora. A expectativa é que Temer vete este ponto da lei e mantenha a regra para o horário de almoço como é hoje.
6. Plano de cargos e salários (acordo coletivo)
Outro dos 15 pontos especificados pela reforma em que o acordo coletivo tem peso de lei. Também deverão ser definidos a identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança. Não há mais detalhes sobre o assunto no texto.
7. Programa Seguro-Emprego (acordo coletivo)
A menção tem objetivo de regulamentar o que já ocorre na prática. O Programa Seguro-Emprego (PSE) é o antigo Programa de Proteção ao Emprego (PPE), criado pela presidente Dilma Rousseff, que permite que empresas reduzam jornada de trabalho e salário de empregados, como alternativa para evitar demissões. A necessidade de acordo coletivo para adesão ao PSE já está prevista na lei que regulamenta o programa, alterada no ano passado pelo governo Temer.
8. Enquadramento de insalubridade (acordo coletivo)
Deverá ser feita via acordo coletivo, assim como a prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho. O tema insalubridade chamou a atenção nos últimos dias devido a um ponto polêmico da reforma, que prevê que grávidas e lactantes possam continuar a trabalhar em atividades de grau médio ou mínimo de insalubridade, a menos que tenham recomendação médica para afastamento. Hoje, essas trabalhadoras devem ser afastadas de qualquer atividade insalubre, independentemente do grau.
9. Outros pontos decididos apenas por acordo coletivo
A reforma prevê ainda que acordos coletivos terão mais peso que a legislação nos seguintes tipos de negociação: regulamento empresarial; representante dos trabalhadores no local de trabalho; teletrabalho, regime de sobreaviso e trabalho intermitente; remuneração por produtividade, incluindo gorjetas; modalidade de registro de jornada de trabalho; troca do dia de feriado; prêmios de incentivo e participação nos lucros e resultados.
10. O que não pode ser mexido
Há direitos que não podem ser negociados por meio de acordo de qualquer tipo, e que a reforma não mexe, porque são garantidos pela Constituição Federal. Alguns exemplos são 13º salário, salário mínimo, valor do seguro-desemprego, remuneração de 50% acima da hora normal; licença-maternidade de 120 dias, bem como férias e aviso prévio proporcionais ao tempo de serviço. A jornada de trabalho mensal também não poderá ultrapassar as 220 horas.
Fonte: O Globo
Reforma trabalhista é aprovada no Senado. Confira o que muda na lei
As alterações mexem em pontos como férias, jornada de trabalho, remuneração e plano de carreira; texto ainda depende da sanção do presidente da República.
O Senado aprovou em 11/7/7 o texto da reforma trabalhista. A reforma muda a lei trabalhista brasileira e traz novas definições sobre férias, jornada de trabalho e outras questões. O texto foi sancionado em 13/7/17 pelo presidente Michel Temer.
As novas regras entram em vigor daqui a quatro meses, conforme previsto na nova legislação.
ATUALIZAÇÃO: À 0h08 desta quarta, o presidente da Câmara compartilhou no Twitter esta reportagem do G1 e afirmou que “a Câmara não aceitará nenhuma mudança na lei” . Rodrigo Maia se referia a um acordo que o governo fez com o Senado. “Qualquer MP não será reconhecida pela Casa.”
O governo ainda poderá editar uma Medida Provisória com novas alterações na lei trabalhista. A alternativa foi negociada para acelerar a tramitação da proposta no Congresso.
Veja abaixo as principais mudanças com a reforma trabalhista:
Férias
Regra atual
As férias de 30 dias podem ser fracionadas em até dois períodos, sendo que um deles não pode ser inferior a 10 dias. Há possibilidade de 1/3 do período ser pago em forma de abono.
Nova regra
As férias poderão ser fracionadas em até três períodos, mediante negociação, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos, cada um.
Jornada
Regra atual
A jornada é limitada a 8 horas diárias, 44 horas semanais e 220 horas mensais, podendo haver até 2 horas extras por dia.
Nova regra
Jornada diária poderá ser de 12 horas com 36 horas de descanso, respeitando o limite de 44 horas semanais (ou 48 horas, com as horas extras) e 220 horas mensais.
Tempo na empresa
Regra atual
A CLT considera serviço efetivo o período em que o empregado está à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens.
Nova regra
Não são consideradas dentro da jornada de trabalho as atividades no âmbito da empresa como descanso, estudo, alimentação, interação entre colegas, higiene pessoal e troca de uniforme.
Descanso
Regra atual
O trabalhador que exerce a jornada padrão de 8 horas diárias tem direito a no mínimo uma hora e a no máximo duas horas de intervalo para repouso ou alimentação.
Nova regra
O intervalo dentro da jornada de trabalho poderá ser negociado, desde que tenha pelo menos 30 minutos. Além disso, se o empregador não conceder intervalo mínimo para almoço ou concedê-lo parcialmente, a indenização será de 50% do valor da hora normal de trabalho apenas sobre o tempo não concedido em vez de todo o tempo de intervalo devido.
Remuneração
Regra atual
A remuneração por produtividade não pode ser inferior à diária correspondente ao piso da categoria ou salário mínimo. Comissões, gratificações, percentagens, gorjetas e prêmios integram os salários.
Nova regra
O pagamento do piso ou salário mínimo não será obrigatório na remuneração por produção. Além disso, trabalhadores e empresas poderão negociar todas as formas de remuneração, que não precisam fazer parte do salário.
Plano de cargos e salários
Regra atual
O plano de cargos e salários precisa ser homologado no Ministério do Trabalho e constar do contrato de trabalho.
Nova regra
O plano de carreira poderá ser negociado entre patrões e trabalhadores sem necessidade de homologação nem registro em contrato, podendo ser mudado constantemente.
Transporte
Regra atual
O tempo de deslocamento no transporte oferecido pela empresa para ir e vir do trabalho, cuja localidade é de difícil acesso ou não servida de transporte público, é contabilizado como jornada de trabalho.
Nova regra
O tempo despendido até o local de trabalho e o retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho.
Trabalho intermitente (por período)
Regra atual
A legislação atual não contempla essa modalidade de trabalho.
Nova regra
O trabalhador poderá ser pago por período trabalhado, recebendo pelas horas ou diária. Ele terá direito a férias, FGTS, previdência e 13º salário proporcionais. No contrato deverá estar estabelecido o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor do salário mínimo por hora ou à remuneração dos demais empregados que exerçam a mesma função.
O empregado deverá ser convocado com, no mínimo, três dias corridos de antecedência. No período de inatividade, pode prestar serviços a outros contratantes.
Trabalho remoto (home office)
Regra atual
A legislação não contempla essa modalidade de trabalho.
Nova regra
Tudo o que o trabalhador usar em casa será formalizado com o patrão via contrato, como equipamentos e gastos com energia e internet, e o controle do trabalho será feito por tarefa.
Trabalho parcial
Regra atual
A CLT prevê jornada máxima de 25 horas por semana, sendo proibidas as horas extras. O trabalhador tem direito a férias proporcionais de no máximo 18 dias e não pode vender dias de férias.
Nova regra
A duração pode ser de até 30 horas semanais, sem possibilidade de horas extras semanais, ou de 26 horas semanais ou menos, com até 6 horas extras, pagas com acréscimo de 50%. Um terço do período de férias pode ser pago em dinheiro.
Negociação
Regra atual
Convenções e acordos coletivos podem estabelecer condições de trabalho diferentes das previstas na legislação apenas se conferirem ao trabalhador um patamar superior ao que estiver previsto na lei.
Nova regra
Convenções e acordos coletivos poderão prevalecer sobre a legislação. Assim, os sindicatos e as empresas podem negociar condições de trabalho diferentes das previstas em lei, mas não necessariamente num patamar melhor para os trabalhadores.
Em negociações sobre redução de salários ou de jornada, deverá haver cláusula prevendo a proteção dos empregados contra demissão durante o prazo de vigência do acordo. Esses acordos não precisarão prever contrapartidas para um item negociado.
Acordos individualizados de livre negociação para empregados com instrução de nível superior e salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do INSS (R$ 5.531,31) prevalecerão sobre o coletivo.
Prazo de validade das normas coletivas
Regra atual
As cláusulas dos acordos e convenções coletivas de trabalho integram os contratos individuais de trabalho e só podem ser modificados ou suprimidos por novas negociações coletivas. Passado o período de vigência, permanecem valendo até que sejam feitos novos acordos ou convenções coletivas.
Nova regra
O que for negociado não precisará ser incorporado ao contrato de trabalho. Os sindicatos e as empresas poderão dispor livremente sobre os prazos de validade dos acordos e convenções coletivas, bem como sobre a manutenção ou não dos direitos ali previstos quando expirados os períodos de vigência. E, em caso de expiração da validade, novas negociações terão de ser feitas.
Representação
Regra atual
A Constituição assegura a eleição de um representante dos trabalhadores nas empresas com mais de 200 empregados, mas não há regulamentação sobre isso. Esse delegado sindical tem todos os direitos de um trabalhador comum e estabilidade de dois anos.
Nova regra
Os trabalhadores poderão escolher 3 funcionários que os representarão em empresas com no mínimo 200 funcionários na negociação com os patrões. Os representantes não precisam ser sindicalizados. Os sindicatos continuarão atuando apenas nos acordos e nas convenções coletivas.
Demissão
Regra atual
Quando o trabalhador pede demissão ou é demitido por justa causa, ele não tem direito à multa de 40% sobre o saldo do FGTS nem à retirada do fundo. Em relação ao aviso prévio, a empresa pode avisar o trabalhador sobre a demissão com 30 dias de antecedência ou pagar o salário referente ao mês sem que o funcionário precise trabalhar.
Nova regra
O contrato de trabalho poderá ser extinto de comum acordo, com pagamento de metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado poderá ainda movimentar até 80% do valor depositado pela empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego.
Danos morais
Regra atual
Os juízes estipulam o valor em ações envolvendo danos morais.
Nova regra
A proposta impõe limitações ao valor a ser pleiteado pelo trabalhador, estabelecendo um teto para alguns pedidos de indenização. Ofensas graves cometidas por empregadores devem ser de no máximo 50 vezes o último salário contratual do ofendido.
Contribuição sindical
Regra atual
A contribuição é obrigatória. O pagamento é feito uma vez ao ano, por meio do desconto equivalente a um dia de salário do trabalhador.
Nova regra
A contribuição sindical será opcional.
Terceirização
Regra atual
O presidente Michel Temer sancionou o projeto de lei que permite a terceirização para atividades-fim.
Nova regra
Haverá uma quarentena de 18 meses que impede que a empresa demita o trabalhador efetivo para recontratá-lo como terceirizado. O texto prevê ainda que o terceirizado deverá ter as mesmas condições de trabalho dos efetivos, como atendimento em ambulatório, alimentação, segurança, transporte, capacitação e qualidade de equipamentos.
Gravidez
Regra atual
Mulheres grávidas ou lactantes estão proibidas de trabalhar em lugares com condições insalubres. Não há limite de tempo para avisar a empresa sobre a gravidez.
Nova regra
É permitido o trabalho de mulheres grávidas em ambientes considerados insalubres, desde que a empresa apresente atestado médico que garanta que não há risco ao bebê nem à mãe. Mulheres demitidas têm até 30 dias para informar a empresa sobre a gravidez.
Banco de horas
Regra atual
O excesso de horas em um dia de trabalho pode ser compensado em outro dia, desde que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas. Há também um limite de 10 horas diárias.
Nova regra
O banco de horas pode ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação de jornada ocorra no período máximo de seis meses ou ainda no mesmo mês.
Rescisão contratual
Regra atual
A homologação da rescisão contratual deve ser feita em sindicatos.
Nova regra
A homologação da rescisão do contrato de trabalho pode ser feita na empresa, na presença dos advogados do empregador e do funcionário – que pode ter assistência do sindicato.
Ações na Justiça
Regra atual
O trabalhador pode faltar a até três audiências judiciais. Os honorários referentes a perícias são pagos pela União. Além disso, quem entra com ação não tem nenhum custo.
Nova regra
O trabalhador será obrigado a comparecer às audiências na Justiça do Trabalho e, caso perca a ação, arcar com as custas do processo. Para os chamados honorários de sucumbência, devidos aos advogados da parte vencedora, quem perder a causa terá de pagar entre 5% e 15% do valor da sentença.
O trabalhador que tiver acesso à Justiça gratuita também estará sujeito ao pagamento de honorários de perícias se tiver obtido créditos em outros processos capazes de suportar a despesa. Caso contrário, a União arcará com os custos. Da mesma forma, terá de pagar os honorários da parte vencedora em caso de perda da ação.
Além disso, o advogado terá que definir exatamente o que ele está pedindo, ou seja, o valor da causa na ação.
Haverá ainda punições para quem agir com má-fé, com multa de 1% a 10% da causa, além de indenização para a parte contrária. É considerada de má-fé a pessoa que alterar a verdade dos fatos, usar o processo para objetivo ilegal, gerar resistência injustificada ao andamento do processo, entre outros.
Caso o empregado assine a rescisão contratual, fica impedido de questioná-la posteriormente na Justiça trabalhista. Além disso, fica limitado a 8 anos o prazo para andamento das ações. Se até lá a ação não tiver sido julgada ou concluída, o processo será extinto.
Multa
Regra atual
A empresa está sujeita a multa de um salário mínimo regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência.
Nova regra
A multa para empregador que mantém empregado não registrado é de R$ 3 mil por empregado, que cai para R$ 800 para microempresas ou empresa de pequeno porte.=
Formados em direito têm os maiores salários entre as 10 carreiras mais procuradas no Sisu, aponta levantamento
Comparação foi feita com base em dados fornecidos pelo MTE e pelo Inep.
Carteira de trabalho (Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas)
A expectativa
xpectativa de salário e a progressão do valor na carreira são aspectos visados por vestibulandos no momento de escolher uma profissão. A remuneração de pessoas formadas em direito disparam na frente das carreiras dos 10 cursos com maior número de matrículas e formados, de acordo com pesquisa feita pela empresa de ciência de dados IDados. O curso também apresenta maior progressão financeira: do salário inicial para o médio da carreira, o crescimento é de 195%.
A pedido do G1, o IDados se baseou em números fornecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para analisar as remunerações dos 10 cursos mais procurados por estudantes.
De acordo com o Inep, 48,3% das matrículas no ensino superior se concentram em 10 graduações: administração, ciências biológicas, ciências contábeis, direito, educação física, enfermagem, engenharia civil, medicina, pedagogia e psicologia. A parcela de formaturas nesses cursos é similar, com 48,7% dos concluintes sendo diplomados nessas áreas.
No Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do MTE, a pesquisadora responsável pelo levantamento, Thaís Barcellos pegou os dados de contratação e de criação de vagas nos últimos três anos. Ainda no MTE, ela consultou a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), para obter dados de remunerações nas carreiras.
A pesquisa analisou a remuneração média das 10 profissões em 2005, 2010 e em 2015. Nesse período, três carreiras apresentam os salários mais altos: direito, engenharia civil e medicina. Em 2015, elas eram remuneradas, em média, com R$ 10.763, R$ 8.963,31 e R$ 8.522,84, respectivamente.
A evolução dos salários ao longo dos anos, no entanto, foi melhor em outras carreiras. Os biólogos, que em 2005 ganhavam em média R$ 2.212,94, registravam salários de R$ 4.877,86 uma década depois. “Esse salto da biologia me surpreendeu muito. Em 2005, tinham mais biólogos empregados do que em 2010, quando foi estabelecido um piso salarial como o da engenharia. O salário aumentou bastante, mas a quantidade de biólogos estatutários é menor. Talvez a profissão seja melhor remunerada, mas se contrata menos”, avalia a pesquisadora.
Outros cursos, como educação física, pedagogia e psicologia apresentam salários com pouca variação ao longo dos anos. Oito das 10 carreiras tiveram aumentos variados, mas educação física e administração tiveram reduções salariais em relação a 2005. As contratações nas duas carreiras, no entanto, aumentaram, entre 2015 e 2017, em 168% e em 201%, respectivamente.
Empregabilidade
A promessa de um bom salário nem sempre é o que determina a escolha por uma profissão: o número de contratações por carreira também é um critério. O IDados analisou o número de vagas das 10 carreiras nos primeiros trimestres de 2015, 2016 e de 2017, cruzando as contratações com as demissões. Houve um aumento na criação de vagas neste ano, em relação ao período anterior, em oito profissões: apenas ciências contábeis e enfermagem demitiram mais do que contrataram no primeiro trimestre de 201 em relação ao mesmo período de 2016.
A carreira que mais emprega, disparando na frente das outras, é pedagogia: mesmo havendo redução ao longo dos três anos analisados, 16.228 novas pessoas foram contratadas no primeiro trimestre deste ano, contra 1.890 novos profissionais de educação física, o segundo número na lista. “Olhamos apenas para o início do ano, que é o período que tem maior movimentação de vagas na área de pedagogia. Ainda assim, dá para ver uma melhora no mercado. Os dados negativos estão ficando cada vez menos negativos. É um dado relativamente estável”, comenta a pesquisadora.
Em seguida, a pesquisadora cruzou os dados de salários iniciais com a média de admissões, de janeiro a maio de 2017. A média nacional para pessoas com ensino superior em início de carreira é de R$ 2.948,61. Os números mostram que, apesar do altíssimo índice de contratações em pedagogia, a média de salário inicial é das mais baixas, começando em R$ 1.822,46. Atrás da carreira, fica apenas educação física, com salário para recém-formados de, em média, R$ 1.642,21.
Com uma das taxas mais baixas de contratação, engenharia civil tem o salário inicial mais alto da pesquisa: R$ 6.533,24. Embora o número de formandos seja alto, a maioria não é contratada formalmente como engenheiros, mas como analistas. “Pode ser que o candidato decida por estudar alguma engenharia, que, apesar de contratar menos, tem salários maiores”, pondera Thaís.
Crescimento
Por fim, a análise de dados levou em conta a progressão salarial ao longo da carreira. Ao colocar os salários médios contra os iniciais do ano de 2015, a pesquisa mostra que muitas profissões bastante visadas não têm muita variação ao longo dos anos. É o caso de engenharia, que apesar de ter um salário inicial alto em comparação com os outros cursos, não tem uma progressão significativa: o valor médio da remuneração na profissão é de R$ 8.963,31, contra os R$ 6.481,79 iniciais, registrados naquele ano.
“Engenharia tem um salário inicial muito alto, mas a remuneração média não se altera muito. Acontece com medicina também, em que o profissional começa a carreira ganhando bastante, mas não tem muita alteração. Surpreendente é o direito, que tem um salário de admissão muito baixo, mas no decorrer da carreira aumenta consideravelmente”, avalia a pesquisadora. A média inicial de direito era, em 2015, de R$ 3.646,86, e a média total chega a R$ 10.763.
Com o mercado de trabalho desaquecido devido à crise, o jeito é olhar para o horizonte e mirar novas possibilidades. É isso que tripulantes de navios de cruzeiro estão fazendo. Nos últimos meses, o número de pessoas que se candidatam a vagas em alto-mar aumentou bastante. Dependendo da agência, quadruplicou.
Na Infinity Brazil, umas das principais recrutadoras para transatlânticos de luxo do país, a média diária de cadastros no site era de cem pessoas. De setembro para cá, o número de candidatos pulou para 400, chegando a bater a marca de 500 inscrições num único dia.
— É possível juntar dinheiro trabalhando num navio, já que a pessoa não paga aluguel, alimentação, luz, gás… E vale lembrar que os tripulantes recebem os salários em dólar — explica Marcelo Del Bel, recrutador da empresa.
Segundo ele, o gasto médio para realizar todo o processo seletivo pode chegar a R$ 2.500, com exames médicos e cursos de segurança obrigatórios, entre outros itens que variam de empresa para empresa. Mas ele afirma
— Praticamente o primeiro salário já paga esses gastos iniciais. Vale lembrar que alguns custos são reembolsados pela companhia marítima. Por isso, varia muito, e cada caso é um caso. Algumas empresas dão o STCW (curso básico obrigatório de segurança para navios) já na embarcação, por exemplo, sem taxar o tripulante.
O barista Wellington Rocha, de 27 anos, trabalha há oito anos em alto-mar e já passou por diferentes navios de cruzeiro. Formado em Turismo, ele decidiu pela carreira para poder viajar o mundo sem gastar quase nada.
— Descobri que era possível desbravar o mundo assim que pisei num cruzeiro, e hoje já conheço 60 países, cerca de 200 cidades ao redor do planeta — conta Tom, que explica: — Trabalhar embarcado não é um emprego qualquer, é um estilo de vida. É preciso gostar muito para aguentar, porque se trabalha bastante lá dentro. O contrato de um tripulante dura em torno de seis a oito meses e se resume a uma ou duas malas, já que as cabines em que ficamos são bem apertadas. É preciso ser desapegado.
Outra agência de recrutamento que também registrou aumento da procura foi a Portside. Há nove anos no mercado, a empresa notou um crescimento de 50% na busca por trabalhos a bordo nos últimos meses.
— Animação e bar são os setores mais procurados. Porém, a maioria não tem os pré-requisitos para essas funções. As vagas que mais abrem são de restaurante e housekeeping (serviços de limpeza), que são departamentos maiores em um navio de cruzeiros. Não significa que não existam outras vagas, é apenas uma questão de a demanda ser maior nos departamentos que têm mais pessoas. Além disso, o candidato pode fazer carreira e alcançar salários melhores com o tempo, tendo a possibilidade de viajar por todo o mundo — explica o CEO da empresa, Luiz Trindade.
A estudante de Odontologia Bianca Gummella, de 37 anos, fez quatro contratos em transatlânticos. No primeiro, conheceu o marido, um indiano, cozinheiro no navio. Ao desembarcarem, namoraram dez meses à distância. Até que se reencontraram:
— Nossos navios se cruzaram na Flórida (EUA), e nas seis horas em que estávamos no porto ficamos noivos. Seis meses se passaram, e nada de encontros, até que fizemos dois contratos juntos. No nosso último embarque, em 2012, nós nos casamos no Alaska. Teve festa no navio e dormimos numa cabine maravilhosa de passageiros.
Apesar de ser grata ao trabalho em alto-mar, ela não pensa mais em retomar a carreira:
— Comecei a trabalhar na limpeza dos restaurantes em 2009 e fiquei nessa vida até 2012, passando por diversas áreas. No primeiro contrato, tomava remédios diariamente para dor no corpo. No último, fui promovida para oficial, um cargo mais alto. Tinha regalias, uma cabine melhor e restaurante com o cardápio de passageiro. Aí, sim, a vida vale a pena no navio.
Bianca se casou no navio em que trabalhava Foto: Arquivo pessoal
Bianca se casou e passou a lua de mel no navio em que trabalhava Foto: Arquivo pessoal
Vantagens
Além de poder conhecer boa parte do mundo, o tripulante ganha em dólar.
Desvantagens
A saudade aperta em alto-mar. E no navio a comunicação com o continente é restrita, já que a internet é cara lá dentro.
Folgas
Não existe dia de folga, mas, horas de folga. Trabalha-se todos os dias da semana no período do contrato (6 a 8 meses). Os tripulantes têm de quatro a cinco horas para visitar o local em que o navio está ancorado. Após o período, é necessário voltar para trabalhar no próximo turno.
Algumas vagas
O responsável pela limpeza e pela arrumação das áreas públicas do navio tem salário entre R$ 1.250 e R$ 2.700. É exigido inglês intermediário. Para ser recepcionista, é necessário ter mais de 21 anos e fluência em inglês e também em um dos idiomas a seguir: francês, alemão, italiano ou japonês. O salário varia entre R$ 3.100 e R$ 4.332. Um cozinheiro ganha entre R$ 1.480 e R$ 2.560 e precisa ter inglês intermediário e experiência na área.
Legislação
Segundo o texto do Ministério Público do Trabalho e da Coordenadoria Nacional do Trabalho Portuário e Aquaviário de 2016, a legislação trabalhista brasileira não se aplica a tripulantes brasileiros contratados por intermédio de convenções internacionais de trabalho, firmados para desempenharem funções em embarcações que realizam exclusivamente temporadas internacionais de cruzeiros.
Onde se candidatar
Veja os sites de agências, como Portside, Rosa dos Ventos e Infinity Brasil
Fonte: Extra
Profissões que envolvam internet, agronegócio e idosos estão em alta
Os profissionais da geração X são tidos como especialistas em assuntos específicos, mas não têm a necessidade de buscar informações em outras áreas. Esse cenário mudou. Além da ampliação de vagas que exijam troca de experiências de áreas diferentes, também aumenta a demanda por profissões que envolvam o mundo digital, a população idosa e a preocupação com o meio ambiente, em crescimento no país.
A constatação faz parte de um estudo feito pela CEO Leiza Oliveira, da rede Minds Idiomas, que elaborou um ranking das cinco carreiras mais cobiçadas em 2017. “Estamos falando de nichos que envolvem toda a sociedade: tecnologia, aumento da população idosa, preocupação com o meio ambiente e com uma alimentação saudável”, comentou, em entrevista por e-mail.
Segundo a especialista, o estudo também é apontado como tendência no mercado de trabalho para os próximos cinco anos. “Há uma crescente de agências especializadas em marketing digital, consultores financeiros e procura pelo curso de Gerontologia”.
São profissões com boa remuneração, que pode variar de R$ 5 mil a R$ 15 mil no Brasil. As vagas que exigem conhecimento tecnológico estão nas grandes cidades, com maior concentração no Rio e em São Paulo. As profissões que visam o atendimento à terceira idade estão distribuídos, também, por cidades de pequeno e médio porte.
Confira!
Essa nova geração de trabalhadores já nasce online. Logo, ter um profissional que consiga ‘ler’ dados, quantificá-los e entender o comportamento do consumo é o diferencial de muitas empresas. O analista de Business Inteligent (BI), além de ter que dominar a matemática, precisa falar inglês. Assim como o gerente de SEO, o salário desse profissional varia de R$ 8 mil a R$ 10 mil.
GERENTE DE SEO
Supervisiona atividades da área de Search Engine Optimization (SEO) para garantir que a arquitetura de navegação, estrutura de links, código HTML e conteúdo de páginas do site gerem primeiras posições de busca da internet. São cada vez mais procurados pelas empresas, principalmente por agências de marketing digital. Precisam falar inglês, pois conteúdos e plataformas são nesse idioma. Salário varia de R$ 8 mil a R$ 10 mil.
AGROECÓLOGO
O agronegócio é um dos ramos mais importantes do PIB brasileiro, representando 20% da receita. A profissão possibilita unir o aprendizado na sustentabilidade e aplicá-lo na indústria do campo. O profissional precisa conversar com o entorno da indústria rural, pensando no aspecto social. O salário varia de R$ 7,5 mil a R$ 15 mil.
GERONTÓLOGO
No Brasil, há mais de 22 milhões de idosos. A estimativa do IBGE é que esse número triplique em 20 anos, já que as pessoas estão vivendo mais. Logo, há perspectivas na área. Existem poucas universidades gratuitas de Gerontologia, mas a concorrência não é tão acirrada quanto Medicina e Enfermagem. Recebe entre R$ 9 mil e R$ 15 mil.
CONSELHEIRO DE APOSENTADORIA
Em meio a medidas governamentais em torno da Previdência, cresce
o número de pessoas interessadas em planejar a aposentadoria. O profissional precisa entender do mercado financeiro e aplicações. Recebe de R$ 5 mil a R$ 10 mil.
Fonte: O Dia
De volta ao futebol, Bruno vai ganhar seis vezes mais do que um professor
O goleiro Bruno deixou a relação de 12,1 milhões de pessoas desempregadas, que equivalem a 11,9% da população, poucos dias após sair da prisão, onde esteve por seis anos e meio, acusado de mandar matar a mãe de seu filho. E, apesar de ter cumprido menos de um terço de sua pena, o novo goleiro do Boa Esporte já terá salário superior a média de todas as profissões no Brasil, incluindo médicos, advogados, administradores de empresa…
O Boa Esporte não confirma, mas o Blog apurou que Bruno receberá R$ 15 mil por mês enquanto estiver apto a jogar – somente Radamés, volante revelado na base do Fluminense, ganha mais do que o goleiro no clube mineiro.
Os ganhos de Bruno correspondem a 16 salários mínimos, cujo valor é de R$ 937. O ex-detento, que não tem diploma universitário, vai receber, por exemplo, quase seis vezes mais do que o salário base de um professor com licenciatura que trabalha 40 horas semanais em Minas Gerais.
Mas as comparações assustadoras não terminam por aí. A média salarial do brasileiro gira em torno dos R$ 1.725, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ou seja, o camisa 1 do Boa Esporte vai faturar em um mês o que o trabalhador comum leva quase nove meses.
Até os médicos, com a responsabilidade de salvar vidas, têm em geral rendimento menor do que o pai de Bruninho, menino de sete anos fruto de sua relação extra-conjugal com Eliza Samúdio. Os profissionais com mestrado ou doutorado ganham em média R$ 8.966,07.
Bruno foi preso em 2010, após ser condenado a 22 anos e três meses de prisão, sob a acusação de mandar dois amigos matarem a então amante. O goleiro recorreu da sentença em 2013 e, como o recurso não foi julgado, sua prisão continua sendo preventiva. Baseado nisso, o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, deu a Bruno o direito de aguardar o julgamento do recurso em liberdade.
O goleiro, com passagens por Flamengo e Atlético-MG, também tinha ofertas de Ceará, Brasiliense, Olaria e Tricordiano. A opção pelo Boa Esporte teve a ver com o salário oferecido e com a possibilidade de ficar mais próximo da família, que é de Minas Gerais.
O emprego está voltando, mostram os dados do mercado de trabalho. O Brasil chegou a contabilizar mais de 14 milhões de desempregados este ano. Agora são 12,7 milhões, segundo o IBGE. Há um novo dado sobre o mercado de trabalho no país que acende um alerta para um dos principais debates sobre o tema: a qualidade do emprego e da relação entre empregadores e empregados.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva revela que 56% dos trabalhadores com carteira assinada estão insatisfeitos com seu emprego. Isto significa que 18,7 milhões de pessoas trocariam de lugar na busca de mais alegria no trabalho. Apenas um terço dos entrevistados pela entidade se declarou satisfeito de modo geral. Numa economia que tem 33,3 milhões de trabalhadores formais, como fazer para trocar mais da metade de lugar sem tira-los do mercado?
“Um dos grandes problemas das empresas, que nem no período da crise e do aumento do desemprego foi superado, é a troca de pessoal, o turnover. Qual prejuízo que isso tem para as empresas? Todo treinamento que a empresa investe nos funcionários deixa de existir quando ela perde este talento para alguma concorrência. Combater o turnover das empresas é um dos grandes desafios para construção da produtividade no Brasil”, disse ao Blog o economista Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.
A mesma estatística do IBGE que mostra que o desemprego diminuiu nos últimos seis meses revela que 74% das vagas criadas entre janeiro e outubro deste ano estão na informalidade. Com a legislação trabalhista que surge depois da reforma, espera-se que boa parte deste contingente seja formalizado sob novas condições que não necessariamente a carteira de trabalho.
A pesquisa do Locomotiva mostrou que, dos 1019 entrevistados, 81% conhecem o tema da reforma trabalhista, mas não se consideram informados sobre as mudanças. A ameaça do desemprego pode ter se arrefecido com a melhora dos últimos meses, mas a preocupação com futuro, não, já que 87% disseram estar preocupados com os efeitos que a nova CLT vai causar no mercado.
Mesmo que convivendo com a insegurança com a nova legislação, os trabalhadores sinalizam que o salário não é a única forma de motivação para gerar satisfação. Para 87% dos entrevistados pelo Locomotiva, as premiações em produtos e serviços são uma boa forma de as empresas valorizarem seus funcionários. Já 80% acreditam que programas de premiação podem estimular muito a sensação de reconhecimento, a produtividade e a melhora do ambiente de trabalho, além da satisfação geral.
“A pesquisa deixou claro que, infelizmente, não basta apenas um bom salário para manter os funcionários motivados. Quando mais da metade de trabalhadores formais querem mudar de emprego, alguma coisa precisa ser revista no jeito em que as empresas estão engajando a sua força de trabalho”, disse Renato Meirelles.
Parece que está faltando também psicologia e noção de relações humanas dentro das empresas brasileiras. Numa escala de graus de satisfação dos trabalhadores, é como se salário fosse essencial, premiação fosse sensacional e o reconhecimento “imaterial”, fosse extraordinário.
A pesquisa mostra que 96% das pessoas consideram importante que as empresas reconheçam seus funcionários por meio de recompensas materiais como dinheiro, viagens, vale-presente, etc. E 90% consideram que este reconhecimento pode vir sob outras formas, como elogios, homenagens até mesmo uma estrela no peito, desde que seja uma atitude que valorize a entrega do trabalhador.
Fonte: G1
Trabalho: a distância entre o Brasil que emprega e o que demite
País fecha o semestre com saldo de 67.358 novas vagas, mas o balanço nacional mascara diferenças gritantes entre cidades e setores da atividade econômica
O maior empregador no primeiro semestre do ano foi o agronegócio, com um saldo positivo de 117.013 postos. (Luiz Maximiano/VEJA)
A criação de 67.358 vagas com carteira assinada de janeiro a junho traz um leve alento para um país mergulhado em prolongada crise. Foi o primeiro resultado positivo desde 2014. Em tempos de desemprego alto e incertezas na economia, o resultado traz esperança de dias melhores para quem busca uma ocupação para garantir o próprio sustento e o da família.
Mas o balanço nacional esconde diferenças abissais entre regiões e setores da atividade econômica. Enquanto há municípios que se beneficiam de setores aquecidos, com empresas contratando mais do que demitindo, outros ainda patinam na paralisia econômica.
Segundo os cálculos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do trabalho, a campeã de geração de vagas formais foi a cidade de Franca, no interior de São Paulo, com 6.001 postos criados. No lado oposto está o Rio de Janeiro, com a destruição de 42.343 postos de trabalho. O cálculo do Caged leva em conta a diferença entre as contratações e demissões com carteira assinada, e é diferente da taxa de desemprego, que mede quantos estão procurando trabalho (veja ranking com as 20 primeiras ao fim desta matéria).
Setores da indústria
No caso da cidade paulista, o setor que puxou as contratações foi a indústria de calçados, responsável por 4.294 vagas a mais no período. O setor calçadista é um dos poucos ramos industriais do Caged que gerou vaga no país no primeiro semestre.
Para o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca (Sindifranca), José Carlos do Couto, o aumento é fruto de uma recuperação atrasada nos empregos do final do ano passado. Tradicionalmente, as empresas do setor contratam entre novembro e dezembro. Mas, em razão da queda nas vendas desde 2013, essa reposição de mão de obra tem sido postergada. “No ano passado, só recuperamos em outubro. Neste ano, estamos em julho e ainda não conseguimos recontratar”, explica. Ele avalia que o setor poderia recuperar os níveis de quatro anos atrás se houvesse uma política de exportação de calçados, como ajustes em impostos.
Outra cidade beneficiada por um setor em alta é Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, que foi a terceira melhor do país no semestre, com um saldo de 5.078 vagas – diferença entre demissões e contratações. Segundo o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Santa Cruz do Sul (ACI), Lucas Rubinger, o município se beneficia da indústria do fumo existente na região do Vale do Rio Pardo, que tem crescido nos últimos anos.
As empresas costumam contratar no começo do ano, por causa da safra, atraindo até moradores de cidades da região. E as indústrias têm investido. “Nos últimos anos, tem acontecido um crescimento contínuo, com avanço em técnicas como melhoramento genético, máquinas de secagem e colheita”, diz Rubinger. A indústria do fumo também foi o principal fator de contratação na vizinha Venâncio Aires, quarta melhor colocada do país (4.652 vagas a mais).
Agropecuária
A indústria de transformação foi um dos setores que gerou vaga no semestre, com 27.776 postos a mais. Mas o maior empregador do período foi o agronegócio, com um saldo positivo de 117.013 postos. O desempenho chama a atenção porque a indústria é muito maior que o campo em termos de trabalhos com carteira assinada: são 7,3 milhões de postos de trabalho contra 1,6 milhão.
Segundo Gilberto Braga, professor de Finanças do Ibmec, o agronegócio costuma registrar alta nas vagas no começo de ano. O que surpreende, em 2017, é o volume de contratações. “Isso poderia até ter sido maior se não tivéssemos crises no setor, como a da carne”, avalia. A safra recorde deste ano foi o principal motivo da alta do PIB no primeiro trimestre.
A produção agropecuária foi o principal fator de alta nas vagas na segunda colocada do país, Bebedouro (SP), com saldo de 5.198 postos abertos no setor. De acordo com o presidente do Sindicato Rural da cidade, José Oswaldo Franco, o movimento que acontece anualmente por causa da safra foi beneficiado em 2017 pelo desempenho da laranja, cuja colheita é manual. “Neste ano, está bem maior, com 360 milhões de caixas contra 280 milhões no ano passado. A colheita não tem como ser mecanizada. Estão testando máquinas na Flórida, mas ainda não tem”, explica. O bom desempenho no setor agrário também foi o que puxou a alta em cidades produtoras de laranja no estado, como Matão (12ª no ranking de emprego nacional) e Mogi-Guaçu (16ª).
Perdas
Enquanto o agronegócio e setores da indústria apresentaram bom desempenho, o comércio e a construção civil, dois dos grandes empregadores nacionais, registraram baixa. Essas quedas foram os principais fatores que fizeram com que o Rio de Janeiro liderasse as perdas, com 42.343 vagas a menos.
Segundo o pesquisador do Ibre/FGV, Bruno Otonni, o mau desempenho da economia da cidade é reflexo da combinação de várias crises: baixa no setor de petróleo, desequilíbrio fiscal do estado e o efeito do fim da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. Os eventos esportivos trouxeram investimentos no estado, e motivaram grandes obras de infraestrutura.
Além da queda nos preços do óleo no mercado internacional desde 2014 a quase metade do valor, a Operação Lava-Jato também impactou a economia no segmento. “Não prejudicou só a Petrobras, mas o setor como um todo, como a indústria naval, que é muito importante para o estado”, explica Otonni.
A queda no comércio varejista, com 11.651 vagas a menos, é um sinal da atividade econômica difícil no município. Este setor costuma refletir os problemas em outras áreas de economia. A queda no segmento, que demitiu mais que contratou 125.086 pessoas pelo país, também foi fator importante nas cidades de Fortaleza (CE) e Duque de Caxias (RJ), segundo e terceiro lugar em perdas no país, respectivamente.
Formalização
Para Sergio Firpo, professor de economia do Insper, é possível que os bons resultados de alguns setores, em meio a uma recuperação ainda tímida, se espalhem para outras atividades no segundo semestre.
Ele considera que a retomada do emprego deve ser influenciada pela instabilidade política e pelas novas leis trabalhistas, que entram em vigor a partir de novembro. As incertezas sobre o governo pesam na disposição das empresas em investir e contratar, enquanto a nova CLT pode aumentar as vagas com carteira assinada. “A desocupação caiu em junho, mas a maior proporção foi por aumento do emprego informal”, observa. O setor de serviços é um dos que tem potencial.
Fonte: Veja
Desemprego fica em 13,0% em junho e atinge 13,5 milhões, diz IBGE
Informalidade ajudou população desocupada a cair pela 1ª vez desde o fim de 2014.
O desemprego ficou em 13,0% no trimestre encerrado em junho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad Contínua. No período, o Brasil tinha 13,5 milhões de desempregados.
Trata-se de um recuo de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre terminado em março de 2017. Ao olhar esta base de comparação, foi a primeira queda estatisticamente importante desde o trimestre terminado em dezembro de 2014, diz o IBGE.
Mas frente ao mesmo trimestre de 2016, a taxa continua 1,7 ponto percentual maior, quando o desemprego estava em 11,3%. Já no trimestre terminado em maio, a taxa de desocupação era de 13,3%
(Foto: Arte/G1)
“É o primeiro movimento significativo de redução de taxa de desocupação em quase três anos. Isso, claro, é positivo”, afirmou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
A taxa de desemprego é medida pelo IBGE por meio de uma média móvel trimestral, ou seja, de três meses, portanto, o dado de junho se refere ao período de abril a junho. O instituto divulga a taxa mensalmente.
População desocupada
Em relação ao trimestre móvel encerrado em março, a população desocupada recuou 4,9%, passando de 14,1 milhões de desempregados para 13,5 milhões. Foi a primeira redução desde o trimestre terminado em dezembro de 2014, segundo o IBGE. Contudo, a desocupação ficou 16,4% acima do mesmo trimestre de 2016.
“Verificamos que houve crescimento na indústria alimentícia, motoristas de transportes de passageiros e também nos segmentos ligados à beleza, como cabelereiros, pedicure e manicure. Nessa última categoria, é maciça a presença de pessoas que trabalham por conta própria”, afirmou Azeredo.
Aumento do trabalho informal
A população ocupada, que era de 90,2 milhões no trimestre, cresceu 1,4% (mais 1,3 milhão de pessoas) em relação ao trimestre entre janeiro e março. “É importante notar que esses mais de 1,3 milhão que entraram no mercado de trabalho o fizeram por vias informais, sem carteira assinada”, observou Azeredo.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada (inclusive os trabalhadores domésticos) foi de 33,3 milhões, mantendo-se estável frente ao trimestre anterior e recuando 3,2% em relação ao mesmo trimestre móvel de 2016.
Em 2014, havia 36,880 milhões de carteiras assinadas. Ou seja, redução de mais de três milhões de postos de trabalho formais no país, segundo o IBGE.
Segundo Azeredo, esse é o pior momento no que se refere à carteira de trabalho. “Verificamos o menor número da série que investiga a quantidade de trabalhadores empregados com carteira assinada. São mais de três milhões de postos de trabalho com carteira assinada desde 2014. É uma notícia que entristece porque sabemos que a carteira assinada é fundamental para, por exemplo, o cálculo do tempo de contribuição para a Previdência”.
(Foto: Arte/G1)
Em relação ao mesmo período de 2016, a população ocupada recuou 0,6% (menos 562 mil pessoas), segundo o IBGE.
Rendimento
Ainda segundo o IBGE, o rendimento médio real das pessoas ocupadas ficou estável frente ao trimestre encerrado em março de 2017, passando de R$ 2.125 para R$ 2.104 e também em relação ao mesmo trimestre de 2016, quando era de R$ 2.043.
Autônomos e empregadores
O número de trabalhadores por conta própria cresceu 1,8% na comparação com o trimestre anterior, somando 22,5 milhões de pessoas, mas recuou 1,8% em relação a 2016. Já o número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre imediatamente anterior e cresceu 13,1% (mais 484 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2016.
Já entre os trabalhadores domésticos, a ocupação ficou estável nas duas bases de comparação, chegando a 6,1 milhões de pessoas, de acordo com o IBGE.
Fonte: G1
Quase 3 milhões procuram emprego há mais de dois anos, diz IBGE
Em termos absolutos, o número é o mais alto da série história da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), com início em 2012
O número de brasileiros em busca de emprego há mais de dois anos voltou a subir em 2017. Após dois trimestres seguidos de queda, o número de pessoas nessa situação chegou a 2,9 milhões, ou 20,4% dos 14,2 milhões de desempregados do país.
Em termos absolutos, o número é o mais alto da série história da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), com início em 2012. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta (18).
Há um ano, esse porcentual era de 18,2% e, no último trimestre de 2016, de 19,9%.
O número de pessoas procurando uma vaga há mais de um ano mas há menos de dois anos também atingiu o valor mais alto da série, com um contingente de 2,5 milhões de pessoas.
A maior parte dos desempregados está em busca de trabalho há pelo menos um mês e menos de um ano. No primeiro trimestre de 2017, eram 6,9 milhões de pessoas nessa situação.
SUBUTILIZAÇÃO
Desempregados, subocupados (pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana mas gostariam de trabalhar mais) e quem faz parte da força de trabalho potencial mas não está empregado somaram 26,5 milhões de pessoas no primeiro trimestre.
Esse grupo forma a chamada subutilização da força de trabalho. Considerando toda a mão de obra disponível, a subutilização chegou a uma taxa de 24,1% no início do ano.
Há um ano, esse número era de 19,3%.
Fonte: Notícias ao minuto
Mercado tem 26,5 milhões de trabalhadores subutilizados, diz IBGE
Taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 24,1% no primeiro trimestre. No trimestre anterior, ela ficou em 22,2%.
O mercado de trabalho encerrou o primeiro trimestre do ano com 26,5 milhões de trabalhadores desempregados e subocupados – 2,2 milhões a mais que no trimestre anterior. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE).
Recessão e desemprego fizeram produtividade do trabalho recuar 7% entre 2014 e 2016
A recessão que derrubou o PIB do país por dois anos seguidos e levou o grupo de desempregados a bater recorde, ultrapassando 14 milhões, resultou em uma perda da produtividade do trabalho — indicador que mede o quanto cada trabalhador contribui para a geração de riqueza do país — na ordem de 7%, segundo estudo do Banco Bradesco. Para especialistas, o recuo preocupa porque denota uma fragilidade ainda maior da produtividade do país que, desde a década de 1980, está praticamente estagnada, crescendo em média 0,1% ao ano.
— Essa recessão brutal causou um colapso da produtividade do trabalho, que está estagnada desde 1980, com pequenas variações positivas na abertura comercial na primeira metade dos anos 1990 e, depois, nas microrreformas feitas entre 2003 e 2008. Mas esse crescimento acabou não sendo sustentável. Foi derrubado por uma combinação de investimentos em setores equivocados, que eram pouco produtivos e não deram resultado, e pela trajetória explosiva da dívida pública, que acabou com a confiança de consumidores e empresários e travou investimentos — avalia Fernando Veloso, pesquisador da área de trabalho da Fundação Getulio Vargas.
Ariana Stephanie Zerbinatti, economista e autora do estudo, diz que o recuo de 7% do indicador — resultado da divisão do PIB pelo número de trabalhadores — só não foi mais intenso porque o mercado de trabalho começou a demitir com mais intensidade apenas no segundo semestre de 2015. Essa queda, de acordo com o relatório, diz respeito ao período compreendido entre o primeiro trimestre de 2014 e o último de 2016, quando o PIB acumulou queda de 9%, e a ocupação recuou 2%.
— Pela forma como é calculada, a produtividade do trabalho, geralmente, apresenta recuo em períodos de crise, visto que o emprego tende a apresentar quedas menos intensas que o PIB. Ainda assim, esperamos alguma melhora da produtividade do trabalho este ano, encerrando com alta de 1%, graças à retomada gradual da atividade econômica, que deve crescer 0,3%. O mercado de trabalho ainda vai reagir de forma defasada a essa recuperação. A retomada da produtividade se dará mais pela produção do que pelo emprego — ressalta Ariana.
PIOR AINDA NA COMPARAÇÃO INTERNACIONAL
Para Cláudio Dedecca, economista da Unicamp especialista em mercado de trabalho, esse recuo mostra que o país está deixando de usar a sua capacidade de trabalho para potencializar a riqueza do país:
— É um dado preocupante, porque cada trabalhador brasileiro passou a produzir menos. A contribuição dele para o PIB reflete uma recessão muito violenta. Um elemento que tem de ser levado em conta decorre do fato de o Brasil ter uma dinâmica de produtividade muito ruim. Precisamos de muita gente para gerar um PIB que não é tão grande assim. Durante muito tempo, o emprego formal cresceu o dobro do PIB. Essa fragilidade foi amplificada pela recessão.
Para Dedecca, essa perda de produtividade impacta ainda mais na competitividade do país, o que reforça a dificuldade de uma retomada da atividade a níveis expressivos, acima de 6% ao ano, e sustentável, como é o caso da China, exemplifica.
Otto Nogami, professor de economia do Insper, no entanto, é mais otimista. Ele defende que, em um processo de retomada da economia como o país está vivendo, essa produtividade baixa pode se tornar um benefício:
— Já existe capacidade instalada, que está ociosa. Então, quando a demanda voltar a crescer, é só produzir mais com o mesmo quadro. Você consegue recuperar rapidamente o índice de produtividade. É o que ocorre nas economias americana e europeia, onde, com os mesmos recursos humanos, se produz mais, capacitando as pessoas e adicionando ferramentas.
Na comparação com outros países, a baixa produtividade do trabalho no país chama atenção. De acordo com Veloso, enquanto entre 1980 e 2015, a produtividade americana cresceu 1,5% ao ano, e a do Chile, 1,8%; a do Brasil não saiu do lugar, com 0,1%. De acordo o Bradesco, comparando a produtividade do trabalho dos países que passaram por crises recentes, o recuo brasileiro foi bastante próximo ao ocorrido na Grécia (-7,3%). Apesar da crise de duração semelhante à do Brasil, lá a contração do PIB foi bem maior, de 20%, e houve um ajuste mais profundo nos empregos. Já na Itália e nos EUA, as contrações da produtividade foram menores do que no Brasil, porque ambos tiveram quedas menos intensas do PIB e crises de menor duração.
COMÉRCIO E CONSTRUÇÃO PERDERAM MAIS
Setorialmente, o estudo aponta que a queda mais intensa da produtividade foi registrada pela construção civil, com recuo de 17,6% entre o primeiro trimestre de 2014 e o último de 2016. O resultado, explica Ariana, reflete a queda de aproximadamente 20% do PIB do setor no mesmo período, ao passo que o emprego caiu cerca de 2%. Queda em magnitude semelhante registou o comércio, de 17,2%.
— São setores que cresceram bastante nos anos 2000, muito por conta da expansão do acesso ao crédito. Realidade que foi totalmente revertida durante a recessão — opina Veloso.
Fonte: Jornal Extra
Número de trabalhadores sem emprego atinge recorde de 14,2 milhões
Taxa de desemprego chega a 13,7%, maior valor da série histórica
Foto : Thiago Freitas / Extra
A taxa de desemprego alcançou 13,7%, também recorde da série histórica do IBGE, que começou em 2012. O avanço é forte tanto em relação ao primeiro trimestre de 2016 — quando estava 10,9% — e ao quarto trimestre de 2016 — quando chegou a 12%.
Fonte: Notícias ao Minuto
Além do número de desempregados e da própria taxa de desemprego, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) contínua mostrou uma série de recordes negativos. A população ocupada é a menor já registrada — 88,9 milhões, 1,7 milhão de pessoas a menos que no primeiro trimestre de 2017 —, o menor número de trabalhadores com carteira assinada — referência para empregos de maior qualidade —, e o menor nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas em relação ao total da população em idade de trabalhar. A taxa chegou a 53,1% no primeiro trimestre, frente aos 54% do quarto trimestre e de 54,7% no primeiro trimestre de 2016.
QUEDA DO EMPREGO NA INDÚSTRIA E NA CONSTRUÇÃO
Os dados sobre o mercado de trabalho no primeiro trimestre mostraram queda no contingente de trabalhadores na indústria e na construção. Na indústria, a redução foi de 2,9% frente ao primeiro trimestre de 2016 — 342 mil pessoas a menos —, mas em ritmo menor na comparação com o quarto trimestre, de 0,3% ou 32 mil trabalhadores. No setor de construção, a queda foi maior, de 9,5% frente ao primeiro trimestre de 2016, de 719 mil pessoas. Na comparação com o quarto trimestre, o recuo chegou a 3,4%, de 242 mil trabalhadores.
O contingente de empregados com carteira assinada também caiu: 3,5% frente ao primeiro trimestre — 1,2 milhão de pessoas a mais — e 1,8% em relação ao quarto trimestre, quase 600 mil pessoas (599 mil). O número chegou a 33,4 milhões de pessoas, o menor contingente já observado na série histórica.
Segundo o IBGE, a renda média ficou em R$ 2.110, que é considerada estável frente ao trimestre anterior (R$ 2.064) e em relação ao primeiro trimestre de 2016 (R$ 2.059).
O cenário do mercado de trabalho ainda é de piora daqui para a frente, segundo especialistas. Segundo Alberto Ramos, chefe da área de pesquisas econômicas do Goldman Sachs, ainda haverá mais deterioração até que a economia possa mostrar sinais mínimos de crescimento que possa ajudar a absorver novos trabalhadores e, com isso, estabilizar a taxa de desemprego. “Esperamos que o mercado de trabalho se estabilize durante o segundo semestre e comece a se recuperar no fim do ano”, afirmou Ramos em relatório a clientes.
O fechamento de 63 600 vagas de emprego em Março de 2017 está dentro das expectativas, disse hoje (20) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo ele, o corte de empregos com carteira assinada reflete a defasagem do mercado de trabalho, que se recupera alguns meses depois de a produção voltar a crescer.
De acordo com Meirelles, o emprego voltará a reagir e crescer de forma consistente no segundo semestre. Ele ressaltou que, no início deste ano, o país ainda conviverá com os efeitos da recessão que fez a economia contrair-se quase 8% nos últimos dois anos.
“O processo de reversão [da recessão econômica] tem certa defasagem no que diz respeito à criação de empregos. Então esse número é esperável porque, segundo a nossa expectativa, no meio do ano, no início do segundo semestre, teremos uma estabilização e o início de um fluxo mais estável de criação de empregos. É um processo normal de defasagem da contração econômica muito forte que o Brasil teve”, disse o ministro em áudio publicado na página oficial do Ministério da Fazenda.
Meirelles está em Washington, onde participa até sábado (22) da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Segundo o ministro, indicadores como o IBC-Br, espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) divulgada do Banco Central, mostram que a economia está começando a se recuperar.
“Temos um processo de crescimento, segundo o IBC-Br, até mais forte do que se previa. O indicador mostrou crescimento de 0,6% em janeiro sobre o mês anterior e de 1,3% em fevereiro. É um número muito forte porque é um número mensal dessazonalizado [que desconsidera oscilações típicas da época do ano], indicando uma retomada”, acrescentou o ministro.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, o país tinha registrado, em fevereiro, a criação de 35,6 mil postos formais de trabalho, o primeiro saldo positivo em 22 meses. A reversão do desempenho do mercado de trabalho em março, de acordo com Meirelles, indica que os dados sobre a atividade econômica devem apresentar uma acomodação neste mês.
PIB
O ministro, no entanto, ressaltou que é preciso esperar o IBC-Br de março e a divulgação do PIB do primeiro trimestre para analisar melhor o quadro econômico. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o PIB dos três primeiros meses deste ano somente em junho.
Meirelles manteve a previsão oficial de crescimento de 0,5% do PIB para este ano. Na comparação entre o quarto trimestre de 2017 em relação ao último trimestre de 2016, o ministro também manteve a estimativa de expansão de 2,7%. Ele voltou a explicar que os dados do ano cheio apresentam crescimento mais baixo porque carregam a recessão dos anos anteriores.
“Os indicadores estão dentro do previsto e mantemos nossa previsão do crescimento para 2017, dentro da expectativa de que a retomada é lenta em virtude do nível profundo da recessão e do alto nível de endividamento das empresas e das famílias que está sendo recuperado lentamente. Esperamos chegar ao final do ano crescendo a uma taxa forte”, comentou Meirelles. Com informações da Agência Brasil.
Fonte: Notícias ao Minuto
Taxa de desemprego fica em 13,2% em fevereiro e país tem 13,5 milhões sem emprego
A taxa de desemprego ficou em 13,2% no trimestre encerrado em fevereiro, renovando o recorde da série histórica. O resultado representa uma alta de 1,3 ponto percentual sobre os três meses imediatamente anteriores, encerrados em janeiro, quando foi de 12,6%. Há um ano, o resultado era de 10,2%. Pela primeira vez o número de pessoas sem emprego passou da marca de 13 milhões. Em todo o país, havia 13,5 milhões de trabalhadores desempregadas no trimestre encerrado em fevereiro.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Mais cedo, o Banco Central divulgou que a economia brasileira começou 2017 em retração e encolheu 0,26% em janeiro, ou seja, a sétima queda mensal seguida do Índice de Atividade Econômica da autoridade monetária (IBC-Br), que é considerada a prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Em janeiro de 2016, a perda foi de 0,68%. Em dezembro, a queda tinha sido de 0,32%.
O resultado da taxa de desemprego ficou acima da estimativa média de analistas consultados pela Bloomberg. Os especialistas projetavam uma taxa de desemprego de 13,1%.
– Com o trimestre encerrado em fevereiro, já temos dois terços do primeiro trimestre deste ano. Vemos um avanço expressivo da desocupação, atingimos o nível mais alto, chegando a 13,5 milhões de desempregados – afirma Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e Rendimento do IBGE.
Ele destacou a influência do crescimento da desocupação para a piora do resultado:
– Essa característica de a taxa subir nesse período do ano é comum acontecer. É esperado que haja uma alta na passagem do quarto para o primeiro trimestre. Ela mostra a dispensa de trabalhadores temporário e o poder de efetivação que o mercado de trabalho tem.
13,5 MILHÕES SEM EMPREGO
O número de pessoas sem emprego ficou em 13,5 milhões em dezembro, janeiro e fevereiro, também recorde desde o início da série histórica iniciada em 2012. Foi um crescimento de 3,2 milhões (30,6%) de desempregados frente ao mesmo trimestre de 2016 e de 1,4 milhão (11,7%) de desempregados frente ao trimestre encerrado em novembro de 2016.
A população ocupada ficou em 89,3 milhões, atingindo o menor nível da série. Foi uma uma redução de 1% (menos 864 mil trabalhadores) frente aos três meses imediatamente anteriores e de 2% (menos 1,78 milhão de trabalhadores) comparado ao mesmo trimestre do ano passado. O nível de ocupação atingiu o menor nível da série, a 53,4%.
Devido ao aumento da população desocupada, a força de trabalho no país atingiu 102,9 milhões no período, representando um aumento de 0,5% frente ao trimestre encerrado em novembro. Já frente ao mesmo trimestre de 2016, foi um acréscimo de 1,4 milhão de pessoas nesse volume, uma alta de 1,4%.
RENDIMENTO
O rendimento médio no trimestre encerrado em fevereiro ficou em R$ 2.068, o que segundo o IBGE indica estabilidade nas duas comparações, frente ao trimestre anterior (R$ 2.049) e ao mesmo trimestre de 2016 (R$ 2.037). A massa de rendimento real dos trabalhadores no período ficou em R$ 180,2 bilhões, também estável.
MENOS EMPREGO COM CARTEIRA
O número de trabalhadores com carteira assinada recuou, chegando a 33,7 milhões de pessoas. São 337 mil pessoas a menos (-1%) frente ao trimestre imediatamente anterior. Já em um ano, foi uma queda de 3,3% no número, o que representa 1,1 milhão de trabalhadores celetistas a menos.
Em 2016, a taxa média anual de desemprego voltou a bater recorde histórico, desde o início da pesquisa, em 2012, atingindo 11,5% da força de trabalho em todo o Brasil. Cresceu 3 pontos percentuais em relação a 2015, quando ficou em 8,5%. Na média, 11,8 milhões de pessoas ficaram desempregadas ano passado.
– A carteira de trabalho continua em queda expressiva. A queda na carteira não se deu só na comparação anual como vemos observando, mas também na trimestral. Nessa passagem de ano, a gente teve uma perda de 337 mil postos de trabalhos com carteira assinada – diz Cimar Azeredo.
EMPREGO POR SETORES
O volume de empregados no setores da construção (6,9 milhões) e agricultura (8,8 milhões) atingiram os menores níveis desde o início da série histórica. Na construção, foi uma redução de 1,7% frente ao trimestre anterior (menos 118 mil empregados) e uma forte queda de 9,7% em comparação há um ano (menos 749 mil trabalhadores).
O setor da indústria em geral registrou queda nas duas comparações: de 2% (menos 225 mil pessoas) frente aos três meses encerrados em novembro e 4,3% na relação anual (511 mil trabalhadores a menos).
Brasil responderá por um terço dos novos desempregados em 2017
Estimativa é da Organização Internacional do Trabalho
O Brasil responderá por mais de um terço dos novos desempregados que vão surgir em 2017 no mundo todo, com 1,2 milhão de pessoas a mais que perderão seus postos, reforçando o cenário de que a economia brasileira ainda patina para começar a se recuperar. Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê que existirão 3,4 milhões a mais de desempregados no mundo neste ano, levando o total para mais de 200 milhões.
No documento, a OIT chamou a atenção para a deterioração do mercado de trabalho brasileiro, onde a “recessão mais profunda que o esperado em 2016 vai continuar a ter efeitos em 2017”.
Enquanto no mundo a taxa de desemprego deverá subir 0,1 ponto percentual, para 5,8%, no Brasil essa alta será de quase 1 ponto, passando de 11,5% em 2016 para 12,4% em 2017, projetou a OIT.
Para 2018, a expectativa é de que o desemprego continue subindo no país, com 200 mil pessoas a mais sem uma posição, para total de 13,8 milhões de brasileiros.
Na América Latina e Caribe, ainda segundo dados da OIT, 1,5 milhão de pessoas vão perder seus postos neste ano, somando 26,6 milhões de desempregados. Em 2018, esse número subirá a 27,1 milhões.
Dados do final de 2016 mostram que a atividade econômica no Brasil não deu sinais consistentes de retomada, o que deixa a recuperação esperada para este ano sob pressão.
A estimativa de crescimento para 2017 na pesquisa Focus do Banco Central é de apenas 0,5 por cento, depois de recuo de 3,49 por cento esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2016.
axa de desemprego de 11,9% é recorde e atinge 12 milhões de pessoas
Grupo de desempregados é 33% maior que no mesmo período do ano passado
A taxa de desemprego no país atingiu 11,9% no trimestre encerrado em novembro, se mantendo no maior nível registrado desde o início da série histórica, iniciada em 2012, assim como o número de desempregados, que atingiu 12,1 milhões de pessoas. Há um ano, a taxa estava em 9% e no trimestre usado como base de comparação, encerrado em agosto de 2016, a taxa havia atingido o patamar histórico de 11,8%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira.
Tanto a taxa de desemprego quanto o contingente de desempregados ficaram estatisticamente estáveis em relação ao trimestre anterior usado como base de comparação, quando 12 milhões de pessoas buscavam emprego. Em relação ao trimestre encerrado em novembro do ano passado, esse grupo cresceu 33,1%, o que equivale a 3 milhões de pessoas a mais em busca de trabalho.
Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, ressalta que, depois de dez trimestres consecutivos de alta da taxa em relação ao trimestre anterior usado como comparação, a taxa se estabilizou. É efeito da sazonalidade do período, quando historicamente a taxa estabiliza ou reduz por conta da contratação de trabalhadores temporários e de menor procura por emprego por conta das festas de fim de ano:
– Você vinha com queda expressiva da ocupação e aumento da desocupação até o trimestre encerrado em outubro. O resultado era que a taxa estava aumentando também. Agora, com dois terços do último trimestre do ano captados nesse trimestre, a desocupação para de subir e a ocupação para de cair. De certa forma é uma resposta a esse período sazonal. Esse cenário está longe de ser favorável porque ainda temos 12 milhões de pessoas desempregadas e a taxa média de desemprego esse ano já está em 11,2%, contra os 8.5% registrados em 2015, mas já é uma trégua dentro do atual contexto.
A população ocupada foi estimada em 90,2 milhões. Ficou estável em relação ao trimestre de junho a agosto de 2016 e recuou 2,1% em comparação com igual trimestre do ano passado, quando 92,2 milhões de pessoas tinham trabalho, o que representa uma redução de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas ocupadas.
Bruno Ottoni, pesquisador do Ibre/FGV que acompanha os dados de mercado de trabalho, avalia que apesar dos números continuarem ruins, este ano, ao contrário de 2015, quando a recessão se sobrepôs com força sobre a sazonalidade, e a taxa saltou de 8,7% no trimestre encerrado em agosto para 9% em novembro, esse ano ela parece ter freado a alta do desemprego.
– Ainda é preciso aguardar o dado fechado do terceiro trimestre do ano, mas nesses dois primeiros meses desse período já vemos uma estabilização da taxa, com a população ocupada e desocupada estáveis. Mas é uma reação normal e esperada, por conta da sazonalidade – pondera Ottoni, que projeta uma taxa média de desemprego para 2016 de 11,5%, 3 pontos percentuais maior do que a do ano passado.
Nas contas do economista, em 2016 em média serão 3 milhões de desempregados mais do que em 2015. Fato que colabora para a economia continuar patinando em 2017.
– Na prática, isso converge com o cenário macro mais adverso do que esperávamos no meio do ano, e que levou a revisões para baixo do PIB. E, quanto mais pessoas desempregadas, é menos dinheiro dirando na economia, o que acaba restringindo o consumo – analisa Thiago Xavier, economista da consultoria Tendência que também estima que a taxa média para o ano de 2016 fique em 11,5% de força de trabalho sem emprego.
No primeiro trimestre de 2017 é consenso que a taxa já voltará a crescer, efeito da sazonalidade do período, que tradicionalmente demite mais por conta do fim do contrato dos trabalhos temporários. Uma pressão adicional no próximo ano, que fará a taxa passar dos 12%, segundo Xavier, são as pessoas que, por diferentes razões, como a dificultade de conseguir emprego, hoje não estão procurando trabalhado, mas devem retomar as buscas em 2017:
– A força de trabalho potencial ( que são as pessoas que não trabalham nem procuram empregam, mas que estão disponíveis) vem crescendo e podem voltar a procurar a qualquer momento. Só que, com a previsão de crescimento fraco para a economia em 2017, as contratações vão demorar a voltar a acontecer e a taxa dessa forma aumentará.
Os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada ficou em 34,1 milhões de pessoas – estável em relação ao trimestre de junho a agosto de 2016, mas 3,7% menor (ou menos 1,3 milhão de pessoas com carteira de trabalho assinada) em relação ao mesmo trimestre de 2015.
Na comparação entre o trimestre encerrado em novembro e o encerrado em agosto, além dos empregados com carteira no setor privado, ficaram estáveis o grupo de trabalhadores domésticos, no setor público e os trabalhadores familiares auxiliares. Tiveram alta os grupos de trabalhadores sem carteira, de 2,4% ou mais 246 mil pessoas, e de empregadores, de 5,5% ou mais 216 mil pessoas. Caiu o número de trabalhadores por conta própria (1,3% ou menos 297 mil pessoas ocupadas nesse grupo). Em relação ao mesmo período do ano passado, ficaram estáveis os grupos de trabalhadores domésticos, de empregados no setor público e de empregadores. Subiu o número de empregados sem carteira, 3,5% ou mais 350 mil pessoas). Encolheram, além do grupo de trabalhadores com carteira, os grupos por conta própria (3% ou menos 673 mil pessoas) e de auxiliar familiar (13,6% ou 331 mil pessoas a menos nessa atividade).
Por atividade, os grupos de trabalhadores no comércio, na administração pública e no transporte e armazenagem ficaram estáveis nas duas comparações. Os trabalhadores na agricultura caíram nas duas comparações ( 3,9% entre os trimestres desse ano e 4,7% em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2015), assim como os na construção ( quedas de 2,2% e de 9% respectivamente). Tiveram alta nas duas comparações os grupos de empregados no setor de alojamento e alimentação ( de 4,6% e de 7,8%, respectivamente) e de trabalhadores em outros serviços (5,7% e 7%). A ocupação na indústria ficou estável em relação ao trimestre encerrado em agosto de 2016 e seguiu caindi na comparação anual (8,2% ou menos 1 milhão de trabalhadores).
RENDIMENTO FICOU ESTÁVEL
O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas (R$ 2.032) ficou estável frente ao trimestre de junho a agosto de 2016 (R$ 2.027) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.041). A massa de rendimento real habitual em todos os trabalhos das pessoas ocupadas foi estimada em R$ 178,9 bilhões. Segundo o IBGE não mostrou variação significativa em relação ao trimestre de junho a agosto de 2016 e caiu 2,0% frente ao mesmo trimestre de 2015.
Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis, utilizando as informações dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em novembro de 2016 foi calculada a partir das informações coletadas em setembro, outubro e novembro.
O Ministério do Trabalho divulga, em Brasília, às 16h30m, os resultados de novembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
No Brasil, crescimento corre risco em 2017 após dois anos de recessão
Mercado prevê recuperação tímida, mas já há quem estime estagnação
A economia brasileira corre o risco de ficar estagnada em 2017. O mercado prevê expansão de apenas 0,50% este ano, mas já há quem estime estabilidade, uma projeção nada animadora após recessão que representa perda acumulada de mais de 7% nos dois últimos anos.
O ano de 2016 começou com a perspectiva de continuidade da recessão, mas acreditava-se que o ritmo seria menos intenso do que o de 2015, quando o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços) despencou 3,8%. No início de janeiro, a projeção de recuo em 2016 era de 2,84%. Agora, está em 3,49%. O IBGE vai divulgar os números oficiais do ano passado em 17 de março.
— A economia continua sem forças. A perspectiva de consumo piorou um pouco, o mercado ainda terá uma piora adicional e por mais tempo. É difícil alguma notícia positiva até junho. O mais crítico é o investimento, que poderia reagir além de consumo e setor externo. A indústria não tem razão para investir porque está com enorme capacidade ociosa, e o programa de infraestrutura é pequeno e está atrasado — afirma José Francisco de Lima Gonçalves, professor da FEA/USP e economista-chefe do Banco Fator.
PROJEÇÃO OTIMISTA DE 1,5%
Ele é um dos dois economistas do mercado — ao lado de Nilson Teixeira, do CreditSuisse — que preveem um 2017 sem crescimento. Já o Bradesco espera variação de apenas 0,3%.
Professor do Instituto de Economia da Unicamp, Francisco Lopreato também vê com preocupação o cenário para este ano.
— Depois de dois anos de recessão forte, seria de se esperar uma recuperação pujante da economia brasileira, mas não parece que isso vai ocorrer. A situação política não dá sinais de que vai se estabilizar — alerta Lopreato.
Na outra ponta, com números e uma avaliação mais otimista, o Itaú Unibanco estima crescimento de 1,5% do PIB. A projeção, no entanto, acaba de ser revisada para baixo — ante taxa de 2% anteriormente —, acompanhando uma leva de revisões do mercado após o desempenho frustrante da economia no terceiro trimestre do ano passado. Pelo último Boletim Focus, que reúne as principais estimativas do mercado, o aumento será de 0,50%. A taxa é a mesma estimada pelo Santander, que classifica como “modesto” o crescimento esperado para 2017.
— Os fundamentos para alguma retomada estão presentes e isso vai permitir um crescimento moderado. O preço das commodities se estabilizou e até cresceu, a inflação está controlada e as expectativas estão ancoradas, o que permite a redução dos juros. As empresas estão menos alavancadas e com estoques mais ajustados — explica Felipe Salles, economista do Itaú Unibanco.
O cenário traçado pelo banco leva em consideração a aprovação de reformas, como a da Previdência, ainda que reconheça o aumento da incerteza política. O quadro seria diferente, então, no caso de acirramento da crise política. Essa preocupação se repete após um ano de 2016 profundamente afetado pelas questões políticas, especialmente o impeachment.
Se em relação à política ainda há dúvidas, vem da desaceleração da inflação a notícia positiva do ano de 2017. Após um 2016 em que os preços demoraram a ceder, com impacto em alimentos, a inflação caminha para o centro da meta do governo, que é de 4,5%, segundo as projeções do mercado. O último Focus prevê 4,85% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2017. A última ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e o próprio resultado da inflação oficial em novembro reforçam a avaliação de que será possível acelerar o ritmo de corte de juros já na primeira reunião do ano, este mês.
— A inflação surpreendeu positivamente. A inflação corrente está apontando para baixo, e as projeções são de que a taxa chegue perto da meta em 2017 e 2018. Esta é a receita para o Banco Central intensificar a queda de juros, que deve ser o principal estímulo para o crescimento este ano. Ao mesmo tempo, as reformas devem continuar — afirma Everton Gomes, economista do Santander.
JURO ABAIXO DE 10%
A inflação fechada de 2016 deve ficar no teto da meta — a última projeção do mercado já era de 6,40%. Para isso, teve ajuda do câmbio, que surpreendeu os analistas. A expectativa inicial era de que o dólar mantivesse a valorização observada em 2015, mas a mudança do cenário fez a cotação da moeda americana chegar a R$ 3,25 ao fim de 2016, bem abaixo do que era esperado no início do ano: R$ 4,20. Em 2017, a projeção do mercado é que o dólar encerre o ano a R$ 3,50, mas há quem estime um câmbio mais depreciado. Na estimativa do Santander, o dólar fecha 2017 em R$ 3,75.
— A taxa Selic vai cair. E a redução do diferencial de juros entre o Brasil e lá fora tende a reduzir a atração de recursos para o país — aponta Gomes.
Nas projeções do mercado, a taxa Selic fecha 2017 em 10,50%. Instituições como o BNP Paribas, no entanto, já veem a possibilidade de se alcançar um dígito no fim do ano: a projeção do banco francês é de 9,75%. A redução de juros pelo BC se estenderia por 2018, até alcançar 9%.
População ocupada tem queda recorde, e IBGE vê desalento
Em 3 anos, 5,5 milhões foram para a fila do desemprego
De acordo com o IBGE, a crise no mercado de trabalho já colocou 5,5 milhões de pessoas na fila do desemprego, desde outubro de 2013, período considerado pré-crise pela instituição. Em outubro de 2016, esse grupo se manteve estável em 12 milhões, em relação ao trimestre encerrado em julho, usado como base para a comparação, quando 11,8 milhões de pessoas buscavam trabalho. Mas subiu 32,7% (mais 3 milhões de pessoas) no confronto com igual trimestre de 2015. Os dados foram divulgados pela instituição na manhã desta terça-feira. Em outubro, o desemprego atingiu 11,8% da força de trabalho. No trimestre encerrado em julho de 2016, 11,6% da força de trabalho estavam desempregados. No ano passado, a taxa para esse período havia sido de 8,9%.
A população ocupada em outubro foi estimada em 89,9 milhões de pessoas. Caiu 0,7%, quando comparada ao trimestre de maio a julho de 2016 (menos 604 mil pessoas). Em comparação com igual trimestre de 2015, foi registrada queda de 2,6% (menos 2,4 milhões de pessoas) – é a maior da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), iniciada em 2012.
Segundo o IBGE, o aumento da taxa em outubro, em relação ao trimestre encerrado em julho, ocorreu porque aumentaram as demissões. E ela só não foi maior porque a mesma quantidade de pessoas que perdeu o emprego entre julho e outubro (604 mil), foi o adicionada no grupo de inativos, ou seja, aqueles que não estão trabalhando nem procurando trabalho (+668 mil). Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, explica que é como se todas as pessoas que perderam o emprego não tivessem ido buscar uma vaga nova, deixando de pressionar o mercado.
– Quando você tem queda no contingente de ocupados, o de desocupados não aumenta, mas aumenta o de pessoas fora da força de trabalho, isso significa que as pessoas que foram demitidas sequer foram procurar. Foram direto para a população inativa. Seja por desestímulo, pelo desemprego ser recente. Mas, ao que tudo indica, é desalento, que está bastante associado a momentos de crise, dado que a notícia sobre não ter emprego, sobre estar difícil de se inserir, desestimula a procura. A divulgação completa do quarto trimestre vai dar clareza maior sobre isso – analisa Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Cimar ressaltou, ainda, que preocupa a sobreposição da crise sobre a sazonalidade do período, que deveria favorecer o mercado de trabalho:
– O dado mais alarmante desse trimestre encerrado em outubro é a perda de 604 mil pessoas na passagem de trimestre na população ocupada, às vésperas do fim do ano, quando o desemprego já tinha de ceder por conta das contratações temporárias.
O número de empregados com carteira assinada no setor privado, estimado em 34 milhões de pessoas, apresentou queda de 0,9% frente ao trimestre de maio a julho de 2016 (menos 303 mil pessoas). Na comparação com igual trimestre do ano anterior, a redução foi de 3,7%
(menos 1,3 milhão de pessoas).
O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 2.025) cresceu 0,9% frente ao trimestre de maio a julho de 2016 (R$ 2.006) e caiu 1,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado(R$ 2.052). De acordo com Azeredo, a renda subiu na comparação entre os trimestres desse ano porque as pessoas que têm perdido o emprego com carteira têm salários menores do que as que permanecem empregadas, elevando a média de remuneração da população ocupada.
A única posição na ocupação que registrou aumento do rendimento médio em relação ao trimestre de maio a julho de 2016 foi a de empregado no setor privado com carteira, apresentando aumento de 1,9%. As demais categorias não tiveram variação. Na comparação com o trimestre de agosto a outubro de 2015, os ocupados como empregadores tiveram queda no rendimento médio real habitual (-7,1%), as demais categorias apresentaram-se estáveis nos seus rendimentos médios.
Na comparação com o trimestre de maio a julho de 2016, os únicos rendimentos médios que apresentaram variação foram o do grupamento da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e agricultura (4,3%) e o grupamento do comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,4%). Os rendimentos médios dos demais grupamentos de atividade permaneceram estáveis. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, o rendimento de todos os grupamentos permaneceu estável.
A massa de rendimento real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimada em R$ 177,7 bilhões no trimestre de agosto a outubro de 2016, não apresentando variação significativa em relação ao trimestre de maio a julho de 2016, e apresentando uma redução de 3,2% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
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